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Psicólogo em hospitais com CTI

O que representa um ponto final para uns, significa recomeço para outras vidas. No
entanto, para que aconteça a doação de órgãos, o tempo entre o diagnóstico de morte
encefálica e a decisão da família é decisivo para que as doações sejam viabilizadas. No ano
passado, no Ceará, foram identificados 260 potenciais doadores de órgãos, deste, apenas 94
(36,2%) foram efetivados, ou seja, 176 pessoas (63,8%), não efetuaram doações, um número
ainda preocupante segundo especialistas.

Na semana passada, profissionais da saúde do Estado estiveram reunidos no IV Congresso


Cearense de Neurologia e Neurocirurgia, em Fortaleza, e debateram as questões técnicas e
ética que envolvem o diagnóstico da morte encefálica.

Segundo a coordenadora da Central de Transplantes do Ceará, Eliana Barbosa, que esteve


presente no evento, as razões para a inviabilidade dessas doações são, de fato, muitas, desde
a negativa da família à contraindicação médica. Mas a principal é o diagnóstico tardio da morte
encefálica.

De acordo com ela, em 2009,do total de doadores não efetivos, 51 foram por negativa da
família, 55 contra indicação médica, 47 por parada cardíaca, três protocolos não foram
finalizados e dez, por outros motivos
e) Mesmo tendo ocorrido um importante aumento na viabilização de possíveis doadores em
potenciais doadores, o desperdício de órgãos, decorrente da falta de notificação do diagnóstico de
morte encefálica para as Centrais de Transplante, ainda foi alto, ou seja, quase 60% dos possíveis
doadores foram desperdiçados;
f) Depois da sub-notificação, a segunda causa de perda de doadores foi a Contra Indicação
Médica (44,1% das causas de não doação) e a terceira foi a falta de consentimento da família,
que variou entre 34,1 e 42,2% com média de 37,7%

Com respeito às córneas o desperdício é mais drástico (Tabela 3). Possível


doador de córneas é o indivíduo com coração parado há menos de seis horas.
Portaria do Ministério da Saúde (2006) estabelece que a possibilidade de captação
de córneas para transplante está diretamente relacionada ao número de óbitos na
instituição, sendo considerado adequado: I - Entrevistar os familiares de pacientes
falecidos no hospital oferecendo a possibilidade de doação de córneas, garantindo a
efetivação da doação em um prazo máximo de 6 horas após a constatação do óbito,
em 100% dos casos, excetuando-se as contra-indicações médicas definidas pela
CNCDO e Banco de Olhos vinculado; II - Obter um mínimo de 20% de captação
efetiva de córneas em relação aos casos entrevistados

Em que pese o empirismo das estimativas aqui consideradas o certo é que


os números apresentados pelo Ministério da Saúde na Tabela 3 estão muito aquém
dos esperados e desejados. Segundo o SNT (2008), o Brasil dispõe de 29 bancos
de olhos autorizados, 393 equipes credenciadas para realizar transplante de córnea
e 528 Hospitais com CIHDOTT (Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e
Tecidos para Transplante). Toda essa estrutura seria suficiente para zerar a lista de
espera por transplantes de córnea nos próximo 12 meses se cada equipe captasse
pelo menos 52,5 córneas. Seriam captadas 27.720 córneas, ou 91% da estimativa
conservadora discutida no parágrafo anterior e apresentada na Tabela 4

Certamente, a maneira mais rápida de aumentar o número de transplantes


seria através do aumento da notificação de possíveis doadores, o que poderia ser
viabilizado através de medidas de natureza organizacional. Entre elas, estaria em
primeiro lugar a criação de formas de reconhecimento e de incentivos para a efetiva
atuação dos membros das CIHDOTT, que hoje são formadas quase exclusivamente
por profissionais que acumulam outras funções, dedicando-se a árdua tarefa de
captação de órgãos de forma voluntária sem ao menos ter carga horária específica
para tal.

Para Barcellos (2005) seu estudo (Barcellos, 2003; Barcellos, Araujo e da


Costa, 2005) mostrou que as pessoas que responderam negativamente a intenção
de doar órgãos o fizeram porque não confiam no sistema de saúde e têm medo de
não estarem mortas na hora da doação, demonstrando o desconhecimento da
população sobre os critérios de morte e a grande desconfiança da seriedade do
programa de transplante. Com base em suas conclusões o autor sugeriu campanhas
demonstrando seriedade e isenção do programa, explanando critérios para se tornar
doador cadáver, esclarecendo o conceito de morte encefálica, frisando
imparcialidade na lista de espera. Sugeriu também programas de educação
continuada sobre o processo doação-transplante para profissionais que lidam com
pacientes criticamente enfermos

Muito se tem falado em doação de órgãos... E as campanhas parecem estar funcionando já


que 64% das pessoas afirma que doaria seu órgãos. Ou seja, o marketing tem funcionado como se
espera que funcione, criando uma mentalidade coletiva favorável à doação de órgãos.
Entretanto, Marinho e Cardoso e Almeida (2007) constataram um considerável desperdício
de órgãos no Brasil, haja vista que de cada 8 possíveis doadores, apenas 1 é notificado e somente
20% destes são utilizados como doadores de múltiplos órgãos. A questão da notificação do
diagnóstico de morte encefálica para as Centrais de Transplante é, de longe, a principal causa para a
não doação e tem sido amplamente discutida. Segundo cálculos da Associação Brasileira de
Transplante de Órgãos (disponível em http://dtr2001.saude.gov.br/transplantes/Dados%20Net/
Internet%20-%20SNT.xls), 78,32% dos potenciais doadores não doam. Em uma projeção feita
segundo o critério de 60 doadores por milhão da população por ano, no período de 2000 a 2007
teríamos 10.735 possíveis doadores, sendo que destes 4.337 tornaram-se potenciais doadores e
somente 940 efetivamente doadores. Dentre os 3.397 não doadores ram no período de 2000 a 2007
(Isso porque, à primeira vista, tem-se a impressão de que melhorando a notificação evitar-se-ia o
desperdício dos outros 7 potenciais doadores, o que é, em minha humilde opinião, uma falácia. Isso
porque, se considerarmos as causas para que a não doação entre os potenciais doadores (notificados
para a central de transplantes), veremos que 44,1% contra indicação médica (44,1% das causas de
não doação) e a terceira foi a falta de consentimento da família (média de 37,7%)

Para que os órgãos de uma pessoa falecida sejam doados, é preciso que a família autorize a doação.
Por isso, é importante deixar claro aos familiares o desejo de se tornar um doador, embora não seja
necessário deixar nada por escrito. A decisão da família pode ser dada aos médicos, ao hospital ou à
Central de Transplante mais próxima.

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