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Com essas expressões, tratadas quase como uma entidade viva que estaria
tomando conta da China nos Jogos Olímpicos, uma reportagem exibida pelo
Jornal Bom Dia Brasil, da Globo, no dia 13.08.2008, iniciava uma debochada e
“bem-humorada” crítica ao “hábito chinês” de proibir e de obrigar a todos a
cumprir as leis e as regras estabelecidas. Interessante.
Este é o problema a que me refiro agora, porque o jeito brasileiro já é bem mais
antigo. Não mais apenas a capacidade lamentavelmente inerente a quase todo
o brasileiro de desrespeitar leis, regras e o direito dos outros, mas a apologia
velada que fazemos - e principalmente nos veículos de comunicação - a este
aclamado e até nomeado com orgulho “jeitinho brasileiro” que se traduz, na
verdade, apenas como o poder que tem nosso povo de subverter regras para
“sempre levar vantagem”, certo? (Lembram da Lei de “Gerson”? Não poderia
ter sido inventada em outro lugar). (Pobre jogador tricampeão de futebol
Gerson que carrega esta culpa mesmo sendo um bom exemplo de brasileiro)
Tudo começa assim, como uma alegre e divertida brincadeira que parece não
ter nenhuma conseqüência e termina numa feroz e inevitável corrupção que
contempla todos os planos da vida pública brasileira, como um câncer que
deixa doente toda a nação e mata de fome, de sede, de falta de saúde, falta de
educação escolar, de segurança todo mundo.