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Aborto

Um aborto ou interrupção da gravidez é a remoção ou expulsão prematura de um


embrião ou feto do útero, resultando na sua morte ou sendo por esta causada. Isto pode
ocorrer de forma espontânea ou artificial, provocando-se o fim da gestação, e
consequentemente o fim da vida do feto, mediante técnicas médicas, cirúrgicas entre
outras.

Após 180 dias (seis meses) de gestação, quando o feto já é considerado viável, o
processo tem a designação médica de parto prematuro. A terminologia "aborto",
entretanto, pode continuar a ser utilizada em geral, quando refere-se à indução da morte
do feto.

Através da história, o aborto foi provocado por vários métodos diferentes e seus
aspectos morais, éticos, legais e religiosos são objeto de intenso debate em diversas
partes do mundo.

Terminologia
A palavra aborto tem sua origem etimológica no latim abortus, derivado de aboriri
("perecer"), composto de ab ("distanciamento", "a partir de") e oriri ("nascer").

Definições
Os seguintes termos são usados para definir os diversos tipos de aborto a partir da óptica
médica:

• Aborto espontâneo: aborto devido a uma ocorrência acidental ou natural. A


maioria dos abortamentos espontâneos são causados por uma incorreta
replicação dos cromossomos e por fatores ambientais. Também por ser
denominado aborto involuntário ou casual.
• Aborto induzido: aborto causado por uma ação humana deliberada. Também é
denominado aborto voluntário ou procurado, ou ainda, interrupção voluntária
da gravidez. O aborto induzido possui as seguintes subcategorias:
o Aborto terapêutico
 aborto provocado para salvar a vida da gestante
 para preservar a saúde física ou mental da mulher
 para dar fim à gestação que resultaria numa criança com
problemas congênitos que seriam fatais ou associados com
enfermidades graves[3]
 para reduzir seletivamente o número de fetos para diminuir a
possibilidade de riscos associados a gravidezes múltiplas.
o Aborto eletivo: aborto provocado por qualquer outra motivação.

Quanto ao tempo de duração da gestação

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• Aborto subclínico: abortamento que acontece antes de quatro semanas de
gestação
• Aborto precoce: entre quatro e doze semanas
• Aborto tardio: após doze semanas

Aborto induzido

O aborto induzido, também denominado aborto provocado ou interrupção voluntária da


gravidez, ocorre pela ingestão de medicamentos ou por métodos mecânicos. A ética
deste tipo de abortamento é fortemente contestada em muitos países do mundo mas é
reconhecida como uma prática legal em outros locais do mundo, sendo inclusive
suportada pelo sistema público de saúde. Os dois pólos desta discussão passam por
definir quando o feto ou embrião se torna humano ou vivo (se na concepção, no
nascimento ou em um ponto intermediário) e na primazia do direito da mulher grávida
sobre o direito do feto ou embrião.

Efeitos do aborto induzido


Existe controvérsia na comunidade médica e científica sobre os efeitos do aborto. As
interrupções de gravidez feitas por médicos competentes são normalmente consideradas
seguras para as mulheres, dependendo do tipo de cirurgia realizado. Entretanto, um
argumento contrário ao aborto seria de que, para o feto, o aborto obviamente nunca seria
"seguro", uma vez que provoca sua morte sem direito de defesa.

Os métodos não médicos (p.ex. uso de certas drogas, ervas, ou a inserção de objectos
não-cirúrgicos no útero) são potencialmente perigosos para a mulher, conduzindo a um
elevado risco de infecção permanente ou mesmo à morte, quando comparado com os
abortos feitos por pessoal médico qualificado. Segundo a ONU, pelo menos 70 mil
mulheres perdem a vida anualmente em consequência de aborto realizado em condições
precárias, não há, no entanto, estatísticas confiáveis sobre o número total de abortos
induzidos realizados no mundo nos países e/ou situações em que é criminalizado.

Existem, com variado grau de probabilidade, possíveis efeitos negativos associados à


prática abortiva, nomeadamente a hipótese de ligação ao câncer de mama, a dor fetal, o
síndroma pós-abortivo. Possíveis efeitos positivos incluem redução de riscos para a mãe
e para o desenvolvimento da criança não desejada.

Câncer da mama

Há uma hipótese de relação causal entre o aborto induzido e o risco de desenvolvimento


de Câncer da mama.

A teoria é que no início da gravidez, o nível de estrogénio aumenta, levando ao


crescimento das células mamárias necessário à futura fase de lactação. A hipótese de
relação positiva entre câncer de mama e aborto sustenta que se a gravidez é
interrompida antes da completa diferenciação celular, então existirão relativamente mais
células indiferenciadas vulneráveis à contracção da doença.

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Esta hipótese, é contrariada pelo consenso científico de estudos de associações e
entidades ligadas ao cancer, mas tem alguns defensores como o dr. Joel Brind.

Dor do feto

A existência ou ausência de sensações fetais durante o processo de abortamento é hoje


matéria de interesse médico, ético e político. Diversas provas entram em conflito,
existindo algumas opiniões defendendo que o feto é capaz de sentir dor a partir da
sétima semana enquanto outros sustentam que os requisitos neuro-anatómicos para tal
só existirão a partir do segundo ou mesmo do terceiro trimestre da gestação.

Os receptores da dor surgem na pele na sétima semana de gestação. O hipotálamo, parte


do cérebro receptora dos sinais do sistema nervoso e que liga ao córtex cerebral, forma-
se à quinta semana. Todavia, outras estruturas anatómicas envolvidas no processo de
sensação da dor ainda não estão presentes nesta fase do desenvolvimento. As ligações
entre o tálamo e o córtex cerebral formam-se por volta da 23ª semana. Existe também a
possibilidade de que o feto não disponha da capacidade de sentir dor, ligada ao
desenvolvimento mental que só ocorre após o nascimento.

Novos estudos do Hospital Chelsea, realizados pela Dra. Vivette Glover em Londres
sugerem que a dor fetal pode estar presente a partir da décima semana de vida do feto. O
que justificaria, segundo os proponentes do aborto, o uso de anestésicos para diminuir o
provável sofrimento do feto.

Síndrome pós-abortivo

O Síndroma (ou "síndrome") pós-abortivo seria uma série de reações psicológicas


apresentadas ao longo da vida por mulheres após terem cometido um aborto. Há vários
relatos de problemas mentais relacionados direta ou indiretamente ao aborto; uma
descrição clássica pode ser encontrada na obra "Sobre a Psicopatologia da Vida
Cotidiana", de Sigmund Freud. No livro "Além do princípio de prazer", Freud salienta:
"Fica-se também estupefato com os resultados inesperados que se podem seguir a um
aborto artificial, à morte de um filho não nascido, decidido sem remorso e sem
hesitação."

Há médicos portugueses, porém, que questionam a existência do síndroma; não existe


nenhum estudo português publicamente divulgado sobre o assunto. Entretanto nos
Estados Unidos, Reino Unido e mesmo no Brasil, essa possibilidade já é bastante
discutida, com resultados contrastantes.

O síndroma pós-abortivo (PAS), conhecido também como síndroma pós-traumático


pós-abortivo ou por síndroma do trauma abortivo, é um termo que designa um conjunto
de características psicopatológicas que alguns médicos dizem ocorrer nas mulheres após
um aborto provocado. Alguns estudos, no entanto, concluem que alguns destes sintomas
são consequência da proibição legal e/ou moral do aborto e não do ato em si.

Entretanto, tal síndrome teria sido catalogada em inúmeras pesquisas, entre elas a do dr.
Vincent Rue que no estudo da Desordem Ansiosa Pós-Traumática (DAPT), presente em

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ex-combatentes do Vietnã, que teria sua correspondente na síndrome pós-aborto (SPA).
Algumas estatísticas de organizações pró-vida argumentam que há um aumento de 9%
para 59% nos índices de distúrbios psicológicos em mulheres que se submetem ao
aborto.

Outro estudo, do Royal College of Psychiatrists, a associação dos psiquiatras britânicos


e irlandeses, considerou que o aborto induzido pode trazer distúrbios clínicos severos
para a mulher, e que essa informação deve ser passada para a mesma, antes da opção
pelo aborto. Esse estudo foi repassado a população pelo Jornal Britânico Sunday Times.
[25]

Mortalidade maternal

Uma gravidez, mesmo que desejada, tem riscos inerentes directos para a mulher.
Segundo o relatório da UNICEF sobre o tema, o Brasil tem um Rácio de Mortalidade
Maternal de cerca de 260 mortes por cada 100.000 nascimentos e 1 em cada 140
mulheres corre o risco de morrer em consequência de uma gravidez; em Portugal a
estimativa é de cerca de treze mulheres que morrem em cada cem mil nascimentos, e
uma em cada 11.000 mulheres corre o risco de falecer em consequência de uma
gravidez. Para mais informações sobre estes valores consultar o relatório indicado.
Mundialmente, cerca de 13% da mortalidade maternal é atribuída a abortos inseguros.

Mulheres grávidas vítimas de violência

Embora existam notícias indicando que muitas mulheres grávidas morrem em


consequência de atos violentos, aparentemente não há dados conclusivos que cruzem
esta informação com o risco de morte geral das mulheres não-grávidas em situações
semelhantes.

Consequências a longo prazo para a criança não desejada

Muitos membros de grupos pró-escolha consideram haver um risco maior de crianças


não desejadas (crianças que nasceram apenas porque a interrupção voluntária da
gravidez não era uma opção, quer por questões legais, quer por pressão social) terem
um nível de felicidade inferior às outras crianças incluindo problemas que se mantêm
mesmo quando adultas, entre estes problemas incluem-se:

• doença e morte prematura


• pobreza
• problemas de desenvolvimento
• abandono escolar
• delinquência juvenil
• abuso de menores
• instabilidade familiar e divórcio
• necessidade de apoio psiquiátrico
• falta de auto estima

Uma opinião contrária, entretanto, apresentada por grupos pró-vida, seria que, mesmo
que sejam encontradas correlações estatísticas entre gravidez indesejáveis e situações
consideradas psicologicamente ruins para as crianças nascidas, esta situação não pode

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ser comparada com a de crianças abortadas, visto que estas não estão vivas. Uma
"situação de vida" não seria passível de comparação com uma "situação de morte", visto
a inverificabilidade desta enquanto situação possivelmente existente (a chamada "vida
após a morte") pelos métodos científicos disponíveis. Como não se pode estipular se
uma situação ruim de vida, por pior que fosse, seria pior que a morte, o aborto, no caso,
não poderia ser apresentado como solução, visto que não dá a capacidade de escolha ao
envolvido, enquanto ainda é um feto.

Consequências para a sociedade

Consequências positivas

Em um estudo polêmico de Steven Levitt da Universidade de Chicago e John Donohue


da Universidade Yale associa a legalização do aborto com a baixa da taxa de
criminalidade na cidade de Nova Iorque e através dos Estados Unidos. Tal estudo
apresenta, com base em dados de diversas cidades norte-americanas e com significância
estatística, o possível efeito da redução dos índices de criminalidade onde o aborto é
legal. Ainda segundo os autores, estudos no Canadá e na Austrália apontariam na
mesma direção.

O recurso a abortos ilegais, segundo os defensores da legalização, aumentaria a


mortalidade maternal. Tanto a mortalidade quanto outros problemas de saúde seriam
evitados, segundo seus defensores, quando há acesso a métodos seguros de aborto.
Segundo o Instituto Guttmacher, o aborto induzido ou interrupção voluntária da
gravidez tem um risco de morte para a mulher entre 0,2 a 1,2 em cada 100 mil
procedimentos com cobertura legal realizados em países desenvolvidos. Este valor é
mais de dez vezes inferior ao risco de morte da mulher no caso de continuar a gravidez.
Pelo contrário em países em desenvolvimento em que o aborto é criminalizado as taxas
são centenas de vezes mais altas atingindo 330 mortes por cada 100 mil procedimentos.
Para o Ministro da Saúde brasileiro, José Gomes Temporão, defensor da legalização do
aborto, a descriminalização do aborto deveria ser tratada como problema de saúde
pública.

Consequências negativas

Como consequências negativas da legalização do aborto na sociedade, apontam-se,


entre outras: a banalização de sua prática, a disseminação da eugenia, a submissão a
interesses mercadológicos de grupos médicos e empresas farmacológicas, a diminuição
da população, o controle demográfico internacional, a desvalorização generalizada da
vida, o aumento de casos de síndromes pós-aborto, e, indiretamente, o aumento do
número de casos de DSTs (doenças sexualmente transmissíveis). Procedimentos
empregados para o aborto induzido

Nos três primeiros meses da gestação

O aborto químico, também conhecido como aborto médico ou aborto não-cirúrgico é


aplicável apenas no primeiro trimestre da gravidez e equivale a 10% de todas as
interrupções voluntárias da gravidez nos Estados Unidos e Europa. Consiste na

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administração de fármacos que provocam a interrupção da gravidez e a expulsão do
embrião. Nos casos de falha do aborto químico é necessária aspiração do útero para
completar a interrupção da gravidez cirurgicamente.

No procedimento de aspiração uterina o médico introduz uma cureta no útero da


gestante para remover o feto. No caso de gestação até seis semanas a aspiração é manual
utilizando uma cânula flexível e não é necessário dilatação cervical, sendo utilizado
para resolver situações como gravidez ectópica e molar quando apoiado em exames de
ultrassons. No caso de gestações mais avançadas até doze semanas é utilizado um
aparelho de vácuo eléctrico e os conteúdos do útero (incluindo o feto) são sugados pelo
equipamento. Em ambos os casos são procedimentos não-cirúrgicos, realizado em cerca
de dez minutos, com baixo risco para a mulher (0,5% de casos de infecção) e muito
eficazes.

No caso de não ser possível a aspiração, recorre-se à curetagem. Neste caso o médico,
após alargar a entrada do útero da paciente, introduz dentro dela a chamada cureta, que
é um instrumento cirúrgico cortante, em forma de colher. Servindo-se da cureta, o
médico retira todo o conteúdo do útero.

Após os três primeiros meses da gestação

O procedimento de curetagem é aplicável ainda no começo do segundo trimestre, mas


se não for possível terá de recorrer-se a métodos como a dilatação e evacuação. Neste
procedimento o médico promove primeiro a dilatação cervical (um dia antes). Na
intervenção que é feita sob anestesia é inserido um aparelho cirúrgico na vagina para
cortar o feto em pedaços, e retirá-los um a um de dentro do útero. No final é feita a
aspiração. O feto é remontado no exterior para para garantir que não há nenhum pedaço
no interior do útero que poderia levar a infecção séria. Em raríssimas situações (0.17%
das IVGs realizadas nos Estados Unidos em 2000) o feto é removido intacto.

Outra alternativa é forçar prematuramente o trabalho de parto.

Aborto por "nascimento parcial"

O aborto por ECI (esvaziamento craniano intrauterino), ou aborto com nascimento


parcial, é uma técnica utilizada para provocar o aborto quando a gravidez está em
estágio avançado (entre 20 e 26 semanas). Guiado por ultrassom, o médico agarra a
perna do feto com um fórceps, puxa-a para o canal vaginal, e então puxa seu corpo
inteiro para fora do útero, com exceção da cabeça. Faz então uma incisão na nuca,
inserindo depois um catéter para sugar o cérebro do bebê e então retirá-lo por inteiro do
corpo da mãe (dependendo da legislação do país, se o bebê respirar o ato configura-se
como homicício, podendo ser punido pela lei)..

Esta técnica tem sido alvo de intensas polêmicas nos Estados Unidos. Em 2003 sua
prática foi proibida no país, gerando revoltas de movimentos pró-aborto.[46]

Legislação

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Dependendo do ordenamento jurídico vigente, o aborto do nascituro considera-se uma
conduta penalizada ou despenalizada, atendendo a circunstâncias específicas.

As situações possíveis vão desde o aborto considerado como um crime contra a vida
humana, ao apoio estatal para realização do acto pedido da grávida.

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