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editorial

Editora Saber Ltda.


Diretores
Hélio Fittipaldi
Thereza M. Ciampi Fittipaldi Esta é a primeira edição digital da revista
Mecatrônica Fácil. Esperamos que o formato
MECATRÔNICA em PDF agrade aos nossos leitores. Por este
FÁCIL motivo e também por estarmos sempre em
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evolução para atender as novidades do mer-
Editor e Diretor Responsável
Hélio Fittipaldi cado, solicitamos a você assinante, que envie
Conselho Editorial sugestões através do e-mail: atendimento@
Luiz Henrique C. Bernardes, mecatronicafacil.com.br.
Márcio José Soares,
Newton C. Braga
Agradecemos a sua compreensão, da ne-
cessidade de mudarmos para o formato digital,
Redação
Viviane Bulbow pois a intenção é continuar com a publicação a
Auxiliar de Redação um custo menor. Quem sabe no futuro, venha-
Cláudia Tozetto, mos também a poder editá-la de novo impressa
Fabieli de Paula
em papel.
Produção Pouquíssimos leitores acostumados com o
Diego M. Gomes
papel, não aceitaram continuar conosco, mas
Design Gráfico
Diego M. Gomes, com o passar das edições pretendemos recon-
Fernando Almeida, quistá-los. Em maio próximo inauguraremos o Portal de Mecatrônica que con-
Tiago Paes de Lira
terá todo acervo já publicado das revistas Mecatrônica Atual e Fácil e as novas
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Ricardo Nunes Souza Por preço módico, você poderá assinar as duas publicações do portal por
muito menos do que uma impressa em papel, e acessar todo nosso acervo
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trônica.
Colaboradores
Alexandre Guimarães, Débora de Lima Faili, Egídio Tram- Vocês que são assinantes da revista Mecatrônica Fácil vão ganhar dois me-
baiolli Neto, Jeff Eckert, José Antonio de Carvalho, José ses de acesso grátis no Portal Saber Eletrônica Online (www.sabereletronica.
Augusto Brandão, Lucas Remoaldo Trambaiolli, Marcelo
Damasceno, Mauro Vianna, Wellington Rocha Domingos com.br). Nós encaminharemos um e-mail com login e senha de acesso nos
Impressão
primeiros quinze dias do mês de março. Esperamos que estes meses nossos
São Francisco Gráfica e Editora (16) 2101-4151 assinantes possam agregar novos conhecimentos, além de experimentar esta
Distribuição nova linguagem de comunicação.
Brasil: DINAP Até abril, enquanto não estiver pronto o nosso portal, os leitores assinantes
Portugal: Logista (tel.: 351 21 926 78 00)
receberão a revista em PDF, como esta. Após a entrada do portal, automati-
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MECATRÔNICA FÁCIL é uma publicação bimestral da Editora


Saber Ltda., ISSN - 1676-0980. Redação, administração, publici-
dade e correspondência: R. Jacinto José de Araújo, 315, Tatuapé,
CEP: 03087-020, São Paulo, SP, tel./fax: (11) 6195-5333. Edições
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Hélio Fittipaldi

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tunidade. Preços e dados publicados em anúncios são por nós aceitos de boa fé, como corretos na data do
fechamento da edição. Não assumimos a responsabilidade por alterações nos preços e na disponibilidade
dos produtos ocorridas após o fechamento.
i índice

Robonews - USA
3
Robonews
4
Seção do leitor
8

6
Robôs viram atração em
cidade tecnológica 6
Acompanhe a reportagem da Campus Party

Carro Ratoeira 10
Use a criatividade e monte um veículo movido a roteira
por Newton C. Braga

Controle de nível de tanque 12


Programação em linguagem LADDER para Basic Step M8 e M16 - Parte 3
por José Augusto Ribas Brandão

10 Diagramas 17
Aprenda mais sobre autotrônica
por Eng. Alexandre de A. Guimarães

Controle de motor CC pela


porta serial do PC 22
Desenvolva aplicativos em ambiente Windows que se comunica,
pela porta serial, com um microcontrolador PIC
por Daniel Quispe Márquez

Transmissor FM 26
Monte um pequeno transmissor FM de sinalização que pode
ser instalado em um robô
por Newton C. Braga

12 Detector de mentira 29
Projeto simples que detecta variações de resistência entre
dois eletrodos
por Newton C. Braga

22 Mecatrônica Fácil nº37

MF37_Indice.indd 2 25/2/2008 18:28:59


notícias n
Robonews
Jeff Eckert

Robôs Virtuais
Enganadores
Um conceito altamente abstrato mas interessante
surgiu na University College London (www.ucl.ac.uk),
onde o Dr. Beau Lotto e outros pesquisadores fizeram
experimentos com “robôs virtuais” para entender como
os humanos podem ser enganados por ilusões visuais.
Algumas pessoas no UCL - Institute of Ophtalmology
treinaram redes neurais artificiais (essencialmente robôs
virtuais com pequenos cérebros virtuais) para “ver” cor-
Nessa imagem retamente (como nós). Eles treinaram lagartas virtuais
parece que as listas para prever a refletância de uma superfície numa certa
escuras no topo são quantidade de cenas 3D como as encontradas na na-
mais escuras que tureza.
as linhas brancas na Quando os robôs examinaram uma faixa de esca-
frente do objeto,
las de ilusões em cinza, eles também foram enganados
mas, uma máscara
colocada na frente da extamente como os humanos. Entre as conclusões do
imagem revela que estudo, temos que: “espera-se que tais ilusões possam
as tiras “ brancas’ no ocorrer com qualquer animal, independentemente do
fundo são exata- seu sistema neural”. Para detalhes e algumas ilusões de
mente as mesmas óptica, visite: www.lottolab.org.
tiras “cinzas” no
topo. Agradecimentos
a Beau Lotto/UCL.

O Swami Conversational
Robot. Cortesia da Nei-
Caixa da Fortuna
man Marcus.
numa Taça
Ainda muito caro para o mercado gera expressões faciais usando perto
comercial, mas de qualquer maneira de 30 micromotores e pode observá-
interessante, o Swami Conversation- lo via câmeras montadas como olhos.
al Robot está disponível na Norman Aparentemente você pode ensiná-lo
Marcus (www.neimanrcus.com). Ele a reconhecer os membros da família,
vai um pouco além das máquinas me- ter conversas agradáveis com você
catrônicas do cigano da fortuna que e a responder questões inteligente-
têm uma boa fama; em vez disso, de mente.
dentro de seu domo de vidro, ele lem- Isso é provavelmente mais do que
bra um pouco o Zoltar. muitos dos membros da sua família
Sob o controle de um laptop que podem fazer, mas lhe custará muito:
roda um programa de AI, esse rapaz 75 mil dólares.

Mecatrônica Fácil nº37 3


n notícias

Robonews
Febrace e Mostra Mercosul
acontecem em março
A tradicional Febrace (Feira Brasi- como destaque a II Mostra Junvenil enriquecer o evento com os projetos
leira de Ciência e Engenharia), além de Ciência e tecnologia do Mercosul. dos estudantes dos países membros
dos inventos de jovens cientistas que A mostra acontece em um espaço e associados do Mercosul.
sempre surpreendem o público, trará anexo à tenda da Febrace e promete Quem for prestigiar a 6ª edição
da Febrace poderá conferir 262 pro-
“RCGV – Robô jetos que foram realizados ao longo
cortador de grama e do ano de 2007, por estudantes de 24
vigilante”, exposto na estados brasileiros e Distrito Federal .
Febrace 2007 Além dos 30 projetos da Mostra Mer-
cosul, sendo quatro trabalhos de cada
país membro (Argentina, Brasil, Para-
guai, Uruguai, Venezuela) e dois pro-
jetos de cada país associado (Chile,
Bolívia,Colômbia, Equador e Peru).
Segundo a coordenadora geral da
Febrace, Roseli de Deus Lopes, as
expectativas para a 6°dição da Fe-
brace são positivas. “Este ano espe-
cialmente contaremos com a parti-
cipação da II Mostra Mercosul, o que
enriquecerá ainda mais o evento”, diz.
Ela acrescenta que os projetos desta
edição mostram criatividade e quali-
dade. Vale a pena conferir!

Leitura do Mês
Este é mais um livro que o interes- e muito mais. Tudo detalhado de forma
sado em aprender sobre robótica e me- clara e objetiva, indo desde os princí-
catrônica deve ter em sua biblioteca ou pios e conceitos relacionados dos itens
ainda solicitar a presença do mesmo na avaliados até o código exemplo. Apesar
biblioteca da instituição onde estuda. do autor se apoiar em duas ferramentas
O autor trás todas as informações ne- básicas (MPLAB Microchip e PICC Lite
cessárias para que o leitor possa iniciar C Hitech) ele também reserva um bom
seu aprendizado sobre controle e pro- espaço na obra para discutir a adap-
gramação de robôs, utilizando o micro- tação dos códigos fornecidos a outras
controlador PIC16F627 (Microchip) e a plataformas. O livro foi escrito em lín-
Linguagem de programação “C”. Entre gua inglesa e não existem traduções do
estas informações estão algumas como: mesmo para nossa língua (português).
a utilização das entradas e saídas do Para os leitores que possuem cartão de
microcontrolador; o uso dos seus peri- crédito internacional, a sua aquisição
féricos (PWM, Timers, USART, etc); a pode ser feita junto a Amazon (http://
conexão do microcontrolador a vários www.amazon.com), uma das maiores
4 Mecatrônica Fácil nº37
tipos de sensores e outros dispositivos; book store da atualidade.
notícias nn
Robô é guia em museu
Nova versão do robô Enon desen- Entre as tarefas que o robô irá exe-
volvido pela Fujitsu funcionará como cutar, se destacam a disponibilização
guia para os visitantes no museu Kyo- de comentários (áudio) durante toda
taro Nishimura. a exposição e apresentação de um
O Museu Kyotaro Nishimura e a vídeo no LCD com um agradecimento
Fujitsu anunciaram que o robô Enon da visita por parte do museu Kyotaro
será pela primeira vez integrado em Nishimura. Os visitantes ainda pode-
um museu. Este robô, ao funcio- rão utilizar o LCD sensível ao toque do
nar como guia, pretende melhorar a robô para responder a questionários
qualidade de serviço e hospitalidade sobre a exposição, sendo oferecido um
prestados pelo museu aos seus visi- certificado comemorativo para quem
tantes. fornecer todas as respostas corretas.
Desde o seu lançamento em Entre as melhorias introduzidas
setembro de 2005 o Enon encontrou nesta nova versão do robô Enon,
emprego em diversas atividades no assinala-se um maior cuidado dado a
Japão, sendo esta a primeira imple- segurança (o número de sensores que
mentação da mais recente versão do detectam objetos que podem bloquear
robô, desenvolvida e melhorada com a progressão do robô foi aumentado
as indicações recolhidas junto às ins- de cinco para onze) e a capacidade
tituições que adaptaram a primeira de falar agora quatro línguas (japo-
geração do Enon. nês, inglês, chinês e coreano).

Assinantes da Mecatrônica
Fácil ganham assinatura
do Portal Saber
Eletrônica
No próximo mês todos os assinantes da Revista Mecatrôni-
ca Fácil vão ganhar dois meses de acesso grátis no Portal Sa-
ber Eletrônica Online. O leitor receberá um e-mail com login e
senha de acesso nos primeiros quinze dias do mês de março.
Inaugurado em janeiro deste ano o novo portal traz notícias
de diversas áreas atualizadas todos os dias, artigos técnicos
desenvolvidos pelo corpo técnico da Editora Saber e ainda mui-
tas novidades como, interatividade por meio de recursos como
o fórum; multimídia, com isenção de vídeo, audio, galeria de
fotos, animações no conteúdo; reportagens e colunas escritas
pela redação; além de uma enciclopédia técnica e banco de
circuitos para desenvolvedores.
“Os leitores estão nos sugerindo para que usemos melhor
os recursos da internet para informa-los”, diz Hélio Fittipaldi,
editor e diretor responsável da Editora Saber. Para saber mais
sobre este assunto não deixe de ler o editorial na página nº 1
deste edição.

Mecatrônica Fácil nº37 5


r reportagem

Robôs viram atração em


cidade tecnológica
Durante sete dias e seis noites os fãs da tecnologia Para aqueles que não acamparam
acamparam na Campus Party, que contou com pales- na Campus Party houve a oportuni-
dade de visitar o setor de exposições,
tras, competições, oficinas e demonstrações.
área aberta ao público que trouxe es-
tandes com novidades e tendências
Quem gosta de tecnologia Os participantes acompanharam de mercado na área tecnológica.
teve a oportunidade de conferir o maior de perto as 10 áreas temáticas da De acordo com os organizadores
evento de entretenimento eletrônico Campus Party - robótica, astronomia, do evento, a escolha do Brasil para
em rede do mundo. A Campus Party, games, criação, modding (personali- sediar a primeira edição do evento fo-
que acontece todos os anos na Espa- zação dos computadores acrescen- ra da Espanha foi motivada pelo alto
nha, desde 1997 (acompanhe na linha tando ou modificando componentes), índice de usuários de internet no país.
do tempo), ganhou neste ano sua ver- simulação, desenvolvimento, música, Segundo eles, o Brasil registra, atual-
são brasileira. O evento aconteceu no blogs e software livre; sete áreas espe- mente, 21 horas e 44 minutos mensais
prédio da Bienal de São Paulo, que se ciais, como por exemplo a BarCamp, de conexão por usuário, levando o país
transformou em uma “Cidade tecnoló- que funciona como uma espécie de ao primeiro lugar no ranking mundial
gica”, onde mais de 300 campuseiros “desconferência”, onde os participan- de usuários de Internet no mundo. Em
de 18 países mudaram-se com seus tes sugerem assuntos e montam uma 2009, o Brasil sediará novamente a
computadores e malas em busca de grade de discussões sem a presença Campus Party. Uma reunião no dia 15
tecnologia e troca de conhecimento. de palestrantes. de abril definirá o local e a data.
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 Mecatrônica Fácil nº37 - Fevereiro 2008

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reportagem
r
Robôs da Policamp (Faculdade Politécnica de Campinas) Robótica
Robôs para todos os gostos. A di-
versidade na área de robótica chamou
atenção dos participantes da Campus
Party. Os campuseiros, mesmo de
outras áreas, admiraram desde com-
bates de sumô até jogos de futebol,
tudo produzido por robôs. Foi possível
ver o Aibo, cão-robô que interage com
humanos e é capaz de pegar brin-
quedos e possui outras habilidades,
além de conhecer o Peoplebot, con-
siderado um dos robôs mais versáteis
do mundo. Pensado para ser útil, ele
desempenha tarefas diversas, como
guiar visitas em museus e ajudar em
sistemas de vigilância.
Mas o espaço reservado para ro-
bótica não parou por aí. Durante os
sete dias foi possível participar de
demonstrações, oficinas de progra-
mação e construção, minicursos e
competições. “Nós queremos oferecer
Alunos do Colégio Eniac trouxeram seu mascote para o evento atividades práticas. Depois das pales-
tras os fãs da robótica podem interagir
com robôs e kits educacionais apre-
sentados” garantiu o coordenador da
área de robótica da Campus Pary,
Alexandre Simões, doutor em enge-
nharia elétrica e professor da Univer-
sidade Estadual Paulista (Unesp).
Ele acrescenta que a preocupação
dos organizadores é oferecer o que
há de melhor em cada área.
“Pensamos em cada detalhe des-
te evento. A área de robótica teve
como responsabilidade levar a seus
participantes o que há de melhor em
tecnologias e produtos disponíveis no
mercado, funcionando como um am-
biente para reciclagem e informação”,
afirma.
Os grupos ligados ao desenvolvi-
mento de robótica em universidades
como USP, Unicamp, UFABC, ITA, FEI,
Mauá, UFCG, entre outras, marcaram
presença no evento. Para o estudante
de Mecatrônica da USP - São Carlos,
Ben Hur Gonçalves, o destaque da
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Mecatrônica Fácil nº37 - Fevereiro 2008 

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L Leitor

Seção do
Leitor
Carregador para Mecatrônica Fácil já está trabalhando sita oito entradas digitais na porta
bateria 12 V Gel - MF33 em um novo projeto de carregador, paralela, resultando em um total de
desta vez para permitir o tipo de ope- 16 entradas necessárias no PC. A
“Existe a possibilidade de fazer ração que você citou. Pretendemos ter porta paralela disponibiliza apenas
alterações no circuito do projeto ‘Car- em breve este novo projeto em nossas seis entradas digitais. Caso se utilize
regador para bateria 12 V Gel?’ Gos- páginas. Aguarde! multiplexadores, os sinais não serão
taria que ele permitisse que a bateria Márcio J. Soares amostrados no mesmo intervalo de
permanecesse sempre ligada ao car- Colaborador MF tempo, e deverão ser divididos em
regador e ao equipamento ao mesmo conjuntos de bits, podendo gerar er-
tempo, é possível?” ros na amostragem.
Leitura de Temperatura e José Alberto N. Cocota Jr.
Juarez Martins da Silveira Umidade pelo Logo - MF27 Colaborador - MF
Técnico em automação
Piracicaba / SP “O conversor analógico / digital
(serial), utilizado no projeto ‘Leitura Veículo mecatrônico
Olá Juarez, o circuito de baterias de Temperatura e Umidade pelo
Gel 12 V foi projetado para carregar Logo’ pode ser substituído pelo con- O leitor Marcos Antônio Pieroni,
baterias isoladas de seu circuito, ou versor TLC 0820 (paralelo)?” estudante de Mecatrônica, usou a
seja, baterias que não estejam em uso criatividade e montou um veículo
durante a carga. O tipo de carregador Deiwson Abreu Junior mecatrônico com sucata.
que você precisa é diferente. Não é vi- Belo Horizonte / MG Veja, abaixo, como ficou:
ável que faça alterações, porque seria
mais fácil construir um novo circuito Infelizmente não será possível.
com o solicitado. A equipe da Revista Cada conversor TLC0820 requi-

 Mecatrônica Fácil nº37

MF37_Leitor.indd 8 25/2/2008 16:30:20


Leitor
L
ralmente estas são garantidas ape- capaz de trabalhar esses pulsos, seu
Sensor IR - MF24 nas em alguns modos de operação, transistor oscilaria na freqüência de-
tensão de alimentação, etc. les5, passando isso também para seu
“Primeiramente quero parabenizar Os CIs que você têm, apesar de relé. Sua sugestão já está anotada!
a revista Mecatrônica Fácil. O artigo parecidos, podem não ser compatí- Márcio J. Soares
‘Sensor IR’ utiliza em sua construção veis. Alguns itens a se pesquisar são: Colaborador MF
um sensor infravermelho de três pinos. a tensão de alimentação dos mes-
Possuo muitos desses sensores, mas mos, a disposição dos pinos (Sinal,
não sei como usá-los. Tentei construir Vcc e GND) em relação ao CI que se
o sensor, mas não consegui o circuito deseja substituir, tipo de saída do si-
integrado. Gostaria que vocês publi- nal e a forma de onda para o mesmo.
cassem um circuito onde eu pudesse Sem estas informações não há como
usar este sensor com transistores substituir o sensor por nós utilizado
para armar um relé.” e pode, inclusive, queimar algum
componente (principalmente no
Rogerio Castelari caso da inversão dos pinos de
Pitanga/ PR alimentação).
O circuito não foi de-
Caro leitor, o comportamento de senvolvido para ser
um componente dedicado é sempre conectado dire-
muito particular, como no caso do tamente a um
sensor utilizado para captar os sinais transistor. Na
no Sensor IR, o PHSC38. Este CI é sua saída
do tipo dedicado e possui particulari- haverá uma
dades únicas. série de pul-
m alguns casos é possível encon- sos indicando a
trar CIs compatíveis, mas devemos presença de um obstácu-
alertar que tais compatibilidades não lo. Sem o uso de um microcon-
podem ser garantidas em 100%. Ge- trolador ou mesmo um outro circuito

Mecatrônica Fácil nº37 

MF37_Leitor.indd 9 25/2/2008 16:30:28


m montagem

Carro-
ratoeira
Um projeto didático muito
interessante que pode ser
adotado pelas escolas que
trabalhem com o Modelix, ou
mesmo pelos leitores inte-
ressados em competições, é o
carro movido a ratoeira. Nes-
te artigo descrevemos a sua
montagem e como podem ser realizadas
competições emocionantes com ele. Damos
também as linhas gerais de montagem para
que o mesmo carrinho possa ser feito com
material alternativo.

Newton C. Braga

Em países como os Esta- No nosso caso, partindo das infi- Assim, a competição consiste em
dos Unidos, a montagem de carrinhos nitas possibilidades de projeto, com o se montar um carrinho, capaz de atin-
de corrida propulsionados por uma Modelix criamos um carrinho de rato- gir a maior distância quando solto,
ratoeira comum é bem conhecida. eira que pode ser utilizado em compe- propulsionado apenas pela força de
A maioria das escolas faz com que tições, ou ainda adaptado e fazer uso sua ratoeira.
seus alunos montem tais carrinhos e de outros materiais. Isso é feito enrolando-se um fio no
realizem competições interessantes. eixo propulsor do carrinho ou em um
No site http://www.docfizzix.com/ A Idéia mecanismo apropriado que pode ser
o leitor encontrará kits, exemplos de A mola que aciona uma ratoeira é adaptado. Quando a ratoeira desarma,
projetos e até fotos e filmes das com- na verdade um reservatório de ener- o fio é puxado, transferindo a energia
petições. Na figura 1 mostramos um gia potencial. Quando armamos a da mola para a roda propulsora.
dos carrinhos desse site. ratoeira, sua mola armazena uma boa Veja que isso é feito por um sis-
O modelo apresentado é bastante quantidade de energia, que depois tema de alavanca, que justamente
curioso, pois faz uso de CDs comuns se transforma em energia cinética (a consiste em um dos segredos para se
como rodas. batida) quando ela desarma. obter o carrinho que vai mais longe.
Essa energia potencial pode ser Se a alavanca for muito curta, tere-
1 usada, pois pode ser transferida para o mos excesso de potência aplicada ao
Carrinho impulsionado por ratoeira
carrinho, e movimentá-lo. O que obte- eixo da roda, e o carrinho derrapará
mos, então, é que toda essa energia sem ter tempo de atingir a velocidade
vai ser empregada para impulsionar o máxima.
carrinho. Tanto maior a força da ratoeira Por outro lado, se a alavanca for
(maior energia potencial armazenada) longa demais, demorará para trans-
o rendimento na sua transferência ferir a energia e ela será menor,
para o carrinho, maior será a veloci- caso em que também teremos baixo
dade atingida e, conseqüentemente, rendimento. A alavanca deve ser
mais longe ele poderá ir. dimensionada para se obter o melhor

10 Mecatrônica Fácil nº37


montagem m
rendimento na transferência da ener- a entortar quando um esforço maior é
2
gia armazenada na mola. realizado. Aspecto do
Quando soltamos o carrinho, a carro-ratoeira
ratoeira armada puxa a linha que Verificando a Montagem com Modelix
movimenta a roda e ele sai até atin- O carrinho, além de ser leve, deve
gir a velocidade máxima. Quando a estar com suas rodas perfeitamente
ratoeira puxa toda a linha, o carrinho livres. Verifique se elas podem girar
segue com o impulso e deve atingir a livremente sem “pegar” em nenhuma
maior distância possível. Confira no parte, o que travaria seu movimento
site da revista. e o impediria de alcançar a maior
Evidentemente, para que todos os distância.
“motores tenham a mesma potência”, Cheque também se as rodas
e vença o carrinho melhor constru- estão perfeitamente alinhadas, ou
ído, a ratoeira deve ser padronizada. seja, se a montagem não está “fora
Na verdade, optamos pelo menor de esquadro”. Um desalinhamento
tipo existente, que tem força apenas faria seu carrinho não andar em
para pegar um camundongo, e que, linha reta, e com isso não iria
portanto, se desarmar no dedo do mais longe.
montador menos cuidadoso, não Também é recomendável
lhe causará ferimento (somente um fazer testes antes para se verifi-
pequeno susto!). car se o palito propulsor não desa-
linha no movimento. Na verdade,
O Projeto testes iniciais são importantes no
Na figura 2 temos o projeto mon- sentido de se maximizar o rendimento
tado com base no Modelix. do carrinho com eventuais alterações
Existem algumas partes do pro- de projetos.
jeto que não são do kit e que devem parte do projeto, para que eles fiquem
ser conseguidas pelo montador. Como Usar perfeitamente alinhados, garantindo
Uma delas é a própria ratoeira que, Para colocar o carrinho em ponto assim que o movimento do carrinho
conforme explicamos, deve ser a de funcionamento, basta enrolar o seja em linha reta.
menor possível para que o veículo elástico ou linha no eixo da roda tra- A fixação da ratoeira admite diver-
não se torne perigoso no manu- seira, armando a ratoeira de modo sas possibilidades. A mais eficiente
seio. que a maior parte do comprimento é a que faz uso de parafusos para
O segundo item que improvisa- fique nesse eixo. Segurando firme o a madeira, uma vez que a ratoeira
mos, mas que eventualmente pode sistema propulsor, coloque o carrinho utilizada no nosso caso é de metal
ser do Modelix, são as rodas que tira- não chão e solte-o. A força da rato- e possui furos para sua colocação.
mos de um carrinho de brinquedo de eira deverá puxar a linha ou elástico, Porém, se for usada uma ratoeira de
baixo custo. transmitindo movimento à roda pro- madeira, ela poderá ser colada direta-
É importante também o tipo de pulsora, e com isso o carrinho acele- mente no chassi.
linha usado na propulsão. Pode ser rará para frente. Para finalizar, é muito importante
um barbante comum, ou uma linha É primordial que, quando a rato- usar ratoeiras pequenas para que não
forte, mas uma alternativa que se eira estiver completamente desar- haja a possibilidade de alguém se
mostrou interessante é o próprio elás- mada, todo o comprimento da linha machucar, caso ela seja desarmada
tico existente no kit Modelix. ou elástico já tenha sido desenro- acidentalmente.
Finalmente, temos a alavanca e a lado, liberando assim a roda para o Uma outra forma de se fazer uma
linha. A alavanca nada mais é do que movimento livre, somente com seu competição consiste na corrida direta
um palito de churrasco, mas existem impulso. A competição consiste em onde todos os carrinhos devem ser
outras alternativas a serem conside- se soltar os carrinhos numa área livre soltos ao mesmo tempo, em um local
radas, pois qualquer haste rígida e e medir a distância percorrida. Ven- amplo apropriado. Observamos que
leve (plástico ou outro material) pode cerá o que for mais longe. as regras para a corrida devem ser
ser empregada. As próprias barras do claras, impedindo que o competidor
Modelix poderiam ser utilizadas, mas Material Alternativo dê qualquer impulso no veículo, que
lembramos que há dois fatores funda- O chassi do carrinho e sua parte deve sair da imobilidade com suas
mentais que devem ser considerados propulsora também podem ser feitos próprias forças.
nesse caso. de outros materiais como, por exem- Depois de tudo isso, envie fotos
Um deles é o peso, que deve ser o plo, a madeira. Nessa versão, os ou filmes de sua competição, pois
menor possível. O palito de churrasco eixos dos carrinhos são colocados poderemos aproveitá-los colocando
é bem mais leve que as barras do em tubos de canetas esferográficas as fotos no site ou revista, e o filme no
Modelix. Já, por outro lado, o palito é colados ao chassi de madeira. Deve próprio site... Conte-nos suas experi-
mais rígido que as barras, que tendem ser tomado muito cuidado nessa ências na montagem do carrinho. f

Mecatrônica Fácil nº37 11


p programação

Programação em Linguagem LADDER para BASIC Step


M8 e M16 - Parte 3

Controle de
nível em tanques
José Augusto Ribas Brandão

Nos artigos anteriores aprende- Hoje em dia em muitas indús-


mos os conceitos básicos da lin- trias existe a necessidade de fazer o
guagem Ladder e construímos controle automático do nível de um
líquido em tanques como, por exem-
um controlador lógico com 3
plo, em lavadoras industriais, centros
entradas analógicas, 6 entra- de usinagem, reservatórios de pro-
das digitais e 4 saídas a relé. dutos químicos, estações de trata-
Neste artigo construiremos mento de água, residências e outras
um sensor de nível para con- inúmeras aplicações. Baseados nesta
trolar a quantidade de líquido necessidade, faremos o nosso pri-
em um tanque, o qual é muito meiro controle de um processo indus-
trial através do controlador lógico
utilizado na indústria e também
construído na edição anterior.
pode ser usado para controlar O objetivo deste projeto é montar
o nível de água em reservatórios um sensor de nível com bóia magné-
residenciais. tica para controle de nível máximo e
mínimo em um tanque. Utilizaremos
componentes que geralmente são
fáceis de serem encontrados em
casa. O princípio de funcionamento

12 Mecatrônica Fácil nº37


programação p
deste sensor é exatamente igual ao Montagem do de fazer esta vedação é pegarmos
dos sensores utilizados na indústria. sensor de nível uma borracha de lápis e pressionar
Para a montagem do sensor de a vareta perpendicularmente até um
Importante: nível precisaremos dos seguintes pedaço da borracha ficar inserido
A montagem do controlador usado componentes: dentro da vareta (figura 4).
neste projeto foi tema do artigo da 1) Uma rolha de garrafa com com- O próximo passo é preparar o flu-
edição nº36 (setembro-outubro/2007). primento e diâmetro de 30 mm; tuador (rolha). Deverá ser feito um
Se você perdeu esta edição, acesse 2) Uma antena telescópica de apa- furo bem no centro da rolha. Este
www.sabermarketing.com.br e veja relho de TV; furo deverá ser aproximadamente 2
como adquiri-la. 3) Um prensa-cabo de 1/4”; mm maior que o diâmetro externo da
4) Um ímã retirado de um pequeno vareta. Esta folga é importante pois
motor elétrico de corrente contínua quando a rolha é molhada ela tende
Funcionamento (ou outro tipo que possa ser inse- a inchar, e conseqüentemente, o furo
O princípio de funcionamento rido dentro da rolha); diminui.
deste sensor de nível é magnético. 5) Cabo elétrico colorido; Depois de feito o furo central deve-
Temos uma bóia que possui em seu 6) Borracha para servir como mos fazer o alojamento do ímã. É inte-
interior um ímã. Esta bóia desliza batente do flutuador (rolha); ressante colocá-lo na rolha e traçar
externamente em uma vareta metá- 7) Borracha de lápis; o seu perfil com caneta para que se
lica oca. Dentro desta vareta são 8) Dois “reed-switches” com com- reduza a chance de erro na furação.
colocados dois reed-switches (figu- primento do vidro de 20 mm e diâ-
ras 1 e 2) que funciona como uma metro de 2,8 mm;
chave elétrica operada quando sub- 9) Fita isolante ou tubo termo-retrá- 1
Princípio de funcionamento de um
metida a um campo magnético. O til (recomendado). reed-switch
primeiro reed-switch é posicionado
no fundo da vareta (nível mínimo) Todos os componentes são mos-
e o outro na parte superior (nível trados na figura 3.
máximo). A bóia, ao se deslocar pela Vamos começar a preparar a haste
vareta, aciona o reed-switch corres- do sensor de nível. Primeiramente,
pondente. Na extremidade superior é devemos desmontar uma antena
colocado um prensa-cabo de ¼” que telescópica utilizada em aparelhos
serve para fi xar a vareta ao tanque. de TV. Escolha a vareta da antena
Este projeto foi dividido em três que mais se adapte ao reed-switch,
partes: uma vez que deverá ser possível a
1) Montagem do sensor de nível e inserção de dois sensores dentro da 2
Aspecto de um reed-switch
dos tanques superior e inferior; vareta.
2) Ligação elétrica entre o sensor Dependendo de qual vareta você
de nível e o controlador lógico; utilizar, será necessário vedar uma
3) Programação do controlador em das extremidades (a que ficará dentro
Ladder. do reservatório). Uma forma simples
3 4
Componentes do sensor de nível Vedação da extremidade da vareta

Mecatrônica Fácil nº37 13


p programação
É recomendado fazer este furo lenta- Após ser feita a solda dos fios ao mos colocar a bóia em sua posição
mente com a furadeira (deslocamento reed-switch devemos isolar o mesmo superior e ir abaixando até o multíme-
lateral da broca). É importante que o através de fita isolante ou tubo termo tro acusar um sinal de continuidade
ímã não fique solto dentro da rolha, por retrátil para que não haja contato com entre os fios. Nesta posição devemos
isso é recomendável que o alojamento a vareta metálica. Veja na figura 6. colocar o batente de borracha junto a
fique menor que o ímã. Normalmente Agora podemos fazer a montagem bóia para que ela não desça mais.
obtemos um melhor resultado com a do sensor de nível. Primeiramente, A regulagem do nível superior é
inserção de apenas um ímã. inserimos na vareta uma borracha semelhante, só que a bóia é ajustada
Veja na figura 5 como é colocado que servirá como batente inferior do de baixo para cima.
o ímã dentro da rolha. flutuador. Depois inserimos a rolha.
Logo após, a outra borracha que será
5 o batente superior. Em seguida colo- Montagem dos tanques
Inserção do ímã no flutuador (rolha)
camos o prensa-cabo na extremidade Para a montagem dos tanques pre-
superior da vareta. Por último, inseri- cisaremos dos seguintes componentes:
mos os dois reed-switches dentro da 1) Dois potes plásticos. Um para
vareta. o tanque superior, outro para o
Agora o sensor de nível está tanque inferior;
pronto. Veja a figura 7. 2) Um metro de mangueira de sili-
Após a montagem mecânica do cone. Esta mangueira pode ser
sensor, deveremos utilizar o multíme- encontrada em drogarias;
tro para fazer a regulagem dos níveis 3) Uma bomba utilizada em limpa-
máximo e mínimo. dores de pára-brisas. Normalmente
Para regularmos o reed-switch cor- 12VCC, encontrada em casas de
respondente ao nível mínimo, deve- autopeças.

6
Isolamento do reed- switch

Importante:
O uso indevido da furareira pode causar
ferimentos. Caso você não tenha experi-
ência com este tipo de ferramenta, peça
ajuda a alguém com prática.

Vamos montar agora o principal


componente do sensor, o reed-switch. 7
Sensor de nível montado
É importante tomar muito cuidado ao
manusear este componente por ser
feito de vidro. O principal cuidado
deve ser com os dois terminais. Evite
dobrá-los, pois o vidro poderá trincar.
Devemos montar dois conjuntos,
um para o nível mínimo (extremi-
dade inferior da vareta) e outro para o
nível máximo (extremidade superior).
Observe que a regulagem dos níveis
máximo e mínimo pode ser feita com
o deslocamento do reed-switch dentro
da vareta. Vamos usar duas cores
diferentes para cada reed-switch para
facilitar a identificação dos cabos no
sensor.
Com a ajuda de um ferro de solda
una cada extremidade do reed-switch
a um fio de mesma cor. O fio do sensor
de nível mínimo deverá ser maior do
que a do sensor de nível máximo.

14 Mecatrônica Fácil nº37

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programação p
8
4) Um pedaço de papelão ou plás- Componentes dos tanques
tico que servirá como suporte do
sensor de nível.
Os componentes são vistos na
figura 8.

O primeiro passo na confecção dos


tanques é fazer a furação para pas-
sagem das mangueiras. No tanque
superior devem ser feitos dois furos
na parte inferior do pote plástico. No
tanque inferior deve ser feito um furo
na parte superior e outro na parte
inferior. É recomendado que os furos
sejam de um diâmetro menor que o
da mangueira, para que a mesma
entre forçada. Isto evita vazamentos
entre a mangueira e o tanque.
A montagem da hidráulica é
muito simples. No furo mais baixo do
tanque inferior inserimos a bomba.
Depois, ligamos a outra extremidade 9
Montagem da bomba
da bomba a um dos furos de baixo do
tanque superior. Por último, ligamos
o segundo furo de baixo do tanque
superior ao furo de cima do tanque
inferior.

Montagem do conjunto
A próxima etapa é montar o
sensor de nível nos tanques. Para
fazer o suporte do sensor utilizamos
um retângulo de papelão ou plástico.
Neste papelão devemos fazer um furo
no centro para a passagem do prensa-
cabo. É interessante fazer mais um
furo na tampa superior para que o ar
possa entrar e sair do tanque.
Para a fixação da tampa superior
ao tanque podemos utilizar fita ade-
siva. Agora já podemos colocar água
nos tanques. As figuras 9 e 10 ilus- 10
Montagem do sensor de nível
tram a montagem do conjunto.

Ligação elétrica
dos componentes
A ligação elétrica dos componen-
tes é bem simples. Uma das extre-
midades do reed-switch deverá ser
ligada ao terminal com 12 V e a outra
na entrada correspondente do con-
trolador. Para o nível mínimo-entrada
“C1”, e para o nível máximo-entrada
“C0”.
A ligação da bomba deve ser feita
da seguinte forma. O terminal positivo
da bomba deve ser ligado em 12 V e
o terminal negativo da bomba em um

Mecatrônica Fácil nº37 15

MF37_Controle.indd 15 25/2/2008 16:36:13


p programação
dos terminais do relé de saída B0. disponível para download no site da máximo “XC0” deve estar acionado e
O outro terminal do relé B0 deve ser revista Mecatrônica Fácil. o sensor de nível mínimo “XC1” não
ligado ao GND. A figura 11 mostra o Na linha 3 temos a lógica para deve estar acionado.
esquema de ligação. ligar a bomba. Quando o sensor de Agora é só transferir o programa
Na figura 12 podemos observar o nível mínimo “XC1” estiver atuado e para processador (vide artigo número
conjunto completo montado (nível + o sensor de nível máximo “XC0” não 1 Edição n° 35) e começar a testar o
tanque + controlador). estiver atuado, a bomba “YB0” será seu reservatório.
ligada. Note que existe um timer on
“TT1” com um tempo de 500 milisse- 13
Programação Ladder gundos. Este timer tem a função de só Programa Ladde
Falta agora a última parte do nosso liberar a bomba se o sinal de entrada
projeto. Fazer a programação do pro- permanecer ativo por 0,5 segundos.
cessador. Sem dúvida, esta será a etapa Isto evita que um falso sinal momen-
mais simples. Isto porque a linguagem tâneo acione a bomba.
Ladder é extremamente fácil de usar. Na linha 5 temos a lógica para des-
Na figura 13 ilustramos o pro- ligar a bomba. A diferença é que para
grama completo. O programa está desligar a bomba, o sensor de nível

11
Esquema de ligação elétrica dos componentes

Conclusão
Neste artigo, finalmente, fizemos
o primeiro projeto prático utilizando
a linguagem Ladder. Observe que
esta linguagem é extremamente
fácil de usar. Basicamente, fizemos
o controle de uma bomba empre-
gando dois sensores e com apenas
duas linhas de programação (as
demais são apenas comentários).
Por este motivo esta é a linguagem
de programação mais utilizada na
indústria.
12 A partir de agora você pode
Conjunto sensor de nível + tanque + controlador incrementar este projeto. Acrescen-
tar um terceiro nível. Fazer com que
uma sirene toque quando chegar
o nível mínimo, etc. Enfim, agora
você já pode colocar a sua criativi-
dade para trabalhar. Até o próximo
artigo.
f
Mais informações:
Na edição nº20 (janeiro-feve-
reiro/2005) publicamos o artigo
“Sensor para nível d’água”. Apesar da
idéia ser semelhante, a implementação
é diferente, uma vez que este sensor
era moritorado via PC através de um
programa desenvolvido em LOGO.
Este exemplar pode ser adquirido atra-
vés do site www.sabermarketing.
com.br

16 Mecatrônica Fácil nº37

MF37_Controle.indd 16 26/2/2008 13:15:58


autotrônica
a

Diagramas
elétricos
automotivos
Eng. Alexandre de A. Guimarães, MSc

Neste artigo da seção Autotrônica abordaremos a


forma como as conexões entre os componentes elétri-
cos e eletrônicos de um automóvel são representadas
graficamente. Os Diagramas Elétricos Automotivos são
fundamentais no dia-a-dia dos Engenheiros Autotrôni-
cos. Eles são utilizados durante o desenvolvimento de
novos veículos, na montagem dos protótipos de valida-
ção e na criação da documentação de reparação a ser
usada pelas oficinas concessionárias. Apresentaremos
neste artigo a simbologia empregada para representar
os principais componentes assim como comentaremos
alguns exemplos de sistemas completos.

Simbologia Antes de apresentarmos os diagra- traços. O Texto “BAT+” indica o pólo


Os diagramas elétricos são cria- mas elétricos de alguns dos principais positivo da bateria. (Figura 1)
dos utilizando-se aplicativos de com- sistemas automotivos, mostraremos e
putadores (pessoais ou estações de comentaremos os símbolos de repre- Identificação da Cor e do
trabalho). Existem vários aplicativos sentação normalmente utilizados para Diâmetro da Fiação
disponíveis no mercado e de forma cada componente. Cada fabricante de veículos tem a
geral os fabricantes de veículos auto- sua forma própria de identificar os fios
motivos usam programas diferentes Bateria de um chicote elétrico. No exemplo
uns dos outros. Apesar de cada apli- Este símbolo é muito similar ao apresentado na figura 2 “BK” repre-
cativo ter a sua forma específica de encontrado nos esquemas de placas senta a cor (neste caso Black – Preto
representar cada componente eletro- eletrônicas. Neste caso, ao invés de em Português) e “0,75” representa a
eletrônico (a chamada simbologia), usarmos apenas um traço grande seção transversal do fio utilizado (0,75
estas diferentes representações são (representando o pólo positivo da mm²). Vale mencionar que cada cor tem
facilmente compreendidas pelos bateria) e um traço pequeno (pólo a sua representação específica, feita
Autotrônicos. negativo), utilizamos normalmente 6 geralmente por duas letras.

Mecatrônica Fácil nº37


16 - Maio 2004 17
a autotrônica

3 2 1
Símbolo usado para os fusíveis Identificação da cor e do fio Diagrama elétrico da bateria

4
Símbolo típico do aterramento

Fusíveis rências eletromagnéticas. Trata-se de


Um retângulo com um traço interno uma capa metálica ligada ao terra que
(representando um filamento elétrico) cobre os fios que se deseja proteger.
é o símbolo usado para os fusíveis. No símbolo ilustrado os fios a serem
(figura 3) protegidos são os de número 8 e 9. O
fio 2 está conectado ao terra e à capa
5 Aterramento metálica de blindagem. (figura 8)
Splice: elemento físico
de conexão dos 3 fios Este é o símbolo típico de aterra-
mento, mas não é o único existente. Relés
Em diversas ocasiões as letras “GND” Existem diversos tipos de relés
também são utilizadas. “GND” signi- em um automóvel. O símbolo mos-
fica Ground em Inglês (terra em Por- trado na figura 9 representa um relé
6 tuguês). (figura 4) com um contato elétrico normalmente
Símbolo do conector
aberto. Entre os terminais 1 e 4 encon-
Conexões entre Circuitos tramos o contato e entre os terminais
– Splice 2 e 3 temos a bobina. A linha trace-
Quando 3 ou mais fios precisam jada entre o contato e a bobina indica
ser unidos em um mesmo ponto, a ligação mecânica que existe entre
empregamos o chamado Splice. Ele eles. Toda vez que a bobina é energi-
é o elemento físico de conexão dos zada o contato é fechado, conectando
7 fios. Em um diagrama elétrico ele é os terminais 1 e 4
Símbolo do par trançado
representado por uma circunferência,
de onde partem os fios conectados. A Interruptores de Contato
denominação “S05” é um exemplo de – Pedal de Freio
como nomear um Splice. (Figura 5) Há vários tipos de interruptores
em um veículo. Neste exemplo temos
8 Conexões entre Circuitos uma representação que serve para
Representação da blindagem
– Conector várias peças: interruptores de freio,
Este é o símbolo utilizado para de embreagem e de freio de mão,
representar a ligação de 2 fios através entre outros. O “T” invertido, na hori-
de um conector. O semicírculo repre- zontal, representa a forma de atuação
senta o terminal fêmea, enquanto que do interruptor. (figura 10)
o pequeno retângulo representa o ter-
minal macho da conexão. (figura 6) Interruptores de Contato
– Botão de Trava e Des-
9 Par Trançado trava das Portas
Relé com um contato NA
Em muitas ocasiões, quando preci- Este símbolo mostra, além do
samos aumentar a robustez do chicote contato inerente (existente dentro de
contra interferências eletromagnéti- um interruptor), um resistor (pequeno
cas, utilizamos os chamados pares retângulo na vertical) e um diodo emis-
trançados. Tratam-se de 2 fios que, ao sor de luz (LED). O resistor e o LED
invés de seguirem paralelamente pelo estão ligados entre os terminais 1 e 3
veículo, seguem entrelaçados. Um e são utilizados para iluminar o sím-
10 dos símbolos que representam este bolo existente sobre a tecla do inter-
Interruptor de contato
do pedal de freio arranjo do chicote elétrico é apresen- ruptor (figura 11). Esta iluminação é
tado na figura 7. fundamental especialmente durante a
noite, para que o interruptor seja facil-
Blindagem (Shield) mente encontrado pelo motorista.
Blindagem é outra forma de se pro- Em alguns interruptores, um
teger um circuito elétrico contra interfe- segundo LED é usado para a indica-

18 Mecatrônica Fácil
Mecatrônica
nº16 - Maio
Fácil2004
nº37
autotrônica
a
ção da função (ligada ou desligada). É sentações existentes para buzinas e números é usada, como por exemplo
o caso, por exemplo, do Interruptor do sirenes automotivas. (figura 14) J1-12 (Conector J1 – Pino 12) ou A6
Ar Condicionado (A/C). Além da ilumi- (Conector A – Pino 6).
nação de fundo, existe um LED que Motores Elétricos
indica se o A/C está ou não ligado Esta é outra representação muito 11
Interruptor do botão de
conhecida por técnicos e engenhei- trava/destrava das portas
Interruptores baseados ros elétricos e eletrônicos. Um círculo
em Cadeia Resistiva com 2 terminais e a letra “M” no centro
Interruptores baseados em cadeias representa um motor elétrico. (figura
resistivas têm sido amplamente 15)
empregados atualmente. A grande
vantagem deste tipo de componente Sensores
é que, através de apenas 2 fios, os São várias as formas de se repre-
estados atuais de vários interruptores sentar um sensor. Esta é a mais
montados em um mesmo conjunto usual. O quadrado dividido ao meio
podem ser informados aos módulos representa o elemento de medição. 12
Interruptores baseados
eletrônicos. Os números vistos dentro Aos terminais 2 e 3 são conectados em cadeia resistiva
do símbolo da figura 12 são os valo- os fios de alimentação (terra e 12v).
res das resistências ôhmicas de cada No terminal 1 temos o valor de tensão
resistor. ou corrente equivalente ao valor da
A cada contato fechado (neste grandeza medida. O módulo eletrô-
caso temos 4 contatos no total) o nico conectado ao sensor é que fica
valor total da resistência ôhmica entre responsável pela leitura e tratamento
os 2 terminas do conjunto é alterada, adequado dos sinais medidos.
mudando a tensão elétrica que é lida 13
Símbolo de uma lâmpada
pelo módulo eletrônico. Pelo valor de Módulos Eletrônicos
tensão o módulo saberá quais conta- Normalmente, um módulo eletrô-
tos foram fechados e quais funções nico é representado por um retângulo
deverão ser ligadas ou desligadas, e vários terminais. Quando o módulo
conseqüentemente. possui uma quantidade elevada de
terminais, impossibilitando que em 14
Símbolo para buzina ou sirene
Lâmpadas apenas uma página do diagrama todo
Este é um símbolo muito simples e do módulo seja representado, uma
utilizado inclusive em diagramas elé- quebra no símbolo é feita. Na figura
tricos residenciais. (figura 13) 17 vemos esta quebra à esquerda do
símbolo. Ela indica que existe uma
Buzinas continuação deste módulo em outra
O quadrado com 2 terminais repre- página do diagrama. 15
Símbolo de um motor elétrico
senta o elemento elétrico da buzina (a A numeração dos terminais segue
bobina elétrica). A outra figura geo- o padrão do fabricante de veículos.
métrica, à direita do quadrado, indica Em alguns casos os módulos pos-
o elemento mecânico, modulador do suem 2 ou mais conectores. Nestas
som. Esta é apenas uma das repre- situações a associação de letras e

16
Representação de um sensor
18
Sistema de alimentação, carga e partida

17
Quebra no símbolo de
um módulo eletrônico

Mecatrônica Fácil nº37


16 - Maio 2004 19
a autotrônica

19 20
Ponto de aterramento Acionamento das buzinas

Exemplos de Pontos de Aterramento:


Sistemas Automotivos Um diagrama elétrico automotivo
Agora que já apresentamos os geralmente apresenta uma página diagrama (figura 21) é muito simples
principais símbolos utilizados, vamos com a distribuição dos pontos de de ser analisado. Existem duas Lan-
explorar um pouco os diagramas elé- aterramento disponíveis no veículo. O ternas, a Esquerda e a Direita. Como
tricos de alguns sistemas automotivos número “1” destaca o terra localizado estamos tratando apenas das Luzes
existentes. na parte traseira do veículo. de Freio, as demais lâmpadas das
Neste exemplo (figura 19) pode- Lanternas permanecerão sem qual-
Sistema de Alimentação, mos contar 15 pontos de aterramento: quer conexão (terminais 3, 4, 5, 7,
Carga e Partida: 2 na Região Traseira, 2 no Comparti- 13, 14, 15 e 17). Existe também um
Neste exemplo vemos facil- mento dos Passageiros, 4 no Painel Brake Light neste diagrama. Um de
mente (figura 18) os símbolos que de Instrumento (IP) e 7 no Compar- seus terminais está ligado ao terra (da
representam a Bateria, o Motor de timento do Motor. A quantidade e a mesma forma que um dos terminais
Partida e o Alternador. A Bateria distribuição dos terras por um veículo das Lanternas) e o outro está ligado a
tem seu pólo positivo conectado às depende da quantidade e da natureza um Splice “S”, que agrega uma série
demais peças do veículo através do dos componentes eletro-eletrônicos de ligações. Neste nosso exemplo
ponto “1” (canto superior esquerdo empregados no veículo. as ligações de 8 a 12 do Splice “S”
da figura). Entre a Bateria e o não nos afetam (assim permanecerão
Motor de Partida (pontos “2” e “3) Acionamento da Buzina: desconectadas).
temos o Fusível de Proteção “F”. Neste caso temos um veículo equi- Gostaríamos de chamar a atenção
O Ponto “3” liga o Terminal 30 do pado com 2 buzinas (provavelmente do leitor para a redundância de cone-
Motor de Partida ao Terminal 30 do de freqüências diferentes: 420 Hz e xão que existe na ligação do Inter-
Alternador (Terminal 30 é a deno- 500 Hz, por exemplo) – figura 20. As ruptor de Freio ao Splice “S”. Como a
minação de um terminal ligado ao Buzinas são alimentadas pelo Inter- Luz de Freio é considerada um item
pólo positivo da Bateria, enquanto ruptor da Buzina localizado no volante de segurança, muitos fabricantes de
que Terminal 31 é a denomina- de direção. Ao ser acionado este veículos utilizam circuitos redundan-
ção de um terminal ligado ao pólo interruptor, ele permite a condução de tes, para garantir o funcionamento do
negativo da Bateria). corrente elétrica do seu terminal “1” sistema mesmo na ocasião de quebra
O outro terminal do Motor de Par- para o seu terminal “2”. Perceba que de um dos circuitos.
tida pode ser acessado por outros entre o Interruptor e os terminais “A” Quando o Interruptor de Freio é
componentes do veículo através dos das Buzinas existe uma conexão via pressionado, ele permite a passagem
pontos “5” e “6”, enquanto que o outro terminal (conector) e um splice. Já os da corrente elétrica da Bateria para o
terminal do Alternador pode ser aces- terminais “B” das Buzinas estão liga- Splice “S” e conseqüentemente para
sado através do ponto “7”. Perceba dos ao terra. as Lanternas e Brake Light, fazendo
que as 3 peças (Bateria, Motor de com que as lâmpadas sejam acesas.
Partida e Alternador) estão conec- Sistema de Iluminação Os terminais 6 e 16 das Lanternas
tadas ao terra (conforme símbolo já Externa – Luz de Freio: podem ser ligados a outros sistemas
apresentado anteriormente). Apesar de parecer complexo, este do veículo, assim como os terminais 1

20 Mecatrônica Fácil
Mecatrônica
nº16 - Maio
Fácil2004
nº37
autotrônica
a
e 2 do Interruptor de Freio (seu con- Sistema de ressante, veja figura 22. O Rádio
tato normalmente fechado). Entretenimento: automotivo em um diagrama elétrico é
Este sistema também é bem inte- representado como um módulo eletrô-
nico e seus terminais são conectados
21 aos componentes agregados. Neste
Sistema de iluminação externa - luz de freio
exemplo temos um Controle de Rádio
(instalado no volante), uma Antena e
quatro Alto-falantes. Os terminais 2, 3,
5, 6 e 7 permanecem desconectados.
Observe que interessante o Con-
trole de Rádio do Volante. Trata-se de
um conjunto de 6 interruptores ligados
a uma cadeia resistiva. O conjunto é
interligado ao Rádio por apenas 2 fios.
Cada botão pressionado no Controle
do Volante modifica a resistência elé-
trica do conjunto, variação essa lida
e processada pelo Rádio em tempo
real. Os LEDs (e resistores) dentro do
Controle do Volante são usados para
iluminar cada uma das 6 teclas exis-
tentes.
No pino 4 do Rádio temos a cone-
xão do mesmo ao terra, enquanto
que no pino 8 temos a conexão do
sinal positivo da Bateria. Chamamos
a atenção do leitor para a conexão
da Antena. Veja que um sistema de
22 Blindagem é empregado para garan-
Sistema de entretenimento
tir que nenhum ruído elétrico altere a
qualidade de recepção AM e FM do
sistema. Interessante não!?

Comentários Finais
Muitas pessoas não ligadas direta-
mente ao dia-a-dia da engenharia de
produtos de uma indústria automotiva
têm curiosidade de saber como são
conectados os componentes de um
sistema automotivo. Por esta razão
decidimos escrever um pouco sobre o
tema. Além de visualmente interessan-
tes, como mencionado anteriormente,
os diagramas são importantes ferra-
mentas para os engenheiros autotrô-
nicos durante o desenvolvimento de
um veículo, e também após o seu
lançamento (são fundamentais às ofi-
cinais e concessionárias). f

Alexandre de Almeida Guimarães trabalha


na GM do Brasil desde 1993 e atua como
Engenheiro Residente na GM Europa
– Opel, Alemanha. É engenheiro elétrico
pela PUC de São Paulo, Mestre em Siste-
mas Digitais pela Escola Politécnica da USP
e MBA pela FIA.

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e eletrônica

Controle
de motor
CC pela porta
serial do PC
Daniel Quispe Márquez*
Esta aplicação é composta e um último que ajusta na máxima
por dois softwares e um hardware. Os velocidade. Logo abaixo dos botões
Este artigo busca expli- softwares são o aplicativo em ambiente tem-se um trackbar que, ao ser arras-
car, de maneira simples Windows e o firmware do microcon- tado com um mouse, ajusta a veloci-
e objetiva, como desen- trolador PIC. O hardware é um kit de dade do motor.
volver aplicativos em desenvolvimento em plataforma PIC Existe tambem um campo que
ambiente Windows que EVB28P já descrito em artigos ante- recebe informações do microcontrola-
riores. O dois programas poderão dor e um botão que limpa o conteúdo
se comuniquem, pela
ser baixados no site da revista e o deste campo. O aplicativo possibilita
porta serial, com um mi- hardware poderá ser construído pelo ao usuário selecionar uma porta serial
crocontrolador PIC, con- leitor em uma placa padrão, protobord dentre COM1, COM2 ou COM3.
trolando a velocidade de ou caso o leitor disponha, na própria
um motor de corrente plataforma EVB28P.
contínua. Para desen- O ambiente de
volver este software desenvolvimento Integrado:
O Aplicativo em IDE C++ Builder
utilizaremos funções da
Windows para o PC Há várias ferramentas de desen-
API do Windows e um O leitor poderá visualizar o sof- volvimento de aplicativos em plata-
ambiente de desenvolvi- tware na figura 1. Neste programa há formas Windows e Linux, inclusive
mento integrado (IDE), quatro botões para parar, incrementar gratuitas. Neste artigo iremos utilizar
o C++ Builder. e decrementar a velocidade do motor uma ferramenta da empresa Borland, o

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Mecatrônica Fácil Fácil2004
nº16 - Maio nº37
eletrônica
e
C++Builder. Esta IDE é a mesma para o dos são funções. Estas funções são as Quadro 1
Delphi, com a única diferença que utiliza bases para o chamado API (Application class TSerial : public TThread
a linguagem C++ ao invés do Pascal. Programming Interface). Para conhecer {
private:
Ela tem o princípio de programa- mais as API do Windows visite a página protected:
ção orientado ao objeto (POO) e ao www.msdn.com. void __fastcall Execute();
evento, pois existe uma área de com- O programador pode chamar estas public:
__fastcall TSerial(bool CreateSuspended);
ponentes, propriedades e eventos funções dentro do C++ Builder e com- };
destes componentes, um editor de pilá-las normalmente.
texto para entrada de códigos e um As funções da API do Windows
formulário para desenvolvimento da usadas para a porta serial podem ser Quadro 2
parte gráfica do aplicativo (GUI- Gra- divididas em categorias como estão void __fastcall TSerial::Execute()
phical User Interface). Esta ferramenta listadas na tabela 1. Os detalhes {
// Código para ler os dados da serial
pode ser vista na figura 2, ao lado. dessas funções podem ser visto no // Ver código fonte do aplicativo
código-fonte. }
É importante saber que uma das
O conceito de Threads finalidades de um sistema operacio-
O conceito de threads é indispen- nal é abstrair o har-
sável na programação de aplicativos dware o máximo 1
Aplicativo para teste do motor
que rodem em sistemas operacio- possível, utilizando
nais como o Windows. Um sistema por exemplo device
operacional é dito Multitarefa quando drivers. Desta ma-
executa dois ou mais programas ao neira, todo dispo-
mesmo tempo, por exemplo, o Word sitivo físico dentro
e o Internet Explorer. Teoricamente, de um PC é visto
para um aplicativo executar dois ou como um arquivo
mais códigos ao mesmo tempo, ele possuindo um
usa o chamado thread. caminho especí-
Imagine que o processador do seu fico de acesso.
computador seja uma pizza e cada No caso da
fatia desta pizza é responsável por
executar um determinado código. É 2
Ferramenta de desenvolvimento de aplicativos
assim que nosso programa irá traba-
lhar. Ele estará divido em duas partes,
uma principal que é responsável por
executar as funções principais e uma
secundária (thread) executará a lei-
tura da porta serial. Isto é necessá-
rio para que o programa não fique
parado muito tempo esperando vir
algum dado pela serial.
Para criar a thread, vamos decla-
rar uma classe Tserial que irá
herdar características de uma thread
(Tthread). Veja o quadro 1.
O método Execute() é executado
pela fatia do processador responsável
pela leitura da porta serial. O código
necessário para capturar os caracte-
res vindos do microcontrolador deve T1
Funções da API do Windows
ser colocado na função Execute(),
que é um método da classe Tserial
(ver código-fonte). A definição desta
função pode ser vista no quadro 2.

As funções da API
do Windows
Basicamente o Windows é composto
de objetos e seus métodos. Os objetos
são instâncias de classes e seus méto-

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e eletrônica

porta serial, o Windows considera para este acesso. Basicamente sendo GENERIC_READ | GENERIC_
um local virtual tendo um endereço designado como COM1, COM2 e WRITE: Este parâmetro especifica
etc ou tambem como endereço-base o tipo de acesso a porta serial. No
Quadro 3 0x3F8, 0x2F8 e assim por diante. nosso caso é o modo genérico de
hCom = CreateFile( Em uma outra oportunidade, leitura e escrita.
NomeCom, iremos detalhar a UART do PC, tendo O terceiro parâmetro, quando igual
GENERIC_READ | GENERIC_WRITE, como base o 8250 ou o 16550, um a zero, indica que a porta serial
0,
NULL, chip UART da National. não deve ser compartilhada com
OPEN_EXISTING, algum outro aplicativo, ou seja,
0, CreateFile() quando nosso aplicativo abrir a
NULL
Esta função cria ou abre um arquivo, porta serial, somente ele poderá
);
um diretório, um volume para o fluxo de interagir com ela.
dados entre o seu aplicativo e o dispo- O quarto parâmetro é um ponteiro
Quadro 4 sitivo virtual ou físico que, no e seu valor deve ser NULL.
BOOL WriteFile nosso caso, é a porta serial. OPEN_EXISTING: Indica que
( Esta função retorna um iden- deve abrir um dispositivo que já
HANDLE hFile, // Identificador tificador para se ter acesso existe.
LPCVOID lpBuffer, // Ponteiro para o buffer de dados
// Numeros de bytes a serem escritos ao dispositivo (Quadro 3). Os dois últimos parâmetros devem
DWORD nNumberOfBytesToWrite, NomeCom: É um pon- ser nulos.
// Ponteiro para o numero de bytes escritos teiro que deve estar
LPDWORD lpNumberOfBytesWritten,
apontando para o nome CloseHandle()
// Ponteiros para uma estrutura de dados
LPOVERLAPPED lpOverlapped da porta, por exemplo Esta função utiliza um identifica-
); COM1, COM2 etc. dor como argumento para fechar um

3
Circuito proposto para esta aplicação

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Mecatrônica Fácil Fácil2004
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Tabela 2
eletrônica
e
objeto criado ou aberto pela função MOVF CONT_TABLE,W
CreateFile(). É importante chamar ADDWF PCL,F
DT “QSP TECNOLOGIA\r\0” ;* ESTA STRING TERMINA COM \r
esta função ao fechar o aplicativo
para que este objeto não fique ocu-
pando memória e prejudicando outros ESC_SERIAL
CLRF CONT_TABLE
aplicativos abertos. ESC_VOLTA
BANK1 RP0,RP1 ;* ACESSA O BANCO 1
ReadFile() BTFSS TXSTA,TRMT ;* O BUFFER DE TX VAZIO ?
Esta função lê dados de um GOTO $-.1 ;* NÃO, ENTÃO VOLTA E ESPERA
BANK0 RP0,RP1 ;* SIM, ENTÃO SETA PARA BANCO 0
arquivo, ou um local específico, ini- MOVLW ‘\0’ ;* CARREGA WREG COM NULO
ciando de um endereço apontado MOVWF GERAL ;* COPIA NULO PARA GERAL
por uma variável - ponteiro. Deve-se CALL TABELA1 ;* CHAMA SUBROTINA DE TABELA
XORWF GERAL ;* COMPARA COM GERAL
passar para esta função o identifi-
BTFSC STATUS,Z ;* É IGUAL A NULO ?
cador, um ponteiro que esteja sinali- RETURN ;* SIM, ENTÃO RETORNA DESTA SUBROTINA
zando um buffer (Matriz) que recebe MOVWF TXREG ;* NÃO, ENTÃO ESCREVE O CARACTER PELA
os dados e o número de bytes a SERIAL
INCF CONT_TABLE,F ;* CONT_TABLE++
serem lidos. GOTO ESC_VOLTA ;* VOLTA 12 LINHAS
RETURN
WriteFile()
Esta função é semelhante ao Rea-
dFile() com a diferença que escreve- ligado um MOSFET que irá controlar envia para o PIC é atribuído a este
mos a partir de um endereço apontado a tensão média do motor, ligando e registrador, alterando a velocidade do
pela variável - ponteiro, que é um dos desligando o mesmo através do PWM motor.
argumentos desta função. O protótipo interno. Os pinos RC6 e RC7 fazem O código completo poderá ser bai-
desta função com os seus parâmetros parte da comunicação serial e estão xado no site da revista assim como o
podem ser observados no quadro 4. ligados no MAX232, que ajusta os arquivo .hex.
níveis do sinal para o PC. O circuito
GetCommState() funciona com uma alimentação de 5
Esta função lê os valores de configu- volts e o motor com uma de 12 volts, Montagem
ração da UART da porta serial, ou seja, por exemplo uma bateria de carro. O leitor poderá montar o circuito
taxa de transmissão, os bits de dados, O firmware do PIC com o PIC em uma placa-padrão ou
paridade e o stop bit. Ela deve receber o O programa do microcontrolador utilizar o kit EVB28P da QSP Tecnolo-
identificador da porta serial e um ende- foi escrito em assembly e desenvol- gia, onde foi testada esta aplicação.
reço de uma estrutura que salva as con- vido no MPLAB. Quando se liga o
figurações da porta serial que é o DCB. microcontrolador e após ser configu-
rado, ele envia pela porta serial uma Conclusão
SetCommState() String (Cadeia de caracteres) que é Este artigo abordou de maneira
Esta função ajusta os parâmetros lida de uma tabela criada na memó- simples e objetiva os conceitos neces-
de comunicação da porta serial como ria Flash deste processador. Veja as sários para se desenvolver aplicativos
número de bits de transferência, tipos linhas deste código, abaixo. em ambiente Windows. O leitor poderá
de paridade, stop bit e taxa de transfe- Com a ajuda de um registrador utilizar os conceitos adquiridos para
rência. Ela deve receber um identifica- contador de tabelas (CONT_TABLE), desenvolver softwares de maior com-
dor do objeto, o qual será setado com o PIC vai capturando na seqüência plexidade e que se comuniquem com
novos valores e um endereço de onde os caractere definidos na diretiva DT microcontroladores. f
serão retirados os valores de configu- (Define Table) e escrevendo no buffer
ração, ou seja, da estrutura DCB. serial TXREG. Para que não ocor-
*Daniel Quispe Marquez é engenheiro ele-
ram erros de sobreescrita, o código
trônico, trabalha na QSP Tecnologia no setor
SetCommTimeouts() e verifica se o caractere anterior já foi de desenvolvimento e é professor do Senai
GetCommTimeouts() totalmente transmitido pela UART do Anchieta nas disciplinas de microcontrola-
Estas funções configuram e recu- PIC. Isto é feito lendo o flag TRMT do dores, programação, projetos e robótica.
peram tempos de espera das portas registrador TXSTA.
do PC ou de arquivos. Para o microcontrolador ler os Mais informações
dados vindo do computador, ele uti-
liza a interrupção serial que, uma vez QSP Tecnologia
www.qsptecnologia.eng.br
O circuito do PIC detectada, salta para a sub-rotina
O circuito, apresentado na TRATA_SERIAL.
figura 3, utiliza um microcontrolador Nesta sub-rotina o PIC lê o buffer www.mecatronicafacil.com.br
PIC16F870. Neste microcontrolador de recepção RCREG e coloca o valor
estão ligados quatro push-buttons nos em CCPR1L, que ajusta o ciclo ativo Acesse no site da revista o código-fonte
desta aplicação.
pinos RB0 a RB3. No pino RC2 está do motor. Portanto, aquilo que o PC

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e eletrônica

Transmissor
sinalizador de FM
Newton C. Braga

Descrevemos a montagem de um pequeno transmis-


sor de FM de sinalização que pode ser instalado em
um robô, ou num objeto que deva ser seguido pelos
sinais que emite. Podemos usá-lo em trabalhos de
espionagem, por exemplo, como sugere o livro “Pro-
jetos de Espionagem Eletrônica” do mesmo autor
deste artigo.

Este pequeno transmissor mento durante algumas horas. Desta • Freqüência de emissão: 88 a 108
emite bips que podem ser captados forma, ele pode ser escondido em MHz.
por qualquer receptor de FM numa objetos que devam ser mantidos sob
freqüência livre. Se escondermos o vigilância ou que se espera sejam rou- Como Funciona
transmissor em um objeto que deva bados mas mantidos ocultos dentro Para gerar os bips em intervalos
ser vigiado, poderemos localizá –lo de um local. regulares usamos dois osciladores
depois pelo sinal emitido. Numa fábrica, por exemplo, com base em duas portas NAND do
Em um robô, podemos acoplar um espera-se que o produto seja roubado circuito integrado disparador 4093.
sensor ao transmissor que informará e mantido escondido até a hora da A primeira porta gera o tom de áudio,
quando o robô “sente” a presença de saída, quando possa então ser levado cuja freqüência é determinada basica-
um intruso, quer seja pela presença de forma segura para outro local. Com mente por R1 e C1. O leitor poderá  alte-
de luz no local ou mesmo através de o transmissor oculto, pode-se locali- rar estes componentes numa ampla
um sensor de toque. zar o objeto dentro da própria fábrica, faixa de valores de modo a escolher o
Para o espião, esse transmissor antes disso. tom que seja mais agradável.
é útil em trabalhos de vigilância de Podemos usar o circuito também A segunda porta gera os intervalos
objetos onde se espera que algo seja como um alarme remoto, substituindo entre os bips, que são determinados
roubado (uma mala, pacote ou outro o interruptor geral S1 por um sensor pelo resistor R2 e pelo capacitor C2.
objeto com o transmissor) e, depois, que o dispara, fazendo-o emitir então Esses componentes também podem
ele possa ser localizado pelo sinal o sinal de alerta para um receptor de ter seus valores alterados conforme o
que transmite. FM. Essa é uma aplicação ideal para desejo do leitor, e isso numa ampla
Como se trata de um circuito de o caso de um robô vigilante. faixa de valores.
curto alcance (100 a 200 metros), Os componentes utilizados na Os sinais dos dois osciladores são
consiste de dispositivo ideal para montagem são comuns e não temos combinados nas outras duas portas
localização de objetos num prédio ou elementos críticos que possam difi- do circuito integrado que funcionam
casa. cultar sua realização pelos leitores como amplificadoras. Obtemos na
menos experientes. saída pulsos ou bips que servem para
Tudo que o leitor precisa saber modular a etapa transmissora.
Mais detalhes é fazer placas de circuito impresso A etapa transmissora consiste
Apresentamos a montagem de um segundo o padrão que damos neste basicamente em um transistor que
transmissor de FM com uns 100 a 200 artigo. gera um sinal cuja freqüência depende
metros de alcance, capaz de transmi- de L1 e CV. Ajustamos CV para que o
tir sinais na forma de bips numa fre- Características: circuito opere numa freqüência livre
qüencia livre da faixa escolhida. • Tensão de alimentação: 6 ou 9 da faixa de FM. A realimentação que
O circuito é alimentado por pilhas volts mantém o circuito em oscilação é
comuns, que o mantém em funciona- • Alcance: 100 a 200 metros obtida pelo capacitor de 4,7 pF.

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e eletrônica
4
exemplo, no fundo de uma caixa ou Receptor com antena direcional Lista de material:
embalagem, mala ou outro objeto.
Semicondutores:
Na figura 3 demonstramos como CI1 - 4093B - circuito integrado CMOS
instalar o transmissor num robô locali- Q1 - BF494 ou equivalente - transistor de
zador, que enviará um sinal ao receptor RF – ver texto
remoto quando o sensor for ativado.
Resistores: (1/8W, 5%)
3 R1 – 39 k Ω - laranja, branco laranja
Instalação do transmissor num robô
localizador R2 - 2,2 M Ω - vermelho, vermelho, verde
R3 - 10 k Ω - marrom, preto, laranja
R4 - 6,8 k Ω - azul, cinza, laranja
R5 - 47 Ω - amarelo, violeta, preto
Uma antena desse tipo, além de
permitir que a direção exata de onde Capacitores:
os sinais vêm seja determinada, C1 - 47 nF - cerâmico
C2 - 4,7 mF/16V - eletrolítico
também dota o receptor de mais sen-
C3 - 10 nF - cerâmico
sibilidade, possibilitando a localização
C4 - 2,2 nF - cerâmico
do transmissor sinalizador a uma dis- C5 - 4,7 pF - cerâmico
tância muito maior. C6 - 100 nF - cerâmico
A antena deve ficar preferivel- Há ainda a possibilidade de se CV - trimmer - ver texto
mente na vertical, longe de qualquer ligar na saída do receptor um medi-
parte metálica que possa causar ins- dor de intensidade de sinais, caso em Diversos:
tabilidades de funcionamento. que a sua localização se torna ainda L1 - Bobina - ver texto
Para localizar o objeto siga o sinal, mais simples. Lembramos que exis- S1 - Interruptor simples
baseado no aumento de sua intensi- tem receptores especiais que já são B1 - 6 V - 4 pilhas pequenas ou médias
dade. Uma possibilidade para se ter dotados deste recurso na forma de A - antena - ver texto
maior precisão na localização con- um “bargraph” no próprio indicador de - Placa de circuito impresso, soquete para
siste no uso de uma antena direcio- sintonia digital. o circuito integrado, suporte para pilhas,
caixa para montagem.
nal, como a apresentada na figura 4. f

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eletrônica
e

Detector
Newton C. Braga

de Mentira
Experiências em Biologia, verificação de pontos de acupuntura, bio-
feedback, e mesmo brincadeiras com interrogatórios simulando o uso
de um detector de mentiras, são algumas das aplicações para o projeto
que descrevemos neste artigo.
Trata-se de um circuito que pode detectar pequenas variações de re-
sistência entre dois eletrodos, ou ainda pequenos potenciais que sejam
gerados nestes mesmos eletrodos. O circuito utiliza um amplificador
operacional e tem um ganho bastante elevado, o que lhe garante ex-
celente sensibilidade.

Os detectores de men- pergunta para a qual ele tenda a res- ças muito sutis da resistência, o que
tira ou polígrafos operam baseados ponder com uma mentira. pode ser interpretado como mudan-
nas pequenas variações da resis- Um preparo psicológico prévio que ças de comportamento em determi-
tência da pele do interrogado que o leve a crer que o aparelho é infalível nados testes.
ocorrem quando ele está sob tensão pode levá-lo a mudanças de compor- Experiências com a influência de
como, por exemplo, diante de uma tamento, que ele procura esconder, campos magnéticos, radiação ultra-
mas que se refletem em alterações violeta, ou mesmo de substâncias
1 da resistência da pele. químicas, podem ser programadas
Realimentação com resistor para
controle de ganho do amplificador Esse aparelho, assim como qual- com a facilidade da detecção dos
quer polígrafo, detecta essas peque- resultados apresentados por eles.
nas variações de resistência de pele. O circuito é alimentado pela rede
Outras aplicações interessantes de energia, mas o uso de um transfor-
para um aparelho com a capacidade mador com bom isolamento garante a
de detectar estas variações são as segurança dos usuários, uma vez que
relacionadas às pesquisas biológicas. eles devem estar em contato com ele-
Eletrodos fixados em plantas podem trodos ligados ao circuito.
detectar, com esse aparelho, mudan- Deve ser tomado o máximo de cui-
2
Diagrama completo do polígrafo

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e eletrônica

3
Monatgem em placa de circuito impresso

dado com a escolha do transformador, uma rede de resistores, por exemplo sária uma boa filtragem, garantida por
se bem que um teste de isolamento um resistor e um potenciômetro con- capacitores eletrolíticos de alto valor.
inicial, antes de usar este compo- forme mostra a figura 1. Como elemento indicador usamos
nente, seja altamente recomendado. Reduzindo-se a resistência apre- um microamperímetro de 0-200 µA
O circuito possui vários controles sentada pelo potenciômetro, o ganho embora valores de fundo de escala
como por exemplo, de ganho, equi- do circuito diminui até chegar a 1 próximos deste possam ser emprega-
líbrio e zeramento do instrumento, o quando a resistência total entre a dos sem problemas.
que facilita sua utilização em diversas saída e a entrada for zero. Na prática, recomenda-se o tipo
aplicações práticas. Na condição de ganho mínimo, a com 0 no centro da escala caso o
impedância de entrada de um ampli- leitor deseje detectar com precisão
ficador operacional é extremamente se ocorrem produções de potenciais
Como Funciona alta, tornando-se ideal para aplica- positivos ou negativos entre os eletro-
Um amplificador operacional como ções em instrumentação. dos.
o 741 é um amplificador que opera Entretanto, mesmo com ganhos No entanto, para aplicações
com uma larga faixa de freqüên- maiores, quando a impedância de menos compromissadas pode-se usar
cias, indo desde correntes contínuas entrada diminui, ela ainda será sufi- um instrumento convencional e fazer
até aproximadamente 1 MHz e cujo cientemente elevada para permitir o ajuste da corrente de repouso por
ganho pode ser ajustado através de seu emprego em aplicações como a meio de P3, para o meio da escala.
um circuito de realimentação. que descrevemos neste artigo.
Assim, temos duas entradas para O circuito que apresentamos aqui
um amplificador:uma entrada inversora utiliza um amplificador operacional do Montagem
(+) e uma entrada não inversora (-). tipo 741 e é alimentado por uma fonte Na figura 2 temos o diagrama
O amplificador amplifica a diferença simétrica. Essa fonte tem por base completo do aparelho.
de tensões entre essas entradas e dois reguladores de tensão de três A disposição dos componentes
seu ganho típico sem realimentação terminais, um do tipo 7812 (positivo) e numa placa de circuito impresso é
pode chegar a 100 000 vezes. outro do tipo 7912 (negativo). mostrada na figura 3.
Para controlar o ganho, basta ligar Neste tipo de circuito, além de uma Não é necessário usar radiadores
entre a saída e a entrada inversora (-) boa estabilização de tensão, é neces- de calor para os circuitos integrados

30 Mecatrônica
Mecatrônica Fácil Fácil2004
nº16 - Maio nº37
eletrônica
e
4 reguladores de tensão, pois a cor-
Montagem do aparelho
em caixa plástica rente com que eles trabalham é muito
baixa.
O instrumento usado, conforme
indicado, pode ser um microampe-
rímetro de 0-200 µA ou equivalente,
devendo ser observada a polaridade
na sua ligação.
Os capacitores menores podem
ser tanto cerâmicos como de poliéster
e os maiores devem ser eletrolíticos
com uma tensão mínima de traba-
lho de 25 volts para C5 e C4, de pelo
menos 16 V para os demais.
O transformador tem enrolamento
5 primário de acordo com a rede de
Teste da resist. isolação do
trafo com um multímetro energia e como o consumo é baixo, o
secundário pode ter qualquer corrente
a partir de 100 mA, sendo o valor mais
comum o de 250 mA.
Para conexão dos eletrodos reco-
menda-se usar bornes isolados de
cores diferentes, de modo a facilitar
sua identificação.
A montagem pode ser feita numa
pequena caixa plástica, conforme
ilustrado na figura 4, com os contro-
les do lado externo.
Um ponto importante na segurança
do aparelho é o isolamento entre os
enrolamentos do transformador. O
teste pode ser feito conforme indica a
figura 5, utilizando-se um multímetro
comum na escala mais alta de resis-
6 tências.
Eletrodos com chapinhas
(ou tubinhos) de metal A resistência medida deve ser
superior a 500 k ohms. Caso contrá-
rio, com resistências menores, tere-
mos um sintoma de deficiência de
isolamento que poderá causar cho-
ques perigosos em quem tocar nos
eletrodos.
Veja que, em alguns casos, esta
resistência mais baixa pode ser devida
a umidade absorvida pelo transforma-

7
Fixação dos eletrodos em testes com plantas (biologia)

Mecatrônica Fácil nº37


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e eletrônica
Lista de materiais
dor. Deixando-o em lugar seco, por Semicondutores: C5, C6 - 1 000 µF/25 V - eletrolíticos
exemplo numa caixa com silica gel CI1 - 741 - amplificador operacional
durante alguns dias, a umidade pode CI2 - 7812 - regulador positivo de tensão Diversos:
desaparecer e a resistência entre os CI3 - 7912 - regulador negativo de tensão T1 - Transformador com primário de
D1 a D4 - 1N4002 ou equivalentes - dio- acordo com a rede local e secundário de
enrolamentos subir para além dos
dos de silício 12+12 V com pelo menos 250 mA
500 k ohms, o que seria considerado F1 - Fusível de 1 A
um valor seguro. Resistores: (1/8W, 5%) S1 - Interruptor simples
Os eletrodos podem ser feitos com R1, R4 - 10 k Ω - marrom, preto, laranja M1 - 0-200 µA - microamperímetro - ver
chapinhas ou tubinhos de metal, que R2, R3 - 1 k Ω - marrom, preto, vermelho texto
devem ser seguros firmemente pelo R5 - 2,2 k Ω - vermelho, vermelho, ver- X1, X2, X3 - Bornes isolados de cores
interrogado, observe a figura 6. melho diferentes
Para uso em Biologia, por exemplo P1, P2 - 2,2 M Ω - potenciômetro
P3 - 10 k Ω - potenciômetro Placa de circuito impresso, caixa para
no teste com plantas, os eletrodos devem
montagem, suporte para fusível, cabo de
ser presos por meio de garras ou pega- Capacitores: força, botões para os potenciômetros, fios,
dores de roupas, veja a figura 7. C1, C2 - 10 nF - cerâmicos ou poliéster solda etc.
Um problema que pode vir a acon- C3, C4 - 100 µF/16 V - eletrolíticos
tecer no trabalho com plantas é o efeito
galvânico que, gerando potenciais
pequenos em contato com as folhas, instrumento indicador seja zero, ou no vados pequenos movimentos do pon-
acabam por matar as células do local. meio da escala. teiro indicador do instrumento.
Uma maneira de se evitar este Depois, ajuste P2 para o máximo Em um teste com o polígrafo, o
problema é com o uso de eletrodos ganho e segure os eletrodos, um em interrogado deverá ser instruído para
de metais nobres como a prata. cada mão. manter constante a pressão nos ele-
Ajuste agora P1 para obter uma lei- trodos (podem ser presas chapinhas
tura de meio de escala. Se não conse- de metal no braço com fita adesiva de
Prova e Uso guir, retoque o ajuste de P3 e de P2 de forma a se obter pressão constante)
Para provar o aparelho basta ligar modo a ter um menor ganho. de modo que a agulha do instrumento
a alimentação em S1 e inicialmente De acordo com a pressão de seus não se mova. f
ajustar P3 para que a corrente lida no dedos no eletrodo, deverão ser obser-

32 Mecatrônica
Mecatrônica Fácil Fácil2004
nº16 - Maio nº37
Circuitos Práticos

Março 2008 I SABER ELETRÔNICA 422 I 81

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