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1.

Exportar, Roteiro Rápido

1.1. O SISCOMEX – Sistema Integrado de Comércio Exterior

O Sistema Integrado de Comércio Exterior -- SISCOMEX é um sistema integrado de Comércio


Exterior que tem por objetivo uma maior agilização das operações e controle mais eficiente dos
órgãos públicos envolvidos. É um instrumento informatizado que permite às empresas
exportadoras e aos demais usuários, o registro, acompanhamento e o controle das operações
de exportação.

A partir da implantação do SISCOMEX em 1993, um conjunto de atividades que antes eram


executadas com papel, de forma burocratizada e naturalmente demorada, passaram a ser
realizadas por um fluxo único de informações informatizadas, simplificando e agilizando os
procedimentos administrativos de exportação.

A antiga Guia de Exportação foi substituída pelo RE – Registro de Exportação, preenchido e


registrado no SISCOMEX pela empresa exportadora em suas próprias instalações. O RE tem
sua análise, eventuais exigências e deferimento “on-line”, mesmo nas operações em que
diferentes órgãos participem de sua avaliação e aprovação.

Integram as atividades do SISCOMEX os seguintes órgãos:

Secretaria de Comércio Exterior (SECEX) – aspectos administrativos e


operacionais;
Banco Central do Brasil (BACEN) – aspectos cambiais;
Secretaria da Receita Federal (SRF) – aspectos aduaneiros.

1.2. Registro e Credenciamento do Exportador

Conforme a IN nº 650 de 12/05/2006 e Ato Declaratório Coana 03 de 01/06/2006, fica


estabelecido os procedimentos de Habilitação para Operação no Sistema Integrado de
Comércio Exterior (SISCOMEX) e credenciamento de representantes de pessoas físicas e
jurídicas para a prática de atividades relacionadas ao despacho aduaneiro.

A Portaria SECEX nº 35, de 24/11/2006, estabelece que a inscrição será feita


automaticamente, quando da realização da primeira operação.

Com o nome de análise fiscal sumária a legislação criou um processo de exame meticuloso
prévio ao registro, à vista das informações cadastrais e fiscais disponibilizadas no Ambiente de
Registro e Rastreamento da Atuação dos Intervenientes Aduaneiros – RADAR e demais
sistemas informatizados da Secretaria da Receita Federal.

O Representante Legal a ser registrado deverá preencher o Formulário de Requerimento de


Habilitação de Responsável Legal no SISCOMEX, bem como seus respectivos Anexos “I-A, I-
B, I-C” da IN 650/06.

O Fisco dispõe, em média, de 30 dias para fazer esta análise sumária, que consiste no exame
da existência da empresa, da consistência entre os dados de capital social, patrimônio e renda
da pessoa jurídica e a renda dos respectivos sócios, bem como avaliar a compatibilidade entre
a atividade econômica, as capacidades operacionais, econômicas e financeiras da pessoa
jurídica e as informações de natureza comercial constantes do requerimento apresentado.

Se não houver inconsistências nas informações prestadas, o Representante Legal da empresa


deverá comparecer pessoalmente à unidade da SRF de execução dos procedimentos, para
receber sua senha de acesso ao SISCOMEX.

O credenciamento só poderá ser feito após a habilitação e liberação do SISCOMEX, fazendo o


Representante Legal o credenciamento diretamente no sistema.

1.2.1. Credenciamento do Exportador

Além do registro no cadastro de Exportadores e Importadores - REI, que hoje é


automaticamente feito quando da primeira operação, toda empresa para operar no comércio
exterior tem que se habilitar para operar o Sistema Integrado de Comércio Exterior -
SISCOMEX. Este, é um sistema informatizado que exige para sua utilização o emprego de uma
assinatura eletrônica, denominada "senha".

O SISCOMEX, que é operado através da senha obtida junto a SRF, é utilizado para toda
operação de exportação e, dentre os registros nele executados, destacam-se:

1.2.2. RC – Registro de Operação de Crédito

Obrigatório para as operações cujo prazo concedido para pagamento,. ao importador, superar
a 360 dias da data do embarque da mercadoria para o exterior. Este registro é feito antes do
RE.
1.2.3. RE – Registro de Exportação

Este registro é obrigatório para todas as operações que impliquem na saída física de produtos
para o exterior, excetuando-se aquelas operações constantes do Artigo 162 da Portaria Secex
nº 35/03.

Nesse Registro são consignadas todas as informações de natureza comercial, financeira,


cambial e fiscal da operação.

1.2.4. RES – Registro de Exportação Simplificado

Também denominado de Simplex, é uma alternativa criada através da Portaria Secex nº 35, de
24/11/06, para emprego nas exportações de até US$ 20 mil ou seu equivalente em outras
moedas, dispensando a contratação de câmbio, substituindo-a pelo "boleto".

1.2.5. DSE – Declaração Simplificada de Exportação

Criada pela Instrução Normativa SRF nº 611 de 2006, permitindo agilizar o desembaraço
aduaneiro de operações que especifica.

1.2.6. DDE – Declaração de Despacho de Exportação

Também conhecida por SD (Solicitação de Despacho) é um documento elaborado através de


terminal SISCOMEX, quando a mercadoria se encontra à disposição da fiscalização aduaneira
para fins de despacho. Este documento encontra-se inserido no texto da Instrução Normativa
SRF nº 28/94, que trata do despacho aduaneiro de exportação.

1.2.7. CE – Comprovante de Exportação

É emitido pela repartição Alfandegária onde se der o despacho de exportação. Ele comprova
que a exportação foi efetivada. Emitido ao final da operação de exportação; é o documento em
que são relacionados todos os registros processados pelo SISCOMEX.
1.3. A NCM – Nomenclatura Comum do Mercosul

Ao preencher o Registro de Exportação no SISCOMEX, a empresa deverá classificar seus


produtos, de acordo com duas nomenclaturas: a Nomenclatura Comum do MERCOSUL (NCM)
e a Nomenclatura Aduaneira da ALADI (NALADI/SH), ambas criadas com base na Convenção
Internacional sobre o Sistema Harmonizado de Designação e de Codificação de Mercadorias
(SH), firmada em Bruxelas, em 14 de junho de 1983. O SH possui 6 dígitos, mas cada país
pode acrescentar até quatro dígitos.

Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM): foi criada em 1995, com a entrada em vigor do
MERCOSUL, e aprovada pelo Decreto 2.376, de 13 de novembro de 1997, juntamente com as
alíquotas do imposto de importação que compõem a Tarifa Externa Comum – TEC.

A NCM, que substituiu a Nomenclatura Brasileira de Mercadorias (NBM), possui 8 dígitos e


uma estrutura de classificação que contém até 6 níveis de agregação: capítulo, posição, sub-
posição simples, suposição composta, item e sub-item:

Capítulo: a indicação do Capítulo no código é representada pelos dois primeiros


dígitos
Posição: a Posição dentro do Capítulo é identificada pelos quatro primeiros dígitos
Sub-posição Simples: é representada pelo quinto dígito
Sub-posição Composta: é representada pelo sexto dígito
Item: é a subdivisão do SH, representado, no código, pelo sétimo dígito
Sub-item: é a subdivisão do item, representado, no código, pelo oitavo dígito

Exemplo:

NCM 3923.21.10

39: Capítulo, Plásticos e suas Obras


3923: artigos de transporte ou de embalagem, de plásticos; rolhas, tampas, cápsulas e outros
dispositivos para fechar recipientes, de plásticos
3923.2: sacos de quaisquer dimensões, bolsas e cartuchos
3923.21: de polímeros de etileno
3923.21.10: de capacidade inferior ou igual a 1.000 cm3

Nomenclatura Aduaneira da Associação Latino Americana de Integração (NALADI/SH): possui


estrutura semelhante à da NCM (para a qual serviu de base) e o mesmo número de dígitos (8),
sendo que os seis primeiros são sempre idênticos.
1.4. INCOTERMS, 2000

Os INCOTERMS -- International Commercial Terms ou Termos Internacionais de Comércio –


são usados para:

definir, dentro da estrutura de um contrato de compra e venda internacional, os


direitos e obrigações recíprocos do exportador e do importador
estabelecer um conjunto-padrão de definições
determinar as regras e práticas neutras

como por exemplo: onde o exportador deve entregar a mercadoria, quem paga o frete, quem é
o responsável pela contratação do seguro.

Histórico:
Os INCOTERMS surgiram em 1936 quando a Câmara Internacional do Comércio - CCI, com
sede em Paris, interpretou e consolidou as diversas formas contratuais que vinham sendo
utilizadas no comércio internacional.

INCOTERMS 2000:
O constante aperfeiçoamento dos processos de negociação e logístico fez com que os
INCOTERMS passassem por diversas modificações ao longo dos anos, culminando com um
novo conjunto de regras, conhecido atualmente como INCOTERMS 2000.

Cláusulas de Preço:
Representados por siglas de 3 letras, os termos internacionais de comércio simplificam os
contratos de compra e venda internacional ao contemplarem os direitos e obrigações mínimas
do vendedor e do comprador quanto às tarefas adicionais ao processo de elaboração do
produto. Por isso, são também denominados "CLÁUSULAS DE PREÇO", pelo fato de cada
termo determinar os elementos que compõem o preço da mercadoria, adicionais aos custos de
produção.

Significado Jurídico:
Após agregados aos contratos de compra e venda, os INCOTERMS passam a ter força legal,
com seu significado jurídico preciso e efetivamente determinado. Assim, simplificam e agilizam
a elaboração das cláusulas dos contratos de compra e venda. Vale ressaltar que as regras
definidas pelos INCOTERMS valem apenas entre os exportadores e importadores, não
produzindo efeitos em relação às demais partes envolvidas, tais como: despachantes,
seguradoras e transportadores.

Modalidades da Venda, categorias dos INCOTERMS


Os INCOTERMS foram agrupados em quatro categorias por ordem crescente de obrigação do
vendedor.

GRUPO INCOTERMS DESCRIÇÃO


E de EX (Partida – Mínima obrigação Mercadoria entregue ao comprador no
EXW – Ex Works
para o exportador) estabelecimento do vendedor.

FCA – Free Carrier


F de Free (Transporte Principal não Mercadoria entregue a um transportador internacional
FAS – Free Alongside Ship
Pago pelo Exportador) indicado pelo comprador.
FOB – Free on Board

CFR – Cost and Freight


CIF – Cost, Insurance and O vendedor contrata o transporte, sem assumir riscos
C de Cost ou Carriage (Transporte Freight por perdas ou danos às mercadorias ou custos
Principal pago pelo Exportador) CPT – Carriage Paid To adicionais decorrentes de eventos ocorridos após o
CIP - Carriage and Insurance embarque e despacho.
Paid To

DAF- Delivered At Frontier


DES – Delivered Ex-Ship
D de Delivery (Chegada – Máxima O vendedor se responsabiliza por todos os custos e
DEQ – Delivered Ex-Quay
obrigação para o exportador) riscos para colocar a mercadoria no local de destino.
DDU – Delivered Duty Unpaid
DDP – Delivered Duty Paid

Entendendo o Gráfico
EXW - Ex Works

O exportador produz e coloca a mercadoria a disposição do importador no local estipulado. O


importador assume os riscos, a preparação de documentos, a contratação e o pagamento do
frete e do seguro e todos os outros custos. Aplica-se a qualquer meio de transporte,
principalmente via rodoviária.

FCA – Free Carrier

O exportador completa suas obrigações quando entrega a mercadoria, pronta para a


exportação, aos cuidados do transportador internacional indicado pelo comprador, no local
designado. A partir do local combinado, o importador assume os custos para embarcar a
mercadoria do país de origem. Pode ser utilizado em qualquer modalidade de transporte.

FAS – Free Alongside Ship

O exportador é responsável pela operação até o momento em que a mercadoria é colocada ao


longo do costado do navio transportador, no cais ou em embarcações utilizadas para
carregamento da mercadoria, no porto de embarque designado. Termo utilizável
exclusivamente no transporte marítimo.
FOB – Free On Board

Significa que o exportador encerra suas obrigações quando a mercadoria transpõe a amurada
do navio ("ship's rail") no porto de embarque indicado. Nesse momento, o comprador assume
todas as responsabilidades. Termo utilizável exclusivamente no transporte marítimo. O
importador assume os custos pela contratação do frete e seguro.

CFR – Cost and Freight

O exportador contrata e paga o frete necessário para levar a mercadoria até o porto de destino
indicado, além de providenciar os documentos e preparar a carga para a exportação. Termo
utilizável exclusivamente no transporte marítimo. A responsabilidade sobre a mercadoria e
quaisquer despesas adicionais é transferida do vendedor para o comprador no momento da
transposição da amurada do navio no porto de embarque.

CIF – Cost, Insurance and Freight

O exportador contrata e paga o frete necessário para levar a mercadoria até o porto de destino
indicado, providencia os documentos, prepara a carga para a exportação e contrata o seguro
marítimo de transporte. Termo utilizável exclusivamente no transporte marítimo.
CPT – Carriage Paid To

Obedece as mesmas condições do CFR, só que é aplicável a qualquer meio de transporte, via
rodoviária, aérea, ou ferroviária.

CIP – Carriage and Insurance Paid To

Obedece as mesmas condições do CIF, só que é aplicável a qualquer meio de transporte.

DAF – Delivered at Frontier

O exportador entrega a mercadoria até a fronteira do seu país antes do posto alfandegário em
local pré-determinado . Cabem a ele os custos referentes ao transporte até esse ponto e ao
desembaraço aduaneiro da sua fronteira. Esta cotação é para transporte terrestre.

DÊS – Delivered Ex Ship


A entrega é realizada dentro do navio até o local pré combinado no destino. O exportador
assume todos os riscos referentes ao transporte da mercadoria.

DEQ – Delivered Ex Quay

A entrega da mercadoria é feita pelo exportador no porto de destino combinado, assumindo


todos os custos e riscos referentes ao transporte da mercadoria, inclusive as formalidades
necessárias ao desembaraço aduaneiro da mesma.

DDU – Delivered Duty Unpaid

A mercadoria é entregue em um local pré determinado no país de destino. As despesas


referentes ao desembaraço aduaneiro são pagas pelo importador.

DDP – Delivered Duty Paid

Mesmo procedimento adotado no DDU , porém as despesas do desembaraço são pagas pelo
exportador. Esse termo contratual não deverá ser utilizado se o exportador não tiver condição
de assumir tais responsabilidades.
1.5. Formação do Preço de Exportação

A competitividade do produto no mercado internacional depende fundamentalmente


do preço estipulado;
O preço define uma condição básica para a realização de negócio com o importador.
A produtividade interfere de forma substancial;
A exportação trás benefícios que poderão redundar em redução de preços e
conseqüente ampliação da competitividade do produto no mercado internacional;
Na avaliação custo versus benefícios, o planejamento de exportação deve:
o Identificar os custos incidentes sobre toda a operação;
o Levantar os incentivos e benefícios disponíveis no seu mercado e no
mercado para o qual exportará;
O preço de exportação deve ser no mínimo o praticado no mercado internacional;
Elementos principais:
o Na formação do preço de venda para exportação, a primeira medida é o
levantamento dos componentes que geram gastos;
o Os itens que compões o preço são classificados como:
ƒ Custo de produção;
ƒ Custo de distribuição;
ƒ Custo de promoção;
ƒ Custos variáveis, e
ƒ Margem de contribuição
a esse somam-se os custos da estrutura de exportação.
Mercado Interno:
o Os custos representam a remuneração dos fatores de produção e podem
ser relacionados como segue;
ƒ Matéria-prima;
ƒ Aquisição de outros bens consumidos na produção;
ƒ Custos de serviços aplicados na produção;
ƒ Custo de pessoal utilizado na produção;
ƒ Custo de alocação de bens móveis e imóveis necessários a produção;
ƒ Custo da alocação de ativos fixos utilizados na produção;
ƒ Custos de reparos;
ƒ Encargos de depreciação dos equipamentos e bens;
ƒ Encargos de amortização diretamente relacionados com a produção;
ƒ Encargos de exaustão de recursos naturais utilizados na produção;
o As despesas são conceituadas como remuneração a fatores de produção e
operação empresarial situados fora da área de fabricação (área de vendas,
financeira, administrativas etc...).
o Na formação do preço final para o mercado interno incidem gastos com a
comercialização e distribuição;
Mercado Externo:
o Fatores que pesam na composição dos custos externos:
ƒ As características, peculiaridades e segmentação de mercado;
ƒ O poder aquisitivo;
ƒ O nível de concorrência;
ƒ A estrutura tributária;
ƒ A existência de acordos bilaterais e multilaterais;
ƒ A estrutura logística;
o Os mercados externos são normalmente diferentes entre si, e muito em
função disso, os preços praticados no mercado interno de cada país são
igualmente diferentes entre si;
o O exportador deve analisar todas as informações disponíveis de mercado
interno e externo, compatibilizando-as com os interesses de vendedor e
comprador, efetivos e potenciais;
o Estabelecido o planejamento, é salutar trabalhar dentro de faixa ou
margem de segurança, pois o lucro presumido deverá também oscilar
dentro de uma faixa de possibilidade;
Tipos de Preço no Comércio Exterior:
o Os preços usuais em comércio exterior são apresentados divididos em grupos
que levam em consideração:
ƒ a origem;
ƒ o local de embarque em transporte internacional;
ƒ o local de desembarque do transporte internacional; e
ƒ o local de consumo;
o Estes quatro locais são denominados com os códigos Incoterms: EXW, FOB,
CIF e DDP e prevêem a transferência dos custos normais, do vendedor para o
comprador, nesses mesmos pontos.
PREÇO COMPOSIÇÃO
Na Origem (EXW) Custo Total
+ Embalagem
+ Encargos
+ Lucro
- Benefícios à Exportação
+ Despesas de Exportação

No Local de Embarque (FOB) Preço na fábrica (EWX)


+ Transporte Interno
+ Licença de Exportação
+ Movimento em Terminal

No Local de Desembarque (CIF) Preço no Local de Embarque (FOB)


+ Transporte Internacional
+ Seguro Internacional

No local de Consumo (DDP) Preço no Local de Desembarque (CIF)


+ Movimentação em Terminal
+ Licença de Importação
+ Transporte Interno no Destino

o Existem alguns quadros que consideram componentes complementares:


ƒ Margem do importador;
ƒ Margem do Atacadista;
ƒ Margem do Varejista;
ƒ Custos de Manipulação;
Para chegar ao preço de varejo ou vitrine.

Componentes mais Conhecidos:


o Custo de Produção;
o Tributação;
o Impostos de Importação;
ƒ Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI
ƒ Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços – ICMS
ƒ Contribuição para Financiamento da Seguridade Social – COFINS
ƒ Programa de Integração Social e Programa de formação de Patrimônio do
Servidor Público – PIS/PASEP
o Comissão do Agente;
o Embalagem;
o Processo de Unitização (agrupar vários objetos em um único lote);
o Licenças, Documentos e Formalidades Governamentais
ƒ A seqüência de procedimentos necessários à efetivação de uma
exportação ocorre da seguinte forma:
a. Primeiramente, o exportador deve providenciar o licenciamento, configurado pela
efetivação do Registro de Exportação – RE, que consiste no conjunto de
informações de natureza comercial, financeira, cambial e fiscal, que caracterizam a
operação de exportação de uma mercadoria e definem seu enquadramento;
b. A fase seguinte corresponde ao despacho aduaneiro, conceituado como o
procedimento fiscal mediante o qual se processa o desembaraço da mercadoria,
que pode acarretar verificação física ou não e culmina em liberação para embarque
e “averbação” do RE, permitindo a emissão do comprovante de exportação;
c. Por último vêm os procedimentos cambiais, caracterizados pela celebração de
contratos de câmbio entre instituições financeiras e exportadores, aos quais são
vinculados os RE averbados, com o intuito de amparar os ingressos de divisas
configurados naqueles contratos;
ƒ Abaixo, diversas situações comuns a operação de comércio exterior:
x Negociação ou conferência de documentos;
x Utilização do SISCOMEX;
x Emissão de documentos no SISCOMEX;
x Serviço de despachante aduaneiro;
x Recolhimento de Taxa de Sindicato de despachantes;
x Despacho em fronteira;
x Liberação de Conhecimento de Embarque;
x Emissão de Contrato de Câmbio;
x Swift (ordem de pagamento);
x Corretagem de câmbio;
x Despesa de comissão de cobrança bancária;
x Remessa de documentos;
x Emissão de Certificado de Origem;
x Emissão de Vistos Consulares;
x Registro de documentos em entidades (a exemplo das Câmaras de
Comércio);
o Frete e Seguro Interno;
o Movimentação em Terminais;
o Transporte e Seguro Internacionais;

Modelos Simples de Formação de Preço de Exportação:

Modelo Baseado no Preço de Venda no Mercado Interno

Seqüência de Procedimentos:
Apuração de Valor no Local de Embarque -> FOB

a) Anotar o valor do preço de venda no mercado interno (PVMI), incluídos todos os


componentes (custos, despesas, tributos, margem de lucro etc.);
b) Como o preço de venda no mercado interno inclui IPI, apurar o valor sem IPI:
Valor sem IPI = 100 x PVMI / (100 + Alíquota do IPI em %);

c) Apurar o valor do ICMS, mediante aplicação direta da alíquota de ICMS sobre o Valor
sem IPI;
d) Apurar o valor da COFINS. mediante aplicação direta da alíquota de 7,6% sobre o
Valor sem IPI;
e) Apurar o valor do PIS, mediante aplicação direta da alíquota de 1,65% sobre o Valor
sem IPI;
f) Deduzir os valores de ICMS, da COFINS e do PIS, chegando ao preço da mercadoria
sem aplicação desses três tributos e do IPI;
g) Deduzir o lucro calculado para o mercado interno, que pode ser um percentual aplicado
sobre o Valor sem IPI, um percentual aplicado sobre o Valor sem os quatro Tributos
(IPI, ICMS, COFINS e PIS) ou outra forma de apuração;
h) Deduzir outros componentes do preço de mercado interno, que não incidem na
exportação (comissões de venda, despesas de propaganda, embalagem, despesas
financeiras, despesas de distribuição etc...), apurando, então, o valor inicial para
inclusão de componentes específicos da exportação;
i) Adicionar os componentes específicos da exportação (embalagens, equipamentos para
unitização, transporte e seguro internos até local de embarque, despesas com licenças,
documentos ou vistos, despesas com movimentação em terminais, corretagem de
câmbio etc...), apurando assim o Custo Total;
j) Incluir o lucro previsto, que normalmente representa um percentual sobre o valor no
local de embarque (FOB), chegando ao próprio valor no local de embarque (FOB)
conforme a seguinte cálculo:
Valor FOB = Custo Total / [ 1 – (Lucro em % / 100)];

k) Existindo comissão de agente (CA), incluir também esta despesa, que, caso possua
um valor fixo, devera ser adicionada conforme o item "i", para efeito de composição de
Custo Total. Caso a comissão de agente (CA) represente um percentual sobre o valor
no local de embarque (FOB) e o lucro também seja apurado sobre o valor no local de
embarque (FOB), utilizar a seguinte fórmula:
Valor FOB = Custo Total / {1-[(Lucro em % / 100)+(CA em % / 100)]};

l) Apurada a receita em reais considerada adequada pelo exportador para cobrir seus
custos e gerar remuneração esperada (Valor FOB), deverá ser feita a conversão em
valor na moeda estrangeira negociada, pela cotação da referida moeda. As cotações
podem ser obtidas de várias formas, uma delas a consulta a informativo diário do
Banco Central, cabendo ressaltar que normalmente deve ser feita a divisão do valor em
reais pela cotação para se chegar ao valor em moeda estrangeira.
Exemplo:
Dados
Preço do Produto no mercado interno R$ 9.200,00
Alíquota do IPI 15 %
Alíquota do ICMS 18%
Lucro sobre venda interna 10% s/ Valor sem IPI
Embalagem de mercado interno R$ 100,00
Outras despesas de mercado interno R$ 520,00
Embalagem de exportação R$ 130,00
Frete e seguro da fábrica até o porto R$ 540,00
Despesas portuárias R$ 230,00
Despesa com documentação e despachante R$ 180,00
Comissão de Agente 4% s/ Valor FOB
Lucro sobre venda externa 10% s/ Valor FOB
Taxa de Câmbio R$ 2,90 = US$ 1.00

Determinação do Preço
Preço do produto no mercado interno R$ 9.200,00
(-) Isenção de IPI (15%) R$ 1.200,00
___________
Preço no mercado interno sem IPI R$ 8.000,00
(-) Não-incidência do ICMS (18%) R$ 1.440,00
(-) Não-incidência do COFINS (7,6%) R$ 608,00
(-) Não-incidência do PIS (1,65%) R$ 132,00
(-) Lucro sobre venda interna (10% s/ Valor sem IPI) R$ 800,00
___________
Custo do produto sem impostos R$ 5.020,00
(-) Embalagem de mercado interno R$ 100,00
(-) Outras despesas de mercado interno R$ 520,00
___________
Custo sem componentes exclusivos do mercado interno R$ 4.400,00
(+) Embalagem de exportação R$ 130,00
___________
Preço EXW (sem lucro) R$ 4.530,00
(+) Frete e seguro da fábrica até o porto R$ 540,00
(+) Mais despesas portuárias R$ 230,00
(+) Despesas com documentação e despachante R$ 180,00
___________
Subtotal R$ 5.480,00
Comissão de Agente (4% s/ Valor FOB) R$ 254,88
Lucro sobre venda externa (10% s/ Valor FOB) R$ 637,21
___________
Preço FOB R$ 6.372,09
Conversão de R$ para US$ (R$ 2,7522 = US$ 1.00) / 2,7522*
____________
Preço FOB US$ 2,315.27
* PTax do dia 17.03.05
Modelo Baseado nos Custos do Produto a ser Vendido

Seqüência de Procedimentos:
Apuração de Valor no Local de Embarque > FOB

a) Somar os itens que possuem valor definido e compõem o custo do produto exportado,
tais como matéria-prima, mão-de-obra, custos fixos, custos burocráticos, embalagem,
despachantes aduaneiros, entre outros, obtendo-se o total de custos sem impostos;
b) Adicionar, se previsto na comercialização do produto ou estabelecido no contrato de
venda, o custo do equipamento para unitização;
c) Incluir despesas bancárias (contrato de câmbio e outras) e corretagem de câmbio, se
houver, chegando, portanto, ao preço EXW (na origem);
d) Adicionar os demais componentes necessários para estabelecer o custo da mercadoria
no local de embarque (transporte e seguro internos, despesas com licenças,
documentos ou vistos, despesas com movimentações em terminais etc...);
e) Incluir o lucro previsto, que normalmente representa um percentual sobre a valor no
local de embarque (FOB), chegando ao próprio valor no local de embarque (FOB)
conforme o seguinte cálculo:
Valor FOB = Custo Total / [1 – (Lucro em % / 100)];

f) Existindo comissão de agente (CA), incluir também esta despesa, que, caso possua
um valor fixo, deverá ser adicionada conforme item “i”, para efeito de composição de
Custo Total. Caso a comissão de agente (CA) represente um percentual sobre o valor
no local de embarque (FOB) e o lucro também seja apurado sobre o valor no local de
embarque (FOB), utilizar a seguinte fórmula:
Valor FOB = Custo Total / {1 – [(Lucro em % / 100) + (CA em % /100)]};

g) Apurada a receita em reais considerada adequada pelo exportador para cobrir seus
custos e gerar remuneração esperada (Valor FOB). Deverá ser feita a conversão em
valor na moeda estrangeira negociada, pela cotação da referida moeda. As cotações
podem ser obtidas de várias formas, uma delas a consulta a informativo diário do
Banco Central, cabendo ressaltar que normalmente deve ser feita a divisão do valor em
reais pela cotação para se chegar ao valor em moeda estrangeira.
Exemplo:
Dados
Custo de mão-de-obra direta R$ 2.261,00
Custo de mão-de-obra indireta R$ 2.100,00
Encargos sociais R$ 4.333,00
Energia elétrica e Água R$ 3.888,00
Despesas administrativas R$ 1.950,00
Despesas comerciais R$ 750,00
Despesas financeiras R$ 1.220,00
Outros custos R$ 4.300,00
Embalagem de exportação R$ 350,00
Frete e seguro da fábrica até o porto R$ 2.010,00
Despesas portuárias R$ 420,00
Despesas com documentação e despachante R$ 320,00
Despesas bancárias, inclusive corretagem de câmbio R$ 226,00
Comissão de Agente 6% s/ Valor FOB
Lucro sobre venda externa 12% s/ Valor FOB
Taxa de Câmbio R$ 2,90 = US$ 1.00

Determinação do Preço
Preço do produto na fábrica (soma das 8 primeiras parcelas: da mão-de-obra direta a outros custos) R$ 21.140,00

(+) Embalagem de exportação R$ 350,00

(+) Despesas bancárias, inclusive corretagem de câmbio R$ 226,00

___________

Preço EXW (sem lucro) R$ 21.716,00

(+) Frete e seguro da fábrica até o porto R$ 2.010,00

(+) Mais despesas portuárias R$ 420,00

(+) Despesas com documentação e despachante R$ 320,00

___________

Subtotal R$ 24.466,00

Comissão de Agente (6% s/ Valor FOB) R$ 1.770,20

Lucro sobre venda externa (12% s/ Valor FOB) R$ 3.580,39

___________

Preço FOB R$ 29.836,59

Conversão de R$ para US$ (R$ 2,7522 = US$ 1.00) / 2,7522*

____________

Preço FOB US$ 10,841.00

* PTax do dia 17.03.05

O modelo baseado nos custos do produto costuma apresentar melhores resultados e menores
riscos de erro comparativamente ao modelo baseado no preço de venda do produto no
mercado interno, pelo fato de procurar retratar com maior fidelidade as variações de custo.
1.6. Canais de Distribuição na Exportação

1.6.1. Exportação Direta

A exportação direta consiste na operação em que o fabricante do produto vende diretamente


para o importador no exterior, sem intermediários.

Este tipo de operação exige da empresa que está exportando um conhecimento de todas as
etapas do processo de exportação, pois mesmo que a empresa se utilize de um agente para
fazer a venda, ela própria terá que providenciar todos os procedimentos referentes ao
embarque da mercadoria, a contratação de câmbio etc.

1.6.2. Exportação Indireta


Este tipo de empresa possui certas características peculiares que lhe são atribuídas pelo
Decreto-Lei nº 1.248/72, que a intitula de "Empresa Comercial Exportadora".

Quando o fabricante se dispõe a analisar a trading como canal de distribuição para seus
produtos na exportação deve levar em consideração os seguintes aspectos:

eliminação dos custos necessários para identificar e contatar o possível importador;


eliminação de todos os custos e riscos detectados para a localização do mercado ou
paises;
supressão da necessidade de conhecer, mesmo que superficialmente, as
particularidades do país para o qual tenciona exportar, destacando-se os aspectos
monetários e fiscais;
dispensa do contato e de seus custos para negociar a operação;
extinção de todos os riscos exigidos pela movimentação internacional das
mercadorias, bem como do recebimento no exterior do valor da operação, uma vez
que a venda é ajustada no mercado interno em moeda nacional;
total eliminação dos custos que seriam exigidos na elaboração de documentos
próprios para a movimentação do produto e seu respectivo embarque para o exterior
(apenas emissão de uma única Nota Fiscal de venda).

1.7. Documentos Utilizados no Processo de Exportação

Independentemente dos meios de transporte, os documentos para embarque ao exterior serão


os mesmos. Apenas o produto exportado ou alguma particularidade na negociação comercial
influenciará na sua emissão.

Os documentos de exportação devem ser emitidos em inglês ou no idioma do país importador.

1.7.1. Documentos de Uso Interno no Brasil

Nota Fiscal
Documento que habilita a circulação interna da mercadoria desde a saída do estabelecimento
até o embarque para o exterior. O preenchimento deve ser feito em moeda nacional.
Acompanha a mercadoria durante o trânsito interno até o local do embarque.

Registro de Exportação
Documento que reúne um conjunto de informações sobre a natureza da exportação efetuada
.É feito através de um terminal de computador interligado ao SISCOMEX.
Comprovante de Exportação
Documento emitido pela Receita Federal ao final da operação de exportação.

Contrato de Câmbio
Documento que formaliza a operação de conversão de moeda estrangeira em moeda nacional.
É emitido pelo pelos bancos e corretoras através do SISCOMEX, para evitar a duplicidade na
coleta de informações.

1.7.2. Documentos de Uso Externo - Importador

Fatura Pró-Forma
Semelhante ao pedido de compra, esse documento formaliza a cotação do produto,
garantindo as informações necessárias para emissão da carta de crédito ou de outro
documento para pagamento. Ele habilita o fechamento de câmbio no caso de
pagamento antecipado.

Romaneio de Embarque ou Packing List


Descreve o conteúdo de cada volume, facilitando a fiscalização e localização da
mercadoria. Acompanha a mercadoria durante o trânsito interno e durante o processo
alfandegário no destino.

Certificado de Origem
Documento que atesta a origem da mercadoria e que pode ser exigido pelo país importador
dependo do produto a ser importado. O importador pode utilizar este documento para obter a
redução ou isenção de tributos.

Existem vários modelos de Certificado de Origem:

o Certificado de Origem Comum;


o Certificado de Origem para países da ALADI;
o Certificado de Origem - Mercosul;
o Certificado de Origem - Protocolo de Expansão Comercial – PEC;
o Certificado de Origem formulário do Sistema Geral de Preferências – SGP;
o Outros.

Certificado de Inspeção
Documento que atesta a qualidade dos produtos e a conformidade com os dados da fatura
comercial e que pode ser exigido por alguns países É emitido pelas empresas exportadoras ou
por uma empresa especializada neste tipo de atividade. Para efetuar a certificação a empresa
deve gerar um relatório preliminar de inspeção e emitir o certificado. Acompanha a mercadoria
durante o trânsito interno e para o embarque ao exterior.

Certificado Fitossanitário
Documento que atesta a sanidade de produtos de origem vegetal/animal. Emitido por órgãos
do Ministério da Agricultura quando exigido pelo país importador. Podem ser exigidos para
artigos plásticos em contato com alimentos, conforme o país de destino.

Certificado de Análise
Documento que atesta a composição físico-química dos produtos a serem exportados. Este
certificado é emitido quando exigido pelo país importador.

Certificado de Seguro de Transporte


Documento que garante a cobertura total das mercadorias em caso de sinistro durante o
trânsito internacional. É exigido sempre que a transação for efetuada em condições de custo e
seguro, ou custo, seguro e frete.

Conhecimento de Embarque
Documento que comprova a entrega da mercadoria e confere ao consignatário a sua posse.
Sua emissão é feita pelo transportador após o embarque. Acompanha a mercadoria no
embarque ao exterior.

Letra de Câmbio ou Saque de Exportação


Semelhante à duplicata, é emitida pelo exportador em formulário padrão reconhecido
internacionalmente. A venda à vista implica na liquidação da letra cambial antes da retirada da
documentação original no banco. A venda à prazo implica na liquidação da letra nos prazos
acordados.

Fatura Comercial
Documento exigido internacionalmente para desembaraço da mercadoria. Deve ter o carimbo
da empresa exportadora, data e assinatura em todas as vias. Quando o pagamento for
efetuado através de carta de crédito, a primeira via deverá acompanhar os documentos de
embarque utilizados na negociação.

Fatura Consular
Documento emitido pelo consulado do país importador, no país de origem, exigido apenas por
alguns países. Dependendo do destino da exportação, para emitir a fatura consular o
consulado pode exigir a apresentação da fatura comercial, do certificado de origem, do
conhecimento de embarque entre outros.
1.8. Despacho Aduaneiro na Exportação

Toda mercadoria nacional, ou nacionalizada, destinada ao exterior está sujeita ao despacho de


exportação, processado pelo SISCOMEX.

Ressalvam-se desta exigência as mercadorias sujeitas a procedimentos especiais,


relacionadas no Anexo “O” da Portaria Secex 35, verificando também o artigo 63, da IN 28/94.

1.8.1. Declaração de Exportação

A Declaração de Exportação deve ser feita por meio de um terminal de computador, conectado
ao SISCOMEX.

O programa que estabelece a conexão com o SISCOMEX, e que fornece uma senha de
acesso ao sistema, deve ser solicitado a uma unidade da Secretaria da Receita Federal que
processe comércio exterior.

O despacho de exportação no SISCOMEX inicia-se quando o sistema fornece a numeração


específica à declaração formulada pelo exportador.

1.8.2. Entrega de Documentos

O número atribuído à declaração para despacho de exportação deve constar obrigatoriamente


em todos os documentos que fizerem parte do despacho, inclusive no Conhecimento e
Manifesto de Carga e na Nota Fiscal.

É de competência e responsabilidade do exportador, ou de seu mandatário, entregar em até 15


dias, contados a partir da data do início do despacho de exportação, na unidade da Secretaria
da Receita Federal, os documentos de instrução da declaração de despacho de exportação,
com indicação do número atribuído à declaração para despacho, como se segue:
as primeiras vias das notas fiscais referentes às mercadorias a serem exportadas,
com exceção daquelas nomeadas expressamente no artigo 17 da IN SRF 28/94;
extrato DDE – declaração de despacho de exportação, contendo as informações
necessárias, extraídas do registro de exportação;
documentação do transporte a ser realizado.

A documentação entregue na unidade da SRF será conferida pelo funcionário responsável, e


em caso de haver qualquer exigência não cumprida, o despacho poderá ser interrompido, até
haver o seu atendimento.
1.8.3. Seleção Parametrizada

Seleção parametrizada é a inclusão de parâmetros, no sistema, que determinam o canal de


cada despacho no SISCOMEX.

Os canais para despacho de exportação, representados por cores, determinam o curso do


despacho, e podem ser:

Verde: liberado sem conferência aduaneira;


Laranja: selecionado para exame documental;
Vermelho: selecionado para exame documental e verificação física.

1.8.4. Desembaraço Aduaneiro

Ao receber o despacho de exportação, contendo todos os documentos necessários, será


verificado pela fiscalização se existem restrições ou direcionamento para qualquer tipo de
conferência.

Caso seja necessário, a verificação física da mercadoria deverá ser realizada na presença do
exportador, ou de seu representante legal.

Em casos de haver necessidade de assistência técnica para verificação física, devido à


natureza da mercadoria, a fiscalização poderá providenciar coleta de amostra ou solicitar laudo
técnico, registrando a ocorrência no SISCOMEX.

1.8.5. Averbação

A averbação é o ato final do despacho de exportação, e consiste na confirmação, por parte da


fiscalização aduaneira, do embarque da mercadoria, naqueles despachos que não se
encontram na situação de averbação automática.

A averbação automática acontece quando os dados registrados no sistema pelo transportador


forem coincidentes com aqueles já constantes no SISCOMEX (artigo 37 da IN 28/94, nova
redação dada pela IN 510 de 14/02/2005).
Quando a averbação não se processar automaticamente, caberá à fiscalização realizá-la,
registrando as divergências constatadas naquele momento no sistema, e exigindo do
transportador, ou do exportador, os documentos que julgar necessários para que se possa
proceder a averbação. (artigo 49 e parágrafos da IN 28/94).

1.8.6. Cancelamento

O cancelamento do despacho poderá ser de ofício, quando forem descumpridas normas


estabelecidas na legislação, ou por solicitação do interessado, quando constatado erro em
registro efetuado ou por desistência do embarque (IN SRF 510 de 14/02/2005).

1.8.7. Emissão de Comprovante de Exportação

Os comprovantes de exportação devem ser solicitados pelo interessado para os despachos


que se encontram na situação de “averbado”, e são emitidos pela unidade de despacho.

1.8.8. Alteração do Registro de Exportação

A alteração do registro de exportação só poderá ser solicitada pelo exportador, e só será


possível em despachos averbados.

O exportador deve formular uma proposta junto ao DECEX/ SECEX / MDIC, e, posteriormente,
formalizar o pedido junto à unidade da SRF que procedeu o registro. A SRF poderá aprovar ou
rejeitar o pedido de alteração do registro de exportação, baseando-se na análise dos
documentos que instruíram o despacho, ou outros, que tenham sido apresentados à SRF.

É possível que seja solicitada a inclusão de anexos em despachos averbados.

Os processos relativos à alteração nos dados de registro de embarque, referentes à


quantidade de volumes, peso e identificação da mercadoria embarcada ,ou saída do território
nacional, deverão ser encaminhados à COANA, nos casos previstos no artigo 52 da IN
28/94(alterado pelo parágrafo único da IN SRF 510 de 14/02/2005).
1.9. Aspectos Fiscais nas Exportações

1.9.1. Incidências Tributárias nas Exportações

Optantes do SIMPLES:
Os transformadores plásticos exportadores optantes do SIMPLES devem analisar a
conveniência da continuidade nesse sistema uma vez que não existe previsão legal para
exclusão da receita de exportação da base de cálculo dos percentuais que determinam o
pagamento unificado dos tributos e contribuições neste regime. Dessa forma o volume das
exportações será determinante para verificação da viabilidade da manutenção da empresa no
sistema SIMPLES.

Demais Empresas:
As saídas para exportação de bens e serviços realizados diretamente pelos transformadores
plásticos, ou por empresas especializadas (comerciais exportadoras ou Trading), não sofrem
qualquer incidência direta de tributos e contribuições, quer sejam elas de natureza Federal,
Estadual ou Municipal. A completa desoneração tributária das exportações busca
primeiramente tornar competitivos nossos produtos no mercado internacional, e supletivamente
auxilia na movimentação de toda a economia interna, incentivando a produção local, a geração
de empregos e a entrada de divisas ao país.

Não há previsão legal, entretanto, para exclusão das receitas de exportação da base de cálculo
do imposto de renda e da contribuição social sobre o lucro líquido apurado pelos
transformadores.

1.9.2. Créditos Tributários nas Exportações

1.9.2.1. IPI – Imposto sobre produtos industrializados

Optantes do SIMPLES:
Nada muda para as empresas integrantes do SIMPLES que por sua opção ao sistema não
registram créditos desse imposto. Assim, nas saídas para exportação não haverá destaque de
tributos, contudo estas empresas estarão absorvendo o custo dos tributos incidentes na
aquisição dos insumos utilizados na produção. Cabe analisar a viabilidade da manutenção da
empresa no sistema face aos créditos possíveis.

Demais Empresas:
As demais empresas não optantes do SIMPLES que registram créditos e débitos regulares de
IPI poderão manter o crédito desse imposto pago na aquisição das matérias primas e outros
insumos utilizados na produção dos produtos a serem exportados. Esse crédito pode vir se
acumular, dependendo do volume de exportações realizadas, pois sobre estas, como vimos,
não há incidência de IPI. Esse acúmulo de créditos de IPI será consumido, a princípio, no
pagamento do próprio IPI relativo às operações normais no mercado interno. Caso restem
ainda créditos acumulados na escrita fiscal do produtor exportador, a Receita Federal,
mediante pedido de restituição, poderá devolvê-lo ou autorizar a sua utilização no pagamento
de outros tributos e contribuições federais. Na prática, em comparação com empresas
tributadas pelo SIMPLES, há uma diminuição do custo do produto final pela recuperação do IPI
pago.

1.9.2.2. PIS/COFINS - Programa de Integração Social e Contribuição


para o Financiamento da Seguridade Social

Optantes do SIMPLES:
Como vimos nada muda para o produtor exportador optante do SIMPLES. Recomenda-se a
avaliação da viabilidade da manutenção no sistema face aos créditos que veremos a seguir.

Optantes pelo Lucro Real:


O transformador exportador com atividade tributada pelo imposto de Renda pelo Lucro Real, na
saída do produto para exportação direta ou através de comerciais exportadoras/trading, estará
isento do recolhimento dessas contribuições, posto que o PIS e a COFINS não incidem sobre a
receita de venda do produto exportado.

É permitida ao transformador exportador enquadrado nesse regime de tributação (Lucro Real)


a manutenção dos créditos de PIS (1,65%) e de COFINS (7,6%), apurados sobre o valor das
matérias primas, insumos e materiais de embalagem adquiridos, como forma de recuperação
do custo dessas contribuições nas operações anteriores. Esse crédito poderá ser utilizado para
diminuir o valor a recolher do PIS e da COFINS incidentes nas demais operações, ou se
mantido no decorrer do trimestre, poderá ser restituído em dinheiro ou utilizado para
compensação com outros tributos e contribuições administrados pela Receita Federal.

Optantes pelo Lucro Presumido:


O transformador plástico exportador com atividade tributada pelo Imposto de Renda com base
no Lucro Presumido, na saída do produto para exportação direta ou através de comerciais
exportadoras/trading, também estará isento do recolhimento dessas contribuições, posto que o
PIS e a COFINS não incidem sobre a receita com venda do produto exportado. Entretanto não
fará jus ao crédito de PIS (1,65%) e da COFINS (7,6%) por sua opção ao Lucro Presumido
impedir tal procedimento. Para recuperação do valor do PIS e da COFINS incidentes nas
operações anteriores poderá utilizar um dos métodos abaixo demonstrados, que possibilitam
apurar um crédito presumido das contribuições em questão:
Critérios de apuração de créditos de PIS/COFINS para exportadores optantes pelo regime de
Lucro Presumido

Critério 1:
O primeiro critério de apuração de crédito possibilita o retorno de 5,37% sobre o custo das
exportações efetivadas no mês (Lei 9363/96, IN 419/04).

Para se obter o custo das exportações o transformador exportador deverá verificar qual o
percentual das suas exportações em relação a Receita Bruta. O percentual obtido multiplicado
pelo custo total determina o custo da parcela exportada. Sobre esse custo da parcela
exportada aplica-se o percentual de 5,37% obtendo-se o valor do crédito presumido de IPI para
ressarcimento do PIS e da COFINS, a ser escriturado no seu livro de apuração do IPI para
utilização imediata.

1.
Receita de Exportação (RE) = % da RE em Relação à
Receita Bruta Total (RBT) RBT
2.
% da RE em Relação à RBT x Custo = Custo das Exportações
Total
3.
Custo das Exportações x 5,37% = Crédito a Utilizar

Critério 2:
O segundo critério, a opção do transformador exportador (opção anual), possibilita a obtenção
de um índice que aplicado sobre o custo total determina qual benefício o exportador faz jus (Lei
10.276 de 10/09/01 e IN 420/04). Na apuração desse incentivo deve ser utilizada a seguinte
formula:
1.
Receita de Exportação (RE) = Fator
(Receita Bruta – Custo)

2.
Fator x 3,65 = Índice

3.
Índice X Custo Total = Crédito a Utilizar

O crédito apurado deverá ser escriturado no campo “Demonstrativo de Créditos” do livro


registro de Apuração do IPI, com indicação de sua origem no quadro “Observações”, e poderá
ser compensado como os débitos de IPI apurados no mesmo período.
1.9.2.3. ICMS – Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e
Serviços

Empresas optantes do SIMPLES, Micro Empresas e Empresas de Pequeno Porte:


Nada muda para as empresas integrantes do SIMPLES, Microempresas e Empresas de
Pequeno Porte. Estas, por sua opção ao sistema, não registram créditos desse imposto
recolhendo o tributo por estimativa. Assim, nas saídas para exportação, não haverá destaque
de tributos, contudo estas empresas estarão absorvendo o custo dos tributos incidentes na
aquisição dos insumos utilizados na produção. Cabe analisar a viabilidade da manutenção da
empresa no sistema, face aos créditos possíveis.

Demais Empresas:
As demais empresas que apuram o ICMS regularmente, registrando créditos e débitos, terão
direito à manutenção do crédito do ICMS pago na aquisição das matérias primas e outros
insumos utilizados na fabricação dos produtos destinados a exportação. O crédito acumulado
de ICMS poderá ser utilizado primeiramente para compensação com os débitos do imposto
gerado nas operações realizadas no mercado interno, e caso ocorra acúmulo de saldo credor
de ICMS, este poderá ser transferido a fornecedores para pagamento de até 100% das
matérias primas utilizadas na produção.

1.9.2.4. Outros Incentivos e Benefícios Fiscais Inerentes às


Exportações

Compras internas com suspensão do IPI:


O Transformador exportador poderá adquirir Matérias Primas, Produtos Intermediários e
Embalagens a serem empregados na industrialização de produtos destinados a Exportação
sem o pagamento do IPI (suspensão do IPI artigo 42 do RIPI). Para tanto o transformador
exportador deverá buscar junto a Receita Federal a aprovação de um programa de exportação
identificando o que irá exportar, qual o volume de matérias primas, produtos intermediários e
embalagens será necessário, e de qual fornecedor pretende adquirir.

Tal pedido tem rápida aprovação junto à Receita Federal e a partir da sua liberação autoriza a
aquisição dos insumos ao abrigo da suspensão.

Apresentado o deferimento do regime especial ao fornecedor indicado, este será obrigado a lhe
vender ao abrigo da suspensão do IPI, respeitados os limites de volume e de prazo aprovados
no programa.

Nesse regime o produtor exportador deverá comprovar a exportação diretamente à Receita


Federal no prazo de 360 dias prorrogáveis por igual período.
Caso o produtor se torne preponderantemente exportador, assim considerado aquele que
exporta mais de 80% de toda a sua produção do ano imediatamente anterior, terá direito a
pleitear junto a Receita Federal um Ato Declaratório que lhe possibilita adquirir por todo ano
suas matérias primas produtos intermediários e embalagens ao abrigo da suspensão do IPI.

Compras internas com suspensão de PIS E COFINS:


O transformador exportador beneficiário de regime aduaneiro suspensivo poderá adquirir de
produtor nacional qualquer mercadoria para ser incorporada ao produto a ser exportado, com
suspensão de tributos (art. 59 da Lei 10833/03). Tal prerrogativa consiste em permitir ao
fornecedor que não pague IPI, PIS e COFINS na venda, mesmo no mercado interno, de
matérias primas para uma empresa transformadora e exportadora beneficiária desse regime.
Desta forma o transformador poderá negociar uma redução no preço correspondente à parcela
não tributada pelo fornecedor.

Esse regime poderá ser utilizado assim que disciplinado pela Secretaria da Receita Federal.

Caso o transformador seja preponderantemente exportador poderá adquirir matérias-primas,


produtos intermediários e materiais de embalagem com suspensão de PIS e COFINS, desde
que sua receita bruta decorrente de exportações no ano-calendário anterior tenha sido superior
a 80% da receita bruta total (Instrução Normativa 466/04, revogado pela IN 595 de
27/12/2005).

A suspensão da incidência de PIS/COFINS será autorizada somente à pessoa jurídica


previamente habilitada pela Secretaria da Receita Federal (SRF) mediante concessão de Ato
Declaratório Executivo (ADE).

As empresas autorizadas pela Secretaria da Receita Federal deverão declarar ao fornecedor,


de forma expressa e sob as penas da Lei, que atendem a todos os requisitos estabelecidos,
bem como fornecer o número do Ato Declaratório Executivo.

1.9.2.5. Agentes Facilitadores (Links úteis)

http://www.receita.fazenda.gov.br
http://www.portaldoexportador.gov.br
http://www.apexbrasil.com.br
http://www.exportnews.com.br
1.10. Aspectos Financeiros na Exportação

Os incentivos financeiros às exportações são representados pelas linhas de financiamento que


visam conceder às empresas exportadoras os recursos necessários ao desenvolvimento da
produção e comercialização de produtos destinados ao exterior. O objetivo primordial dos
incentivos financeiros, assim como os fiscais, é o de permitir que o produto a ser exportado
possa contar com condições mais adequadas de competitividade para a comercialização com o
exterior.

Basicamente os incentivos financeiros devem ser vistos como aplicáveis em duas fases da
comercialização internacional, ou seja, na fase da produção de bens destinados à exportação e
no financiamento de sua comercialização.

1.10.1. Financiamento à Produção

Linhas de Financiamento BNDES-exim:


Pré-embarque, Pré-embarque Especial:
o Capital de giro para produção de bens para a exportação;

Pós-embarque:
o Financiamento à comercialização no exterior de bens e serviços de origem
brasileira, mediante desconto de títulos de crédito (supplier credit) ou através de
financiamento ao importador (buyer credit).

Prazos e taxas competitivos a nível internacional.

Elegibilidade
Instrumento: Carta-Circular BNDES nº 03/2005, de 22.02.05.

Itens Financiáveis:
Todos os bens de maior valor agregado que necessitem de maior prazo de
fabricação e/ou comercialização;
Serviços associados aos bens exportados;
Índice de nacionalização igual ou superior a 60% do valor FOB.

Itens Não Financiáveis:


Commodities básicos, tais como: minérios, celulose, açúcar e álcool, grãos, suco de
laranja e petroquímicos.
Instrumento: Carta-Circular BNDES nº 03/2005, de 22.02.05.
Grupo I: bens de capital
Máquinas, motores, equipamentos e caldeiraria, obras de ferro e aço, veículos
terrestres, embarcações e aeronaves etc;

Grupo II: bens de consumo


Alimentos e bebidas, produtos de origem animal, vegetal, mineral, químico,
farmacêutico, têxtil, vestuário, móveis, jóias etc;

Grupo III: bens específicos


Automóveis de passeio, motocicletas, materiais inflamáveis, vitaminas, café verde
etc;

Classificação de Porte de Empresas

Receita Operacional Bruta Anual*


Micro até R$ 1.200 mil
Pequena até R$ 10.500 mil
Média até R$ 60.000 mil
* Quando a empresa for controlada por outra empresa ou pertencer a um grupo econômico,
será considerada a receita operacional bruta (ROB) consolidada do grupo.

1.10.1.1. BNDES-exim Pré-Embarque Especial

Instrumento: Carta-Circular nº 35/2004, de 13.08.04;


Objetivo: financiar a produção de bens vinculados ao incremento das exportações
totais da empresa;
Beneficiárias: empresas exportadoras de qualquer porte, que objetivam aumentar
suas exportações em relação a um período base de 12 meses;
Modalidade: via Agentes Financeiros;
Limite de Valor: não há;
Nível de Participação no valor do incremento:
MPME: até 100%;
Grandes Empresas: até 100%, em operações de bens de capital do Grupo I;
Demais Grandes Empresas: até 70%;
Custo p/ MPME: TJLP ou Libor + spread do BNDES (1% aa) + spread do Agente;
Custo p/ Grandes Empresas:
Operações com bens de capital do Grupo I ou serviços de projeto e de detalhamento
de engenharia: até 100% TJLP ou Libor + spread do BNDES (2,5% ou 3,5% aa
respectivamente) + spread do Agente;
Demais operações até US$ 25 milhões: TJLP e variação cambial do dólar USA
acrescido dos Encargos da Cesta de Moedas do BNDES + spread do BNDES (3,5%
a.a.) + spread do Agente
Demais operações superiores a US$ 25 milhões: variação cambial do dólar USA
acrescido dos Encargos da Cesta de Moedas do BNDES + spread do BNDES (3,5%
a.a.) + spread do Agente
Prazo: embarque, até 12 meses, e amortização, até 24 meses, em média, podendo
chegar a 30 meses

Objetivos:

Estimular a maior participação de produtos manufaturados brasileiros no mercado


externo, através da redução de seus custos financeiros e elevação de sua
capacidade externa frete aos concorrentes de outros países;
Viabilizar a produção de bens manufaturados nacionais, sem qualquer vinculação
com operações específicas;
Ser concedido em condições similares às taxas vigentes no mercado internacional e
a prazos superiores ao ciclo de fabricação dos produtos beneficiados, representando
importante reforço no capital de giro e na redução do custo financeiro;
Estimular a utilização da capacidade ociosa existente ou expansão da produção
voltada para o mercado externo;
Servir como instrumento para a programação das atividades industriais com maior
segurança e menor instabilidade, e no aumento da produtividade e melhoria da
qualidade;
Propiciar às empresas que cumprirem integralmente as metas de incremento de suas
vendas externas, estabelecidas por elas próprias, pagarem menor taxa de juros e
poderem ter maior prazo de amortização.

Beneficiários:

Empresas fabricantes-exportadoras que projetam incremento em suas exportações e


apresentam cadastro satisfatório, capacidade de pagamento e garantias suficientes
para cobertura do risco financeiro da operação;
Para ter acesso a esse financiamento, as empresas fabricantes exportadoras devem
projetar suas vendas externas para os próximos 12 meses (período para
incremento), de forma a gerar incremento nas exportações, em comparação com os
últimos 12 meses (período base), incremento este que se constituirá no valor máximo
a ser financiado;
Empresas em débito com tributos ou contribuições federais, concordatárias ou em
processo de falência estão impedidas de ter acesso a esse financiamento.
Pré-embarque Especial – Fluxograma

Portal do BNDES: www.bndes.gov.br

1.10.1.2. BNDES-exim Pré-Embarque

Instrumento: Carta-Circular nº 34/2004, de 13.08.04;


Objetivo: financiar a produção de bens destinados às exportações;
Beneficiárias: empresas produtoras e exportadora de qualquer porte;
Modalidade: via Agentes Financeiros;
Limite de Valor: não há;
Participação: até 100% do valor FOB (sem frete, seguro e comissões);
Prazos: financiamento, até 18 meses, embarque até 12 meses, e liquidação, até 6
meses;
Custo p/ MPME: 100% TJLP ou Libor + spread do BNDES (1% aa) + spread do
Agente;
Custo p/ Grandes Empresas (1): Operações com bens de capital do Grupo I ou
serviços de projetos e detalhamento de engenharia: 100% TJLP ou Libor + spread do
BNDES (2,5% ou 3,5% aa respectivamente) + spread do Agente;
Custo p/ Grandes Empresas (2): Demais operações: até 60% em TJLP e, no mínimo,
40% em variação cambial do dólar USA acrescido dos Encargos da Cesta de
Moedas + spread do BNDES (3,5% aa) + spread do Agente.
Objetivos:
Servir como mecanismo de financiamento á produção exportável;
Colocar à disposição das empresas exportadoras na fase de pré-embarque,
financiamento para amparar a produção de bens cuja a venda ara o exterior já tenha
sido negociada com o importador.

Beneficiários:
Empresas industriais-exportadoras de produtos manufaturados de sua própria
fabricação;
Empresas comerciais exportadoras, inclusive traiding companies, desde que seus
recursos sejam liberados pela instituição financeira diretamente em favor das
empresas fabricantes dos produtos a serem exportados, por conta e ordem da
empresa comercial exportadora;
Têm prioridade as empresas cuja receita operacional bruta anual ou anualizada não
supere R$ 45 milhões (pequenas e médias empresas);
Empresas não enquadrada no limite de R$ 45 milhões somente podem configurar
como beneficiárias caso a operação de exportação também possua financiamento à
comercialização externa aprovado no âmbito do programa BNDES-exim Pós-
embarque;
Não há qualquer restrição à nacionalidade do capital social das empresas
beneficiárias, desde que tenham sede e administração no Brasil;
Empresas em débito com tributos ou contribuições federais, em concordata ou em
processo de falência não têm acesso a essa modalidade de financiamento.

BNDES-exim Pré-embarque - Fluxograma

Portal do BNDES: www.bndes.gov.br


1.10.1.3. ACC - Adiantamento sobre Contrato de Câmbio

Definição:
Consiste na antecipação à empresa exportadora, antes do embarque da mercadoria
para o exterior, do contravalor em moeda nacional gerado com o fechamento do
câmbio de exportação, em que o pagamento da operação pelo importador deve
ocorrer no futuro, dentro dos prazos definidos pela legislação;
A operação ACC tem início com a contratação do câmbio de exportação, efetuada
antes do embarque da mercadoria, junto a qualquer banco autorizado a operar em
câmbio, de livre escolha do exportador;
Para a concretização deste financiamento serão utilizados, exclusivamente, recursos
privados captados no exterior pelo banco financiador, através de suas linhas de
crédito internacional;
Representa uma antecipação financeira baseada numa promessa de o exportador
entregar ao banco financiador, no futuro (após o embarque), as divisas (saques) de
exportação;
Equivale às operações de empréstimo freqüentemente realizadas no mercado
nacional.

Objetivo:
Financiar a produção exportável, a aquisição de matéria-prima, a produção destinada
ao mercado interno e até mesmo a aplicação no mercado financeiro.

Beneficiários:
Empresas exportadoras que efetuam o fechamento do contrato de câmbio de
exportação junto aos bancos autorizados;
Esta podem ser empresas industriais, produtoras, trading companies, comerciais
exportadoras, consórcios, cooperativas, etc. independentes de suas nacionalidades
ou de seu porte empresarial, desde que sejam as exportadoras das mercadorias e
responsáveis pela contratação de câmbio de exportação.

1.10.2. Financiamento à Comercialização

1.10.2.1. ACE – Adiantamento sobre Cambiais Entregues

Definição:
Consiste na antecipação à empresa exportadora, após o embarque da mercadoria
para o exterior e antes do pagamento da operação pelo importador, do contravalor
em moeda nacional gerado com o fechamento do contrato de câmbio de exportação;
A operação ACE constitui uma antecipação financeira amparada na efetiva entrega
pelo exportador ao banco financiador da operação, no presente (após o embarque),
das divisas (saques) de exportação;
Equivale às tradicionais operações de desconto de duplicatas realizadas no mercado
doméstico.

Objetivo:
Financiar a produção exportável, a aquisição de matéria-prima, a produção destinada
ao mercado interno e até mesmo a aplicação no mercado financeiro.

Beneficiários:
Empresas exportadoras que efetuam o fechamento do contrato de câmbio de
exportação junto aos bancos autorizados;
Esta podem ser empresas industriais, produtoras, trading companies, comerciais
exportadoras, consórcios, cooperativas, etc. independentes de suas nacionalidades
ou de seu porte empresarial, desde que sejam as exportadoras das mercadorias e
responsáveis pela contratação de câmbio de exportação.

1.10.2.2. BNDES-exim Pós-Embarque

Instrumento: Circular nº 176/2002, de 12.09.02


Objetivo: apoiar a comercialização, no exterior, de bens e/ou serviços nacionais;
Beneficiárias: empresas exportadoras (bens/serviços), incluindo trading companies
ou comerciais exportadoras;
Modalidade: refinanciamento ao exportador (não há valor limite), mediante o
desconto de cambiais de exportação ou a cessão de direitos de crédito de
exportação, ou financiamento ao importador;
Custo: Taxa desconto composta por Libor + spread do BNDES, no mínimo, 2% aa;
Participação: até 100% do valor da exportação, em qualquer INCOTERM negociado;
Prazo: máximo de refinanciamento até 12 anos;
Risco: externo (riscos comerciais, políticos e extraordinários que podem gerar default
do importador);
Assunção do Risco (Garantidores Possíveis):
Bancos Estrangeiros
Agente Financeiro no Brasil
CCR Automático (prazo até 360 dias)
SBCE (Seguro de Crédito)
CCR / SBCE (prazos superiores a 360 dias)
Objetivos:
Amparar, e viabilizar, as vendas ao exterior de bens manufaturados e serviços,
cujas operações tenham prazo de pagamento superior a 6 meses;
Dotar os serviços e produtos manufaturados nacionais de financiamento à
comercialização externa em prazos, valores e taxas de juros compatíveis com as
condições praticadas no cenário internacional.

Beneficiários:
Empresas exportadoras de bens e serviços, sejam elas indústrias, trading
companies, empresas comerciais exportadoras, empresas prestadoras de serviços
ou entidades semelhantes, independente do seu porte ou da nacionalidade de seu
capital social;
Estão impedidas de pleitear esse financiamento as empresas exportadoras em
débitos com tributos ou contribuições federais, em concordata ou em processo de
falência.

Pós-embarque Supplier Credit:


Desconto de recebíveis, usualmente sem direito de regresso contra o exportador;
Embarque geralmente é a referência inicial para prazo de repagamento dos títulos;
Desembolsos em R$ para o exportador;
Esquema de repagamentos semestrais;
Modus operandi mais ágil.

Pós-embarque Buyer Credit:


Contrato de Financiamento Buyer Credit Agreement;
Data da execução do Contrato ou preenchimento das condições precedentes é
geralmente a referência inicial para prazo do repagamento;
Operações tailor made (flexibilidade);
Apetite pelo risco depende de país e credibilidade do importador;
Tempo adicional normalmente necessário para preparação da documentação legal;
Desembolsos em R$ para o exportador, mediante aceite do importador;
Esquema de repagamentos semestrais.

1.10.2.3. PROEX – Programa de Financiamento às Exportações

Objetivos:
Amparar as exportações de bens e serviços negociadas para pagamento a prazo;
Oferecer financiamento para o valor em moeda estrangeira;
Oferecer taxas de juros competitivas e prazos realistas com os praticados
internacionalmente;
Permitir a participação das empresas brasileiras no mercado externo em igualdade
de condições com seus concorrentes de outros países;
Apoiar financeiramente o exportador para que receba à vista o valor de suas
vendas externas, enquanto o importador pagará a prazo ao banco financiador da
exportação;

Modalidades:
Financiamento Direto à Exportação
Assemelha-se ao desconto de duplicatas no mercado interno, pois são realizadas
com utilização de recursos em moeda local (R$), alocados no Orçamento Geral da
União para o PROEX;
Financiamento ao Exportador (Supplier’s Credit): o exportador concederá um
financiamento a importadores do setor público ou privado, e em seguida,
descontará (refinanciará) numa instituição financeira os títulos representativos da
exportação realizada para pagamento a prazo;
Financiamento ao Importador (Buyer’s Credit): o exportador entregará ao banco
financiador da operação no Brasil os documentos comprobatórios da exportação,
indispensáveis para receber à vista os Reais correspondentes ao financiamento à
prazo concedido pelo governo brasileiro à entidade estrangeira;

Financiamento Via Equalização de Taxa de Juros


Realizado exclusivamente em moeda estrangeira e através de bancos instalados
no Brasil que buscam no exterior os recursos necessários, em moeda estrangeira,
para terem condições de financiar as exportações brasileiras;
Equalização de Taxa de Juros: é o pagamento de percentual fixo a ser efetuado
pelo Tesouro Nacional ao banco captador e financiador da exportação, objetivando
reduzir as diferenças entre o custo de captação no exterior dos recurso destinados
a financiar a exportação e o custo de emprestar esses recursos ao seu tomador,
que pode ser o exportador ou o importador, caso o financiamento seja realizado,
respectivamente, sob a forma de supplier’s credit ou buyer’s credit;
Financiamento a prazo concedido ao importador (buyer’s credit): um
estabelecimento de crédito ou financeiro situado no exterior, mas também com
direito a receber a equalização das taxas de juros, concederá um financiamento ao
importador (buyer’s credit), para que este compre e pague à vista ao exportador
brasileiro;
Refinanciamento concedido ao exportador (supplier’s credit): o exportador
concederá um prazo ao importador para pagamento da operação. Posteriormente,
a instituição financeira brasileira que captar a moeda estrangeira no exterior
refinanciará o exportador (supplier’s credit), mediante o desconto dos títulos de
crédito representativos da exportação financiada.
Beneficiários:
Empresas Exportadoras: indústria, trading companies, comerciais exportadoras,
construtoras, prestadoras de serviços ou entidades similares, independente do eu
porte e da origem do capital, se nacional ou estrangeiro;
Empresas Importadoras: são todas aquelas localizadas no exterior, qualquer que
seja o seu objetivo social, sua área de atuação e sua natureza jurídica, se pública
ou privada.

Fluxogramas dos Financiamentos:

a) Financiamento Direto a Exportação

a.1) Supplyer’s Credit (Financiamento ao Exportador)


a.2) Buyer’s Credit (Financiamento ao Importador)
b) Financiamento com Equalização de Taxas de Juros
b.1) Supplyer’s Credit (Financiamento ao Exportador)
b.2) Buyer’s Credit (Financiamento ao Importador)

1.10.3. Seguro de Crédito à Exportação

Objetivos:
Propiciar ao exportador brasileiro garantia de recebimento do valor de exportação,
caso o importador ou seu país não efetuem o pagamento da operação;
As operações de Seguro de Crédito às Exportação são regulamentadas pelo Decreto
no. 3.937, de 26/09/01;
A partir dessa regulamentação foi constituída a SBCE – Seguradora Brasileira de
Crédito à Exportação, empresa especializadas e capacitada a operar exclusivamente
no ramo de seguro de crédito à exportação;
A SBCE tem seu capital social integrado pela Coface (seguradora francesa), Banco
do Brasil, BNDES, Bradesco Seguros, Sul América Seguros e Minas-Brasil
Seguradora;

Beneficiários:
Empresas exportadoras de bens, mercadorias e serviços, sejam elas indústrias,
produtoras agropecuárias, prestadoras e fornecedoras de serviços, trading
companies, comerciais exportadoras, consórcios, cooperativas ou entidades
semelhantes, além de bancos;
A contratação do Seguro de Crédito por essas empresas exportadoras independe do
seu porte e da origem de seu capital;
As instituições financeiras que participarem do financiamento ou refinanciamento de
exportações brasileiras, também poderão utilizar o seguro de crédito para assegurar
o recebimento dos valores financiados.

Estrutura Operacional:
Estrutura Setores Riscos Riscos Políticos e
Operacional Atendidos Comerciais Extraordinários

SBCE
Bens de
Curto Prazo (Recursos
Consumo e
(até 2 anos) Privados e
Intermediários
Resseguro) FGE

Médio e (Recursos Públicos)


FGE
Longo Prazo Bens de capital
(Recursos
(acima de 2 e serviços
Públicos)
anos)

Seguro através da Internet:

Acesso dos exportadores via web para solicitação e acompanhamento das


operações;
Sistema de controle integrado das operações de seguro de crédito à exportação
Atualização automática (“real-time”)

Para maiores informações visite o site www.sbce.com.br.


Vantagens do SCE:

Prevenção / Monitoramento;
Aumento de crédito junto a bancos;
Garantia para financiamentos;
Desenvolvimento de novos clientes e mercados;
Garantia disponível com baixo custo;
Financiamento através de instituições financeiras;
Prorrogação de Contrato de Câmbio - Circ.2.944 – Bacen.

Coberturas:
Riscos Comerciais:
o Cobertura de até 90%;
o Simples mora;
o Insolvência;
o Falência e concordata.

Riscos Políticos e Extraordinários:


o Cobertura de até 95%;
o Moratória;
o Fenômenos da natureza, tais como: ciclones, inundações e terremotos.

Precificação nas Operações de Curto Prazo:


Custo:
o Prêmio: prêmio mínimo + ajuste;
o Taxa de análise de riscos.
Diferencial:
o Modelo de classificação de risco de crédito, baseado nas melhores práticas
internacionais;
o Ferramenta importante para concessão de crédito, cálculo de provisões e
precificação.

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