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Publicado em 21/03/2011

Liane Alves

Conteúdo do site Bons Fluidos

Ao trilharmos esses novos caminhos, surgirão riscos, mas também infinitos presentes e
alegrias
Foto: Dreamstime

No começo, um sentimento de que alguma coisa não vai bem. A vida pode estar até
muito boa, mas parece sem sentido. Nesses momentos angustiantes, nos sentimos em
um beco sem saída. O coração clama por mais alívio e paz, não mais com base no que
nos oferece o mundo material, mas a partir de algo mais profundo.

Assim, inicia-se uma jornada que pode levar anos até a chegada a um porto seguro. Essa
viagem interna tem alguns estágios. Vamos traçá-los em etapas, com os alertas
necessários e as grandes alegrias que podemos encontrar nesse caminho.

 
Pode surgir ainda na juventude, quando um leque de caminhos se apresenta à nossa
frente. Ou mais tarde, quando surgem as perguntas existenciais: qual o sentido da vida?
Quem sou eu? As crises também podem nos puxar para essa reflexão, que nos
impulsiona a encontrar uma via capaz de atender às necessidades do espírito.

Outro momento de inquietação ocorre na meia-idade, quando pode iniciar-se uma busca
de um sentido mais profundo para a vida. "Até os 35, 40 anos, a existência é totalmente
voltada para fora: trabalhar, procriar, produzir. Na segunda metade da vida, começa a
jornada para o mundo interno, e para a busca de uma espiritualidade mais intensa",
escreveram as autoras inglesas Anne Brennan e Janice Brewi no livro "Arquétipos
Jungianos - A Espiritualidade na Meia-idade" (ed. Madras). É outra fase de grande
inquietação, que vai apressar e favorecer a fase seguinte.

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De repente, em meio a esse incômodo interno, recebemos um chamado: algum
ensinamento espiritual nos toca. Nesse momento, ele responde a todas as nossas
perguntas.

Podemos continuar a vida inteira em contato com ele, mas o mais provável é que esse
caminho deixe de ser satisfatório. Foi o que aconteceu com a tradutora Virginia
Murano. "No meu caminho espiritual inicial, provei um amor imediato". Por um
momento, a escolha se revelou acertada, mas, em alguns anos, tornou-se decepção.
"Rompi com a religião por uns 30 anos. Não conseguia compreender que a
espiritualidade não precisasse estar atrelada necessariamente a uma linha religiosa
tradicional."

"Um praticante deve olhar para uma via espiritual apenas como um percurso para
chegar a um destino", ensina um líder budista
Foto: Dreamstime

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Antes de se entregar totalmente a uma linha espiritual, é necessário um tempo para
averiguar a escolha.

Sister Mohini Panjabi, da Organização Brahma Kumaris, dá conselhos essenciais sobre


os cuidados nessa entrega. "A busca pode vir acompanhada de ansiedade e devoção
cega, pois algumas pessoas se entregam muito rapidamente, e de forma emocional, a
certas práticas sem avaliar de maneira objetiva os benefícios que podem experimentar e
os riscos que podem correr", afirma.

Para avaliar melhor a escolha, ela nos aconselha a verificar onde o dinheiro é
empregado e qual o comportamento moral e ético dos seus líderes. "É igualmente bom
saber se essa linha espiritual estimula uma interação compassiva com o mundo ou se
mantém uma ação social de serviço", diz a iogue indiana.

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Praticante com mais de 40 anos de busca espiritual, o gerente administrativo paulista
Jairo Graciano dá outras indicações valiosas: "É preciso pesquisar na internet toda
informação a respeito do grupo escolhido, ler seus livros e folhetos com distanciamento.
Nosso lado racional e crítico pode ajudar nessa hora".

Uma de suas experiências ruins ocorreu com um mestre, muito cordial e extrovertido,
que se dizia seguidor de um grande líder espiritual indiano (este sim, verdadeiro). "É
uma tática - eles usam o nome de um mestre conhecido e se dizem seus seguidores.
Nesse caso, fui descobrir depois que um texto assinado por esse falso mestre era, na
verdade, plágio de um outro".

Ele aconselha a sentir a intuição - se ela avisa que há algo errado, é bom acender o sinal
amarelo!

Pesquisar informações na internet é uma forma de evitar charlatões


Foto: Dreamstime

   


Lama Samten é reconhecido nos meios budistas como um líder íntegro e compassivo.
Gaúcho, foi professor de física na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, e hoje
mantém centros de meditação em vários pontos do país.

Sua visão dos caminhos espirituais é sábia - e desconcertante. "Um praticante deve
olhar para uma via espiritual apenas como um percurso para chegar a um destino. Por
isso, é preciso que ele tenha bem claro em sua mente o que está buscando", diz.

Em outras palavras, se é alívio financeiro, talvez seja melhor se empenhar mais no


trabalho ou trocar de atividade profissional se não estiver satisfeito com seus
rendimentos. Se o caso for uma desilusão amorosa, uma terapia pode ser mais indicada.

"Mas, se uma pessoa quiser ser mais feliz, ou ter paz de espírito, por exemplo, ela pode
trilhar um caminho espiritual por um tempo e ver se ele atende a seus objetivos. Tudo
depende das metas de cada um", aconselha ele.


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