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SEPARAÇÃO DOS PODERES

1. A IMPROPRIEDADE DO TERMO
⇒O poder do Estado é uno e indivisível
⇒Separação das funções

2. OBJETIVOS
⇒assegurar a liberdade individual
⇒controlar o poder
→sistema de freios e contrapesos
⇒racionalizar e especializar a execução de tarefas e funções

3. HISTÓRICO
a) Aristóteles (V a. C.) ⇒ A Política
⇒ ao comparar criticamente as constituições de sua época, posicionou-se
favoravelmente à separação dos poderes

b) Marcílio de Pádua (XIV) ⇒ Defensor Pacis


Vislumbrou a distinção entre
⇒LEGISLATIVO, exercido pelo povo, o primeiro legislador
⇒EXECUTIVO, exercido pelo príncipe

c) Maquiavel (XVI) ⇒ O Príncipe


⇒LEGISLATIVO, exercido pelo Parlamento
⇒EXECUTIVO, exercido pelo Rei
⇒JUDICIÁRIO, pelos juizes

d) Locke (XVII) ⇒ Tratados sobre o Governo


⇒FUNÇÃO LEGISLATIVA, exercida pelo Parlamento
⇒FUNÇÃO EXECUTIVA, exercida pelo Rei
→Executiva propriamente dita: tarefas estatais internas
→Federativa: relações externas
→Discricionária: fazer o bem público sem se subordinar a regras

e) Montesquieu (XVIII) ⇒ O Espírito das Leis


⇒A idéia da separação dos poderes, mas com harmonia
⇒Omite as atribuições de cada poder
⇒EXECUTIVO
→Direito Civil
→Direito das Gentes
⇒LEGISLATIVO
⇒JUDICIÁRIO

1
f) Declarações de Direitos
⇒Virgínia (§ 5º)
⇒Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão (Art. 16)

g) Constituições Modernas
⇒Proibição do acúmulo de funções

4. TEORIA DO SISTEMA DE FREIOS E CONTRAPESOS


a) Noção Introdutória: Os Atos Típicos de Cada Poder
⇒ATOS GERAIS
→os concernentes à expedição de regras gerais e abstratas
→são de competência do legislador
⇒ATOS ESPECIAIS
→os concernentes à ação concreta
→são de competência do executivo

b) Críticas ao Sistema de Freios e Contrapesos


⇒a separação dos poderes é meramente acadêmica
⇒há forte interpenetração dos poderes
⇒as funções de cada um sofrem influências metajurídicas
⇒a separação dos poderes não assegura a liberdade
⇒a separação dos poderes não assegura a democracia

c) Atenuação da Doutrina da Separação dos Poderes


⇒Ocorrência de delegação de poderes
ν ⇒Transferências constitucionais de competênciasThe delegates built a "check
and balance" system into the Constitution. This system was built so that no one
branch of our government could become too powerful. Each branch is controlled by
the other two in several ways. For example, the president may veto a law passed
by Congress. Congress can override that veto with a vote of two-thirds of both
houses. Another example is that the Supreme Court may check Congress by
declaring a law unconstitutional. The power is balanced by the fact that members
of the Supreme Court are appointed by the president. Those appointments have to
be approved by Congress. www.congressforkids.net

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O presente questionamento se refere a questão no.9 (nove) da prova modelo 1(um) do
referido concurso . Questão esta, de Direito Constitucional, quwe tratou do tema de
separação dos poderes, no contexto do sistema de Freios e Contrapesos, tratado na doutrina
inglesa por "checks and balances".

A questão mencionada possui o seguinte enunciado:


9. No presidencialismo clássico brasileiro, que adotou o princípio da
separação dos poderes segundo a formulação de Montesquieu, constitui
função atípica:
(a) a expedição de Regimento interno próprio pelo órgão supremo do Poder
Judiciário
(b) o controle recíproco de poderes
(c) a investigação parlamentar por intermédio de Comissão Parlamentar de
Inquérito
(d) a sanção presidencial dos projetos de lei
(e) a convocação de Ministro de Estado para prestar depoimento perante o
Poder Legislativo.

O gabarito divulgado aponta a resposta correta, como sendo a(E), no entanto,


pretendemos provar que outras alternativas como a (D) poderiam ser consideradas
acertadas.

As técnicas de controle recíproco de poderes, denominadas de sistema de freios e


contrapesos designam meios com os quais os poderes elencam atividades típicas e as
anormais, excepcionais, também chamadas de atípicas.

Segundo o entendimento corroborado plos mais nobres autores nacionais., como o


Prof. Dalmo de Abreu Dallari:
"O sistema de separação de poderes, Consagrado nas Constituições de quase
todo o mundo, foi associado à idéia de Estado Democrático e deu origem a
uma engenhosa construção doutrinária, conhecida como sistema de freios e
contrapesos. Segundo essa teoria os atos que o Estado pratica podem ser de
duas espécies: ou são atos gerais ou são especiais. Os atos gerais, que só
podem ser praticados pelo poder legislativo, constituem-se a emissão de
regras gerais e abstratas, não se sabendo, no momento de serem emitidas, a
quem elas irão atingir.
(...)
Só depois de emitida a norma geral é que se abre a possibilidade de atuação do
poder executivo, por meio de atos especiais.* O executivo dispõe de meios
concretos para agir, mas está igualmente impossibilitado de atuar

3
discricionariamente, porque todos os seus atos estão limitados pelos atos
gerais praticados pelo legislativo.
*Grifos nossos.Dallaria, Dalmo de Abreu. Elmenetos de Teoria Geral do Estado.
Saraiva. São Paulo pag.219/220

Segundo a doutrina do Prof.Doutor Paulo Bonavides, reportando-se a Montesquieu o


mesmo relata:
"Como a natureza das coisas não permite aimobilidade dos poderes, mas o seu
constante movimento- lembra o profundo pensador- são eles compelidos a atuar
"de concerto", harmônicos, e as faculdades enunciadas de estatuir e de impedir
antecipam já a chamada técnica dos checks and balances, dos pesos e contrapesos,
desenvolvida posteriormente por Bolingbroke, na Inglaterra, durante o século
XVIII.
Com efeito, quando o executivo emprega veto para enfrear determinada medida
legislativa não fez uso da faculdade de estatuir mas da faculdade de impedir,
faculdade que se insere no quadro dos mecanismos de controle recíproco da
ação dos poderes."*

*Grifos Nossos. Bonavides , Paulo.Ciência Política. Malheiros. São paulo, 2001.p.140

Percebe-se claramente a menção à atuação do Poder Executivo, como agente partícipe do


processo legislativo, quando sua função precípua seria administrar(gestionar) a coisa
pública, todavia, o mesmo interfere em momento próprio na atividade típica do Poder
legislativo. Exatamente, como mencionado na questão nove, letra(D).

"É certo ,ainda, que os desvios do modelo de Montesquieu

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Faculdade de Direito
Teoria Geral do Estado
Prof. Sérgio Alexandre Braga Jr.

O Sufrágio

I. Definição: É o direito que têm as pessoas de participar na vida política do Estado,


no exercício da cidadania.
"Sufrágio é o processo de escolha. Voto é o ato de escolha. O direito de votar
chama-se sufrágio. O voto é o instrumento do sufrágio. O voto é o meio de exercer
o direito do sufrágio" Acquaviva, Marcus Cláudio. Instituições Políticas." São
Paulo.Atlas,1982, p.132

II. Aspectos Gerais:


⇒ É imprescindível ao exercício da democracia representativa
⇒ O sufrágio geralmente se realiza por meio do voto, para a escolha de
representantes
⇒ A natureza jurídica do voto é controvertida: direito, dever ou função?

III. Classificação quanto à abrangência


a) Restrito: somente poucos têm o direito de sufragar

b) Universal: quase todos que são capazes têm o direito de sufragar


-Não há, a rigor, sufrágio universal, em virtude de variadas limitações
" Pelo sufrágio universal é conferida cidadania ao maior número possível de
indivíduos(universalidade, daí a expressão sufrágio universal)".
Acquaviva, Marcus Cláudio. Instituições Políticas" . São Paulo. Atlas, 1982, p.132

Restrições ao Direito de Sufrágio:


"Hoje a generalidade do direito de voto se impõe, só sendo admissíveis
aquelas ressalvas que a própria ordem natural das coisas sugere. Assim não votam os
menores de idade e os destituídos de capacidade jurídica nos termos das leis civis."Bastos,
Celso Ribeiro. Curso de Teoria do Estado e Ciência Política. Saraiva.São Paulo.pgs.206/207

1) Idade ou sufrágio cronológico


2) Condição econômica ou sufrágio censitário(Constituição de 1824)
3) Sexo ou preferência sexual ou sufrágio masculino
4) Deficiência de instrução ou sufrágio cultural
5) Deficiência física ou mental
6) Condenação criminal
7) Serviço militar
8) Nacionalidade

IV. Condições Indispensáveis para o adequado exercício do Direito de Sufragar

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a) Plena liberdade ao eleitor para que possa exercer livremente o voto, segundo sua
consciência
b) Mínimo de preparo(DISCERNIMENTO ELEITORAL) do eleitor para que bem
exercite o direito.
c) Livre manifestação de pensamento(argumentação e resolução das ações estatais)

Consulta á Constituição Federal de 1988:


CAPÍTULO IV
DOS DIREITOS POLÍTICOS
Ver Doutrina: Direitos Políticos - Perda, Suspensão e Controle Jurisdicional, de Teori Albino
Zavascki.
Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto,
com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante:
I - plebiscito;
II - referendo;
III - iniciativa popular.
§ 1º. O alistamento eleitoral e o voto são:
I - obrigatórios para os maiores de dezoito anos;
II - facultativos para:
a) analfabetos;
b) os maiores de setenta anos;
c) os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos.
§ 2º. Não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e, durante o período do serviço
militar obrigatório, os conscritos.
§ 3º. São condições de elegibilidade, na forma da lei:
I - a nacionalidade brasileira;
II - o pleno exercício dos direitos políticos;
III - o alistamento eleitoral;
IV - o domicílio eleitoral na circunscrição;
V - a filiação partidária;
VI - a idade mínima de:
a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da República e Senador;
b) trinta anos para Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal;
c) vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e
juiz de paz;
d) dezoito anos para Vereador.
§ 4º. São inelegíveis os inalistáveis e os analfabetos.
§ 5º. O Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal, os Prefeitos e
quem os houver sucedido ou substituído no curso dos mandatos poderão ser reeleitos para um único
período subseqüente. (Redação dada ao parágrafo pela Emenda Constitucional nº 16/97)
§ 6º. Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da República, os Governadores de Estado e do
Distrito Federal e os Prefeitos devem renunciar aos respectivos mandatos até seis meses antes do
pleito.
§ 7º. São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes
consangüíneos ou afins, até o segundo grau ou por adoção, do Presidente da República, de
Governador de Estado ou Território, do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os haja
substituído dentro dos seis meses anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e
candidato à reeleição.
§ 8º. O militar alistável é elegível, atendidas as seguintes condições:
I - se contar menos de dez anos de serviço, deverá afastar-se da atividade;

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II - se contar mais de dez anos de serviço, será agregado pela autoridade superior e, se eleito,
passará automaticamente, no ato da diplomação, para a inatividade.
§ 9º. Lei Complementar estabelecerá outros casos de inelegibilidade e os prazos de sua cessação, a
fim de proteger a probidade administrativa, a moralidade para o exercício do mandato, considerada
a vida pregressa do candidato, e a normalidade e legitimidade das eleições contra a influência do
poder econômico ou o abuso do exercício de função, cargo ou emprego na administração direta ou
indireta.(RedaçãoEmenda nº 04/94)
§ 10. O mandato eletivo poderá ser impugnado ante a Justiça Eleitoral no prazo de quinze dias
contados da diplomação, instruída a ação com provas de abuso do poder econômico, corrupção ou
fraude.
§ 11. A ação de impugnação de mandato tramitará em segredo de justiça, respondendo o autor, na
forma da lei, se temerária ou de manifesta má-fé.
Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará nos casos de:
I - cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado;
II - incapacidade civil absoluta;
III - condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos;
IV - recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa, nos termos do artigo 5º,
VIII;
V - improbidade administrativa, nos termos do artigo 37, § 4º.
Art. 16. A lei que alterar o processo eleitoral só entrará em vigor na data de sua publicação, não se
aplicando à eleição que ocorra até um ano da data de sua vigência. (Redação dada ao artigo pela
Emenda Constitucional nº 04/93)

Subseção II
Da Emenda à Constituição
Art. 60. A Constituição poderá ser emendada mediante proposta:
I - de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal;
II - do Presidente da República;
III - de mais da metade das Assembléias Legislativas das unidades da Federação,
manifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus membros.
§ 1º. A Constituição não poderá ser emendada na vigência de intervenção federal, de estado
de defesa ou de estado de sítio.
§ 2º. A proposta será discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional, em dois
turnos, considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, três quintos dos votos dos
respectivos membros.
§ 3º. A emenda à Constituição será promulgada pelas Mesas da Câmara dos Deputados e do
Senado Federal, com o respectivo número de ordem.
§ 4º. Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir:
I - a forma federativa de Estado;
II - o voto direto, secreto, universal e periódico;
III - a separação dos Poderes;
IV - os direitos e garantias individuais.

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Universidade de Fortaleza
Faculdade de Direito
Teoria Geral do Estado
Prof. Sérgio Alexandre Braga Jr.

Democracia

Livro III- A Política - Aristóteles

I. Introdução
Governo do povo, pelo povo e para o povo (Lincoln)
.Problema concreto: as diferentes noções de Povo

Estado "Democrático" de Direito - Ideal Supremo

Estado Democrático Moderno X Absolutismo


- Locke e Rousseau
- " Um povo que governar sempre bem, jamais deverá ser governado"
- " Se existisse um povo de deuses ele governar-se-ia democraticamente"

II.Movimentos :
No. MOVIMENTOS DECLARAÇÕES ANO
01. Revolução Inglesa Bill of Rights 1689
02. Revolução Americana Declaração de Independência das 13 1776
Colônias
03. Revolução Francesa Declaração dos Direitos do Cidadão 1789

III. Síntese de Princípios da Democracia


⇒Supremacia da vontade e do interesse popular
⇒Preservação da liberdade
⇒Igualdade de direitos
⇒Possibilidade de participação(Vez, Voz e Voto)

Os princípios da Democracia são modernamente, os seguintes:


a) subordinação do Estado às leis que ele próprio edita;
b) divisão de poderes (executivo, legislativo e judiciário) e independência no seu
exercício, guardada a harmonia entre si;
c) temporariedade das funções de governo;
d) igual oportunidade a todos;
e) prevalência da vontade da maioria sem que se despreze a manifestação da
minoria;
f) filosofia de vida própria.
BRANCATO, Ricardo Teixeira. Instituições de Direito Público e Privado, 9a. ed., São
Paulo: Saraiva, 1995
Democracia

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Historicamente a democracia pode ser direta ou indireta. Hoje não é possível, em
regra geral, o exercício da democracia direta - tal como acontecia, por exemplo, em Atenas,
no período clássico- , ou seja, o povo deliberar diretamente sobre os destinos do Estado ou
o exercício da administração pública. Ainda assim temos algumas manifestações diretas de
democracia, como é o caso da eleição dos governantes e também o dos plebiscito e
referendo.

Democracia pluralista
Cronologicamente esta é a mais antiga forma de democracia. É a forma clássica,
posta em prática por todas as grandes sociedades industriais do mundo ocidental: Estados
Unidos, Grã-Bretanha, França etc. Ela se embasa em sistemas institucionais e políticos
bastantes diferentes uns dos outros: regime presidencial, regime parlamentar bipartido,
multipartido etc. Essencialmente sua tendência é confiar o poder político à maioria, mas seu
conteúdo é muito denso para poder reduzir-se a uma única fórmula.

Liberdade de oposição
A liberdade de oposição é uma das principais características da democracia pluralista.
Ela implica a alternação no poder de diferentes correntes de opinião, expressas pelos
partidos políticos. Assim , a maioria de hoje poderá ser a minoria de amanhã e vice-versa.
Contudo, para que a oposição tenha oportunidade de ascender ao poder, é preciso que ela
possa convencer o eleitorado, expondo livre e publicamente suas críticas, o que ocorre
normalmente nas Casas Legislativas. Daí por que a democracia pluralista supõe uma livre e
permanente oposição, não sendo próprios da democracia movimentos ou atitudes
meramente "contestatórios"

IV. Formas da Democracia


1. Democracia Direta
.Inexistência de intermediários entre cidadãos e Estado
.Ocorrências no passado: Atenas, Roma Antiga, cidades da Hansa, grandes
cidades da Itália Medieval, comunas flamengas, Brabant e Liege (Jacques
Debacq);
gauleses, merolíngeos e carolíngeos (Fustel de Coulanges).
.Atualmente: Cantões e Semicantões da Suíça e em alguns Condados norte-
americanos.

.Críticas:
1. Funcionava em território restrito
2- As deliberações eram tomadas a partir do embevecimento dos cidadãos para
com a retórica de seus pares;
3- Somente se tornou possível graças ao instituto da escravidão ou similar
4- Do conjunto da população poucos efetivamente participam
5- Incapacidade do Povo para discernir e decidir sobre assuntos técnicos
6- Conservadorismo da Democracia Direta
Vantagens: Pelos frutos se conhece a árvore (excelência grega; justiça suíça;
democracia americana)

2. Democracia Indireta ou Representativa

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Democracia indireta é o chamado sistema representativo. Por ela diante da
impossibilidade de o povo participar diretamente do governo, elegem-se representantes
populares que deliberam e exercem o governo em nome do eleitorado, ou seja, em nome do
próprio povo.
Características
.É viabilizada por meio da eleição de representantes
.O povo é o soberano, mas o exercício de sua soberania dá-se unicamente no voto
.Modalidades da representação: mandato imperativo e mandato livre ou nacional.
.Críticas: “uma criação aristocrática” (Eugen Ehrlich)

3. Democracia Mista Ou Semidireta


Momento-síntese entre a democracia indireta e a direta
.conserva os representantes
.abre espaços para a participação direta do Povo (colaborador político e jurídico)
.geralmente combina as duas ações.

V. Institutos “clássicos” Da Participação Popular na Democracia Semidireta


1. Referendum ou referendo
Definição: "Com o referendum, o povo adquire o poder de sancionar as leis."
Bonavides , Paulo.Ciência Política.FGV. 1967. P.219

Características:
.É o mais clássico (tratado com primazia)
.E o mais confuso (classificado de diversas maneiras⇒ normas outras matérias)
.Etimologia: “fazer referência a”.
.Primeiras aplicações: Dietas das Confederações Helvéticas e Germânicas
.Delimitação: só há referendum quando o povo é consultado sobre norma que está
em vigor, tendo o direito de mantê-la ou retirá-la do ordenamento.

.Classificação:
Quanto à matéria: ordinário ou constitucional.
Quanto à imperiosidade: facultativo ou obrigatório.
VANTAGENS DESVANTAGENS
Funciona como um freio aos parlamentos e provoca o desprestígio dos parlamentos e dos
aos partidos partidos
Legitima a obra parlamentar o despreparo técnico do povo para legislar
retira o povo da posição de mero espectador o afrouxamento de responsabilidade dos
da vida social representantes
Promove a educação política o estímulo à demagogia dos que querem e
podem dominar a opinião pública.
Consulta à Constituição Federal de 1988:
Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional:
XV - autorizar referendo e convocar plebiscito;

2. Plebiscito
.Origem: República Romana.

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.Definição: consulta prévia, definitiva e autônoma ao corpo eleitoral sobre assunto de
interesse (supostamente) relevante.
A palavra "plebiscito" teve origem em Roma e significa lei elaborada pelo povo, nos
comícios. Hoje plebiscito é a deliberação tomada diretamente pelo povo, sobre uma
providência qualquer a ser efetuada pelo governo, antes de ser tomada esta providência.
Quando a consulta ao povo se verificar depois de efetivada a providência, tem-se aí o
referendo.
"(...) o plebiscito se caracteriza como um "pronunciamento popular válido por si
mesmo", inteiramente unilateral, que independe do concurso de qualquer outro órgão do
Estado". Bonavides, Paulo. Ciência Política. FGV. 1967. P.226

.Delineio: a plebe decidia sobre as normas de seu interesse (decreto da plebe)

.Classificação
.quanto à matéria: normativo (constitucional, legal e até infralegal) e consultivo
(outros temas)
quanto ao tempo: é sempre ante legem.
quanto à imperiosidade: obrigatório ou facultativo
quanto à decisão que provoca: sempre é vinculante

VANTAGENS DESVANTAGENS
as do referendo as do referendo
a obrigatoriedade de cumprimento do que foi a manipulação da turba: cesarismo
decidido pelo povo

Consulta à Constituição Federal de 1988:


Art. 18. A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a
União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta
Constituição.
§ 3º. Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a
outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação da população
diretamente interessada, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar.
§ 4º. A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios far-se-ão por lei
estadual, dentro do período determinado por lei complementar federal, e dependerão de consulta
prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos
Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei. (Redação dada ao
parágrafo pela Emenda Constitucional nº 15/96)
ADCT - ATO DAS DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS TRANSITÓRIAS
Art. 2º. No dia 7 de setembro de 1993 o eleitorado definirá, através de plebiscito, a forma (república
ou monarquia constitucional) e o sistema de governo (parlamentarismo ou presidencialismo) que
devem vigorar no País.
Nota: A Emenda Constitucional nº 2, de 1992, antecipou a data do plebiscito para o dia 21 de abril
de 1993.

3. Veto Popular

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.Origem: Suíça

.Definição: Poder que tem o povo de impedir que uma norma aprovada pelo
parlamento entre em vigor.

"(...)o veto é a faculdade que permite ao povo manifestar-se contrário a uma


medida ou lei, já devidamente elaborada pelos órgãos competentes, e em vias de
ser posta em execução." Bonavides, Paulo. Ciência Política. FGV. 1967. P.232

.Diferença do chamado referendum ab-rogativo: a norma ainda está em tramitação

.Classificação
quanto ao conteúdo: normativo e extra-normativo

4. Iniciativa Popular
.Origem: EUA: Dakota do Sul (criação - 1898) e Oregon (aplicação - 1904)
.É considerado um instrumento da cidadania, por excelência

.Definição: “a capacidade jurídica (do povo) de propor formalmente a legislação


que no seu parecer melhor consulte o interesse público” (Paulo Bonavides)
"Com a inicioativa, conforme pondera Xifra Heras, os cidadãos não
legislam, mas fazem, com que se legisle" In Bonavides, Paulo.Ciência
Política.FGV. 1967. P.228
.Classificação:
quanto à matéria: ordinária ou constitucional.
quanto à forma: “formulada” ou “não-formulada”
quanto à deliberação: direta e indireta.

Consulta à Constituição Federal de 1988:


Das Leis
Art. 61. A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe a qualquer membro ou
Comissão da Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional, ao
Presidente da República, ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores, ao
Procurador-Geral da República e aos cidadãos, na forma e nos casos previstos nesta
Constituição.
§ 1º. São de iniciativa privativa do Presidente da República as leis que:
I - fixem ou modifiquem os efetivos das Forças Armadas;
II - disponham sobre:
a) criação de cargos, funções ou empregos públicos na administração direta e autárquica
ou aumento de sua remuneração;
b) organização administrativa e judiciária, matéria tributária e orçamentária, serviços
públicos e pessoal da administração dos Territórios;
c) servidores públicos da União e Territórios, seu regime jurídico, provimento de cargos,
estabilidade e aposentadoria; (Redação dada à alínea pela Emenda Constitucional nº
18/98)

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d) organização do Ministério Público e da Defensoria Pública da União, bem como normas
gerais para a organização do Ministério Público e da Defensoria Pública dos Estados, do
Distrito Federal e dos Territórios;
e) criação, estruturação e atribuições dos Ministérios e órgãos da administração pública.
f) militares das Forças Armadas, seu regime jurídico, provimento de cargos, promoções,
estabilidade, remuneração, reforma e transferência para a reserva. (Alínea acrescentada
pela Emenda Constitucional nº 18/98)
§ 2º. A iniciativa popular pode ser exercida pela apresentação à Câmara dos Deputados de
projeto de lei subscrito por, no mínimo, um por cento do eleitorado nacional, distribuído
pelo menos por cinco Estados, com não menos de três décimos por cento dos eleitores de
cada um deles.

5. RECALL

.Origem: EUA, 1821, Oregon


Recall⇒revogação

.Definição: o poder que tem o povo de destituir o servidor público,


acentuadamente os que têm mandato eletivo, que decaia de sua confiança, nos
casos e na forma prescrita em lei.

"É a forma de revogação individual. Capacita o eleitorado a destituir


funcionários, cujo comportamento, por qualquer motivo, não lhe esteja
agradando." Bonavides, Paulo.Ciência Política.FGV. 1967. P.230

Recall judiciário, 1912, Theodore Roosevelt

Classificação: quanto ao conteúdo: normativo e extra-normativo

VANTAGENS DESVANTAGENS
o corpo funcional do Estado procura atuar .praticamente retoma o mandato imperativo
conforme a aspiração do povo
a cidadania pode interromper o mandato afeta irremediavelmente o livre
(direto ou indireto) de quem o exerça em seu convencimento de magistrados, a segurança
desagrado jurídica e o prestígio do mandato.
Elimina o “espírito de corpo” nas apurações
de responsabilidades

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6. ABBERRUFUNGSRECHT

Origem: Suíça

Etimologia do termo: Abberrufungsrecht= abberrufungs (que significa


“demissão”, “destituição”, “ordem de regresso”) mais recht (cujo significado é,
para o caso, “direito”)

Definição: “O Abberrufungsrecht é forma de revogação coletiva. Aqui não se


trata, como no recall, de cassar o mandato de um indivíduo, mas o de toda uma
assembléia." Bonavides, Paulo. Ciência Política. FGV. 1967. P.232

Sete cantões na Suiça e um semi-cantão adotam este instituto.

VANTAGENS DESVANTAGENS
as do recall as do recall
Despersonaliza a cassação
Indica a distância entre governo e povo

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Faculdade de Direito
Direito Eleitoral
Prof. Sérgio Alexandre Braga Jr.

Sistemas Eleitorais
Introdução
- Decorrem da necessidade de estabelecer um sistema eleitoral legítimo
- Cada Estado desenvolve o seu sistema peculiar
- Em gênero baseiam-se nas idéias de maioria e proporcionalidade frente ao corpo eleitoral
- Alguns sistemas mesclam maioria e proporcionalidade

Mandato
Def:"No que diz respeito ao mandato, este nada mais é do que a investidura que o povo faz
em alguém por ele escolhido, segundo o procedimento eleitoral, para desempenhar parte
das funções mais altas do Estado. Confere, portanto, poderes ao seu titular para
representar o povo.(...) O mandato é ,pois, instrumento nuclear para a configuração da
democracia representativa." Bastos, Celso Ribeiro. Curso de Teoria do estado e Ciência
Política, São Paulo: Saraiva, 1999, pg.206

Classificação de José Pedro Galvão de Souza(Iniciação à Teoria do Estado)


-Representação Tradicional
-Representação dos Estados Modernos

Representação TRADICIONAL GOVERNOS MODERNOS


Espécie Base corporativa(voto p/ categoria social) Base individual(Suf.universal)
Mandato Imperativo Representativo(popular)
Função das Consultivas Deliberativas
Assembléias
Relacionamento Distinção entre autoridade e Autoridade absorvida pela
representação representação

Classificação Moderna(atual)
Sistema de Representação Majoritária
- A maioria, com exclusividade, ocupa o poder
- O candidato mais votado ocupa o poder, ou seja, somente ele.

ARGUMENTOS FAVORÁVEIS ARGUMENTOS DESFAVORÁVEIS


- É a essência da democracia, que rege-se - Não há espaço para a convivência entre
pelo interesse da maioria maioria e minoria

- O problema da maioria simples é - A maioria geralmente não representa a


resolvido pela adoção do duplo turno de maior parte dos cidadãos, sobretudo
eleição, este que induz à maioria quando há multiplicidade de candidatos
absoluta
- A maioria resultante de duplo turno é
- O eleitor identifica seu representante e artificializada

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pode cobrar-lhe as responsabilidades

Sistema de Representação Proporcional


- Distribuição das cadeiras do parlamento pela proporcionalidade da opção popular
-Quociente eleitoral: divisão do número total de votos válidos pelo pelo número de vagas
na disputa eleitoral

Estrutura Política Brasileira(quanto aos mandatos)


MAJORITÁRIO PROPORCIONAL
Presidente da República Deputados Federais
Governador de Estado Deputados Estaduais
Prefeito Municipal Vereadores
Senadores

Sistema Distrital
-Utilizado no Brasil até 1930
-Divisão do Estado em circunscrições ou distritos eleitorais
-Único Voto

Sistema Distrital Misto


- Adotado pela Alemanha
- Eleitor faz duplo voto:
- 1º escolha do candidato do distrito(sistema majoritário)
- 2º escolha do candidato ou partido na unidade territorial abrangente(sistema
proporcional)
- Reforma eleitoral prevê esta hipótese

Consulta à Constituição Federal de 1988:


CAPÍTULO IV
DOS MUNICÍPIOS
Art. 29. O Município reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos, com o interstício
mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços dos membros da Câmara Municipal, que a
promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição, na Constituição do
respectivo Estado e os seguintes preceitos:
I - eleição do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Vereadores, para mandato de quatro anos,
mediante pleito direto e simultâneo realizado em todo o País;
II - eleição do Prefeito e do Vice-Prefeito realizada no primeiro domingo de outubro do ano
anterior ao término do mandato dos que devam suceder, aplicadas as regras do artigo 77 no
caso de Municípios com mais de duzentos mil eleitores; (Redação dada ao inciso pela
Emenda Constitucional nº 16/97)
III - posse do Prefeito e do Vice-Prefeito no dia 1º de janeiro do ano subseqüente ao da
eleição;

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IV - número de Vereadores proporcional à população do Município, observados os
seguintes limites:
a) mínimo de nove e máximo de vinte e um nos Municípios de até um milhão de
habitantes;
b) mínimo de trinta e três e máximo de quarenta e um nos Municípios de mais de um
milhão e menos de cinco milhões de habitantes;
c) mínimo de quarenta e dois e máximo de cinqüenta e cinco nos Municípios de mais
de cinco milhões de habitantes;

TÍTULO IV
DA ORGANIZAÇÃO DOS PODERES
CAPÍTULO I
DO PODER LEGISLATIVO
SEÇÃO I
DO CONGRESSO NACIONAL
Art. 44. O Poder Legislativo é exercido pelo Congresso Nacional, que se compõe da
Câmara dos Deputados e do Senado Federal.
Parágrafo único. Cada legislatura terá a duração de quatro anos.
Art. 45. A Câmara dos Deputados compõe-se de representantes do povo, eleitos, pelo
sistema proporcional, em cada Estado, em cada Território e no Distrito Federal.
§ 1º. O número total de Deputados, bem como a representação por Estado e pelo Distrito
Federal, será estabelecido por lei complementar, proporcionalmente à população,
procedendo-se aos ajustes necessários, no ano anterior às eleições, para que nenhuma
daquelas unidades da Federação tenha menos de oito ou mais de setenta Deputados.
Nota: A Lei Complementar nº 78, de 30.12.1993, fixa o número de deputados.
§ 2º. Cada Território elegerá quatro Deputados.

Art. 46. O Senado Federal compõe-se de representantes dos Estados e do Distrito Federal,
eleitos segundo o princípio majoritário.
§ 1º. Cada Estado e o Distrito Federal elegerão três Senadores, com mandato de oito
anos.
§ 2º. A representação de cada Estado e do Distrito Federal será renovada de quatro em
quatro anos, alternadamente, por um e dois terços.
§ 3º. Cada Senador será eleito com dois suplentes.

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O PODER DO ESTADO
O Golpe de Estado e a Revolução.
I. O DEBATE INICIAL
É possível dar à revolução um tratamento teórico-científico?

.a Revolução era inicialmente objeto de estudo dos historiadores e sociólogos


⇒Vista de forma cíclica

.VON WEIS (década de 20), sustenta a possibilidade de apreciação científica sobre


a Revolução

.Marx, “o verdadeiro pai da sociologia das revoluções”


⇒Mudança dos paradigmas da sociedade
⇒Definição: “Busca retroativa de um crescimento obstaculizado”

.Lênin, o vivenciador da práxis revolucionária


⇒“Uma revolução ocorre quando a classe superior não pode e a classe
inferior não quer prosseguir no velho sistema”

II. CONCEITOS

1) Histórico-cultural: “exprime essencialmente a mudança de um período cultural”

2) Sociológico: Resposta à questão “o que mudou?”

3) Jurídico: quebra da legalidade

4) Político: Nova força social dita novas regras de convivência

III. PRESSUPOSTO

Um Estado, após consolidado, pode mudar de regime, forma e sistema, sem perder o
reconhecimento (de Estado) por parte de seus pares.

IV. FATORES QUE ENSEJAM A RUPTURA


1) Organização estatal inadequada: inoperância da máquina estatal
2) Distanciamento do objetivo de atingir o bem-comum
.privilégios
3) Incompreensão da possibilidade de convivência dos fatores ordem e mutação
4) Incapacidade de assimilação do pluralismo ideológico e axiológico
.a questão das minorias
5) Advento de novas tecnologias

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V. FORMAS DE RUPTURA

Evolução: decorrência natural do


desenvolvimento das idéias e dos
costumes
1) Pacífica
Reforma:
Consensualmente a sociedade muda
seus paradigmas

Revolução: quando ocorre ruptura .Legitimidade: se houver a


com a ordem vigente desconexão entre a ordem
vigente e a realidade

Características: .Utilidade: meios e fins


(Godofredo Telles Jr) adequados
2) Violenta
.Proporcionalidade: os
meios violentos devem ser
estritamente necessários e
breves

Golpe: muda-se apenas o


governante, mas permanece a
estrutura vigente

VI. FASES DA REVOLUÇÃO

1) Na doutrina clássica:
a) INÍCIO: impossível precisar; geralmente provocado por distúrbios isolados
b) PERÍODO DE NEGAÇÃO E DESTRUIÇÃO: ruptura radical
c) PERÍODO REFLEXIVO: percebe-se a importância e adota-se alguns dos
valores inicialmente execrados
d) FINAL: também não se pode precisar; a situação social se estabiliza

2) Na doutrina moderna
a) A VITÓRIA DOS EXTREMISTAS
b) O TERROR IDEOLÓGICO
c) O TERMIDOR (ultrapassa-se o radicalismo dos fanáticos)
d) A DITADURA DO HOMEM FORTE

VII. DIFERENÇAS ENTRE GOLPE E REVOLUÇÃO (POR PAULO BONAVIDES)

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REVOLUÇÃO GOLPE
Provoca mudanças no Sistema Político Não toca nas raízes da organização social
Remove a velha ordem social Não cria um novo direito
Estabelece nova ideologia Contenta-se com pequenas reformas
É contra o sistema É contra o governante
É obra de quem não participa do governo É geralmente obra de quem participa do
governo
Viaja-se para o desconhecido Os fins são conhecidos
Enfrenta-se distúrbios e desordens Os fins são buscados com rigor
No princípio, a liderança é desconhecida Desde o princípio, a liderança é conhecida
É sempre plural Pode ser singular
É democrática Em regra, índole autocrática, reacionária e
ditatorial
Atende ao interesse coletivo Atende a interesse egoístico
Abrange toda a Nação Circunscreve-se a pontos estratégicos
Caminha com a História Caminha contra a História

VIII. CONTRA-REVOLUÇÃO
.Movimento que tenta restaurar o regime deposto
.Utiliza-se de seus próprios adeptos e de outros descontentes com a Revolução

IX. CRÍTICA À REVOLUÇÃO


⇒reflexão científica
⇒reflexão pessoal

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Faculdade Christus
Teoria Geral do Estado
Prof. Sérgio Alexandre Braga Jr.

Elementos essenciais do Estado: Poder

1. Dimensão do tema:
.Para muitos autores é o tema central da TGE
.Teorias:
O Estado TEM poder Estado É poder
.A maioria dos Autores Burdeau:
.Toda sociedade tem poder, com mais razão, .“O Estado é a institucionalização do
o Estado poder”
.Notas características do poder estatal: .contradiz-se ao demarcar caracterís-ticas
a) soberania⇒mais importante para o Estado:
b) poder de império⇒indefinição a) enraizamento no grupo⇒legítimo
⇓⇒soberania no âmbito interno b) exercício mediante regras⇒limite

2. Classificação do poder quanto ao critério da abrangência (por Jellinek):


a) Dominante
- Típico do Estado
- Características:
.Originário: auto-atribuição de direitos e poderes
.Irresistível: Nenhum outro o supera e, para efetivar-se, usa a coação

b) Não-dominante
- Típico de sociedades não-estatais
-Não dispõe de imperium

3. CLASSIFICAÇÃO DO PODER QUANTO À NATUREZA


a) Político
- Características:
- Incondicionado e ilimitado
- Tem por fim assegurar sua própria “autoridade”

Funções:
"Do exposto resulta que o poder político, no cumprimento de sua missão de
promover o bem comum, deve, antes de mais nada e principalmente, assegurar a paz social
pelo policiamento e pelo Direito. (...)Compete-lhe proporcionar à sociedade bens "que não
possam ser alcançados pela atividade dos particulares." Souza, José Pedro Galvão.
Iniciação à Teoria do Estado. São Paulo: RT, p.18 /19

"O poder estatal , segundo Sanchez Agesta, constitui princípio externo de uma
ordem de paz."
Bastos, Celso Ribeiro.Curso de Teoria do Estado e Ciência Políticapags.78/79

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b) Jurídico
- Tem como arauto Hans Kelsen
- Estado eqüivale à ordem normativa
- Poder do Estado eqüivale ao direito do Estado

Definição:
"Quando dizemos que o poder é jurídico, fazemo-lo relativamente a uma graduação
de juridicidade, que vai de um mínimo, que é representado pela força ordenadamente
exercida como meio de certos fins, até a um máximo, que é a força empregada
exclusivamente como meio de realização do Direito e segundo normas de Direito. Isto quer
dizer que o poder não existe sem o Direito, mas pode existir com maior ou menor grau de
juridicidade. "
Bastos, Celso Ribeiro. Curso de Teoria do Estado e Ciência Política. pags.78/79

4. Síntese:
O Poder é político, encontrando no mundo jurídico suas formas e limites.

Miguel Reale:
"O poder , por conseguinte, nunca deixa de ser substancialmente político, para ser
pura e simplesmente jurídico."

Poder "energia básica" do Estado

Força- poder coercitivo - poder de fato


Competência- poder de consentimento - poder de direito

Despersonalização do poder- Estado moderno

Características
1.imperatividade (monopólio da coação organizada)
2.natureza integrativa ;
3.capacidade de auto - organização - direito próprio
4.unidade e indivisibilidade do poder - Titularidade do poder: povo;
Exercício: órgãos do estado: parlamento, ministérios, chefe de
estado etc.
5.legalidade e legitimidade
6.soberania

Legalidade :
observância às leis(ordenamento jurídico)
Leis - sentidos(Restrito, Amplo e Amplíssimo)
Constituição: linhas mestras
Legitimidade
Justificação e valores do poder legal
Crenças que presidem as manifestações de consentimento e de obediência

Regime Democrático:

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-Legalidade: enquadramento à Constituição
-Legitimidade: Poder expresso na Constituição exercido segundo os valores da
época, a ideologia reinante.

Fenômenos Histórico, Filosófico, Político e Jurídico

1.Histórico
Direito Canônico- omisso
Rev. Francesa- Legalidade: monarca; Legitimidade: povo
Schmitt - 1815 - Dinastia restabelecida e legalidade do Código Napoleônico
Marx - Lei: instrumento dos burgueses

2.Filosófico
Crenças individuais, valorações subjetivas, convicções pessoais ou ideologias.
Por que uns obedecem e outros mandam ?
Por que devemos seguir as regras do poder vigente ?

3.Sociológicos
Julgamento de poder de uma sociedade- governantes devem ou não ser atendidos
Duverger: época e lugar - Teoria Dominante de Poder

Formas de manifestação da legitimidade(por Max Weber):


Poder carismático - heróis, demagogos- reconhecimento = missão, emoção
Tradicional - autoridade ou poder de mando, o senhor = privilégio
Legal ou racional - ações com causa e consequencia = competência

4.Jurídico
Carl Schmitt- poder legal quanto à legitimidade, possui uma presunção de
juridicidade
Au Legalidade Legitimidade
tores
Bu Questão de forma Questão de fundo
rdeau
La Noção jurídica Noção ideológica
ferriere
Du Adequação à ordem Adequação aos princípios da
verger constitucional Constituição

Legitimidade de exercício de poder


NECESSIDADE
Inaceitação: doutrinas anárquicas e marxistas
Aceitação: grande maioria
FINALIDADE
Petain-Paris-1944-legal mas ilegitimo
De Gaulle-Londres-1944-legitimo mas ilegal

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