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Com o nome de análise fiscal sumária a legislação criou um processo de exame meticuloso
prévio ao registro, à vista das informações cadastrais e fiscais disponibilizadas no Ambiente de
Registro e Rastreamento da Atuação dos Intervenientes Aduaneiros – RADAR e demais
sistemas informatizados da Secretaria da Receita Federal.
O Fisco dispõe, em média, de 30 dias para fazer esta análise sumária, que consiste no exame
da existência da empresa, da consistência entre os dados de capital social, patrimônio e renda
da pessoa jurídica e a renda dos respectivos sócios, bem como avaliar a compatibilidade entre
a atividade econômica, as capacidades operacionais, econômicas e financeiras da pessoa
jurídica e as informações de natureza comercial constantes do requerimento apresentado.
O SISCOMEX, que é operado através da senha obtida junto a SRF, é utilizado para toda
operação de exportação e, dentre os registros nele executados, destacam-se:
Obrigatório para as operações cujo prazo concedido para pagamento,. ao importador, superar
a 360 dias da data do embarque da mercadoria para o exterior. Este registro é feito antes do
RE.
1.2.3. RE – Registro de Exportação
Este registro é obrigatório para todas as operações que impliquem na saída física de produtos
para o exterior, excetuando-se aquelas operações constantes do Artigo 162 da Portaria Secex
nº 35/03.
Também denominado de Simplex, é uma alternativa criada através da Portaria Secex nº 35, de
24/11/06, para emprego nas exportações de até US$ 20 mil ou seu equivalente em outras
moedas, dispensando a contratação de câmbio, substituindo-a pelo "boleto".
Criada pela Instrução Normativa SRF nº 611 de 2006, permitindo agilizar o desembaraço
aduaneiro de operações que especifica.
É emitido pela repartição Alfandegária onde se der o despacho de exportação. Ele comprova
que a exportação foi efetivada. Emitido ao final da operação de exportação; é o documento em
que são relacionados todos os registros processados pelo SISCOMEX.
1.3. A NCM – Nomenclatura Comum do Mercosul
Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM): foi criada em 1995, com a entrada em vigor do
MERCOSUL, e aprovada pelo Decreto 2.376, de 13 de novembro de 1997, juntamente com as
alíquotas do imposto de importação que compõem a Tarifa Externa Comum – TEC.
Exemplo:
NCM 3923.21.10
como por exemplo: onde o exportador deve entregar a mercadoria, quem paga o frete, quem é
o responsável pela contratação do seguro.
Histórico:
Os INCOTERMS surgiram em 1936 quando a Câmara Internacional do Comércio - CCI, com
sede em Paris, interpretou e consolidou as diversas formas contratuais que vinham sendo
utilizadas no comércio internacional.
INCOTERMS 2000:
O constante aperfeiçoamento dos processos de negociação e logístico fez com que os
INCOTERMS passassem por diversas modificações ao longo dos anos, culminando com um
novo conjunto de regras, conhecido atualmente como INCOTERMS 2000.
Cláusulas de Preço:
Representados por siglas de 3 letras, os termos internacionais de comércio simplificam os
contratos de compra e venda internacional ao contemplarem os direitos e obrigações mínimas
do vendedor e do comprador quanto às tarefas adicionais ao processo de elaboração do
produto. Por isso, são também denominados "CLÁUSULAS DE PREÇO", pelo fato de cada
termo determinar os elementos que compõem o preço da mercadoria, adicionais aos custos de
produção.
Significado Jurídico:
Após agregados aos contratos de compra e venda, os INCOTERMS passam a ter força legal,
com seu significado jurídico preciso e efetivamente determinado. Assim, simplificam e agilizam
a elaboração das cláusulas dos contratos de compra e venda. Vale ressaltar que as regras
definidas pelos INCOTERMS valem apenas entre os exportadores e importadores, não
produzindo efeitos em relação às demais partes envolvidas, tais como: despachantes,
seguradoras e transportadores.
Entendendo o Gráfico
EXW - Ex Works
Significa que o exportador encerra suas obrigações quando a mercadoria transpõe a amurada
do navio ("ship's rail") no porto de embarque indicado. Nesse momento, o comprador assume
todas as responsabilidades. Termo utilizável exclusivamente no transporte marítimo. O
importador assume os custos pela contratação do frete e seguro.
O exportador contrata e paga o frete necessário para levar a mercadoria até o porto de destino
indicado, além de providenciar os documentos e preparar a carga para a exportação. Termo
utilizável exclusivamente no transporte marítimo. A responsabilidade sobre a mercadoria e
quaisquer despesas adicionais é transferida do vendedor para o comprador no momento da
transposição da amurada do navio no porto de embarque.
O exportador contrata e paga o frete necessário para levar a mercadoria até o porto de destino
indicado, providencia os documentos, prepara a carga para a exportação e contrata o seguro
marítimo de transporte. Termo utilizável exclusivamente no transporte marítimo.
CPT – Carriage Paid To
Obedece as mesmas condições do CFR, só que é aplicável a qualquer meio de transporte, via
rodoviária, aérea, ou ferroviária.
O exportador entrega a mercadoria até a fronteira do seu país antes do posto alfandegário em
local pré-determinado . Cabem a ele os custos referentes ao transporte até esse ponto e ao
desembaraço aduaneiro da sua fronteira. Esta cotação é para transporte terrestre.
Mesmo procedimento adotado no DDU , porém as despesas do desembaraço são pagas pelo
exportador. Esse termo contratual não deverá ser utilizado se o exportador não tiver condição
de assumir tais responsabilidades.
1.5. Formação do Preço de Exportação
Seqüência de Procedimentos:
Apuração de Valor no Local de Embarque -> FOB
c) Apurar o valor do ICMS, mediante aplicação direta da alíquota de ICMS sobre o Valor
sem IPI;
d) Apurar o valor da COFINS. mediante aplicação direta da alíquota de 7,6% sobre o
Valor sem IPI;
e) Apurar o valor do PIS, mediante aplicação direta da alíquota de 1,65% sobre o Valor
sem IPI;
f) Deduzir os valores de ICMS, da COFINS e do PIS, chegando ao preço da mercadoria
sem aplicação desses três tributos e do IPI;
g) Deduzir o lucro calculado para o mercado interno, que pode ser um percentual aplicado
sobre o Valor sem IPI, um percentual aplicado sobre o Valor sem os quatro Tributos
(IPI, ICMS, COFINS e PIS) ou outra forma de apuração;
h) Deduzir outros componentes do preço de mercado interno, que não incidem na
exportação (comissões de venda, despesas de propaganda, embalagem, despesas
financeiras, despesas de distribuição etc...), apurando, então, o valor inicial para
inclusão de componentes específicos da exportação;
i) Adicionar os componentes específicos da exportação (embalagens, equipamentos para
unitização, transporte e seguro internos até local de embarque, despesas com licenças,
documentos ou vistos, despesas com movimentação em terminais, corretagem de
câmbio etc...), apurando assim o Custo Total;
j) Incluir o lucro previsto, que normalmente representa um percentual sobre o valor no
local de embarque (FOB), chegando ao próprio valor no local de embarque (FOB)
conforme a seguinte cálculo:
Valor FOB = Custo Total / [ 1 – (Lucro em % / 100)];
k) Existindo comissão de agente (CA), incluir também esta despesa, que, caso possua
um valor fixo, devera ser adicionada conforme o item "i", para efeito de composição de
Custo Total. Caso a comissão de agente (CA) represente um percentual sobre o valor
no local de embarque (FOB) e o lucro também seja apurado sobre o valor no local de
embarque (FOB), utilizar a seguinte fórmula:
Valor FOB = Custo Total / {1-[(Lucro em % / 100)+(CA em % / 100)]};
l) Apurada a receita em reais considerada adequada pelo exportador para cobrir seus
custos e gerar remuneração esperada (Valor FOB), deverá ser feita a conversão em
valor na moeda estrangeira negociada, pela cotação da referida moeda. As cotações
podem ser obtidas de várias formas, uma delas a consulta a informativo diário do
Banco Central, cabendo ressaltar que normalmente deve ser feita a divisão do valor em
reais pela cotação para se chegar ao valor em moeda estrangeira.
Exemplo:
Dados
Preço do Produto no mercado interno R$ 9.200,00
Alíquota do IPI 15 %
Alíquota do ICMS 18%
Lucro sobre venda interna 10% s/ Valor sem IPI
Embalagem de mercado interno R$ 100,00
Outras despesas de mercado interno R$ 520,00
Embalagem de exportação R$ 130,00
Frete e seguro da fábrica até o porto R$ 540,00
Despesas portuárias R$ 230,00
Despesa com documentação e despachante R$ 180,00
Comissão de Agente 4% s/ Valor FOB
Lucro sobre venda externa 10% s/ Valor FOB
Taxa de Câmbio R$ 2,90 = US$ 1.00
Determinação do Preço
Preço do produto no mercado interno R$ 9.200,00
(-) Isenção de IPI (15%) R$ 1.200,00
___________
Preço no mercado interno sem IPI R$ 8.000,00
(-) Não-incidência do ICMS (18%) R$ 1.440,00
(-) Não-incidência do COFINS (7,6%) R$ 608,00
(-) Não-incidência do PIS (1,65%) R$ 132,00
(-) Lucro sobre venda interna (10% s/ Valor sem IPI) R$ 800,00
___________
Custo do produto sem impostos R$ 5.020,00
(-) Embalagem de mercado interno R$ 100,00
(-) Outras despesas de mercado interno R$ 520,00
___________
Custo sem componentes exclusivos do mercado interno R$ 4.400,00
(+) Embalagem de exportação R$ 130,00
___________
Preço EXW (sem lucro) R$ 4.530,00
(+) Frete e seguro da fábrica até o porto R$ 540,00
(+) Mais despesas portuárias R$ 230,00
(+) Despesas com documentação e despachante R$ 180,00
___________
Subtotal R$ 5.480,00
Comissão de Agente (4% s/ Valor FOB) R$ 254,88
Lucro sobre venda externa (10% s/ Valor FOB) R$ 637,21
___________
Preço FOB R$ 6.372,09
Conversão de R$ para US$ (R$ 2,7522 = US$ 1.00) / 2,7522*
____________
Preço FOB US$ 2,315.27
* PTax do dia 17.03.05
Modelo Baseado nos Custos do Produto a ser Vendido
Seqüência de Procedimentos:
Apuração de Valor no Local de Embarque > FOB
a) Somar os itens que possuem valor definido e compõem o custo do produto exportado,
tais como matéria-prima, mão-de-obra, custos fixos, custos burocráticos, embalagem,
despachantes aduaneiros, entre outros, obtendo-se o total de custos sem impostos;
b) Adicionar, se previsto na comercialização do produto ou estabelecido no contrato de
venda, o custo do equipamento para unitização;
c) Incluir despesas bancárias (contrato de câmbio e outras) e corretagem de câmbio, se
houver, chegando, portanto, ao preço EXW (na origem);
d) Adicionar os demais componentes necessários para estabelecer o custo da mercadoria
no local de embarque (transporte e seguro internos, despesas com licenças,
documentos ou vistos, despesas com movimentações em terminais etc...);
e) Incluir o lucro previsto, que normalmente representa um percentual sobre a valor no
local de embarque (FOB), chegando ao próprio valor no local de embarque (FOB)
conforme o seguinte cálculo:
Valor FOB = Custo Total / [1 – (Lucro em % / 100)];
f) Existindo comissão de agente (CA), incluir também esta despesa, que, caso possua
um valor fixo, deverá ser adicionada conforme item “i”, para efeito de composição de
Custo Total. Caso a comissão de agente (CA) represente um percentual sobre o valor
no local de embarque (FOB) e o lucro também seja apurado sobre o valor no local de
embarque (FOB), utilizar a seguinte fórmula:
Valor FOB = Custo Total / {1 – [(Lucro em % / 100) + (CA em % /100)]};
g) Apurada a receita em reais considerada adequada pelo exportador para cobrir seus
custos e gerar remuneração esperada (Valor FOB). Deverá ser feita a conversão em
valor na moeda estrangeira negociada, pela cotação da referida moeda. As cotações
podem ser obtidas de várias formas, uma delas a consulta a informativo diário do
Banco Central, cabendo ressaltar que normalmente deve ser feita a divisão do valor em
reais pela cotação para se chegar ao valor em moeda estrangeira.
Exemplo:
Dados
Custo de mão-de-obra direta R$ 2.261,00
Custo de mão-de-obra indireta R$ 2.100,00
Encargos sociais R$ 4.333,00
Energia elétrica e Água R$ 3.888,00
Despesas administrativas R$ 1.950,00
Despesas comerciais R$ 750,00
Despesas financeiras R$ 1.220,00
Outros custos R$ 4.300,00
Embalagem de exportação R$ 350,00
Frete e seguro da fábrica até o porto R$ 2.010,00
Despesas portuárias R$ 420,00
Despesas com documentação e despachante R$ 320,00
Despesas bancárias, inclusive corretagem de câmbio R$ 226,00
Comissão de Agente 6% s/ Valor FOB
Lucro sobre venda externa 12% s/ Valor FOB
Taxa de Câmbio R$ 2,90 = US$ 1.00
Determinação do Preço
Preço do produto na fábrica (soma das 8 primeiras parcelas: da mão-de-obra direta a outros custos) R$ 21.140,00
___________
___________
Subtotal R$ 24.466,00
___________
____________
O modelo baseado nos custos do produto costuma apresentar melhores resultados e menores
riscos de erro comparativamente ao modelo baseado no preço de venda do produto no
mercado interno, pelo fato de procurar retratar com maior fidelidade as variações de custo.
1.6. Canais de Distribuição na Exportação
Este tipo de operação exige da empresa que está exportando um conhecimento de todas as
etapas do processo de exportação, pois mesmo que a empresa se utilize de um agente para
fazer a venda, ela própria terá que providenciar todos os procedimentos referentes ao
embarque da mercadoria, a contratação de câmbio etc.
Quando o fabricante se dispõe a analisar a trading como canal de distribuição para seus
produtos na exportação deve levar em consideração os seguintes aspectos:
Nota Fiscal
Documento que habilita a circulação interna da mercadoria desde a saída do estabelecimento
até o embarque para o exterior. O preenchimento deve ser feito em moeda nacional.
Acompanha a mercadoria durante o trânsito interno até o local do embarque.
Registro de Exportação
Documento que reúne um conjunto de informações sobre a natureza da exportação efetuada
.É feito através de um terminal de computador interligado ao SISCOMEX.
Comprovante de Exportação
Documento emitido pela Receita Federal ao final da operação de exportação.
Contrato de Câmbio
Documento que formaliza a operação de conversão de moeda estrangeira em moeda nacional.
É emitido pelo pelos bancos e corretoras através do SISCOMEX, para evitar a duplicidade na
coleta de informações.
Fatura Pró-Forma
Semelhante ao pedido de compra, esse documento formaliza a cotação do produto,
garantindo as informações necessárias para emissão da carta de crédito ou de outro
documento para pagamento. Ele habilita o fechamento de câmbio no caso de
pagamento antecipado.
Certificado de Origem
Documento que atesta a origem da mercadoria e que pode ser exigido pelo país importador
dependo do produto a ser importado. O importador pode utilizar este documento para obter a
redução ou isenção de tributos.
Certificado de Inspeção
Documento que atesta a qualidade dos produtos e a conformidade com os dados da fatura
comercial e que pode ser exigido por alguns países É emitido pelas empresas exportadoras ou
por uma empresa especializada neste tipo de atividade. Para efetuar a certificação a empresa
deve gerar um relatório preliminar de inspeção e emitir o certificado. Acompanha a mercadoria
durante o trânsito interno e para o embarque ao exterior.
Certificado Fitossanitário
Documento que atesta a sanidade de produtos de origem vegetal/animal. Emitido por órgãos
do Ministério da Agricultura quando exigido pelo país importador. Podem ser exigidos para
artigos plásticos em contato com alimentos, conforme o país de destino.
Certificado de Análise
Documento que atesta a composição físico-química dos produtos a serem exportados. Este
certificado é emitido quando exigido pelo país importador.
Conhecimento de Embarque
Documento que comprova a entrega da mercadoria e confere ao consignatário a sua posse.
Sua emissão é feita pelo transportador após o embarque. Acompanha a mercadoria no
embarque ao exterior.
Fatura Comercial
Documento exigido internacionalmente para desembaraço da mercadoria. Deve ter o carimbo
da empresa exportadora, data e assinatura em todas as vias. Quando o pagamento for
efetuado através de carta de crédito, a primeira via deverá acompanhar os documentos de
embarque utilizados na negociação.
Fatura Consular
Documento emitido pelo consulado do país importador, no país de origem, exigido apenas por
alguns países. Dependendo do destino da exportação, para emitir a fatura consular o
consulado pode exigir a apresentação da fatura comercial, do certificado de origem, do
conhecimento de embarque entre outros.
1.8. Despacho Aduaneiro na Exportação
A Declaração de Exportação deve ser feita por meio de um terminal de computador, conectado
ao SISCOMEX.
O programa que estabelece a conexão com o SISCOMEX, e que fornece uma senha de
acesso ao sistema, deve ser solicitado a uma unidade da Secretaria da Receita Federal que
processe comércio exterior.
Caso seja necessário, a verificação física da mercadoria deverá ser realizada na presença do
exportador, ou de seu representante legal.
1.8.5. Averbação
1.8.6. Cancelamento
O exportador deve formular uma proposta junto ao DECEX/ SECEX / MDIC, e, posteriormente,
formalizar o pedido junto à unidade da SRF que procedeu o registro. A SRF poderá aprovar ou
rejeitar o pedido de alteração do registro de exportação, baseando-se na análise dos
documentos que instruíram o despacho, ou outros, que tenham sido apresentados à SRF.
Optantes do SIMPLES:
Os transformadores plásticos exportadores optantes do SIMPLES devem analisar a
conveniência da continuidade nesse sistema uma vez que não existe previsão legal para
exclusão da receita de exportação da base de cálculo dos percentuais que determinam o
pagamento unificado dos tributos e contribuições neste regime. Dessa forma o volume das
exportações será determinante para verificação da viabilidade da manutenção da empresa no
sistema SIMPLES.
Demais Empresas:
As saídas para exportação de bens e serviços realizados diretamente pelos transformadores
plásticos, ou por empresas especializadas (comerciais exportadoras ou Trading), não sofrem
qualquer incidência direta de tributos e contribuições, quer sejam elas de natureza Federal,
Estadual ou Municipal. A completa desoneração tributária das exportações busca
primeiramente tornar competitivos nossos produtos no mercado internacional, e supletivamente
auxilia na movimentação de toda a economia interna, incentivando a produção local, a geração
de empregos e a entrada de divisas ao país.
Não há previsão legal, entretanto, para exclusão das receitas de exportação da base de cálculo
do imposto de renda e da contribuição social sobre o lucro líquido apurado pelos
transformadores.
Optantes do SIMPLES:
Nada muda para as empresas integrantes do SIMPLES que por sua opção ao sistema não
registram créditos desse imposto. Assim, nas saídas para exportação não haverá destaque de
tributos, contudo estas empresas estarão absorvendo o custo dos tributos incidentes na
aquisição dos insumos utilizados na produção. Cabe analisar a viabilidade da manutenção da
empresa no sistema face aos créditos possíveis.
Demais Empresas:
As demais empresas não optantes do SIMPLES que registram créditos e débitos regulares de
IPI poderão manter o crédito desse imposto pago na aquisição das matérias primas e outros
insumos utilizados na produção dos produtos a serem exportados. Esse crédito pode vir se
acumular, dependendo do volume de exportações realizadas, pois sobre estas, como vimos,
não há incidência de IPI. Esse acúmulo de créditos de IPI será consumido, a princípio, no
pagamento do próprio IPI relativo às operações normais no mercado interno. Caso restem
ainda créditos acumulados na escrita fiscal do produtor exportador, a Receita Federal,
mediante pedido de restituição, poderá devolvê-lo ou autorizar a sua utilização no pagamento
de outros tributos e contribuições federais. Na prática, em comparação com empresas
tributadas pelo SIMPLES, há uma diminuição do custo do produto final pela recuperação do IPI
pago.
Optantes do SIMPLES:
Como vimos nada muda para o produtor exportador optante do SIMPLES. Recomenda-se a
avaliação da viabilidade da manutenção no sistema face aos créditos que veremos a seguir.
Critério 1:
O primeiro critério de apuração de crédito possibilita o retorno de 5,37% sobre o custo das
exportações efetivadas no mês (Lei 9363/96, IN 419/04).
Para se obter o custo das exportações o transformador exportador deverá verificar qual o
percentual das suas exportações em relação a Receita Bruta. O percentual obtido multiplicado
pelo custo total determina o custo da parcela exportada. Sobre esse custo da parcela
exportada aplica-se o percentual de 5,37% obtendo-se o valor do crédito presumido de IPI para
ressarcimento do PIS e da COFINS, a ser escriturado no seu livro de apuração do IPI para
utilização imediata.
1.
Receita de Exportação (RE) = % da RE em Relação à
Receita Bruta Total (RBT) RBT
2.
% da RE em Relação à RBT x Custo = Custo das Exportações
Total
3.
Custo das Exportações x 5,37% = Crédito a Utilizar
Critério 2:
O segundo critério, a opção do transformador exportador (opção anual), possibilita a obtenção
de um índice que aplicado sobre o custo total determina qual benefício o exportador faz jus (Lei
10.276 de 10/09/01 e IN 420/04). Na apuração desse incentivo deve ser utilizada a seguinte
formula:
1.
Receita de Exportação (RE) = Fator
(Receita Bruta – Custo)
2.
Fator x 3,65 = Índice
3.
Índice X Custo Total = Crédito a Utilizar
Demais Empresas:
As demais empresas que apuram o ICMS regularmente, registrando créditos e débitos, terão
direito à manutenção do crédito do ICMS pago na aquisição das matérias primas e outros
insumos utilizados na fabricação dos produtos destinados a exportação. O crédito acumulado
de ICMS poderá ser utilizado primeiramente para compensação com os débitos do imposto
gerado nas operações realizadas no mercado interno, e caso ocorra acúmulo de saldo credor
de ICMS, este poderá ser transferido a fornecedores para pagamento de até 100% das
matérias primas utilizadas na produção.
Tal pedido tem rápida aprovação junto à Receita Federal e a partir da sua liberação autoriza a
aquisição dos insumos ao abrigo da suspensão.
Apresentado o deferimento do regime especial ao fornecedor indicado, este será obrigado a lhe
vender ao abrigo da suspensão do IPI, respeitados os limites de volume e de prazo aprovados
no programa.
Esse regime poderá ser utilizado assim que disciplinado pela Secretaria da Receita Federal.
http://www.receita.fazenda.gov.br
http://www.portaldoexportador.gov.br
http://www.apexbrasil.com.br
http://www.exportnews.com.br
1.10. Aspectos Financeiros na Exportação
Basicamente os incentivos financeiros devem ser vistos como aplicáveis em duas fases da
comercialização internacional, ou seja, na fase da produção de bens destinados à exportação e
no financiamento de sua comercialização.
Pós-embarque:
o Financiamento à comercialização no exterior de bens e serviços de origem
brasileira, mediante desconto de títulos de crédito (supplier credit) ou através de
financiamento ao importador (buyer credit).
Elegibilidade
Instrumento: Carta-Circular BNDES nº 03/2005, de 22.02.05.
Itens Financiáveis:
Todos os bens de maior valor agregado que necessitem de maior prazo de
fabricação e/ou comercialização;
Serviços associados aos bens exportados;
Índice de nacionalização igual ou superior a 60% do valor FOB.
Objetivos:
Beneficiários:
Beneficiários:
Empresas industriais-exportadoras de produtos manufaturados de sua própria
fabricação;
Empresas comerciais exportadoras, inclusive traiding companies, desde que seus
recursos sejam liberados pela instituição financeira diretamente em favor das
empresas fabricantes dos produtos a serem exportados, por conta e ordem da
empresa comercial exportadora;
Têm prioridade as empresas cuja receita operacional bruta anual ou anualizada não
supere R$ 45 milhões (pequenas e médias empresas);
Empresas não enquadrada no limite de R$ 45 milhões somente podem configurar
como beneficiárias caso a operação de exportação também possua financiamento à
comercialização externa aprovado no âmbito do programa BNDES-exim Pós-
embarque;
Não há qualquer restrição à nacionalidade do capital social das empresas
beneficiárias, desde que tenham sede e administração no Brasil;
Empresas em débito com tributos ou contribuições federais, em concordata ou em
processo de falência não têm acesso a essa modalidade de financiamento.
Definição:
Consiste na antecipação à empresa exportadora, antes do embarque da mercadoria
para o exterior, do contravalor em moeda nacional gerado com o fechamento do
câmbio de exportação, em que o pagamento da operação pelo importador deve
ocorrer no futuro, dentro dos prazos definidos pela legislação;
A operação ACC tem início com a contratação do câmbio de exportação, efetuada
antes do embarque da mercadoria, junto a qualquer banco autorizado a operar em
câmbio, de livre escolha do exportador;
Para a concretização deste financiamento serão utilizados, exclusivamente, recursos
privados captados no exterior pelo banco financiador, através de suas linhas de
crédito internacional;
Representa uma antecipação financeira baseada numa promessa de o exportador
entregar ao banco financiador, no futuro (após o embarque), as divisas (saques) de
exportação;
Equivale às operações de empréstimo freqüentemente realizadas no mercado
nacional.
Objetivo:
Financiar a produção exportável, a aquisição de matéria-prima, a produção destinada
ao mercado interno e até mesmo a aplicação no mercado financeiro.
Beneficiários:
Empresas exportadoras que efetuam o fechamento do contrato de câmbio de
exportação junto aos bancos autorizados;
Esta podem ser empresas industriais, produtoras, trading companies, comerciais
exportadoras, consórcios, cooperativas, etc. independentes de suas nacionalidades
ou de seu porte empresarial, desde que sejam as exportadoras das mercadorias e
responsáveis pela contratação de câmbio de exportação.
Definição:
Consiste na antecipação à empresa exportadora, após o embarque da mercadoria
para o exterior e antes do pagamento da operação pelo importador, do contravalor
em moeda nacional gerado com o fechamento do contrato de câmbio de exportação;
A operação ACE constitui uma antecipação financeira amparada na efetiva entrega
pelo exportador ao banco financiador da operação, no presente (após o embarque),
das divisas (saques) de exportação;
Equivale às tradicionais operações de desconto de duplicatas realizadas no mercado
doméstico.
Objetivo:
Financiar a produção exportável, a aquisição de matéria-prima, a produção destinada
ao mercado interno e até mesmo a aplicação no mercado financeiro.
Beneficiários:
Empresas exportadoras que efetuam o fechamento do contrato de câmbio de
exportação junto aos bancos autorizados;
Esta podem ser empresas industriais, produtoras, trading companies, comerciais
exportadoras, consórcios, cooperativas, etc. independentes de suas nacionalidades
ou de seu porte empresarial, desde que sejam as exportadoras das mercadorias e
responsáveis pela contratação de câmbio de exportação.
Beneficiários:
Empresas exportadoras de bens e serviços, sejam elas indústrias, trading
companies, empresas comerciais exportadoras, empresas prestadoras de serviços
ou entidades semelhantes, independente do seu porte ou da nacionalidade de seu
capital social;
Estão impedidas de pleitear esse financiamento as empresas exportadoras em
débitos com tributos ou contribuições federais, em concordata ou em processo de
falência.
Objetivos:
Amparar as exportações de bens e serviços negociadas para pagamento a prazo;
Oferecer financiamento para o valor em moeda estrangeira;
Oferecer taxas de juros competitivas e prazos realistas com os praticados
internacionalmente;
Permitir a participação das empresas brasileiras no mercado externo em igualdade
de condições com seus concorrentes de outros países;
Apoiar financeiramente o exportador para que receba à vista o valor de suas
vendas externas, enquanto o importador pagará a prazo ao banco financiador da
exportação;
Modalidades:
Financiamento Direto à Exportação
Assemelha-se ao desconto de duplicatas no mercado interno, pois são realizadas
com utilização de recursos em moeda local (R$), alocados no Orçamento Geral da
União para o PROEX;
Financiamento ao Exportador (Supplier’s Credit): o exportador concederá um
financiamento a importadores do setor público ou privado, e em seguida,
descontará (refinanciará) numa instituição financeira os títulos representativos da
exportação realizada para pagamento a prazo;
Financiamento ao Importador (Buyer’s Credit): o exportador entregará ao banco
financiador da operação no Brasil os documentos comprobatórios da exportação,
indispensáveis para receber à vista os Reais correspondentes ao financiamento à
prazo concedido pelo governo brasileiro à entidade estrangeira;
Objetivos:
Propiciar ao exportador brasileiro garantia de recebimento do valor de exportação,
caso o importador ou seu país não efetuem o pagamento da operação;
As operações de Seguro de Crédito às Exportação são regulamentadas pelo Decreto
no. 3.937, de 26/09/01;
A partir dessa regulamentação foi constituída a SBCE – Seguradora Brasileira de
Crédito à Exportação, empresa especializadas e capacitada a operar exclusivamente
no ramo de seguro de crédito à exportação;
A SBCE tem seu capital social integrado pela Coface (seguradora francesa), Banco
do Brasil, BNDES, Bradesco Seguros, Sul América Seguros e Minas-Brasil
Seguradora;
Beneficiários:
Empresas exportadoras de bens, mercadorias e serviços, sejam elas indústrias,
produtoras agropecuárias, prestadoras e fornecedoras de serviços, trading
companies, comerciais exportadoras, consórcios, cooperativas ou entidades
semelhantes, além de bancos;
A contratação do Seguro de Crédito por essas empresas exportadoras independe do
seu porte e da origem de seu capital;
As instituições financeiras que participarem do financiamento ou refinanciamento de
exportações brasileiras, também poderão utilizar o seguro de crédito para assegurar
o recebimento dos valores financiados.
Estrutura Operacional:
Estrutura Setores Riscos Riscos Políticos e
Operacional Atendidos Comerciais Extraordinários
SBCE
Bens de
Curto Prazo (Recursos
Consumo e
(até 2 anos) Privados e
Intermediários
Resseguro) FGE
Prevenção / Monitoramento;
Aumento de crédito junto a bancos;
Garantia para financiamentos;
Desenvolvimento de novos clientes e mercados;
Garantia disponível com baixo custo;
Financiamento através de instituições financeiras;
Prorrogação de Contrato de Câmbio - Circ.2.944 – Bacen.
Coberturas:
Riscos Comerciais:
o Cobertura de até 90%;
o Simples mora;
o Insolvência;
o Falência e concordata.