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Curso Técnico de Metalurgia
RELATÓRIO TÉCNICO – PALESTRA
Aluno:
Ariadne dos Santos Pereira
MT-10/ 2° modulo-noite
Dezembro – 2010 Tema da palestra: Metalurgia e siderurgia
Palestrante: Funcionários da Mannesman e Magnesita
Data: 27 a 29 de Novembro/ Turno: noite
Local: META Escola Técnica de Formação Profissional
EVENTO: Semana da Metalurgia
1. OBJETIVOS OBSERVADOS:
• Conversores LD • Ensaios Mecânicos • Alto forno
2. RELATÓRIO:
Na ultima semana de Novembro ocorreu à semana da metalurgia na escola META.
Parti param 2 empresas, Magnesita e Mannesmam que nos disponibilizaram 5 engenheiros e um funcionário responsável pelo Alto Forno da V&M. Achei gratificante assistir a palestra e sentir que já estou compreendendo o que os engenheiros dizem de uma forma técnica. Eu que não tenho experiência nenhuma, consegui entender engenheiros formados que já exercem a função há algum tempo, e poder falar a mesma “língua” deles, é incrível! Nos testes de ensaios mecânicos (o que eu achei interessante) foram abordados diversos fatores como testes e corpo de prova. Vi que o limite de escoamento existe mesmo, as somas que fazemos realmente batem com a realidade e que se ultrapassarmos os limite calculados com lei de HOOKE (T = K.x) ele deixa de sofrer deformação e se parte. Nos ensaios de corrosão, que é o ensaio realizado para determinar o comportamento de material em ambiente corrosivo, percebi a importância do teste para uma duração do material utilizado na confecção da peça. Uma das piores formas de corrosão é a por pite, que como disse o engenheiro da Magnesita, ela é tão profunda que pode se enfiar o dedo dentro do buraco, onde ocorre uma fragilidade no material, sensível a qualquer força mecânica. Existem testes hidrostáticos que determinam a capacidade do tubo em conter pressão externa (teste perigo devido à pressão). Um aluno teve duvidas a respeito do tubo do pré-sal que sofre muita pressão, o engenheiro disse que esta desenvolvendo um tubo mais resistente junto á Petrobras. Na palestra de Jairo Cruz, foi esclarecido que o Alto forno é um trocador de calor que funciona em contra corrente. O responsável pelo alto forno da Mannesman foi muito objetivo nas suas explicações, esclarecendo qualquer tipo de duvida que na verdade eram poucas, todas já bem resolvidas pela Professora Priscila nas aulas de siderurgia 1. O alto forno pode se carregar com minério, pelota, sinter, carvão vegetal e fundentes. Na parte inferior do AF, adiciona-se ar quente, finos de carvão, gás natural. Pode-se enrijecer o ar com O2 puro assim se queima mais gás e deixa o alto forno mais quente e produtivo. Por cima do AF saem finos e fumaça poluente que são lavados e lançados na atmosfera. Os resíduos do que sobram como poeira rica em carbono, são utilizadas na produção de pelotas. Por baixo, sai Gusa e Escoria. Pode-se carregar o alto forno de maneira diferente exemplos “u” e “v” invertido. Quando utilizamos o coque para a produção o AF produz 10 vezes mais, o coque é prejudicial ao ar por ser muito poluente mais como já havia dito antes, a fumaça resultante passa por uma lavagem antes de ser lançada a ATM ou usada como combustível. Depois de todo esse processo o gusa é vazado dentro do conversor LD para ser transformado em aço. Andre Luiz Lacerda, engenheiro metalurgista-assistente técnico MRSA, falou sobre refratários (Grupo de materiais em sua maioria cerâmica que são capazes de suportar altas temperaturas). Na metalurgia é usado para a produção do ferro gusa, carro torpedo, produção de sinter e outros. Um bom refratário possui boa densidade, alta porosidade, modulo de elasticidade, refratariedade, resistência mecânica sob carga em elevada temperatura, expansão térmica, dilatação térmica entre outros. Continuou a palestra esclarecendo sobre GLENDONS, COWPERS e AF suas peças e atribuições. Qual material é utilizado para confeccionar as peças do alto forno, como se retira a gusa, canal de corrida (feito de refratário), carro torpedo (tem esse nome por ter forma de torpedo, o que ajuda a manter a temperatura), panela de gusa, etc. Conhecimento e técnica não faltaram nas palestras. Debates e ate uma discussão sobre refratários ocorreu com os funcionário/palestrantes da Magnesita, quando um deles fez um comentário infeliz sobre a qualidade do material. Eu particularmente achei desnecessário, afinal, roupa suja se lava em casa. Finalizando eu acredito que essa palestra foi bem proveitosa para a nossa formação abordando diversos assuntos e nos dando esperança e garra para seguirmos em frente no nosso caminho. Gostaria de agradecer ao coordenador do curso de Metalurgia Seiji, pela oportunidade e boa vontade de promover esse evento junto com a nossa escola. Obrigada.