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O Golpe de 31 de Março de 1964 e as Leis 5.540/68 e 5.

692/71
Foram 21 anos de ditadura iniciada em março de 1964 com a
deposição do presidente João Goulart, e encerrada em janeiro de 1985 com
a eleição indireta de Tancredo Neves e José Sarney. Revezaram-se cinco
generais no que foi uma aliança entre a tecnoburocracia militar e civil e a
burguesia industrial e financeira nacional e multinacional. No entanto, não
houve mudança no modelo econômico. O golpe teve a intenção de provocar
uma mudança política que desse continuidade a tal modelo. O golpe veio
ajustar a ideologia ao modelo econômico do Estado brasileiro. Esse ajuste se
deu pela supressão, repressão e combate a ideologia nacionalista-
desenvolvimentista, substituindo-a pelo “desenvolvimento com segurança”
– ideologia da segurança nacional da Escola Superior de Guerra (ESG), no
intuito de manter o modelo econômico facilitador da atuação do capital
estrangeiro.
Duas questões importantes tratam das designações desse período
feitas tanto pelos militares como pela oposição, respectivamente,
“Revolução” de 64 e Ditadura militar. Primeiro que nunca foi uma revolução
de fato, pois não houve ruptura revolucionária em 64 que desencadeasse
uma alteração da estrutura da sociedade brasileira. O que de fato
aconteceu foi um rearranjo na sociedade civil e política, onde o comando do
aparelho governamental foi dominado por novas e diferentes frações da
classe dominante. E, segundo, o termo ditadura militar carrega
contradições, pois leva a crer que foi exercida somente pelos militares. O
que na verdade aconteceu foi um pacto entre a tecnoburocracia militar e
civil com a burguesia nacional e as empresas multinacionais. Com isso
pode-se falar, então, em ditadura do capital com braço militar.
Em termos educacionais o Golpe trouxe a repressão; privatização
do ensino; exclusão de boa parte das classes populares do ensino elementar
de boa qualidade; institucionalização do ensino profissionalizante;
tecnicismo pedagógico; desmobilização do magistério através de abundante
e confusa legislação educacional.
Essa política educacional provocou descontentamento, não só as
classes populares e setores médios, mas até mesmo as elites e classes
médias altas (apoiadores do golpe). Mais propriamente com as reformas do
ensino universitário – Lei 5.540/68, e ensino médio – Lei 5.692/71.
A educação praticada durante a ditadura teve fortes influências
americanas, acordos assinados entre MEC – USAID, atrelamento da escola
ao mercado de trabalho, visão de que o ensino médio deveria atender as
massas enquanto o ensino universitário deveria continuar reservado às
elites. Além disso, o sistema educacional era guiado por um princípio de
“não despertar aspirações que não pudessem ser satisfeitas”, houve
repressão aos movimentos de educação popular e criação, em
contrapartida, do Movimento Brasileiro de Alfabetização (MOBRAL)(1967), e
ainda a criação das monstruosidades legislativas através das Leis 5.540/68
e 5.692/71. As intenções reais sempre foram alinhar o sistema educacional
pelo fio condutor da ideologia do “desenvolvimento com segurança.”
Nesse contexto atuava o Instituto de Pesquisa e Estudos Sociais –
IPES com ampla responsabilidade pela organização dos seminários, estudos
e reuniões que visaram fornecer subsídios para institucionalização da
legislação educacional da ditadura militar. Reuniu altos executivos de
multinacionais, empresários, profissionais liberais, altos funcionários do
governo e militares da Escola Superior de Guerra. Seu objetivo resumia-se a
combater o projeto de Reformas de Base veiculados pelas esquerdas e por
Jango.
As mais desconcertantes ações do período, na esfera educacional
foram as leis 5.540/68 e 5.692/71. A Lei 5.540/68 – Reforma universitária
previa a Taylorização da escola, cerceamento da universidade, nunca foi
aceita pelos setores progressistas e comunidade acadêmica, era baseada
nos fóruns e estudos do IPES, tinha a falsa intenção de democratização do
ensino superior. Junto a isso ocorreu, também a departamentalização,
matrícula por disciplina (regime de créditos), vestibular classificatório e
unificado, incentivo a privatização do ensino, aumento da burocracia e
dispersão e despolitização dos alunos. Já a Lei 5.692/71 implementou a
profissionalização para o ensino secundário, racionalização do trabalho
escolar. É verdade que teve melhor aceitação, porém ocorreu em meio ao
período de maior repressão e durante o chamado “milagre econômico”. Foi
responsável pela unificação do primário e ciclo ginasial criando o 1º grau
para atender crianças e jovens de 7 a 14 anos. Contudo foi um desastre
pela falta de recursos humanos e materiais para transformar toda uma rede
de ensino nacional. Pela Lei 7.044/82 Figueiredo extingue a obrigatoriedade
da profissionalização no 2º grau. Resumidamente, a educação teve três
momentos dentro desse período: 1964-1969: Castello Branco e Costa e
Silva, elaboração das reformas de ensino; 1970-1974: Junta militar e
Garrastazu Médici, implantação das reformas; 1975-1985: Ernesto Geisel e
João Batista Figueiredo, as reformas são evidenciadas como desastrosas.

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