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UNICAMP
EM 722/ES606
GERAÇÃO, DISTRIBUIÇÃO E
UTILIZAÇÃO DE VAPOR
Apostila de Curso
1º sem/2003
EM 722 Aulas ministradas pelo prof. Caio Sánchez
ES 606 Aulas ministradas pelo prof. Waldir Bizzo
EM 722 - Geração, Distribuição e Utilização de Vapor Profº Waldir A. Bizzo
Apresentação:
Bibliografia:
ÍNDICE:
cap. 1 - Combustão....................................... 1
2 - Combustíveis.................................... 18
3 - Queimadores..................................... 41
4 - Geradores de Vapor.............................. 66
5 - Cálculo Térmico e Fluidomecânico de Caldeiras... 81
6 - Segurança na Operação de Geradores de Vapor..... 95
7 - Distribuição de Energia Térmica................. 100
8 - Aquecedores..................................... 120
9 - Eficiência de Geradores de Vapor................ 128
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cap. I - COMBUSTÃO
da água, H2O, é:
2 + 16 = 18, e assim por diante.
Se uma reação for escrita em forma molecular, ela pode ser tomada
para representar as quantidades relativas de reagentes em termos destas
unidades práticas, por exemplo:
2
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C + O2 -> CO2
é uma equação que indica o que acontece quando um átomo de carbono e uma
molécula de oxigênio reagem completamente. Em termos práticos ela
estabelece que 1 kmol de carbono reage com 1 kmol de oxigênio para
formar, no final, 1 kmol de dióxido de carbono. A utilização de pesos
atômicos ou moleculares para os elementos vai se tornar evidente quando
os cálculos acima forem estudados. Os pesos atômicos são usados para
elementos que são gasosos em CNTP. Para produtos e combustíveis gasosos,
esta prática pode ser levada um estágio adiante. A teoria de Avogadro
estabelece, na verdade, que volumes iguais de gases diferentes sob as
mesmas condições contém um número igual de moléculas de gás. Por exemplo,
1 metro cúbico de nitrogênio em CNTP contém tantas moléculas de
nitrogênio quanto 1 metro cúbico de dióxido de carbono contém de
moléculas de dióxido de carbono a CNTP. Segue-se que a reação molecular,
quando escrita para combustíveis gasosos, não só indica a reação e os
produtos em termos de moléculas-kg mas também em termos de volumes. Por
exemplo, se o metano queima com oxigênio e reage completamente com tudo
permanecendo em estado gasoso e sendo medido sob as mesmas condições de
pressão e de temperatura, temos:
CH4 + 2 O2 → CO2 + 2 H2 O
1 kmol 2 kmol 1 kmol 2 kmol
1 volume 2 volumes 1 volume 2 volumes
3
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2 CO2 → 2 CO + O2
Exemplo 1.1:
4
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2 x=(3 × 2) + 4
x=5
y = 3,76 x = 18,8
Exemplo 1.2 :
5
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14
14 kg de H, que corresponde a = 14 kgmol de H
1
massa de ar necessária :
10,67 × 32 + 10,67 × 3,76 × 28 = 1464,8 kg
Exemplo 1.3 :
C H O N S
6
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massa do constituinte,
72 14 8 2,8 3,2
kg/100 kg de combustível
massa de ar necessária :
9,35 × 32 + 9,35 × 3,76 × 28 = 1283,6 kg
7
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8
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Gases: 0 a 10%
Líquidos: 2 a 30%
Sólidos: > 50%
Exemplo 1.4:
Um gás de composição:
C3H8 CO H2 N2 CO2 O2
20 25 30 10 10 5 %,
Balanço estequiométrico:
balanço de oxigênio :
25 + 2 × 10 + 2 × 5 + 2 x = 2 × 95 + 110
x = 122,5
volume de ar necessário : 122,5 + 122,5 × 3,76 = 583,1
Foi mostrado que 100 volumes deste gás requer 122,5 volumes de
oxigênio, ou 583 volumes de ar atmosférico. Dessa forma, 20% de excesso
significa que 24,5 volumes extra de oxigênio são fornecidos, para ir
através do sistema sem se alterar. Associado a este total de 147 volumes
de oxigênio, haverá 553 volumes de nitrogênio para se acrescentar aos 100
de combustível. A composição em volumes dos produtos de combustão,
incluídos o excesso de ar fica:
10
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CO 2 : 95
782 ,2 = 0 ,121
H 2 O: 110
782 ,2 = 0 ,140
O2 : 24 ,5
782 ,2 = 0 , 031
N2: 552 ,7
782 ,2 = 0 , 706
Exemplo 1.5 :
H4 + O2 → 2 H2 O
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C + 0, 9 O2 → CO + 0, 4 O2
CO + 0, 4 O2 → 0, 8 CO2 + 0, 2 CO
CH 4 + 1, 90 O2 + 7 , 14 N 2 → 0, 8 CO2 + 2 H 2 O + 7 , 14 N 2
Exemplo 1.6 :
12
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1
0, 0915 = ⇒ ϕ = 1, 25
9 , 52 ϕ − 1
Exemplo 1.7 :
Um combustível de composição
C H O N S Cinzas
CO2 O2 CO N2
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1ª etapa:
6C + 8,4 H + 0,5O + 0,2 N + 0,1S + x(O2 + 3,76 N 2 ) → 6CO2 + 4,2 H 2 O + 0,1SO2 + x3,76 N 2
2ª etapa:
%O2 5
= = 0,4167⇒ z = 0,4167 × 5,31 = 2,21
%CO2 12
Observe que foi descontado o parcela de carbono que não queimou, e foi
mantido a relação CO2/CO, possibilitando o balanceamento correto da
equação e o cálculo do coeficiente z, relativo ao O2, pela relação O2/CO2.
3º etapa:
o volume total de gases seco produzido é :
5,31 + 0,53 + 0,1 + 2,21 + (ϕ 3,76 × 7,95 + 0,2 ) = 29,892ϕ + 8,35
5,31
0,12 = ⇒ϕ = 1,20
29,892ϕ + 8,35
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A + B → C + D
A + B ←→ C + D
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onde :
mc : taxa de consumo de combustível (kg/s)
PCi : Poder Calorífico Inferior (kJ/kg)
m g : massa de gases de combustão (kg/s)
Cp g : Calor Específico dos gases de combustão (kJ/kg K)
T g : temperatura de saída dos gases de combustão(Temperatura Adiabática de Chama)(K)
Tar : temperatura de entrada do ar de combustão (K)
onde :
Q& : calor recebido pela fornalha (kJ/s)
Ts g : temperatura de saída dos gases de combustão na fornalha (K)
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EXERCICIOS CAP. 1
Caldeira queima 2000 kg/h de lenha com 20% umidade(b.u.) e a análise dos gases de
combustão resultou em 8,7% CO2 (b.s.) e o resíduo sólido do cinzeiro tem 90% de carbono não
queimado. Determine o excesso de ar real (b.u.).
Determine o teor de CO2 (b.s.) para combustão do etanol hidratado com 25% de excesso
de ar.
Supondo apenas dissociação do CO2, qual deve ser o teor de CO (b.s.) para combustão do
etanol hidratado com 3% de falta de ar?
Gás residual tem composição volumétrica Metano 82%, etano 8%, H2S 1%, CO2 5% e N2
4%. Faça um gráfico do teor de CO2 (b.s.) nos produtos de combustão em função do excesso de
ar. Determine o teor de SO2 com 5% de excesso de ar.
Carvão mineral tem composição C 67%, H 8%, S 7%, O 1,5%, cinzas 16,5 %. O
equipamento de combustão será controlado por analisador contínuo de oxigênio cujo sensor deve
ser instalado diretamente na saída dos produtos de combustão que tem temperatura média de 210
ºC. Para controle computadorizado você deve estabelecer uma função do teor de O2 nos gases de
chaminé em relação ao excesso de ar. Após a instalação e testes iniciais do sistema da questão
anterior, o resíduo da combustão acusa um teor médio de 12% de carbono não queimado. A
função estabelecida anteriormente ainda é valida? Se não, como corrigi-la?
Carvão mineral tem composição C 63%, H 9%, S 3%, O 1%, cinzas 24%. Determine a
composição dos produtos de combustão base sêca, utilizando 60% de excesso de ar. A
legislação do local onde está instalado o equipamento da questão anterior permite a emissão de
dióxido de enxôfre em 3200 mg/Nm3 (base sêca). O equipamento está enquadrado na
legislação? Qual seria o máximo teor de enxôfre do carvão que poderia ser utilizado nas
condições da questão anterior, que ainda seria abaixo dos limites de emissão permitidos?
Num forno de reaquecimento de lingotes, operando a 1250 ºC, supondo que todos os
sistemas de combustão abaixo tenham a mesma características no que se refere a troca de calor
por radiação ( mesma emissividade e fator de forma), escolha o sistema de combustão mais
adequado para maior transferência de calor, justificando matematicamente:
Combustível PCI (kcal/kg) A/C esteq Excesso de Ar
óleo BTE 9.965 13,7 40%
GLP 10.218 15,6 5%
óleo diesel 10.250 14,6 15%
Uma câmara de combustão adiabática queima metano com relação A/C estequiométrica.
Nos produtos de combustão estão presentes 5% CO (em volume). Determine a temperatura
adiabática de chama.
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cap. 2 - COMBUSTÍVEIS
Petróleo GLP
Gasolina
Óleo Diesel
FÓSSEIS
Óleo Combustível
Óleos Residuais
Gás Natural
Carvões Minerais
Alcool Etílico
Metanol
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Carbono C
Hidrogênio H
Oxigênio O
Enxôfre S
Nitrogênio N
Água H2O
Cinzas (Z)
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Utilização de Vapor
Derivados de Petróleo
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Elemento % em massa
Carbono 83 a 87
Hidrogênio 11 a 14
Enxôfre 0,05 a 8
Nitrogênio 0,1 a 1,7
Oxigênio ~0,5
Metais(Fe, Ni, V, etc.) ~0,3
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Utilização de Vapor
Óleo Combustível
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Antiga GN HN GP HP - - - - OC4
Atual 6A 6B 7A 7B 8A 8B 9A 9B C
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Viscosidade (2)
Ponto Ponto Cinzas Teor Água e Cinemátic Cinemática a
de de , % em de Sedimen a a 60oC, 37,8oC, cSt ou
Óleo fulgor fluidez peso enxofr tos % eSt ou Saybolt Universal
Combustíve em oC superio e % em em peso (Saybolt, 37,8oC, s
l r oC peso Furol a
65oC, s
Mínimo Máximo Máximo Máximo Máximo Máximo Mínimo Máximo
TipoA 66 (4) - 5,0 2,00 390 (185) 31,9 (150 -
(B.P.F.) (3)
TipoB 66 - - 5,0 2,00 390 (185) 31,9 (150) -
(A.P.F.) (3)
TipoC (óleo 66 (5) 0,10 - 0,50 - 2,11 26,0
no 4) (6) (33,0) (124)
TipoD 66 - - 1,0 2,00 390 (185) 31,9 (150) -
(B.T.E.) (3)
Tipo E 66 - - 5,5 2,00 600 (285) 31,9 (150) -
(3)
Tipo F 66 - - 1,0 2,00 600 (285) 31,9 (150) -
(3)
1) - Em vigor a partir de 02/02/82, através do Regulamento Técnico CNP 09/82.
2) - Para óleos combustíveis cuja diferença entre a temperatura de referência de
viscosidade e o ponto de fluidez seja menor que 20oC, os valores da viscosidade deverão
ser obtidos em temperaturas mais altas, reportando-se às temperaturas por extrapolação.
3) - A quantidade de água e sedimento exceder 1,00%, deverá ser feita a dedução da cifra
total na quantidade de óleo combustível.
4) - O ponto de fluidez superior deverá ser, no máximo, igual ao indicado na tabela
anexa.
5) - O ponto de fluidez superior deverá ser, no máximo, igual ao indicado na tabela anexa
de 6oC.
6) - O resultado de água e sedimentos para o óleo combustível tipo “C” é expresso em %
por volume.
OBS.: A partir de 02/02/82, através da Resolução no 02/82, o Conselho Nacional de Petróleo
autorizou em caráter experimental, mediante acordo com o comprador a utilização do
Óleo Combustível Ultra-Viscoso”. Entende-se por Ultra-Viscoso um óleo combustível
com viscosidade cinemática acima de 600 cSt a 65oC (285 SSF a 65oC), sendo que as
demais características atendem as especificações constantes da Resolução 1/82 que
estabelece o Regulamento.
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V I S C O S I D A D E
Ponto Ponto de Teor de Água e Cinemática, cSt
TIPOS de fluidez enxofre sedimento Saybolt Cinza
Fulgor, superior
o
, % % Furol 37,8oC 60 oC s
C , oC peso volume a 50oC, s
(1)
Mínimo Máximo Máximo Máximo Máximo - Máximo Mínimo
1A 66 (2) 5,0 2,0 (600) - 620 -
1B 66 - 1,0 2,0 (600) - 620 -
2A 66 - 5,5 2,0 (900) - 960 -
2B 66 - 1,0 2,0 (900) - 2.300 -
3A 66 - 5,5 2,0 (2400) - 2.300 -
3B 66 - 1,0 2,0 (2400) - - -
4A 66 - 5,5 2,0 10.000 - - -
4B 66 - 1,0 2,0 10.000 - - -
5A 66 - 5,5 2,0 30.000 - - -
5B 66 - 1,0 2,0 30.000 - - -
6A 66 - 5,5 2,0 80.000 - - -
6B 66 - 1,0 2,0 80.000 - - -
7A 66 - 5,5 2,0 300.000 - - -
7B 66 - 1,0 2,0 300.000 - - -
8A 66 - 5,5 2,0 1.000.000 - - -
8B 66 - 1,0 2,0 1.000.000 - - -
9A 66 - 5,5 2,0 (sem - - -
limite) -
9B 66 - 1,0 2,0 (sem - - -
limite) -
C 66 (3) - 0,5 - 2,1, a - 0,10
26,0
1 - A quantidade de água por destilação, mais a do sedimento por extração, não deverá
exceder 2,0% (percentagem em vol.).
Uma dedução na quantidade deverá ser feita para toda a água e sedimento em excesso de
1,0%.
2 - O ponto de fluidez superior deverá ser, no máximo, igual ao indicado na tabela anexa.
3 - O ponto de fluidez superior deverá ser, no máximo, igual ao indicado na tabela anexa,
diminuído de 6oC.
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Viscosidade
CIN 20oC, cSt 2,0 2,99 - - - - -
Viscosidade
SSU 100oF 32 36 39,4 15420 15230 23060 22000
Viscosidade
SSF 122oF - - - 520 502 790 775
Viscosidade
SSF a 65oC - - - 173 170 280 278
Ponto de
Névoa, oC - 2 - - - - -
Ponto de
Fluidez, oC - - 0 12 14 12 12,5
Índice de
Cetano - 56 - - - - -
Enxofre
% Peso 0,06 0,92 1,5 4,0 0,85 4,1 0,76
Poder 46420 kJ/kg 45832 44857 43270 43501 43103 43865
Calorífico 110940 kJ/kg kJ/kg kJ/kg kJ/kg kJ/kg kJ/kg
kcal/kg 10954 10721 10327 10397 10397 10484
Superior kcal/kg kcal/kg kcal/kg kcal/kg kcal/kg kcal/kg
Poder 43406 kJ/kg 42944 40867 41186 40935 40935 41388
Calorífico 10374 kJ/kg kJ/kg kJ/kg kJ/kg kJ/kg kJ/kg
kcal/kg 10263 9.976 9844 9784 9784 9892
Inferior kcal/kg kcal/kg kcal/kg kcal/kg kcal/kg kcal/kg
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% Oxigênio em peso - 35 - 50
(extraído de “Os Motores de Combustão Interna” - Paulo Penido Filho, lemi, Belo Horizonte
1983).
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PCi
W =
dr
Vgas
S=
VH2
Gás F
H2 338
CO 61
CH4 148
C2H6 301
C3H8 398
C4H10 513
C2H4 454
C8H6 674
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composição em massa %
etano 1,0
propano 30,6
propeno 20,7
butano 32,9
buteno 14,7
Gás Natural
Gases manufaturados
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Componentes % volume
PCS
Localidade Campo M E Pr B Pe Hx CO2 O2 N2 MJ/Nm3 Densid
(seco) ade
Comodoro
Argentina Rivadávia 95 4 - - - - - - 1 38,50
0,576
Turner
Canadá Vallei 87,02 9,15 2,78 0,35 - - 0,24 - 0,45 41,89
(Alberto) 0,635
Chile (Terra do Charnasci 90,03 5,00 2,13 1,05 0,48 0,31 - - - 45,05
Sol) lla 0,647
H2S
Arábia Saldita Air Dar 27,80 26,10 18,40 8,20 2,60 1,70 9,80 - 5,20 63,87
0,755
Venezuela Santa 76,70 9,79 6,69 3,26 0,94 0,72 1,90 - - 48,62
Rosa 0,768
Observação: M = Metano
E = Etano
Pr = Propano
B = Butano
Pe = Pentano
Hx = Hexano
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Análise imediata:
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Carvão Mineral
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Lenha
% água 50 35 10
PCI (kcal/kg) 1990 2770 4070
Bagaço de cana
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C H O N S Cl
casca de arroz 41,0 4,3 35,9 0,5 18,3
borra de café 57,9 7,1 29,9 2,4 2,7
bagaço de cana 44,8 5,4 39,5 0,4 0,1 9,8
serragem 48,9 5,8 43,3 0,3 0,1 1,6
Análise elementar.
Biomassa % C % O % H % N % S % Cl % obs.
Res.
Casca 41,0 35,9 4,3 0,4 0,0 0,1 18,3
de 38,5 39,8 5,7 0,5 0,0 15,5 base seca
arroz 39,3 37,1 4,9 0,5 0,1 0,2 18,0
Borra de 59,5 30,7 7,3 2,5 base seca
café 56,2 34,1 7,1 2,4 0,2 sem cinzas
Bagaço cana 44,8 39,6 5,3 0,4 0,1 9,8 base seca
Serragem 48,3 45,1 5,9 0,2 0,1 0,4 base seca
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EXERCICIOS CAP. 2
Uma caldeira está operando com óleo combustível com 1% de enxôfre e tem temperatura
de saída média dos gases de 180 ºC. Ao se analisar a possibilidade de se utilizar óleo com 5% de
enxôfre, de custo menor, enumere os possiveis problemas que poderiam surgir.
Caldeira queimando óleo combustivel com 1,0% de enxôfre tem temperatura de saída dos
produtos de combustão da ordem de 155 ºC. Supondo que seja ofertado um óleo de menor custo,
com 4% de enxôfre, qual (ou quais) possíveis fatores que poderiam inviabilizar econômicamente a
troca pelo combustível mais barato?
Calcular o Poder Calorífico Inferior de uma mistura 65% óleo/ 35% carvão, com as
seguintes características:
óleo combustível: densidade relativa 0,95 2,5% enxôfre
carvão mineral: jazidas de RGS*
Para diminuir a viscosidade de óleos residuais, está sendo testado uma emulsão de água +
óleo, com 25% de água em massa. Determine o poder calorífico inferior desta mistura. Óleo,
PCS= 9.800 kcal/kg, 10% H em massa.
Determine o Poder Calorífico Inferior (base úmida) de bagaço de cana com 46% de
umidade (b.u.). Dados: Bagaço PCS (b.s.)= 4400 kcal/kg
Bagaço PCI (b.s.) = 4090 kcal/kg
Determine a composição dos produtos de combustão (base seca) para queima de óleo
combustível com 2,5% de enxofre e densidade relativa 0,97, utilizando-se 35% de excesso de ar.
Calcule o PCI de uma emulsão de óleo vegetal, com 45% de água (b.u), dados. óleo PCS
9421 kcal/kg
PCI 8812 kcal/kg
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Utilização de Vapor
cap 3 - QUEIMADORES
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Utilização de Vapor
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Utilização de Vapor
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Utilização de Vapor
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Utilização de Vapor
Queimadores de registro
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Utilização de Vapor
Queimadores em túnel
intensifica a combustão.
São em geral, com a pressão do gás regulado para pressão
atmosférica ("Zero Governed") com injetor que controla a relação de
ar/combustível e o fluxo de gás é induzido pela pressão do ar (figura8).
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Utilização de Vapor
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Utilização de Vapor
49
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Utilização de Vapor
- Perda de combustão.
Num queimador novo, ou depois que a manutenção tenha sido feita, as
linhas de conexão vão conter ar, portanto, a mudança para o gás pode
envolver uma mistura combustível num dado ponto. Todas as linhas deveriam
ser purgadas antes do funcionamento, tanto com:-
- Um gás inerte
- Gás de combustão escapando através de um corta chama ou
através de um maçarico de bico menor do que o diâmetro de
esfriamento.
Ao promover ignição numa câmara de combustão deve ser observado as
seguintes operações:
1) Purgue com ar para remover o gás de combustão da câmara;
2) Verifique o funcionamento do sistema de ignição;
3) Ligado o piloto ou o gás principal de baixa porcentagem,
verifique a presença da chama;
4) Ligar a chama principal na potência normal. Verifique a
presença da chama.
Se alguma vez correr o apagamento da chama, o fluxo de gás deve ser
interrompido e a câmara de combustão deve ser purgada com ar. Então o
ciclo de ignição deve ser recomeçado.
Nos queimadores industriais esta sequência de segurança é
automática. A presença de chama pode ser detectada por:
- sensor de ionização;
- célula fotoelétrica (I.R. ou U.V.)
QUEIMADORES DE ÓLEO
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Utilização de Vapor
QUEIMADORES PULVERIZADORES
Pulverizador de 2 fluídos.
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Utilização de Vapor
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Utilização de Vapor
PROPORÇÃO DE AR PRIMÁRIO/SECUNDÁRIO
ESTABILIZAÇÃO DA CHAMA
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C + O2 → CO2
2 H2 + O2 → 2 H2O
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Utilização de Vapor
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Utilização de Vapor
médias, com carvão até 12 t/h e em unidades maiores com bagaço de cana
até aproximadamente 100 t/h.
Vantagens:
- Boa taxa de controle, facilmente abafado. Náo há necessidade de
equipamento de pulverização. Não são necessários equipamentos
sofisticados para a limpeza do gás de combustão.
Desvantagens:
- Ocupa volume do forno reduzindo a disponibilidade da área de
troca de calor. Contém mais peças móveis perto da área de combustão.
consequentemente, pode ter grandes exigências de manutenção.
Grelha fixa
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Queima fluidizada
∆P = H (1 − φ )( ρ − ρ )
z s f
Hz = altura do leito
φ = porosidade do leito
ρs = densidade do sólido
ρf = densidade do líquido
64
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Utilização de Vapor
65
EXERCICIOS CAP. 3
Faça uma escolha em ordem de prioridade para operar-se com o menor excesso de ar
possível, justificando sucintamente.
nº 1 nº 2 nº 3
queimador de óleo com queimador de óleo com queimador de óleo com
pulverização mecânica pulverização a ar de baixa pulverização a vapor
pressão
Faça uma escolha em ordem de prioridade, para trabalhar-se com o menor excesso de ar
possível. Justifique sucintamente.
nº 1 nº 2 nº 3
lenha em toras, queimando lenha picada em pedaços até 50 bagaço de cana sêco( até. 15mm),
sobre grelha fixa inclinada mm, queimando sobre grelha queimando em grelha a distribuidor
em escada carregada por projeção.
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1 - Introdução
67
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3 - Tipos de Caldeiras
Atualmente, podemos
classificar as caldeiras em
dois tipos básicos:
- flamotubulares, onde
os gases de combustão
circulam por dentro de
tubos, vaporizando a água
que fica por fora dos
mesmos e
Figura 4 - Caldeira de tubos retos,Babcock - aquatubulares, onde
e Wilcox, 1877. os gases circulam por fora
dos tubos, e a vaporização
da água se dá dentro dos
mesmos.
Constituem-se da grande
maioria das caldeiras, utilizada
para pequenas capacidades de
produção de vapor ( da ordem de até
10 ton/h) e baixas pressões (até 10
bar), chegando algumas vezes a 15
ou 20 bar.
As caldeiras flamotubulares
horizontais constituem-se de um
vaso de pressão cilíndrico
horizontal, com dois tampos planos
(os espelhos) onde estão afixados
os tubos e a fornalha. Caldeiras
Figura 5 - Caldeira de tubos modernas tem diversos passes de
curvados, Stirling, 1880.
68
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gases, sendo mais comum uma fornalha e dois passes de gases (figura .6).
A saída da fornalha é chamada câmara de reversão e pode ser revestida
completamente de refratários ou constituída de paredes metálicas
molhadas.
70
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Circulação da água
Caldeiras de pressão
próxima ao ponto crítico
(218 atm), ou maior,
necessitam de circulação
assistida , devido a
pouca diferença entre as
densidades de líquido e
vapor. Um esquema da
circulação de caldeira
deste tipo esta mostrado
na figura 13.
Câmara de combustão.
Figura 11 - Esquema da circulação natural
da água da caldeira. As paredes de água
da câmara de combustão
podem ser totalmente
integrais, ou seja, cada
tubo tangente ao próximo
formando uma parede
impermeável aos gases, ou
ainda podem ser
construídas com tubos
interligados por aletas
de chapa soldadas. Há
ainda paredes de água com
tubos espaçados e parede
refratária. O calor que
não atinge diretamente os
tubos é reirradiado pelo
revestimento refratário
(figura 14).
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4.1 - Superaquecedores:
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- utilização de
dessuperaquecedor (ou
atemperador), na saída do
Figura 17 - Temperatura de saída de superquecedor, o qual através da
superaquecedores em função da carga injeção direta de água líquida
da caldeira. controla a temperatura de saída do
vapor superaquecido. Neste caso o superquecedor tem que ser
projetado para temperatura de saída maior que o necessário, a fim
de permitir margem de contrôle. A temperatura de saída do
atemperador é então controlada pela vazão de água injetada. Um
esquema do atemperador é mostrado na figura 18.
77
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4.2 - Economizadores
Os economizadores se destinam
a aquecer a água de alimentação
antes de ser introduzida no
interior da caldeira. O pré
aquecimento é feito através da
troca de calor com os gases de
combustão saindo da caldeira.
O aproveitamento do calor
sensível dos gases de combustão
traz um aumento de eficiência
térmica do equipamento.
Economizadores são trocadores de
calor gás-líquido. Devido ao baixo
coeficiente de troca de calor por
convecção no lado dos gases,
geralmente os economizadores são
compostos por tubos aletados. Em
relação á sua instalação, devem
estar localizados após a última
Figura 19 - Painéis superfície de convecção do gerador
de vapor. Podem ser fabricados
radiantes pendentes de
superaquecedor.
integralmente à caldeira,
ou podem ser adicionados na
parte exterior da mesma,
logo após a saída dos gases
(figuras 20 e 21).
Economizadores são
praticamente usados em
médias e grandes
instalações. O custo
adicional comparado com o
ganho de rendimento térmico
não viabiliza a utilização
em pequenas caldeiras, e
que geralmente se utilizam
Figura 21 - Economizador de tubos aletados. de alimentação intermitente
de água, impossibilitando,
portanto, a operação em uso
contínuo e simultâneo dos fluxos de água e produtos de combustão.
78
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4.3 - Pré-aquecedores
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Uma
simplificação
adequada é dividir a
superfície de troca
de calor em
superfície de
radiação e
superfície de
convecção. Devido
as condições de
temperatura,
geometria e
velocidade de
Figura 1 - Esquema de fluxos em uma fornalha de fluidos, a troca de
caldeira.
81
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m& c PCi + m& c ∆hc + m& ar ∆har = Q& r + m& prod ∆h prod
sendo que :
t
∆h = ∫ Cp dT = C p(Tt − T0 )
0
onde:
82
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T0 = Tar = Tc
(
Q& r = σ ε A T prod
4
− Ts4 )
onde:
83
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A = f S proj
sendo que para Sd = de → f = 1, 0
Sd = 2 de → f = 0, 9
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Nu = 0 ,023 Re 0 ,8 Pr 0 ,4
Nu = 0 ,26 Re 0 ,61 Pr
1
3
Nu = 0 , 33 Re 0,61 Pr
1
3
As equações
acima valem para
fluxo turbulento e
para quantidade de
fileiras de tubos
maior ou igual a 10.
Para fileiras de
tubos em quantidade
menor que 10,
85
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nº 1 2 3 4 5 6 7 8 9
fileiras
fb 0,7 0,82 0,87 0,91 0,93 0,95 0,97 0,98 0,99
Q& c = UA∆t m
onde :
∆t a − ∆t b
∆t m = dmlt =
∆t
ln a
∆t b
1
U=
Ri + Re+ Rtubo
onde :
Ri =
de 1
Re = Rtubo =
deln de
di
( )
hidi he 2kt
di, de :
diâmetros interno e externo
do tubo Figura 4 - Distribuição de temperaturas
hi : coeficiente num trocador de calor em contra-corrente.
de película interno
he : coeficiente
de película externo
kt : condutividade térmica do material do tubo
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O aprimoramento dos
dispositivos de combustão
e queimadores, no que se
refere a eficiência, e
estabilidade de chama
obrigou o uso de
ventiladores de
insuflamento de ar face a
necessidade de pressão nos
dispositivos de entrada do
ar de combustão a fim de
provocar turbulência
na câmara de combustão. A
tiragem forçada supre este
requisito mas torna-se
inadequada para grandes
caldeiras. A tiragem
Figura 8 - Variação da pressão estática em balanceada, conforme
caldeira de tiragem balanceada. esquematizada na figura 7,
se utiliza de um
ventilador de insuflamento
de ar na fornalha, e
exaustor dos produtos de combustão na saída da caldeira. A pressão da
fornalha e dentro da zona de convecção pode ser controlada, de maneira a
ainda se manter negativa em relação a atmosfera e mesmo assim ter pressão
disponível aos dispositivos de mistura e combustão dos queimadores. Uma
variação representativa da pressão estática ao longo do caminho dos gases
pode ser encontrada na figura 8.
88
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v2
∆p = K ρ
2
onde:
∆p : perda de carga
ρ : densidade do fluido
v : velocidade média do fluido
K : coeficiente de perda de carga
L v2
∆p = f D ρ
d 2
onde:
fD : coeficiente de atrito de Darcy
L : comprimento total do duto
d : diâmetro característico do duto ou tubo
89
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µp
0 ,14
K = fNf
µm
onde:
f : fator de correção
Nf : nº de fileiras de tubos
µp : viscosidade do fluido na temperatura da parede
µm : viscosidade do fluido na temperatura da mistura
onde:
Sp : espaçamento longitudinal dos tubos
St : espaçamento transversal dos tubos
de : diâmetro externo dos tubos
Remax : nº de Reynolds na condição de escoamento de menor
secção de passagem
f = 0,25 +
0,118 Re − 0,16
1, 08 max
S − de
t
de
90
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∆p c = H (ρ ar − ρ g )g
onde:
∆pc : depressão causada pela chaminé
H : altura útil da chaminé
ρar : densidade ao ar na temperatura ambiente
ρg : densidade do gás na temperatura média da chaminé
g : aceleração da gravidade
ρmistura = ∑ xi ρi
onde:
xi : concentração molar do componente i
ρi : densidade do componente i
91
EM 722 - Geração, Distribuição e Utilização de Vapor Profº Waldir A. Bizzo
Analisando-se a
equação que fornece a
depressão causada pela
chaminé observamos que
esta é proporcional a
altura útil da chaminé.
Por outro lado, a perda
de carga provocada pela
circulação do fluido na
própria chaminé deve ser
calculada e esta também
aumenta com a altura
linear da chaminé, além
de ser uma função da
velocidade dos gases.
Para o cálculo da perda
Figura 9 - Curva característica de um de carga na chaminé,
ventilador centrífugo e do circuito de perda assume-se que a chaminé
de carga de gases. comporta-se como um duto,
e uma altura excessiva da
chaminé pode ter o efeito inverso de diminuir a depressão disponível para
a caldeira por excesso de perda de carga. Para tiragem natural, as
velocidades recomendadas estão na faixa dos 4 a 8 m/s. Com tiragem
artificial pode-se chegar a valores da ordem de 10 a 15 m/s.
92
EM 722 - Geração, Distribuição e Utilização de Vapor Profº Waldir A. Bizzo
Figura 10 - Grau de
rugosidade de tubos em
função dos diâmetros e dos
materiais.
93
EM 722 - Geração, Distribuição e Utilização de Vapor Profº Waldir A. Bizzo
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EXERCICIOS CAP. 5
Uma caldeira flamotubular queimando óleo combustível tem dimensões da fornalha de 1,0
m no diâmetro interno e 4,3 m no comprimento. Calcular o consumo de óleo e a produção de vapor
a 15 bar man. dadas as seguintes informações:
temperatura dos gases na saída da fornalha: 1100 ºC
temperatura dos gases na chaminé: 270 ºC
óleo: PCI 9200 kcal/kg, A/C esteq=14,7 excesso de ar 35%
emissividade da fornalha: 0,85
água de alimentação: 27 ºC
Uma caldeira flamotubular a óleo residual tem fornalha com dimensões diâmetro 0,7m
comprimento 3,75 m e mais 2 passes nos tubos, com um total de 134 tubos de 56 mm diâmetro
interno e 3750 mm de comprimento. Para um consumo de óleo de 250 kg/h e temperatura de
saída dos gases de 250 ºC, qual deve ser a temperatura média dos gases na fornalha e sua
produção de vapor total a 10 bar rel.?
Óleo residual : PCI 9.200 kcal/kg
rel. A/C esteq. 14,2, excesso de ar 35%
Agua de alimentação: 50º C
Caldeira a lenha tem 15 m2 de área de troca na fornalha, operando com temperatura média
de 1000 ºC, e gerando vapor saturado a 25 bar rel. Calcule o consumo de lenha nestas condições,
com 100% de excesso de ar, e a produção de vapor se a temperatura de saída dos gases da
caldeira é de 200 ºC.
Lenha com umidade 25%, PCI:(b.u.) 3160 kcal/kg
A/C esteq.(b.s.): 6,0
emissividade combinada : 0,75
No caso de substituição eventual por óleo combustível, qual deve ser o consumo de óleo, com
excesso de ar 40%, para ser mantida as mesmas condições de temperatura da fornalha?
Óleo, PCI: 9200 kcal/kg
A/C esteq 14,0
emissividade combinada: 0,87
Se a caldeira anterior for aquatubular, calcule a área de troca por convecção, utilizando tubos de
diametro externo 2,5 pol., arranjo quicôncio, passo 80 mm, com mais de 10 fileiras por passe. Para
efeito das propriedades dos gases de combustão, assuma as propriedades do ar.
e consome 200 kg/h de óleo, com 35% de excesso de ar. Determinar a temperatura da fornalha. a
temperatura de saída dos gases e o vapor produzido (10 bar, sat) nestas condições, desprezando
perdas de calor ao ambiente. Calcular a perdade carga dos produtos de combustão
Emissividade combinada da fornalha: 0,8
Um estudo de dispersão de gases de chaminé, para caldeira que exala 90.000 kg/h de
produtos de combustão a 230ºC, determinou uma altura de chaminé de 65 metros e velocidade de
saída de 18 m/s. Nesta condição, determine o efeito líquido da presença da chaminé na perda de
carga do circuito de gases da caldeira.
Uma caldeira queimando gás natural (considere 100% metano), tem área de radiação da
fornalha de 35 m2. Supondo a emissividade combinada da fornalha sendo 0,70, determine a
temperatura de saída dos produtos de combustão da zona de radiação, se a caldeira opera com
10% de excesso de ar.
Consumo de combustível: 850 kg/h
Pressão de vapor: 10 bar, relativa, saturado.
Figura 1 - Válvula de
segurança para caldeiras.
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EM 722 - Geração, Distribuição e Utilização de Vapor Profº Waldir A. Bizzo
A falta de água na
caldeira causa
superaquecimento
localizado do metal. O
calor da chama é
transferido por convecção
à água da caldeira. As
superfícies que recebem
calor diretamente por
radiação, ou mesmo por
convecção na zona de alta
temperatura tem que estar
obrigatoriamente inundadas
por água líquida. Os
coeficientes de convecção
do líquido saturado são
muito maiores que o do
vapor, de maneira que a
troca de calor com o
líquido mantém a
temperatura do metal em
valores próximos da
temperatura do líquido
saturado. A falta de água
causa aumento da
temperatura do metal,
Figura 3 - Elevação da temperatura média diminuindo assim sua
do tubo devido a presença de incrustação resistência mecânica,
interna. podendo atingir o limite
de escoamento na região
não refrigerada, com
consequente deformação e
ruptura. A ruptura é
sempre desastrosa,
causando geralmente propagação da fratura mesmo nas regiões não atingidas
pela falta de água, ocasionando explosões. As caldeiras modernas
gerlamente tem sensores do nível de água para contrôle automático da
alimentação e um sensor de segurança, o qual corta alimentação de calor
no caso de falta de água. Além disso, as caldeiras possuem um visor de
nível, o qual deve ser supervisionado pelo operador. Normas de segurança
determinam que sempre deve haver a presença do operador, mesmo que as
caldeiras possuam dispositivos automáticos de contrôle e segurança.
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A figura 2 apresenta um
esquema de um indicador
de nível, acoplado a uma
garrafa onde estão
instalados os sensores de
nível de água.
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Tabela 1 - Condicionamento de água no interior de caldeiras.
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3 - Válvulas e acessórios
- válvulas de bloqueio,
- válvulas de regulagem manual de fluxo,
- válvulas de retenção e
- válvulas de contrôle.
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4 -Purgadores de vapor:
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Flexibilidade de tubulações:
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Distribuição de Vapor
claro que sòmente podem ser interligadas caldeiras com mesma pressão de
operação. A figura 14 mostra um desenho esquemático de um coletor-
distribuidor de vapor.
Muitas vezes, a utilização do vapor em alguns pontos da fábrica
deve ser feita a uma pressão menor que a do vapor gerado pela central
térmica. A redução da pressão é feita através de uma válvula redutora de
pressão, geralmente controlada por um pilôto ligado a montante da
válvula. A figura 15 mostra um esquema típico de uma estação redutora de
pressão de vapor.
2 - ISOLAMENTO TÉRMICO
2. 1 - Transferência de calor:
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Q Q& = hc A(Ts − T0 )
onde
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(
Q& r = σAFε Ts4 − T04 )
onde:
Q& r = hr A(Ts − T0 )
hr = σε
(T s
4
− T04 )
(Ts − T0 )
sendo:
114
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K A(T1 − Ts )
Q& =
L
onde:
(T − T ) (T − T3 ) = K A(T3 − T4 )
Q& = K 1 A 1 2 = K 2 A 2 3
L1 L2 L3
ficando:
T1 − T4
Q& =
L1 L2 L
+ + 3
K1 K 2 K 3
onde
115
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116
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Exercício capitulo 7
1) Um trocador de calor operava com vapor saturado a 7 bar rel. e descarregava o condensado
através de um purgador de bóia para a linha de retôrno de condensado. Após modificação no
retôrno de condensado, onde a linha de retôrno passou a descarregar num tanque de condensado
pressurizado a 5 bar rel., a capacidade do trocador de calor diminuiu. Explique a provável causa.
(1,5) 1) Após uma modificação do sistema de retôrno de condensado, onde foi instalado
um tanque de condensado pressurizado, ao nível de solo, os dispositivos de segurança de uma
caldeira detectaram frequentemente nível abaixo do normal na .água da caldeira. A caldeira gera
vapor saturado a 21 bar(man.), o tanque de condensado é mantido a 5 bar(man.), inclusive com
extração de vapor saturado, e a bomba está instalada 0,3 m abaixo do fundo do tanque. O tanque
é horizontal com diâmetro de 1,7 m. Explique a provavel causa de falta de água na caldeira e
proponha uma solução.
(1,0) 4) Um aquecedor a vapor, utilizado para pasteurização de leite, drenado com um purgador
termodinâmico de condensado, apresentava constante oscilação na temperatura de saída do leite.
Após a substituição do purgador termodinâmico por um purgador tipo bóia, o problema foi resolvido.
Explique porquê?
(1,0) 5) Porque na instalação abaixo, o corpo da válvula “A” rompeu alguns ciclosde operação
após a instalação do sistema?
1) Um trocador de calor operava com vapor saturado a 7 bar rel. e descarregava o condensado
através de um purgador de bóia para a linha de retôrno de condensado a pressão atmosférica.
Após modificação no retôrno de condensado, onde a linha de retôrno passou a descarregar num
tanque de condensado pressurizado a 5 bar rel., a capacidade do trocador de calor diminuiu.
Explique a provável causa.
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cap. 8 - AQUECEDORES
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Calor
2050 2385 2300 1840
específico a
150 ºC (J/kg
ºC)
Condutividade 0,11 0,149 0,122 0,126
térmica a 150
ºC (W/m ºC)
Expansão 9,1 8,15 8,15 13,7
% por 100 ºC
Congelamento -26 ºC -20 ºC -14 ºC 12 ºC
Ponto de 177 ºC 194 ºC 207 ºC 124 ºC
fulgor
Pressão de 0,005 0,019 0,003 0,067
Vapor a 160
ºC (atm)
Ponto de 339 ºC 382 ºC 435 ºC 257 ºC
ebulição a
(10% do (5% do total) (5% do total)
pressão
total)
atmosférica
- Óleos Minerais:
-Fluídos sintéticos
122
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-Difenil-óxido de difenil
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125
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onde:
127
EXERCÍCIOS CAP. 8
Um aquecedor de fluido térmico de capacidade 300 kW utiliza óleo parafínico (Teresso 32)
e temperatura de saída 280 ºC, entrando a 250 ºC. Se o volume total de óleo no sistema de
3
aquecimento é de 5 m , qual deve ser a capacidade do tanque de expansão, a fim de permitir a
expansão do óleo da temperatura ambiente até a temperatura máxima de operação?
Qual a capacidade volumétrica da bomba de circulação?
Se o rendimento térmico global do aquecedor é de 75%, qual o consumo de .óleo combustível?
Um aquecedor de fluido térmico, utiliza Difenil como fluido de troca de calor, e sua
capacidade nominal é 1.500.000 kcal/h. Para operação a temperatura de saída de 280º C e 20º de
diferença de temperatura, determine a capacidade volumétrica da bomba de circulação.
Aquecedor de fluido térmico, com capacidade de 2.500.000 kcal/h, utilizando Difenil, opera
com temperatura de entrada e saída do fluido de 280 ºC e 310 ºC. A temperatura de saída dos
gases na chaminé é 390 ºC, com excesso de ar de 32%. Estimar o consumo de combustível e
calcular a vazão volumétrica da bomba de circulação de Difenil.
Aquecedor de fluido térmico, utilizando Difenil como fluido, tem capacidade nominal de
1.200.00 kcal/h, com temperaturas de entrada e saída do fluido de 260 ºC e 280 ºC,
respectivamente. A temperatura dos gases na chaminé é 360 ºC.
Calcular : a vazão da bomba de circulação de fluido térmico
o consumo de óleo combustível 1A.
Um gerador de gases quentes necessita fornecer 5.000 kg/h de gases a 450 ºC, através da
combustão de GLP. Calcular o consumo de combustível e as vazões de ar primário e secundário.
Aquecedor de fluido térmico, utilizando Difenil como fluido, tem capacidade nominal de
1.200.00 kcal/h, com temperaturas de entrada e saída do fluido de 260 ºC e 280 ºC,
respectivamente.
Calcular a vazão da bomba de circulação de fluido térmico.
Um aquecedor de fluido térmico de capacidade 300 kW utiliza óleo parafínico (Teresso 32)
e temperatura de saída 280 ºC, entrando a 260 ºC. Se o volume total de óleo no sistema de
3
aquecimento é de 6,5 m , qual deve ser a capacidade do tanque de expansão, a fim de permitir a
expansão do óleo da temperatura ambiente até a temperatura máxima de operação?
Qual a capacidade volumétrica da bomba de circulação?
Se o rendimento térmico global do aquecedor é de 80%, qual o consumo de .óleo combustível 1A?
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mv(h 2 − h1)
η= (1)
mc PC
onde:
mvefet(h 2 − h1)
η=
mc PC + Ee + Eh
(2)
Importante notar que neste caso, a eficiência total vai ser afetada
também pela eficiência dos equipamentos auxiliares, que transformam, por
exemplo a energia elétrica em um aumento de pressão do ar de combustão ou
da água de alimentação.
A energia química do combustível tem sido tomada tradicionalmente como o
Poder Calorífico Inferior do mesmo pois a maioria dos processo
industriais de combustão tem exaurido os produtos de combustão na fase
gasosa, sendo práticamente impossível o aproveitamento térmico da
entalpia de vaporização da água formada na combustão. Atualmente, com o
desenvolvimento teórico dos conceitos de exergia, referentes a
irreversibilidade e disponibilidade de energia, as definições de
rendimento térmico tem tomado como referência o Poder Calorífico Superior
do combustível utilizado, já que êste representa a máxima quantidade de
energia disponível teóricamente através de sua combustão.
a. MÉTODO DIRETO:
∑ E 1 − ∑ E 2 − ∆Ei = 0 (3)
onde
Σ E1: energia que entra no sistema
Σ E2: energia que sai do sistema
∆ Ei: variação da energia interna do sistema
todos valores computados em um determinado intervalo de tempo.
Qu = ∑ E 1 − ∑ perdas (5)
131
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onde:
Qu : energia util produzida
ΣE1: energia total que entra
Σperdas : soma de todas as perdas de calor e energia na operação do
sistema.
∑ E 1 − ∑ perdas
η= (4)
∑ E1
132
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133
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134
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Qp1 = CO V PC (6)
onde:
onde:
135
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Z CO 33880
P2 = (8)
PC
onde:
(
Qr = σ ε A Ts 4 − Tamb 4 ) (9)
onde:
σ : constante de Stepan-Boltzmann, 5,67 x 10-11 kJ/sm2K4
ε : emissividade da superfície
A . área superficial de perdas de calor
Ts : temperatura absoluta da superficie (ºK)
Tamb : temperatura absoluta do ambiente (ºK)
onde:
Qc : calor perdido por convecção (kJ/s)
hc : coeficiente de convecção externa (w/m2 ºc)
137
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AÇO
superfície
lisa, enferrujada
25 0,62
superfície
lisa, oxidada
100 0,74
Aço Galvanizado
brilhante 30 0,23
Asbesto 35 0,96
Tijolo refratário,
sílico aluminoso
100 0,90
Tinta alumínio,
10%Al
100 0,52
Tinta alumínio.,
26%Al
100 0,3
138
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L=5m L=10m
Ventos a 12 km/h,
temperatura até 100 12,5 10,5
ºC
139
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(
Qi = σ ε S Tf 4 − Tamb 4 ) (11)
onde:
Qi : calor irradiado por aberturas da fornalha (kJ/kg)
σ : constante de Stepan-Boltzmann
ε : emissividade média da fornalha
S : área total da abertura (m2)
Tf: temperatura média da fornalha (K)
P4 =
[Z ]Cz (Tz − Tamb )
(12)
PC
onde:
P4 : perdas por calor sensivel nas cinzas
Cz : calor específico das cinzas (≅1,25 kJ/kgºC)
Tz : temperaturas das cinzas ao cair no cinzeiro
Tamb: temperatura de entrada do combustível
[Z]: teor de cinzas recolhida (kg/kg combustível)
140
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onde:
Qprod : energia perdida por entalpia sensível dos produtos de
combustão (kJ/kg)
mp : fluxo de massa dos produtos de combustão (kg/s)
hp : entalpia sensível dos produtos de combustão (kJ/kg)
mar : fluxo de massa do ar de combustão (kg/s)
har : entalpia de entrada do ar de combustão (kJ/kg)
mc : fluxo de massa do combustível (kg/s)
hc : entalpia de entrada do combustível (kJ/kg)
m p = m ar + m c + m i (14)
onde:
141
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h = ∫ CptT dT =CpT
T
(17)
0
sendo que:
Cpt é o calor específico em função da temperatura
Cp é o calor específico médio entre a temperatura de
referência e a temperatura considerada.
Pelas equações 18 e 17, fica evidente que a perda por entalpia dos gases
de combustão dependem da sua temperatura de saída e do excesso de ar
utilizado. Ambos parâmetros tem limitações práticas, além dos quais
não é possível reduzir-se.
142
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Combustível gasoso 1 a 5%
143
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P5 =
[1 + (a / c )esteqα ]Cpp(Tp − Tar ) (19)
PC
QH 2 O = m H 2 O hlv (21)
onde:
Qumid : energia perdida por umidade do combustível (kJ/kg)
mumid : fluxo de massa de umidade do combustível (kg/s)
hlv : entalpia de vaporização da água a temperatura ambiente (kJ/kg).
144
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u hlv
Qumid = (22)
PCs
9 H hlv
QH 2 O = (23)
PCs
onde: u : umidade do combustível (kg/kg base sêca)
[H] : teor de hidrogênio, em massa no combustível
onde:
Qd : energia perdida por descarga de fundo da caldeira (kJ/kg)
md : fluxo de massa da purga contínua (kg/s)
hl : entalpia do líquido saturado, na pressão de trabalho da caldeira
(kJ/kg)
h1 : entalpia de entrada da água de alimentação (kJ/kg)
Caldeira queimando carvão mineral com 27% de cinzas apresenta 5% de carbono não
queimado nas cinzas, que são descarregadas com temperatura de 450 ºC. Se o carvão mineral
tem PCI de 4700 kcal/kg, qual é a perda de energia relativa das cinzas?
2
Uma caldeira de bagaço tem fornalha com 45 m de superficie de radiação. A
emissividade para combustão de bagaço é 0,7. Faça uma estimativa da produção de vapor, 21
bar sat. manométrica, limitando a temperatura média da fornalha a 1000 ºC. Suponha que a
temperatura de saída dos gases de combustão na chaminé seja 250º C.
Bagaço: PCI (b.u.)= 2100 kcal/kg umidade(b.u.): 50%
A/C esteq.(b.u.)= 3,5 excesso de ar 50%
A caldeira anterior apresentou nas cinzas 25% de carbono não queimado, sendo que o
bagaço tem em média 2,5% de cinzas. Uma medição acusou que as cinzas caem da grelha a
temperatura de 350º C. Estime a perda relativa de eficiencia devido as cinzas e combustível não
queimado.
Os seguintes dados foram obtidos durante a operação contínua de uma caldeira
aquatubular de médio porte:
consumo de .água de alimentação: 42000 l/h
temperatura de saída dos gases: 280 ºC
excesso de ar calculado: 27%
pressão da caldeira: 21 bar (man.), vapor saturado
combustível: óleo 2A, relação estequiométrica A/C=14,0, PCI=9100 kcal/kg.
A instalação utiliza retôrno parcial de condensado a pressão atmosférica. A temperatura média na
caixa de alimentação é 55 ºC.
Calcular o rendimento térmico da caldeira com as informações disponiveis e o consumo de
combustível, considerando perdas para o ambiente no valor de 5%.
Uma caldeira queimando residuos agroindustriais opera com a porta da fornalha aberta
para alimentação manual de residuos. A porta tem dimensões de 0,45 x 0,8 m e a temperatura
media na fornalha é 950 ºC. A fornalha tem paredes revestidas internamente com material
refratário. Se o poder calorifico inferior do resíduo é 1900 kcal/kg, estime a perda relativa devido a
radiação da fornalha, na condição de carga total, quando o consumo médio de resíduo é 1200 kg/h.
Uma termoelétrica a carvão pulverizado tem seu gerador de vapor com fornalha que
descarrega as cinzas à temperatura de 650º C. Atualmente está queimando carvão de Santa
Catarina (ver apostila). Um estudo para troca de combustível para um carvão importado, com 12%
de cinzas e PCS 6800 kcal/kg está sendo feito. Determine qual será a variação percentual do
rendimento térmico da caldeira, no que se refere às perdas por calor sensivel nas cinzas, após a
troca do combustível.
Caldeira a óleo combustível, produzindo 100 ton/h de vapor a 40 bar abs., 340 ºC,
apresenta temperatura de saída dos produtos de combustão de 345 ºC. Com a instalação de um
pré-aquecedor de ar, esta temperatura baixou para 240 ºC. Devido ao ar aquecido na entrada do
queimador, foi possível modificar o valor do excesso de ar de 15%,na situação anterior, para 8%
com o pré-aquecedor. Temperatura da água de alimentação: 65 ºC
Qual a economia de combustível proporcionada?
Um forno de forjaria, opera a 1250 ºC, com 2 portas de 0,4 x 0,8 m abertas
permanentemente para operação manual. Um projeto de automatização permitirá que a abertura
do forno seja diminuida para apenas 1 porta de 0,25 x 0,5 m, sendo que as aberturas existentes
serão fechadas com isolamento térmico que permita um máximo de 85 ºC na superfície externa.
Qual será economia de óleo combustível, em kg/h, proporcionada pela automatização?
Por que na questão anterior tratamos de uma estimativa e não um cálculo preciso. Quais
são as incertezas e informações não disponíveis para melhorar o cálculo.
Os seguintes dados foram obtidos durante a operação contínua de uma caldeira
aquatubular de médio porte:
consumo de .água de alimentação: 56500 l/h
temperatura de saída dos gases: 330 ºC
excesso de ar calculado: 28%
pressão da caldeira: 39 bar(man.), vapor saturado
combustível: óleo 1A, relação estequiométrica A/C=14,7, PCI=9350 kcal/kg.
A instalação utiliza retôrno parcial de condensado a pressão atmosférica. A temperatura média na
caixa de alimentação é 55 ºC.
Calcular o rendimento térmico da caldeira com as informações disponiveis e o consumo de
combustível.
EM 722 GERAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO E UTILIZAÇÃO DE
VAPOR
1ª LISTA DE EXERCÍCIOS
5 Dada uma caldeira na qual se produz vapor saturado seco à 8 kgf/cm² absoluto,
partindo de água a 20 °C, na vazão de 1000 kg/h, calcular o consumo de combustível
em kg/h nas duas condições seguintes:
a) Temperatura de saída dos gases a 300 °C. Teor de CO2 de 12% em base seca;
b) Temperatura de saída dos gases a 300 °C. Teor de CO2 de 10% em base seca.
Óleo combustível de composição C : 85,5%; H : 10,6%; S : 3,9%; PCI :
10000kcal/kg.