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Formação Pedagógica Inicial de Formadores

Modulo VII – Avaliação da Aprendizagem

Objectivos do módulo
Pretende-se que cada formando(a), no final do módulo, seja capaz de:
• Consensualizar um conceito de avaliação;
• Identificar a avaliação segundo o processo e o momento;
• Identificar causas de subjectividade na avaliação;
• Identificar as técnicas e instrumentos mais utilizados;
• Identificar escalas de classificação;
• Construir e aplicar instrumentos de avaliação em função de objectivos.
_____________________________________________________________________

1. Avaliação. O que é?
Uma acção de formação surge em função de uma necessidade identificada, com vista à
resolução de problemas reais e concretos. A aprendizagem define-se como a modificação que surge
num resultado obtido, associada à prática e à experiência. Coincide com a diferença existente entre um
estado inicial definido e um outro estado que lhe sucede, numa progressão sequencial.
A avaliação da aprendizagem pretende acompanhar o progresso do formando, ao longo da
formação, identificando o que já foi conseguido e o que está a levantar dificuldades, procurando
encontrar as melhores soluções.
Quando se fala da avaliação do ensino/aprendizagem, pensa-se (de uma forma tradicional) que
o que está em causa é apenas a emissão de um juízo de valor sobre o que o formando demonstra
saber, juízo esse que pode ser expresso quantitativamente ou qualitativamente.
Actualmente acredita-se que este conceito será bem mais abrangente. A função de avaliar
corresponde a uma análise cuidada das aprendizagens conseguidas face às aprendizagens planeadas,
o que se traduz numa descrição que informa formadores e formandos sobre os objectivos atingidos e
aqueles em que se levantaram dificuldades.

2. Avaliação Vs Classificação
A avaliação é uma operação descritiva e informativa nos meios que emprega, formativa na
intenção que lhe preside e independente face à classificação.
A Classificação tem uma intenção selectiva e procede à selecção de formandos ao atribuir-lhe
uma posição numa escala de valores. Podemos considerar que não há Classificação sem Avaliação.
Mas, a reciprocidade não é verdadeira: pode (e deve, em muitas circunstâncias) haver avaliação sem
que qualquer classificação tenha que se lhe seguir.

3. Finalidades e funções da avaliação


A avaliação desempenha no sistema de formação, uma função de regulação das práticas
pedagógicas.
As finalidades da avaliação, que no contexto da formação profissional nos parecem serem
merecedoras de destaque por contribuírem para o sucesso, são:
- Indicar resultados, controlando se as competências adquiridas correspondem ao perfil;
- Diagnosticar as necessidades dos formandos;
- Dar feedback contínuo motivando os formandos e os formadores para a consecução dos
objectivos;
- Diagnosticar os pontos fracos da formação/ práticas pedagógicas;
- Avaliar os objectivos da formação;
- Seleccionar candidatos;
- Recolher e processar dados com vista à melhoria da formação;
- Testar conhecimentos para abordar na formação.
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Jan. 2009 Ana Guilhas/Pedro Gonçalves
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A avaliação deve permitir a auto-avaliação ao formando, assim, os instrumentos de avaliação


têm de ser diversificados consoante o fim a que se destinam e os momentos de aplicação. Ao
formando, deve ser sempre facultada a correcção de todas as actividades de aplicação de
conhecimentos e exercícios de avaliação.

4. Tipos de avaliação
A avaliação é um processo de produção de informações relativo a um determinado contexto de
aprendizagem. Em momentos diferentes, dá-nos informações de tipo diverso. Na sua função de regular
o processo de aprendizagem é a avaliação que fornece os dados para o formador adequar as suas
práticas aos resultados obtidos ao longo do processo.
Assim, iremos falar de diferentes tipos de avaliação consoante o seu momento de aplicação
e/ou processo.

4.1 Avaliação quanto ao MOMENTO


A avaliação pode, quanto ao momento, enquadrar-se em três grandes tipos:
- Avaliação Diagnóstica (ou inicial);
- Avaliação Formativa (ou contínua);
- Avaliação Sumativa (ou final).

4.1.1 Avaliação diagnóstica


Destina-se a verificar se os formandos estão na posse de conhecimentos, aptidões ou
capacidades necessárias à aprendizagem da unidade ou módulo seguinte. Este tipo de avaliação é
essencial na definição de um perfil de entrada em qualquer programa de formação e na selecção de
candidatos à formação.
É incorrecto dizer-se que a avaliação diagnóstica se aplica apenas no início de um curso de
formação pois, pode ter lugar em qualquer momento da formação, desde que se iniciem novas
aprendizagens.
Os formadores devem aplicar instrumentos de avaliação diagnostica para se certificarem da
adequação das estratégias ao grupo, como motivação dos formandos e, ainda, para se inteirarem das
aprendizagens já possuídas por estes.
Desta forma, a formação ganha em eficácia se cada formador planear as sessões com base no
conhecimento real do nível de aprendizagens e experiências dominadas pelos seus formandos e não
insistir em temas já versados.
É fundamental definir para cada módulo/tema os pré-requisitos. Estes, correspondem a
conhecimentos prévios, necessários para que os formandos possam acompanhar a nova
aprendizagem e, dizem respeito apenas aos conhecimentos, capacidades e aptidões consideradas
essenciais para o prosseguimento da formação.
Com base nos objectivos e nos conteúdos de formação o formador define os pré-requisitos do
módulo e elabora testes para avaliar a posse destes pré-requisitos.
Testes diagnósticos (a aplicar na fase diagnóstica):
Os testes diagnósticos incidem sobre um núcleo restrito de objectivos, a partir dos quais se
elaboram várias perguntas. Normalmente, o formador elabora itens sobre o módulo novo num teste
diagnóstico, com o fim já referido atrás. Os testes de diagnóstico não costumam ser alvo de
classificação.

4.1.2 Avaliação formativa

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A avaliação formativa visa a retroalimentação do processo de formação e é realizada ao longo


de todo o processo ou acção, em todas as situações de aprendizagem, sobre cada objectivo. Permite
identificar situações de aprendizagem mal conseguidas e informa sobre medidas correctivas a tomar.
Testes formativos (a aplicar na fase formativa):
Os testes formativos são semelhantes aos diagnósticos. Incidem sobre um número reduzido de
objectivos, à volta dos quais se elaboram várias perguntas. Os formandos devem ser informados ao
longo da aprendizagem dos objectivos a atingir.

4.1.3 Avaliação sumativa


Balanço das aprendizagens e competências adquiridas no final de um módulo ou unidade de
formação. A avaliação sumativa visa uma seriação e portanto presta-se a uma classificação. Quaisquer
que sejam as escalas, a classificação deve ser explicitada aos formandos e discutidas as razões da
escolha de determinada escala.
A avaliação sumativa revela as aprendizagens já consolidadas e as que entretanto não se
consumaram; Informa sobre os assuntos ou objectivos mais difíceis de ensinar e aprender para a
generalidade dos formandos; Informa sobre o sucesso ou insucesso de certas metodologias; Permite
comparar resultados globais de programas de formação ou métodos aplicados a grupos semelhantes
ou diferentes; Avalia a própria formação; É um instrumento de tomada de decisão.
Completa-se assim, o ciclo da avaliação.
Testes sumativos (a aplicar na fase sumativa):
Os teste sumativos incidem sobre um conjunto vasto de objectivos e informam sobre as
aprendizagens mais significativas.
A elaboração de um teste sumativo decorre dos seguintes princípios:
- Selecção dos objectivos a testar em cada teste, de modo a testar todos os objectivos
ao longo do módulo;
- Determinação da importância relativa de cada objectivo e área de conhecimento,
tendo em atenção o seu desenvolvimento nas sessões. O peso da respectiva classificação
decorre dessa importância;
- Selecção do tipo de perguntas mais adequadas para testar o objectivo;
- Escolha de graus de dificuldade diferentes para os itens e adequada classificação de
cada item.

Um teste sumativo deve ser sempre corrigido pelo formador.


O registo numa matriz de todas as classificações do grupo de formação, por item, dará uma
visão completa e real do sucesso das actividades de formação. Poder-se-á deste modo avaliar as
decisões tomadas e a tomar.

Cada um destes tipos de avaliação tem uma função específica, complementando-se e


constituindo um todo. Porque as funções são distintas, o momento de utilização, a ênfase da avaliação
e a estrutura dos instrumentos de que se serve, apresentam diferenças em cada tipo.

4.2 Avaliação quanto ao PROCESSO


Existem dois modos diferentes de analisar os resultados de aprendizagem: uma perspectiva
selectiva, onde a seriação é o objectivo essencial – a avaliação normativa; Outra, em que a finalidade é
a de conduzir todos ou quase todos os formandos à consecução dos objectivos – a avaliação criterial.

4.2.1 Avaliação normativa


Visa situar o desempenho de cada formando numa distribuição estática cuja medida de
referência é o desempenho de outros.
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4.2.2 Avaliação criterial


Baseia-se na “pedagogia para a mestria”, centra-se no controle do nível de desempenho de
cada formando em relação aos objectivos propostos. O critério de desempenho é descrito em absoluto
e não por comparação a outros desempenhos.
Todos os formandos ao longo da formação irão atingir os objectivos propostos.

5. Subjectividade na avaliação
Todos conhecemos avaliadores severos, benevolentes, que atribuem notas à volta da média,
ou que correm a escala toda. Enfim, cada avaliador tem uma maneira muito própria de avaliar, baseada
em muitos factores, alguns dos quais acabam por escapar à consciência do próprio avaliador. Ao
avaliar, uma das atenções do formador deve centrar-se na preocupação de não deixar certos
acontecimentos influenciarem a sua observação.
Algumas das causas que poderão levar o formador a fugir da objectividade ao avaliar os
formandos são:
- A ausência de critérios comuns;
- O efeito da informação prévia;
- O efeito de Halo;
- Os estereótipos;
- O efeito da ordem da avaliação;
- A infidelidade do mesmo avaliador, provocada por indisposição física ou emocional do
formador.

5.1 Ausência de Critérios Comuns


A ausência de coordenação de critérios ao nível dos diferentes avaliadores é, sem dúvida, uma
das principais causas da subjectividade na avaliação.
Tal facto é devido, fundamentalmente, à inexistência de objectivos de formação, tendo como
base critérios de êxito bem definidos. Os instrumentos de trabalho que favorecem a objectividade do
processo de avaliação são a corrigenda e tabelas descritivas, tendo como base os referidos critérios de
êxito.
Trata-se de um trabalho de equipa, resultante do consenso entre os avaliadores, e que deverá
ser rigorosamente seguido nos momentos de avaliação. Só assim, será possível a utilização de critérios
próprios, com graus de exigências dispares, que pode inclusivamente variar de momento para
momento e de formando para formando.

5.2 Efeito de informação prévia


Informações prévias acerca da capacidade intelectual, capacidade de trabalho, dedicação,
empatia, motivação para a formação, origem social, etc. poderão criar nos formadores preconceitos
favoráveis ou desfavoráveis em relação aos formandos ou a grupo de formandos.

5.3 Efeito de halo


Quase todos nós enquanto formandos ou na vida social, nos preocupamos com a apresentação
(vestuário, higiene, …), presença física (agradável, desagradável), comportamento físico (voz, tiques,
…) fluência da linguagem, apresentação de trabalhos (caligrafia, erros ortográficos, …). Há pois,
preocupação em dar uma boa imagem aos que nos rodeiam e de algum modo nos avaliam.
Devido ao efeito de halo, o avaliador actua de acordo com o preconceito que tem acerca dos
formandos, sendo assim, influenciado positiva ou negativamente na sua avaliação.

5.4 Estereotipia - “Cria fama e deita-te a dormir”


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Face ao preconceito criado acerca de um formando, o avaliador tem tendência a não alterar o
juízo avaliativo, indiferente à sua evolução ou retrocesso. Os bons tendem a avaliar-se sempre bem e
os maus sempre maus. A tendência de castigar os “maus” e compensar “bons” leva a que no caso dos
“maus” o avaliador redobre a sua atenção e sentido crítico, e no caso dos “bons” o avaliador confie e
descanse a sua atenção e sentido crítico afrouxam.

5.5 Efeito da ordem de avaliação


O formador tem tendência a alterar o grau de exigência (subindo ou descendo) influenciado por
um tipo de desempenho anterior. Por vezes de forma inconsciente, avalia as provas umas em relação
às outras.
O mesmo se verifica se avaliarmos escolas ou instituições diferentes, e as comparar umas com
as outras. Ao nível da avaliação individual nota-se que os formandos considerados Bons se transitarem
para outro meio em que o grau e exigência seja maior, poderão baixar o nível. O contrário também é
verdade, isto é, um formando fraco, em determinado contexto, pode ver a sua classificação subir num
contexto em que a exigência seja menor.

5.6 Infidelidade do mesmo avaliador


A avaliação feita por determinado avaliador, está dependente de factores pessoais (estado de
saúde física e mental), alterações do comportamento (como o humor no momento) o grau de exigência,
o cansaço, e muitos outros factores.
O período temporal decorrido entre momentos de avaliação pode originar classificações
diferentes, estando menos correlacionadas quanto maior for o intervalo de tempo.

Assim, como se ausência de critérios comuns não bastasse para condicionar a avaliação,
também a avaliação feita pelo mesmo avaliador é susceptível de subjectividade, pois nem sempre se
avalia da mesma maneira.
A subjectividade da avaliação é fundamentalmente resultante da falta de coordenação dos
critérios de êxito estabelecidos e aceites pelos avaliadores.

6. Técnicas de avaliação
Na formação profissional, o formador pode utilizar simultânea ou separadamente as seguintes
técnicas:
• OBSERVAÇÃO;
• FORMULAÇÃO DE PERGUNTAS;
• MEDIÇÃO.

6. 1 Observação
Permite obter dados em todos os domínios do saber.
Por exemplo:
• Afectivo – interesse, participação, pontualidade, etc.;
• Cognitivo – conhecimento, compreensão, aplicação, capacidade de análise e de síntese, etc.;
• Psicomotores – capacidade motora, habilidade manual, resistência à fadiga, etc.
Regras para uma observação eficaz:
• Inventariar discretamente, os dados que se pretende recolher;
• Observar directamente, sem perturbar o formando;
• Criar no grupo um ambiente de franqueza, de à-vontade, propício à observação;

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• Ter em conta a natureza dos formandos, de modo a não desvalorizar os mais reservados ou
inibidos;
• Procurar ser imparcial e objectivo;
• Manter o bom senso e a prudência quanto ao tratamento, generalização e utilização dos dados
recolhidos;
• Criar instrumentos objectivos, para não misturar factos concretos com simples opiniões
subjectivas.
Vantagens da Observação:
• Uma das maiores vantagens é a de permitir colher dados no momento em que estão a
acontecer, sendo, portanto, reais e fidedignos.
Inconvenientes da Observação:
• Para que a observação seja correcta, o formador precisa de despender muito tempo;
• Enquanto observa e valia determinados pormenores relativos a um formando não poderá estar
atento ao que se passa com os outros;
• Após a observação e no momento da avaliação pode-se esquecer de alguma coisa, (esta
desvantagem pode ser atenuada, criando-se previamente instrumentos adequados à
observação).
Instrumentos utilizados na Observação:
• Ficha de Observação;
• Lista de Ocorrências;
• Escala de Classificação.

6.1.1 Fichas de observação


Fichas nas quais se registam factos que vão acontecendo, com interesse para a avaliação,
durante uma lição, sessão de formação, exercício prático, visita de estudo, autóscopia, etc.

Exemplo:

Tarefa: Autóscopia Data: 03/03/2004

Factos Observados Comentários


1. O formando planificou a sessão de forma
1. Verificou-se adequada definição de
eficaz e tinha os objectivos definidos em
objectivos
função dos presentes
2. O formando comunicou com clareza,
2. Boa capacidade de comunicação e domínio
coerência, objectividade e eficácia mostrando
sobre o assunto
domínio total sobre o assunto.

6.1.2 Lista de Ocorrências


Trata-se de uma listagem dos comportamentos que esperamos que venham a ocorrer,
tornando o seu registo mais fácil, rápido e objectivo.
Exemplo:
Comportamento
Esta Executa a
Reage Ajuda Participa
atento tarefa
Formando
Paula X X X X X
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Joana X X
Luís X X X

6.1.3 Escalas de classificação


Permitem registar e atribuir um determinado grau, numa escala crescente.
Exemplo:
Comportamento do
5 4 3 2 1
Formando em Sala
Atenção X
Participação X
Cooperação X

Legenda da escala:
5 – Muito Bom
4 – Bom
3 – Médio
2 – Insuficiente
1 - Mau

6.2 Formulação de perguntas


• Oralmente (avaliação oral);
• Por escrito (avaliação escrita).

6.2.1 Avaliação oral


Regras básicas indispensáveis para uma avaliação eficaz:
• Elaborar previamente uma lista de perguntas objectivas e representativas da matéria a avaliar;
• Procurar uma avaliação correcta dos conhecimentos dos formandos, não pesquisando
excessivamente as suas falhas;
• Fazer perguntas claras, o mais curtas possível e sempre numa linguagem adequada aos
formandos;
• Apresentar as questões de outra forma se não tiverem sido suficientemente compreendidas;
• Na avaliação sumativa deverão fazer-se as mesmas perguntas a todos os formandos, criando
assim condições de uniformidade e igualdade na avaliação.
Vantagens da avaliação Oral:
• Facilita o diálogo directo entre formador-formando;
• Permite o treino da expressão oral.
Inconvenientes da avaliação oral:
• A avaliação individual é um processo moroso;
• Dificuldade em criar condições de igualdade e uniformidade da avaliação, pois é muito difícil
fazer perguntas iguais a todos sem que delas tenham conhecimentos prévio;
• Dá vantagem aos formandos com maior capacidade de expressão oral, bem como aos mais
desinibidos.
Instrumentos de avaliação oral:
• Deverão conceber-se previamente LISTAS DE PERGUNTAS.

6.2.2 Avaliação escrita


• Testes de Produção ou Resposta Aberta
• Teste de Selecção ou Resposta Fechada

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6.2.2.1 TESTE DE PRODUÇÃO OU RESPOSTA ABERTA


O formando redige a sua própria resposta livremente.
Consoante a extensão da resposta solicitada ao formando, há dois tipos de teste de produção:
a) Produção Curta ou Resposta Curta
Consistem em apresentar as questões aos formandos pedindo-lhe que forneça as respostas
adequadas sucintamente, como por exemplo, numa palavra, em poucas palavras, em poucas linhas,
em 5 minutos, etc.
O formando tem portanto, liberdade para se exprimir, mas condicionada a determinado tempo,
espaço ou extensão.
Vantagens:
• Concepção rápida e fácil;
• Resposta rápida e fácil;
• Avaliação Objectiva.
Desvantagens/Inconvenientes:
• Limitam a criatividade do formando.
b) Produção longa, Resposta Longa ou Redacção
Neste tipo de testes apresentam-se as questões ao formando, permitindo que ele responda
livremente, espontaneamente, dando largas à sua imaginação e criatividade.
Exemplo:
- Refira e caracteriza os sistemas de formação.
Vantagens:
• Instrumentos ideais para avaliar matérias complexas e processos mentais superiores, com o
espírito crítico, a capacidade de julgar e a criatividade;
• Concepção rápida e fácil para o formador.
Inconvenientes:
• Conduz a uma avaliação subjectiva, porque permitem geralmente respostas diferentes da
mesma questão e o seu maior ou menor aprofundamento.

6.2.2.2 TESTES DE SELECÇÃO OU RESPOSTA FECHADA


Nos testes de selecção fornecem-se aos formando as perguntas e, geralmente, várias
respostas entre as quais ele terá de seleccionar a(s) resposta(s) adequada(s).
Vantagens para o Formando:
• Resposta rápida;
• Objectividade das perguntas: está definido claramente o que tem que fazer.
Vantagens para o Formador:
• Correcção Rápida;
• Objectividade das respostas: só se admitem respostas correctas permitindo uma avaliação
comparativa e objectiva.
Vantagens para a Avaliação:
• Diferentes formadores avaliarão da mesma maneira.
Inconvenientes para o Formando:
• Limitam a sua criatividade.
Inconvenientes para o Formador:
• Concepção morosa;
• Exigem muito treino;
• Exigem domínio perfeito da matéria tratada e das técnicas de elaboração das questões.
Inconvenientes para a Avaliação:
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• Probabilidade de acertar respostas ao acaso.


Existem 4 tipos de testes de selecção ou resposta fechada:
VERDADEIRO – FALSO
Consiste em apresentar ao formando afirmações que ele terá de assinalar como sendo
Verdadeiras ou Falsas.
Vantagens:
• Fácil e rápida resposta para o formando;
• Fácil e rápida correcção para o formador.
Inconvenientes:
• Probabilidade de acertar ao acaso: dado que só há duas alternativas essa probabilidade é de
50%, pelo que não devem ser utilizadas nas avaliações sumativas.
QUESTÕES DE COMPLETAR/ LACUNAS
Consiste em apresentar aos formando frases incompletas, solicitando-lhes que as completem
para que tenham sentido, inscrevendo uma palavra em cada espaço em branco.
Regras de construção:
• A resposta deve poder ser dada numa palavra ou frase curta;
• Deve-se indicar o tipo de resposta a fornecer: números, símbolos alfabéticos, sinónimos, etc.
Vantagens e Inconvenientes:
• São os mesmos que para os testes de selecção.
EMPARELHAMENTO
Consiste em fornecer ao formando 2 grupos ou duas colunas de elementos afins, pedindo-lhe
para os relacionar, fazer corresponder, associar ou ligar entre si, atendendo à sua afinidade.
Regras de construção:
• Cada par de listas deve incidir apenas sobre um objectivo;
• Uma das listas deve ser mais extensa em 50% do que a outra. O número aconselhável de itens
é de seis ou sete;
• Cada premissa deve ter apenas uma resposta correcta;
• Se houver mais que uma resposta correcta deve indicar-se o número destas.
Vantagens e Inconvenientes:
• São os mesmos que para os testes de selecção.
QUESTÕES DE ESCOLHA MÚLTIPLA
Consistem em apresentar uma questão ao formando, fornecendo-lhe simultaneamente várias
respostas entra as quais terá de seleccionar as correctas.
Este teste apresenta geralmente a seguinte estrutura básica:
TRONCO – serve para apresentar a questão ou enunciado do problema;
INSTRUÇÕES – são as indicações sobre o que deve ser feito e como. Podem situar-se antes ou depois
da questão;
LISTA DE ESCOLHAS – lista que contém as respostas certas e os distractores;
DISTRACTORES – são o conjunto de respostas erradas.
Elaboração dos itens:
• Referir-se a um só problema ou questão;
• Não devem usar-se expressões com sentido negativo;
• Só devem conter uma resposta correcta;
• Não devem ser incluídos elementos irrelevantes, os distractores;
• As opções incorrectas têm de ser plausíveis;
• As alternativas devem ser no mesmo estilo, tamanho e vocabulário;
• As alternativas devem ser mutuamente exclusivas;

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• As opções devem ser quatro, e nunca inferiores a três.


Vantagens:
• Objectividade na resposta a dar pelos formandos;
• Rapidez na resposta do formando e na correcção do formador.
Inconvenientes:
• Probabilidade de acertar ao acaso, mesmo desconhecendo a matéria;
• Concepção exigente e morosa;
• Não permitem a criatividade do formando;
• Não têm em conta a opinião do formando sobre a matéria;
• Exigem uma boa capacidade de interpretação, favorecendo quem a tem.
6.3 Medição
Consiste em medir determinadas “performances” ou qualidades de execução do formando. Na
óptica da formação profissional é indispensável para avaliar tarefas de execução prática.

Assim, destina-se a colher dados sobretudo do domínio psicomotor, como:


• Tempo de execução;
• Quantidade de trabalho produzido;
• Qualidade do trabalho: respeito, pelas medidas pré-determinadas, tolerâncias, normas de
execução, acabamento, etc.

Além dos dados recolhidos por medição através de instrumentos de medida como o relógio, o
cronómetro, etc., avaliação das tarefas práticas exige quase sempre o recurso a outras técnicas como a
observação e mesmo a formulação de perguntas.

7. Construir instrumentos de avaliação referentes a critérios


A avaliação de conhecimentos implica a elaboração de provas adequadas, rigorosas e fiáveis.
Abordaremos as normas de construção de provas de conhecimentos, comummente designadas por
testes.
Indicações genéricas de como construir e aplicar:
• Selecção de competências a testar;
• Descrição dessas competências, das suas características;
• Elaboração de itens para cada competência;
• Aplicação experimental para validação das perguntas;
• Análise dessa experiência, edição final do teste e dum manual de instruções para a sua
aplicação correcta;
• A selecção de objectivos e competências a avaliar é uma fase crucial. Só devem ser escolhidas
as competências relevantes.
A elaboração de perguntas obedece a alguns princípios:
• Descrição ou indicação do objectivo;
• Exemplos;
• Delimitação do conteúdo;
• Delimitação das respostas, ou seja descrição do tipo de respostas esperadas.
Adequação ao perfil dos formandos:
• Compreensão do teste;
• Linguagem clara e adequada ao nível socio-cultural;
• Formato: imagens e disposição das perguntas;
• Tempo concedido às respostas;
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• Modo de registo das respostas.

Outra condição de Qualidade, e Viabilidade da sua Aplicação, dependerá sobretudo de uma


correcta relação de objectivos-itens e sua cotação.

8. Sistemas de classificação
Uma das finalidades da classificação é transmitir aos outros os resultados da aprendizagem.
Trata-se de um conjunto vasto de informações sobre os aspectos de desenvolvimento do formando, do
seu progresso no domínio cognitivo e socio-afectivo. Daí a sua enorme complexidade.
O sistema tradicional usado era baseado numa escala de 0-20 valores. Durante muito tempo
este sistema não levantou dificuldades aos avaliadores, mas as novas técnicas pedagógicas e as suas
consequências no campo da avaliação trouxeram dúvidas na sua aplicação.
Muitas destas questões podem ser desde logo resolvidas se aplicarmos um plano de avaliação
adequado. O problema de classificar é altamente subjectivo e existem poucas linhas mestras de
actuação. No entanto, entre a utopia da objectividade e a subjectividade total existe uma vasta gama de
possibilidades.
Finalidade da classificação:
• Na perspectiva dos formandos – tornar os objectivos mais claros; Orientar os seus esforços na
auto-correcção dos aspectos menos conseguidos;
• Na perspectiva dos responsáveis – informar sobre a validade dos programas e certificação de
competências;
• Na perspectiva dos formadores – adequar a programação e as estratégias de formação; auxiliar
mais eficientemente os formandos.
Escalas de classificação:
• Escala numérica de 0-20 valores;
• Descritiva de 5 níveis (1-reduzido; 5-elevado);
• Percentual de 0 a 100% ou 0 a 200%;
• Qualitativo: Escala literal de A a E (A-Muito Bom; E-Muito Insuficiente); Escala
descritiva de Muito Bom a Muito Insuficiente.
Na formação a classificação torna-se imprescindível quando o sistema exige uma certificação
das aptidões e competências do formando.
Numéricas/
5 4 3 2 1
Descritiva

Numérica/ Ordinais 17 a 20 13 a 16 9 a 12 5a8 0a4

Percentuais 90 a 100 % 75 a 89 % 50 a 74 % 20 a 49 % 0 a 19 %

Literal A B C D E

Descritiva Muito Bom Bom Suficiente Insuficiente

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