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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO

FTEN – FACULDADE DE TECNOLOGIA E ENGENHARIA


DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA SANITÁRIA E AMBIENTAL
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM RECURSOS HÍDRICOS E
QUALIDADE AMBIENTAL

EVOLUÇÃO DA QUALIDADE DAS ÁGUAS DA


SUB-BACIA DO RIO COXIPÓ - CUIABÁ - MT

CLÁUDIA REGINA SOARES MAGNANI

CUIABÁ/MT
Fevereiro/2000
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO
FTEN - FACULDADE DE TECNOLOGIA E ENGENHARIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA SANITÁRIA E AMBIENTAL
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM RECURSOS HÍDRICOS E
QUALIDADE AMBIENTAL

EVOLUÇÃO DA QUALIDADE DAS ÁGUAS DA


SUB-BACIA DO RIO COXIPÓ – CUIABÁ - MT

CLÁUDIA REGINA SOARES MAGNANI

Monografia, apresentada ao Corpo Docente do


Curso de pós-graduação em Recursos Hídricos e
Qualidade Ambiental da Faculdade de Tecnologia e
Engenharia da Universidade Federal de Mato
Grosso – UFMT, como requisito parcial para
obtenção do título de Especialista em Recursos
Hídricos e Qualidade Ambiental, sob a orientação
da Profª. Doutoranda ELIANA BEATRIZ NUNES
RONDON LIMA.

CUIABÁ-MT
Fevereiro/2000

ii
“O que ocorrer com a Terra, recairá sobre os filhos da Terra

Para ser comandada, a Natureza deve ser obedecida”

BACON

iii
FICHA CATALOGRÁFICA

MAGNANI, C.R. S.
Evolução da Qualidade das Águas da Sub-Bacia
do Rio Coxipó – Cuiabá-MT.
Cláudia Regina Soares Magnani. Cuiabá, MT, 2000.
96 p: il. Fig., graf., tab.
Monografia. Universidade Federal de Mato Grosso, 2000.

1 – Qualidade das Águas. 2 – Parâmetros da


Qualidade. 3 – Poluição. 4 - Análise da Tendência.
I. MAGNANI, C. R. S.. II. Título.

iv
BANCA EXAMINADORA:

________________________________________________
Profª. Ms. ELIANA BEATRIZ NUNES RONDON LIMA
(Presidente da Banca)

______________________________
Prof. Dr. LUIZ AIRTON GOMES
(Membro da banca)

_____________________________
Prof. Ms. PAULO LINCE
(Membro da banca)

v
DEDICATÓRIA

Aos meus grandes amigos e


companheiros desta caminhada “A VIDA”;
Sebastião, Elzi, Cláudio e Osvanir. Ao
Amor, o mais nobre dos sentimentos e ao
meu eterno presentinho de Deus
“Gabriel”.

vi
AGRADECIMENTOS

Ao findar o Curso de Especialização, expresso meus sinceros

agradecimentos a todos que, de alguma forma, colaboraram para a realização deste

trabalho, professores, técnicos, funcionários (UFMT e FEMA), amigos, colegas e

familiares, agradeço em especial:

A Deus... esta Força Criadora e Divina que nos orienta a cada instante de

nossa existência;

À Profª. doutoranda Eliana B. N. Rondon Lima, pelo incentivo,

compreensão e amizade de mais um ciclo que se encerra;

Ao Prof. Dr. Luiz Aírton Gomes, pelo apoio e sugestões a mim

dispensadas;

Ao Prof. Ms. Luiz Werner Reuter Torro, pelo incentivo, apoio, pelas

sugestões, considerações e amizade na caminhada de nossas vidas;

À Profª Ms. Bety Virgínia Alves, pelas valiosas sugestões;

A Katinha, amiga e companheira desta fase de estudos; e;

Aos discentes do curso de pós-graduação, pela amizade, colaboração e

união ao longo de 780 horas/aulas.

vii
SUMÁRIO

LISTA DE FIGURAS.................................................................................................... 1
LISTA QUADROS ....................................................................................................... 4
LISTA DE TABELAS ................................................................................................... 5
LISTA DE SIGLAS ...................................................................................................... 7
RESUMO..................................................................................................................... 9
ABSTRACT ............................................................................................................... 10
PALAVRAS CHAVES ................................................................................................ 11
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................. 12
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ............................................................................ 16
2.1 - PRESERVAÇÃO AMBIENTAL NA SUB-BACIA DO RIO COXIPÓ:
HISTÓRICO E INSTRUMENTOS ....................................................................... 16
2.1.1 HISTÓRICO ................................................................................... 16
2.2 - QUALIDADE DAS ÁGUAS ....................................................................... 18
2.2.1 FONTES DE POLUIÇÃO ............................................................... 18
2.2.2 PARÂMETROS .............................................................................. 20
2.2.3 CONDIÇÕES DE QUALIDADE DA ÁGUA..................................... 25
2.2.4 PADRÕES AMBIENTAIS DE QUALIDADE DA ÁGUA .................. 27
3. CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DO PROJETO ............................................ 30
3.1 - LOCALIZAÇÃO ........................................................................................ 30
3. 2 - CLIMA ...................................................................................................... 32
3.3 - VEGETAÇÃO ........................................................................................... 34
3.4 - FAUNA ..................................................................................................... 38
3.5 - HIDROGRAFIA......................................................................................... 39
3.6 - PEDOLOGIA ............................................................................................ 43
3.7 - GEOLOGIA............................................................................................... 46
3.8 - GEOMORFOLOGIA ................................................................................. 49
3.9 - OCUPAÇÃO E USO DOS SOLOS ........................................................... 51
3.10 - USOS DA ÁGUA ...................................................................................... 52
3.10.1 CONDIÇÕES DE SANEAMENTO ................................................. 53
3.10.2 - IRRIGAÇÃO................................................................................. 60

viii
3.10.3 - LAZER E RECREAÇÃO .............................................................. 61
3.10.4 - GARIMPO .................................................................................... 62
3.11 - POPULAÇÃO ........................................................................................... 62
4 - MATERIAIS E MÉTODOS................................................................................ 63
4.1 - LEVANTAMENTO DE DADOS .................................................................. 63
4.1.1– FONTES ....................................................................................... 63
4.2 – PONTOS DE AMOSTRAGEM ................................................................... 64
4.3 – PARÂMETROS ADOTADOS ..................................................................... 65
4.3.1 - ÁGUA ........................................................................................... 65
4.4 – TRATAMENTO DE DADOS ....................................................................... 65
5 – APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS ............................ 66
5.1 – OXIGÊNIO DISSOLVIDO .......................................................................... 67
5.2 – DEMANDA BIOQUÍMICA DE OXIGÊNIO .................................................. 68
5.3 – COLIFORMES FECAIS E TOTAIS ........................................................... 69
5.4. - RESÍDUO TOTAL ...................................................................................... 71
6 - CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES .............................................................. 72
7. BIBLIOGRAFIA ................................................................................................. 92
ANEXOS ................................................................................................................... 99
Dados Secundários de Parâmetros de Qualidade das Águas do Ponto P1 ................ 1
Dados Secundários de Parâmetros de Qualidade das Águas do Ponto P1 ................ 2
Dados Secundários de Parâmetros de Qualidade das Águas do Ponto P2 ................ 3
Dados Secundários de Parâmetros de Qualidade das Águas do Ponto P2 ................ 4
Dados Secundários de Parâmetros de Qualidade das Águas do Ponto P3 ................ 5
Dados Secundários de Parâmetros de Qualidade das Águas do Ponto P4 ................ 6
Dados Secundários de Parâmetros de Qualidade das Águas do Ponto P4 ................ 7

ix
LISTA DE FIGURAS

Figura 1 ..................................................................................................................... 18

Figura 2 – Mapa de Localização ............................................................................... 32

Figura 3 – Mapa de Vegetação ................................................................................. 37

Figura 4 – Mapa Hidrográfico .................................................................................... 42

Figura 5 – Mapa de Solos ......................................................................................... 45

Figura 6 – Mapas dos Pontos de Amostragem ......................................................... 64

Figura 7 - Histograma de Distribuição de Freqüência de Oxigênio Dissolvido no

Ponto P1.............................................................................................................. 76

Figura 8 - Histograma de Distribuição de Freqüência de Oxigênio Dissolvido no

Ponto P2.............................................................................................................. 76

Figura 9 - Histograma de Distribuição de Freqüência de Oxigênio Dissolvido no

Ponto P3.............................................................................................................. 77

Figura 10 - Histograma de Distribuição de Freqüência de Oxigênio Dissolvido no

Ponto P4.............................................................................................................. 77

Figura 11 - Histograma de Distribuição de Freqüência de Demanda Bioquímica de

Oxigênio no Ponto P1.......................................................................................... 78

Figura 12 - Histograma de Distribuição de Freqüência de Demanda Bioquímica de

Oxigênio no Ponto P2.......................................................................................... 78

Figura 13 - Histograma de Distribuição de Freqüência de Demanda Bioquímica de

Oxigênio no Ponto P3.......................................................................................... 79

Figura 14 - Histograma de Distribuição de Freqüência de Demanda Bioquímica de

Oxigênio no Ponto P4.......................................................................................... 79

1
Figura 15 - Histograma de Distribuição de Freqüência de Coliforme Total no Ponto

P1. ....................................................................................................................... 80

Figura 16 - Histograma de Distribuição de Freqüência de Coliforme Total no Ponto

P2. ....................................................................................................................... 80

Figura 17 - Histograma de Distribuição de Freqüência de Coliforme Total no Ponto

P3. ....................................................................................................................... 81

Figura 18 - Histograma de Distribuição de Freqüência de Coliforme Total no Ponto

P4. ....................................................................................................................... 81

Figura 19 - Histograma de Distribuição de Freqüência de Coliforme Fecal no Ponto

P1. ....................................................................................................................... 82

Figura 20 - Histograma de Distribuição de Freqüência de Coliforme Fecal no Ponto

P2. ....................................................................................................................... 82

Figura 21 - Histograma de Distribuição de Freqüência de Coliforme Fecal no Ponto

P3. ....................................................................................................................... 83

Figura 22 - Histograma de Distribuição de Freqüência de Coliforme Fecal no Ponto

P4. ....................................................................................................................... 83

Figura 23 - Histograma de Distribuição de Freqüência de Resíduo Total no P1. ...... 84

Figura 24 - Histograma de Distribuição de Freqüência de Resíduo Total no Ponto P2.

............................................................................................................................ 84

Figura 25 - Histograma de Distribuição de Freqüência de Resíduo Total no Ponto P3.

............................................................................................................................ 85

Figura 26 - Histograma de Distribuição de Freqüência de Resíduo Total no Ponto

P4. ....................................................................................................................... 85

Figura 27 - Evolução Temporal de Oxigênio Dissolvido nos Pontos P1 e P2. ......... 86

2
Figura 28 - Evolução Temporal de Demanda Bioquímica de Oxigênio nos Pontos P1

e P2. .................................................................................................................... 86

Figura 29 - Evolução Temporal de Coliforme Total nos Pontos P1 e P2................. 87

Figura 30 - Evolução Temporal de Coliforme Fecal nos Pontos P1 e P2. ................ 87

Figura 31 - Evolução Temporal de Resíduo Total nos Pontos P1 e P2..................... 88

3
LISTA QUADROS

Quadro 1 – Características das Fontes de Poluição ................................................. 19

Quadro 2 - Classificação das Águas Doces em Função dos Usos Preponderantes . 28

Quadro 3 - Descrição dos Pontos de Amostragem Localizados na Sub-Bacia do Rio

Coxipó e Bacia do Rio Cuiabá. ............................................................................ 64

Quadro 4 – Parâmetros a serem Adotados para Águas da Sub-Bacia do Rio Coxipó

e da Bacia do Rio Cuiabá. ................................................................................... 65

4
LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Padrões de Qualidade de Águas ............................................................. 29

Tabela 2 - Extensão Aproximada dos Principais Rios da Bacia do Rio Cuiabá ........ 40

Tabela 3 – Extensão Aproximada dos Principais Rios da Bacia Hidrográfica do Rio

Coxipó ................................................................................................................. 41

Tabela 4 - População Abastecida dos Municípios da Sub-Bacia do Rio Coxipó .... 53

Tabela 5 - Tipos de Captação dos Municípios da Sub-bacia do Rio Coxipó ............. 54

Tabela 6 – Estimativa dos Dados Referentes aos Resíduos Sólidos dos Municípios

da Sub-Bacia do Rio Cuiabá (tonelada) .............................................................. 56

Tabela 7– Estimativa da Carga Poluidora Doméstica Lançada na Sub-Bacia do Rio

Coxipó ................................................................................................................. 57

Tabela 8 – Situação dos Sistemas de Tratamento da Cidade de Cuiabá - MT, 1998

............................................................................................................................ 58

Tabela 9 – Indústrias Potencialmente Poluidoras ..................................................... 60

Tabela 10 – Estimativa de Culturas Irrigadas por Município da Bacia do Rio Cuiabá

............................................................................................................................ 61

Tabela 11 – Balneabilidade das Principais Praias da Sub-Bacia do Rio Coxipó ....... 61

Tabela 12 - Ajuste Populacional dos Municípios Pertencentes a Sub-Bacia do Rio

Coxipó - (Chapada dos Guimarães e Cuiabá) .................................................... 63

Tabela 13 - Descrição Estatística do Parâmetro de Oxigênio Dissolvido nos pontos

P1, P2, P3, P4. .................................................................................................... 90

Tabela 14 - Descrição Estatística do Parâmetro da Demanda Bioquímica de

Oxigênio nos Pontos P1, P2, P3 e P4. ................................................................ 90

5
Tabela 15 - Descrição Estatística do Parâmetro dos Coliformes Totais nos pontos

P1, P2, P3, P4. .................................................................................................... 90

Tabela 16 - Descrição Estatística dos Coliformes Fecais nos pontos P1, P2, P3, P4.

............................................................................................................................ 91

Tabela 17 - Descrição Estatística do Parâmetro de Resíduo Total nos pontos P1,

P2, P3, P4. .......................................................................................................... 91

6
LISTA DE SIGLAS

 APA – Área de Proteção Ambiental.

 CNTur – Conselho Nacional de Turismo.

 CONAMA – Conselho Nacional do Meio Ambiente.

 DBO – Demanda Bioquímica de Oxigênio.

 DQO – Demanda Química de Oxigênio.

 EMPAER – Empresa Matogrossense de Pesquisa e Assistência Técnica e


Extensão Rural S.A.

 ETA – Estação de Tratamento de Água.

 ETE – Estação de Tratamento de Esgoto.

 FEMA – Fundação Estadual de Meio Ambiente.

 FTEN – Faculdade de Tecnologia e Engenharia.

 IBAMA – Instituto Brasileiro de Recursos Renováveis.

 IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.

 IQA – Índice de Qualidade das Águas.

 PARNA – Parque Nacional.

 PCBAP – Programa de Conservação da Bacia do Alto Paraguai.

 pH – Potencial Hidrogeniônico.

 PMSS – Programa de Modernização do Setor de Saneamento.

 PNMA – Programa Nacional do Meio Ambiente.

7
 PROSAB – Programa de Saneamento Ambiental.

 OD – Oxigênio Dissolvido.

 SANEMAT – Companhia de Saneamento do Estado de Mato Grosso.

 SEPURB – Secretária de Planejamento e Urbanização.

 SEPLAN – Secretária de Planejamento.

 U.C. - Unidade de Conservação.

 USEPA – United States Environment Prospecting Agency.

 UFMT – Universidade Federal de Mato Grosso.

8
RESUMO

Este estudo objetiva avaliar a qualidade das águas na bacia do Rio


Coxipó a partir das alterações do uso e ocupação do solo na bacia, enfatizando as
condições de saneamento e os principais usos destinados às suas águas. A partir da
utilização da série histórica compreendida entre Janeiro 1983 a Maio de 1996 nos
pontos P1 e P2 localizados na sub-bacia do Rio Coxipó e nos pontos P3 e P4
localizados na bacia do Rio Cuiabá, onde foram analisados os parâmetros físico-
químicos e biológicos (temperatura do ar e água, pH, OD, DBO, coliformes e
resíduos). Os resultados obtidos demonstram que apesar da grande carga recebida
oriunda dos efluentes domésticos produzidos na bacia, o Rio Coxipó apresenta uma
capacidade de assimilação dessas cargas mantendo os níveis de oxigênio e de
DBO (5,20) dentro dos estabelecidos pela Resolução CONAMA 20 que fixa o valor de
5 mg/L. Entretanto no que se refere à capacidade de assimilação de sua carga de
coliformes, grande parte dos pontos apresentam elevadas concentrações, não
atendendo aos limites estabelecidos pela Resolução que estabelece para coliformes
totais 5000 Col/100mL e para coliformes fecais 1000 Col/100mL. Observou-se que
a série estudada é muito pequena não permitindo um nível de confiabilidade
significativo dos dados observados, e que os mesmos apresentam distorções
oriundas, provavelmente das fases de coleta e análise. Entretanto, constatou-se que
o crescimento populacional representou aumentos consideráveis na concentração
de cargas orgânicas e de coliformes nesse período e uma baixa capacidade de
autodepuração do rio principalmente nos meses secos. Recomenda-se que em
estudos posteriores faz-se necessário uma ampliação às séries histórica e à
separação dos dados por período sazonal, de forma a permitir uma avaliação mais
detalhada e consistente desses dados, adotando métodos mais avançados.

9
ABSTRACT

This study objectifies to evaluate the evolution of the quality of the


waters in Coxipó River's basin starting from the alterations of the use and occupation
of the soil in the basin. It was made a comparative study among the years of 1985
and a 1996 using the urban plant of the city with objective of identifying the urban
growth, associated to the rising of the sanitary conditions that is to say number of
connections of water and sanitary exhaustion registered in the basin and a rising of
the historical series of the quality of the water of the Coxipó River’s in the period from
1983 to 1996, where the physical-chemical and biological parameters were analyzed
(temperature of the air and water, pH, OD, DBO, coliformes and residues). starting
from the collected data it was looked for through the use of statistical methods to
analyze preliminarmente data and then to accomplish the study of conformity of the
quality of the water in that period with the environmental patterns (resolution
CONAMA 20) that establishes limits for river class II. The results demonstrated that
the studied series is very small not allowing a significant reliability level of the
observed data, and that the same ones present proceeding distorções, probably of
the collection phases and analysis. However, it was verified that the growth
populacional represented considerable increases in the concentration of organic
loads and of coliformes in that period and a low capacity of autodepuração of the
river mainly in the dry months.

10
PALAVRAS CHAVES

 Qualidade das águas;

 Parâmetros de Qualidade das águas – OD, DBO(5,20), Coliforme Total,


Coliforme Fecal, Resíduo Total;

 Poluição;

 Análise de Tendência.

11
1. INTRODUÇÃO

Desde o início da revolução industrial, a implantação de técnicas de


produção e um modo de consumos predatórios vêm provocando um grande impacto
das atividades humanas sobre o meio ambiente, dando origem a problemas críticos
de poluição.

Entretanto, até a metade deste século, a degradação dos recursos


naturais se apresentava como um problema de caráter apenas setorial, não
interferindo como um fator limitante - seja na área econômica ou de decisão política -
do processo de desenvolvimento dos países que alcançaram um elevado grau de
industrialização.

O modelo de crescimento adotado após a segunda guerra mundial


revelou-se rapidamente (pela sua amplitude e pela complexificação extrema dos
seus meios), como um agente de quebra do equilíbrio ecológico, o que acarreta, em
termos econômicos, um desequilíbrio da alocação de recursos e, em temos sociais,
da distribuição do bem-estar.

Observa-se, nestas últimas décadas, um grande crescimento das


atividades de produção e consumo e, conseqüentemente, um grande aumento de
lançamentos de resíduos nos diversos meios receptores (atmosfera, águas
superficiais e subterrâneas e solos), cuja capacidade de assimilação é fixa, não
levando em conta as mudanças climáticas em longo prazo.

A utilização de um padrão tecnológico que parte do pressuposto da


inesgotabilidade dos recursos ambientais, bem como a grande diversificação e
mobilidade dos poluentes, são também aspectos importantes a serem considerados
neste processo sistemático e maciço de degradação ambiental que contribuem para
o crescente fenômeno de escassez dos recursos ambientais.

O desenvolvimento de populações humanas cada vez mais densas em


determinados pontos da superfície terrestre, populações essas que, em geral,
concentram-se nas regiões em que existe água em disponibilidade, isto é, em torno

12
dos lagos ou ao longo dos rios, deu origem ao problema da contaminação do cursos
d’água pelos seus próprios dejetos. Com efeito, rios e lagos, além de constituírem
fonte de abastecimento de água, representam o veículo natural para escoamento
dos produtos indesejáveis de atividades humanas, não só domésticos como,
também, industriais.

Por estes processos, os mananciais vão se tornando progressivamente


impróprios ao consumo da população que, por sua vez, não deixa de crescer. As
únicas soluções existentes para o problema, consistem em depurar a água que
recebe o dejeto, a fim de torná-la potável, ou ainda, depurar o próprio despejo antes
que seja lançado ao manancial. Ambas as soluções são empregadas,
simultaneamente, pelas modernas civilizações, desenvolvendo-se, cada vez mais,
as duas técnicas: a de tratamento de água e a de tratamento de esgotos.

Analisemos a utilização de um determinado curso d’água enquanto


meio receptor de lançamentos poluentes: à medida que os produtores ou as
comunidades lançam seus afluentes sem prévia depuração, economizam o custo do
tratamento, que é externalizado sob a forma de custo social, traduzido pela
deterioração correspondente do curso d'água. A degradação da qualidade d'água
impõe aos outros usuários toda uma série de custos sob a forma de perdas
econômicas.

No planeta Terra existe 1.390.1015 m3 de água, que cobre 71% de sua


superfície, sendo que 94% encontram-se nos oceanos e apenas 6% representam as
águas doces.

Deste percentual, 27% encontram–se nas geleiras polares, 72% nas


águas subterrâneas e apenas 1% nos lagos, rios, lagoas e atmosfera. O Brasil
detém 8% desse montante de água disponível para o consumo humano, e a maior
parte (80%) está na região Amazônica. Portanto, se considerarmos o rápido
crescimento humano e da demanda de água para suportar suas necessidades, bem
como a poluição e a degradação hídricas, chega-se a considerar este recurso como
limitado e que necessita que se adotem medidas de controle e conservação visando
sua manutenção para as gerações atuais e futuras.

13
A maioria dos problemas ambientais e econômicos de uma região tem
sua origem na falta de um planejamento baseado no conhecimento das dinâmicas
ambiental e sócio-econômica. Com relação aos recursos hídricos, os problemas
enfrentados oscilam, do ponto de vista quantitativo, entre a escassez, e a
abundância repentina, que gera enchentes, não menos catastróficas. Do ponto de
vista da qualidade, a degradação crescente dos recursos hídricos, além de destruir
os habitats aquáticos e a diversidade, tem comprometido a própria saúde humana.

As modificações na qualidade da água e na hidrologia podem ter


efeitos físicos, biológicos e sociais.

Os campos, as florestas, as massas d’água e as cidades, interligadas


por um sistema de riachos ou rios (ou às vezes por uma rede subterrânea de
drenagem), interagem como uma unidade prática, em nível de ecossistema, tanto
para o estudo como para o gerenciamento. Essa unidade é a bacia hidrográfica, que
pode ser abordada como um sistema natural, com entradas e saídas possíveis de
serem identificadas e quantificadas. Sistema é uma organização de peças inter-
relacionadas de tal maneira a garantir um fluxo de energia e é auto regulável, de
forma a manter um perfeito equilíbrio entre as peças e conservar constante o fluxo
de energia. Considera-se ainda que a bacia hidrográfica inteira, e não somente a
massa de água ou trecho de vegetação, deve ser considerada a unidade mínima de
ecossistema, quando se trata de interesses humanos, como gerenciamento
ambiental (ODUM, 1998).

Conceitualmente, a bacia hidrográfica compreende um espaço


geográfico natural, onde toda a água da chuva que atinge o horizonte mineral do
solo da bacia irá escoar superficialmente, desde os divisores de águas até os fundos
dos vale, onde será então coletada pelo sistema de canais formado pelos córregos,
riachos e rios, que desde suas nascentes até a foz, fluem em direção a um rio
principal.

A abordagem de bacias hidrográficas como unidade de gerenciamento


ambiental para o Estado de Mato Grosso é muito adequada, uma vez que este
apresenta uma rica e extensa rede de drenagem, funcionando como verdadeiro
centro produtor e exportador de água para as regiões vizinhas; em seu território
14
encontram-se importantes nascentes de três grandes bacias hidrográficas
brasileiras: Amazônica (592.382 Km2), Araguaia-Tocantins (132.238 Km2) e Platina
(176.800 Km2).

A Bacia Platina, denominada em Mato Grosso de Bacia do Alto


Paraguai (BAP) e que tem como Rio principal o Paraguai, é a mais densamente
ocupada no Estado e a que apresenta maior impacto advindos de diferentes
atividades humanas em sua área.

A degradação da qualidade da água na Bacia do Alto Paraguai é


resultado principalmente da poluição doméstica das cidades, mineração e poluição
agropastoril.

O Rio Cuiabá carece de informações sobre as características de suas


águas e seu grau de degradação. Porém, para que se possa fazer um estudo que
busque soluções integradas para este ecossistema aquático e tenha bacia
hidrográfica como unidade de gerenciamento, é importante ter como base o conceito
de sistema, uma vez que as causas e as soluções da poluição da água não serão
encontradas de forma simples, geralmente é o gerenciamento incorreto da bacia
hidrográfica que destrói nossos recursos aquáticos.

O Rio Coxipó possui 85 Km de comprimento, distribuído em uma área


com aproximadamente 66,8 Km2 e localiza-se no centro sul do Estado de Mato
Grosso, ligando o Planalto da Chapada dos Guimarães e depressão Cuiabana,
fazendo parte da Bacia do Alto Paraguai.

Neste trabalho buscou reunir as informações disponíveis em diferentes


fontes, de forma a fazer uma caracterização biótica e abiótica de toda bacia,
enfatizando a avaliação do nível de poluição das águas do Rio Coxipó verificando a
conformidade com os padrões de qualidade impostos pela Resolução CONAMA 20,
de forma a avaliar a magnitude e a significância que a poluição pontual resultante
dos esgotos domésticos gerados, tem influenciado na qualidade das águas da sub-
bacia do Rio Coxipó.

15
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1 - PRESERVAÇÃO AMBIENTAL NA SUB-BACIA DO RIO


COXIPÓ: HISTÓRICO E INSTRUMENTOS

2.1.1 HISTÓRICO

Apesar de ter sido uma das primeiras localidades de Mato Grosso a ser
ocupada pelos bandeirantes, no início do Século XVII, com a atividade de
mineração, a área da bacia do Rio Coxipó, ficou praticamente despovoada até a
década de 60, permanecendo, portanto, pouco modificada do ponto de vista
ambiental.
A preocupação de preservação dos remanescentes da flora na região
onde hoje se localiza o Parque Nacional da Chapada dos Guimarães data do início
deste século, quando motivado pela intensa devastação nas cabeceiras dos Rios
Coxipó-Açu, Manso e Cuiabá e conseqüente comprometimento da navegação no rio
Cuiabá, no período seco, o então vice-presidente do Estado de Mato Grosso, Cel.
Pedro Celestino Corrêa da Costa através do Decreto n. º 262, de 13/09/1910 declara
a área como de utilidade pública, não podendo ser alienadas a nenhum título as
terras devolutas da encosta da Serra da Chapada, desde a sua base até 02 km a
partir do Planalto, na zona do principal tributário do Coxipó-Açu, ao norte, até o
córrego das Caveiras na Serra de Santa Tereza. As terras existentes nas cabeceiras
dos Rios Cuiabá, Manso, Roncador, Casca e Jangada e seus afluentes até 6 km de
suas nascentes (SILVA, 1991).
Em 1970, foi proposta a criação de uma reserva biológica,
fundamentando-se na enorme diversidade de flora e fauna (em especial a
entomofauna, talvez a mais rica do mundo), da beleza cênica e dos valores culturais
da região. (BROWN, 1971).
O Conselho Nacional de Turismo através da resolução CNTur n. º 819
de 02/04/76, declara como zona prioritária de interesse turístico um polígono

16
irregular de 30.000 ha., nesta região. Considerando esta resolução o Governador de
Mato Grosso, Garcia Neto, declara a área como de utilidade pública para fins de
desapropriação, através do Decreto 882, de 09/02/77.
Na década de 80 foram iniciadas as ações governamentais para
concretizar a vocação turística da região, quando o então Governador Frederico
Campos desapropriou áreas já utilizadas como pontos turísticos: Mutuca (Decreto
n.º 662, de 29/10/80); Salgadeira (Decreto n.º 664, de 29/10/80), Cachoeirinha
(Decreto n.º 663, de 29/10/80), e Riacho Claro (Decreto n.º 648, de 17/10/80).

Em 1984 foi criado o “Terminal Turístico da Salgadeira”. Neste mesmo


ano foi lançado um manifesto que contou com o apoio de grupos ambientalistas,
intelectuais e artistas que se organizaram para protestar contra as arbitrariedades do
Governo em relação ao meio ambiente e propuseram a criação do PARNA da
Chapada dos Guimarães, através do Projeto de lei n. º 405-A de autoria do deputado
Milton Figueiredo. A proposta teve como objetivo preservar locais como o Morro de
São Jerônimo e Cambari, Cidade de Pedras, Cachoeiras como Véu de Noivas,
Andorinha, entre outras, Vales da Salgadeira, Jamacá e Benção, Mirante e Atimã,
Rio Claro, Mutuca e Peixes, e preservar de forma especial às cabeceiras que vão
desaguar nas Bacias Amazônicas e do Paraguai.

Em fevereiro de 1986 foi desenvolvida uma campanha a nível nacional


pela criação do “PARNA da Chapada”, quando foram convidadas todas as entidades
ambientalistas não governamentais do Brasil para enviarem correspondências ao
então Presidente José Sarney solicitando a criação do parque.

E somente em 12 de abril de 1989 foi criado o PARNA da Chapada dos


Guimarães pelo Decreto Lei n. º 97656 de 12 de abril de 1989, objetivando proteger
e preservar os ecossistemas existentes, bem como, seus recursos naturais, sítios
arqueológicos e proporcionar ao público educação ambiental e pesquisas.

Um Plano Diretor elaborado para o município da Chapada dos


Guimarães, em 1994, propôs a criação de uma zona de proteção permanente dos
recursos naturais ali existentes, na forma de um Parque Nacional. Somando a estas
iniciativas, COSTA & JOBIM também defenderam a criação do Parque Nacional,
neste mesmo ano, motivados pelos aspectos considerados por BROWN, acrescidos
da importância para a planície Cuiabana, como o Coxipó, Acarizinho, Formosa,

17
Urumbanda, Rio-Claro, Salgadeira, Mutuca, Rio dos Peixes e Coxipó-Açu
(SILVA, 1991).

Abrangendo uma área de 33.000 ha., este parque comporta dentro dos
seus limites elevado potencial científico, valor histórico - cultural e antropológico,
estando localizado em uma área que apresenta uma crescente atividade turística.
Este parque foi priorizado pelo Programa Nacional do Meio Ambiente - PNMA -
Unidade de Conservação – U.C., pois apresentava desde problemas fundiários até
carência de instrumentos de planejamento para ações de proteção e administração.
A U.C. não cumpria as funções mínimas de uma área protegida, sofrendo os
impactos das atividades turísticas como ações de depredações de monumentos
naturais e um grande acumulo de lixo, além de invasões e incêndios que assolavam
a área anualmente.Com os investimentos assegurados o parque teve a sua infra-
estrutura administrativa ampliada, através da construção da sede administrativa.

2.2 - QUALIDADE DAS ÁGUAS

2.2.1 FONTES DE POLUIÇÃO

O desenvolvimento das ações naturais e antrópicas sobre o sistema


natural envolve várias etapas e caminhos, desde as fontes, o impacto sobre o
ambiente e a ação sobre a saúde da população.

Fontes Atmosfera

Poluentes
H
gasosos
Figura 1 Biota Biota
aquática terrestre
O
Fontes de Poluição e
Poluentes M
Interação com os dissolvidos
E
Sistemas Ambientais
Corposd’água
(adaptado por M
Poluentes
Meybecke Helmer, particulados
1992) Solos

18
Na Figura 1 estão apresentados os níveis de significância em que as
diferentes fontes de poluição podem acarretar a nível local, regional e global,
permitindo assim medir e avaliar a magnitude desses impactos no meio ambiente.

Quadro 1 – Características das Fontes de Poluição

Fontes Bactéria Nutrientes Pesticidas/ Micropoluentes Óleos e


Herbicidas orgânicos industriais graxas

Atmosfera (1) (3)G (3)G


Fontes pontuais
Esgoto Doméstico (3) (3) (1) (3)
Esgoto industrial (1) (3) G (2)
Fontes difusas
Agrícola (2) (3) (3)G
Dragagem (1) (2) (3) (1)
Navegação e portos (1) (1) (1) (3)
Fontes mistas
Escoamento urbano (2) (2) (2) (2) (2)
e
Depósitos de lixo
Depósitos de cargas (1) (1) (3) (1)
industriais
Fonte: Meybeck e Helmer, 1992.
(1) De significância local; (2) Moderada significância local / regional;
(3) Alta significância local regional; (G) Significância global.

O Quadro 1 apresenta as características das fontes de poluição,


segundo Meybeck e Helmer, 1992. No presente estudo será efetuada uma
avaliação do nível de poluição das águas do Rio Coxipó verificando a conformidade
com os padrões de qualidade impostos pela resolução CONAMA 20, de forma a
avaliar a magnitude e a significância que a poluição pontual resultante dos esgotos
domésticos gerados, tem influenciado na qualidade das águas da sub-bacia do Rio
Coxipó.

19
2.2.2 PARÂMETROS

A qualidade da água de um rio é avaliada de acordo com componentes


ou substâncias na água, denominadas muitas vezes de parâmetros ou substâncias
de qualidade da água. Estes elementos caracterizam as condições da água para
diferentes usos e para sua preservação ambiental.

Algumas definições e elementos introdutórios são apresentados a


seguir:

Condições aeróbicas e anaeróbicas: as condições aeróbicas ocorrem


num sistema aquático, quando os processos ocorrem na presença de oxigênio.
Processos como a respiração, que liberam dióxido de carbono na água, é um
exemplo. As condições anaeróbicas existem, quando os processos ocorrem sem a
presença de oxigênio. Neste caso, ocorre fermentação, que produz grande energia,
liberando, na água, gases como metano e amônia.

A qualidade da água apresenta características físicas, químicas e


biológicas. Os parâmetros físicos da água são aqueles que afetam os sentidos
humanos. Existem critérios e medições padrões. Dentro desta classificação estão
parâmetros como a temperatura da água, densidade, turbidez, odor e cor. Os
parâmetros químicos e biológicos descrevem as modificações químicas e biológicas
na água, função da interação destes componentes. Estes parâmetros de qualidade
da água serão estudados a seguir:

TEMPERATURA

A temperatura é uma variável de grande importância no meio aquático,


pois influência o metabolismo das comunidades, como produtividade primária,
respiração dos organismos e decomposição da matéria orgânica. Com valores
elevados da temperatura, ocorre intensa reprodução dos organismos flitoplantônicos
e, conseqüente, intensa absorção de nutrientes dissolvidos. Da mesma forma, altas
temperaturas aceleram os processos de reciclagem de nutrientes.
20
Os organismos comportam-se diferentemente em relação à
temperatura. Assim sendo, os organismos aquáticos podem ser adversamente
afetados, por exemplo, pelo que se poderia chamar de poluição térmica, causada
pelo lançamento, num manancial, de despejos muito aquecidos provenientes
indústrias. Os seus efeitos podem ser diretos, provocando a coagulação das
proteínas que constituem a matéria viva ou indireta, através do aumento da toxidade
para o organismo, de certas substâncias que se encontram dissolvidas na água ou
pela diminuição da taxa de solubilidade de oxigênio dissolvido, ao mesmo tempo em
que aumenta a atividade fisiológica dos organismos aquáticos, podendo provocar
assim, asfixia dos mesmos.

A maioria das espécies animais e vegetais tem exigências bem


definidas quanto às temperaturas máximas e mínimas toleradas.

pH

As medidas de pH são de extrema utilidade, pois fornecem inúmeras


informações a respeito da qualidade da água.

As águas superficiais em geral apresentam valores de pH entre 6 a 9.

Às vezes são ligeiramente alcalinas devido à presença de carbonato e


bicarbonato.

Naturalmente, nestes casos, o pH reflete o tipo de solo por onde a


água percorre. Geralmente pH muito ácido ou muito alcalino está associado à
presença de despejos industriais.

Assim sendo, os valores de pH podem indicar algum tipo de poluição


química da água.

O conhecimento dos valores de pH é particularmente importante nas


seguintes situações:

a) Determinação de poluição;
b) Tratamento de águas de abastecimento;

21
c) Tratamento de águas residuárias;
d) Tratamento de águas de piscinas;
e) Estudos ecológicos em ambientes aquáticos.

TURBIDEZ

A turbidez é função da quantidade de luz que pode penetrar dentro da


água. Quando a água possui alta concentração de material suspenso, torna mais
difícil a penetração da luz. Isto pode ser provocado por microorganismos, sílica,
manganês, entre outros. A turbidez indica uma medida da capacidade de luz
penetrar na água.

OXIGÊNIO DISSOLVIDO (OD)

A determinação do oxigênio é de fundamental importância para avaliar


as condições naturais da água e detectar impactos como eutrofização e poluição
orgânica.

Do ponto de vista ecológico, oxigênio dissolvido é uma variável


extremamente importante, pois é necessário para respiração da maioria dos
organismos que habitam o meio aquático. Geralmente, o oxigênio dissolvido se
reduz ou desaparece, quando a água recebe grandes quantidades de substâncias
orgânicas biodegradáveis encontradas, por exemplo, no esgoto doméstico, em
certos resíduos industriais, no vinhoto, e em outros.

Grande quantidade de sólidos em suspensão, especialmente nos


períodos das cheias, quando ocorre grande aporte de matéria orgânica além do
revolvimento do sedimento, principalmente em ambientes lênticos (lagos, represas),
são responsáveis pelo declínio das concentrações do oxigênio dissolvido na água.

A quantidade de oxigênio dissolvido na água depende da temperatura


e da altitude (pressão atmosférica do local), pois a solubilidade dos gases depende
destes fatores. O decréscimo do oxigênio dissolvido na água pode ser ocasionado

22
também pelo aumento da temperatura que aumenta a velocidade das reações
bioquímicas que fazem parte do metabolismo celular dos organismos vivos,
provocando maior consumo do oxigênio através do aumento da respiração.

DEMANDA BIOQUÍMICA DO OXIGÊNIO (DBO)

Em termos numéricos, interpreta-se DBO, como a quantidade de


oxigênio necessária para oxidar ou estabilizar determinada quantidade de matéria
orgânica em determinado tempo. Normalmente é fixado um período de cinco dias.

As reações oxidativas envolvidas durante o teste da DBO são


resultantes da atividade biológica, ou seja, do consumo ou demanda do oxigênio
dissolvido proporcionado pelos microrganismos presentes na amostra. Estas
reações dependem também da temperatura e das condições nutriciais do meio.

Padronizou-se para a realização do teste, uma temperatura de 20 0C,


por se tratar de um valor médio encontrado na água dos rios da Europa, região em
que foi idealizado o teste da DBO. Teoricamente um tempo infinito é exigido para a
completa oxidação biológica da matéria orgânica, mas, em termos práticos a reação
pode ser considerada completa em vinte dias.

Entretanto, de acordo com as experiências acumuladas, verificou-se


que a maior parte da DBO ocorre em cinco dias. Além disso, constatou-se que
microrganismos nutrificantes causam certas interferências nas medidas de DBO
após o sétimo e oitavo dias. Assim sendo, de acordo com estas observações,
adotou-se um período padrão de cinco dias de incubação das amostras para um
teste regular de DBO.

SÓLIDOS TOTAIS

Todo curso d’água seja ele lago, rio ou outro qualquer, possui material
sólido em suspensão.

23
Os sólidos em suspensão produzem a turbidez e são constituídos
principalmente por substâncias transferidas de outras regiões (material alóctone)
como argila, resíduos industriais, esgoto doméstico ou originado a partir do
desenvolvimento de organismos vivos, principalmente algas planctônicas (material
autóctone).
Quantidades consideráveis de material em suspensão são produzidas
pela atividade humana como desflorestamento, agricultura, erosão de construção
envolvendo grandes volumes de terra, remoção de cascalho e areia das margens e
leitos dos rios, práticas de mineração, etc.

Os efeitos dos sólidos em suspensão no ecossistema aquático variam


em função principalmente da natureza dos sólidos, podendo ocasionar diversos tipos
de impactos ambientais como:
a) prejuízo estético;
b) interceptação da penetração da luz na água prejudicando a
fotossíntese;
c) efeito direto nas populações de peixes através do entupimento das
brânquias;
d) remoção do oxigênio dissolvido na água (se os sólidos forem
orgânicos).

Por outro lado, se a principal fonte de sólidos suspensos na água for a


presença de organismos vivos, como células do fitoplâncton, os sólidos em
suspensão podem ser correlacionados com clorofila e medidas de transparência das
água e sendo assim, podem funcionar como bom índice de produtividade aquática,
além de ser uma forma de avaliar processos de eutrofização.

COLIFORMES

A pesquisa de coliformes consiste em se constatar a presença e


determinar o número provável de bactéria pertencentes a um grupo denominado
Grupo Coliforme, em cada 100 mL.

24
A pesquisa direta de bactérias patogênicas na água seria muito difícil,
porque elas pertencem a espécies muito diferentes, o que exigiria a aplicação de um
processo de investigação particular para cada uma.

Além disso, quando presentes, as bactérias patogênicas encontram-se


muito diluídas na água. A evidência epidemiológica de transmissão pela água,
apenas para organismos patogênicos expelidos através dos excretas, causadores
de febre tifóide, febre paratifóide, disenterias bacilares, disenteria amebiana, cólera e
doença devidas a helmintos.

A demonstração de coliformes em uma água constitui uma indicação


de possível poluição por excreta; assim, a quantidade de coliformes presentes
representa uma medida do grau de poluição.

2.2.3 CONDIÇÕES DE QUALIDADE DA ÁGUA

As condições de qualidade da água de um corpo d’água envolvem dois


fatores fundamentais:

Condições hidrológicas: representam o estado do corpo de água


quanto à quantidade de água. Num rio esta condição é retratada pela vazão,
enquanto que no reservatório é representado pelo seu nível e condições
operacionais (vazão de saída e vazão de entrada).

Qualidade da água: a concentração de um parâmetro de qualidade da


água, associada à vazão, é a carga existente no sistema. A concentração
isoladamente não tem representatividade temporal e espacial, já que a mesma se
altera com a vazão envolvida.

As condições hidrológicas definem a representatividade da


concentração, obtida em função do estado do rio ou reservatório. A concentração ao
longo do ano pode variar, em vazão da temperatura e da vazão existente num rio.
Quando se utiliza somente a concentração para definir as condições ambientais de
um rio pode-se incorrer numa tendenciosidade, pois bastaria medir as

25
concentrações no trecho nos dias chuvosos, quando a vazão é maior e a
capacidade de diluição maior, resultando em concentração de OD maior.

Usualmente estas concentrações são estabelecidas em período


chuvoso ou seco, no entanto, um determinado ano com vazões acima da média no
período chuvoso pode levar a conclusões indevidas.

Como se observa, um ano de estiagem média não permite uma idéia


real do impacto que ocorrerá num ano crítico. Portanto, torna-se necessário
conhecer melhor as condições críticas hidrológicas para melhor avaliar o impacto em
razão das cargas num sistema aquático.

A avaliação da qualidade da água pode ser realizada com base no


seguinte:

 indicadores de qualidade da água de acordo com o uso da água:


usos industriais, domésticos e animal. Existem parâmetros que
permitem caracterizar a água para estes usos. Por exemplo,
coliformes fecais são indicadores de impacto de bactérias de outros
organismos que podem ser transmitidos através da água;

 indicadores de qualidade da água de acordo com as cargas


despejadas no corpo d’água: em rios com grande carga de
poluentes industriais uns dos indicadores importantes é o DQO -
Demanda Química de Oxigênio. Em rios ou lagos sujeitos a
intrusão salina o cloreto é o parâmetro utilizado. O DBO - Demanda
Bioquímica de Oxigênio, é um indicador muito utilizado quando as
cargas são orgânicas;

 indicadores de qualidade da água para preservação ambiental e


vida aquática: são vários os indicadores: OD e DBO caracterizam
as condições básicas da vida aquática e preservação de peixes;
fósforo, nitrogênio e clorofila que são indicadores das condições de
eutrofização do corpo d’água.

26
O abastecimento de água para a população, para animais e recreação
é um dos grandes fatores de propagação de doenças e de mortalidade infantil.
Existem muitas doenças que se transmitem através da água como gastrenterite,
disenteria, cólera e febre tifóide.

Uma das medidas de controle envolve a análise de indicadores do


grupo bacteriano. O coliforme total é um grupo de bactérias que tem sido amostrado
de diferentes formas: fezes de animais e humanos, solo contaminado e não
contaminado. Este parâmetro tem sido utilizado como indicador das condições
ambientais para esta avaliação.

O coliforme fecal é um indicador dos organismos provenientes do


intestino de animais e humanos. Estreptococo fecal indica uma variedade de
estreptococos cujo habitat usual é o intestino humano e de animais.

O oxigênio dissolvido é um dos principais indicadores da qualidade da


água. Um bom nível de OD é uma condição necessária, mas não suficiente devido à
possível existência de outros elementos capazes de produzir impactos ambientais.
Segundo USEPA (1976) uma concentração maior ou igual a 5mg/L de OD em
qualquer tempo protege a diversidade da vida aquática.

Os órgãos de monitoramento e fiscalização buscam utilizar indicadores


de qualidade da água ponderados pelos diferentes parâmetros de qualidade da
água, denominados de IQA (Índice de Qualidade da Água). Estes índices são
estabelecidos em função da importância das cargas, dos usos e da disponibilidade
de dados do monitoramento. Estes índices buscam sintetizar os diferentes
parâmetros, num único resultado, para melhor regulamentar e identificar as
condições ambientais do corpo d’água.

2.2.4 PADRÕES AMBIENTAIS DE QUALIDADE DA ÁGUA

Além dos requisitos de qualidade, que traduzem de uma forma


generalizada e conceitual a qualidade desejada para água, há necessidade de se
estabelecer também padrões de qualidade, embasados por um suporte legal. Os

27
padrões devem ser cumpridos, por força da legislação, pelas entidades envolvidas
com a água a ser utilizada. Da mesma forma que os requisitos, também os padrões
são função do uso previsto para a água.

Em termos práticos, há três tipos de padrão de interesse direto dentro


da Engenharia Ambiental no que tange a qualidade da água:

 Padrões de lançamento no corpo receptor


 Padrões de qualidade no corpo receptor
 Padrões de qualidade para determinado uso imediato (por exemplo,
padrões de potabilidade)

A Resolução CONAMA n0 20, de 18/06/86, dividiu as águas do território


nacional em águas doces (salinidade < 0,05%), salobras (salinidade entre 0,05% e
3%) e salinas (salinidade > 3%). Em função dos usos previstos, foram criadas nove
classes. O Quadro 2 apresenta um resumo dos usos predominantes das classes
relativas à água doce, em que a Classe Especial pressupõe os usos mais nobres, e
a Classe 4, os menos nobres.

Quadro 2 - Classificação das Águas Doces em Função dos Usos Preponderantes

Uso Classe
Especial 1 2 3 4
Abastecimento x x x x
(a) (b) (b)
Preservação do equilíbrio natural das x
comunidades aquáticas
Recreação de contato primário x x
Proteção das comunidades aquáticas x x
x x x
Irrigação
(c) (d) (e)
Criação de espécies (aqüicultura) x x
Dessedentação de animais x
Navegação x
Harmonia paisagística x
Usos menos exigentes x
Fonte: Resolução CONAMA n. º 20, de 18/06/86.

Notas: (a) após tratamento simples: (b) após o tratamento convencional; (c) hortaliça e frutas rentes ao solo; (d)
hortaliças e plantas frutíferas; (e) culturas arbóreas, cerealíferas e forrageiras.

28
A cada uma dessas classes corresponde uma determinada qualidade a
ser mantida no corpo d’água. Esta qualidade é expressa na forma de padrões,
através da referida Resolução CONAMA. Além dos padrões de qualidade dos
corpos receptores, a Resolução CONAMA, apresenta ainda padrões para o
lançamento de efluentes nos corpos d’água, bem como padrões de balneabilidade.

Ambos os padrões estão de certa forma inter-relacionados. O real


objetivo de ambos é a preservação da qualidade no corpo d’água. No entanto, os
padrões de lançamento existem apenas por uma questão prática, já que é difícil se
manter o corpo receptor. Em princípio, o inter-relacionamento entre os dois padrões
se dá no sentido de que um efluente, além de satisfazer os padrões de lançamento,
deve proporcionar condições tais no corpo receptor, de tal forma que a qualidade do
mesmo se enquadre dentro dos padrões para os corpos receptores.
Os principais padrões de qualidade associados a diversas classes dos
corpos d’água encontram-se conjuntamente com os padrões de lançamento.
Associados aos padrões de qualidade das águas existem os padrões
de potabilidade definidos na Portaria n. º 36 de 19/10/90, do Ministério da Saúde que
fixa limites a ser atendidos pelas águas destinadas a abastecimento público.
Na Tabela 1 são apresentados os valores fixados para os parâmetros
de OD, DBO, Coliforme Total, Coliforme Fecal, Turbidez para cada classe, dentro
que estabelece a Resolução CONAMA 20.

Tabela 1 – Padrões de Qualidade de Águas

Parâmetros Unidade Especial Classe I Classe II Classe III Classe IV

OD mg/L - 6 5 4 2

DBO(5, 20) mg/L - 3 5 10 -

Coliforme NMP/100 - 1.000 5.000 20.000 -


Total mL

Coliforme NMP/100 - 200 1.000 4.000 -


Fecal mL

Turbidez - 40 100 100 -


Fonte: Resolução CONAMA nº 20, 18/06/86.

29
Apesar de não haver uma vinculação direta com poluição das águas e
tratamento de esgotos, apresenta-se apenas a título de comparação com os demais
padrões, um resumo dos padrões de potabilidade dos principais parâmetros de
qualidade da água.

No caso do esgoto doméstico, um período de cinco dias DBO (5,20)

equivalente a 70% da DBO total e normalmente este valor situa-se em uma faixa
que varia de 100 a 300 mg/L. Por outro lado, em águas naturais limpas (represas,
rios), a DBO não pode ultrapassar valores de 3 a 5 mg/L.

Apesar da Resolução CONAMA 20, estabelecer limite para um grande


número de parâmetros, em torno de 66 para as diversas classes, usualmente devido
a questões estruturais dos laboratórios apenas alguns parâmetros são identificados,
em função da origem, natureza e tipo da poluição.

3. CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DO PROJETO

3.1 - LOCALIZAÇÃO

O Estado de Mato Grosso, situado na Região Centro Oeste do Brasil,


possui cerca de 900.000 km² de extensão territorial, abrigando nesta área uma
grande disponibilidade hídrica onde se situam as principais nascentes de três
grandes bacias hidrográficas brasileiras: Bacia Amazônica, Araguaia -Tocantins e
Platina.

A importância da Bacia Platina deve ser ressaltada uma vez que abriga
o principal formador do Pantanal, o Rio Paraguai, que tem nascentes nas encostas
da Serra do Parecis, na região médio norte do Estado, recebendo em sua margem
esquerda contribuições da bacia do Rio Cuiabá, da qual faz parte a Bacia do Rio
Coxipó.

30
A sub-bacia do Rio Coxipó tem como principal curso d’água o próprio
Rio Coxipó, com uma área aproximadamente de 660 km², posiciona-se no centro sul
do Mato Grosso entre as coordenadas geográficas – 55º40’W e 15º40’S e 56º10’W e
15º10’S. Compreende parte dos municípios de Chapada dos Guimarães e Cuiabá. O
Rio Coxipó tem sua nascente na encosta da Serra de Atimã, no município de
Chapada dos Guimarães, com uma extensão aproximadamente de 85 km até sua
foz no Rio Cuiabá, na zona urbana da Cidade de Cuiabá, cidades que se encontram
interligadas pela MT 305 (Rodovia Emanoel Pinheiro). Figura 2 – Mapa de
Localização.

31
CONVENÇÕES

RODOVIA
Estadual

Federal

HIDROGRAFIA
CUIABÁ
Curso D'água

Área de Estudo

Figura 2 – Mapa de Localização


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Fonte: Mapa Político do Estado de Mato Grosso

S/ 1/ 1.500.000 Ampliado em 40%

Elaboraç ão:Geóg. Joilson Corrêa

32
3. 2 - CLIMA

As condições climáticas apresentam um caráter transacional, o clima


tropical-quente e sub-úmido sofre, na área, a influência do fator relevo (altitude), que
varia entre 200 e 800 metros, e os efeitos deste repercutem localmente na
temperatura e umidade dos compartimentos topomorfológicos, Depressão Cuiabana
e a Chapada dos Guimarães, sendo que a segunda apresenta o clima tropical de
altitude do Planalto, que na classificação de KOPPEN (1931), correspondem
respectivamente aos tipos climáticos AW e CW. Ambos se caracterizam pela
presença de duas estações bem definidas: a de chuva (primavera e verão) e de
seca (outono e inverno). Na estação seca pode ocorrer a “friagem”, que é a invasão
da massa polar sobre o continente podendo acarretar na queda da temperatura,
variando de 12 a 25 ºC, e até 5 ºC. (LIMA, 1959).

A característica mais marcante do clima tropical-quente e sub-úmido é


a predominância de temperaturas altas, sobretudo na primavera e verão,
principalmente nos meses de setembro e outubro, sendo freqüente máximas diárias
superiores a 38 ºC, alcançando às vezes valores superiores a 40 ºC.

Durante o inverno, quando estas áreas estão sujeitas a bruscas


mudanças de temperatura, sob ação de anticiclones de origem polar, as mínimas
diárias costumam descer a níveis muito baixos destacando-se nestes casos, as
áreas mais elevadas como o Planalto. Sob tais situações atmosféricas a temperatura
pode cair para abaixo de 10 ºC durante a madrugada devido à ausência de nuvens e
resfriamento noturno, podendo resultar em nevoeiros baixos.

No Planalto, máximas diárias muito elevadas são bem menos


freqüentes (restritas praticamente na primavera e início de verão) e, no inverno
podem ocorrer as mínimas diárias baixas da temperatura que oscilam em torno de
26 ºC na Depressão e 24 ºC no Planalto.

O regime das chuvas trata-se de clima tipicamente tropical, cujo regime


sazonal é controlado fundamentalmente por massas de ar oxigenadas da zona
tropical e equatorial. O total pluviométrico anual situa-se entre 1800 e 2000 mm,
sendo a umidade relativa, de novembro a abril, inferior a 80% e nos meses secos
inferior a 60% (LIMA, 1959).
33
As chuvas iniciam-se no mês de novembro prolongando-se até abril,
sendo que as precipitações mais intensas ocorrem no período de janeiro a março. O
período de insuficiência de chuva dura normalmente de 5 a 7 meses, dos quais 4 a 6
meses são muito secos. A estação úmida é mais curta e suas chuvas são ainda
mais concentradas no verão, época de enormes excedentes de água, de solos
saturados de umidade e de grandes enchentes fluviais.

As alternâncias de chuva e seca do clima tropical interferem no


abastecimento de importantes lençóis de água subterrânea, na dinâmica do
escoamento superficial, de cobertura vegetal e do solo, propiciando enchentes e
ação erosiva, principalmente em áreas sedimentares.

Ocorrem ilhas climáticas de encostas e vales que possibilitam a


existência e sobrevivência de um número grande de espécies botânicas, o que não
seria possível em regiões planas e baixas como o Pantanal para o Sul.

3.3 - VEGETAÇÃO

A Cobertura vegetal da área apresenta forte ligação com a maior ou


menor disponibilidade da água em conseqüência das estações sazonais de chuva e
seca e em função da posição topográfica.

De acordo com trabalhos realizados por AMARAL & FONZAR (1982),


para o projeto RADAMBRASIL, ocorrem na área de estudo, as seguintes
fisionomias vegetais:

Cerrado (Savana) - Constituí-se na vegetação predominante na área,


quer sobre a Chapada ou sobre a Depressão. É um fitofisionomia campestre,
caracterizada basicamente por dois estratos: o superior, constituído por arvoretas
com troncos retorcidos ou árvores raquíticas; e o inferior por um tapete gramíneo
lenhoso.

Cerradão (Savana Arbórea Densa) - Ocorre como transição entre o


cerrado e a mata de encosta. Aparece em áreas de difícil acesso, daí sua relativa
preservação. Localiza-se nas rampas arenosas de sopé de escarpa, onde

34
insensivelmente passa-se a mata de encosta, recobrindo setores coluvionares e
também encosta de morros e campos. Caracteriza-se por ser uma categoria de
vegetação florestal inclusa no complexo do Cerrado (sentido amplo), com árvores de
pequeno e médio porte que atingem de 10 a 15 m de altura. Sua principal
característica estrutural é arbórea xeromorfica, sem estrato arbustivo nítido e com
um tapete de gramíneas em tufos, entremeado de plantas lenhosas raquíticas,
providas de xelopódios e palmeiras anãs. As espécies vegetais mais comuns são:
Curatella americana (lixeira), Qualea grandiflora (pau terra-folha larga), Qualea
parviflora (pau terra-folha miúda), Qualea mulitflora (pau terra vermelho), Byrsonima
crassifolia (murici), Caryocar brasiliensis (pequi), Tabebuia ochracea (ipê cachorro),
e outras.

Campo Cerrado (Savana Arbórea Aberta) - Recobre grande parte da


área com nuances diferentes devido a maior ou a menor atividade da ação do fogo.
É caracterizado por um tapete gramíneo-lenhoso contínuo, entremeado de árvores
geralmente raquíticas que atingem em média 5 m de altura e palmeiras anãs,
degradadas pelo fogo anual. Apresenta uma composição florística semelhante ao
cerrado, porém com estrutura mais aberta e mais baixa, com maior incidência de
arvoretas. Entre as espécies mais comuns se destacam: Salvertia convallariaedora
(colher de vaqueiro), Dimorphandra mollis (barbatimão), Kylmeiera coriaceae (pau-
santo), Bursonima spp (murici) e outras.

Campo Sujo (Savana Parque) - Recobre grande parte da área


estudada, estando presente tanto nos interflúvios aplanados da Chapada com na
Depressão. Sua composição florística caracteriza-se pela predominância de
gramíneas mescladas com outras ervas, subarbustos e árvores esparsas. Entre as
gramíneas mais freqüentes destacam-se os gêneros: Tristachya, Aristida, Axonopus,
Paspalum, Andropogon e outros.

Campo Limpo (Savana Gramíneo Lenhosa) - Recobre os alvéolos das


cabeceiras de vales, as cristas aguçadas e topos planos residuais do Planalto
dissecado. É uma formação campestre, entremeada de plantas lenhosas anãs sem
cobertura arbórea. A única vegetação arbórea aparece na faixa de floresta de
galeria que acompanha os vales. Durante a estação das chuvas, a cobertura de

35
gramíneas é em geral densa e alta. No período de seca, o tapete graminoso seca
facilmente e é eliminado pelo fogo, que repete anualmente.

Mata de Encosta (Floresta Estacional Decidual) - Encontrada nos


sulcos das escarpas do Planalto, nas encostas de morros, nos paredões de vales
profundos e em ravinas de morros e serras. A principal característica da vegetação é
a presença de mais de 50% de árvores dominantes deciduais, tais como:
Aspidosperma spp (peroba), Cedrela spp (cedro), Piptadenia spp (angico) e outras.
Nesta formação, há um sub-bosque de arbustos, além de enorme quantidade de
plântulas de regeneração.

Floresta de Galeria (Floresta Ciliar) - Acompanha os vales dos rios e


riachos. A vegetação é constituída por árvores altas, com 20 a 30 metros, vigorosas,
sempre verdes em decorrência da umidade permanente nas margens das
drenagens, além do acúmulo de nutrientes, é formada por espécies diferentes das
que a circundam, constituindo verdadeiros refúgios florestais no meio de uma
paisagem completamente aberta. Na Chapada dos Guimarães, as espécies que
formam as florestas de galeria são de domínio da flora amazônica tais como:
Calophyllum brasiliense (jacareúba), Copaífera langsdorffii (pau d’óleo), Mauritia
flexuosa (buriti), Vataireopsis speciosa (angelim amargoso) e outras. Figura 3 –
Mapa de Vegetação.

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3.4 - FAUNA

A fauna na região de estudo apresenta-se muito variada, como ocorre


com a flora, sendo que os principais representantes da hepetofauna são: o cágado,
(Phryrops vanrdehaegali) e o Jacaré-coroa (Paleosuchus palpebrosus).

Quanto a entomofauna deve-se destacar a grande variedade de


insetos. A entomofauna encontrada no Parque é a mais rica do que em qualquer
outra região neotropical e, portanto, do mundo. A abundância de insetos,
especialmente lepidópteros, é facilmente notada (condicionando um polimorfismo
notável). Esta variabilidade torna-se importante na cadeia alimentar de um grande
número de mamíferos e aves insetívoras.

A mastofauna presente no parque é representada por diferentes


espécies que ocorrem tanto no complexo do pantanal, floresta amazônica e cerrado,
sendo as mais representativas: o lobo-guará (Chrysocyon brachyurus) que
representa uma importante espécie no bioma, controlando populações de roedores,
aves, répteis e insetos, além de disseminar as diversas espécies vegetais que ingere
(IBAMA, 1989), encontrando-se no topo da cadeia alimentar e depende do cerrado
para sua alimentação e das matas para abrigo.

O veado-campeiro (Ozotocerus bezoarticus) é considerado pouco


freqüente na área, vivendo em cerrado aberto, sendo, portanto, alvo fácil e caçadas
com auxílio de cães.

Algumas espécies de felinos como o gato-palheiro (Felis colo-colo),


que habita lugares com gramíneas altas e a onça-pintada (Panthera onca) também
ocorrem na área. Ressalvas devem ser feitas quanto à residência da onça-pintada,
contudo, pode-se confirmar o aparecimento de indivíduos transitórios.

O tamanduá-bandeira (Myrmecophaga tridacyla) e o tatu canastra


(Priodontes gigasteus), espécies ameaçadas de extinção procuram, termiteiros para
o seu complemento alimentar. Atualmente não tem sido observados rastros destes
animais na área (IBAMA, 1991).

38
Outros mamíferos comumente encontrados são a anta (Tapirus
terrestris), o macaco bugio (Alburata caraya), a rapozinha (Dusycion), o lobinho
(Cerdocyon thous) e diversas espécies de roedores.

A avifauna por sua vez é representada por muitas espécies residentes


e algumas aves migratórias.

Dentre as aves constantes na lista das espécies ameaçadas de


extinção protegem-se nesta área o gavião-penacho (Spizaetus ornatus), o raríssimo
socó-boi (Trigrisoma fascinatum), a rolinha azul (Columbina cyanops).

Os passeriformes encantam pela sua coloração e canto, como as


pipiras (Pipira fasciicauda e Antilophia galeta) os sais (Cyanerpes cyaneus e Tersina
viridis) e o bicudo (Oryzoborus crassirostris) (IBAMA, 1991).

Deve-se destacar também a jacuguela (Pipile superciliaris), uma ave


considerada rara e não mais avistada atualmente na área do Parque.

Na área existem corredores de migração de aves e também barreiras


geográficas, no caso os altos paredões de arenito. Várias espécies dependem
destes paredões para modificar a cada ano, como os andorinhões (Cypseloides
senex), a arara vermelha (Ara chloroptera), a andorinha (Tachycineta Le corrhoa),
entre outras.

Local para a reprodução de várias espécies migratórias, como a


tesourinha (Tyrannus savanna), o bigodinho (Sporophila leneola), o bem-te-vi rajado
(Myodnastes maculatus) e o curiando (Nyctidromus albicollis).

3.5 - HIDROGRAFIA

O Rio Cuiabá tem a sua nascente no município de Rosário Oeste,


precisamente nas encostas da Serra Azul, divisa natural entre as águas das Bacias
Amazônica e Platina, a cerca de 500 m de altitude. Os principais formadores são os

39
Rios Cuiabá da Larga (411,16 km2) e o Cuiabá do Bonito (429,61 km2), sendo o
primeiro considerado a sua nascente principal pelo fato de ser o mais extenso.

Pela margem esquerda seus principais tributários são os rios:


Marzagão, Manso, Acorizal, Coxipó, Aricá-Açú, Aricá-Mirim, Mutum, São
Lourenço e Piquiri ou ltiquira. Pela margem direita são os rios: Chiqueirão, Jangada.
Espinheiro e Piraim. A Tabela 2 apresenta a extensão aproximada dos principais rios
da Bacia do Rio Cuiabá.

Tabela 2 - Extensão Aproximada dos Principais Rios da Bacia do Rio Cuiabá

RIOS EXTENSÃO (km)


Acorizal 60,0
Aricá-Açú 105,0
Aricá –Mirim 84,0
Chiqueirão 72,5
Coxipó 85,0
Cuiabá 955,0
Espinheiro 62,5
Itiquira 435,0
Jangada 66,5
Manso 277,5
Mutum 36,5
Piraim 142,5
São Lourenço 715,0
Fonte: FEMA, 1996.

Nos municípios de Rosário Oeste, Nobres e Acorizal, na condição de


rio de planalto, o Rio Cuiabá apresenta diferença de nível considerável, com
diversas corredeiras e declividade diminuindo gradualmente até a cidade de Santo
Antônio do Leverger, onde passa para a condição de rio de planície.

Em condições de baixa declividade próprias do Pantanal


Matogrossense, que varia de 10,2 cm/km a 5,6 cm/km até a confluência com o Rio
Paraguai, o Rio Cuiabá nos períodos de cheia, extravasa suas águas inundando
planícies, alagados e lagoas marginais. Essas lagoas são conhecidas regionalmente
por baías. Nesta região, a rede de drenagem é complexa e as características
limninológicas da água são dinâmicas, possibilitando a existência de uma grande
biodiversidade. O Pantanal, além de ser uma das regiões do globo de maior
biodiversidade, é também considerada a maior planície alagável contínua do mundo.

40
O Rio Coxipó, desde o período de colonização, foi marcado pelos
primeiros impactantes antrópicos, através de exploração mineral do ouro.

Com o desenvolvimento urbano, o trecho do rio que atravessa a


cidade, atualmente recebe um volume constante de efluentes domiciliares e
industriais. O escoamento desta carga é depositado no Rio Cuiabá, sendo um dos
principais contribuintes para a formação do Pantanal matogrossense, também
possuindo ao longo de sua extensão diversos locais de entrada de afluentes
poluidores.

O Rio Coxipó tem sua nascente próxima a zona urbana do município


de Chapada dos Guimarães, precisamente nas encostas da Serra do Atimã, a cerca
de 700 m de altitude. Tem uma extensão de 85 km até sua desembocadura no Rio
Cuiabá na zona urbana da cidade de Cuiabá.

São seus tributários pela margem esquerda os córregos: Coxipó-Mirim,


Castelhado e Tijuca e, pela margem direita os rios: Claros, Paciência, Salgadeira,
Mutuca, dos Peixes e os córregos: Piçarrão, do Doutor, Pirapora, Urumbamba,
Ribeirão da Ponte, Moinho e Urubu. Na Tabela 3 são apresentadas as extensões
aproximadas dos principais rios da Bacia Hidrográfica do Rio Coxipó.

No município de Chapada dos Guimarães, nas condições de rio de


planalto, o Rio Coxipó apresenta diferença de nível considerável, com diversas
corredeiras e quedas livres, com altitude diminuindo bruscamente até a zona urbana
de Cuiabá. Figura 4 - Mapa Hidrográfico.

Tabela 3 – Extensão Aproximada dos Principais Rios da Bacia Hidrográfica do Rio Coxipó

Rios/Córregos Extensão (km)

Salgadeira 12
Claro 11
Paciência 05
Mutuca 13
Moinho 13
Coxipó Mirim 06

Fonte: FEMA, 1996.

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3.6 - PEDOLOGIA

Foram identificadas as seguintes classes de solos na Alta Bacia do


Coxipó, segundo estudos efetuados pelo RADAM BRASIL (1982). Conforme
Figura 5 – Mapa de Solos.

 Areias Quartziticas Hidromórficas sobre Arenitos: aparecem na área


principalmente nas cabeceiras e margens de rios que se instalam nos anfiteatros
desenvolvidos no sopé da Chapada. São solos característicos de locais sujeitos a
alagamentos periódicos e com lençol freático próximo ou muito próximo da
superfície durante todo o ano ou parte dele, possuem como característica a
presença constante de mosqueados é típico de hidromorfismo, ao longo do perfil,
assim como consideráveis teores de matéria orgânica na parte superficial. Tem
seqüência de horizontes A, C, com o A do tipo moderado. A textura está nas classes
de areia e de areia franca e não apresenta estrutura formada, sendo constituída por
grãos simples. Apresentam-se totalmente desprovidos de nutrientes minerais,
necessários para o desenvolvimento das plantas, sendo de maneira geral
desaconselháveis para o uso agrícola.

 Solos Litólicos sobre Filitos, Xistos e Quarzitos: ocupam extensões


significativas da área, nos setores central sul e sudeste da mesma, sobre terrenos
da depressão pediplanada. São solos rasos, com seqüência de horizontes do tipo A,
R ou A, C, R. Apresentam horizontes A dos tipos fraco, moderado proeminente ou
chernozênico. As características físicas, químicas e morfológicas, apresentam
grande variabilidade, tendo a maioria textura cascalhenta, e alguns casos o caráter
concrecionário. A pouca profundidade, tornam estes solos inviáveis para o
aproveitamento agrícola, principalmente os distróficos e álicos.

 Solos Concrecionários sobre Folhelhos e Siltitos: Sua ocorrência é


bastante expressiva na área. Ocupam o setor SE sobre a Chapada com vales
encaixados. São solos que apresentam em sua constituição em volume de
concreções ferruginosas, à exceção daqueles que possuem seqüência de horizonte
do tipo A, C com profundidade inferior a 50 cm. A quantidade elevada de

43
concreções ferruginosas no corpo do solo, em tamanhos variados, chegando a
calhaus, em muitos casos, dificulta a caracterização dos horizontes e constitui um
forte impedimento à mecanização e desenvolvimento de raízes.

 Latossolo Vermelho Escuro sobre Argilas, Lateritos Maturos e


Imaturos: Tem ocorrência restrita na área. Aparece nos setores mais elevados do
Planalto dissecado na porção SE, sobrepondo-se aos solos concrecionados.

São solos minerais, não hidromórficos, e apresentam seqüência de horizonte tipo A,


B, e C, sendo o horizonte A do tipo moderado sobrejacente a um horizonte B
latossólico.

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3.7 - GEOLOGIA

Designa as terras drenadas pelos afluentes do alto curso do Rio


Cuiabá relacionadas principalmente às paisagens naturais de alta fragilidade, no
contexto regional da Província Serrana, do Planalto dos Guimarães Alcantilados e
da Depressão do Alto Paraguai-Paranatinga.

Da superfície total do Alto Cuiabá (14.636,20 km2), 85% correspondem


às terras de alta fragilidade potencial, relacionadas às paisagens das cabeceiras dos
altos contribuintes do Rio Manso, no Planalto dos Guimarães Alcantilados (Rios da
Casca, Quilombo, dos Cavalos e do Finca-Faca); e às áreas fortemente onduladas
da Depressão, denominadas na região como “Depressão Cuiabá”. Salienta-se o fato
de se ter áreas de garimpos de diamantes na região de Água Fria, Rios da Casca e
Quilombo, explorados a mais séculos, associados aos níveis conglomerados das
Formações Bauru e Cachoeirinha.

A sub-bacia do Rio Coxipó está localizada sobre rochas


paleomesozóicas da Bacia do Paraná formando a Chapada dos Guimarães e seu
sopé rochas pré-cambrianas aflorando na Depressão Cuiabana.

O embasamento pré-cambriano é constituído de rochas


epimetamórficas possivelmente proterozóicas (filitos e quartzitos) da série Cuiabá.

A bacia sedimentar está representada pelos arenitos paleozóicos das


Formações Furnas e Ponta Grossa, superpostas por terrenos mesozóicos
constituídos por arenitos eólicos Botucatu, parcialmente recobertos por sedimentos
Bauru. Os depósitos cenozóicos estão representados, principalmente, pelos
cascalhos dos rios atuais e cangas antigas e modernas.

Grupo Cuiabá (Pré-Cambriano) caracteriza-se por um pacote de


metassedimentos detríticos, fortemente dobrados, principalmente filitos, localmente
ardosianos com intercalações de quartzitos. As rochas podem apresentar-se
cortadas por veios de Quartzo Leitoso, ligadas a atividade magmática. Associam-se,
ainda, arenitos argilosos geralmente metamorfizados e aglomerados xistosos

46
subordinados. Os metassedimentos do grupo Cuiabá atingem espessuras
superiores a 4.000 m. ocupando na área do parque a faixa correspondente à
Planície Cuiabana.

Grupo Paraná (silurodevoniano) compreende a seqüência arenosa


basal e uma argilo-arenosa superior relacionadas, respectivamente, às Formações
Furnas e Ponta Grossa.

A Formação Furnas constitui-se por um pacote arenoso de cores


avermelhadas e esbranquiçadas, grãos subarredondados, rico em acamamentos
gradicionais. Na parte basal ocorrem conglomerações de matriz arenítica grosseira
com seixos de quartzo de até 10 cm de diâmetro variando de arredondados a
angulosos.

O intenso fraturamento a que estão sujeitas as litologias da Formação


Furnas foram, na área proposta, “Canyons” de profundidades apreciáveis e escarpas
íngremes, sendo marcadamente significantes as estratificações cruzadas
acanaladas e as estratificações plano-paralelas.

O contato inferior com o Grupo Cuiabá (pc) faz-se por discordância


angular erosiva. Seu contato superior, com a Formação Botucatu (jkb) é também por
discordância erosiva.

A Formação Ponta Grossa compõe-se de folhetos siltitos cinza


esverdeados e avermelhados, micáceos, fosselíferos, finamente laminados e
arenitos finos a muito finos, argilosos, micáceos, grãos subarredondados, ocorrendo
em bancos médios espessos. No topo do pacote ocorrem concreções ferruginosas,
de origem epigenética. Seu contato inferior com a Formação Furnas (DF) é
gradacional e o superior com a Formação Botucatu (jkb) é por discordância erosiva.

O registro fossilífero da Formação Ponta Grossa encerra uma rica


fauna de invertebrados marinhos, constituída por alta freqüência de braquipódeos
(Australocoelia tourteloti é a forma mais comum) e menor freqüência de Tentaculites,
Gastrópodes, Lamelibrânquios e Trilobitas.

A Formação Botucatu constitui-se essencialmente de sedimentos de


granulação fina a média, pobre em arenito, com grãos bem rolados e foscos pelo
trabalho eólico e grande escassez de drenagem. O contrato inferior com o Grupo

47
Cuiabá é erosivo angular, e com sedimentos da Formação Furnas (DF) e Ponta
Grossa (Dpg) é por discordância erosiva. Seu contato superior, com a Formação
Bauru (kb) na maioria das vezes é por falhamentos normais.

A Formação Bauru compõe-se de matriz argilosa, vermelha com seixos


arredondados e subarredondados de várias litologias e arenitos róseos, finos a
médios, seleção retangular, calcíferos, grãos arredondados, estratificados e planos
paralelamente. Seus sedimentos friáveis condicionam um espesso solo arenoso,
que forma extensos chapadões sem afloramentos rochosos. Com marcada
escassez de drenagem suporta uma vegetação homogênea de cerrado ralo.
Entretanto, quando resistentes, livres de erosão, suas rochas podem condicionar um
relevo, com vales florestados e maior freqüência de cursos d’água.

Cobertura Detrito-laterítica é uma unidade Edafoestratigráfica


composta por três horizontes distintos basicamente constituídos por detritos argilo-
arenosos de cores vermelha, marrom e amarela, parcialmente laterizados e lateritos
ferruginosos, concrecionários. Foram extensas chapadas ou planaltos arenosos,
com suaves ondulações, drenagem de baixa freqüência, vegetação de “scrub”
(Savana Parque) ou “Savana Gramíneo Lenhosa”. As condições de temperatura,
precipitação e a topografia plana do alto do chapadão, são ideais à formação de
coberturas detrito-lateríticos. Supõe-se idade Terciário-Quaternária para estes
depósitos edafoestratigráficos.

Os depósitos cenozóicos detrítico-lateríticos (Dpg) resultantes da ação


de agentes físico-químicos, propiciaram o desenvolvimento de um perfil laterítico
maduro. Sua espessura é variável podendo atingir 20 m.

Os depósitos aluviais Quaternários e recentes arenosos estão


depositados ao longo dos rios. Exibem a feição de terrenos alagadiços com o
desenvolvimento de matas de galerias.

O predomínio das formações arenosas sobre o Planalto propicia a


expansão da erosão concentrada em várias ravinas e voçorocas quando aceleradas
pela mão do homem.

48
3.8 - GEOMORFOLOGIA

Segundo o Projeto PCBAP (1996) RADAMBRASIL (1982) a área da


Sub-Bacia do Rio Coxipó está inserida em duas unidades geomorfológicas: Planalto
dos Guimarães, na subunidade Chapada dos Guimarães, e a Depressão Cuiabana.

O Planalto dos Guimarães estende-se pela extremidade noroeste da


bacia sedimentar do Paraná e corresponde a trechos dos Planaltos divisores entre
as bacias do Prata e Amazonas. A oeste, noroeste e norte são contornados pela
superfície rebaixada da Depressão Cuiabana e, na área do Parque Nacional
representa duas subunidades geomorfológicas: a Chapada dos Guimarães e o
Planalto do Casca.

Chapada dos Guimarães - corresponde a uma extensa área com relevo


aplanado com encostas que vão dos 600 até os 800 m de altitude. Na parte
sudoeste da Chapada encontram-se escarpas com vertentes muito abruptas,
mantidas por arenito Devonianos (Formações Furnas e Ponta Grossa). Essas rochas
permitiram o modelado de um relevo com aspecto cuestiforme cuja frente está
voltada para a Depressão Cuiabana. Outro fato é a forte dissecação com
ravinamentos de grande dimensão, fornecendo um aspecto de encosta fresconada.
Mas ao sul, a escarpa torna-se mais abrupta e está moldada nos sedimentos
devonianos da Formação Furnas. Os canais de drenagem mantêm a direção
preferencial NC para o SO por influência da estrutura rochosa subjacente
pertencente ao Grupo Cuiabá. Neste trecho verifica-se acentuado número de cristais
alongado, elevado e relativamente estreito, mantido por quartzitos do Grupo Cuiabá;
encontra-se um relevo dissecado predominantemente em formas convexas e
secundariamente em formas aguçadas e elaboradas em rochas do granito São
Vicente (LIMA et al, 1959).

A superfície do topo da Chapada foi moldada em arenitos firáveis da


Formação Bauru. Sobreposta, encontra-se a formação Cachoeirinha que está
associada à presença de ressaltos topográficos que assinalam a presença de
anfiteatros como resultados do processo erosivo.

49
Planalto do Casca representa o relevo que ocupa a parte noroeste do
Planalto dos Guimarães. Corresponde a uma área que sofreu um acentuado
rebaixamento erosivo, comportando cotas altimétricas que vão dos 350 até 660 m.
Tem a Sudoeste escarpas da Chapada dos Guimarães, enquanto que a Noroeste e
Sudoeste é contornada pela Depressão Cuiabana. No contato com a Chapada dos
Guimarães, observa-se também a presença de anfiteatros, produzidos a partir de
processos erosivos, profundamente entalhados e delimitados por escarpas.

As feições geomórficas predominantes neste planalto são as tabulares


e convexas, com interflúvios amplos e canais de drenagem profundos. Ocorrem
também relevos residuais do topo tabular, cujos topos conservados acompanham o
nível topográfico da Chapada dos Guimarães. Na faixa marginal as escarpas que
marcam o contato do planalto à Chapada mencionada, observam-se relevos
bastante dissecados, de topo aguçado e de topos convexos. O Planalto do Casca foi
elaborado basicamente em rochas de arenito das formações Bauru e Botucatu.
Sobre estas litologias desenvolveram-se predominantemente solos de Areia
Quartzosa e secundariamente latossolos vermelho-amarelo.

Depressão do Rio Paraguai é uma unidade que corresponde a


extensas áreas rebaixadas e drenadas pelos tributários do alto curso do Rio
Paraguai. A unidade apresenta diferenças regionais nas feições geomorfológicas e
comporta altimetrias distintas, ressaltando dois compartimentos de relevo bem
individualizados, descritos como subunidades: Depressão Cuiabana e Depressão do
Alto Paraguai, sendo que somente a primeira é representada na área do Parque.

Depressão Cuiabana é a subunidade que compreende uma área baixa


entre o Planalto dos Guimarães e a Província Serrana. Sua topografia, de modo
geral, apresenta uma forma rampeada com inclinação do norte para o sul. A
altimetria está em torno de 200 m no limite Sul e 450 m no alto Vale dos Rios Cuiabá
e Manso. Apresenta uma dissecação composta predominantemente por formas
tabulares e, secundariamente, por formas aguçadas (a oeste) e convexas (no vale
do Rio Manso). Esses relevos foram modelados em litologias do Grupo Cuiabá,
representados por metagrauvacas metacóseos, filitos ardosianos, quartzitos,
conglomerados e tilitos que se apresentam encobertos por material argilo-arenoso

50
com ocorrência de horizonte concrecionário. Os grandes e pequenos cursos d’água
estão influenciados pelos direcionamentos estruturais preferenciais (NE-SO), que as
rochas do Grupo Cuiabá apresentam.

3.9 - OCUPAÇÃO E USO DOS SOLOS

Atualmente toda área a Bacia do Rio Cuiabá comporta alguns padrões


básicos de ocupação, onde uma das principais atividades econômicas é a pecuária
extensiva em Cuiabá, Santo Antônio de Leverger, Acorizal, Rosário Oeste, Nobres,
Chapada dos Guimarães, Nossa Senhora do Livramento, Barão de Melgaço e
Poconé.
Predomina nos municípios de Campo Verde, Chapada dos Guimarães
e Planalto da Serra monocultura de soja, milho e arroz, que compreendem as áreas
de nascentes dos Rios Casca, Roncador e Manso. Nessa região, a monocultura
estende-se por imensas áreas, incluindo zonas frágeis a processos erosivos.
Acrescenta-se o fato de que nessa região predominam solos arenosos.
Nestes municípios as pequenas propriedades muitas vezes avançam o
plantio até as margens dos rios e áreas alagáveis, por apresentarem solos mais
férteis.

Foram levantados dados sobre 43 propriedades localizadas na sub-


bacia do Rio Coxipó, onde 25 possuem de 1 a 10 ha, 12 propriedades possuem de
10 à 30 ha e 6 propriedades são maiores que 30 ha. Nestas propriedades, ao longo
de seus afluentes e do canal principal do Rio Coxipó, cerca de 4.000 metros de
extensão de mata ciliar foram retiradas para construção de áreas de lazer, que vem
causando erosão nas margens e assoreamento nos córregos e rios desta sub-bacia.
Esta extensão de área de preservação permanente retirada ilegalmente pode ser
considerada alta se avaliarmos a área da bacia, o número de propriedades avaliadas
e a fragilidade destes ambientes (ARRUDA, 1990).

Além destes dados, estima-se que cerca de 23 fossas pertencentes a


estas propriedades estão instaladas na área de preservação permanente (matas

51
ciliares) da sub-bacia do Rio Coxipó, aumentando o risco de contaminação do rio
pela infiltração de poluentes através do solo.

A ocupação indevida, ocasionada pelo processo de favelamento, é


uma preocupação na área urbana da sub-bacia do Rio Coxipó, onde sem nenhuma
informação de como ocupar e preservar o meio ambiente, o homem desmata e
constrói sua moradia nas áreas de preservação. Isso foi observado em alguns
bairros no município de Cuiabá onde a ocupação se deu através de invasões em
locais sem nenhuma infra-estrutura, como arruamento, sistema de esgoto, energia
elétrica e água tratada.

A ocupação indiscriminada da área de alguns córregos como: Três


Barras, Gumitá, Cajú e Moinho levaram os mesmos a funcionarem como canais de
esgoto (in natura) além de lixos e entulhos jogados em seu leito.

Com o precário sistema de esgoto nos bairros do município de Cuiabá


pertencente a sub-bacia do Rio Coxipó, alguns moradores contornam o problema
com a construção de fossas negras, as vezes em locais impróprios, próximos a
cisternas, que geralmente são utilizadas como fonte de água “potável” nessas
comunidades. O item 3.10 será abordado a situação e a cobertura dos serviços de
saneamento (água, esgoto e resíduos sólido) e os empreendimentos industriais
potencialmente poluidores existentes na sub-bacia.

3.10 - USOS DA ÁGUA

Os principais usos da água na bacia do Rio Coxipó são destinados ao


abastecimento público, abastecimento rural, irrigação, diluição de efluentes
domésticos e industriais, lazer e recreação.

52
3.10.1 CONDIÇÕES DE SANEAMENTO

O Rio Coxipó é utilizado para o abastecimento das cidades de Cuiabá


e Chapada dos Guimarães, além do abastecimento de forma difusa atendendo
sítios, chácaras e clubes recreativos ao longo do rio.

Os efluentes domésticos são lançados previamente tratados em alguns


casos e nos demais são lançados in natura. Além da parcela proveniente dos
efluentes industriais.

ABASTECIMENTO PÚBLICO

Com o processo de municipalização, a Sanemat até então


concessionária responsável pela captação, distribuição e tratamento de água nos
dois municípios da sub-bacia, passa essas atribuições para a Agência Municipal de
Saneamento na cidade de Cuiabá, ficando ainda responsável pela cidade de
Chapada dos Guimarães, com a concessão do sistema de abastecimento de água
previsto em um contrato de 30 anos referente ao período de 11/06/1997 à
11/06/2007.

A cobertura do sistema de abastecimento dos municípios que compõe


a sub-bacia do Rio Coxipó, conforme apresentada na Tabela 4, atende a uma
população de 510.538 habitantes, que representa um atendimento médio superior a
90% da população urbana.

Tabela 4 - População Abastecida dos Municípios da Sub-Bacia do Rio Coxipó

Município População Taxa de Economias População Índice de


Abastecida Ocupação Residenciais Urbana Abastecimento
Habitantes
Chapada dos 10.515 4.42 2.379 11.683 90
Guimarães

Cuiabá 500.023 4.24 117.930 513.974 97,29

TOTAL 510.538 120.309 525.657

Fonte: Teixeira (1997)

53
Na Tabela 5 estão apresentadas os tipos de mananciais e a
capacidade dos sistemas que abastecem a cidade de Cuiabá e Chapada dos
Guimarães. A vazão total captada é de 2142,37 L/s. Na cidade de Cuiabá a vazão
captada é de 2109 L/s, sendo que 70,5% provém do Rio Cuiabá, 24,75% do Rio
Coxipó e 4,75% são retiradas de poços e outros corpos de água, atendendo a um
volume médio de 5.204.030 m3/ mês. Na cidade de Chapada toda a produção
advém dos afluentes do Rio Coxipó localizados nas cabeceiras, efetuado através de
captações provenientes do Córrego Quimeira (sistema I) e Monjolinho (sistema II),
atendendo a um volume de 68.642 m3/mês.

Tabela 5 - Tipos de Captação dos Municípios da Sub-bacia do Rio Coxipó

Tipo Sistema Local Vazão Reservação

(L/s) (ud/ m3 )

I Córrego Quineira 10,47 01 – 200


CHAPADA

II Córrego Monjolinho 22,9 01 – 150


SUPERFICIAL

SUB-TOTAL 33,37 350

Lipa R.Cuiabá 175 + 1.150 O6 – 100

Porto R. Cuiabá 112 O6 – 150


SUPERFICIAL
Tijucal (velho) R. Coxipó 112 O8 – 300

O5 – 500

Tijucal R.Coxipó 410 O1 – 700


CUIABÁ

Parque Cuiabá R.Cuiabá 50 O6 – 3000

O2 – 3500

O3 – 4000
SUB-TOTAL 2.009 44.100,00
SUBTERRÂNEA Poços - 100,26

SUB-TOTAL II 2.109,00

TOTAL 2.142,63 2.142,37 44.450,00

Fonte: TEIXEIRA, 1997.

O tratamento efetuado na cidade de Cuiabá é o convencional e para os


poços é o de simples desinfecção, enquanto que na cidade de Chapada devido a

54
excelente qualidade da água dos mananciais utiliza-se apenas a desinfecção, porém
encontra-se em fase final o projeto de ampliação da ETA com a melhoria do sistema
existente. De acordo com os dados obtidos observamos que o Rio Coxipó contribui
com 25,92% para o suprimento público dos respectivos municípios.

Na cidade de Cuiabá a captação efetuada no Rio Coxipó está


localizada no Núcleo Habitacional Tijucal, que abastece diversos bairros: Tijucal,
Altos do Coxipó, Jardim dos Ipês, Jardim Universitário Recanto dos Pássaros,
Planalto, CPA, Novo Horizonte, Sol Nascente, Novo Paraíso, além de outros
interligados ao sistema de abastecimento de Cuiabá.

ABASTECIMENTO RURAL

Cabe salientar que aproximadamente 500 propriedades situadas ao


longo de seu percurso a montante da área urbana de Cuiabá, utilizam suas águas
para consumo retirando-a através de bombas d’água sem o devido tratamento. No
entanto, não há um registro preciso da quantidade de água retirada.

DISPOSIÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS

Os resíduos sólidos urbanos constituem outro ponto de bastante


fragilidade na infra-estrutura básica dos municípios, em decorrência do aumento de
resíduo produzido, manejo e destino inadequado, provocando impactos no solo, na
água e no ar.

A produção total de resíduos sólidos nos municípios de acordo com


dados do IBGE nos ano de 1991 é de 96.627 t/ano, o que representa 268 t/d. Porém
de acordo com dados atuais a produção de lixo no município de Cuiabá já atingiu um
valor superior a 350 t/d, e Chapada dos Guimarães apresenta uma produção

55
estimada oscilante variando de 8 a 25 t/d, totalizando uma produção de 375 t/d.
Esse valor representa um acréscimo de aproximadamente 75% em relação a
produção verificada no ano de 1991, apresentada na Tabela 6.

Tabela 6 – Estimativa dos Dados Referentes aos Resíduos Sólidos dos Municípios da Sub-
Bacia do Rio Cuiabá (tonelada)

Município Total Coletado Queimado Enterrado Jogado em Jogado Outros


Terreno Baldio Em Rios

Chapa dos 2968 786 1.047 119 754 4 258


Guimarães

Cuiabá 93659 80959 7120 313 4709 289 269

Total 96627 81745 8.167 432 5463 293 527

Fonte: Censo IBGE, 1991.

Dos municípios da sub-bacia, apenas Cuiabá possui uma usina de


reciclagem - compostagem com a capacidade de processar 200 t/d muito embora a
produção do município já tenha atingido um valor de 350 t/d e um valor per-capita de
0,70 – 0,75 kg hab/d conforme dados do PROSAB (1999). O município de Chapada
dos Guimarães não conta ainda com uma unidade de disposição e tratamento,
sendo todo o lixo coletado disposto em lixões, na maioria das vezes localizados em
áreas inadequadas, acarretando prejuízos ao ambiente.

DILUIÇÃO DO ESGOTO DOMÉSTICO

O Rio Coxipó, além dos usos já mencionados anteriormente, tem sido


utilizado principalmente na diluição dos efluentes domésticos e industriais
produzidos pela ocupação da malha urbana dos municípios na sub-bacia.

Por possuir a maior população, a sub-bacia do Rio Cuiabá, também


contribui para o maior lançamento de carga poluidora de origem doméstica na Bacia
do Alto Paraguai visto que nenhum município existente em sua área possui um
56
adequado sistema de coleta e ou tratamento de esgoto, onde apenas 5% é tratado
em estações localizadas em Cuiabá, número quase insignificante frente a toda carga
poluidora lançada na sub-bacia. De acordo com estudos realizados por (RONDON
LIMA & LIMA, 1998) estima-se que seja lançado no Rio Cuiabá oriundos da cidade
de Cuiabá uma carga total de cerca de 47.707 kg DBO/dia e no Rio Coxipó a carga
orgânica estimada é de 20.304 kg DBO/dia para uma população estimada de
190.000 habitantes. Enquanto a carga de coliforme dos rios apresentam elevadas
concentrações de coliformes conforme apresentado na Tabela 7. A contribuição
referente ao município da Chapada ainda é bastante pequena em relação à carga
orgânica e relativamente expressiva em relação aos coliformes.

Tabela 7– Estimativa da Carga Poluidora Doméstica Lançada na Sub-Bacia do Rio Coxipó

DBO Coliformes

Municípios (kg DBO/dia) (NMP/100mL)

Chapada dos 432 1,6 x 1014


Guimarães

Cuiabá 47.707 1,1 x 1016

Fonte: Rondon Lima & Lima, 1998.

A cidade de Cuiabá apresenta um total de 57.721 economias de esgoto


cadastradas pela SANEMAT, o que representa uma cobertura de 52% em relação a
coleta do esgoto e apenas 29% desse esgoto é tratado na ETE D.Aquino, que
atende a um total de 16.929 economias referente as sub-bacias 18 (Gambá) e 19

(Barbado), garantindo uma vazão média de 112 L/s e um efluente com


concentração de DBO variando de 800-50 mg/L e uma DBO final (após tratamento)
de 10 mg/L, apresentando assim uma eficiência superior a 90% na remoção de
matéria orgânica conforme apresentado por (MOLINA, 1999). Na Tabela 8 abaixo
são apresentados os vinte e cinco sistemas isolados sendo dezesseis tipo
convencional e nove condominial, a parcela tratada é relativamente pequena, pois
apenas quatro encontram-se em funcionamento, ainda que precário, sendo que os
demais apresentam problemas físicos e operacionais ou mesmo não existem mais.

57
Tabela 8 – Situação dos Sistemas de Tratamento da Cidade de Cuiabá - MT, 1998

SISTEMA TRATAMENTO No REGIÃO ECONOMIA


ETE D.Aquino SB18 e 19 16.929
Tratamentos 1 Parque Cuiabá 2.254
Isolados (1) 2 J.Presidente 185
3 COPHEMA 462
4 P.Universitário 609
5 J. Imperial 1.030
6 R.dos Pássaros 363
CONVENCIONAL

7 Mor. do Ouro 1.078


8 S.Carlos / S.Inês 1.900
9 Vila Real 324
10 J.das Américas 590
11 COHAB Nova 607
Sub-Total 9.420
Não Tratados 12 Grande CPA 13.144
13 São João Del Rey 1.345
14 Tijucal 4.342
15 São Gonçalo 939
16 COPHAMIL 600
Sub-Total 21.370
Não tratado 17 Carumbé 973
a ser interligado 18 Santa Isabel 2.065
Condominial

na ETE 19 Novo Terceiro 880


D.AQUINO
20 Praeiro 576
21 Pedregal 1.683
22 Canjica 792
23 Bela Vista 1.046
A não ser 24 Novo Horizonte 898
interligado 25 Planalto 1.089
Sub-Total 10.002
Total Geral 57.721
Fonte: PMSS II (1996)

Para o Rio Coxipó, especificamente, estima-se que 50% do esgoto


doméstico seja lançado em fossas sépticas e sumidouros sendo o restante
transportado através dos córregos Três Barras, Gumitá, Moinho, Castelhano, Tijuca,
Urubu e Caju que cortam bairros periféricos de Cuiabá (Três Barras, Jardim Imperial,
Novo Horizonte, Jardim Itamarati, Planalto, Novo Mato Grosso , Tancredo Neves,
Novo Paraíso, Morada do Ouro, Recanto dos Pássaros, Altos do Coxipó, Jardim dos

58
Ipês e Tijucal) e deságuam no Rio Coxipó, os quais já são conhecidos pela
população como “canal de esgoto”.

Para o melhoramento dos sistemas de esgotos na cidade de Cuiabá,


existem propostas futuras previstas dentro dos programas PMSS II (Programa de
Modernização do Setor de Saneamento), SEPURB - Ministério de Planejamento e
Orçamento e o Programa BID Pantanal, prevendo investimento na ordem de 60
milhões de dólares, conforme apresentado por (LIBOS, 1999), onde alguns desses
projetos contemplam parte dos bairros localizados na sub-bacia do Rio Coxipó. Além
do projeto de construção de um sistema de tratamento de esgoto, já concluído que
atende aos bairros Tijucal, Núcleo Alto do Coxipó, Jardim dos Ipês e Fortaleza.

O projeto proposto dentro do PMSS II, em fase de aprovação,


contempla a complementação da SB19 (sub-bacia Barbado) e SB16 (sub-bacia
Mané Pinto), execução de parte da SB14 (sub-bacia Ribeirão do Lipa) e a
interligação dos sistemas isolados existentes do Coophamil, Cohab Nova e Santa
Isabel na SB15 (sem denominação) que será conectada a ETE D. Aquino,
construção da elevatória da Prainha (sistema unitário), recuperação da ETE
D.Aquino, o que resultará em um acréscimo de 20.143 ligações no sistema integrado
com orçamento estimado no valor de $15.000.000,00 (quinze milhões de dólares).

A proposta apresentada dentro do programa BID Pantanal visará


atender a complementação da SB 14, 15 e a execução da SB 20 (lado direito do
Coxipó) e a interligação dos sistemas isolados da Cophema, São Gonçalo e Jardim
Presidente a ETE D. Aquino, além da reabilitação do sistema do CPA para atender
aos bairros Novo Mato Grosso, Novo Paraíso, 1 o de Março e adjacências, além de
ampliar o sistema da Morada do Ouro para receber o bairro Tancredo Neves, com
orçamento previsto no valor de $ 60.000.000,00 (sessenta milhões de dólares).

A ocupação industrial, comercial e residencial às margens dos Rios


Cuiabá e Coxipó, com lançamento de esgoto, lixo e entulho, têm contribuindo para a
descaracterização da paisagem e favorecem a obstrução das galerias atingindo o
sistema de tratamento de esgoto de indústria e fossas residenciais.

59
AS PRINCIPAIS INDÚSTRIAS POTENCIALMENTE POLUIDORAS

Existe nessa sub-bacia do Rio Cuiabá 71 indústrias potencialmente


poluidoras responsáveis por 20% de carga orgânica lançada no Rio Cuiabá, sendo
71,8% municípios de Cuiabá e Várzea Grande. Destas 30,9% são responsáveis por
100% de carga de origem industrial lançada nos rios Cuiabá e Coxipó. As industrias
licenciadas pela FEMA, no Rio Coxipó, estão presentes na Tabela 9.

Tabela 9 – Indústrias Potencialmente Poluidoras

MUNICÍPIO ATIVIDADE TRATAMENTO LANÇAMENTO

Chapada dos Abate de Bovinos Lagoa de estabilização Córrego Jamacá


Guimarães maturação

Cuiabá Extração de óleo Vegetal Lagoa de estabilização Rio Aricá – Açu


Bacia Coxipó

Cuiabá Fábrica de Cerveja Reator anaeróbio e Rio Coxipó


Lagoa de estabilização
Fonte: PCBAP 1996.

3.10.2 - IRRIGAÇÃO

Segundo dados da EMPAER (1995), estima-se que a irrigação


consome cerca de 6.840 L/hora/ha, num total aproximado de 44.323.200 litros de
água/dia na Bacia do Rio Cuiabá. No entanto, a retirada se faz com maior
intensidade na época de estiagem (maio-outubro), quando há escassez de chuvas e
os níveis dos rios e córregos estão no limite mínimo, podendo levar à alterações na
quantidade de água dos rios onde há derivação. Porém, não há registros precisos
sobre os impactos desta atividade. Na Tabela 10, apresentam estimativas de
culturas irrigadas, não mencionando a sub-bacia do Rio Coxipó separadamente.

60
Tabela 10 – Estimativa de Culturas Irrigadas por Município da Bacia do Rio Cuiabá

N.º de Área irrigada Cultura


Município Propriedades (ha)
Chapada dos 12 15 Olerícolas
Guimarães
Cuiabá 35 105 Milho, Olerícolas, frutíferas.
Fonte: EMPAER 1996.

3.10.3 - LAZER E RECREAÇÃO

Ao longo do Rio Cuiabá ocorre a formação de inúmeras praias na


época de estiagem. Aquelas localizadas próximas a áreas urbanas são as mais
utilizadas pela população. No entanto, muitas se encontram comprometidas por
contaminação fecal causada pelo lançamento de esgotos domésticos na bacia. No
Rio Coxipó, as praias que se formam localizam-se na área urbana de Cuiabá e
também se encontram contaminadas por coliformes fecais, como demonstra a
Tabela 11 a seguir.

Tabela 11 – Balneabilidade das Principais Praias da Sub-Bacia do Rio Coxipó

Rio Praia Município Situação Atual

Coxipó Coxipó do Ouro Cuiabá Própria

Coxipó Tijucal Cuiabá Imprópria

Coxipó Ponte de Ferro Cuiabá Imprópria

Fonte: FEMA 1996.

Durante o seu percurso de 85 km até o deságüe no Rio Cuiabá, o Rio


Coxipó e seus principais afluentes drenam parte da área do Parque Nacional de
Chapada dos Guimarães e da APA (Área de Proteção Ambiental), locais muito
procurados para o lazer e turismo, principalmente pela população de Cuiabá e
Várzea Grande, por possuir inúmeras cachoeiras e corredeiras de água límpidas,
bem como uma beleza cênica peculiar.

61
Nestes locais, a abertura de estradas, de caminhos de acessos aos
rios e cachoeiras e de pátios para estacionamento são as principais causas da
alteração de matas ciliares e veredas levando ao aumento da erosão do solo,
principalmente junto aos cursos d’água. Vale ressaltar a existência de vários clubes,
grêmios recreativos, balneários, sedes campestres e chácaras, de propriedade
particular, localizados ao longo de todo o rio, desde a nascente até sua foz no Rio
Cuiabá. Alguns deles ocupam a faixa de mata ciliar, fazendo sua retirada parcial ou
total.

3.10.4 - GARIMPO

Pelos registros da FEMA, a sub-bacia do Rio Coxipó apresenta apenas


o garimpo de ouro do japonês de propriedade do Sr. Lauro, localiza-se próximo à
ponte de ferro, a área do garimpo é entre 30 a 50 hectares e está literalmente
degradada.

Em 1989, está área foi fechada pelo Engenheiro Florestal Joaquim


Paiva de Paula, funcionário da FEMA com o propósito de reflorestamento. Já se
passaram dez anos e nenhuma providência foi tomada a respeito.

3.11 - POPULAÇÁO

Os dados populacionais foram obtidos através da Publicação do IBGE-


Contagem da População para 1996, porém os dados de 1996 apresentam algumas
distorções e os dados da população abastecida foram obtidos através da Sanemat
do ano de 1996. A Tabela 12 apresenta os dados de população dos municípios de
Chapada dos Guimarães e de Cuiabá – MT.

62
Tabela 12 - Ajuste Populacional dos Municípios Pertencentes a Sub-Bacia do Rio Coxipó -
(Chapada dos Guimarães e Cuiabá)

População Sanemat População IBGE -1996 - Ajuste

Município População Taxa Economias População População População


Abastecida Ocupação Residenciais Rural Urbana Total

Chapada 10.515 4,42 2.379 1.832 11.683 13.515


dos
Guimarães

Cuiabá 500.023 4,24 117.930 9.346 513.974 523.320

Fonte: IBGE 1996 e Sanemat 1996.

4 - MATERIAIS E MÉTODOS

4.1 - LEVANTAMENTO DE DADOS

O levantamento de dados secundários existentes sobre a sub-bacia do


Rio Coxipó foi efetuados nas instituições e órgãos (FEMA, UFMT, SEPLAN).

4.1.1– FONTES

Após levantamentos bibliográficos, chegou-se a conclusão de utilizar-


se os dados das instituições (FEMA e UFMT), pelo fato de apresentarem os mesmos
parâmetros analisados e os mesmos pontos de amostragens.

63
4.2 – PONTOS DE AMOSTRAGEM

A Figura 6 apresenta os pontos de amostragem e o Quadro 3,


apresenta uma descrição sucinta dos pontos de amostragem em relação ao nome
do local bem como as suas coordenadas geográficas.

Quadro 3 - Descrição dos Pontos de Amostragem Localizados na Sub-Bacia do Rio Coxipó e


Bacia do Rio Cuiabá.

COORDENADAS PONTO LOCAL


DE
COLETA

15º 36’ 28,2’’ S / 56º 0,5’ 00’’ W P1 Rio Coxipó – Balneário Dr. Meirelles

15º 37’ 26,7’’ S / 56º 03’ 35,7’’ W P2 Rio Coxipó – Ponte sobre Av. Fernando Corrêa da
Costa

15º 38’12,36’’S / 56º 04’ 12,78’’W P3 Rio Cuiabá – 500 m a montante da foz do Rio Coxipó
– Zona Urbana

15º 38’ 41,7’’ S / 56º 04’ 12,72’’ W P4 Rio Cuiabá – 500 m a jusante da foz do Rio Coxipó

Fonte: FEMA 1999

Figura 6 – Croqui dos Pontos de Amostragem

64
4.3 – PARÂMETROS ADOTADOS

4.3.1 - ÁGUA

Os parâmetros a serem analisados seguirão as recomendações do


Standard Methods for Examination of Water and Wastewater (1985), conforme o
Quadro 4 a seguir:

Quadro 4 – Parâmetros a serem Adotados para Águas da Sub-Bacia do Rio Coxipó e da Bacia
do Rio Cuiabá.

PARÂMETROS UNIDADE MÉTODOS


o
Temperatura C Leitura direta em Termômetro
digital

Demanda Bioquímica de mg/L De Winkles Modificado


Oxigênio – DBO.

Oxigênio Dissolvido – OD mg/L De Golterman( 1978)

Sólidos Totais Fixos e Voláteis mg/L Gravimétrico

Coliforme Total NMP/100mL Tubos Múltiplos de Fermentação


e Membrana Filtrante

Coliforme Fecal NMP/100mL Tubos Múltiplos de Fermentação


e Membrana Filtrante

4.4 – TRATAMENTO DE DADOS

A caracterização dos dados será realizada tomando como base os


resultados das análises descritivas de dados quantitativos utilizando funções

65
estatísticas básicas tais como: número de amostras (n), médias aritmética (x),
2
medianas (md), variância (s ), desvio padrão (s), coeficiente de variação (cv (%)),
percentil, o sumário dos cinco (5) números de Tuckey: mínimo (min), máximo
(máx), mediana (md), quartil 1 (Q1) – 25%, quartil 3 (Q3) –75%, percentil.

Utilizou-se a distribuição de freqüência empírica, que é simplesmente


uma tabela que mostra as faixas de valores nas quais pode ser divididas uma
amostra, e a freqüência na qual os dados foram observados em cada faixa. A
distribuição de freqüências utilizada foi: freqüência absoluta simples, freqüência
absoluta acumulada, freqüência relativa simples e freqüência relativa acumulada.

O conhecimento e a interpretação dos dados podem ser grandemente


facilitados através da análise visual de gráficos. Utilizou-se o histograma de
distribuição e o gráfico de linha para demonstrar a evolução temporal do universo
amostral no período de janeiro de 1990 a abril de 1996.

As análises estatísticas serão utilizadas para descrever os dados


secundários obtidos e a evolução temporal apresentada, referente aos parâmetros
OD, DBO (5,20), Coliforme Fecal e Coliforme Total e Resíduo Total, nos Pontos P1,
P2, P3 e P4 localizados na sub-bacia do Rio Coxipó e Cuiabá.

5 – APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Neste item serão apresentados e discutidos os resultados obtidos a


partir das análises descritivas efetuadas para analisar os dados secundários e a
evolução temporal apresentada dentro da série histórica compreendida entre Janeiro
de 1990 a Maio de 1996, referente aos parâmetros Oxigênio Dissolvido, Demanda
Bioquímica de Oxigênio (5,20), Coliformes Fecais e Totais e Resíduo Total, nos Pontos
P1, P2, P3 e P4 localizados na Sub-Bacia do Rio Coxipó e Cuiabá, verificando a
conformidade desses parâmetros com os limites estabelecidos pela Resolução
CONAMA 20 definidos para um rio Casse II.

66
5.1 – OXIGÊNIO DISSOLVIDO

As variações de Oxigênio Dissolvido nos pontos P1 observadas variam


em valores mínimos e máximos de 4 - 8,9 mg/L, apresentando uma largura da faixa
de 4,9 mg/L ao passo que os valores de Oxigênio Dissolvido no ponto P2
encontram-se de 5,2 – 7,8 mg/L apresentando uma largura de faixa menor de
apenas 2,6 mg/L. Na Figura 7 e 8 estão apresentados os histogramas de freqüência
absoluta simples e relativa acumulada, configurando uma distribuição
aproximadamente normal, muito embora devido à série histórica obtida não
apresentar intervalos regulares e as quantidades de dados disponíveis serem
pequenos devido à dificuldade em se obter informações casadas dos dois pontos,
este histograma apresenta um formato um pouco rudimentar. As Figuras 7 e 8
demonstram que apenas 3,33% e 0% dos dados apresentaram valores de Oxigênio
Dissolvido abaixo dos limites estabelecidos pela resolução CONAMA que fixa de
5 mg/L.

Porém quando se faz uma análise da evolução desse parâmetro ao


longo do tempo, nesses pontos dentro da série observada de Janeiro de 1990 a Abril
de1996, observa-se que no P1 dessas taxas apresentam um decréscimo menos
acentuado que no P2, conforme Figura 27, que por situar em um ponto a jusante do
recebimento de todas as contribuições de carga orgânicas resultante dos
lançamentos domésticos, esses valores caem mais drasticamente, devido ao
processo de estabilização dessa carga lançada.

Observa-se também que os níveis de Oxigênio Dissolvido apresentam


picos durante os períodos de chuva. Outro ponto observado na série de estudo, e
que esta apresenta valores acima de 8,3 mg/L de Oxigênio Dissolvido, que podem
ser considerados erros na coleta ou leitura uma vez que para altitudes entre 100 e
200m e temperaturas médias entre 26 oC e 27oC considera-se valor de oxigênio
dissolvido saturado variando entre 8.3 – 8 mg/L.

A análise dos pontos P3 e P4 localizados no Rio Cuiabá a montante e


a jusante da foz do Rio Coxipó, apresentam também uma distribuição próxima a

67
normal, embora devido aos motivos acima identificados, o formato do histograma é
um pouco rudimentar. Na análise da freqüência relativa acumulada nos pontos P3 e
P4 apresentada nas Figura 9 e 10 observa-se que apenas 10% e 3,33% dos dados
encontram-se abaixo do limite de 5 mg/L respectivamente, ou seja,
aproximadamente 90% e 96,66% dos dados estão dentro dos limites estabelecidos
para um rio classe II.

Para uma avaliação mais detalhada esses dados deveriam ser


separados por período de sazonalidade (seca e chuva), uma vez que estes podem
ser influenciados com as variações das vazões ocorridas e os valores acima de
8,3 mg/L de Oxigênio Dissolvido deveriam ser excluídos da série histórica.

5.2 – DEMANDA BIOQUÍMICA DE OXIGÊNIO

As variações de Demanda Bioquímica de Oxigênio no ponto P1


observadas variam em valores mínimos e máximos de 1 - 8,0 mg/L, apresentando
uma largura da faixa de 7,0 mg/L ao passo que os valores no ponto P2 encontram-
se de 1,0 – 6 mg/L apresentando uma largura de faixa menor de 5 mg/L. Os valores
médios obtidos para esses parâmetros estão entre 1,83 - 1,85 mg/L. Na Figura 11 e
12, estão apresentados os histogramas de freqüência absoluta simples e relativa
acumulada, que demonstram que 96,67% e 96,15% dos dados apresentaram
valores de Demanda Bioquímica de Oxigênio, abaixo dos limites estabelecidos pela
resolução CONAMA que fixa um valor de até 5 mg/L.

Porém, quando se faz uma análise da evolução desse parâmetro ao


longo do tempo, nesses pontos dentro da série observada de Janeiro de 1990 a Abril
de 1996, observa-se picos de concentração nos períodos de seca, para os dois
pontos. Os dados não permitem uma análise mais consistente dessa variação,
porém observamos nos dois pontos um comportamento similar. Quanto à análise da
evolução temporal dos pontos P3 e P4 localizados no Rio Cuiabá a montante e a
jusante da foz do Rio Coxipó, não foi realizada devido ao número reduzido de dados
disponíveis.
68
5.3 – COLIFORMES FECAIS E TOTAIS

As variações de Coliformes Fecais nos pontos P1 e P2 observadas


variam em valores mínimos e máximos de 170 - 30.000 Col/100mL e 230 - 110.000
Col/100mL, demonstrando a grande variabilidade que ocorre nesse parâmetro. Na
Figura 19 e 20 estão apresentados os histogramas de freqüência absoluta simples e
relativa acumulada, onde se pode observar que este parâmetro não apresenta uma
distribuição normal, e dessa forma deve-se utilizar métodos não paramétricos para
melhor explicar essas variações, porém neste estudo será feita apenas uma análise
descritiva utilizando-se as seguintes funções: mediana, quartis e percentis.

Para o ponto P1, a partir da análise dos quartis pode-se inferir que 25%
dos dados apresentam valores abaixo de 350 Col/100mL, 50% apresentam valores
abaixo de 800 Col/100mL, e 75% apresentam valores abaixo de 3000 Col/100mL
e 51,85% apresentam valores dentro dos limites estabelecidos pela Resolução
CONAMA 20 de 1000 Col Fecais/100mL, conforme apresentada na freqüência e na
Figura 20 no ponto P2 essas distribuições apresentam da seguinte forma 25% dos
dados encontram - se abaixo de 3800 Col/100mL, 50% abaixo de 15.000
Col/100mL e 75% abaixo de 30.000 Col/100mL e apenas 9% dos dados apresentam
valores inferiores a 1000 Col Fecais /100mL.

Para o ponto P3 ocorreram as seguintes distribuições 25% apresentam


valores abaixo de 2450 Col/100mL, 75% apresentam valores abaixo de
18.750 Col/100mL e apenas 12,5% dos dados encontram-se dentro dos limites
estabelecidos de 1000 Col/100mL. No ponto P4, ocorreram as seguintes variações:
25% apresentam valores de 1950 Col/100mL, 50% abaixo de 3400 Col/100mL e
75% abaixo de 20.000 Col/100mL e apenas 18% encontram-se abaixo de
1000 Col/100mL.

A partir dos resultados obtidos observamos que apenas o P1 localizado


no Rio Coxipó apresenta um percentual maior de dados dentro dos limites
estabelecidos pela Resolução CONAMA 20, que fixa para Coliformes Fecais

69
1000 Col/100mL para um rio de classe II e os demais pontos apresentam baixos
índices de atendimento a Resolução.

Quanto às variações de Coliformes Totais nos pontos P1 e P2


observadas variam em valores mínimos e máximos de 170 - 90.000 e 2000 -
300.000 Col/100mL respectivamente, demonstrando a grande variabilidade que
ocorre nesse parâmetro. Na Figura 15 e 16 estão apresentados os histogramas de
freqüência absoluta simples e relativa acumulada, onde se pode observar que este
parâmetro, não apresenta uma distribuição normal, e dessa forma deve-se utilizar
métodos não paramétricos para melhor explicar essas variações, porém neste
estudo serão feitas apenas uma análise descritiva utilizando-se as seguintes
funções: mediana, quartis e percentis.

Para o ponto P1, a partir da análise dos quartis pode-se inferir que 25%
dos dados apresentam valores abaixo de 2400 Col/100mL, 50% apresentam
valores abaixo de 7500 Col/100 mL e 75% apresentam valores abaixo de
15.750 Col/100mL e 44% apresentam valores dentro dos limites estabelecidos pela
Resolução CONAMA 20 de 5000 Col Totais/100mL, conforme apresentada na
Figura 15. No ponto P2 essas distribuições apresentam da seguinte forma 25% dos
dados encontram-se abaixo de 9650 Col/100mL, 50% abaixo de 30.000 Col/100mL
e 75% abaixo de 155.000 Col/100mL e apenas 15,5% dos dados apresentam
valores inferiores a 5000 Col Fecais /100mL, conforme apresentada na Tabela 16.

Para o ponto P3 ocorreram as seguintes distribuições 25% apresentam


valores abaixo de 10.500 Col/100mL, 50% apresentam valores abaixo de 23.000
Col/100mL e 75% apresentam valores abaixo de 65.750 Col/100mL e apenas 15%
dos dados encontram-se dentro dos limites estabelecidos de 1000 Col/100mL
Tabela 16. No ponto P4, ocorreram as seguintes variações: 25% apresentam valores
de 4600 Col/100mL, 50% abaixo de 16.000 Col/100mL e 75% abaixo de 50.000 e
apenas 35% encontram-se abaixo de 5000 Col/100mL.

A partir dos resultados obtidos observamos que apenas o P1 localizado


no Rio Coxipó apresenta um percentual maior de dados dentro dos limites
estabelecidos pela resolução CONAMA 20, que fixa para Coliformes Totais o valor
de 5000 Col/100mL para um rio de classe II. Os demais pontos apresentam baixos
70
índices de atendimento a Resolução, similar ao que ocorreu com os valores de
Coliformes Fecais.

A análise da evolução temporal foi realizada apenas para os pontos P1


e P2, onde se observa claramente os picos de variações de Coliformes Fecais e
totais conforme apresentados nas Figura 29 e 30. No ponto P2 ocorreram picos de
concentração bastante acentuados, em função da localização desse ponto, a jusante
do recebimento de grande parte das cargas de coliformes produzidos na sub-bacia
do Rio Coxipó.

5.4. - RESÍDUO TOTAL

As variações de resíduo totais nos pontos P1 e P2 observadas variam


em valores mínimos e máximos de 15 - 270 mg/L e 17 - 682 mg/L respectivamente,
e nos pontos P3 e P4 apresentam valores entre 82 – 198 e 76 - 1.806 mg/L
respectivamente.

Nas Figuras 23, 24, 25 e 26 estão apresentados os histogramas de


freqüência absoluta simples e relativa acumulada dos Pontos P1, P2, P3 e P4, onde
se pode observar que este parâmetro, também não apresenta uma distribuição
normal, e dessa forma deve-se utilizar métodos não paramétricos para melhor
explicar essas variações, porém neste estudo será feita apenas uma análise
descritiva utilizando-se as seguintes funções: mediana, quartis e percentis, que
resultaram em valores de mediana para os pontos localizados no Rio Coxipó
entre 79 - 98 mg/L e para os pontos do Rio Cuiabá entre 125 -153 mg/L.

A Figura 31 apresenta uma análise da evolução desse parâmetro ao


longo do tempo, nos pontos P1 e P2 dentro da série observada de Janeiro de 1990 a
Abril de 1996, observa-se picos de concentração nos períodos de seca, para os dois
pontos e uma tendência de aumento nos últimos anos, muito embora os dados
disponíveis não permitem uma análise mais consistente dessa variação. Quanto a
análise da evolução temporal dos pontos P3 e P4 localizados no Rio Cuiabá a

71
montante e a jusante da foz do Rio Coxipó, não foi realizada devido ao número
reduzido de dados disponíveis.

6 - CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES

A sub-bacia do Rio Coxipó tem sido palco de inúmeros projetos e


programas, gerando uma grande variedade de dados ambientais. Entretanto
constata-se que este conjunto de dados é inconsistente nas dimensões espaciais e
temporais e se encontra distribuído difusamente entre as diferentes instituições do
Estado.

Este trabalho buscou reunir as informações disponíveis em diferentes


fontes, de forma a fazer uma caracterização física, biótica e abiótica de toda a sub-
bacia, enfatizando as condições de saneamento, ocupação e os principais usos do
solo e das suas águas. Dentro desse contexto este estudo propôs fazer uma
avaliação da qualidade das águas na sub-bacia, utilizando métodos de análises
estatísticas básicas para descrever e dar consistência a serie histórica
compreendida entre Janeiro 1990 a Maio de 1996 nos pontos P1 e P2 localizados na
sub-bacia do Rio Coxipó e nos P3 e P4 nos pontos localizados na bacia do Rio
Cuiabá.

Dos dados disponíveis observa-se que não houve uma preocupação,


das entidades responsáveis, em fazer um estudo comparativo da evolução histórica,
sendo o 1º Marco Científico encontrado nesta pesquisa científica (GOMES, 1985) e
posteriormente o monitoramento realizado pela FEMA (1995) e estudos de
qualidade das águas realizados pelo Departamento de Engenharia Sanitária e
Ambiental no perímetro urbano da bacia do Rio Cuiabá (RONDON LIMA & LIMA,
1996).

Dos resultados obtidos para os pontos P1, P2, P3 e P4 referente aos


parâmetros de OD pode-se inferir que os dados apresentam distribuição próxima à
normal, com aproximadamente 97%, 100%, 90% e 97% respectivamente dos
valores dentro dos limites estabelecidos pela resolução CONAMA que fixa de

72
5 mg/L para um rio de classe II. Apesar disso, observa-se que essas concentrações
apresentarem variações significativas nos pontos P2 devido a sua localização a
jusante de todas de contribuições de carga orgânica resultante dos lançamentos
domésticos na sub-bacia.

Quanto aos resultados de DBO (5,20) para os pontos P1 e P2, o


comportamento apresentou similar ao parâmetro de OD onde aproximadamente
96% dos dados apresentam valores dentro dos limites estabelecidos de até 5 mg/L,
com picos de concentração nos meses de seca.

No que se refere aos Coliformes Totais e Fecais apenas o ponto P1


localizado no Rio Coxipó apresenta um percentual maior, aproximadamente 50% de
atendimento à resolução que é de 5000 Col/100mL e 1000 Col/100mL
respectivamente. Os demais pontos apresentam baixos percentuais dentro dos
limites, resultante das contribuições das cargas de coliformes produzidas na sub-
bacia.

A variação de resíduo total ocorre mais intensamente nos meses de


seca e apresentam uma tendência de aumento ao longo dos últimos anos.

Dos resultados obtidos pode-se concluir que os Rios Coxipó e Cuiabá,


devido sua capacidade de autodepuração, podem atender mais facilmente aos
limites estabelecidos para OD e DBO (5,20) e quanto aos Coliformes esses padrões
como observamos são na grande maioria de difícil atendimento, oriundos dos
loteamentos e bairros que lançam os seus efluentes in natura ou dos seus sistemas
de tratamento que se encontram com funcionamento precário ou mesmo
desativados.

Essa situação impõe às sub-bacias restrições dos usos destinadas a


suas águas, como balneabilidade, irrigação, abastecimento, devido aos potenciais
riscos de transmissão de doenças de veiculação hídrica, provocando implicações
diretas na saúde pública.

Para estudos posteriores recomenda-se a separação dos dados para


cada período sazonal (seca, chuva), uma vez que estes podem ser fortemente
influenciados com as variações de vazões ocorridas, e também uma ampliação da
73
serie histórica de forma a permitir uma avaliação mais detalhada e consistente
desses dados, adotando métodos estatísticos mais avançados que busquem
explicar o comportamento não normal apresentado por alguns dos parâmetros.

74
FIGURAS

75
14 120

Frequênc ia Re la tiva Ac umulada


12

Frequênc ia Absoluta Simples


100
10
80
8
60
6
40
4

2 20

0 0
1 2 3 4 5 6 7 8 9
OD (mg/L) - P1
Freq. Absoluta Simples Freq. Relativa Ac.

Figura 7 - Histograma de Distribuição de Freqüência de Oxigênio Dissolvido no


Ponto P1.

18 120,00
Frequência Relativa Ac umulada

16
Frequência Absoluta Simples

100,00
14
12 80,00
10
60,00
8
6 40,00
4
20,00
2
0 0,00
1 2 3 4 5 6 7 8 9
OD (mg/L) - P2
Freq. Absoluta Simples Freq. Relativa Ac.

Figura 8 - Histograma de Distribuição de Freqüência de Oxigênio Dissolvido no


Ponto P2.

76
4,5 120

Frequência Relativa Acumulada


4

Frequência Absoluta Simples


100
3,5
3 80
2,5
60
2
1,5 40
1
20
0,5
0 0
1 2 3 4 5 6 7 8 9
OD (mg/L) - P3
Freq. Absoluta Simples Freq. Relativa Ac.

Figura 9 - Histograma de Distribuição de Freqüência de Oxigênio Dissolvido no


Ponto P3.

20,00 120,00
Frequênc ia Re la tiva Ac umulada

18,00
Frequênc ia Absoluta Simples

100,00
16,00
14,00
80,00
12,00
10,00 60,00
8,00
40,00
6,00
4,00
20,00
2,00
0,00 0,00
1 2 3 4 5 6 7 8 9
OD (mg/L) - P4
Freq. Absoluta Simples Freq. Relativa Ac.

Figura 10 - Histograma de Distribuição de Freqüência de Oxigênio Dissolvido no


Ponto P4.

77
18 120,00

Frequênc ia Re la tiva Ac umulada


16

Frequênc ia Absoluta Simples


100,00
14
12 80,00
10
60,00
8
6 40,00
4
20,00
2
0 0,00
1 2 3 4 5 6 7 8 9
DBO (mg/L) - P1
Freq. Absoluta Simples Freq. Relativa Ac.

Figura 11 - Histograma de Distribuição de Freqüência de Demanda Bioquímica


de Oxigênio no Ponto P1.

18 120,00
Frequência Relativa Acumulada

16
Frequência Absoluta Simples

100,00
14
12 80,00
10
60,00
8
6 40,00
4
20,00
2
0 0,00
1 2 3 4 5 6 7
DBO (mg/L) - P2
Freq. Absoluta Simples Freq. Relativa Ac.

Figura 12 - Histograma de Distribuição de Freqüência de Demanda Bioquímica


de Oxigênio no Ponto P2.

78
12 120,00

Frequência Relativa Acumulada


Frequência Absoluta Simples
10 100,00

8 80,00

6 60,00

4 40,00

2 20,00

0 0,00
1 2 3 4
DBO (mg/L) - P3
Freq. Absoluta Simples Freq. Relativa Ac.

Figura 13 - Histograma de Distribuição de Freqüência de Demanda Bioquímica


de Oxigênio no Ponto P3.

3,5 120
Frequênc ia Re la tiva Ac umulada
Frequênc ia Absoluta Simples

3 100
2,5
80
2
60
1,5
40
1

0,5 20

0 0
1 2 3 4
DBO (mg/L) - P4
Freq. Absoluta Simples Freq. Relativa Ac.

Figura 14 - Histograma de Distribuição de Freqüência de Demanda Bioquímica


de Oxigênio no Ponto P4.

79
16 120,00

Frequência Relativa Acumulada


Frequência Absoluta Simples
14
100,00
12
80,00
10
8 60,00
6
40,00
4
20,00
2
0 0,00

20000

35000

50000

65000

80000

95000

110000
5000

Coliforme T otal (NMP/100mL) - P1


Freq. Absoluta Simples Freq. Relativa Ac.

Figura 15 - Histograma de Distribuição de Freqüência de Coliforme Total no


Ponto P1.

9 120,00
8
Frequência Absoluta Simples

100,00
Frequência Relativa

7
6 80,00
Acumulada

5
60,00
4
3 40,00
2
20,00
1
0 0,00
1E+05
1E+05
2E+05
2E+05
2E+05
2E+05
3E+05
3E+05
3E+05
30000
55000
80000
5000

Coliforme T otal (NMP/100mL) - P2


Freq. Absoluta Simples Freq. Relativa Ac.

Figura 16 - Histograma de Distribuição de Freqüência de Coliforme Total no


Ponto P2.

80
4,5 120,00

Frequência relativa Acumulada


4

Frequência Absoluta Simples


100,00
3,5
3 80,00
2,5
60,00
2
1,5 40,00
1
20,00
0,5
0 0,00

30000

55000

80000

105000

130000

155000
5000

Coliforme T otal (NMP/100mL) - P3


Freq. Absoluta Simples Freq. Relativa Ac.

Figura 17 - Histograma de Distribuição de Freqüência de Coliforme Total no


Ponto P3.

14 120,00
Frequênc ia Re la tiva Ac umulada
Frequênc ia Absoluta Simples

12 100,00
10
80,00
8
60,00
6
40,00
4
2 20,00

0 0,00
1E+05

1E+05

2E+05

2E+05

2E+05

2E+05
30000

55000

80000
5000

Coliforme T otal (NMP/100mL) - P4


Freq. Absoluta Simples Freq. Relativa Ac.

Figura 18 - Histograma de Distribuição de Freqüência de Coliforme Total no


Ponto P4.

81
16 120,00

Frequência Relativa Acumulada


14

Frequência Absoluta Simples


100,00
12
80,00
10
8 60,00
6
40,00
4
20,00
2
0 0,00

13000

19000

25000

31000
1000

7000
Coliforme Fecal (NMP/100mL) - P1
Freq. Absoluta Simples Freq. Relativa Ac.

Figura 19 - Histograma de Distribuição de Freqüência de Coliforme Fecal no


Ponto P1.

8 120,00 Frequência Relativa Acumulada


Frequência Absoluta Simples

7
100,00
6
80,00
5
4 60,00
3
40,00
2
20,00
1
0 0,00
15000

22000

29000

36000

43000

50000

57000

64000
1000

8000

Coliforme Fecal (NMP/100mL) - P2


Freq. Absoluta Simples Freq. Relativa Ac.

Figura 20 - Histograma de Distribuição de Freqüência de Coliforme Fecal no


Ponto P2.

82
6 120,00

Frequência Relativa Acumulada


Frequência Absoluta Simples
5 100,00

4 80,00

3 60,00

2 40,00

1 20,00

0 0,00

15000

22000

29000

36000

43000

50000

57000

64000
1000

8000

Coliforme Fecal (NMP/100mL) - P3


Freq. Absoluta Simples Freq. Relativa Ac.

Figura 21 - Histograma de Distribuição de Freqüência de Coliforme Fecal no


Ponto P3.

16 120,00 Frequência Relativa Acumulada


Frequência Absoluta Simples

14
100,00
12
80,00
10
8 60,00
6
40,00
4
20,00
2
0 0,00
15000

22000

29000

36000

43000

50000

57000

64000
1000

8000

Coliforme Fecal (NMP/100mL) - P4


Freq. Absoluta Simples Freq. Relativa Ac.

Figura 22 - Histograma de Distribuição de Freqüência de Coliforme Fecal no


Ponto P4.

83
9 120,00

Frequência Relativa Acumulada


8

Frequência Absoluta Simples


100,00
7
6 80,00
5
60,00
4
3 40,00
2
20,00
1
0 0,00
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Resíduo T otal (mg/L) - P1
Freq. Absoluta Simples Freq. Relativa Ac.

Figura 23 - Histograma de Distribuição de Freqüência de Resíduo Total no P1.

7 120,00
Frequência Relativa Acumulada
Frequência Absoluta Simples

6 100,00
5
80,00
4
60,00
3
40,00
2

1 20,00

0 0,00
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11
Resíduo T otal (mg/L) - P2
Freq. Absoluta Simples Freq.Relativa Ac.

Figura 24 - Histograma de Distribuição de Freqüência de Resíduo Total no


Ponto P2.

84
3,5 120

Frequência Relativa Acumulada


Frequência Absoluta Simples
3 100
2,5
80
2
60
1,5
40
1

0,5 20

0 0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Resíduo T otal (mg/L) - P3
Freq. Absoluta Simples Freq. Relativa Ac.

Figura 25 - Histograma de Distribuição de Freqüência de Resíduo Total no


Ponto P3.

7 120 Frequência Relativa Acumulada

6
Frequência Absoluta Simples

100
5
80
4
60
3
40
2

1 20

0 0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Resíduo T otal (mg/L) - P4
Freq. Absoluta Simples Freq. Relativa Ac.

Figura 26 - Histograma de Distribuição de Freqüência de Resíduo Total no


Ponto P4.

85
10

OD (mg/l) - P1 e P2
8

P1
P2
6 CONAMA

4
Jan/90 Abr/90 Set/90 Jul/95 Nov/95 Mar/96

Figura 27 - Evolução Temporal de Oxigênio Dissolvido nos Pontos P1 e P2.

9
8
DBO (mg/l) - P1 e P2

7
6
5
4 P1
P2
3 CONAMA
2
1
0
Jan/90 Abr/90 Set/90 Jul/95 Nov/95 Mar/96

Figura 28 - Evolução Temporal de Demanda Bioquímica de Oxigênio nos


Pontos P1 e P2.

86
Coliforme Total (NMP/100ml) - P1 e P2
1,50E+05

1,20E+05

9,00E+04

P1
6,00E+04 P2
CONAMA

3,00E+04

0,00E+00
Jan/90 Abr/90 Set/90 Jul/95 Nov/95 Mar/96

Figura 29 - Evolução Temporal de Coliforme Total nos Pontos P1 e P2.


Coliforme Fecal (NMP/100ml) - P1 e P2

1,80E+05
1,60E+05
1,40E+05
1,20E+05
1,00E+05
8,00E+04 P1
P2
6,00E+04 CONAMA

4,00E+04
2,00E+04
0,00E+00
Jan/90 Abr/90 Set/90 Jul/95 Jan/96 Abr/96

Figura 30 - Evolução Temporal de Coliforme Fecal nos Pontos P1 e P2.

87
800

Resíduo Total (mg/l) - P1 e P2


700

600

500

400
P1
300 P2
200

100

0
Abr/90 Ago/90 Mai/95 Jul/95 Nov/95 Fev/96 Abr/96

Figura 31 - Evolução Temporal de Resíduo Total nos Pontos P1 e P2.

88
TABELAS

89
Tabela 13 - Descrição Estatística do Parâmetro de Oxigênio Dissolvido nos pontos P1, P2, P3,
P4.

ANÁLISE ESTATÍSTICA OD
P1 P2 P3 P4
Número de dados 30,00 27,00 10,00 33,00
Média 7,12 6,63 7,34 7,00
Mínimo 4,00 5,20 5,90 5,50
Máximo 8,90 7,80 9,30 8,00
Desvio Padrão 0,83 0,62 1,04 0,60
Variância 0,70 0,39 1,08 0,36
Coeficiente de Variação 0,1 0,06 0,15 0.05

Tabela 14 - Descrição Estatística do Parâmetro da Demanda Bioquímica de Oxigênio nos


Pontos P1, P2, P3 e P4.

ANÁLISE ESTATÍSTICA DBO


P1 P2 P3 P4
Número de dados 30,00 26,00 11,00 5,00
Média 1,83 1,85 1,09 1,18
Mínimo 1,00 1,00 1,00 0,70
Máximo 8,00 6,00 2,00 1,70
Desvio Padrão 1,46 1,38 0,30 0,44
Variância 2,14 1,90 0,09 0,20
Coeficiente de Variação 1,17 1,03 0,08 0,17

Tabela 15 - Descrição Estatística do Parâmetro dos Coliformes Totais nos pontos P1, P2, P3,
P4.

ANÁLISE ESTATÍSTICA Coliforme Total


P1 P2 P3 P4
Número de dados 30 22 11 35
Média 7.500 30.000 23.000 16.000
Mínimo 170 2.000 800 170
Máximo 90.000 300.000 150.000 170.000
Desvio Padrão
Variância
Coeficiente de Variação

90
Tabela 16 - Descrição Estatística dos Coliformes Fecais nos pontos P1, P2, P3, P4.

ANÁLISE ESTATÍSTICA Coliforme Fecal


P1 P2 P3 P4
Número de dados 27 23 11 35
Média 800 15.000 6.000 3.400
Mínimo 170 230 130 170
Máximo 30.000 110.000 50.000 90.000
Desvio Padrão
Variância
Coeficiente de Variação

Tabela 17 - Descrição Estatística do Parâmetro de Resíduo Total nos pontos P1, P2, P3, P4.

ANÁLISE ESTATÍSTICA Resíduo Total


P1 P2 P3 P4
Número de dados 27,00 23,00 10,00 18,00
Média 94,33 142,39 137,00 283,78
Mínimo 15,00 17,00 82,00 76,00
Máximo 270,00 682,00 198,00 1.806,00
Desvio Padrão 64,82 140,56 42,49 411,84
Variância 4.201,77 19.757,79 1.805,73 16.961,54
Coeficiente de Variação 44,54 138,75 13,16 597,69

91
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98
ANEXOS

99
Dados Secundários de Parâmetros de Qualidade das Águas do Ponto P1
Local: Rio Coxipó, Balneário Dr. Meirelles.

COLIFORME COLIFORME
TEMP. TEMP. DA OD DBO DQO RESÍDUO RESÍDUO RESÍDUO
DATA FONTE pH TOTAL FECAL
DO AR ºC H2O ºC (mg/L) (mg/L) (mg/L) TOTAL FIXO VOLÁTIL
(NMP/100mL) (NMP/100mL)
CONAMA
- - - 6,0-9,0 5,0 S - - - - 5000 1000
20
Jan/90 2 Chuva 23 24 6,8 7,0 3 7 - - - 1,7E+02 1,7E+02
Fev/90 2 não 25 25 6,9 7,2 8 22 - - - 9000 2400
Mar/90 2 não 25 26 6,7 6,8 2 4 - - - 3,5E+03 7,0E+02
Abr/90 2 Chuva 20 25 7,0 7,0 3 3 162 110,0 51 16000 8000
Jul/90 2 não 17 20 6,5 8,2 2 4 37 18,30 19 90.000 3300
Ago/90 2 não 18 20 5,9 8,0 1 4 36 18,30 18 2,4E+03 1,7E+02
Set/90 2 não 23 21 6,0 7,2 2 8 23 20,0 2 2,4E+03 3,0E+02
Mai/92 2 Chuva 26 26 6,1 7,0 4 22 91 59,0 32 14.000 3.000
Abr/92 2 não 26 27 6,5 6,0 1 4 29 12,0 17 2,4E+03 1300
Mai/92 2 não 23 25 6,6 7,6 2 5 53 39,5 14 3,0E+03 5,0E+02
Jun/92 2 não 19 22 6,1 7,4 1 2 15 - - 13000 7,0E+02
Jul/92 2 não 20 23 7,0 8,4 1 2 84 73,0 11 7,0E+02 2,3E+02
Ago/92 2 não 26 26 7,0 7,0 1 2 56 34,50 21 24000 1.100
Out/92 2 Chuva 27 27 5,8 6,8 2 12 84 - - 9000 3000
Nov/92 2 Chuva 27 27 6,0 7,2 1 4 79 - - 30.000 8000
Dez/92 2 não 28 29 6,2 6,8 2 - 57 57,0 2 90.000 1,7E+02

* 1 Prof. Dr. Luiz Airton Gomes


* 2 FEMA

1
Dados Secundários de Parâmetros de Qualidade das Águas do Ponto P1
Local: Rio Coxipó, Balneário Dr. Meirelles.

COLIFORME COLIFORME
TEMP. TEMP. DA OD DBO DQO RESÍDUO RESÍDUO RESÍDUO
DATA FONTE PH TOTAL FECAL
DO AR ºC H2O ºC (mg/L) (mg/L) (mg/L) TOTAL FIXO VOLÁTIL
(NMP/100mL) (NMP/100mL)
CONAMA
- - - 6,0-9,0 5,0 S - - - - 5000 1000
20
Abr/95 2 não 25 27 6,9 7,1 2 9,0 27,0 - - 2,2E+03 2,3E+02
Mai/95 2 não 31 24 7,6 7,1 1 0,0 223 - - 2,3E+03 8,0E+02
Jun/95 2 não 25 24,5 6,4 7,4 <1 6,0 176 12,0 164,0 5,0E+03 8,0E+02
Jul/95 2 não 28 27 6,1 7,6 <1 6,0 181 15,0 166,0 5,0E+03 2200
Ago/95 2 não 28 27 6,3 4,0 1 5,5 24 13,0 11,0 1,3E+03 1,7E+02
Set/95 2 não 32 26 6,4 7,5 4 9,0 86 34,0 52,0 16000 5,0E+02
Out/95 2 não 30 27 6,6 7,2 1 1 79 16,0 63,0 9000 -
Nov/95 2 Chuva 27 24 6,8 6,7 1 17,0 90 66,0 24,0 17000 11.000
Jan/96 2 Chuva 33 25 6,8 6,8 1 - 128 - - 15000 30.000
Fev/96 2 Chuva 29,5 27 6,9 6,8 2 23,0 166 - - 13000 50.000
Mar/96 2 Chuva 32 28 7,0 7,7 <1 11,0 128 - - 6000 3000
Abr/96 2 - - 7,97 6,47 <1 4 63 - - 1,7x103 4x102
Mai/96 2 - - 7,07 6,7 <1 7 72 - - 5,0x104 5,0x103
Jul/96 2 - - 6,89 8,9 <1 2 55 1 54 2,2x102 11
15/04/97 2 - - 6,99 7,5 <1 11 91 - - 1,3x104 8,0x103

* 1 Prof. Dr. Luiz Airton Gomes


* 2 FEMA

2
Dados Secundários de Parâmetros de Qualidade das Águas do Ponto P2
Local: Rio Coxipó – Ponte Av. Fernando Corrêa

COLIFORME COLIFORME
TEMP. TEMP. DA OD DBO RESÍDUO RESÍDUO RESÍDUO
DATA FONTE pH DQO (mg/L) TOTAL FECAL
DO AR ºC H2O ºC (mg/L) (mg/L) TOTAL FIXO VOLÁTIL
(NMP/100mL) (NMP/100mL)
CONAMA
- - - 6,0-9,0 5,0 S - - - - 5000 1000
20
.10x23-31 .10x24-29 .10x6, 0-7,2 .9x6,1-7,2 .9x1,0-3,5 .8x1,80-93,0 .9x62,0-19,0 .9x3,0-143,0 .9x2,30-59,0 .8x3150-54.200 .7x400-7500
1982 a 84 1 Chuva
28 27 6,72 6,74 1,96 43,5 89,56 49,89 38,56 19.168 4.120
.5x26-34 .5x22-27 .5x6, 5-7,0 .5x6,5-7,8 .5x0,2-1,5 .5x7,0-44 .6x17,0-92,0 .4x7-44 .4x10,0-48,0 .4x100-3200 .4x110-3200
1982 a 84 1 estiagem
28,8 25,60 6,7 5,92 0,88 18,20 57,40 26,75 30,0 2000 1930
24/13/83 1 Chuva 29 27 7,2 6,8 1,2 24 62 3 59 13000 1.720
18/04/83 1 Chuva 29 28 6,5 7,2 2,0 52 99 70 29 11.000 4600
05/05/83 1 Chuva 28 27 6,7 7,3 2,7 93 92 47 46 3150 400
19/05/83 1 Chuva 27 26 6,8 6,6 1,5 34 107 65 42 54,200 5420
16/06/83 1 estiagem 28 26 6,7 7,8 0,7 7 92 44 48 9.200 3.000
22/08/83 1 estiagem 26 22 6,5 6,6 1,0 19 17 7 10 2.000 930
06/09/83 1 estiagem 27 26 7,0 6,5 0,2 9 33 16 17 9.200 2.200
26/09/83 1 estiagem 34 27 6,5 6,8 1,5 12 85 40 45 - -
07/11/83 1 Chuva 29 27 6,8 6,9 1,0 44 60 - - - -
24/11/83 1 Chuva 23 24 6,5 7,0 2,5 - - - - - -
Jan/90 2 Chuva 22 25 7,0 6,8 3 - - - - 160.000 160.000
Fev/90 2 s/Chuva 26 26 7,0 6,4 6 - - - - 17.000 8.000
Mar/90 2 s/Chuva 25 26 6,9 6,2 4 - - - - 16.000 9.000
Abr/90 2 Chuva 21 25 6,9 6,8 S - 296 254,0 42 160.000 30.000

* 1 Prof. Dr. Luiz Airton Gomes


* 2 FEMA

3
Dados Secundários de Parâmetros de Qualidade das Águas do Ponto P2
Local: Rio Coxipó - Ponte Av. Fernando Corrêa

COLIFORME COLIFORME
TEMP. TEMP. DA OD DBO DQO RESÍDUO RESÍDUO RESÍDUO
DATA FONTE pH TOTAL FECAL
DO AR ºC H2O ºC (mg/L) (mg/L) (mg/L) TOTAL FIXO VOLÁTIL
(NMP/100mL) (NMP/100mL)
CONAMA
- - - 6,0-9,0 5,0 S - - - - 5000 1000
20
Jul/90 2 s/Chuva 17 20 6,5 7,8 1 - 45 15,0 30 160.000 17.000
Ago/90 2 s/Chuva 17 19 6,3 7,4 2 - 78 73,0 4 30.000 8.000
Set/90 2 s/Chuva 25 29 5,5 7,0 3 - 61 29,0 32 50.000 30.000
Mai//95 2 s/Chuva 29 24 7,2 6,0 3 10,0 153 - - 220.000 90.000
Jun/95 2 s/Chuva 25 24,5 6,7 6,4 <11 11,0 153 18,0 135,0 - 60.000
Jul/95 2 s/Chuva 29 28 6,8 5,9 <1 6,0 174 80,0 94,0 30.000 30.000
Set/95 2 s/Chuva 34 26 6,8 5,2 <1 9,0 54 18,0 36,0 90.000 50.000
Out/95 2 s/Chuva 30 27 6,6 6,4 2 10,0 98 25,0 73,0 160.000 28.000
Nov/95 2 s/Chuva 28 26 7,3 5,5 <1 29,0 230 203,0 27,0 1.400.000 30.000
Jan/96 2 s/Chuva 32 24 6,7 5,8 1 26,9 287 - - 140.000 15.000
Fev/96 2 s/Chuva 36 27 6,6 6,5 2 19,0 218 156 62,0 300.000 30.000
Mar/96 2 s/Chuva 33 28 7,2 6,9 <1 14,0 99 - - 3,0E+03 110.000
Abr/96 2 s/Chuva 25,5 28 7,1 6,4 1 9,0 682 23 659,0 2,2E+0,3 2,3E+0,2

4
Dados Secundários de Parâmetros de Qualidade das Águas do Ponto P3
Local: Rio Cuiabá, 500m à montante da foz do Rio Coxipó – Zona Urbana.

COLIFORME COLIFORME
TEMP. TEMP. DA OD DBO DQO RESÍDUO RESÍDUO RESÍDUO
DATA FONTE pH TOTAL FECAL
DO AR ºC H2O ºC (mg/L) (mg/L) (mg/L) TOTAL FIXO VOLÁTIL
(NMP/100mL) (NMP/100mL)
CONAMA
- - - 6,0-9,0 5,0 S - - - - 5000 1000
20
Jun/95 2 não 31 26 7,7 - 1 20,0 - - - 13.000 8.000
Jul/95 2 não 28,5 27,5 7,5 7,9 <1 6,0 94 56,0 38,0 8,0E+02 1,3E+02
Ago/95 2 não 32 26 7,8 8,2 <1 6,0 187 65,0 122,0 130.000 50.000
Set/95 2 não 30 28 7,9 9,3 2 1,6 101 50,0 51,0 80.000 8.000
Out/95 2 sim 28 29 7,8 7,6 1 2,9 169 118,0 80,0 51.500 15.500
Nov/95 2 não 27 30 7,7 5,9 <1 17,0 198 - - 23.000 23.000
Jan/96 2 sim 27 28 7,3 6,1 <1 13,0 177 - - 1,3E+03 5,0E+02
Mar/96 2 sim 28 28 7,3 7,1 1 11,0 125 - - 13.000 2300
Abr/96 2 não 29 29 8,5 6,7 1 6,0 135 - - 50.000 2600
Mai/96 2 não 32 28 7,9 6,7 1 4,0 104 - - 150.000 22.000
Jul/96 2 não 30 26 7,7 7,9 1 8,0 82 49 33 8.000 3.000

* 1 Prof. Dr. Luiz Airton Gomes


* 2 FEMA
* 3 Eng. Sanit. UFMT

5
Dados Secundários de Parâmetros de Qualidade das Águas do Ponto P4
Local: Rio Cuiabá, 500m à jusante do Rio Coxipó – Zona urbana.

PADRÕES TEMP. COLIFORME COLIFORME


TEMP. DA OD DBO DQO RESÍDUO RESÍDUO RESÍDUO
DATA FONTE CONAMA DO AR pH TOTAL FECAL
H2O ºC (mg/L) (mg/L) (mg/L) TOTAL FIXO VOLÁTIL
20 ºC (NMP/100mL) (NMP/100mL)
-
CONAMA  - 6,0-9,0 5,0 S - - - - 5000 1000
20
- .8x27-31
1982 a 84 1 Cheia
 28,13
- .6x17-32
1982 a 84 1 Estiagem
 26,67
19/01/83 1 cheia - 29 27 6,1 - - 91 209 146 63 - -
09/02/83 1 cheia - 29 28 7,2 6,5 0,9 7 125 69 56 4.600 2.400
23/02/83 1 cheia - 27 28 7,7 6,4 1,7 15 152 99 53 4.600 750
10/03/83 1 cheia - 27 27 7,3 6,6 1,0 49 223 44 179 4.600 930
24/03/83 1 cheia - 27 27 6,9 6,1 0,7 88 137 92 45 5.120 280
18/04/83 1 cheia - 31 27 7,0 6,3 0,6 88 159 100 59 4.600 2.400
09/09/92 3 chuva - 29 28 7,3 7,35 - 28,2 - - - 5,0E+04 5,0E+03
06/10/92 3 não - 24 27 7,4 6,65 - 59,5 - - - 2,0E+04 2,0E+04
03/11/92 3 não - 35 29 6,8 6,3 - 26,4 - - - 3,0E+04 3,0E+04
01/12/92 3 sim - 32 26 6,56 6,02 - 13,0 - - - 5,0E+03 2,0E+02
03/02/93 3 não - 36 29,5 7,5 6,8 - 26,0 - - - 2,0E+04 2,0E+04
02/03/93 3 sim - 30 24 7,45 7,0 - 16,0 - - - 1,5E+04 2,2E+03
13/04/93 3- - 31 27 7,25 7,0 - 28,0 - - - 2,3E+03 1,3E+03
04/05/93 3- - 28 24 7,7 7,4 - 11,6 - - - 1,3E+03 2,7E+03

* 1 Prof. Dr. Luiz Airton Gomes


* 3 Eng. Sanit. UFMT

6
Dados Secundários de Parâmetros de Qualidade das Águas do Ponto P4
Local: Rio Cuiabá, 500m à jusante do Rio Coxipó – Zona Urbana.

COLIFORME COLIFORME
TEMP. TEMP. DA OD DBO DQO RESÍDUO RESÍDUO RESÍDUO
DATA FONTE pH TOTAL FECAL
DO AR ºC H2O ºC (mg/L) (mg/L) (mg/L) TOTAL FIXO VOLÁTIL
(NMP/100mL) (NMP/100mL)
CONAMA
- - - 6,0-9,0 5,0 S - - - - 5000 1000
20
08/06/93 3- 23,5 24,0 7,70 7,40 - 10,4 - - - 8,0E+03 3,0E+03
12/07/93 3- 22,0 25,0 7,72 7,20 - 63,3 - - - 3,0E+05 6,5E+04
02/08/93 3- 20,0 16,0 7,42 7,42 - 61,2 - - - 1,7E+04 2,8E+03
06/09/93 3- 28,0 26,0 7,65 7,65 - 41,7 - - - 1,6E+04 3,5E+03
04/10/93 3- 34,0 30,0 7,70 7,24 - 10,9 - - - 2,2E+04 1,7E+03
07/12/93 3 sim 34,0 30,0 6,10 5,50 - 23,0 - - - 1,6E+05 7,0E+02
04/01/94 3- 33,0 28,0 7,70 7,09 - 37,1 - - - 1,7E+02 1,7E+02
01/02/94 3 sim 31,0 28,0 7,13 7,65 - 9,7 141,0 - - 2,8E+03 2,7E+03
01/03/94 3 sim 27,0 26,0 6,80 6,40 - 15,8 1.860,0 - - 3,0E+04 1,3E+04
06/04/94 3 não 29,0 28,0 6,65 7,20 - 9,8 287,0 - - 9,0E+04 1,7E+04
16/05/94 3 não 29,0 25,0 7,12 7,21 - 9,9 276,0 - - 1,7E+04 7,0E+03
26/07/94 3 não 28,0 25,0 7,62 7,40 - 17,2 129,0 - - 8,0E+03 8,0E+03
11/07/94 3 não 20,0 19,0 7,60 7,47 - 15,6 114,0 - - 5,0E+03 5,0E+04
02/08/94 3- 25,0 25,0 7,60 7,50 - 16,2 137,0 - - 1,6E+05 9,0E+04
29/09/94 3- 29,0 28,0 7,40 8,00 - 2,0 76,0 - - 9,0E+04 2,2E+04
06/06/95 3- 28,0 26,0 7,01 7,80 - 1,6 154,0 - - 3,5E+03 3,4E+03
27/02/96 3 sim 30,0 32,0 7,40 6,24 - 12,7 141,0 - - 1,7E+03 3,0E+03
18/06/96 3- 32,0 28,0 8,13 - - 14,0 - - - 1,3E+05 3,2E+04
16/07/96 3- - - 7,38 - - - - - - 5,0E+04 3,0E+04
02/08/96 3- - - - - - - - - - 2,6E+03 4,0E+02
18/09/96 3- - - 7,70 7,81 - 7,81 - - - 1,7E+05 1,7E+04
15/10/96 3- - - 7,10 6,92 - 21,7 - - - 8,0E+04 2,2E+04
06/11/96 3- - - 6,80 - - - - - - 1,3E+05 1,4E+06
18/12/96 3- - - - - - - - - - 1,3E+07 1,4E+06
18/02/97 3- - 27 7,00 6,42 1,60 64,0 - - - 2,0E+04 <2
18/03/97 3- - - 6,63 6,60 1,70 52,8 - - - 1,1E+04 1,1E+04
15/04/97 3- - - 6,46 6,34 <1 16,0 629,0 - - 2,4E+04 2,4E+04
20/05/97 3- - - 7,57 7,46 5,00 28,8 159,0 - - 9,0E+04 5,0E+04

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