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FLORIANÓPOLIS (SC)
2007
EDUARDO MORENO PERSSON
Florianópolis
2007
EDUARDO MORENO PERSSON
Banca Examinadora:
Jigoro Kano
RESUMO
The ampleness and complexity of the legal ascription of Military Police are observed
by the present legislation analysis, especially the Constitution of the Federative
Republic of Brazil. The Estate assures to the public agent the called power of police,
necessary to the broad exercise of the military police action. The coactivity, attribute
of the police`s power, make legal the use of the force by military police when required
to application of the law. However, the human rights must be respected, in the
opposite, the public agent can be legally responsiveble. The Brazilian legislation
relative to the force use by police agents, even though their legal limit lames as the
application of this force , find a way to protect the citizen`s rights and individual
guarantees. Force use models, created based on the human rights prioritize the
application of the techniques whose knowledge can be acquired by the practice of
martial arts. The military police activity, by its specific features needs a technical
action by the public agent forefront the society. The martial arts, repassed in the
discipline of personal defense in the Military Police of Santa Catarina, has its source
root in the dawn of the civilization. Characterized by cult of the traditions, by the
practice of training battle techniques, personal defense and physical activities,
aggregate valor, physical and psychological benefits to their practicers. Researches
and scientific articles confirms jobs renowned authors in the area of martial arts,
revealing that your practice aggregate physics and psychological qualities to your
practicers. The Military Police, due your activity, needs a broad physical capacity and
psychological control. Thus, conclude that physical, psychological and technical or
operational benefits can be acquired by the military police, practicers of martial arts.
The stimulation of this practice as the valuability of the discipline of personal defense,
where martial arts techniques are repassed, shows the great importance for the
military police and the Institution.
Keywords: Martial Arts; Personal Defense; Use of the Force; Physical Benefits;
Psychological Benefits; Technical Benefits; Human Rights; Military Police.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
RESUMO
ABSTRACT
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
1 INTRODUÇÃO............................................................................................... 12
5.1 CONCEITOS.................................................................................................. 53
5.1.1. Artes Marciais.................................................................................... 53
5.1.2. Defesa Pessoal.................................................................................. 55
5.2 ORIGEM E CARACTERÍSTICAS GERAIS DAS ARTES MARCIAIS ............ 56
5.2.1. Kung fu............................................................................................... 60
5.2.2. Jiu-jítsu .............................................................................................. 62
5.2.3. Judô.................................................................................................... 65
5.2.4. Aikido ................................................................................................. 67
5.2.5. Karatê ................................................................................................. 69
5.2.6. Tae-kwon-do ...................................................................................... 71
5.3 PESQUISAS CIENTÍFICAS SOBRE BENEFÍCIOS ADVINDOS COM A
PRÁTICA DE ARTES MARCIAIS ......................................................................... 74
6 METODOLOGIA............................................................................................ 80
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS........................................................................... 82
8 REFERÊNCIAS ............................................................................................. 86
1 INTRODUÇÃO
1.2 JUSTIFICATIVA
1.4 OBJETIVOS
1.4.1. Geral
Sobre o poder de polícia, Caio Tácito apud Büring (2003, p. 6), coloca
que “é fundamentalmente uma limitação administrativa a um direito ou
liberdade, a um benefício, de um interesse qualificado em lei, e supõe uma
norma expressa de competência, ou seja, a ninguém é lícita a auto promoção
do poder de polícia”.
Mukai (1999, p. 89), traz como poder de polícia a “faculdade, inerente à
Administração Pública, que esta detém, para disciplinar e restringir as
atividades, o uso e gozo de bens e de direitos, bem como, assim as liberdades
dos administrados, em benefício da coletividade”.
Um ato de polícia, como uma ordem para que o cidadão fique onde está,
reveste-se destes atributos. O policial ao determinar tal atitude ao cidadão o faz
sem consultar o judiciário. Impõe sua determinação, explicitando o caráter
coercitivo do ato administrativo. Escolhe, ainda, o momento correto e a
circunstância ideal para que possa impor sua determinação, demonstrando o
caráter discricionário do ato.
Rover (1998) afirma que o século XX, um dos períodos mais marcantes
e intensos da humanidade, é o mais referenciado quando o assunto são
direitos humanos. No entanto, os princípios humanísticos têm origem há muitos
séculos. Durante este período, duas grandes guerras foram travadas,
marcando episódios de crueldade, atrocidades, xenofobia, racismo, tortura e
genocídio. Uma grande mobilização mundial formou-se com intuito de reprimir
quaisquer possibilidades destes acontecimentos virem a ocorrer novamente.
Assim em 1945, foi criada uma organização mundial e internacional com a
intenção de manter a paz e a segurança internacional, chamada ONU.
Neste caso fica mais evidente que o uso da força letal, por exemplo, de
armas de fogo, deve ser feito quando todos os outros meios foram ineficazes. A
obra Instrução Modular da Polícia Militar de Santa Catarina (2002) coloca ainda
diversas observações para quando o uso de armamentos letais for necessário
como: identificação prévia do agente policial e do pretenso uso da arma de
fogo, verificar o tipo de armamento e de munição do policial para que seja o
menos letal possível, além do controle absoluto de sua distribuição e
investigação total de quando foi utilizado.
Cunha (2004, p. 11) afirma que “na atual conjuntura não se admite uma
Força Policial não possuir diretrizes de ação pautadas pelos preceitos do Uso
da Força: Legalidade, Necessidade e Proporcionalidade”. O policial para ser
profissional deve saber usar moderadamente a força e proporcionalmente a
gravidade do delito cometido.
Führer (1999) coloca que não há crime quando o agente pratica o fato
em estrito cumprimento do dever legal, como no caso do policial que prende
em flagrante ou que revida tiros de assaltante e acaba matando um deles.
Pinto e Valério (2002, p. 62) refletindo sob este prisma, colocam que sob
os olhos do poder judiciário, a ação desproporcional e imotivada, dentre outros
aspectos é causada pela “falta de confiança na eficácia de suas técnicas de
contenção e de defesa pessoal” ou mesmo pelo desconhecimento por parte do
agente público dos efeitos que tais golpes, técnicas, podem ocasionar. Os
autores colocam ainda que isto ocorre pela falta de treinamento, preparo dos
policiais, bem como insuficiente controle emocional e racionalidade, em
conjunto com falta de preparo psico-motor, que lhes proporcionem “ações
físicas oportunas e comedidas”.
O Ministério da Justiça (2006) traz ainda o Código de Processo Penal.
Nesta salienta os artigos 284 e 293 que permitem o emprego da força pelos
policiais no exercício profissional.
O Código Penal Militar, também citado pela apostila Uso Legal da Força,
do Ministério da Justiça (2006), traz em seu artigo 42, a exclusão de crime,
artigo análogo ao do Código Penal comum.
Sírio (2007) afirma ser abuso de autoridade qualquer ato do poder que
atente contra:
5.1 CONCEITOS
Ramos (2001) concorda com Cunha (2004) quanto a origem indiana das
artes marciais. Refere-se como a primeira arte marcial o Vajramushti, e quanto
à tradução faz a seguinte referência: Vajra significa real, bastão, cetro, vara,
direto, reto, correto, sol, etc.; mushti: golpe, soco, punho, raio, etc.
Severino (1988) também aponta para Índia, à aproximadamente três mil
anos antes de Cristo, como o período onde uma arte marcial denominada
Yainanusht foi criada. Mais tarde, por volta de quatrocentos e setenta e um e
quinhentos e vinte antes de Cristo, Bodhidharma conhecedor desta arte, levou-
a até um templo chinês chamado Shaolin, na província de Honan, no município
de Ten Fon. Segundo o autor, Bodhidharma pode ser traduzido como: Bodhi =
intuição e Dharma = lei. Velasco (1998) afirma que Bodhidharma é conhecido
pelos chineses como Tamo e pelos japoneses como Daruma.
Natali apud Ramos (2001) afirma que o Vajramushti tem sua origem
entre três mil e quinhentos e mil e quinhentos antes de Cristo. Segundo textos
históricos, Bodhidharma, o vigésimo oitavo patriarca do Budismo, teria levado
tal arte para o mosteiro Shaolin na China, dando origem ao Kung fu. Muñoz-
Delgado apud Ramos (2001) também concordam com a origem das artes
marciais baseada no Vajramushti, e afirma também que pode ser chamada de
Vyáyám.
Segundo a lenda exposta por Ramos (2001), Bodhidharma, buscando
revitalizar o budismo na China, deslocou-se a pé, cruzando os montes
Himalaia, chegando ao Templo Shaolin. Lá encontrou os monges em péssimas
condições físicas, então iniciou uma série de exercícios respiratórios, baseados
na Ioga. O regime de condicionamento iniciado por Bodhidharma,culminou no
tradicional método de Shaolin de boxe chinês, base dos estilos de Kung fu de
Shaolin. O Pancrácio, forma de luta grega pré-cristã, segundo Corcoran &
Farkas apud Ramos (2001) também possui suas origens no Vajramushti. Costa
(2006) também concorda com os autores anteriores sobre a origem indiana das
artes marciais, citando inclusive Bodhidharma como pai das artes marciais.
Ramos (2001) aponta o budismo como religião posteriormente adotada
pelo Vajramushti, o que contribuiu para sua inserção no mosteiro Shaolin, na
China. Nieto apud Ramos (2001) expõe que além da China, as artes marciais
inicialmente difundiram-se para outros países como a Birmânia, e para o
ocidente, chegando a Pérsia e a Grécia. Ramos (2001) acrescenta ainda a
Mongólia, Coréia, Japão e Okinawa (atualmente pertencente ao Japão), bem
como para Java, Sumatra, Bornéo e Filipinas. Após a segunda Guerra Mundial,
em 1945, as artes marciais tiveram uma difusão mundial. Nieto apud Ramos
(2001, p. 1) sobre a difusão das artes marciais e sua inserção na realidade
ocidental afirma o seguinte:
5.2.1. Kung fu
Ferreira (2004) diz ser a origem da palavra Kung fu, chinesa e define a
arte marcial como: “Arte marcial chinesa semelhante ao Karatê, que se
popularizou no Ocidente com os filmes do ator norte-americano Bruce Lee
(1941-1973), na década de 1970”.
Diversos autores referem-se ao Kung fu como a arte das experiências de
combate, de guerra, desenvolvidas pelo homem ao longo dos tempos.
Inclusive, como vimos anteriormente a origem das artes marciais, confunde-se
com a origem do Kung fu. Segundo Costa (2006, p. 17), na China, acredita-se
que o Kung fu originou-se desde o momento em que “o homem de Neanderthal
utilizou-se pela primeira vez de um osso ou de uma pedra para melhorar suas
qualidade na luta”.
Natali apud Macari (2006) traduz o significado de Kung fu como
maestria, habilidade e eficiência ou domínio alcançado com o tempo. Segundo
Macari (2006) os autores mais especializados traduzem como sendo
“habilidade”.
P arus ls hi apud Macari (2006) afirma que os primeiros registros
fidedignos de Kung fu foram encontrados em ossos e cascos de tartaruga
originados da dinastia Shang (1600 a.C. – 1100 a.C.), embora acredite-se que
tenha sido originado muito antes deste período. Natali (1985), discordando de
Paruslshi, afirma que a primeira vez que o Kung fu, Wushu, foi mencionado
historicamente, foi em dois mil seiscentos e setenta e quatro antes de Cristo.
Natali (1985, p. 12) relata tal fato da seguinte maneira:
5.2.2. Jiu-jítsu
5.2.3. Judô
5.2.4. Aikido
Bull (1996) afirma que todo dojo, lugar onde se pratica arte marcial, no
caso o Aikido, possui um quadro de lemas criados pelo próprio Morihei
Ueshiba. Dentro destes lemas percebe-se a ênfase na disciplina, no auto-
controle, na calma, na humildade, na justiça, e na paz.
Severino (1988, p. 99) declara: “Tanto o Judô como o Aikido,
proporcionam ao corpo flexibilidade, relaxamento, descanso muscular e
nervoso. Acarretam também uma pacificação mental natural”.
5.2.5. Karatê
5.2.6. Tae-kwon-do
6.1 MÉTODO
ABRAHÃO, José R.R.; NAKAYAMA, Ricardo. Tonfa. Arma não letal para
profissionais de segurança pública e privada. eBooksBrasil.
Supervirtual, 2002. Disponível em:
http://www.ebooksbrasil.org/adobeebook/tonfa.pdf. Acesso em: 09 jul 2007,
11:29:00.
ALMEIDA, Aires et al. A Arte de Pensar. Vol. 1. 2007 ed. Porto, PT:
Didáctica, 2007.
CAPEZ, Fernando. Curso de Direito Penal: Parte geral. Vol. 1. 7.ed. rev. e
atual. São Paulo: Saraiva, 2004.