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Universidade do Estado de Mato Grosso

Departamento de Agronomia

Prof. Paulo Vinícius de Miranda Pereira


 O processo de mudança do manejo convencional
para o ecológico tem sido chamado de
“conversão”.
 As motivações para a conversão podem ser
várias.
◦ o atrativo maior vem da possibilidade de melhorar sua
produção e comercialização sem onerar sua planilha de
custos.
◦ o prêmio atualmente pago pelos produtos orgânicos.
 Contudo, a maioria dos agricultores compartilha
o interesse de, inicialmente, ajustar sua produção
às normas da produção orgânica, de modo a
garantir sua possibilidade de ingresso no
mercado orgânico.
 Chegar ao ponto desejado usualmente se traduz
em estabelecer uma nova rotina de manutenção
da fertilidade do sistema e de escoamento da
produção.
 A maior parte das conversões não tem
incorporado o tempo de maturação do
reaprendizado e a necessidade de ajuste de
todos esses aspectos.
 Também não é raro encontrar-se casos de
culturas displicentemente tratadas, a que o
agricultor, por não aplicar agrotóxicos, chamou
de orgânicas, e cujo destino mais provável é o
insucesso.
 Para tornar a conversão mais fluida, lógica e
compreensível, uma ferramenta
especialmente útil é a abordagem sistêmica
Com essa abordagem, é possível ter uma
visão macro do sistema de produção a
converter, identificando-se precisamente
os pontos mais relevantes.
Progressivamente, pode-se ir descendo
aos detalhes pertinentes, sem, contudo
perder tempo ou energia em aspectos de
pouca relevância. Além disso, o método
permite a clara compreensão por todos
os envolvidos das etapas a serem
vencidas durante a conversão.
 A nitidez, a objetividade e a eficácia do programa de
conversão dependem muito da experiência do técnico que
assessora o processo.
◦ Bons conhecimentos na área biológica, na abordagem sistêmica e
bom senso
 Uma vez caracterizados com nitidez o ponto
de partida e o ponto de chegada, o passo
seguinte é estudar o menor caminho possível
entre eles, considerando as potencialidades e
limitações do sistema em termos de capital,
terra, mão-de-obra e conhecimento.
 Daí a necessidade de que o plano de
conversão seja claro, lógico e compreensível,
e que todas as fases sejam interativa e
iterativamente discutidas entre assessor e
agricultor.
O ponto de partida O ponto de chegada
 É diagnóstico da  A definição do ponto de
propriedade: chegada resulta da
interação entre o gerente
◦ recursos disponíveis do sistema que se
(naturais, humanos, pretende converter e o
benfeitorias, infra- assessor com experiência
estrutura regional); no assunto.
◦ aspectos relacionais  Criando uma
(relações sociais e oportunidade ímpar de
comerciais); aprendizado, que
◦ a ocupação da área; convém explorar.
◦ rendimento físico e  Esse ponto de chegada
econômico. pode ser traduzido numa
 Anaminése. representação
 É uma fotografia do esquemática do futuro
sistema, em que sejam
presente. visíveis as mudanças a
introduzir.
 Entre a situação inicial real e a situação
idealizada costuma haver um grande número de
ENTRAVES a resolver.
 Focalizar o conjunto desses entraves e possíveis
soluções, procurando-se definir quais os que,
corrigidos, podem acelerar e tornar mais
eficiente a conversão.
 Ressalta-se que os pontos-chave com elevada
freqüência não são apenas biológicos,
adentrando as áreas da administração, das
relações humanas (familiares, sociais,
econômicas) e da capacitação do pessoal
envolvido.
Os pontos-chaves precisam
ser especificamente
definidos.
 Definidos os pontos-chaves, é muito
importante estabelecer um calendário de
trabalho de fácil visualização pelos
responsáveis por sua execução, para que as
mudanças sejam implementadas e surtam os
efeitos desejados no seu tempo.
 Por melhor que seja o plano de conversão, a
identificação dos pontos-chaves e o
cumprimento do cronograma e de suas metas
setoriais, costuma haver necessidade de
ajustes no percurso.
 Na grande maioria dos casos, a conversão
abrange mudanças nas vias de
comercialização.
 Como se trata de um mercado diferenciado,
convém que os canais de comercialização
sejam definidos anteriormente à produção,
sob a pena de não se obter o prêmio
esperado.
 Não obstante, do ponto de vista da conversão
de sistemas convencionais a orgânicos, e
considerando a necessidade de escoar a
produção, convém ao agricultor consultar
seus possíveis compradores sobre a
modalidade de certificação requerida.
 Com essas informações, pode-se organizar
desde o começo a produção de modo a
atender a essas exigências.
 Formalmente, a área está convertida quando cumpriu os
prazos e as prescrições de produtos e manejo previstos
pelas normas. Isso não significa que o sistema e seus
produtos estejam perfeitos, apenas os qualifica para o
uso do selo orgânico. Se o horizonte do agricultor era a
certificação, seu trabalho está concluído.
 Contudo, se o horizonte é criar sistemas agrícolas
sustentáveis, usualmente o trabalho está apenas a meio
caminho. Efetivamente, na maioria das propriedades
orgânicas, ainda há muito a ser aperfeiçoado em termos
de eficiência no uso dos fatores de produção, de
preservação do ambiente, da quantidade e qualidade da
produção e outros aspectos.
 Enquanto instrumento pedagógico e diretor
da conversão, os aspectos centrais do plano
são as representações do sistema atual e do
sistema futuro e o cronograma de atividades,
com metas setoriais claras.
 Essa parte do plano precisa ser concisa e
clara o suficiente para não deixar dúvidas.
 O selo orgânico é um selo de qualidade, que visa
a garantir que o produto foi cultivado e
processado dentro de normas valorizadas pelo
consumidor.
 Para a exportação, é necessário enquadrar-se às
normas do país comprador, que podem ser
diferentes das locais.
 Na tentativa de estabelecer parâmetros mínimos
a serem atendidos mundialmente,
estabeleceram-se normas internacionais,
destacando-se as da IFOAM (International
Federation of Organic Agriculture Movements)
 Um período de carência: entre zero e dois anos,
dependendo do uso anterior da área, entre a realização da
última prática ou produto proibido e a permissão de uso
do selo orgânico;
 Uma listagem de produtos e/ou procedimentos proibidos:
que inclui todos os agrotóxicos e os fertilizantes de alta
solubilidade, especialmente os nitrogenados;
 Uma listagem de produtos e/ou procedimentos tolerados:
a critério de uma câmara técnica ou similar, da
organização certificadora. Atualmente, na maioria das
normas em vigor, as caldas à base de cobre e o enxofre
estão nessa condição.
 Um corpo de produtos e/ou procedimentos
recomendados: de cuja observância se espera a boa
qualidade, a produtividade e a rentabilidade da produção.
Aí se enquadram a reciclagem de biomassa e nutrientes, o
controle biológico de pragas, a rotação de culturas, a
adubação verde, etc.
 O agricultor pode converter o seu sistema de
produção e torná-lo cada vez mais sustentável
sem a necessidade de se enquadrar nas normas.
 Isso permite uma flexibilidade maior, mas fecha
as portas do mercado diferenciado e não propicia
o contato com a comunidade ligada à produção
orgânica.
 Na prática, a conversão costuma ser mais difícil
quando se visa apenas à adequação às normas.
 Por outro lado, o processo costuma ser mais
tranqüilo quando o objetivo é incrementar a
robustez interna do sistema, reorganizando sua
estrutura e funcionamento segundo princípios
biologicamente mais adequados, simulando a
natureza.
 Do ponto de vista biológico, o período de
conversão compreende um ajuste
fundamental: a reestruturação do manejo da
fertilidade do sistema.
◦ o controle de insetos
◦ criação de condições favoráveis à produção
vegetal.
 Aumento da biodiversidade
◦ rotação e diversificação de culturas
◦ criação de nichos de preservação de inimigos
naturais.
◦ cercas vivas
◦ reservas de vegetação nativa
 Nutrição vegetal adequada.
◦ Trofobiose
 Exige prazo mais  Plantas arbóreas em
dilatado; quebra-ventos,
 Pouquíssima cercas vivas, matas
arborização ciliares, reservas
 Nenhum elemento de legais, etc.
condicionamento  Ciclagem da
climático. biomassa no seu
 Não existe divisão de todo e não apenas à
talhões para efeito de fração húmica.
manejo das  Cobertura morta.
condições de clima e  Atividade
deterrenos
Em solo. pouco ou não adubados, com
Microbriológica
muitos anos de cultivo,
costuma ser necessário melhorar seu estoque de nutrientes minerais
para acelerar a conversão. Como fonte inicial de fósforo, pode-se
utilizar termofosfatos ou fosfatos naturais de boa solubilidade.
 Um sistema de produção agrícola é uma
exteriorização das concepções e técnicas de
manejo do ambiente que estão na cabeça do
agricultor;
 À medida que a conversão física do sistema
progride, o próprio trabalho vai trazendo
novos elementos para a análise do agricultor,
criando as condições para a criação de novas
concepções na sua cultura agrícola.
(1) a mentalidade centrada na aplicação de produtos em oposição
ao manejo de processos .
(2) a idéia de que a fertilidade está no solo, não se enxergando
que ela resulta do manejo do sistema.

 Trabalha-se com o conceito de que há uma causa


para cada problema, e lhe corresponde uma
solução.
 Essa solução normalmente é um produto
comprado numa garrafa, galão ou saco.

Não obstante, posto que sempre sobram ruídos, a conversão


precisa ser planejada de modo que os envolvidos possam ir
assimilando ponto a ponto os novos procedimentos.
 O método convencional os pesquisadores,
baseados nos seus conhecimentos da produção
agrícola, desenvolvem uma solução para
determinado problema. Essa solução é então
comunicada aos extensionistas, que a repassam
aos agricultores.
 Na agricultura ecológica é bem diferente. As
soluções mais adequadas são sempre locais, e se
visa a alimentar a tomada de decisão do agricultor.
 O pesquisador pode contribuir para o pensar
global, mas apenas o agricultor pode decidir sobre
o agir local.
 Essas mudanças nos papéis e na natureza da
tecnologia implicam mudanças nas atitudes e nas
responsabilidades dos pesquisadores,
extensionistas e agricultores.
 Em sistemas intensivos no uso de
agroquímicos e com rendimentos físicos
muito elevados, pode-se esperar uma baixa
na produção.
 Isso porque as técnicas orgânicas trabalham
na perspectiva de sustentabilidade, e essa
ordem de rendimento não é compatível com a
preservação dos meios de produção nem do
ambiente.
 A conversão teve como unidade básica a
propriedade, porque ela é o espaço dentro do
qual se exerce o comando gerencial do
agricultor.
 A conversão está concluída quando a
propriedade assimilou um modo de
funcionamento orgânico.
 Há que se ter em mente que esse não é um ponto
final patamar, mas aprimoramentos são sempre
possíveis, no sentido de torná-la sempre mais
eficiente simultaneamente na produção agrícola,
na conservação ambiental e na dimensão sócio-
econômica.
 O conceito de Transição é fundamental.

 Segundo o enfoque agroecológico, não se trata


de implementar uma NOVA REVOLUÇÃO.

 Não se trata, também, de adotar modelos de


CONVERSÃO (como nos orgânicos).

 O que se busca é um PROCESSO DE TRANSIÇÃO,


de construção de tipos / formas de agriculturas
mais sustentáveis.
Transição agroecológica
Processo gradual de mudança, através do
tempo, nas formas de manejo dos
agroecossistemas, tendo-se como meta a
passagem de um modelo agroquímico (ou
outro, degradador) à tipos de agriculturas
que incorporem princípios, métodos e
tecnologias de base ecológica.

Trata-se de um processo contínuo,


multilinear e crescente no tempo, mas
sem ter um momento final determinado.
Transição agroecológica
Implica não somente a busca de maior
racionalização produtiva com base nas
especificidades biofísicas de cada
agroecossistema, mas também uma mudança
nas atitudes e valores dos atores sociais em
relação ao manejo e conservação dos
recursos.
Por incluir orientações e princípios de
natureza multidimensional, incorpora o
conhecimento local, mas não dispensa o
progresso técnico e o avanço do
conhecimento científico.
 Rotação de terras;
 Policultivos;
 Usos de adubos orgânicos;
 Conservação de Alimentos (diversas formas);
 Integração entre produção vegetal e animal;
 Variedades adaptadas (crioulas);
 Mercado mais interno;
 Uso de tração animal;
 Exploração de madeira.
 Monocultura;
 Insumos “modernos” (sementes híbridas,
agrotóxicos, adubos químicos);
 Criação intensiva de animais;
 Voltada principalmente ao mercado externo;
 Motomecanização intensiva
Níveis da
transição agroecológica
• Racionalização no uso de insumos:
Incremento da eficiência das práticas
convencionais para reduzir o consumo de
inputs.
• Substituição de insumos e práticas
convencionais por “alternativas”.
• Redesenho de agroecossistemas para
que funcionem em base a um novo
conjunto de processos ecológicos e
sociais.

Gliessman, 2000
Transicão agroecológica

Racionalização

• Aumento da eficiência das práticas


convencionais para reduzir o
consumo de insumos.
Fonte: Gliessman (2000)
Transição agroecológica

Substituição

• Substituição de insumos e práticas


convencionais por insumos e
práticas “alternativas”.
Fonte: Gliessman (2000)
Transição agroecológica

Redesenho

• Redesenho de agroecossistemas para


que funcionem com base em um novo
conjunto de processos ecológicos.
Fonte: Gliessman (2000)
Agroecologia
Agricultura (princípios e Agricultura
Convencional Sustentável
conceitos)

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