Documente Academic
Documente Profesional
Documente Cultură
1 INTRODUÇÃO
Epicondilite lateral (EL), uma síndrome comum em mulheres de meia idade,
afeta a origem dos tendões dos extensores de punho ou supinadores do antebraço.
Tensões incomuns na articulação do cotovelo resultam em distúrbios microscópicos
na origem do tendão extensor (KISNER, 1998).
Disfunções cervicais também podem contribuir para sintomas de epicondilite
lateral.
O diagnóstico requer um completo exame no quadrante superior do corpo. A
intervenção freqüentemente inclui estratégias para aliviar a dor, controlar a
inflamação, promover o restabelecimento das estruturas articulares, melhorar a
mecânica da articulação e restabelecer o equilíbrio muscular. Já na acupuntura a
epicondilite se deve à estagnação do “Qi” e do sangue no canal de energia principal
do Intestino Grosso pelas energias perversas vento e frio (YAMAMURA, 1993).
O objetivo deste trabalho é realizar uma revisão bibliográfica e, citar também,
um programa de tratamento fisioterapêutico e de acupuntura a respeito da
Epicondilite Lateral do cotovelo.
2 OBJETIVOS
3 EPICONDILITE
Gelo é usado na fase aguda para diminuir a dor que acompanha a EL. A
velocidade de condução nervosa é diminuída pela queda da temperatura até cessar
completamente. As fibras mielinizadas são as primeiras a serem afetadas. O frio
também ajuda a remover as causas da dor, reduzindo o espasmo muscular na área
afetada, diminuindo desta maneira os efeitos da lesão isquêmica secundária. O
declínio da atividade enzimática permite às células das áreas próximas à lesão
viverem com um nível de oxigenação mais baixo que o normal (KISNER 1998).
Poucos estudos supervisionados foram encontrados na literatura
demonstrando a eficácia do gelo na EL especificamente. Shaubel (1992 apud
KISNER, 1998), relatou uma redução significativa da medicação analgésica em 345
pacientes tratados com compressas de gelo em diferentes graus de limitação
comparados ao grupo de controle.
3.1.2 Controle da Inflamação:
Tem sido defendido por Cyriax (1986) como uma importante intervenção
adjunta para qualquer tendão lesado, deslizamento profundo inibe as cicatrizes do
tendão permitindo então uma tensão mais equilibrada ao longo do tendão, durante a
contração muscular. Um estudo retrospectivo demonstrou que fricção usada em
conjunção com ultra-som e diatermia de ondas curtas, resultou em uma melhora de
47% depois de seis semanas, em média de 20 atendimentos. A massagem foi feita
em média três vezes na semana. Nenhum paciente ficou completamente livre de
queixa. Depois de uma melhora inicial, os sintomas retornaram somente em um
caso. A massagem de Cyriax e a manipulação de Mills foram usadas para tratar EL
em 53 pacientes. O índice de melhora foi de 27% em 6 semanas. O sucesso foi
medido por auto avaliação e força de garra. Stratford et al (1992 apud CYRIAX,
1986) acharam que o deslizamento profundo não foi eficiente para pacientes com EL
A menos que um tendão muscular isolado seja forçado a resistir a uma tensão
máxima ele se romperá. Baseado em informações subjetivas de atletas lesionados,
Curvin e Stanish (1990) sugeriram que a contração excêntrica estava envolvida nos
efeitos danosos da tendinite. Carga excêntrica é defendida, pois estimula
movimentos efetivos usados no esporte e produzem mais força e elasticidade que
outras formas de exercício. De uma supervisão de pacientes o autor achou 50,6% de
completo alivio da dor, 24,7% sem mudança em portadores de EL, após completar o
programa de exercícios excêntricos. Teoricamente exercícios excêntricos fortalecem
tendões (KISNER, 1998).
Um programa de exercícios excêntricos é composto primeiro com estiramento
e depois exercícios excêntricos, perfazendo três conjuntos de dez. O programa
progride dependendo da dor e usa velocidade e resistência como fatores de
variação. Mirschl (1990 apud KISNER, 1998) propõe fortalecimento nos primeiros
estágios da recuperação, focando a resistência e o suporte de exercícios de tensão
repetida. Pouca resistência e muitas repetições com séries de 25 a 40 vezes devem
ser usadas. Carga excessiva e sem controle podem provocar dano aos tecidos
reparados e podem retardar ou impedir a cura. Em um estudo do restabelecimento
do ligamento colateral médio em ratos, exercícios forçados aumentaram a força dos
ligamentos e dos tecidos reparados em joelhos estáveis. Em joelhos instáveis
exercícios forçados não aumentaram a firmeza e força dos tecidos reparados e
aumentaram a instabilidade da articulação.
Um desequilíbrio muscular entre flexores e extensores de punho pode ser
uma possibilidade para o aparecimento da EL. Falta de flexibilidade nos músculos
do antebraço é um fator que contribui para o aparecimento da epicondilite. O
acúmulo de líquido nas extremidades envolvidas demonstraram redução na flexão
passiva do punho de 10 a 15 graus, quando comparado com o lado não afetado.
Estiramento aumentará o comprimento da unidade músculo-tendão em repouso,
diminuindo desse modo o esforço que acontece durante o movimento articular. O
estiramento deve ser estático: segurar por 15 a 40 segundos e repetir três ou cinco
vezes (KISNER, 1998).
Pontos de Acupuntura a distância (figura. 2,4 e 5): IG-4 (Hegu), P-7 (Lieque),
VB-34 (Yanglingquan). IG-17 (Wenliu).
Figura.2- Canal de energia do Intestino Grosso situados na mão e no
pescoço
Circular o Qi do Canal de Energia Unitário Yang Ming (figura.2 e 3): IG-2 (Erjian),
IG-3 (Sanjian), E-43 (Xiangu), E-44 (Neiting).
Nos pontos de Acupuntura locais que estão dolorosos, deve-se inserir a agulha
de Acupuntura em várias direções ou colocar várias agulhas de Acupuntura em
diversas direções. Pode-se também realizar a sangria a fim de se exteriorizar
rapidamente a estagnação e a bloqueio de Qi e de Sangue (YAMAMURA, 1993
5. CONCLUSÃO
THOMSON, A.; SKINNER, A.; PIERCY, J. Fisioterapia de Tidy. 12 ed., São Paulo:
Manole, 2002, p.65 - 68.