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4S.

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O Método Gráfico
O método gráfico pode ser empregado em problemas bidimensionais que envolvam
fronteiras adiabáticas e isotérmicas. Embora tenha sido substituída por soluções
computacionais baseadas em procedimentos numéricos, essa abordagem pode ser
usada para se obter uma primeira estimativa da distribuição de temperaturas e para
desenvolver-se uma percepção da natureza física do campo de temperatura e da taxa
de transferência de calor.

4S.1.1 Metodologia para a Construção de um Gráfico de Fluxos


O método gráfico está embasado no fato de que as curvas de temperatura constante
(isotermas) devem ser perpendiculares às linhas que indicam a direção do fluxo térmico
(ver Figura 4.1). O objetivo do método gráfico é construir de maneira sistemática uma
rede de isotermas e linhas de fluxo. Essa rede, comumente denominada gráfico de
fluxos, é usada para se inferir a distribuição de temperaturas e a taxa de transferência
de calor através do sistema.
Considere um canal bidimensional, quadrado, cujas superfícies interna e externa
são mantidas a T1 e T2, respectivamente. Uma seção transversal do canal é mostrada
na Figura 4S.1a. Um procedimento para a construção do gráfico de fluxos, mostrado
em parte na Figura 4S.1b, é apresentado a seguir.
1. A primeira etapa é a identificação de todas as linhas de simetria relevantes. Tais
linhas são determinadas por condições térmicas, bem como geométricas. Para o
canal quadrado da Figura 4S.1a, tais linhas incluem as linhas verticais, horizon-
tais e diagonais destacadas. Nesse sistema é então possível considerar somente um
oitavo de sua configuração, como mostra a Figura 4.S1b.
2. As linhas de simetria são adiabáticas no sentido de que não pode existir transfe-
rência de calor em uma direção normal a essas linhas. Elas são, portanto, linhas
de fluxo térmico e devem ser assim tratadas. Uma vez que não há fluxo de calor
em uma direção normal a uma linha de fluxo, ela pode ser chamada uma adiá-
bata.
3. Após a identificação de todas as linhas de temperatura constante conhecidas, deve-
se fazer uma tentativa de esboço de linhas de temperatura constante no interior do
sistema. Note que as isotermas devem ser sempre normais às adiábatas.
4. Devem-se então desenhar linhas de fluxo de calor tendo em vista a criação de
uma rede de quadrados curvilíneos. Isto é realizado impondo-se que as linhas
de fluxo de calor e as isotermas se cruzem em ângulos retos e exigindo-se que
todos os lados de cada quadrado tenham aproximadamente o mesmo compri-
mento. Com freqüência é impossível satisfazer essa segunda exigência de forma
exata, e é mais realista objetivar a igualdade entre as somas dos lados opostos,
como mostra a Figura 4S.1c. Atribuindo-se a coordenada x à direção do fluxo
de calor e a coordenada y à direção normal a esse fluxo, pode-se representar a
exigência por

É difícil criar uma rede satisfatória de quadrados curvilíneos na primeira tentativa


e, com freqüência, são necessárias numerosas iterações. Esse processo de tentativa e
erro envolve o ajuste das isotermas e adiábatas até que quadrados curvilíneos satis-

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CD-2 Capítulo 4S.1

FIGURA 4S.1 Condução bidimensional em um canal quadrado de comprimento l. (a) Planos de


simetria. (b) Gráfico de fluxos. (c) Quadrado curvilíneo típico.

fatórios sejam obtidos na maior parte da rede.1 Uma vez obtido o gráfico de fluxos,
pode-se usá-lo para inferir a distribuição de temperaturas no meio. Então, a partir de
uma análise simples, a taxa de transferência de calor pode ser obtida.

4S.1.2 Determinação da Taxa de Transferência de Calor


A taxa à qual energia é conduzida através de uma faixa, que é a região entre adiábatas
adjacentes, é designada por qi. Se o gráfico de fluxos for construído de forma correta,
o valor de qi será aproximadamente o mesmo em todas as faixas e a taxa de transfe-
rência de calor total pode ser representada por

em que M é o número de faixas utilizadas no gráfico. Com base no quadrado curvilíneo


da Figura 4S.1c e na aplicação da lei de Fourier, qi pode ser escrita na forma

na qual Tj é a diferença de temperaturas entre isotermas sucessivas, Ai é a área de


transferência de calor para a condução na faixa e l é o comprimento do canal na
direção normal à página. Entretanto, como o incremento de temperatura entre todas
as isotermas adjacentes é aproximadamente o mesmo, a diferença global de tempe-
raturas entre fronteiras, T12, pode ser representada como

sendo N o número total de incrementos de temperatura. Combinando as Equações 4S.2


a 4S.4 e reconhecendo que x  y para os quadrados curvilíneos, obtemos

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Em certas regiões, tais como vértices, pode ser impossível satisfazer à exigência de quadrados curvilíneos.
Entretanto, tais dificuldades geralmente têm um pequeno efeito na precisão global dos resultados obtidos
a partir do gráfico de fluxos.

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O Método Gráfico CD-3

A maneira como o gráfico de fluxos pode ser empregado para se obter a taxa de
transferência de calor em um sistema bidimensional fica evidente na Equação 4S.5. A
razão entre o número de faixas para o escoamento do calor e o número de incrementos
de temperatura (o valor de M/N) pode ser obtida a partir do gráfico. Lembre-se de que
a especificação de N é baseada na etapa 3 do procedimento descrito anteriormente,
e seu valor, que é um número inteiro, pode ser grande ou pequeno, dependendo da
precisão desejada. O valor de M é então uma conseqüência da obediência ao especifi-
cado para a etapa 4. Note que M não é necessariamente um inteiro, uma vez que uma
faixa fracionária pode ser necessária para se atingir uma rede satisfatória de quadrados
curvilíneos. Na rede da Figura 4S.1b, N  6 e M  5. Naturalmente, à medida que a
rede, ou malha, de quadrados curvilíneos é feita mais fina, N e M aumentam e a esti-
mativa de M/N torna-se mais precisa.

4S.1.3 O Fator de Forma da Condução


A Equação 4S.5 pode ser usada para definir o fator de forma, S, de um sistema bidi-
mensional. Ou seja, a taxa de transferência de calor pode ser representada por

em que, para um dado gráfico de fluxos,

A partir da Equação 4S.6, tem-se também que uma resistência térmica condutiva
bidimensional pode ser escrita na forma

Foram obtidos fatores de forma para numerosos sistemas bidimensionais, e os


resultados estão resumidos na Tabela 4.1 para algumas configurações simples.
Nos casos 1 a 9 e no caso 11, presume-se que a condução bidimensional ocorra
entre fronteiras que são mantidas a temperaturas uniformes, com T12 
T1  T2. No caso 10 a condução é entre uma superfície isotérmica (T1) e um meio
semi-infinito de temperatura uniforme (T2) em locais bem distantes da superfície.
Fatores de forma também podem ser definidos para geometrias unidimensionais.
Com base nos resultados da Tabela 3.3, tem-se que para paredes planas, cilín-
dricas e esféricas, respectivamente, os fatores de forma são: A/L, 2L/ln(r2/r1) e
4r1r2/(r2  r1). Resultados para muitas outras configurações estão disponíveis
na literatura [1-4].

EXEMPLO 4S.1

Um orifício com diâmetro D  0,25 m é perfurado no centro de um bloco sólido


com seção transversal quadrada, de lado w  1 m. O orifício é perfurado ao longo
do comprimento,l  2 m, do bloco, que possui uma condutividade térmica k 
150 W/(m  K). Um fluido quente escoando através do orifício mantém uma tempe-
ratura na superfície interna de T1  75°C, enquanto a superfície externa do bloco é
mantida a T2  25°C.
1. Usando o método do gráfico de fluxos, determine o fator de forma para o
sistema.
2. Qual é a taxa de transferência de calor através do bloco?

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CD-4 Capítulo 4S.1

SOLUÇÃO
Dados: Dimensões e condutividade térmica de um bloco com um orifício circular
perfurado ao longo do seu comprimento.

Achar:
1. Fator de forma.
2. Taxa de transferência de calor para as temperaturas superficiais especificadas.

Esquema:

Considerações:
1. Condições de regime estacionário.
2. Condução bidimensional.
3. Propriedades constantes.
4. Extremidades do bloco isoladas termicamente.

Análise:
1. O gráfico de fluxos pode ser simplificado pela identificação de linhas de sime-
tria, que permitem a redução do sistema a uma seção que representa um oitavo do
original, como mostra o esquema. Por meio de uma malha relativamente grosseira
envolvendo N  6 incrementos de temperatura, o gráfico de fluxos foi gerado. A
rede de quadrados curvilíneos resultante tem a forma a seguir.

Com o número de faixas para o escoamento do calor na seção analisada corres-


pondendo a M  3, segue-se da Equação 4S.7 que o fator de forma para todo o
bloco é

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O Método Gráfico CD-5

em que o fator igual a 8 aparece em função do número de seções simétricas. A


precisão desse resultado pode ser determinada pela comparação com a previsão
fornecida na Tabela 4.1, na qual, para o sistema em análise, caso 6, tem-se que

Assim, o resultado do gráfico de fluxos subestima o fator de forma em aproxima-


damente 7%. Note que, embora a exigência l » w não seja satisfeita neste problema,
o resultado para o fator de forma segundo a Tabela 4.1 permanece válido se a
condução de calor na direção axial do bloco for desprezível. Esta condição é satis-
feita se as extremidades do bloco estiverem isoladas.
2. Usando-se S  8,59 m na Equação 4S.6, a taxa de transferência de calor é de

Comentários: A precisão do gráfico de fluxos pode ser melhorada pela utilização


de uma malha mais fina (aumentando-se o valor de N). Como seriam modificadas
as linhas de simetria e as linhas de fluxo se as laterais verticais do bloco estivessem
isoladas? Se um lado vertical e um horizontal estivessem isolados? Se os lados verti-
cais e um dos horizontais estivessem isolados?

Referências

Problemas
Elaboração de Gráficos de Fluxos 4S.2 Um tubo aquecido está inserido excentricamente no
interior de um material cuja condutividade térmica é de
4S.1 Uma longa fornalha, construída com tijolos refra- 0,5 W/(m  K), conforme mostra a figura. Utilizando o
tários com uma condutividade térmica de 1,2 W/(m método do gráfico de fluxos, determine o fator de forma
 K), possui a seção transversal mostrada na figura e a taxa de transferência de calor por unidade de compri-
com temperaturas nas superfícies interna e externa mento, quando as temperaturas do tubo e da superfície
iguais a 600 e 60°C, respectivamente. Determine o externa do material são 150 e 35°C, respectivamente.
fator de forma e a taxa de transferência de calor por
unidade de comprimento, usando o método do gráfico
de fluxos.

4S.3 Uma estrutura de suporte, fabricada em um material cuja


condutividade térmica é de 75 W/(m  K), possui a seção
transversal mostrada. As superfícies indicadas encontram-

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CD-6 Capítulo 4S.1

se a temperaturas diferentes, T1  100°C e T2  0°C, 4S.6 Uma longa coluna de sustentação, com seção trans-
enquanto as demais laterais estão termicamente isoladas. versal trapezoidal, tem as superfícies laterais isoladas,
enquanto temperaturas de 100 e 0°C são mantidas em
suas superfícies superior e inferior, respectivamente.
A coluna é fabricada em aço AISI 1010 e as larguras
de suas superfícies superior e inferior são 0,3 e 0,6 m,
respectivamente.

(a) Estime a temperatura na posição P.


(b) Usando o método do gráfico de fluxos, estime o (a) Usando o método do gráfico de fluxos, determine
fator de forma e a taxa de transferência de calor, por a taxa de transferência de calor por unidade de
unidade de comprimento, através da estrutura. comprimento da coluna.
(c) Esboce as isotermas para 25, 50 e 75°C. (b) Se a coluna trapezoidal for substituída por uma
(d) Considere a mesma geometria, agora com as super- barra do mesmo material, mas com seção trans-
fícies com 0,1 m de largura isoladas, a superfície versal quadrada de 0,3 m de lado, qual altura H a
a 45° mantida a uma temperatura T1  100°C e as barra deve possuir para que ela proporcione uma
superfícies com 0,2 m de largura mantidas a T2  resistência térmica equivalente?
0°C. Usando o método do gráfico de fluxos, estime 4S.7 Barras prismáticas ocas, fabricadas em aço-carbono
o fator de forma correspondente e a taxa de trans- não-ligado, têm 1 m de comprimento e as suas superfí-
ferência de calor por unidade de comprimento. cies superior e inferior, bem como as duas extremidades,
Esboce as isotermas para 25, 50 e 75°C. estão isoladas termicamente. Para cada barra, ache o
4S.4 Um líquido quente escoa em um canal em V escavado
fator de forma e a taxa de transferência de calor por
em um sólido, cujas superfícies laterais e superiores
unidade de comprimento da barra quando T1  500 K
estão isoladas, enquanto a superfície inferior está em
e T2  300 K.
contato com um refrigerante.

Dessa forma, a superfície do canal em V encontra-se


a uma temperatura T1, superior àquela da superfície
inferior, T2. Construa o gráfico de fluxos apropriado e 4S.8 As formas quadradas bidimensionais mostradas na
determine o fator de forma do sistema. figura, com 1 m de aresta, são mantidas a tempera-
4S.5 Um fluido quente passa pelo interior de um duto muito turas uniformes, T1  100°C e T2  0°C, em partes de
longo que possui seção transversal interna circular e cuja seus contornos, enquanto o restante se encontra isolado
condutividade térmica é de 1 W/(m  K). O fluido mantém termicamente.
a superfície interna do duto a uma temperatura T1  50°C.
As superfícies externas, de seção transversal quadrada,
estão isoladas ou são mantidas a uma temperatura uniforme
T2  20°C, dependendo da aplicação. Para cada caso, ache
o fator de forma e a taxa de transferência de calor.

Use o método do gráfico de fluxos para estimar a taxa


de transferência de calor por unidade de comprimento
normal à página, se a condutividade térmica for 50
W/(m  K).

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