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Caro(A) Amigo(A), Saudações Plenas De Amor!

Nos cursos que desenvolvemos utilizamos a Metodologia Plenitude Humana® . Trata-se


de uma metodologia cujo princípio básico é ensinar as pessoas a aprenderem a aprender.
Os cursos realizados à distância requerem um estudo de forma diferenciada do ensino
tradicional para efetivação do aprendizado. Esta modalidade de ensino necessita uma metodologia
de aprendizado própria, onde a leitura reflexiva, é a maior fonte de aprendizado. Aliás, você já deve
ter percebido que uma das qualidades que se busca, atualmente, nas pessoas é a capacidade de
reflexão, de aprender a aprender, principalmente no ambiente empresarial e profissional. Hoje é
necessário que todos nós saibamos refletir sobre uma série de quesitos, desde o
autoconhecimento até questões profissionais bastante complexas. Portanto, uma das grandes
qualidades que você estará encontrando nos cursos realizados à distância com a Metodologia
Plenitude Humana® é o de lhe oportunizar um aprendizado feito a partir de reflexões, onde você
estará aprendendo a aprender.
Outra qualidade básica para todos nós nos dias atuais é a autodisciplina para saber
administrar bem as atividades que realizamos no dia-a-dia no tempo que dispomos. Neste aspecto
os cursos à distância são uma ferramenta valiosa para lhe auxiliar no desenvolvimento deste
requisito básico na sua vida.

Para que você possa conseguir o seu aprendizado de forma mais ampla e eficaz
preparamos, para os cursos à distância, esta metodologia que oportuniza um aprofundamento
teórico e prático.

No aspecto teórico toda a fundamentação está baseada nas ciências holísticas,


especialmente na psicologia transpessoal. Estas ciências possibilitam reflexões amplas e
profundas a cerca do conteúdo proposto.

No aspecto prático utilizamos técnicas didático-pedagógicas modernas, de modo que você


possa vivenciar e experienciar o conteúdo teórico estudado, através de exercícios vivenciais e
atividades práticas, orientadas por uma equipe de facilitadores especializados, que vão possibilitar
uma sedimentação, trazendo-lhe maior segurança para a utilização do conteúdo proposto.
Para que você possa obter melhores resultados, elaboramos um roteiro para estudo que
está baseado na leitura reflexiva do texto da apostila do curso:

Obs. Em virtude do exposto acima sugerimos a realização de, no mínimo, quatro leituras
de todo o texto, pois a cada leitura podemos apreender melhor o conteúdo. Após este estudo você
irá enviar todas as suas dúvidas para nós, onde teremos um imenso prazer em esclarecê-las. E,

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mesmo depois de respondidas, caso ainda permaneçam dúvidas, você poderá enviá-las quantas
vezes achar necessárias durante todo o mês de duração do curso.

1. Sugerimos que você imprima a sua apostila para facilitar a sua leitura.

2. O número de horas dedicadas para este curso é de, no mínimo, 16 horas, podendo ser
realizado durante 4 horas semanais em um mês de curso. (Se você desejar fazer o curso
em menos tempo dedique mais horas de estudos durante a semana. Mesmo
conseguindo fazer os seus estudos em menos tempo, você tem 30 dias de prazo para
sanar as suas dúvidas após o seu cadastramento).

3. Faça uma leitura integral de todo o texto, buscando compreender todo o seu conteúdo.
Busque nesta primeira leitura o significado das palavras desconhecidas nas notas que
se encontram no final da apostila ou num dicionário.

4. Faça uma segunda leitura marcando as partes que julgar importante.

5. Após esta leitura, reveja estas partes buscando compreendê-las através de uma
reflexão do seu significado em relação ao contexto estudado, anotando as dúvidas que
possam surgir.

6. Faça uma terceira leitura do texto após estas reflexões.

7. Faça os exercícios propostos, anotando as dúvidas. Os exercícios deverão ser


respondidos no documento próprio anexo à apostila e enviados por E-mail para nós.

8. Faça, após os exercícios, uma quarta leitura do texto teórico para melhor compreensão
do conteúdo.

9. Após esta leitura, anote todas as dúvidas surgidas e envie para o I.B.P.H para o
seguinte E-mail: cursos@plenitude.com.br, juntamente com os exercícios resolvidos.

Esta Apostila Está Devidamente Registrada Na Fundação Biblioteca Nacional – Todos Os Direitos
Reservados Ao
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É Proibida A Reprodução Por Quaisquer Meios Sem Anuência Prévia Do Autor:
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CAPÍTULO 1 – INTRODUÇÃO AO PARADIGMA HOLÍSTICO

“Todas as religiões, todas as artes e todas as ciências


são os ramos de uma mesma árvore. Todas estas
aspirações visam ao enobrecimento da vida humana,
elevando-a acima da esfera da existência puramente
material e conduzindo o indivíduo para a liberdade”.
Albert Einstein

Conceptions scientifiques, morales et sociales. Paris, Flammarion, 1952, p. 9


1
Estamos vivenciando o alvorecer de um novo paradigma , o paradigma holístico. O
desenvolvimento deste paradigma é uma resposta à separatividade e ao reducionismo criados pelas
fronteiras de um mundo baseado no paradigma newtoniano-cartesiano, onde tem-se a noção que o universo
é fragmentado e a sociedade é mecanicista e tecnicista. Esse modelo reduz e limita o Ser Humano e suas
potencialidades.

“Durante os três últimos séculos, a ciência ocidental foi dominada pelo


paradigma newtoniano-cartesiano, um sistema de pensamento baseado no trabalho do
cientista inglês Isaac Newton e do filósofo francês René Descartes. A física, tendo esse
modelo por referência, obteve progresso assombroso, granjeando uma grande
reputação entre todas as outras disciplinas. Seu uso consistente da matemática, sua
eficácia na resolução de problemas, assim como sua aplicação bem-sucedida em
várias áreas da vida cotidiana, determinou critérios para toda a ciência. A capacidade
2
de relacionar conceitos e achados básicos ao modelo mecanicista do universo
desenvolvido pela física newtoniana tornou-se um critério importante de legitimidade
científica em campos mais complexos e menos desenvolvidos como biologia, medicina,
Fig. 1 - “Sir Isaac psicologia, psiquiatria, antropologia e sociologia. No início, a firme adesão à visão
Newton” mecanicista de mundo teve um impacto muito positivo sobre o progresso científico
daquelas disciplinas. Entretanto, diante dos últimos progressos da ciência moderna, a
estrutura conceitual derivada do paradigma newtoniano-cartesiano perdeu seu poder
de revolucionário transformando-se num sério obstáculo para o progresso da pesquisa
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“Desde o início do século XX, a física passou por profundas e radicais mudanças, transcendendo a
visão de mundo mecanicista e todas as premissas básicas do paradigma newtoniano-cartesiano. Essa
extraordinária transformação tornou-se complexa, esotérica e incompreensível para a
maior parte dos cientistas que estão fora do âmbito da física. Como resultado disso,
disciplinas como medicina, psicologia e psiquiatria falharam em ajustar-se a estas
mudanças rápidas e em assimilá-las no seu próprio modo de pensar. A visão de
mundo há muito ultrapassada em física moderna continua a ser considerada científica
em outros campos, em detrimento do progresso futuro. Observações e dados que
estão em conflito com o modelo de mundo mecanicista tendem a ser descartados ou
suprimidos, e projetos que não sejam importantes para o paradigma dominante não
tem chances de levantar fundos de pesquisa. Exemplos evidentes dessa situação
podem ser encontrados na parapsicologia, nas formas alternativas de cura, na
tanatologia e em certas áreas de trabalho de campo da antropologia. A natureza anti-
Fig. 2 - “Descartes"
evolucionária e contraproducente do antigo paradigma tornou-se cada vez mais óbvia
(det), % . 0 $ %
nas duas últimas décadas, particularmente nas disciplinas científicas que estudam os
1 $+ 2 3 4 #
# 3 seres humanos. O cisma conceitual em psicologia, psiquiatria e antropologia alcançou
5 tal proporção que essas disciplinas parecem estar enfrentando uma crise profunda,
3
$ % & comparável à que a física enfrentou na época dos experimentos Michelson-Morley . Há
6 $ & 7 ( %
uma urgente necessidade de profunda mudança paradigmática que possibilite
acomodar um fluxo cada vez maior de dados revolucionários, provenientes de várias áreas, em irreconciliável
conflito com os velhos modelos. Muitos pesquisadores sentem que o novo paradigma possibilitaria uma ponte
entre o vácuo que separa a psicologia e psiquiatria tradicionais da profunda sabedoria antiga e dos sistemas
orientais de pensamento. No entanto, antes de analisar em detalhes as razões da revolução científica
vindoura e das possíveis direções que possa tomar, é necessário descrever os aspectos característicos e a
adequação do antigo paradigma, seriamente questionado nos dias de hoje.
“O universo mecanicista de Newton é um universo de matéria sólida composta de átomos,
partículas pequenas e indestrutíveis que constituem seus blocos de construção. Em essência, são passivos e
imutáveis, sendo que sua forma e massa permanecem sempre constantes. A contribuição mais importante de
Newton, que o diferenciou do modelo dos atomistas gregos, foi a definição precisa da força que atua entre as
partículas. Ele chamou a essa força de gravidade e estabeleceu que ela era diretamente proporcional às
massas envolvidas e indiretamente proporcional ao quadrado de suas distâncias. No sistema de Newton, a
gravidade é uma entidade um tanto quanto misteriosa. É vista como um atributo intrínseco dos corpos sobre
os quais atua, sendo que essa ação é exercida instantaneamente e à distância.
“Outra característica essencial do universo de Newton é o espaço tridimensional da geometria
4
clássica de Euclídes , que é absoluta, constante e sempre em descanso. A distinção entre matéria e espaço
vazio é clara e inequívoca. Do mesmo modo o tempo é absoluto, autônomo e independente do mundo
material: apresenta um fluxo uniforme e imutável vindo do passado e passando pelo presente em direção ao
futuro. De acordo com Newton, todos os processos físicos podem ser reduzidos a movimentos de pontos
materiais resultantes da força de gravidade atuando sobre eles e causando sua atração mútua. Newton
descreveu a dinâmica dessas forças por meio de uma nova abordagem do cálculo diferencial, inventada por
ele para esse fim.
“René Descartes, um dos maiores filósofos franceses, foi outra influência importante na filosofia e
história da ciência nos últimos dois séculos. Contribuiu significativamente para o paradigma dominante com
5
uma formulação extrema do dualismo absoluto entre mente (res cogitans) e matéria (res extensa), que
resultou na crença de que o mundo material pode ser descrito, com objetividade, sem referência ao
observador humano. Esse conceito foi muito útil no desenvolvimento rápido das ciências naturais e da
tecnologia, mas uma de suas principais conseqüências foi a séria negligência de uma abordagem holística
dos seres humanos, da sociedade e da vida neste planeta.

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“Ao utilizarmos o termo “paradigma newtoniano-cartesiano” devemos estar conscientes de que a


ciência mecanicista ocidental torceu e distorceu o legado desses dois grandes pensadores. Pois tanto para
Newton quanto para Descartes, o conceito de Deus era elemento essencial em suas filosofias e visão de
mundo. Newton era uma pessoa profundamente espiritual, com grande interesse em astrologia, ocultismo e
alquimia. Newton acreditava que o mundo fosse material por natureza, mas não pensava que sua origem
fosse explicada por causas materiais. Segundo ele, foi Deus quem criou inicialmente as partículas materiais,
as forças entre elas e as leis que governam seus movimentos. O universo, uma vez criado, continuaria a
funcionar como uma máquina e poderia ser descrito e compreendido como tal. Também Descartes acreditava
que o mundo existisse objetiva e independentemente do observador humano. Para ele, entretanto, essa
objetividade tinha como base a percepção constante de Deus.
“O modelo newtoniano-cartesiano, em suas numerosas ramificações e aplicações, provou seu
sucesso em diversas áreas do conhecimento, tendo proporcionado uma explicação compreensiva dos
mecanismos básicos do sistema solar, e sendo eficazmente aplicado para a compreensão do movimento
contínuo dos fluidos, da vibração dos corpos elásticos e da termodinâmica. Constitui-se como base e força
propulsora dos incríveis progressos das ciência naturais dos séculos dezoito e dezenove.
“As disciplinas que se moldaram segundo Newton e Descartes elaboraram, em detalhes, uma
imagem do universo como sendo um imenso e complexo sistema mecânico, composto por um conjunto de
matéria inerte e passiva, que se desenvolve sem a participação da consciência ou de inteligência criativa. A
6
evolução do cosmos foi supostamente governada somente por cegas forças mecânicas desde o Big Bang ,
através da expansão inicial das galáxias até a criação do sistema solar e dos processos geofísicos que
criaram o planeta. De acordo com esse modelo a vida originou-se acidentalmente no oceano primordial,
como resultado de reações químicas randômicas (ao acaso). Do mesmo modo a organização celular da
matéria orgânica e a evolução de formas mais avançadas de vida ocorreu mecanicamente, sem a
participação de um princípio inteligente, através de mutações genéticas randômicas, com a seleção natural
garantindo a sobrevivência dos mais aptos. Eventualmente esses fatos resultaram em um sistema
7
filogenético ramificado de espécies hierarquizadas em níveis progressivos de complexidade.
“A ciência mecanicista tenta explicar fenômenos tais como inteligência humana, arte, religião, ética
e até a própria ciência como produtos dos processos materiais do cérebro. A probabilidade de que a
inteligência humana tenha se transformado no que é, do limo químico do oceano primordial até hoje, somente
através de seqüências randômicas de processos mecânicos, foi recentemente comparada à probabilidade de
um ciclone, soprando através de um gigantesco ferro-velho, produzir por acidente um Jumbo 747. Esta
8
hipótese altamente improvável, uma afirmação metafísica que não pode ser provada pelos métodos
científicos existentes, e longe de ser uma fonte científica de informação, como sustentado ferozmente pelos
A
seus proponentes, é, no presente estágio do conhecimento, nada mais que o mito-guia da ciência ocidental”

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A
Grof, S. Além do Cérebro- Ed. McGraw-Hill- 1ª ed. 1988 p.11,12,13,16
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!
“As primeiras décadas deste século trouxeram descobertas inesperadas na física, que
fragmentaram os próprios fundamentos do modelo newtoniano do universo. Os marcos basilares desse
desenvolvimento foram dois artigos publicados por Albert Einstein em 1905. No primeiro ele formulou os
9
princípios de sua teoria especial da relatividade e, no segundo, sugeriu uma nova maneira de olhar a luz, o
que, mais tarde, foi aperfeiçoado por um grupo de físicos na teoria quântica do processo atômico. A teoria da
relatividade e a nova teoria atômica solaparam todos os conceitos básicos da física newtoniana: a existência
de tempo e espaço absolutos, a natureza sólida do universo, a definição de forças físicas, o sistema
estritamente determinístico da explicação e o ideal de descrição objetiva dos fenômenos sem a inclusão do
observador. De acordo com a teoria da relatividade, o espaço não é tridimensional e o tempo não é linear;
nenhum deles é um entidade separada. Eles são intimamente entrelaçados e formam um continuum
quadridimensional chamado “espaço-tempo”. O fluir do tempo não é constante e uniforme como no modelo
newtoniano; ele depende da posição do observador e de suas velocidades relativas com referência ao
acontecimento observado. Além do mais, a teoria geral da relatividade, formulada em 1915 afirma que o
espaço-tempo é influenciado pela presença de objetos maciços. As variações no campo da gravidade, em
diferentes partes do universo, têm um efeito de curvatura no espaço que faz o tempo fluir em diferentes
velocidades.” (Estes postulados da física quântica-relativista explicam vários fenômenos que ocorrem com o
ser humano em experiências transpessoais, conforme poderemos estudar e vivenciar nos Cursos de
Autoconhecimento do Instituto Brasileiro de Plenitude Humana).
10
Fig. 3 - "Albert Einstein" “A física quântica sugere um modelo científico do universo em
8 ( & % %
agudo contraste com o modelo da física clássica. A nível
( $ 99 : + :
'$ + $ * subatômico, o mundo dos objetos materiais sólidos se dissolve em
: # : 4: um complexo modelo de ondas de probabilidade. Além disso, uma
: ;$ $ análise cuidadosa de processos de observação mostrou que as
% % * % < %
) % = 5 7 $
partículas subatômicas não têm significado como entidades
2 = % & % isoladas; elas só podem ser entendidas como interconexões entre
5 a preparação de um experimento e a subseqüente mensuração.
As ondas de probabilidade não representam assim, em última
instância, probabilidades de coisas, mas probabilidades de
interconexões.
“A exploração do mundo subatômico não termina com a descoberta do núcleo atômico e dos
elétrons. Em primeiro lugar, o modelo atômico ampliou-se para incluir três “partículas elementares”: o próton,
nêutron e o elétron. À medida que os físicos aperfeiçoavam suas técnicas experimentais e desenvolviam
novas invenções, o número de partículas subatômicas continuou crescendo e, no presente, seu número
chega a centenas. Durante essas experiências tornou-se claro que uma teoria completa de fenômenos
subatômicos deve incluir não apenas a física quântica mas também a teoria da relatividade porque a
velocidade das partículas envolvidas aproxima-se freqüentemente da velocidade da luz. Segundo Einstein, a
massa nada tem a ver com a substância, mas é uma forma de energia. A equivalência das duas é mostrada
2 B
em sua famosa equação E = mc , onde E= energia, m= massa, c= velocidade da luz ao quadrado.”
(Maiores esclarecimentos sobre a física quântica e a psicologia poderão ser obtidos no Curso Física
Quântica E Psicologia Transpessoal)
No último século graças ao desenvolvimento destes postulados da física quântica a ciência tem-se
encaminhado rapidamente em direção ao paradigma holístico. Façamos uma retrospectiva da situação em
que se encontra este paradigma no ocidente.
A abordagem holística é praticada no oriente nas ciências e filosofia, há milênios, como é o caso
da medicina com utilização da acupuntura, da yoga, medicina ayurvédica, do taoísmo, etc. No ocidente é que

B
Grof, S. Além do Cérebro- Ed. McGraw-Hill- 1ª ed. 1988 p.36,37 E 38
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essa prática é relativamente nova, pois, somente agora é que esta abordagem vem ganhando campo entre
as ciências e filosofias ocidentais.
A palavra “holístico(a)” não é encontrada em nossos dicionários tradicionais de Língua Portuguesa.
O que encontramos é a palavra holismo que significa “a tendência, que se supõe seja própria do Universo, a
C
sintetizar unidades em totalidades organizadas” . Por este e vários outros motivos aconteceu uma distorção
no emprego e definição da mesma. A grande maioria das pessoas tem hoje uma relação errônea com esta
abordagem, através dos movimentos pseudo-esotéricos, que utilizaram esta palavra, desconhecida pela
maioria da população, para divulgar e buscar aceitação dos mesmos. Porém a sua realidade é científica e
muito lógica.
A palavra holismo foi criada por SMUTS ( Filósofo sul-
africano lançado na Europa por Alfredo Adler), e que em 1926 escreveu
e publicou o livro “Holism and Evolution”. Ele foi o primeiro autor a
empregar a palavra “holística”, além do termo “holismo”, que designa
uma força vital responsável pela formação de conjuntos; esta mesma
força seria a formadora dos átomos e moléculas, no plano físico; da
célula, no plano biológico; das idéias, no plano psicológico; e da
personalidade, no plano espiritual. O próprio universo seria um conjunto
em constante formação
A palavra Holística vem do grego holos, que significa “todo”,
"inteiro". Holística é, portanto, um adjetivo que se refere ao conjunto, ao
"todo", em suas relações com suas “ partes”, à inteireza do mundo e dos
seres.” Disso resulta o princípio holístico que diz que o “todo” é maior que > ' 8 6 : + %
a soma de suas partes”. : % % : %
; : )* : & '$
O paradigma holístico não se opõem ao paradigma : % %
mecanicista por entender que este está contido dentro daquele. É apenas : % ; % $ : % %
uma parte do todo. O erro é achar que tudo no universo pode ser explicado : + % $ + >: %
+ * % : % ? @ ;
de forma cartesiana e mecânica. Podemos representar graficamente estes : % ; '$ : %
dois paradigmas da seguinte forma:

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!
Observamos nos nossos dias muitos movimentos em todo o mundo cujos princípios são
holísticos. Estes movimentos surgiram a partir de uma necessidade da sociedade cansada do mecanicismo

C
Ferreira, Aurélio B.H. Novo Dicionário Aurélio – Ed. Nova Fronteira
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reducionista, estando presentes na vida de todos nós, mesmo que não saibamos que os seus princípios são
holísticos. Têm como conseqüência ampliar a forma de se perceber as coisas sem contudo negar a forma
mecanicista que é útil em muitos pontos, pois, como vimos anteriormente, a visão mecanicista é apenas uma
parte do todo e, ao se ampliar a abordagem, chegamos à visão holística.
Vejamos alguns destes movimentos:

!
Visão reducionista: gera a pseudo auto-suficiência, na qual cada país tenta se isolar dos
demais impondo barreiras comerciais, culturais, étnicas, etc. Quando acentuada fomenta as guerras, a
hegemonia e a opressão de um país ou de um povo sobre o outro. Se observarmos a história da humanidade
veremos que todas as guerras, todos os conflitos étnicos têm a sua origem nessa forma de se perceber o
mundo. Pensamentos como: “O meu país é melhor, mais poderoso que o seu”; “A minha raça é mais pura
que a sua”, estão por trás de todos os conflitos.
Visão holística: gera a cooperação entre os países e povos. Inicialmente essa cooperação
tende a ter como mola mestra a economia. Por exemplo: vemos hoje uma Europa unida formando a União
Européia, pois percebeu-se que os países unidos são mais fortes do que separados. “O todo é maior que a
soma de suas partes”. Antes com base no reducionismo o que víamos na Europa: os países em guerras
constantes, buscando a hegemonia uns sobre os outros. Estudando-se a história contamos até o fim da 2ª
guerra mundial centenas de conflitos entre os vários países da Europa. Hoje, com o objetivo de se
fortalecerem mutuamente países que sempre se consideraram inimigos e rivais como a Alemanha e a
França, a França e a Inglaterra, encontram-se unidos. Poder-se-ia argumentar que essa união é baseada
puramente em interesses materiais. Mas esse é o primeiro passo para a união baseada em princípios éticos
e morais.

Visão reducionista: a medicina foi uma das ciências que mais progrediu a partir do paradigma
newtoniano-cartesiano. Durante os 300 anos de vigência deste paradigma a medicina saiu das trevas da
ignorância da idade média, para a descoberta de meios diagnósticos e tratamento de inúmeras doenças,
especialmente neste século. Com a tecnologia gerada pela ciência no século XX, temos hoje instrumentos
sofisticadíssimos para o diagnóstico e tratamento de inúmeras doenças, tais como tomografia
computadorizada, ressonância magnética, exames nucleares, densitometria óssea, quimioterapia,
radioterapia, antibiotecoterapia, hormonioterapia, etc., paradoxalmente o Ser Humano está cada vez mais
doente. Quando se consegue a cura para determinadas doenças, surgem outras ainda mais destrutivas. Sem
contar o desencanto dos chamados “pacientes” com a frieza com que são tratados, como se fossem apenas
corpos de carne e osso a adoecerem, precisando ser consertados pelos médicos e outros profissionais de
“saúde”. A medicina materialista do século XX reduz o Ser Humano à sua doença. “Acabar” com a doença é
a sua finalidade, mesmo que para isso, a pessoa doente tenha que ser exposta a inúmeros sofrimentos,
principalmente o sofrimento psicológico, em decorrência da forma como são tratadas, como “máquinas”
desajustadas a serem recuperadas.
Visão holística: felizmente, dentro da própria medicina do século XX, vem ganhando espaço,
cada vez mais intensamente, a medicina holística. Uma forma integral de ver o ser humano, nos aspectos
biológico, psíquico, social e espiritual. Para a medicina holística conquistar a saúde não é simplesmente
acabar com doenças, é buscar a harmonia em todos estes aspectos. Em conseqüência deste paradigma o
Ser Humano é tratado como ele deve ser, com amor e respeito. Para os profissionais com uma visão holística
de saúde todos os avanços da medicina materialista não devem ser desprezados, mas utilizados de forma
inteligente a favor do Ser Humano que está doente, ajudando-o, não a acabar com as suas doenças, mas
como instrumentos úteis, paliativos, para que posteriormente ele se libere das doenças mudando a forma de
proceder, ressignificando comportamentos e atitudes geradores de doenças e com isso conquistando a
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saúde integral. Com o objetivo de auxiliar neste processo tem se tornado cada vez mais evidente o papel da
Medicina Psicossomática, da Medicina Homeopática reconhecida como especialidade médica em vários
países, inclusive no Brasil, a Acupuntura também reconhecida como especialidade médica no Brasil, todas
como instrumentos bastante valiosos para proporcionar reflexões com o intuito de mudar este processo de
focalizar a doença para focalizar a saúde do Ser Humano.
(Maiores esclarecimentos sobre a forma holística de se analisar a saúde poderão ser obtidos
nos Cursos: Saúde Integral, A Cura Através Da Mente E Saúde Das Emoções I A V)

Visão reducionista: o paradigma reducionista na psicologia tem limitado o Ser Humano às suas
neuroses e psicoses quando trata das doenças da mente humana geradoras do sofrimento, da angústia e da
11
dor, como vemos na abordagem psicanalítica ou, no máximo, ao seu comportamento, comparando-o com
12
os animais, como no behaviorismo . Estas abordagens psicológicas, inclusive, ignoram propositadamente a
própria definição de psicologia. Segundo a Encyclopaedia Britannica O termo psicologia origina-se da junção
de duas palavras gregas: psiché, "alma", e lógos, "tratado", "ciência". Ora se a psicologia é a ciência da alma,
ignorar tudo aquilo que é patrimônio da alma imortal como tem feito estas duas correntes da psicologia é
reduzir o Ser Humano apenas aos seus comportamentos ou pior ainda às suas doenças psíquicas.
Visão holística: como uma reação a estas duas correntes da psicologia surgiu inicialmente a
psicologia humanista, dando uma conotação mais humana as abordagens psicológicas, especialmente,
buscando perceber um estado de saúde da mente humana e ver o ser humano além dos seus
comportamentos. Com a evolução dessa corrente surgiu a psicologia transpessoal, que vai mais além, pois
estuda e trata o Ser Humano de uma forma mais profunda, espiritual, holística, dando margem ao
entendimento de inúmeros fenômenos que estaremos analisando no próximo CAPÍTULO deste curso.

" #
Visão reducionista: o reducionismo nas organizações produziu as grandes empresas
burocráticas, especialmente no setor público, mas também no privado. Nesta visão as organizações devem
ser dirigidas por alguns poucos (chefes, gerentes) que sabem porquê, para quê e quando fazer e por isso
mandam e muitos (subalternos) que só sabem o quê e como fazer e por isso devem obedecer sem
questionar e cumprir com aquilo para os quais foram contratados. Esta visão proporcionou inúmeras
distorções gerando um excessivo controle de todo o processo produtivo, resultando numa ineficiência que
emperra as organizações que funcionam conforme este modelo.
Visão holística: nos últimos 10 anos vem ganhando campo uma nova abordagem formada pela
Cultura Organizacional Holística, na qual se valorizam todos os Seres Humanos que fazem parte integrante
do processo produtivo, onde todos tem a mesma importância, apesar de terem funções e graus de
responsabilidades diferentes. Esta forma de abordar a organização tem como resultado um aumento da
eficiência do processo produtivo, pois, estimula a criatividade, a motivação, o envolvimento com o processo,
onde todos são convidados a pensar sobre a melhor forma de se conduzir o trabalho. Valorizam-se a
liderança e o trabalho em equipe onde os valores éticos do respeito, solidariedade e amor devem ser
cultuados em prol do todo: organização, colaboradores, comunidade, etc.
(Maiores esclarecimentos sobre como desenvolver uma Cultura Organizacional Holística
poderão ser obtidos nos Cursos Profissionais: Série Executiva, Série Motivação Profissional, Série
Aprimoramento Técnico-Profissional)

Visão reducionista: o que hoje em dia se denomina “educação” é muito freqüentemente


confundido com “ensino”. O ensino se dirige exclusivamente às funções intelectuais e sensoriais. A
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intelectualização é levada a extremos. O importante é saber todos os processos racionais e científicos, sem
contudo, refletir o que fazer com este conhecimento. A ênfase está na razão
Visão holística:. Uma proposta holística de educação tende a despertar e desenvolver tanto a
razão quanto a intuição, a sensação e o sentimento. O que se busca é uma harmonia entre essas funções
psíquicas. Isso corresponde, no plano cerebral, a um equilíbrio entre os lados direito e esquerdo do cérebro,
e a uma circulação harmoniosa de energia entre as camadas corticais e subcorticais e em todo o sistema
cérebro-espinhal. Enquanto o ensino enfatiza o conteúdo de um programa, a aquisição de um conjunto
de conhecimentos, a proposta holística demonstra como cada situação da existência constitui uma
oportunidade de aprender, refletindo sobre o objeto do aprendizado.
(Maiores esclarecimentos sobre a forma holística de se analisar a educação poderão ser obtidos
nos Cursos: Educando Com Competência Essencial, Como Lidar Com Adolescentes, Educação Com
Amor)

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Visão reducionista: a abordagem reducionista na família é uma conseqüência da educação
fragmentada. Somos ”educados” desde criança, seja em família, seja na escola a esconder e reprimir as
emoções e sentimentos. Somos “mal-educados” a “engolir” o choro, a sermos “bonzinhos”, a fazer tudo
“certinho”, etc. Com isso criamos inúmeras máscaras para aparentar aquilo que temos dificuldade em ser,
gerando inúmeras distorções seja no relacionamento conjugal, seja no relacionamento entre pais e filhos.
Visão holística: a visão holística da realidade leva as pessoas a uma relação interpessoal mais
autêntica em família, onde busca-se aprender e crescer com as dificuldades de relacionamento,
transformando as relações através do desenvolvimento do amor, do respeito mútuo, do prazer e da alegria da
convivência.
(Maiores esclarecimentos sobre a forma holística de se analisar as relações em família poderão
ser obtidos nos Cursos: Relacionamento Conjugal, Relacionamento Entre Pais E Filhos E Educando
Filhos Com Competência Essencial)

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“O século XX está acabando em um paradoxo : as ciências, a tecnologia de ponta e o conforto
material das sociedades avançadas chegam a níveis jamais imaginados, e entretanto, os indicadores de
tensões humanas elevaram-se a índices alarmantes. O tráfico internacional de drogas alimenta novos
mercados de viciados e mobiliza anualmente bilhões de dólares em negócios. O consumo do álcool cresce
nas mesmas proporções. A angústia, a depressão, a ansiedade e o aumento do índice de suicídios são
encarados como “normais” em nosso dia-a-dia. O crescimento de distúrbios neurovegetativos segue o
mesmo caminho, e o atendimento psiquiátrico bate recordes em todos os continentes. Os grandes
laboratórios faturam alto em lançamentos de diversas drogas psicotrópicas. Cresce a violência e o
vandalismo entre os jovens nos grandes centros urbanos do mundo inteiro. Ações incabíveis das polícias
nacionais são observadas como fatos corriqueiros. As pessoas adaptam-se passivamente a toda esta brutal
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“normalidade”. Habitamos um mundo com poucas vivências amorosas; estas são substituídas pela ilusão e
pela agressão. Nas populações de baixa renda, o quadro é mais instável e caótico. A desesperança leva as
D
pessoas à busca de ilusões e ao não-comprometimento com a responsabilidade social.”
Muitos dizem que, por tudo isso, o mundo está caminhando para uma catástrofe sem
precedentes. Sabemos que se permanecermos tendo uma visão mecanicista dos fatos isso realmente pode
acontecer. Mas apesar de todos os problemas atuais percebemos todo um movimento de renovação, através
de uma visão positiva do mundo, baseada no paradigma holístico. Analisando-se a situação atual por esse
paradigma notamos que o nosso planeta passa por uma profunda transformação, uma verdadeira revolução
em toda a sociedade nos mais diferentes aspectos. Vivemos hoje um momento de caos, onde todos os
valores sociais estão sendo questionados. Sabe-se que quando a situação encontra-se caótica é o início de
um processo de profundas mudanças. Diferentemente do caos, catástrofe significa um acontecimento trágico,
calamitoso, um desastre. Portanto caos não é sinônimo de catástrofe mais sim de transformação. E é
exatamente isto o que está ocorrendo, observando-se as coisas dentro de uma visão holística.
Fazendo uma analogia, vivemos hoje em nossa sociedade um momento semelhante ao instante
que um furúnculo vem a furo. Quem observa um furúnculo ser drenado e não conhece nada do processo,
pode achar que a pessoa portadora do furúnculo está muito mal, pois ele está vendo muito pus misturado
com sangue, o odor que se desprende é insuportável, enfim o observador poderá pensar que essa pessoa
está apodrecendo viva, não é verdade? Mas quem tem o mínimo conhecimento de medicina ou de higiene
sabe que essa pessoa cujo furúnculo está sendo drenado está começando o seu processo de cura,
justamente porque aquele processo infeccioso que poderia ameaçar a sua saúde está sendo eliminado.
Então, com base nesta analogia, este momento por que passamos trata-se de uma fase em que todo o
planeta está sendo drenado do pus social acumulado durante séculos. Quem observar este fato
isoladamente tenderá a achar que o planeta está muito pior, mas, como um paradoxo, basta fazer uma
análise mais profunda para perceberemos que o mundo está muito melhor do que antes e que tende a se
tornar cada vez melhor nos próximos anos. No entanto essa melhoria não acontecerá de uma forma mágica
ou miraculosa. Como toda transformação social, esta exigirá o esforço de cada um fazendo a sua parte para
obtermos um mundo melhor, pois como nos diz Geraldo Vandré na música Pra não dizer que não falei das
flores: “Quem sabe faz a hora não espera acontecer”.
A seguir apresentamos as diferenças entre as abordagens mecanicista e holística, com relação
ao momento vivenciado pela humanidade:

D
Oliveira, M. Energia emocional - base para gerência eficaz - MAKRON EDITORES

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(Maiores esclarecimentos sobre a forma holística de se analisar o mundo atual e o futuro
poderão ser obtidos nos Cursos: O Ser Em Evolução, Desenvolvimento Organizacional Holístico,
Aprimoramento De Liderança I, Ii E Iii)

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CAPÍTULO 2 – INTRODUÇÃO À PSICOLOGIA TRANSPESSOAL

-
A Psicologia é a ciência dos fenômenos psíquicos e do comportamento. Entende-se por
comportamento uma estrutura vivencial interna que se manifesta na conduta.
A psicologia transpessoal é denominada de quarta força da psicologia. Antes de abordar a história
da psicologia transpessoal, façamos um breve relato da história da psicologia no ocidente.
A psicologia ocidental originou-se na Grécia por volta do ano 500 a.C. dentro da Filosofia, onde
14 15
alguns filósofos iniciaram cogitações sobre a psique humana. Destacam-se Sócrates , Platão e
16
Aristóleles como grandes filósofos que criaram a base da filosofia ocidental.
No século XIX, no período de 1832 a 1860 na Universidade de Leipzig, Alemanha, é que a
psicologia surgiu como ciência separada da filosofia através do estabelecimento de métodos e princípios
teóricos aplicáveis ao estudo e de grande utilidade no estudo e tratamento de diversos aspectos da vida e da
sociedade humana.
A teoria psicológica tem caráter interdisciplinar por sua íntima conexão com as ciências biológicas e
sociais e por recorrer, cada vez mais, a metodologias estatísticas, matemáticas e informáticas. Não existe,
contudo, uma só teoria psicológica, mas sim uma multiplicidade de enfoques, correntes, escolas, paradigmas
e metodologias concorrentes, muitas das quais apresentam profundas divergências entre si.
Modernamente a psicologia é divida em quatro grandes correntes denominadas forças:
1ª FORÇA: Behaviorismo ou Psicologia Comportamental – criada por John B. Watson17 .
Reformulou os conceitos de consciência e imaginação, negando o valor da introspecção. Watson rejeitou
tudo o que não pudesse ser mensurável, replicável ou observável em laboratório. Segundo ele, somente o
comportamento manifesto era possível de ser validado cientificamente. Os estudos posteriores
demonstraram que essa postura não era correta em alguns aspectos, mesmo assim os estudos de Watson
foram determinantes para a expansão da psicologia.
18
2ª FORÇA: Psicanálise – criada por Sigmund Freud , o estudo psicanalítico focaliza
prioritariamente a patologia e o extremo sofrimento diante da própria impotência e da limitação humana.
Freud teve inúmeros seguidores e muitos de seus postulados sobre a psique continuam válidos e dão
suporte às outras escolas que se desenvolveram a partir da psicanálise. Freud também teve dissidentes que
evidenciaram outros aspectos importantes da psique humana que ele não admitia. O principal discípulo de
19
Freud foi Carl Gustav Jung que é considerado um dos precursores da Psicologia Transpessoal devido aos
seus inúmeros estudos sobre o ocultismo.
3ª FORÇA: Psicologia Humanista - surgiu nos Estados Unidos e na Europa, na década de 50,
como reação explícita ao behaviorismo e a analogia entre o Ser Humano e a máquina e que colocava à
margem do seu objeto de estudo os fatores afetivos e emocionais. O humanistas reagiam a essa opção
metodológica pela exclusão da emoção, que consideravam inerente e fundamental no ser humano. A visão
do Ser Humano no humanismo é a de um ser criativo, com capacidades de auto-reflexão, decisões, escolhas
20
e valores. Abraham Maslow é considerado fundador desse movimento. A respeito da psicanálise Maslow
afirmou que Freud se deteve na doença e na miséria humana e que era necessário considerar os aspectos
saudáveis, que dão sentido, riqueza e valor à vida. Uma das funções da forma humanista de se analisar a
psicologia é resgatar o sentido da vida próprio da condição humana. Maslow afirmava que o homem seria um
ser com poderes e capacidades inibidas. Adoecemos, não só por termos aspectos patológicos, mas, muitas
vezes, por bloquearmos elementos saudáveis.
4ª FORÇA: Psicologia Transpessoal – a partir das idéias exaradas na psicologia humanista surgiu
a 4ª força. Maslow acreditava que vivenciar o aspecto transcendente era importante e crucial em nossas
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vidas. Pensar de forma holística, transcendendo dualidades como certo, errado, bem ou mal, passado,
presente e futuro é fundamental. Maslow declarava que sem o transcendente ficaríamos doentes, violentos e
niilistas, vazios de esperança e apáticos. Na segunda edição do livro “Introdução a Psicologia do Ser” Maslow
anuncia o aparecimento da quarta força em psicologia – para além dos interesses personalizados, mais
elevada e centrada no cosmo. Algo maior do que somos e que seja respeitado por nós, e ao qual nos
entregamos num novo sentido não materialista. Vitor Frankl, Stanislav Grof, James Fadiman e Antony Sutich
uniram-se a Maslow e oficializaram, em 1968, a Psicologia Transpessoal, enfocando o estudo da consciência
e o reconhecimento dos significados das dimensões espirituais da psique. Esse evento foi anunciado por
Antony Sutich, em seu artigo Transpersonal Psychology.

)
Podemos conceituar PSICOLOGIA TRANSPESSOAL como “o estudo e aplicação dos diferentes
níveis de consciência em direção à unidade fundamental do ser. A visão de mundo, na transpessoal, é a de
um todo integrado, em harmonia, onde tudo é energia, formando uma rede de inter-relações de todos os
E
sistemas existentes no universo.”
A Psicologia Transpessoal é uma ciência holística que estuda o ser humano em sua totalidade,
abrangendo outros enfoques científicos, tais como: Medicina, Antropologia, Sociologia, Física, Química,
Biologia, Astronomia e Metafísica. Tem como objeto de estudo os estados de consciência que transcendem
a pessoa e o conceito de ego.
“A Psicologia Transpessoal estuda especialmente os estados de consciência e se interessa
especialmente pelo estudo do estado de consciência transpessoal. É a Escola de Psicologia que pesquisa
num nível científico a espiritualidade. Entretanto, é importante frisar que a Psicologia Transpessoal não é
religião, nem parapsicologia, apesar de se interessar e investigar, quando necessário estes aspectos e
F
contextos da mente humana.”

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A Psicologia Transpessoal como vimos é uma ciência holística que busca transcender os aspectos
pessoais do ser, elevando-o a uma condição totalmente espiritual. Está baseada na física moderna
subatômica, cujo modelo quantum-relativístico busca apresentar um ponto de vista integrado da teoria de
quantum e relatividade, onde o Universo todo (matéria/energia) é uma entidade dinâmica em constante
mudança num todo indivisível.
Fritjof Capra em seu livro o “Tao da Física” nos diz que: “Na física moderna, o universo é então
experimentado como um todo dinâmico e inseparável que sempre inclui o observado de uma maneira
essencial. Nessa experiência, os conceitos tradicionais de espaço e tempo, de objetos isolados e causa e
H
efeito, perdem o seu sentido”.
21
Baseado na física quântica Pierre Weil elaborou uma síntese, onde afirma:

E
Saldanha, Vera – A Psicoterapia Transpessoal – 1ª ed. – Editora Komedi – Campinas – 1997 – p. 32 e 33.
F
Matos, Leo – Psicologia Transpessoal: Explorando os vários estados de Consciência – Caderno de Debates Plural número 4
Junho 1992 – p. 11
H
Capra, F. – O Tao da Física – Ed. Cultrix

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Existem sistemas energéticos inacessíveis aos nossos cinco sentidos, mas registráveis por
outros sentidos.
Tudo na natureza se transforma e a energia que a compõe é eterna.
A vida começa antes no nascimento e continua depois da morte física.
A vida mental e espiritual formam um sistema suscetível de se desligar do corpo físico.
A vida individual é inteiramente integrada e forma um todo com a vida cósmica.
A evolução obtida durante a existência individual continua depois da morte física.
A consciência é energia, que é vida, no sentido mais amplo: não apenas a vida biológica, física,
mas também a da natureza, do Espírito, a vida-energia, infinita na suas mais diferentes
expressões.
Fonte: As Fronteiras da Evolução e da Morte - Pierre Weil – 4ª Ed. Editora vozes – Petrópolis - 1990
Maiores esclarecimentos sobre a física quântica e a psicologia poderão ser obtidos no Curso
Física Quântica E Psicologia Transpessoal)

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A Psicologia Transpessoal é “um instrumento de pesquisa da natureza essencial do Ser”I. A
abordagem da Personalidade em Psicologia Transpessoal transcende a visão de personalidade de outras
correntes psicológicas.
Podemos dividir, didaticamente, a personalidade humana em 2 partes: Ser Essencial e Ego. O Ego
é subdividido em 2 partes: Face evidente do Ego e Face Mascarada do Ego.
• SER ESSENCIAL – O Ser Essencial é o nosso lado luz, o nosso lado amoroso, bom e belo. É a
Essência Divina que somos. Somos nós em estado de luz natural, onde encontramos todas as
potencialidades de forma latente que vão emergir e se desenvolver, aos poucos, a partir do momento
da identificação consigo mesmo, cujo ponto culminante é o estado de iluminação. Originam-se no Ser
Essencial todos os sentimentos nobres que fazem parte da nossa personalidade: bondade,
fraternidade, solidariedade, ética, justiça, sinceridade, tolerância, amizade, auto-estima, etc. Enfim
todos os sentimentos que se originam da energia de amor que o compõe.
• EGO – é a camada de ignorância, o nosso lado sombra que envolve o Ser Essencial, onde ficam
registradas as experiências negativas, equivocadas que realizamos ao longo da vida. É composto de 2
partes:
• FACE EVIDENTE DO EGO – é a parte do ego bem evidente, onde ficam registrados todos os
sentimentos negativos que se originam da energia de desamor que o compõem. Exemplo: ódio,
raiva, mágoa, ressentimento, angústia, depressão, ansiedade, desespero, medo, pânico,
violência, cólera, etc. Todos os sentimentos negativos que fazem parte da nossa personalidade
e que se originam da energia de desamor presente no ego.
• FACE MASCARADA DO EGO – é a parte do ego disfarçada, mascarada, onde o ego lança mão
dos seus instrumentos de defesa e fuga. As máscaras originam-se da energia de pseudo-amor,
onde a pessoa consciente ou inconscientemente mascara os sentimentos negativos com
sentimentos aparentemente positivos. Exemplo: euforia, autocompaixão, perfeccionismo,
pseudoperdão, etc. Observando-se os sentimentos mascarados superficialmente tem-se a
impressão que eles são bons e belos, mas se os analisarmos profundamente perceberemos que

I
Walsh, Roger & Vaughan, Frances – Além do Ego – Ed. Cultrix – 1ª ed. – São Paulo – 1997 – p.18
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eles são essencialmente falsos, parecem belos mas não são, pois originam-se da energia do
pseudo-amor.
Vejamos agora através de um esquema didático representado por 3 esferas concêntricas: A camada
mais interna representa o Ser Essencial, a intermediária e externa representam o Ego, sendo a primeira a
face evidente do ego e a segunda a face mascarada do ego. (Fig. 5)

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A psicoterapia e a educação transpessoal têm como objetivo identificar e desenvolver os
potenciais existentes em forma latente no Ser Essencial, bem como aprimorar aqueles que já se encontram
desenvolvidos e, ao mesmo tempo, permitir a transmutação das energias que compõem o Ego,
transformando o desamor e o pseudo-amor em amor.

A psicoterapia transpessoal realiza este objetivo através de uma ação direta, terapêutica,
permitindo a transformação das pessoas, através do auto-encontro, da busca do amor a si mesmas e aos
outros.
A educação transpessoal realiza este objetivo permitindo, através de uma ação educativa e
reflexiva, a transformação das pessoas, possibilitando o auto-encontro e a busca do amor a si mesmas e aos
outros.

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Podemos dizer então que a psicoterapia e a educação transpessoal tem como missão principal ir
em busca da realidade mais profunda, essencial do Ser, muito além do Ego, desenvolvendo aquilo que
denominamos COMPETÊNCIA ESSENCIAL, que é uma forma amadurecida de se lidar com a vida,
permitindo ao ser responder a questionamento profundos sobre quem ele é, por que está aqui, para onde vai,
qual o sentido da vida, por que do sofrimento e da dor, etc. Desenvolver a Competência essencial é buscar o
equilíbrio, a harmonia entre os extremos, buscar o amor entre o extremos do desamor e do pseudo-amor.
Com o objetivo de colaborar com essa grande missão da Psicologia Transpessoal é que o Instituto
Brasileiro de Plenitude Humana® mantém uma atuação constante em serviços de Psicoterapia e Educação
Transpessoal. Possibilitamos às pessoas estes serviços em nossa sede e, agora, estamos oportunizando,
através da Internet, o acesso mais amplo à Educação Transpessoal através dos nossos cursos realizados à
distância.

CAPÍTULO 3 – O QUE É COMPETÊNCIA ESSENCIAL


Conforme vimos no CAPÍTULO anterior COMPETÊNCIA ESSENCIAL é a competência que se
origina a partir do desenvolvimento dos potenciais latentes que se encontram no Ser Essencial, gerando um
ser amadurecido psicológica e espiritualmente, em busca de um constante aprimoramento. Os indivíduos
que possuem competência essencial estão sempre buscando analisar as questões da vida de uma forma
transpessoal, profunda, sagrada, tendo como resultado maior produtividade, esperança, entusiasmo e
realização, pois sabem como se comportar frente aos desafios da vida.
21
Já os indivíduos em que falta o sentido do sagrado da vida, que vivem de maneira egóica , fogem
de si mesmos recusando-se a tratar esses desafios com seriedade e profundidade , gerando um
empobrecimento, uma falta de sentido da vida.
A competência essencial vai além da competência emocional, hoje tão propalada, que é fruto da
22
aplicação dos conceitos da Inteligência emocional, criados pelo psicólogo transpessoal Daniel Goleman .
Para entendermos melhor o que é competência essencial, precisamos compreender um conceito de
crucial importância a cerca da personalidade humana em uma abordagem transpessoal.
No CAPÍTULO anterior vimos o conceito de Ser Essencial e Ego e agora estaremos vendo essas
duas facetas de nossa personalidade dentro do conceito de IMPERMANÊNCIA.
A impermanência é um conceito oriental que significa aquilo que é mutável, transitório. Com base
nesse conceito podemos dizer que o Ser Essencial é a face da nossa personalidade que é PERMANENTE e
o Ego IMPERMANENTE. Então SOMOS ESSENCIALMENTE LUZ e AMOR e TEMOS UM EGO,
ESTAMOS, muitas vezes, com DESAMOR E PSEUDO-AMOR.
Desenvolver a Competência Essencial é saber distinguir aquilo que é permanente e o que é
impermanente em nós, isto é, saber discernir sobre os nossos sentimentos, de modo a identificar os
sentimentos egóicos evidentes e mascarados e poder transmutá-los em sentimentos essenciais.
Para que possamos entender melhor este conceito vamos analisar um caso real, em que aparecem
dificuldades muito comuns no relacionamento entre as pessoas. (os nomes dos personagens são fictícios)
Eleonora de 28 anos, solteira, vive com a mãe D. Luisa de 58 anos. Eleonora tem muito
ressentimento e mágoa em relação à mãe, que é uma senhora muito dominadora e autoritária. Eleonora
sente que a mãe lhe proporcionou uma educação muito castradora e repressora, chegando a ponto de
sufocá-la. Por isso cultiva este sentimento de mágoa, chegando muitas vezes a quase odiar a mãe, segundo
as suas palavras. Quando tem estes sentimentos sente-se muito culpada. Ela pensa: “como eu posso ter
tanto rancor da minha própria mãe?”. Ela que sempre procurou ser uma boa filha.
Em virtude disso ela busca reprimir esses sentimentos fazendo todas as vontades da mãe, mesmo
contra a sua vontade. Ela procura ser uma boa filha fazendo o que a mãe deseja, mesmo quando isso só diz
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respeito a ela, como por exemplo: a escolha dos seus namorados, o que ela deve vestir, a carreira
profissional a seguir, etc. Com isso Eleonora sente-se profundamente insatisfeita chegando a odiar
surdamente a mãe. Às vezes ela tenta se livrar do jugo da mãe, rebelando-se contra a situação, maltrata a
mãe, diz que não agüenta mais esse estado de coisa. Após estas crises Eleonora sente-se muito culpada e
entra em profunda depressão, sentindo-se muito infeliz. Passada a crise volta a ter os mesmos
procedimentos de antes, porque ela aprendeu desde pequena que uma boa filha deve sempre fazer a
vontade dos pais.
Analisemos este caso, buscando como ele seria resolvido se Eleonora desenvolvesse a
COMPETÊNCIA ESSENCIAL.
A competência essencial, como vimos no CAPÍTULO anterior, é fruto do equilíbrio, da harmonia
entre os extremos, buscar o amor entre o extremos do desamor e do pseudo-amor.
Neste caso percebemos um profundo desequilíbrio de sentimentos; temos os sentimentos de
desamor e pseudo-amor coexistindo simultaneamente. Vejamos:
• DESAMOR POR SI MESMA: insatisfação, auto-anulação, culpa, repressão de sentimentos.
• DESAMOR PELOS OUTROS (MÃE) : ressentimento, mágoa, ódio, revolta, maltratos.
• PSEUDO-AMOR POR SI MESMA: autopiedade
• PSEUDO-AMOR PELOS OUTROS (MÃE): máscara com atitude de “ser boa” para mãe. (Faz todas as
vontades da mãe, contrariando a si mesma).
Esta gama de sentimentos contraditórios se não forem trabalhados através de um processo
reeducativo acabam por gerar profundos conflitos psicológicos e crises neuróticas intensas, culminando com
uma profunda insatisfação pela vida.
Torna-se necessário que Eleonora busque uma educação transpessoal através do desenvolvimento
da Competência Essencial. Vejamos como ela poderia agir:
AMOR POR SI MESMA: para Eleonora agir com competência essencial neste caso é necessário
que ela busque a aceitação que possui sentimentos negativos em relação à mãe, fruto da forma como a
mãe a educou, de forma repressora. A aceitação é o primeiro passo para a transformação de um sentimento.
Quando reprimimos um determinado sentimento como faz Eleonora e nos sentimos culpados por isso,
estamos tendo uma atitude de desamor por nós mesmos que não resolve problema algum. Ao contrário
aqueles sentimentos se avolumam enquanto são mascarados pelo pseudo-amor. Quando aceitamos que
temos sentimentos negativos, mas que somos mais que estes sentimentos; que somos, em essência,
pessoas boas, amorosas, mas que tem sentimentos negativos que precisam ser transmutados, estamos
tendo uma atitude de amor por nós mesmos e de amor pelos outros, porque não estaremos mascarando os
nossos sentimentos para fingir que não temos nenhuma dificuldade. Essa atitude de sinceridade em que
buscamos não reprimir os sentimentos, nem nos acomodarmos com eles, mas aceitá-los como sentimentos
impermanentes, transitórios, que cabe a nós mesmos transformá-los, libera-nos dos conflitos e das crises
psicológicas.
Observação: muitas vezes a aceitação de um determinado sentimento é confundido com
acomodação que é uma máscara do menor esforço. As pessoas dizem o seguinte: "Eu sou assim mesmo,
tenho mais é que ser autêntico e dizer o que eu sinto, fazer o que eu quero, doa a quem doer”. Esta é uma
atitude de acomodação frente ao problemas, como se os nossos sentimentos egóicos fossem um problema
dos outros e não uma dificuldade nossa a qual temos que fazer todos os esforços para superá-los. A
aceitação pressupõe uma atitude ativa frente aos problemas e não passiva como na acomodação.
AMOR PELOS OUTROS (MÃE): para Eleonora agir com competência essencial em relação à mãe
é fundamental que ela faça o trabalho de aceitação dos sentimentos de mágoa, ressentimento e ódio que ela
possui em relação a esta, conforme vimos anteriormente, sem descarregar estes sentimentos em cima da

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mãe, como acontece em suas crises e sem mascará-los fazendo o papel da “boa filha” que faz todas as
vontades da mãe. É necessário que Eleonora cultive o respeito, a sinceridade e a autenticidade, expondo à
mãe os seus desejos e que ela se sente contrariada, magoada quando a mãe tenta impor as suas vontades
em detrimento das dela. Explicar à mãe que ela não vai fazer as suas vontades simplesmente para agradá-la,
por que isso representa uma atitude de autoviolentação para ela, que acaba tendo um movimento de auto-
anulação para satisfazer a mãe, tornando-se, com isso profundamente insatisfeita e revoltada. Esta atitude
de sinceridade e autenticidade e o respeito tanto por si mesma quanto pela mãe vai gerar uma energia
harmoniosa dela em relação à mãe, mesmo que a mãe não aceite a sua atitude e continue tentando se impor
sobre ela.
Analisando esquematicamente o caso de Eleonora podemos descrevê-lo resumidamente assim:

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• Em síntese, COMPETÊNCIA ESSENCIAL é a arte de buscar e desenvolver o equilíbrio e a


harmonia interior, através do desenvolvimento do auto-amor e, por conseqüência
conquistarmos relacionamentos equilibrados e harmonizados com outras pessoas,
através do desenvolvimento do alo-amor.
• Agora que você já sabe o que é COMPETÊNCIA ESSENCIAL, como anda a sua?

Saiba como desenvolver a competência essencial fazendo os cursos de autoconhecimento,


especialmente os Cursos Inteligência Emocional – Desenvolvendo-a Através da Competência
Essencial; O Verdadeiro Sentido Da Vida; Medite e Viva melhor; Conquistando A Auto-Estima; Em
Busca Da Plenitude E Felicidade; Liberte-Se Pelo Perdão I E II; Saúde Das Emoções; Saúde Integral.
Conheça Também Os Cursos Em Que São Aplicados A Competência Essencial: O
Relacionamento Conjugal; Educando Filhos Com E Para A Competência Essencial; Trabalhando Com
Competência Essencial; Aplicando a Inteligência Emocional no Trabalho; Auto-Estima no Trabalho;
Qualidade De Vida No Trabalho; Aprendendo A Libertar-Se Do Estresse; Como Lidar Com Mudanças;
Atendendo O Cliente Com Amor; Educação Com Amor; Aprimoramento De Lideranças I,II E III.

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1. As Varetas
Material necessário: 1 pacote de varetas para fazer churrasquinho. (vendidas em supermercado)
Vamos fazer uma experiência: pegue 1 vareta e tente quebrá-la ao meio, repita o procedimento mais uma
vez. Agora pegue todas as varetas restantes, faça um feixe com elas e tente quebrá-las todas ao mesmo
tempo.
1.1 O que aconteceu?
1.2 Que princípio holístico podemos demonstrar neste simples exercício?

2. Baseado no item O Reducionismo e o Movimento holístico dê um exemplo de uma situação vivida no


cotidiano que tenha como base o modelo reducionista e como seria essa mesma situação tendo como
base o paradigma holístico. (Exemplo de situações que você pode analisar: agricultura, meio ambiente,
política, artes, ciência gerais, etc.)
2.1.Visão reducionista:

2.2.Visão Holística:

3 – Escreva o que você entendeu a respeito do Ser Essencial e Ego.

4 – Escreva uma situação de conflito vivenciada por alguém que você conheça e analise-a tomando como
exemplo o caso de Eleonora.

1&
Bertolucci, Eliana – Psicologia do Sagrado – Editora Ágora - 1ª ed. – São Paulo - 1991
Cerqueira, Alírio F, Terapia Transpessoal: O Caminho Para O Encontro Com A Realidade Essencial,
Trabalho apresentado no 1º Congresso Holístico e Transpessoal Internacional ocorrido em Águas de Lindóia-
SP em setembro de 1997.
Enciclopédia Barsa em CD-roon
Grof, Stanislav – Além do Cérebro – Editora McGraw-hill - 1ª ed. – São Paulo - 1987
Matos, Léo – Psicologia Transpessoal – Cadernos de debates plural – coletânea Psicologia Transpessoal –
Faculdade de Ciência Humanas – Belo Horizonte – 1992
Saldanha, Vera – A Psicoterapia Transpessoal – Ed. Komedi – 1ª ed. – Campinas- 1997
Walsh, Roger & Vaughan, Frances – Além do Ego – 1ª ed. – Ed. Cultrix/Pensamento – São Paulo - 1997
Weil, Pierre – A neurose do paraíso perdido – Editora espaço e tempo & CEPA – 3ª edição – Rio de Janeiro
– 1987
Holística: uma nova visão e abordagem do real – Editora Palas Athena – 3ª edição- São Paulo 1990.
A arte de viver em paz – Editora gente – 1ª ed. – São Paulo – 1993
Antologia do Êxtase – Editora Palas Athena – 1ª ed. – São Paulo – 1993.
As fronteiras da evolução e da morte – Ed. Vozes – 4ª ed. – Petrópolis – 1990

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A morte da morte – Ed. Gente – 1ª ed. – São Paulo - 1995

& & $! /0 2 ! 3
Capra, Fritioj – O tao da física – Editora Cultrix
O Ponto de Mutação – Editora Cultrix
Sabedoria Incomum – Editora Cultrix
Charon, Jean – O Espírito esse desconhecido – Editora Melhoramentos
Goswami, Amit – O Universo Autoconsciente – Editora Rosa dos Tempos

1
Paradigma - Esquema ou modelo mental que se toma como referência e sobre o qual se constrói um processo
intelectual. Em filosofia da ciência, princípio básico que sustenta uma teoria geral e cuja alteração acarreta a mudança de
toda a teoria.
2
Mecanicismo - Doutrina filosófica segundo a qual todos os fenômenos podem ser explicados pelos movimentos e leis
da matéria. Enunciada originalmente por Descartes e Leibniz no século XVIII.
3
Michelson e Morley, experiência de - Experiência científica que visava a determinar a velocidade da Terra em relação
a um sistema de repouso absoluto. Realizada em 1881 pelos físicos Albert Abraham Michelson e Edward Williams
Morley, forneceu uma medida mais exata da velocidade da luz e demonstrou sua limitação finita.
4
Euclides (séc. IV-séc. III a.C.) - Matemático grego. Estabeleceu com sua obra as bases da geometria plana, também
chamada em sua homenagem de geometria euclidiana.
5
Dualismo - Doutrina filosófica que admite, como explicação do mundo e da vida, a existência de dois princípios
antagônicos e irredutíveis entre si.
6
Big Bang, teoria do - Conjunto de hipóteses que explicam a origem e evolução do universo como uma rápida expansão
de matéria inicialmente supercomprimida. Em meados do século XX a teoria do big bang ("grande explosão") tornou-se a
mais corrente explicação da evolução do universo desde suas origens. Segundo essa teoria, o universo surgiu, há pelo
menos dez bilhões de anos, a partir de um estado inicial de temperatura e densidade altamente elevadas.
7
Filogenia - Disciplina que estuda as relações evolutivas dos organismos, com o objetivo de estabelecer descendência e
grau de parentesco entre espécies do passado e do presente.
8
Metafísica - Divisão da filosofia que se ocupa de tudo o que transcende o mundo físico ou natural. Cultivada desde
Aristóteles e, com especial interesse, pela escolástica medieval.
9
Relatividade, teoria da - Modelo da física que descreve o movimento de corpos submetidos a velocidades semelhantes
à da luz. Enunciado por Albert Einstein no início do século XX.
10
Física quântica - Ramo da física que descreve os fenômenos microscópicos, de nível atômico ou nuclear. Baseado na
teoria dos quanta, formulada pelo físico alemão Max Planck.
11
Psicanálise - Ciência e método terapêutico para estudo e tratamento dos processos e distúrbios mentais. Criada no
início do século XX pelo psiquiatra austríaco Sigmund Freud.
12
Behaviorismo - Escola de psicologia cujo método se baseia na observação comparada do comportamento de homens
e animais. Impulsionada no início do século XX pelo americano John B. Watson.
13
Paradoxo - Termo que designa, em filosofia, a declaração que expressa uma aparente contradição e cujo significado
mais profundo só é revelado depois de cuidadosa investigação. Seu objetivo é despertar a atenção e provocar novas
idéias.
14
Sócrates (c.470-c.399 a.C.) - Filósofo grego. O primeiro a estabelecer, na antigüidade clássica, os fundamentos
filosóficos da cultura ocidental.

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15
Platão (c.428-c.348 a.C.) - Filósofo grego. Um dos pensadores mais influentes de todos os tempos, estabeleceu com
Sócrates e Aristóteles as bases da filosofia ocidental.
16
Aristóteles (384-322 a.C.) - Filósofo grego. Principal discípulo de Platão, escreveu obras sobre lógica, fenômenos
naturais, metafísica, ética, vida animal, política, retórica e poética.
17
Watson, John B - nasceu em Greenville, Carolina do Sul, Estados Unidos em 9 de janeiro de 1878. Em 1903
doutorou-se em psicologia na Universidade de Chicago, onde já ensinava, e em 1908 tornou-se professor de psicologia
da Universidade John Hopkins, de Baltimore. Em 1913 conquistou grande notoriedade com a publicação do artigo
"Psychology as a Behaviorist Views It" ("Psicologia como o behaviorista a vê"), em que estabeleceu pela primeira vez de
maneira radical os princípios fundamentais do behaviorismo: repúdio tanto à noção de consciência como ao método
introspectivo, e explicação do comportamento humano, cujo estudo devia ser realizado em laboratório, unicamente em
termos de estímulos, proporcionados pelo ambiente, e respostas, "de natureza inteiramente físico-química".
As teses de Watson, ampliadas com estudos comparados de psicologia animal e humana em Behavior: an Introduction to
Comparative Psychology (1914; Comportamento: uma introdução à psicologia comparada) e Psychology from the
Standpoint of a Behaviorist (1919; Psicologia do ponto de vista de um behaviorista), encontraram sua formulação mais
acabada em Behaviorism (1925; Behaviorismo). Mesmo tendo abandonado o exercício da psicologia na década de 1920
para dedicar-se aos negócios, Watson manteve o prestígio nos meios acadêmicos e suas idéias foram adotadas por
numerosos especialistas americanos. Morreu em Nova York, em 25 de setembro de 1958.
18
Freud, Sigmund (1856-1939) - A cultura do século XX muito deve a Sigmund Freud, psiquiatra e neurologista
austríaco, criador da psicanálise, cujos fundamentos teóricos e aplicação prática tornaram-se fonte inesgotável para a
compreensão do psiquismo humano e influenciaram a arte, a literatura e outros campos do conhecimento.
19
Jung, Carl Gustav - (1875-1961) - Psicólogo e psiquiatra suíço. Um dos primeiros seguidores de Freud, de quem se
afastou para criar a psicologia analítica. Jung afastou-se do mestre em 1912 e fundou sua própria teoria para a qual é
inaceitável a tese freudiana de que todos os fenômenos inconscientes se explicam por influências e experiências infantis
ligadas à libido.
20
Maslow, Abraham (1908-1970) - Psicólogo americano. Fundador da Psicologia Humanística e professor da
Universidade Brandeis.
21
Weil, Pierre – Doutor em Psicologia pela Universidade de Paris. Um dos criadores da Psicologia Transpessoal. Autor
de dezenas de livros publicados no Brasil e exterior. Presidente da Fundação Cidade da Paz e Reitor da Universidade
Holística Internacional de Brasília (Unipaz). Trabalha para a Unesco como consultor da área de educação voltada para a
paz.
22
Egóica – forma de se analisar a vida sob o ângulo do Ego, seja na forma de desamor ou pseudo-amor.
23
Goleman, Daniel – Ph.D, é escritor e editor de Psychology Today. Fez amplas pesquisas sobre a meditação na Índia e
no Ceilão, tendo dado aulas de meditação na Universidade Harvard, atuando ao mesmo tempo como psicólogo clínico. É
autor de The Varieties of the Meditative Experience e colaborador assíduo do Journal of Transpersonal Psychology.
Autor dos Best-sellers Inteligência Emocional e Trabalhando com a Inteligência Emocional ambos da editora Objetiva.

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