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TOPICOS
1- A questão da conceptualização [elaborar e organizar formação de conceitos como sistema] dos DF no sistema constitucional
Portugues ou o Processo de construção do Constitucionalismo-
Resposta: - 2 sentidos- e Noção de DFC: Conjunto de posições jurídicas activas das pessoas enquanto individuos ou
institucionalmente consideradas , assentes na CRP- seja na constituição formal seja na constituiçao material- concluindo-se
forçosamente que são aqueles contidos nesses 2 sentidos. Estes 2 sentidos podem ou devem NÃO coincidir. Dentro dos DF
destacam-se aqueles que pertencem ao código de cidadania e dentro destes os DL pessoais. Qunanto aos dtos pessoais
encontram-se distribuídos ao longo da constituição formal, não se limitando àqueles consagrados na parte I, ou nos princípios
gerais ou no preambulo ou no DUDH. Tambem se encontram especificamente estipulados consoante a origem/procedência.
Assim por ex. o art 268º embora esteja situado no no âmbito da adm publica, trata-se na verdade dum dto fundamental- o da
informação. E que se aplica quando os cidadãos se encontram numa relação directa e jurídica com a AP- por conseguinte com o
estado.
.Conceito Formal dos DF- São aquelas posiçoes que resultam duma previsão expressa na CRP. São os que aí são
expressamente previstos bem como os DUDH –art 8 e 16 –significa que os DF gozam de protecção superior atendendo a que se
pode recorrer à ajuda das instancias organizacionais internacionais, e no PREAMBULO da CRP .
Conceito em sentido material - são aqueles todos que não estão expressamente declarados, estabelecidos e atribuídos pelo
legislador constituinte. São aqueles que resultam da concepção da constituição , do sentimento /pensamento colectivo de Direito
do sentimento jurídico coletivo. – É a essência- o cerne.
Principio da não tipicidade- art 16º nº 1- recebe influxo(influencia) e não são excluídos quaisquer outras normas contidas nas leis
ou regras de dto internacional- art 8 CRP- são integrados desde que cumpram os rq do art 8º- portanto são dotados de protecção
jurídica superior, garantindo a protecção da constitucionalidade e da revisão.= logo todos os DF são também direitos em sentido
material, havendo DF para alem daqueles que constam na constituição material.
b) tem de haver reconhecimento duma ESFERA juridica PROPRIA ampla das pessoas face ao Estado.
Funções:
Visa garantir a lógica da separação dos poderes- art 111º CRP , já que qualquer que seja qual for o sistema organizativo politico-
Estado- o exercício do poder tende a centralizar-se- favorecendo excessos, e abusos de poder de autoridade
Raiz- os imediatamente conexos com a dignidade humana= no dto natural- ou dos valores éticos superiores ou da consciência
jurídica colectiva. Há por vezes 1 linha ténue como sendo limites transcendentes do poder constituinte material ( originário).
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Constituiçao- Faz parte da organização superior da soc politica- a constituiçao.
a) A distinção entre liberdade dos antigos e liberdade dos modernos, isto é na maneira de encarar a “pessoa” na
antiguidade e na maneira de encarar a partir do cristianismo. Para os antigos a liberdade era a participação na
vida da Cidade; Para os modernos, a liberdade é a realização d vida pessoal.
b)A diferença na tutela dos dtos durante a idade media( estamental) à tutela dos dtos à luz do estado moderno, mais
concretamente do estado constitucional. No 1º-Idade media- Estado estamental –feudal- o que existia eram os
privilégios/imunidades/regalias de grupos/corporações/ordens/categorias. A pessoa tinha como liberdade apenas a
possibilidade de contribuir na vida da cidade. Contributo da igreja católica para o emergir do verdadeiro conceito de “pessoa”-
dotado de razão e de consciência- hj na DUDH; Essa abordagem da IG católica assentava que todo o homem nasce à imagem
e semelhança de deus- logo é semelhante a Deus e por isso deve ter liberdade espiritual para exprimir a fe, a crença, a
espiritualidade e para acreditar que esses valores fazem parte integrante da vida de 1 pessoa. Juridicamente, o que esta em
causa aqui é a possibilidade de dizer “eu creio em Deus” e não no imperador. Os reis governavam mas cedo perceberam que
tinham de constituir novo modelo organização baseado no centralização já que eram os grupos/castas/territórios quem
verdadeiramente exerciam a autoridade. O rei não tinha neste período feudal mtos poderes .Nas revoluções liberais nos quais
todos eram vassalos iguais perante o rei mas criaram a igualdade para todos podendo combater o poder. No estado moderno
durante o renascentismo-constitucional- principalmente influenciado pelo pensamento iluminista- surge o estado liberal- sec
XVIII- este gera a centralização do poder- absolutismo- no mundo ocidental sempre que estamos a falar. Montesquieu –
defendeu um novo regime politico baseado principalmente na divisão dos 3 poderes- MODELO LIBERAL - . Rousseau- teoria
do contrato social a liberdade é condição necessária da condição humana., No Contrato Social, Rousseau elabora
as bases puramente teóricas, os princípios segundo os quais se poderiam organizar um pequeno Estado poderoso e prospero na
persuasão de que o homem só foi feliz na época em que vivia sem problemas, em meio a pequenos grupos,ocupado com os
negócios materiais de existência e com as afeições da família. Depois, Segundo Rousseau, o Estado Convencional resulta da
vontade geral, que é uma soma da vontade manifestada pela maioria dos indivíduos. A nação (povo organizado) é superior ao rei.
Não há direito divino da Coroa, mas, sim, direito legal decorrente da soberania popular. A soberania popular é ilimitada, ilimitável,
total e incontrastável. O Governo é instituído para promover o bem comum, e só é suportável enquanto justo. Não
correspondendo ele com os anseios populares que determinaram a sua organização, o povo tem o direito de substituí-lo,
refazendo o contrato. Dessa forma, Rousseau sustenta assim, o direito de revolução.
c) é entre DLG e Direitos sociais- Evidencia-se nas grandes clivagens politicas e ideológicas e sociais do sec XIX
e XX. Assim enqto no sec XIX, o estado liberal praticava o culto pela individualidade, so intervindo em questões essenciais
na vida comunitária, segurança = protecção interna, so assegurados pelo estado. Assim neste sistema liberal parte-se da
centralidade do poder ate a 1 modelo onde há separação de poderes. Promove a individualidade humana e respeita a ordem
publica identificou o NUCLEO DURO das DLG e a quem se dirigia. Coincidindo com a revolução industrial( desertificação das
populações para os grandes centros industriais)na época cedo faliu.
No estado social do sec XX- este pratica a igualdade e a universalidade= cfr assinatura da DUDH=protecção
internacional. Afim de assegurar a dignidade humana – dimensão ética existencial para qualquer 1- A única
entidade que se sobrepõe a todos é o estado e é ele que promove a solidariedade afim de distribuir justamente
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todos os recursos disponíveis às populações através da cobrança de impostos diretos e indiretos em proporção. Ao
mesmo tempo os direitos sociais em sentido latu ( económicos-sociais-culturais) são estendidos naturalmente ao
povo e são os que se encontram a vigorar. Destacam-se pela sua importância os dtos em questões laborais- dos
trabalhadores e numa nova forma de contratação publica..
Em resumo, No estado Liberal –sec XIX so 1 conj de DLG; No estado social com a CRP de 1976 deu-se os DLG e
os dtos sociais..
2- Marcas da evolução:
Resposta- 3 periodos
##No 1º e 2º corresponde os períodos da pré historia. Na cultura ocidental do qual mais influeciámos ( Romana e Grega)
na Grécia Sofocles usa a fatalidade do incesto para explicar que o H apenas se movimenta pois td já esta pré definido
superiormente. Os romanos seguem a mesma corrente predeterminada- Tiveram a ousadia de regular ( Sec 212 DC)
situações em que se envolvia estrangeiros.Um esboço da cidadania.
Outro grande marco foi a influencia do cristianismo- 2movimentos= a reforma=separar o imperador do papa-Lutero-
protestante e fundamentalista e a contra reforma pelos jesuítas=concilio de trente
A Igreja incutiu nas pessoas o culto e a crença de que vale a pena lutar pelos seus ideais, e a procurar uma vida com
melhores condições de igualdade, liberdade e aprendeu-se a reconhecer a liberdade, a fé, as crenças, os valores, os ideais
de luta.
Na tradição inglesa= Magna Carta e do settlemment e nas rev americanas e francesa = levou ao constitucionalismo=
centralização= absolutismo=revolução no sec XX
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Ultimo período-onde estamos- estado social- DF
A organização politica do estado por via da ruptura ideológica a 25-4-1974 passa a ser o de democracia
representativa. A Liberdade que Constant disse quanto à ideia da liberdade fechou o ciclo_ a liberdade passa a ser
o da realização pessoal- o da autonomia no sentido de ganho de liberdade.
O poder constituinte originário alias no seu preambulo indica as suas inspirações e a ruptura com o regime
politico anterior. Os dtos políticos são estendidos, o sufrágio universal é pela 1ª vez instituído e introduzem-se os
dos económicos, sociais e culturais já que as pessoas pela 1ª vez podem expor as suas necessidades, elaboram-se
os princípios para a liberdade sindical, para a formação dos partidos, dto greve,- os dtos de liberdade são
amplamente alargados.
reconhecimento dos princípios fundamentais da maior parte das normas de dtos fundamentais;
Desenvolvimento dos meios de garantia ( 2º a 23) e a sua ligação aos sistemas de fiscalização da legalidde e da
constitucionalidade;
o Para o estado social de direito a liberdade do presente não pode ser sacrificada em troca de quaisquer
metas. Há que criar condições de liberdade não so jurídicas mas também liberdades de facto. O resultado
a que se propõe é a de oferecer uma liberdade igual para todos, corrigindo-se as desigualdades através
e sujeitas às balizas materiais ( art 288º??) e procedimentais da constituição.
o Estado social de direito que se fundamenta no 111º- separação de poderes- sendo o SISTEMA
JURIDICO PORTUGUES PLURILEGISLATIVO-raiz liberal- art 2º dado que provem da via legislativa e
porque provem em conjunto do exercício dos vários orgaos de poder.
o Os DLG são dtos de libertação do poder e também dtos para protecção do poder contra os outros poderes
o Os sociais- são de libertação da necessidade e de promoção
o EM RESUMO= Liberdade e Libertaçao são as 2 grandes dimensões- completam-se
o O propósito(escopo) dos DLG é a limitação jurídica do poder de autoridade; Estes têm o dever de
organizar a solidariedade com vista a alcançar a liberdade para todos em condições de igualdade
Hoje em dia o poder politico democrático é muito complexo: é indivisível e o seu exercício depende de 1 numero de funções
que estejam legalmente atribuídas por força da CRP. Qto mais DF se conquiste perante o poder politico, mais se os limite e
mais eles os respeitam.
Resposta:
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o Não existe historicamente 1 relaçao entre DF e a dignidade humana
o A ligação jurídico-positiva so se inicia com estado social de direito- nas constituições internacionais apos a II
grande guerra mundial em resposta à degradação que a pessoa sofreu anteriormente cfr preambulo da DUDH
o Em PT a CRP de 1933 iniciou a falar em dignidade humana no sentido que cabia ao estado zelar pela melhoria das
condições de vida das classes sociais + desfavorecidas
o Seria na CRP de 1976 a declarar expressamente que a republica PT se baseia na dignidade humana-art 1º- no
sentido de que transforma qq “pessoa humana” o fim e o fundamento da sociedade e do estado.
o Assim a CRP de 1976 da duma forma direta e evidente os DLG pessoais e os D económicos sociais e culturais
comuns tendo como fonte ÚNICA a ética na dignidade da pessoa, de tdas as pessoas.
o O que conta pois é a unidade da pessoa com a conjugação dos diferentes direitos, com as normas constitucionais
e internacionais Cfr Kant pensava=” so na consciência da sua dignidade pessoal pode o H retomar a unidade da
vida e do destino”.
o Diz respeito a tdas e a cada uma das pessoas e é a dignidade da pessoa individual e concreta
o É desde a concepção, não desde o nascimento
o Cada pessoa vive em relação comunitária mas a dignidade que possui é dela mesma e não da situação
em si
o Detemina respeito pela liberdade da pessoa, pela sua autonomia.-art 26 nº1
o O primado da pessoa é o “ser” e não o “Ter”
Para isso e cfr montesquieu pensava é preciso que a garantia da liberdade se faça através da divisão dos
poderes e que o estado como organização superior da comunidade se sujeite ao direito isto é se
condições para que o H não seja compelido em ultimo recurso à revolta, à tirania, à opressão.