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4.6. Thomas Malthus, Nassau 4.6.3.

Teoria do valor e crise de


superprodução em Malthus
Senior e Frederic Bastiat ● teorias econômicas de Malthus são formuladas após
1814, quando a preocupação principal gira em torno
4.6.1. Contexto histórico e aspectos biográficos das leis dos cereais
4.6.2. Teoria malthusiana da população - são reunidas na obra Princípios de Economia Política
considerados com uma visão de suas aplicações
4.6.3. Teoria do valor e crise de práticas, 1820
superprodução em Malthus
Valor e troca
4.6.4. Senior e a reação anti-
anti-ricardiana ● Malthus considerou a economia capitalista como
4.6.5. Utilidade,
Utilidade, troca e rendas dos serviços sendo uma economia de trocas mercantis e
monetárias, baseadas na propriedade privada
em Bastiat
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- as trocas devem beneficiar sempre as partes que - utilidade universal das trocas, benéfica para
trocam (harmonia social) capitalista e trabalhador
- o processo de produção foi considerado sob o ponto - conflitos de classes eram superficiais, decorrentes da
de vista da troca; cada parte tem um insumo diferente, ignorância sobre o funcionamento da economia
mas igualmente necessário
- o valor e o excedente se definem no mercado, ● o valor depende dos custos de produção (as três
conforme produção (oferta) e demanda (diferente de rendas, salário, lucro e renda da terra) e depende
Smith, Ricardo e Marx, que observam o excedente na também da demanda
produção) - a quantidade de trabalho pode ser a melhor medida
do valor, mas também é preciso considerar a medida
● aceitando como natural a distribuição da em dinheiro
propriedade, Malthus sustenta que todos são - forças da oferta e demanda de mercado não ajustam
proprietários e ganham com as trocas automaticamente o preço de mercado ao preço
natural

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- não é possível considerar o valor independentemente ● teoria do valor de Malthus é fragmentária, mas ao
das condições do comércio e das variações no valor do considerar a demanda, estava no caminho da teoria
dinheiro (distribuição) do valor aceita na academia no final do século XIX
- o valor de uma mercadoria no lugar em que é (teoria neoclássica, moderna e atual)
estimado é o preço de mercado, não seu preço natural - nenhuma riqueza pode existir, a menos que a
- a moeda tem um papel de importância máxima para demanda exceda o custo de produção (em trabalho)
a distribuição e, portanto, para o valor do produção - respondendo a Ricardo: o preço dos cereais e a
nacional qualidade da última terra cultivada são determinados
pelo estado da população e pela demanda, bem como
● definição de riqueza o preço do ouro
- objetos materiais necessários, úteis ou agradáveis
(independente de resultar de trabalho) ● o emprego de trabalho se justifica quando este é
produtivo: trabalhadores produzem um valor maior do

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que recebem como salário – ou seja, quando o - com as contribuições produtivas do capital, os
empregador tem lucro operários podiam produzir mais; capitalistas
- terra e capital aumentam a produtividade do contribuíam para a produção
trabalho, renda e lucro também compõem os custos - renda: resultado natural do dom divino da terra gerar
que formam o preço natural mais produto que necessário para os que nela
- o preço de mercado somente é igual ao preço natural trabalham
se houver uma demanda efetiva que iguale o valor da
oferta ● renda da terra: teoria da renda diferencial (conforme
fertilidade) foi desenvolvida como argumento contrário
● na explicação para o lucro e para a renda da terra: a explicação popular do monopólio; nova teoria foi
Malthus critica Smith (deduções do salário, “colhem adotada por Ricardo
onde não semearam”) - preços agrícolas tendem a subir, cobrindo os custos
- todos os componentes do preço natural baseavam-se para o uso de uma nova terra marginal; originando
na propriedade uma renda nas terras melhores

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- esse dom da natureza é a contribuição produtiva dos - este é diretamente um sinal de prosperidade,
proprietários de terra à produção provocando o uso de terras piores e aumentando a
- renda tinha valor social especial, pois a parcela do renda
produto em que se representa a renda é condição de
subsistência para uma população maior, criando Teoria da superprodução (depressões)
assim a sua própria demanda (a maior produção ● para Smith e Ricardo forças da oferta e da procura
industrial não criava procura adicional) levam preço de mercado a igualar preço natural,
equilibram os mercados (desequilíbrios temporários)
● para Malthus, rendas elevadas eram uma
conseqüência e o melhor indicador de prosperidade ● tendo considerado o ponto de vista das trocas para
- somente quando os lucros são elevados e a determinação do valor, Malthus investigou de modo
acumulação progride, ocorre o crescimento mais completo, mais realista e mais sofisticado o
populacional processo de circulação da moeda e das mercadorias (e
encontrou problemas que invalidam a lei de Say)

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● Malthus entendia que o preço natural para se ● contrariamente aos demais economistas clássicos,
realizar nas trocas precisava de uma demanda efetiva Malthus estava ciente das depressões periódicas e
total igual ao preço natural temia seu potencial revolucionário
- os custos totais correspondiam às rendas das três - procurou entender as crises e propor políticas para
classes; para haver demanda igual ao valor da minorar suas ocorrências
produção, todas as rendas teriam de ser gastas - a causas das crises era a insuficiência periódica de
- há duas maneiras de gastar a renda: consumo e demanda efetiva
compras para acumular; essas últimas teriam de ser
iguais a renda poupada ● visto que o trabalho empregado será
● para Smith, tudo o que uma pessoa poupa ela necessariamente um trabalho produtivo, o valor da
acresce ao seu capital, utilizando-o por conta própria produção, medida pelo seu preço natural, corresponde
ou emprestando-o a juros a salários + lucros + renda da terra
- o que é poupado é tão consumido quanto o que é - somente haverá estímulo à produção se a demanda
gasto, mas é consumido por outras pessoas efetiva corresponder ao preço natural da produção

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- ninguém empregaria trabalhadores para gerar um - mas a acumulação é feita para fornecer para o
produto cuja demanda fosse apenas o consumo consumo e não ocorrerá se os produtos finais não
desses trabalhadores puderem ser vendidos
- proprietários de terra, são cavalheiros do ócio, com
● Malthus analisou o padrão de gastos das três renda garantida, gastam em conforto, criados,
classes: promovendo a arte, universidades e a cultura; gastam
- trabalhadores gastam toda sua renda com sempre toda a renda em consumo ou serviços
subsistência pessoais
- capitalistas têm paixão em acumular e não tinham
tempo ou inclinação para gastar seus lucros em ● todas as classes procuravam gastar toda a sua
consumo ou serviços pessoais (trabalham 7 ou 8 horas renda, mas os capitalistas gastam lucros com compra
por dia, querem fazer fortuna, guardar p/ família) de novo capital
- um problema surge porque os lucros crescem com o
progresso econômico

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- na época de prosperidade, comerciantes e industriais - porque sua aplicação pressionaria o mercado de


auferem lucros que não consomem (poupam) muito trabalho, levaria ao aumento dos salários, maiores
mais depressa do que o aumento de capital possível custos e redução dos lucros
- se os trabalhadores gastam tudo o que ganham e os - sugere que faltaria mão-de-obra, em contradição com
capitalistas não conseguem (produzem mais riqueza sua lei da população ou essa não se aplicaria a curto
material do que consomem), é preciso uma classe que prazo
consuma mais do que produza, para que haja - capitalistas prefeririam manter em moeda
demanda para toda a produção improdutiva
- a acumulação com mudança técnica (menos
● por que os capitalistas não continuam acumulando, trabalhadores) aumenta a produção mas diminui a
empregando sempre mais (Smith, Ricardo) e o capital demanda, agravando o problema
fica ocioso?
● causa final da superprodução: lucros excessivos que
levam a uma taxa insustentável de acumulação

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● outras possibilidades de suprir a demanda efetiva:
● solução: alterar a distribuição da renda, capitalistas - não se pode aceitar um consumo excessivo
com menos lucros e proprietários de terra com mais financiado pelo governo (funcionários, soldados,
renda (o que ocorreria com a manutenção das leis dos marinheiros, rentistas da dívida) porque elevam
cereais) impostos, que podem impedir aumento da riqueza e
- renda da terra: para gastar em consumo próprio e gerar uma dívida crescente (que leva à inflação, que
com uma massa de indivíduos envolvidos em serviços prejudica rendas fixadas em dinheiro)
pessoais (que consomem seus rendimentos) – - a redistribuição de riqueza através da taxação
proprietários contratam “trabalhadores improdutivos”, excessiva atenta contra o direito sagrado da
que gastam comprando da indústria propriedade
- consumo não produtivo: consumo de renda, que não - a guerra elimina o problema, Inglaterra e América
gera mais riqueza e portanto não compõe um custo de sofreram muito pouco e foram enriquecidas pelas
produção; é consumir riqueza material sem produzi-la guerras napoleônicas e sofrem muito por causa da paz

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- gasto em obras públicas, em épocas de sofrimento - oposição de Malthus é ideológica, pois esse também
econômico agudo: rodovias, canais, pontes ... seria o efeito da lei dos cereais
- impostos necessários para financiar essas obras não - está em contradição com teoria da população, pois
retiram da aplicação produtiva (deficiente), mas isso os pobres com dinheiro sempre representariam
pode ocultar a insuficiência da demanda nacional por demanda, ainda que menor que o valor produzido com
trabalho e impedir a acomodação gradual da aplicação de seu trabalho, mais capital e terra
população àquela (mas pode-se pagar salário baixo)
● a renda é um excedente sobre os custos de
● por que não aumentar os salários para resolver o produção (salários, lucros e juros)
problema da demanda efetiva? - a renda se apresenta apenas como gasto e não como
- possivelmente reduziria a produção, devido aos custo de produção, por isso pode estar elevada
maiores custos e menores lucros, enfraquecendo a - lucros, salários e juros se apresentam como gasto e
acumulação como custos, devem ser mantidos baixos para manter
posição competitiva no mercado mundial

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● apesar das aparências em contrário, os interesses
de trabalhadores e capitalistas seriam promovidos se ● influência do pensamento malthusiano
prevalecessem os interesses imediatos dos - foi admirável sua capacidade de explicitar a pobreza
proprietários de terra (culturalmente indispensáveis e como parte necessária do sistema
economicamente decisivos para o sustento da - notável a correspondência de seu pensamento com o
população e o nível geral de emprego) poder e os interesses da aristocracia rural, em declínio
mas dominante no parlamento inglês; encarnou uma
● posição favorável às leis dos cereais como parcela do espírito da época, expresso nas leis
mecanismo de distribuição para aumentar renda da - ainda hoje repercute entre os teóricos do status quo a
terra idéia da pobreza inevitável
- Malthus teve êxito: em 1815 lei dos cereais proibia - aceitação natural da desigualdade social, culpa dos
importação, exceto quando preço interno pobres, devido a sua fraqueza ou inferioridade moral
ultrapassasse certo patamar (somente em 1846
seriam abolidas)

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- variantes da teoria da população ainda são 4.6.4.


4.6.4. Senior e a reação anti-
anti-ricardiana
amplamente aceitas, principalmente para países
subdesenvolvidos ● Nassau Senior (1790-1864)
- perspectiva malthusiana para o valor corresponde à - primeiro catedrático de Economia Política de Oxford
teoria neoclássica moderna das trocas e da utilidade, - temor à classe operária faz perder compaixão
auto-interesse e vantagem nas trocas conservadora
- problema da falta de demanda efetiva para contínua - liberalismo, contra lei dos pobres (influência direta na
expansão do sistema foi reconsiderado a partir de sua modificação em 1834)
Keynes - doutrina do fundo de salários
- doutrina metodológica: isenção de valores e
princípios éticos (não-científicos)

● quatro princípios teóricos


- princípio da renda ou maximização da utilidade
(maior riqueza com esforço mínimo)

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- princípio da população: é contida pelo mal moral ou dos indivíduos sobre o valor, em vista da utilidade da
físico, ou medo da escassez mercadoria em consideração
- princípio da acumulação de capital: produtividade do - as utilidades individuais não podem ser comparadas
trabalho e dos meios de produção pode ser ilimitada ● todos os serviços são atividades produtivas
- princípio dos rendimentos decrescentes: ● desejos são insaciáveis, não pode haver
produtividade agrícola deve decrescer e renda superprodução
diferencial aumentar
● acumulação de capital depende da abstinência do
● preços refletem as utilidades e não o trabalho capitalista; isso é um custo humano real, remunerado
- tanto os custos como a demanda implicam pelo lucro (ou juro)
valorações subjetivas ● teoria da “última hora”: contra redução da jornada
- não há uma indicação de como a utilidade determina ● renda da terra deriva de monopólio, mas é benéfica
o preço, mas este é considerado como a estimativa para o riqueza nacional (atende necessidades de
consumo)

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● diferenças de classe são basicamente ilusórias, pois 4.6.5. Utilidade, troca e rendas dos serviços
todos os proprietários de fatores de produção têm
ganhos com as trocas de fatores para realizar a
em Bastiat
produção ● Bastiat representa um pensamento econômico e
social “de combate” à disseminação do pensamento
socialista francês
- dá seqüência ao pensamento de Say, aplicando a
teoria da utilidade para explicar as trocas
- como Say, será reivindicado por Walras como
precursor das “novas teorias” (c. 1873)
- prossegue a “vulgarização” do pensamento de Smith,
sustentando que toda economia política se reduz à
teoria da troca (ênfase nos aspectos micro-
econômicos, busca do auto-interesse)

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● faz a defesa da propriedade privada e sustenta a - economistas: leis da natureza humana e relações que
harmonia como resultado do laissez-faire se originam dessas leis
- Economic Harmonies (c. 1840) - socialistas: imaginam uma sociedade e concebem
- defesa dos “homens proprietários e de lazer, um coração humano que se enquadre
estranhamente perturbados pelo perfume doce, porem - laissez-faire: impera a ordem e a justiça de Deus
mortal da utopia, que ameaça seu estilo de vida, - ateus: nossos planos são superiores à ordem divina
acusando-os de adquirirem sua fortuna à custa de
seus irmãos, quando tudo que recebem é uma ● aplicação coerente do utilitarismo
compensação pelos serviços prestados e sua busca do - restrito ao âmbito das trocas, permite sustentar que
interesse próprio converte-se em abundância para as trocas livres sempre trarão benefícios recíprocos
todos” - a troca mercantil requer de fato o interesse recíproco
● confronto com socialistas e, sendo voluntária em condições de liberdade,
- ciência com método de observação versus somente se realiza com a vontade mútua
imaginação

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- sendo a utilidade a medida de satisfação individual, ● leis científicas derivam da natureza humana egoísta
não se pode proceder comparações de utilidade – aplicação do utilitarismo
(requeridas, p.ex., para a “redistribuição” preconizada, - busca da utilidade, satisfação de desejos ilimitados,
incoerentemente, pelo próprio Bentham) defronta-se com meios limitados
- utilidade gratuita: fornecida pela natureza (não tem
● universalidade da troca (relação econômica única) preço)
- todas as interações humanas podem ser reduzidas às - utilidade onerosa: fornecida por serviços produtivos
trocas, que são sempre mutuamente benéficas, assim que requerem esforço humano, dor ou sofrimento
como as mesmas interações
- a troca é a Economia Política; a troca é a própria ● serviços produtivos: sofrimentos suportados para
sociedade, inconcebível sem a troca (e inversamente) que ocorra a produção
- a “mão invisível” de Smith estende-se sobre as - sofrimento do capitalista e do proprietário de terras
relações sociais de produção com o uso de seus bens; obtenção de capital requer

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privação; dinheiro presta um serviço (facilita trocas) - o homem nasce proprietário: porque tem
que justifica o pagamento de juros necessidades vitais e os meios (órgãos e faculdades)
- o uso de trabalho, terra e capital implicam para se satisfazer
sofrimentos do mesmo tipo para obtenção dos - a propriedade é uma extensão dos órgãos e
serviços produtivos faculdades humanas
● o serviço produtivo cria a utilidade e assim transmite - o capital é obtido com capacidade de previsão,
valor ao produto material inteligência e economia; requer sacrifício do presente,
- inversão do raciocínio principal de Say (valor do acumulando-se para as gerações seguintes (direito de
produto dado pela utilidade do mesmo, que herança)
determinaria o valor dos serviços), que será assumido - a terra somente propicia renda quando gera valor,
pela escola neoclássica que representa serviços humanos (preparação e
implementos)
● a propriedade privada é natural (sagrada) e dela
decorrem as leis criadas pelo homem
- leis contrárias à propriedade são anti-naturais
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● Bastiat não considerou as origens históricas reais do ● harmonia social


capital (fortunas familiares à sua época) - o homem isolado executaria todos os serviços
- seus argumentos combatiam simultaneamente produtivos, com existência precária
pensamentos socialistas “historicista” e “naturalista” - a divisão do trabalho permite a troca de serviços
- historicista: a propriedade privada decorria de leis produtivos, aumentando a utilidade que se pode obter
históricas, criadas pelo homem (Stuart Mill!, Proudhon, - o trabalho não pode produzir sem o concurso do
Marx, ...) capital e da terra, cujo uso requer o sacrifício de seus
- naturalista: propriedade natural é a que decorre do proprietários
trabalho e deve pertencer a quem trabalho; - impulso do interesse próprio nos negócios enquadra-
propriedade privada capitalista é antinatural e injusta se num resultado harmônico
(linhagem lockeana dos socialistas ricardianos, - acumulação de capital reduz taxa de juros e assim a
especialmente Hodskin) participação relativa do capital no produto, em
benefício dos trabalhadores

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● a concorrência livre é a condição necessária para o
resultado harmônico das trocas
- contra a intervenção do Governo e concessões de
monopólios

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