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Sorocaba/SP
Abril/2011
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Sorocaba/SP
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Abril/2011
AGRADECIMENTO
Dedico,
Resumo
Sumário
Introdução..............................................................................................
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
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INTRODUÇÃO
Por outro lado, do jeito que a avaliação tem sido feita, acaba comprometendo
mesmo a concretização do projeto. Entende-se que o tema precisa ser tratado com muito
critério porque tem muitos desdobramentos.
Falar sobre avaliação é uma tarefa difícil. Difícil por ser assunto que gera
controvérsias entre alunos, professores, diretores e outros indivíduos ligados direta ou
indiretamente ao processo de ensino aprendizagem. As posições são geralmente
radicais: alguns defendem a avaliação como se ela significasse a solução de todos os
problemas educacionais; outros atacam “Morra a Avaliação”, desconsiderando seu
importante papel de informação e orientação para a melhoria do ensino.
Um educador deve se conscientizar das implicações filosófico-políticas que
permeiam o processo avaliativo em uma perspectiva inovadora da avaliação no que diz
respeito à questão da melhoria da qualidade do ensino. Ainda hoje avaliar é confundido
com medir, talvez pela própria origem histórica da avaliação.
O uso da avaliação vem de longa data. Através da EBEL – Encontro Baiano dos
Estudantes de Letras (2001), tem se o relato sobre a presença de exames já em 2.205
a.C. Nesta época, o imperador chinês examinava seus oficiais a cada três anos, com o
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A Avaliação inclui;
-Definição de que medidas e critérios abranger;
-Coleta de informações relevantes através de medidas e outros meios;
-Aplicação de critério e outros meios para determinar o mérito.
são importantes para nós nos elogiam, sentimo-nos encorajados a enfrentar desafios,
fortalecendo nossa auto-imagem.
O professor é importante para os alunos e constitui uma referência para a
formação do seu autoconceito, a maneira como se relaciona com eles é fundamental
para que se sintam inteligentes e capazes. Para isso, é bom não só elogiar o aluno na
ocasião adequada, mas também mostrar-lhe, de forma precisa e direta, quais foram suas
conquistas. “Ninguém nasce educador ou marcado para ser educador. A gente se faz
educador, a gente se forma, como educador, permanentemente, na prática e na reflexão
da prática “. (FREIRE, 1991: 58).
Tais informações ajudam os alunos a tomar consciência de sua própria
aprendizagem e a usar com mais segurança os conhecimentos de que se apropriaram.
Cabe ao professor ajudar os alunos a falar de si, emitir opiniões sobre os acontecimentos
e explicitar suas hipóteses explicativas nas situações de aprendizagem.
É preciso construir uma relação com os alunos e entre eles de forma a criar um
ambiente onde todos sejam respeitados em suas diferenças, não permitindo que zombem
um dos outros; ouvindo suas ideias de cada um com atenção, fazendo com que todos
participem das atividades propostas.
As funções da avaliação são parcialmente duas: a diagnóstica e a classificação.
Da primeira, supõe-se que permita ao professor e ao aluno detectar os pontos fracos e
extrair as conseqüências pertinentes sobre onde colocar posteriormente a ênfase do
ensino e da aprendizagem.
A segunda tem por efeito hierarquizar e classificar os alunos. A avaliação prega
em parte a avaliação com base na primeira, mas a emprega fundamentalmente para a
segunda.
Com relação à testagem, os testes podem ser agrupados segundo sua finalidade:
- Testes de aptidões especiais;
- Testes de personalidade e interesse;
- Testes de aproveitamento.
Sem dúvida, além de buscar uma nova direção para as finalidades da avaliação
da aprendizagem, é fundamental ampliar a discussão, construindo uma proposta de
avaliação da aprendizagem e de todos os integrantes.
No sistema educacional, hoje, só o aluno é avaliado. É usual atribuirmos a ele as
causas do seu bom ou mau desempenho escolar. Ou seja, de todos os integrantes da
escola, só o aluno é sistematicamente avaliado.
Observo que a competência ou incompetência do aluno resulta, em última
instância, da competência ou incompetência da escola, não podendo, portanto, a
avaliação escolar restringir-se a um de seus elementos de forma isolada.
Tal proposição reflete o entendimento de que a escola deve ser avaliada em sua
totalidade, ou seja, de todos os elementos integrantes da organização devem ser foco de
análise: a atuação do professor e de outros profissionais da escola; os conteúdos e
processos de ensino; as condições, as dinâmicas e as relações de trabalho; os recursos
físicos e materiais disponíveis; a articulação da escola com a comunidade.
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Tal constatação incita que o educador torne o ato de avaliar algo prazeroso, num
processo contínuo e, acima de tudo, que a avaliação se constitua num diagnóstico da
aprendizagem.
Segundo VASCOCELLOS (2001), quando optamos por uma nova postura em
avaliação, terá que haver anteriormente uma mudança interna, pessoal de postura. Ou
seja, temos que mudar nossas velhas verdades e transformá-las. Há uma ansiedade em
se buscar o novo, mas há muito do que se aproveitar daquilo que está em sala, no
cotidiano. Basta recriar...junto com as crianças!
A compreensão que temos hoje do processo de ensino-aprendizagem exige um
outro olhar para o processo de avaliação, que não pode mais se limitar a ser um
procedimento decisório quanto à aprovação ou reprovação do aluno. Aprovação e
reprovação são distorções perversas do conceito de avaliação. A avaliação é um
procedimento pedagógico pela qual se verifica continuamente o processo de
aprendizagem e se decide, se necessário, sobre os meios alternativos de recuperação ao
reforço.
Por que a avaliação na escola ocupa tanto tempo das reuniões pedagógicas, dos
encontros de professores, dos seminários, dos congressos? Porque tem se apresentado
como tema central das conferências e preocupação de estudiosos da Educação? Quanto
tempo da formação dos professores tem sido destinado a compreender a Avaliação
Escolar e seus processos? As opiniões, dúvidas, conclusões a serem expostas neste texto
fazem parte desse amplo movimento que percorre todo o país, em várias redes de ensino
e em todo o mundo. São contribuições, frutos do trabalho de vários educadores, síntese
das reflexões e experiências dos educadores em salas de aula.
Há um certo descompasso entre os princípios e conceitos que nortearam nossa
formação profissional, calcados não só na pedagogia tradicional mas em toda a
representação cultural alicerçada na seleção, na estratificação, na padronização e a real
performance do público que lidamos hoje, ou seja, ele é questionador, resistente o que
lhe agride, crédulo de que pode mudar o rumo das “coisas” quando deseja. Esse
fenômeno tem se manifestado com muita frequência na escola. Isso tem levado os
educadores a se debruçarem sobre o assunto, sem tréguas.
O alargamento do conceito da Avaliação nos faz ver suas diversas faces e como
poder está associado à ela. Mostra o seu fim e os seus meios. Falar da Avaliação no
âmbito da Educação Escolar, no campo da Educação de Direitos, nos leva a pensar a sua
função, o papel social do professor a razão da existência da Escola. Traz a discussão
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A maneira como uma escola avalia é o reflexo da educação que ela valoriza.
Essa prática deve ser capaz de julgar o valor do aluno e possibilitar que ele cresça, como
indivíduo e como integrante de uma comunidade.
Concordamos com LUCKESI (1998) segundo o qual deve se parar de confundir
avaliação de aprendizagem com exames. A avaliação de aprendizagem, por ser
avaliação, é amorosa, inclusiva, dinâmica e construtiva, diversa dos exames, que não
são amorosos, são excludentes, não são construtivos, mas classificatórios. A avaliação,
segundo ele traz para dentro, enquanto que os exames selecionam, excluem,
marginalizam.
Observando como a escola avalia, podemos saber se ela dá condições ou não
para a obtenção de uma melhor qualidade de vida. Se ela estiver assentada sobre a
disposição para acolher os alunos poderão construir qualquer coisa que seja.
Não é possível avaliar um objeto, uma pessoa ou uma ação caso ela seja
recusada ou excluída, desde o início, ou mesmo julgada previamente. A avaliação, a
nosso ver, é uma janela por onde se vislumbra toda a educação e terá seu sentido mais
autêntico e significativo se tiver articulação com o projeto político-pedagógico da
escola. É ele que dá significado ao trabalho docente e à relação professor-aluno.
3.2. Instrumentos
Questionário apresentado:
Prof. 5. A avaliação serve para conhecer melhor o aluno e ensinar melhor. Serve
para conhecer suas competências curriculares, seu estilo de aprendizagem, seus
interesses, suas técnicas de trabalho.
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Prof. 1. Acredito que a escola ainda segue uma avaliação através de provas, o aluno
é medido somente naquela situação específica, abandonando-se tudo aquilo que foi
realizado em sala de aula antes da prova, apesar da escola veicular que avalia o
aluno por um todo.
Prof. 3. Eu acredito que a escola está seguindo o que lhe é imposto. E, nós
educadores devemos seguir o que a escola impõe. Tanto a escola como os
educadores estão seguindo as novas propostas através da legislação e parâmetros.
Assim, penso que devo procurar pensar como eles e concordar.
Prof. 5. Eu acho que a escola passa para os professores como deve ser a avaliação
mas, cada um avalia de uma maneira diferente. Falta orientação e, a educação não
tem melhorado em nada com as novas propostas .
4. Aponte fatores que, na sua opinião, poderiam ser melhorados para refletir uma
avaliação mais fidedigna ( em termos técnicos, relativos à escola, e em termos
práticos, relativos a sua atuação).
Prof. 1. A avaliação da maneira como está sendo conduzida no país deixa a desejar
em todos os setores. A escola deveria reivindicar classes com menos alunos, mais
estrutura, mais orientação e reciclagem de professores. Quanto a atuação dos
professores é difícil dizer, uma vez que o seu desempenho depende das condições
que a escola oferece.
omitir frente ao seu encaminhamento equivocado. Por mais que eu queira uma
avaliação formativa, cuidando para os alunos se apropriarem de saberes adequados,
minha autonomia como a de todos os professores, é limitada. Siga o que a escola me
impõe.
Prof. 5. A escola segue o sistema e passa ao professor o que ela quer que ele faça em
sala de aula, sem muito critério, sem recursos, sem dar condições ao professo. Eu,
me sinto perdida ao ver que a avaliação não está sendo conduzida de uma forma
real. Avaliamos em sala de uma Meira fragmentada.
Prof. 2. Tenho muitas. São tantas que vou me limitar a dizer o seguinte: Como
avaliar um aluno indisciplinado, que mostra não ter respeito para o professor e com
os colegas mas, que, ao fazer uma prova mostra que sabe a matéria? Demonstra
saber a essência do conteúdo, mas não quer conversar sobre o assunto? Difícil não?
Prof. 3. Tenho alguns critérios para fazer o relatório. Tendo isso claro, posso dizer
quanto o aluno está se aproximando, ou não, dos objetivos. Mas sempre há dúvidas
se estou ou não avaliando de forma correta.
Prof. 5. Sim, pois cada sala tem sua heterogeneidade de alunos onde o rendimento
diferencia-se na hora de avaliar e, isso ocorre às vezes incertezas de estar ou não
avaliando corretamente. Como fazer isso com mais de 40 alunos em classe?
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Ao perguntar sobre à forma que cada um avalia seus alunos, há controvérsias nas
respostas, pois uns seguem a cartilha da escola que lecionam, outros acham que estão no
caminho certo.
Com as novas propostas que tem sido implantadas na educação nos últimos anos
tem ficado um pouco perdido, pois num momento tem que se proceder de uma forma,
logo muda tudo. Conclui-se que a avaliação junto aos alunos é uma grande incógnita.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A pesquisa de campo realizada para esse trabalho mostrou que com novas
propostas que tem sido implantadas na educação nos últimos anos, os professores tem
ficado um pouco perdidos, pois num momento tem que proceder de uma forma, em
outro muda tudo. E, a partir daí percebe-se que a avaliação junto aos alunos é uma
grande incógnita.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Leis. Decretos. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional: Lei nº 9.394
de 20 de dezembro de 1996. Brasília, 1996.
MELCHIOR, Maria C.: Avaliação pedagógica. São Paulo: Mercado Aberto, 1994.
SANT’ANNA, Ilza Martins. Avaliar Por que? Avaliar Como? – leituras. 6 ed, São
Paulo: Editora Vozes, 2002.
Mudar a avaliação. Sem essa de exclusão! Revista Mundo Jovem, Porto ALEGRE: Nº
318 DE JULHO 2001.