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INTRODUÇÃO

Em tempos antigos, as mercadorias que os consumidores necessitavam não


eram produzidas onde estes gostariam de consumi-las ou não eram acessíveis
quando as desejavam. Alimentos e outros produtos estavam amplamente dispersos
e disponíveis em grande quantidade apenas em certas épocas do ano. Os clientes
tinham que consumir os produtos imediatamente nos locais onde compravam, ou
precisavam levá-los para um local de sua escolha e armazená-los em certo período
de tempo para uso posterior. Entretanto, devido à ausência de um sistema de
transporte bem-desenvolvido e de sistemas de armazenagem corretos, o movimento
de mercadorias era limitado ao que um indivíduo podia carregar em suas mãos e a
armazenagem de perecíveis era possível apenas por um curto período de tempo.
Essas limitações dos sistemas de movimentação e de armazenagem forçavam as
pessoas a viverem perto das fontes de produção e a consumirem uma escassa
gama de mercadorias.

Atualmente, com a melhora do sistema logístico (compras, vendas,


transportes, armazenagens, etc.) o consumo e a produção começaram a se separar
geograficamente. As regiões se especializam nas mercadorias que podem ser
produzidas com mais eficiência. O excesso de produção pode ser transportado de
forma econômica para outras áreas produtivas ou consumidoras, enquanto que os
produtos necessários que não são produzidos no local são importados, tudo isso
sem prejuízos. Esses processos de troca no local seguem o principio da vantagem
comparativa.

Segundo Figueiredo e Arkader (1998), o conceito de gerenciamento da cadeia


de suprimentos ou Supply Chain Management (SCM), surgiu como uma evolução
natural do conceito de Logística Integrada. Enquanto a Logística Integrada
representa uma integração interna de atividades, o SCM representa sua integração
externa, pois estende a coordenação dos fluxos de materiais e informações aos
fornecedores e ao cliente final. Afirmam ainda que, a gestão da cadeia de
suprimentos, além da redução de custos, pode proporcionar outras formas de
obtenção do aumento da produtividade, como, por exemplo: (a) a redução de
estoques, a racionalização de transportes e a eliminação de desperdícios, (b)
agregando-se valor aos produtos mediante prazos confiáveis, atendimento no caso
de emergências, facilidade de colocação de pedidos, serviço pós-venda, dentre
outros.

O Supply Chain Management revolucionou completamente não somente a


forma de se comprar como também a produção e a distribuição de bens de serviços.
Entretanto, em virtude dos sistemas cada vez mais complexos e do crescimento
incessante da tecnologia de informação e de formas de gerenciamento, a cadeia de
suprimentos continuará revolucionando áreas como a administração de materiais,
marketing, vendas e produção, dentre outras, sendo responsável, por exemplo, pela
redução do tempo de estocagem e do número de fornecedores e pelo aumento da
satisfação de clientes.

Apesar do uso de ferramentas diversas, como programação linear inteira,


simulação por computador, engenharia simultânea, engenharia de processos, e
conceitos de Just In Time, Kanban e ISO 9001 – Qualidade Total serem muito
importantes dentro de uma empresa e seus princípios básicos facilmente
compreensíveis, sem uma Gestão de Cadeia de Suprimentos eficiente, estes demais
conceitos se perdem na tentativa incessante de servir melhor os clientes.

O SCM, nada mais é do que administrar o sistema de logística integrada à


empresa, ou seja, o uso de tecnologias avançadas, entre elas o gerenciamento de
informações e as pesquisas operacionais, para planejar e controlar uma complexa
rede de fatores visando produzir e distribuir produtos e serviços para satisfazer o
cliente.

É baseado em técnicas de Gestão da Cadeia de Suprimentos que este


trabalho será desenvolvido.
LOGÍSTICA: CONCEITO

Para conceituar logística, alguns estudiosos costumam qualificá-la utilizando


diversos termos que serão abordados no decorrer deste estudo. Alguns chamam de
distribuição física, administração de materiais, gerenciamento de transportes e
gerenciamento da cadeia de suprimentos. Têm-se, então por logística, não só um
desses sistemas acima citados, mas a união de todos eles formando um só sistema:
o sistema logístico. A logística é a área da administração que em muitas empresas
tem absorvido mais de 30% de suas vendas, que é essencial no atendimento aos
clientes e que pode ser também essencial para a estratégia competitiva da empresa.

As atividades geridas pela logística podem incluir todo ou em parte do


seguinte: transportes, manutenção de estoques, processamento de pedidos,
compras, armazenagem, manuseio de materiais, embalagem, padrões de serviços
ao cliente e programação de produção. A logística empresarial abrange desde as
áreas mais tradicionais de marketing, produção, contabilidade, compras, transportes,
até as disciplinas de matemática aplicada, comportamento organizacional e
economia, objetivando a sincronia dos pilares da empresa.

Para o Conselho de Administração Logística (CLM – Council of Logistics


Management), uma organização profissional de gestores de logística, professores e
práticos, formada em 1962 com o propósito de oferecer educação continuada e
fomentar o intercâmbio de idéias, a definição mais adequada para a logística
empresarial:

Logística é o processo de planejamento, implementação e


controle do fluxo eficiente e economicamente eficaz de
matérias-primas, estoque em processo, produtos acabados e
informações relativas desde o ponto de origem até o ponto de
consumo, com o propósito de atender às exigências dos
clientes.

A partir daí, extrai-se a missão da logística que é dispor a mercadoria ou


serviço certo, no lugar certo, no tempo certo e nas condições desejadas ao mesmo
tempo em que fornece a maior contribuição à empresa (BALLOU, 2001).
A logística empresarial pode ser ainda entendida como a área de logística
cujo objetivo é tornar disponíveis produtos e serviços no local onde são necessários
no momento em que são desejados (BOWERSOX E CLOSS, 2001; BALLOU, 2004).
Fleury et. al. (2000) destaca um aspecto paradoxal em sua atividade, pois ao mesmo
tempo em que é uma das atividades econômicas mais antigas é, também, um dos
conceitos gerenciais modernos. Complementam ainda os autores analisando dois
aspectos gerenciais que justificam a importância desta atividade no mundo
empresarial moderno, o de ordem econômica e tecnológica. As mudanças
econômicas criam novas exigências competitivas, enquanto as mudanças
tecnológicas tornam possível o gerenciamento eficiente e eficaz de operações
logísticas cada dia mais complexas e demandantes.

POR QUE ESTUDAR LOGÍSTICA?

Grande maioria das organizações que prestam serviços ou agências e


instituições governamentais, assim como todas as empresas privadas, necessitam
do auxílio de um especialista em logística em diversos graus. Acontece que a
demanda por profissionais de logística tem sido superior a do pessoal realmente
qualificado, sendo esta escassez maior ainda em níveis gerenciais. Isto tem levado à
contratação de pessoal externo à organização logística (outra área qualquer) e sem
treinamento formal específico da área em questão.

Muitas empresas procuram profissionais com diplomas na área de transportes


ou de logística. Muitos desses cargos são, em geral, nas áreas de tráfego ou
armazenagem e, em menor grau, em operações, estoques e vendas.

Futuramente, as condições econômicas tornarão a logística um campo maior


e mais atrativo do que é hoje. Com os adventos da globalização, as empresas
lutarão para competir por maior participação de mercado em vez de focar em seu
minúsculo crescimento. Quando isso acontecer, maior atenção será dada à
distribuição que pode consumir de 15 a 20% do Produto Nacional Bruto. Quando um
mercado experimenta rápido crescimento, pode-se até tolerar distribuição ineficiente,
pois ainda assim as empresas podem se tornar rentáveis. Entretanto, quando se
compete por maior participação no mercado, distribuição eficiente e eficaz pode ser
a vantagem necessária para se tornar competitivo.

Outro assunto bastante explorado e que tem voltado a atenção de todo o


mundo é à disponibilidade de alimentos para abastecer a população mundial. Uma
estimativa revela que um terço dos suprimentos de alimentos perecíveis é perdido
durante a distribuição. Para BALLOU, 2009, tendências como esta tornarão
importantes e bem remunerados aqueles cargos responsáveis pelo fluxo de
materiais, assim como pela entrega de serviços.

O estudo da logística se faz necessário, então, para melhoria de muitos dos


processos empresariais existentes atualmente e todos os executivos que necessitam
alcançar degraus mais altos em suas carreiras precisam ter alguma compreensão
dos problemas logísticos existentes e saber como tratá-los.

LOGÍSTICA E GLOBALIZAÇÃO

O processo de globalização iniciou-se ainda nos anos 70 e o mundo já está


presenciando o terceiro estágio da sua evolução. Depois da globalização das
finanças, resultado da desregulamentação dos mercados financeiros e dirigida pelo
avanço das tecnologias de computação e de telecomunicação, surgiu a globalização
do comércio. Esse segundo estágio do processo de globalização foi intensificado
com a redução das barreiras para comércio internacional e suportado pelo
desenvolvimento de tecnologias de transporte. Com os anos 90, os sistemas
produtivos e operacionais começaram a ser organizados de forma global, gerando
uma lógica de produção completamente integrada. É nesse novo cenário que surge
o terceiro e atual estágio do processo de globalização: a globalização da produção.

O envolvimento nos negócios globais está sendo impulsionado por


oportunidades significativas para aumentar a eficiência operacional. Tais eficiências
operacionais são obtidas em pelo menos três áreas: 1) o mercado global oferece
oportunidades significativas para a compra estratégica de matéria-prima e
componentes; 2) vantagens trabalhistas significativas podem ser obtidas ao se
localizarem as instalações de produção e distribuição em países em
desenvolvimento; 3) leis tributárias favoráveis podem fazer com que o desempenho
de operações que agregam valor seja altamente atraente em países específicos.

É importante entender que, globalizar com sucesso a cadeia de suprimentos


exige o domínio dos desafios logísticos associados.

PAPEL DA LOGÍSTICA NA EMPRESA

A logística responde por toda movimentação de materiais, dentro e fora do


ambiente da empresa, desde a chegada da matéria-prima até a entrega do produto
final ao cliente. As atividades logísticas podem ser divididas da seguinte forma:

• Atividades Primárias: são essenciais para o cumprimento da função logística,


contribuindo com o maior montante do custo total da logística.
- Transportes: referem-se aos métodos de movimentar os produtos aos
clientes: via rodoviário, ferroviário, aeroviário e marítimo. De grande
importância, em virtude do peso deste custo em relação ao total do
custo de logística;
- Gestão de Estoques: dependendo do setor em que uma empresa
atua e da sazonalidade temporal, é necessário um nível mínimo de
estoque que aja como amortecedor entre oferta e demanda;
- Processamento de Pedidos: determina o tempo necessário para a
entrega de bens e serviços aos clientes.
• Atividades Secundárias: servem como funções de apoio às atividades
primárias na obtenção dos níveis de bens e serviços requisitados pelos
clientes:
- Armazenagem: envolvem questões relativas ao espaço necessário
para estocagem dos produtos;
- Manuseio de Materiais: referem-se à movimentação dos produtos no
local de armazenagem;
- Embalagem de Produção: envolve o processo de proteção do
produto;
- Programação de Produtos: programação da necessidade de produção
e seus respectivos itens da lista de materiais;
- Manutenção de Informações: consiste em ter uma base de dados
para planejamento e controle logístico.

Gerindo adequadamente as atividades primárias com as de suporte, a


logística empresarial tende a atender mais eficientemente o objetivo de proporcionar
ao cliente produtos e serviços que satisfaçam suas necessidades. Para obtenção de
ganhos significativos como redução de estoques, tempo médio de entrega, ganhos
de produtividade e etc. a empresa precisa coordenar cuidadosamente essas
atividades relacionadas com o fluxo de produtos e serviços logísticos.

A logística empresarial estuda como a administração pode prover melhor nível


de rentabilidade nos serviços de distribuição aos clientes e consumidores por meio
de planejamento, organização e controles efetivos para as atividades de
movimentação e armazenagem que visam facilitar o fluxo de produtos. Para CHING,
2009, a Logística é um assunto vital para a competitividade das empresas nos dias
atuais, podendo ser fator determinante do sucesso ou fracasso das empresas.

Com a logística, as empresas passam a contar com uma ferramenta mais


precisa para medir reflexos de um bom planejamento na distribuição de suas
mercadorias, tanto no que se referem aos aspectos externos, consumidores e
fornecedores, quanto a seu aspecto interno, fluxo de materiais e armazenamento
físico de matéria-prima e produtos acabados, permitindo que as organizações
tenham a possibilidade de reduzir custos e, assim, aumentem sua competitividade
ante os concorrentes, nesta nova realidade de mercado globalizado, onde os fatores
como redução de custos são primordiais para longevidade das empresas.

GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS

Gestão da Cadeia de Suprimentos é a integração dos processos industriais e


comerciais, partindo do consumidor final e indo até os fornecedores iniciais, gerando
produtos, serviços e informações que agreguem valor para o cliente, segundo o
Fórum de Supply Chain Management, em Ohio State Universit, EUA. Já para CHING
2009, a integração da cadeia logística, concentra-se em alinhar os processos-
chaves do negócio. Mercadorias e produtos fluem das fontes supridoras e vão em
direção aos consumidores. As informações e os recursos correm em direção oposta,
saem dos consumidores e vão até as fontes supridoras.

Visto isso, temos que,


Supply chain ou cadeia de suprimentos é todo o esforço envolvido nos
diferentes processos e atividades empresariais que criam valor na forma de
produtos e serviços para o consumidor final, ou seja, a gestão da cadeia de
suprimentos é uma forma integrada de planejar e controlar o fluxo de
mercadorias, informações e recursos, desde os fornecedores até o cliente
final, procurando administrar as relações na cadeia logística de forma
cooperativa e para o benefício de todos os envolvidos (CHING 2009, pág
67).

Estrategicamente a gestão do supply chain se inicia na saída das matérias-


primas dos fornecedores, passando pela produção, montagem e termina na
distribuição dos produtos acabados aos clientes finais. Inclui considerações
estratégicas que passam por focalizar a satisfação do cliente; formular e
implementar estratégias baseadas na retenção dos clientes atuais e obtenção de
novos e gerenciar a cadeia de forma eficaz.

Para um bom desempenho da cadeia de suprimentos, alguns fatores se


fazem necessários:

1. Capacidade de resposta às demandas dos clientes;


2. Qualidade de produtos e serviços;
3. Velocidade, qualidade e timing da inovação dos produtos;
4. Efetividade dos custos de produção e entrega e utilização de capital.

O objetivo do SCM seria, desta forma, coordenar todos os estágios


envolvidos, direta e indiretamente, no atendimento de um pedido de um cliente que
termina quando um cliente estiver satisfeito pela compra, envolvendo o controle dos
fluxos entre os estágios da cadeia para maximizar a lucratividade (CHOPRA e
MEINDL, 2004; TAYLOR, 2005). Torna-se, portanto, importante entender a cadeia
de suprimentos como uma seqüência de acréscimos de custos e valores,
introduzindo a idéia de trade-off entre estes conceitos.

GESTÃO DE ESTOQUES NA CADEIA DE SUPRIMENTOS

O estoque aparece na cadeia de suprimentos sob vários aspectos – matérias-


primas, produtos semi-acabados e produtos acabados – que podem ser
caracterizados por diversos atributos: volume, peso, coeficiente de variação de
vendas, giro, custo adicionado e nível de serviço exigido (disponibilidade e tempo de
entrega de produtos). Esses atributos são normalmente chamados de características
do produto e da demanda.

Esses aspectos normalmente estão associados a diferentes tipos de


operações ao longo do tempo. Um exemplo: as matérias-primas, inicialmente às
operações de suprimento e posteriormente às de produção; outro exemplo: os
produtos acabados, inicialmente às operações de produção e posteriormente, às de
distribuição; as de peças de reposição, inicialmente às operações de suprimento e
posteriormente às de produção.

De acordo com cada um desses diferentes tipos de operação, pode ser que
implique em lotes mínimos de compras, produção e distribuição, em função de
diferentes restrições econômicas (poder de barganha de fornecedores e clientes,
intensidade de capital), tecnológicas (nível de automação, tecnologia de processos
contínuos ou discretos) e de gestão (sistemas integrados de planejamento, cultura
organizacional). Com base no efeito conjunto dessas restrições com as
características do produto e da demanda o estoque poderá então ser antecipado ou
postergado (produção “puxada” ou “empurrada”). A interação entre essas duas
características da operação pode levar à tomada de decisão em gestão de estoques
com base em previsão de vendas ou com base na demanda real. Em outras
palavras, a política de estoque pode ser de reação à demanda ou de planejamento
com base em previsões.
A primeira preocupação que se deve ter em relação à política de
antecipar/postergar é a aderência entre o tamanho do lote e o consumo real ou
previsto. É o posicionamento do estoque em relação ao consumo real ou estimado
que define as políticas de antecipação ou postergação. Assim, na antecipação, o
estoque seria movimentado em antecedência ao consumo real com base em
previsões de vendas ou, ainda, baseado em pontos de pedidos, sendo maior que o
consumo real nesse caso. Na postergação, ao contrário, o estoque seria
movimentado em resposta à demanda real e equivaleria à política de reação à
demanda, fazendo assim com que o estoque equivalesse ao consumo real.

Um exemplo clássico que pode ser dado em relação ao sistema de reação à


demanda com movimentação de quantidade iguais ao consumo real é utilizado por
montadoras de automóveis no Japão que adotam o modelo Just-in-time de
produção. Já com relação ao planejamento de demanda, pode ser citado o exemplo
de fabricação de ovos de páscoa e a distribuição de jornais. Estes, no entanto,
movimentam sempre suas necessidades estimadas para o próximo período,
acrescidas de certa margem de segurança para uma possível alta na demanda.

FERRAMENTAS DE TI E SUPPLY CHAIN MANAGEMENT

Bowersox e Closs (1996), apud Souza, Carvalho, Liboreiro (2006), apontam


três razões para a necessidade de informações rápidas, em tempo real e com alto
grau de precisão para uma gestão eficiente da logística e da cadeia de suprimentos.

Primeiro, os clientes entendem que informações do andamento de uma


ordem, disponibilidade de produtos, programação de entrega e dados do
faturamento são elementos fundamentais do serviço ao cliente. Segundo, com a
meta de redução do estoque em toda a cadeia de suprimentos, os executivos
percebem que, com informações adequadas, eles podem, efetivamente, reduzir
estoques e necessidades de recursos humanos. Especialmente, o planejamento de
necessidades sendo feito usando informações mais recentes, permite reduzir
estoques através da minimização das incertezas da demanda. Em terceiro, a
disponibilidade de informações aumenta a flexibilidade com respeito, a saber,
quanto, quando e onde os recursos podem ser utilizados para obtenção de
vantagem estratégica.

Segundo Wanke (2004), apud Souza, Carvalho, Liboreiro (2006), “diversos


clientes e fornecedores quiseram redesenhar seu fluxo de produtos, operações de
produção e distribuição através de um maior compartilhamento de informações”.
Essas iniciativas são comumente chamadas de programas de resposta rápida –
PPRS. No compartilhamento de informações, o fornecedor pode utilizá-las de duas
formas: para previsão e programação de políticas de gestão de estoques e para a
operacionalização dos princípios de melhoria contínua de processos. A mais
utilizada é a ECR – Efficient Consumer Response ou Resposta Eficiente ao
Consumidor.

Fornecedores e clientes cooperam em cinco áreas principais:


compartilhamento de informações em tempo real, gerenciamento de categorias,
reposição contínua, custeio baseado em atividades e padronização. A reposição
contínua permite o gerenciamento just-in-time. Os produtos não são mais
armazenados em centros de distribuição e sim movimentados rapidamente por
instalações de cross-docking.

O compartilhamento de informações asseguraria a seqüência mais apropriada


para a montagem dos carregamentos, bem como o melhor mix de produtos. O
gerenciamento de categorias consiste no agrupamento de produtos com as mesmas
características mercadológicas, a fim de coordenar a definição de metas de vendas
e de políticas de preços, evitando a utilização intensiva de estratégias promocionais.

A padronização buscaria estabelecer normas e rotinas para a


operacionalização do fluxo de produtos e informações, pela uniformização dos meios
de transporte, dos procedimentos para liberação e recepção de veículos e a troca
eletrônica de dados. O custeio baseado em atividades permitiria quantificar as
melhorias operacionais obtidas com o ECR.
LOGÍSTICA DE SUPRIMENTOS

Para redução do tempo de fornecimento de insumos, receber produtos de


melhor qualidade, reduzir os estoques tanto na organização quanto no fornecedor,
ter produtos disponíveis sempre que necessário, planejar de forma precisa a
produção, é primordial integrar os processos da empresa com os fornecedores e
estabelecer relações estreitas e duradoras.

Muitas organizações dão pouca ou nenhuma importância às atividades


logísticas de suprimento. Essas organizações crêem que os problemas logísticos de
movimentação de suprimentos são mais simples ou menos importantes que os
problemas da distribuição física para os clientes. CHING, 2009, afirma que

Não se deve subestimar a importância estratégica de suprimentos. Embora


seja o primeiro passo da cadeia de logística, ele é a maior distância até o
consumidor, a mais afetada pelas variações do mercado e o mais difícil de
sincronizar com a demanda dos consumidores.

O potencial de economia na área de suprimentos é importantíssimo. Os


custos de fornecimento representam aproximadamente um terço do total dos custos
de toda a cadeia de gestão de supply chain. Saber realizar melhorias na base de
fornecimento está entre as maiores oportunidades para o aumento da lucratividade e
competitividade nas organizações. Estima-se também que, 1% de redução do custo
de suprimentos, proporciona 10% de aumento na lucratividade da empresa.

No entanto, para a organização perseguir o potencial de oportunidades e


economias existentes em suprimentos, ela precisa atender a alguns requisitos
essenciais nas seguintes áreas:

1. Área de sistemas e processos

• Codificação dos materiais;


• Codificação dos fornecedores;
• Sistemas de informação integrados;
• Hardwares e softwares dimensionados adequadamente;
• Processo integrado com os dos fornecedores;
• Modelos de custos baseados na metodologia ABC (custeio baseado em
atividades).

2. Área organizacional

• Estratégias de suprimento adequadas a cada grupo de suprimentos;


• Avaliação e classificação de fornecedores;
• Análise de contratos;
• Posicionamento da área de compras e sua organização;
• Controladoria de compras;
• Times multifuncionais de trabalho.

3. Área de recursos humanos

• Incentivos motivacionais;
• Experiências multidisciplinares do pessoal de compras;
• Treinamento contínuo;
• Senioridade e flexibilidade;
• Espírito de equipe;
• Alto nível educacional.

Ao preencher os requisitos descritos, a solidez necessária para a empresa


sair de um enfoque tradicional e começar a se mover em direção ao estágio de
excelência, acontecerá.

GERENCIAMENTO DE COMPRAS

“Gerenciamento de compras começa com um pedido de um produto ou


serviço por um usuário final e termina com o pagamento ao fornecedor do produto
ou serviço” (BRENNAN, 1998), porém, existem inúmeras etapas intermediárias que
envolvem numerosos processos e departamentos.
Brennan (1998), também recomenda algumas providências para atingir
eficientemente o gerenciamento de compras:

CUSTOS LOGÍSTICOS PÁG 193


CONCLUSÃO

Em síntese, gerenciar cadeia de suprimentos é ter o controle total do longo


caminho que se estende desde as fontes de matérias-primas, fábricas dos
componentes, manufatura do produto, distribuidores, varejistas, até o consumidor
final.
REFERÊNCIAS

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Planejamento, Organização e Logística Empresarial. Trad. Elias Pereira. 4ª Ed.
Porto Alegre: Bookman, 2001.

______. LOGÍSTICA EMPRESARIAL – Transportes, Administração de Materiais


e Distribuição Física. 1ª Ed. São Paulo: Atlas, 2009

BOWERSOX, Donald J. CLOSS, David J. LOGÍSTICA EMPRESARIAL: O


Processo da Integração da Cadeia de Suprimento. São Paulo: Atlas, 2001.

BRENNAN, C. D. INTEGRANDO A SAÚDE PÚBLICA AO SUPPLY CHAIN –


Administração Financeira da Saúde Pública. 1998.

CHING, Hong Yuh. GESTÃO DE ESTOQUES NA CADEIA DE LOGÍSTICA


INTEGRADA – Supply Chain. 3ª Ed. São Paulo: Atlas, 2009.

CHOPRA, Sunil; MEINDL, Peter. GERENCIAMENTO DA CADEIA DE


SUPRIMENTOS: Estratégia, Planejamento e Operação. Tradução Claudia Freire.
São Paulo: Prentice Hall, 2003.

CHRISTOPHER, Martin. A LOGÍSTICA DO MARKETING. São Paulo: Futura, 1999.

FLEURY, Paulo Fernando. et al. LOGÍSTICA EMPRESARIAL: A Perspectiva


Brasileira. São Paulo: Atlas, 2000.

SOUZA, Gleim Dias de, CARVALHO, Maria do Socorro M. V. de & LIBOREIRO,


Manuel Alejandro Martínez. GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS
INTEGRADA À TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO. Revista de Administração
Pública vol. 40 nº 4. Rio de Janeiro. Julho e agosto de 2006.
TAYLOR, David A. LOGÍSTICA NA CADEIA DE SUPRIMENTOS: Uma
Perspectiva Gerencial. São Paulo: Pearson, 2005.
WANKE, Peter. GESTÃO DE ESTOQUES NA CADEIA DE SUPRIMENTOS:
Decisões e Modelos Quantitativos. 2ª Ed. São Paulo: Atlas, 2008

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