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AS RELAÇÕES INTERNACIONAIS E OS
SEUS PROBLEMAS ESPECÍFICOS
ANA CARDOSO
Aluno Nº 21150138
SANDRA GONÇALVES
Aluno Nº 21120601
CATARINA FERREIRA
Aluno Nº 20101020
MAIO DE 2007
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ÍNDICE:
1. BIOGRAFIA 3
3. COMÉRCIO INTERNACIONAL 8
4. CONCEITOS-CHAVE 11
5. BIBLIOGRAFIA 11
6. SITES CONSULTADOS 11
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1. BIOGRAFIA
Entre 1809 e 1815 publicou alguns panfletos sobre a questão do preço do ouro,
proteccionismo na agricultura e os seus efeitos sobre os preços agrícolas, os lucros do
capital e o crescimento económico. A partir de então dedicou-se a escrever um tratado
teórico geral sobre a economia, os Princípios, tendo sido publicado em 1817,
constituindo-se assim um marco teórico decisivo para o desenvolvimento da economia
política clássica.
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divergências com economistas mais conservadores, como Malthus, os quais temiam ver
o sustento dos trabalhadores britânicos sob o poder de países estrangeiros, potenciais
inimigos. Neste mesmo ano, David Ricardo publicou toda a sua tese liberal em “ Ensaio
sobre a Influência do Baixo Preço do Cereal sobre o Lucro do Capital “.
As suas obras atingiram vastas áreas da economia, tais como: política monetária, teoria
dos lucros, teoria da renda fundiária e da distribuição, teoria do valor e do comércio
internacional, sendo que muitas destes temas permanecem actuais nos dias de hoje.
Para David Ricardo o equilíbrio poderia ser alcançado com a aplicação das suas teorias.
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2.1 Teoria do Valor - Trabalho
Enquanto que para Adam Smith o valor das mercadorias era determinado pela
quantidade de trabalho que essas mercadorias poderiam comprar, designando-se por
teoria do valor trabalho comandado, para David Ricardo o valor da troca das
mercadorias era determinado pela quantidade de trabalho necessário à sua produção,
não dependia da abundância, mas sim do maior ou menor grau de dificuldade na sua
produção ficando, assim, conhecida por teoria do valor do trabalho incorporado. Os
preços das mercadorias são, então, proporcionais ao trabalho nelas incorporado. Para
David Ricardo a teoria dos preços não é mais do que uma teoria de preços relativos, ou
simplesmente de razões de troca entre diferentes mercadorias.
Foram três as hipóteses consideradas por David Ricardo para a elaboração do seu
modelo de repartição de rendimentos:
• A lei dos rendimentos decrescentes reflecte que para conseguir quantidades
adicionais iguais de um bem, a sociedade tem de utilizar quantidades crescentes
de factores. Se existirem rendimentos decrescentes na produção de um bem, o
custo de oportunidade de produzir unidades sucessivas do mesmo bem é cada
vez maior.
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Tabela 1 – Produção de trigo
Perante tal situação, David Ricardo combate todo este pessimismo com a sua ideia de
liberdade de comércio. A importação levaria a que os empresários não fossem
obrigados a utilizar terras menos produtivas, e deste modo a um aumento de renda e
redução da taxa de lucro. Desta forma a taxa de lucro não desceria e o estado
estacionário poderia ser evitado. Note-se que esta liberdade de comércio não conviria
aos proprietários fundiários que veriam os seus rendimentos reduzirem-se.
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eliminação de direitos alfandegários protectores, ou proteccionismo, com a supressão de
impostos sobre importações e com a exclusão de entraves administrativos à liberdade de
comércio entre as nações. David Ricardo, pelo que anteriormente já foi exposto, foi um
defensor dos empresários e um importante defensor do livre-cambismo.
Vinho Tecido
80h 120h
= 1,14 = 1,90
70h 63h
Vinho Tecido
70h 63h
= 0,875 = 0,525
80h 120h
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tem uma vantagem comparativa na produção de tecido e uma desvantagem comparativa
na produção de vinho (0,525<0,875).
A partir deste estudo, Ricardo provou que cada país seria beneficiado caso se
especializassem no produto onde detém maior vantagem comparativa, o produto total
global de cada bem aumenta, melhorando a situação de todos os países envolvidos nas
trocas internacionais, pois menores seriam os custos de produção, os salários de
subsistência dos trabalhadores e em consequência os lucros seriam os maiores possíveis.
Outra crítica que se faz ao modelo Ricardiano é que assume um único factor produtivo,
o trabalho, não é possível analisar os efeitos distributivos do rendimento. Todos os
países ganham quando existe uma liberdade de comércio, no entanto pode haver alguns
indivíduos, empresas e factores de produção que ficam prejudicados e teriam
rendimentos maiores se existissem restrições ao comércio. Os que perdem tentam
defender-se do “inimigo internacional” e surge o “proteccionismo”. O “proteccionismo”
é uma política comercial que tenta proteger as indústrias nacionais das importações a
preços reduzidos sendo tomadas algumas medidas como colocando impostos
alfandegários e de quotas de importação. O Proteccionismo opõe-se ao comércio livre e
portanto à Globalização sob o prisma comercial.
Apesar das suas limitações, a teoria da vantagem comparativa é uma das verdades mais
profundas de toda a economia. Um país que não respeite a vantagem comparativa paga
um preço elevado em termos de níveis de vida e de crescimento económico. [1]
3. COMÉRCIO INTERNACIONAL
O comércio internacional é a troca de bens e serviços através de fronteiras
internacionais ou territórios. Na maioria dos países, ele representa uma grande parcela
do PIB. O comércio internacional esteve presente através de grande parte da história da
humanidade, tendo tido ao longo dos tempos uma importância crescente. O avanço
industrial, dos transportes, a globalização, o surgimento das corporações multinacionais,
e o outsourcing tiveram um grande impacto no incremento deste comércio, este
aumento, normalmente, é relacionado com o fenómeno da globalização.
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3.1 REGULAMENTAÇÃO DO COMÉRCIO INTERNACIONAL
Tradicionalmente o comércio é regulamentado através de tratados bilaterais entre as
nações. Durante os séculos de crença no mercantilismo a maioria das nações mantinham
altas tarifas e muitas restrições ao comércio internacional. No século XIX,
especialmente no Reino Unido, a crença no livre comércio tornou-se um paradigma e,
desde então este pensamento tem dominado as nações ocidentais. Posteriormente à
Segunda Guerra Mundial tratados multilaterais como o GATT e a OMC tentaram criar
estruturas refutatórias de alcance mundial.
• Riscos Económicos
o Risco de insolvência do comprador;
o Risco de atraso no pagamento;
o Risco de não-aceitação;
o Riscos relacionados à soberania económica.
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• Riscos Políticos
o Risco de cancelamento ou não renovação de licenças de exportação ou
importação;
o Riscos relacionados com conflitos armados;
o Risco de expropriação ou confisco por companhias importadoras;
o Risco de imposição de um banimento de algum bem após o embarque;
o Risco de transferência
o Riscos relacionados à soberania política.
4. CONCEITOS-CHAVE
Custos relativos Estado estacionário
Importação Liberdade de comércio
Taxa de Lucro Proteccionismo
Renda Renda diferencial
Rendimentos decrescentes Salário natural
Vantagem absoluta Vantagem comparativa
5. BIBLIOGRAFIA
[1] Samuelson, P. e Nordhaus, W., “Economia”, McGraw-Hill, 1999, pp. 688-695
[2] Neves, João César, “ O Que é a Economia? “, Principia, Cascais, 2003, pp. 103-
118.
6. SITES CONSULTADOS
[1] http://pt.wikipedia.org/wiki/David_Ricardo
[2] http://www.economiabr.net/economia/1_hpe5.html
[3] http://www.vestibular1.com.br/revisao/teorias_economicas.doc
[4] http://www.unisinos.br/ihu/uploads/publicacoes/edicoes/1158330491.25pdf.pdf
[5] http://66.249.91.104/translate_c?hl=pt-
PT&u=http://iang.org/free_banking/david.html&prev=/search%3Fq%3Ddavid%2B
ricardo%26start%3D80%26hl%3Dpt-PT%26sa%3DN
[6] http://cogitoergosun.no.sapo.pt/ecopol2sem.pdf
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