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O documento descreve a educação na Idade Média, caracterizada pela influência e soberania da Igreja sobre o conteúdo ensinado. A educação se concentrava em discussões religiosas e não permitia questionamentos, com foco no conhecimento teórico em vez de atividades práticas. Carlos Magno e as universidades trouxeram novos desenvolvimentos, mas a educação permaneceu majoritariamente sob controle eclesiástico até o fim da Idade Média.
O documento descreve a educação na Idade Média, caracterizada pela influência e soberania da Igreja sobre o conteúdo ensinado. A educação se concentrava em discussões religiosas e não permitia questionamentos, com foco no conhecimento teórico em vez de atividades práticas. Carlos Magno e as universidades trouxeram novos desenvolvimentos, mas a educação permaneceu majoritariamente sob controle eclesiástico até o fim da Idade Média.
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O documento descreve a educação na Idade Média, caracterizada pela influência e soberania da Igreja sobre o conteúdo ensinado. A educação se concentrava em discussões religiosas e não permitia questionamentos, com foco no conhecimento teórico em vez de atividades práticas. Carlos Magno e as universidades trouxeram novos desenvolvimentos, mas a educação permaneceu majoritariamente sob controle eclesiástico até o fim da Idade Média.
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Na Idade Média, encontramos uma sociedade feudal, onde os senhores de
terra possuíam um poder quase que monárquico nos seus domínios, construindo suas leis, sua cultura, suas moedas, seus valores etc. A Igreja e o Estado serviam para legitimação política e limitação dos poderes dos senhores feudais. Nesta época, a criança era considerada um pequeno adulto, que executava as mesmas atividades dos mais velhos. As mesmas possuíam pequena expectativa de vida por causa das precárias formas de vida. O importante era a criança crescer rápido para entrar na vida adulta. Aos sete anos, a criança (tanto rica quanto pobre) era colocada em outra família para aprender os trabalhos domésticos e valores humanos, através de aquisição de conhecimento e experiências práticas. Essa ida para outra casa fazia com que a criança saísse do controle da família genitora, não possibilitando a criação do sentimento entre pais e filhos. Os colégios existentes nesta época, dirigidos pela Igreja, estavam reservados para um pequeno grupo de clérigos (principalmente do sexo masculino), de todas as idades. Não existia traje especial para diferenciar adulto de criança. Havia os trajes que diferenciavam as classes sociais. No século XI desenvolveu-se as escolas catedrais, cujos professores eram os próprio monges, bispos e sacerdotes, que se destacavam na pregação da doutrina católica cristã. As mais importantes escolas catedrais foram as de Lyon, Roma, Liege e Reims, o ensino continha matérias predominantemente teológicas e em segundo plano a cultura humanista em geral. Esta educação evitava despertar inquietação intelectual ou desenvolver a criatividade. Evitava-se que os homens questionassem o mundo. A principal atitude estimulada era a obediência, o respeito à hierarquia religiosa e a aceitação conformista diante dos ensinamentos dos superiores, aquilo que não era compreendido deveria ser aceito como um mistério divino, desencorajava-se a pesquisa imparcial, realizada à luz da razão. Fora do ambiente dos mosteiros os nobres viviam sempre preocupados com guerras e a defesa de suas propriedades. A educação voltada apenas à nobreza, cultivava a obediência e fidelidade aos príncipes, a coragem para enfrentar os inimigos e proteger os súditos, a honra entre os parceiros da cavalaria e a cortesia em relação às mulheres. Destacava-se o aspecto militar. O aspecto intelectual era descuidado, até mesmo as noções elementares de leitura e escrita.Não havia, contudo, nenhum preocupação com a educação do povo em geral, foram dos círculos da nobreza. Quando a educação decadente chegava a níveis insuportáveis, surge a figura de um rei analfabeto que começa a mudar o panorama educacional da idade média,Carlos Magno (771-814), era um guerreiro que se converteu ao cristianismo, tornando-se o seu grande defensor. Contudo, usava a violência e tratava com crueldade os povos pagãos que relutassem a se converter ao cristianismo. Segundo a história, chegou a decapitar 4500 pagãos.No entanto, Carlos Magno possuía um conselheiro de nome Alcuíno que convenceu o rei a realizar uma grande obra de educação, criando escolas em diversas paróquias, além de ordenar aos nobres da corte que estimulassem atividades educacionais nos castelos e nos mosteiros. Para dar o exemplo, criou em seu próprio palácio uma escola que se tornou famosa, tendo Alcuíno como professor e entre os alunos o próprio Carlos Magno, sua família e diversos nobres de sua corte. Pela primeira vez, as matérias abrangiam diferentes campos do conhecimento, como a aritmética, o grego, o latim, a astronomia e outras ciências. De certa forma, o trabalho de Carlos Magno, inspirado por Alcuíno, deu um novo impulso à educação. Em 1090 surge no sul da Itália, numa pequena comunidade de origem grega, a primeira e grande escola de Medicina, tornando-se a primeira universidade. O Mosteiro de Salermo já cultivava a literatura grega e se interessava particularmente pela medicina. O termo universidade, contudo, não servia para designar diversos ramos do conhecimento humano, mas o lugar onde estudantes de diversas nações poderiam estudar, ou seja, uma universalidade de pessoal. Mas foi o grande passo para uma grande mudança no sistema de ensino. Com o tempo surgiram outras universidades como a de Bolonha, de Paris, Oxford, Salamanca e Cambridge. Surgiram faculdades de Artes, Teologia, Medicina e Direito. Embora subordinadas ao Estado ou à Igreja, possuíam certa autonomia, podendo eleger seus diretores, reitores e professores. No ano de 1226 nasce Tomas de Aquino, nas proximidades de Nápoles, sul da Itália, integrando o movimento escolástico que procurava explicar a fé cristã de maneira racional, tanto quanto possível. O sistema filosófico elaborado por Tomás de Aquino, o tomismo, revive boa parte da doutrina de Aristóteles, continuando, de certa forma, os ensinamentos do mestre grego. Comparava (como fez Santo Agostinho (354-430) o papel do professor ao do agricultor: este cultivava as plantas, o outro a sabedoria. Essa foi a grande tentativa de atrair os pagãos através de argumentos racionais e não pela violência. O ano de 1453, com a Queda de Constantinopla, marca o fim da Idade Média. A Igreja Romana havia cometido os maiores abusos de poder com as cruzadas, a inquisição, a vendas das indulgência e os abusos do Clero. O declínio da influência da Igreja coincidia com a ascensão dos grandes comerciantes que passavam a financiar e proteger as artes e a cultura. Surge assim, o período de uma grande explosão cultural em todo o planeta, conhecido como Renascença no campo das artes e Humanismo no campo pedagógico, filosófico e literário. Na mesma época surge a Reforma, no campo religioso. Muda-se o ambiente cultural, filosófico e religioso do mundo. CONCLUSÃO
A educação na idade média destaca a influência e soberania da Igreja,
podendo-se concluir que este foi um período em que a educação sofre uma certa obscuridade. Há um absoluto interesse pelas discussões religiosas. Mesmo quando se envolve a razão, a “revelação” surge como verdade única na produção do conhecimento. A Patrística, onde se infunde a fé como uma verdade incontestável e irreflexiva e a Escolástica onde se começa a especular sobre a fé, porém aceitando o que a razão não explica, não permitiam ao estudante e aos pensadores o livre pensar, o que era passível de severas e rigorosas punições. A educação medieval também reedita a valorização do conhecimento teórico, e desdenha as atividades práticas e manuais, isso sendo observado com maior ênfase no período do modo de produção feudal.