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NÚCLEO DE DEFESA ATIVA MAMAINFO

Manual dos
Direitos dos Pacientes

Associação Nacional de Informação sobre Câncer de Mama


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DIREITOS DOS PACIENTES

Autor: Tiago Farina Matos

Equipe MAMAinfo:
Ana Laura Moreira, Jornalista
Claudia Carla Gronchi, Engenheira
Edna Catarina Carneiro Assaf, Administradora Hospitalar
Luciana Holtz de Camargo Barros, Psicóloga Oncológica
Marcelo Márcio Siqueira Gianini, Psicólogo Oncológico
Márcia Jorge Teresa Vianna, Administradora de Empresas
Maria Aparecida Buzzini Moura, Psicóloga Educacional
Maria Inês Calil Cury Guimarães, Física
Norma Magaly Corrêa de Moraes, Matemática
Patricia Teresa V. de Melo, Mastologista e Ginecologista
Sandra Regina de Oliveira Teixeira, Economista Doméstica
Sonia Garcia Pereira Cecatti, Física
Suzana Padovan, Psicóloga Oncológica
Suzete Garcia Pereira Puente, Enfermeira
Tânia Aparecida Correia Furquim, Física
Waldemir W. Rezende, Mastologista e Ginecologista

São Paulo – SP – Brasil


2009
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APRESENTAÇÃO

A Associação Nacional de Informações sobre Câncer de Mama – MAMAinfo


– é uma associação civil sem fins econômicos, que foi criada em 05 de
outubro de 2006. A idéia partiu de um grupo de mulheres, ex-pacientes, que
sentiram a necessidade de criar um espaço de apoio e informação sobre
câncer de mama.

A MAMAinfo tem como objetivo divulgar, em seu Portal, informações


confiáveis e atualizadas sobre o câncer de mama, desenvolver programas
educacionais e sociais, articular-se com outras organizações da sociedade
que visem objetivos afins, colaborando com todos envolvidos na luta contra
o câncer e possibilitando um olhar diferenciado sobre um tema que ainda é
cercado de muitos preconceitos e desinformação.

A missão da MAMAinfo é conscientizar as pessoas que existe vida durante


e depois do câncer de mama, divulgando informações e desenvolvendo
ações que promovam a saúde, a qualidade de vida e o exercício do direito e
da cidadania. A visão de futuro é ser uma associação de referência nacional
no tema câncer de mama, visando garantir acesso à informação, bem como
ao apoio solidário às pessoas tocadas pelo câncer. Os valores que
permeiam a associação são autonomia, solidariedade, confiabilidade,
transparência, comprometimento, empatia, dinamismo e cooperação.

O Portal www.mamainfo.org.br disponibiliza informações atualizadas sobre


recursos que podem auxiliar na prevenção da doença, no diagnóstico e no
tratamento, em suas várias fases.

Todos os colaboradores da MAMAinfo, inclusive seus diretores, são


voluntários, profissionais de diferentes áreas de atuação, que se identificam
com a causa e empenham esforços para promover a melhoria da qualidade
de vida dos envolvidos no assunto.

Além de disponibilizar informações por meio do seu Portal, a MAMAinfo


desenvolve projetos sociais e ações de defesa e cidadania ativa com o
objetivo de garantir a efetivação de políticas públicas e privadas relativas ao
câncer de mama.
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Para estimular e intensificar a participação da comunidade na formulação e
controle de políticas de saúde – diretriz constitucional do SUS –, e com isso
contribuir para a redução da alta taxa de mortalidade decorrente do câncer
de mama, a MAMAinfo conta com o Núcleo de Defesa Ativa, composta por
equipe multiprofissional, que reúne uma visão panorâmica de todo o
contexto relacionado ao direito à saúde.

Entre outras ações desenvolvidas pelo Núcleo de Defesa Ativa MAMAinfo,


destaca-se o enfrentamento do câncer de mama por meio da
conscientização da sociedade sobre os direitos do usuário do sistema de
saúde. Instrumento norteador e de apoio para os agentes multiplicadores
das ações de cidadania e defesa ativa, apresentamos nesta oportunidade o
MANUAL DOS DIREITOS DOS PACIENTES.

Sonia Garcia Pereira Cecatti


Presidente da MAMAinfo
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PREFÁCIO

A dignidade da pessoa humana está prevista na Constituição Federal


brasileira como direito fundamental. Viver com dignidade é, sobretudo, viver
com a certeza de que seus direitos serão respeitados e garantidos.

Diversas leis, que poucos conhecem, asseguram inúmeros direitos aos


usuários do sistema de saúde e aos pacientes com câncer. Além de serem
pouco divulgados, os textos das leis, vias de regra, são difíceis de serem
compreendidos pelo público leigo. Diante dessa dificuldade, a imprensa e
outros agentes multiplicadores de informações - por meio de jornais,
revistas, cartilhas, guias, entre outros veículos de comunicação -
desempenham um papel fundamental na sociedade: informar e
conscientizar a população sobre seus direitos e deveres de cidadania.

Em primeiro lugar, o paciente de câncer deve saber que o Estado é


obrigado a prestar-lhe, gratuitamente, todo e qualquer tipo de atendimento
médico-hospitalar e de assistência terapêutica, inclusive farmacêutica.
Assim, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS) o paciente tem direito a
exames, internações, consultas, cirurgias, tratamentos de quimioterapia e
radioterapia, acesso a medicamentos, etc.

Quem possui plano de saúde também pode exigir a cobertura de todos os


procedimentos e terapêuticas indicados pelo seu médico, bem como
quimioterápicos orais, que podem ser ministrados em domicílio. A Justiça
tem decidido que são nulas as cláusulas do contrato de plano de saúde que
limitam procedimentos indispensáveis à manutenção da saúde do paciente.

Longe de crucificar a atuação do estado para a garantia do direito à saúde,


o objetivo deste manual é mostrar que, na sua concepção, nosso sistema
de saúde considerando nele todos os benefícios conferidos ao paciente, é
um dos mais modernos do mundo, apesar de, no dia-a-dia, demonstrar
inúmeros problemas de funcionamento. É aqui que entra a importância da
participação da comunidade, com a adoção de uma postura de cidadania e
defesa ativa. Existem, como se verá, diversos mecanismos para garantir a
satisfação do direito à saúde, tanto no âmbito do SUS quanto dos Planos de
Saúde, a exemplo dos Conselhos de Políticas Públicas, das ouvidorias, do
Ministério Público, das ONGs e do próprio Poder Judiciário.

A legislação confere ainda outros direitos ao paciente de câncer a fim de


proporcionar-lhe dignidade e qualidade de vida. Dentre eles, podemos
destacar os benefícios previdenciários - auxílio-doença e aposentadoria por
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invalidez - e isenção de impostos – ex: imposto de renda sobre proventos
de aposentadoria, IPVA e ICMS e IPI na aquisição de veículo adaptado.

Cada ato no sentido de educar e conscientizar a população sobre seus


direitos tem a possibilidade de ser multiplicado. Por isso, o Núcleo de
Defesa Ativa MAMAinfo convida todos a compartilhar as informações
contidas neste manual com o maior número de pessoas. Somos todos
agentes transformadores, basta adotarmos uma postura de cidadania e
defesa ativa quanto aos nossos interesses.

Tiago Farina Matos


Advogado
Coordenador do Núcleo de Defesa Ativa MAMAinfo
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SUMÁRIO

Página
APRESENTAÇÃO
PREFÁCIO

1 Doenças graves . . . . . . . . . 09
2 Saque do FGTS . . . . . . . . . 10
3 Saque do PIS/PASEP . . . . . . . . 13
4 Auxílio-doença . . . . . . . . . . 16
5 Aposentadoria por invalidez . . . . . . . 20
6 Isenção de imposto de renda na aposentadoria e pensão . 23
7 Benefício de Prestação Continuada – LOAS . . . . 25
8 Transporte coletivo gratuito na Região Metropolitana de
São Paulo . . . . . . . . . . . 30
9 Transporte coletivo interestadual (Passe livre) . . . . 33
10 Cirurgia de reconstrução mamária . . . . . . 38
11 Medicamentos gratuitos . . . . . . . . 39
12 Quitação do financiamento imobiliário pelo seguro
Habitacional . . . . . . . . . . 42
13 Compra de veículos adaptados ou especiais . . . . 44
13.1 Isenção de IPI na compra de veículo . . . . 46
13.2 Isenção ICMS na compra de veículo. . . . . 48
13.3 Isenção de IOF no financiamento para a compra de
Veículo . . . . . . . . . . 50
13.4 Isenção de IPVA . . . . . . . . 51
14 Cartão de estacionamento em vagas de deficiente físico . . 52
15 Rodízio de Veículos (São Paulo) . . . . . . 55
8
16 Prioridade no recebimento de créditos oriundos de
precatórios . . . . . . . . . . 58
17 Prioridade na tramitação de processos . . . . . 59
18 Plano de previdência privada . . . . . . . 60
19 Seguro de vida . . . . . . . . . . 61
20 Redução da contribuição previdenciária para servidores
públicos inativos portadores de doenças incapacitantes . . 62
21 Financiamento para portadores de necessidades especiais . 64
22 Plano de Saúde . . . . . . . . . 66
23 SUS . . . . . . . . . . . . 69
24 Acesso à Justiça . . . . . . . . . 72
25 Órgãos para reclamação, denúncia e reivindicação dos
seus direitos . . . . . . . . . . 88
26 Legislação . . . . . . . . . . 93

CONTATO
ANOTAÇÕES
APOIO
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1 DOENÇAS GRAVES

A legislação brasileira confere direitos especiais aos portadores de doenças


graves.

Quais as consideradas doenças graves pela legislação brasileira?


• Tuberculose ativa.
• Hanseníase.
• Alienação mental.
• Neoplasia maligna (CÂNCER).
• Cegueira.
• Paralisia irreversível e incapacitante.
• Cardiopatia grave.
• Doença de Parkinson.
• Espondiloartrose anquilosante.
• Nefropatia grave.
• Estado avançado da doença de Paget (osteíte deformante).
• Síndrome da deficiência imunológica adquirida – AIDS.
• Contaminação por radiação, com base em conclusão da medicina
especializada.
• Hepatopatia grave.
• Fibrose cística (mucoviscidose).

Como é feita a comprovação dessas doenças?


A comprovação dessas doenças é feita por meio de laudos médicos e
exames, e, em alguns casos, o paciente deve se submeter à perícia médica
dos órgãos competentes para concessão dos benefícios.

Os pacientes de outras doenças graves podem exigir os mesmos


direitos?
Pelo princípio da igualdade, os pacientes de outras doenças graves, não
relacionadas acima, podem exigir os mesmos direitos, podendo valer-se de
ação judicial caso encontrem dificuldades na obtenção dos benefícios. O
Judiciário já se manifestou favorável em diversos casos nesse sentido.
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2 SAQUE DO FGTS

O que é o FGTS?
Todos os trabalhadores regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho –
admitidos a partir de 05/10/1988 (antes disso, era opcional) – possuem uma
conta bancária própria vinculada ao Fundo de Garantia do Tempo de
Serviço (FGTS), atualmente administrado pela Caixa Econômica Federal.
Mensalmente, o empregador é obrigado a depositar nessa conta o
equivalente a 8% sobre a remuneração do empregado, e seu saldo é
corrigido monetariamente com base nos parâmetros fixados para
atualização dos depósitos de poupança e capitalizado a juros de 3% (três
por cento) ao ano.

Quem tem direito a sacar o FGTS?


O saque do FGTS pode ser realizado pelo paciente com câncer, AIDS e em
estágio terminal de outras doenças. Também pode ser sacado pelo titular
da conta que possuir dependente – esposo(a), companheiro(a), filho e irmão
menor de 21 anos ou inválido e pais – portador daquelas doenças.

Onde solicitar o levantamento do FGTS?


O interessado deverá requerer o levantamento do FGTS em qualquer
agência da Caixa Econômica Federal.

Quais os documentos necessários para o saque?


• Carteira de Trabalho (CTPS).
• Documento de Identidade (RG).
• Comprovante de Inscrição no PIS/PASEP.
• Original e cópia do Laudo Histopatológico.
• Atestado médico constando o diagnóstico da doença e o CID -
Classificação Internacional de Doenças (válido por 30 dias).

Em quanto tempo o dinheiro é liberado?


Os valores do FGTS deverão estar disponíveis ao requerente no prazo de 5
(cinco) dias úteis, contados a partir da solicitação de saque.
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Observações:
• Pai e mãe podem sacar o FGTS, simultaneamente, quando o seu filho
for paciente de câncer, AIDS ou em fase terminal de outra doença.
• A Justiça Federal, mediante ação judicial, tem autorizado o saque do
FGTS para outras doenças graves, além de câncer e AIDS, ainda que o
paciente não esteja em fase terminal.
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Modelo de Atestado Médico para Saque do Saldo em Conta Vinculada
ao FGTS

(Papel Timbrado)

ATESTADO MÉDICO

Atesto para os devidos fins que o paciente ______________________


(nome do paciente) é portador de _____________________________
(nome da doença), CID – Classificação Internacional de Doenças nº
_______________.

O paciente se enquadra nas exigências da Lei nº 8.036, de 11/05/1990, bem


como da Resolução nº 1, de 15/10/1996, do Conselho Diretor do PIS-
PASEP, podendo, portanto, sacar eventual saldo existente nas contas
vinculadas ao FGTS e ao Fundo PIS-PASEP.

O estágio clínico atual do paciente é ________________________


(exemplo: grave, estável), submetendo-se atualmente ao tratamento
____________________________ (exemplo: quimioterápico, radioterápico,
hormonioterápico).

(Local e Data)

______________________________________________________
(assinatura com firma reconhecida e carimbo legível do médico)
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3 SAQUE DE COTAS DO PIS/PASEP

O que é o PIS/PASEP?
O PIS – Programa de Integração Social – destina-se a promover a
integração do empregado na vida e no desenvolvimento da empresa,
mediante contribuição desta.
O PASEP – Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público – é
constituído por depósitos mensais efetuados pela União, Estados, Distrito
Federal, Municípios e suas autarquias, empresas públicas, sociedades de
economia mista e fundações.
Até 05/10/1988 – data da promulgação da Constituição Federal – os
depósitos relativos ao PIS-PASEP compunham um Fundo de Participação
cujas cotas ainda pertencem aos trabalhadores registrados no PIS-PASEP.
Após a promulgação da Constituição Federal, a arrecadação decorrente das
contribuições para o PIS-PASEP passou a financiar o programa seguro-
desemprego e o abono salarial, não cabendo mais aos trabalhadores
nenhuma cota.

Quem tem direito ao saque de cotas do PIS/PASEP?


O trabalhador cadastrado no Fundo PIS-PASEP até 04/10/1988 poderá ter
saldo de cotas a receber, podendo sacá-lo nos seguintes casos:
• Aposentadoria.
• Reforma Militar.
• Invalidez Permanente.
• Idade igual ou superior a 70 anos.
• Transferência de militar para a reserva remunerada.
• Titular ou dependente(s) portador(es) do vírus HIV(SIDA/AIDS).
• Neoplasia Maligna (CÂNCER) do titular ou de seus dependentes.
• Morte do participante.
• Benefício Assistencial à pessoa portadora de deficiência e ao idoso.

Em quanto tempo o dinheiro é liberado?


O pagamento pode ser realizado, em casos excepcionais, em até 5 dias
úteis após sua solicitação e compreende a atualização monetária e a
parcela de Rendimentos do PIS-PASEP não retirada no correspondente
período de pagamento.
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Como solicitar o saque das cotas?
Para sacar a cota relativa ao PIS, o interessado deverá dirigir-se a qualquer
agência da Caixa Econômica Federal, e, ao PASEP, em qualquer agência
do Banco do Brasil, munido dos seguintes documentos:
• Carteira de Identidade.
• CPF.
• Cartão do PIS-PASEP ou cópia da anotação deste número na carteira de
trabalho ou no RG.
• Atestado médico, válido por 30 dias, constando o diagnóstico da doença
e o CID - Classificação Internacional de Doenças.
• Cópia de exame histopatológico que comprove o diagnóstico.
• Comprovante de Dependência (em caso do dependente ter a doença).
• Em caso de procuração, RG e CPF do representante.
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Modelo de Atestado Médico para Saque do Saldo em Conta Vinculada
ao Fundo do PIS-PASEP

(Papel Timbrado)

ATESTADO MÉDICO

Atesto para os devidos fins que o paciente _______________________


(nome do paciente) é portador de ______________________________
(nome da doença), CID – Classificação Internacional de Doenças nº
_______________.

O paciente se enquadra nas exigências da Lei nº 8.036, de 11/05/1990, bem


como da Resolução nº 1, de 15/10/1996, do Conselho Diretor do PIS-
PASEP, podendo, portanto, sacar eventual saldo existente nas contas
vinculadas ao FGTS e ao Fundo PIS-PASEP.

O estágio clínico atual do paciente é _________________________


(exemplo: grave, estável), que atualmente se submete à tratamento
_____________________ (exemplo: tratamento quimioterápico).

(Local e Data)

______________________________________________________
(assinatura com firma reconhecida e carimbo legível do médico)
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4 AUXÍLIO-DOENÇA

O que é auxílio-doença?
Auxílio-doença é o benefício mensal devido ao segurado pelo Regime Geral
de Previdência Social (INSS) que ficar incapacitado temporariamente para o
trabalho em virtude de doença ou acidente por mais de 15 dias
consecutivos.

O paciente com câncer segurado pelo INSS tem direito ao auxílio-


doença?
Sim, desde que fique temporariamente incapacitado para o trabalho. Não há
carência para a concessão do auxílio-doença quando o segurado for
acometido de câncer, bem como de outras doenças consideradas graves. A
constatação da incapacidade dá-se por meio de perícia médica realizada
pelo INSS. Não tem direito ao auxílio-doença quem, ao se filiar à
Previdência Social, já tiver doença ou lesão que geraria o benefício, a não
ser quando a incapacidade resultar no agravamento da enfermidade.

O servidor público também tem direito ao auxílio-doença?


Os servidores públicos civis federais têm direito à Licença para Tratamento
de Saúde – benefício equivalente ao auxílio-doença – sem prejuízo da
remuneração que fizer jus. Os servidores públicos estaduais e municipais,
bem como os militares, possuem estatutos próprios regendo a relação de
trabalho, mas todos os regimes de previdência social devem,
obrigatoriamente, cobrir eventos de doença, invalidez, morte e idade
avançada.

Como obter o auxílio-doença?


Para obter o benefício, o paciente de câncer segurado pelo INSS deve
dirigir-se, pessoalmente ou por intermédio de um procurador, a uma
Agência da Previdência Social, preencher requerimento de auxílio-doença,
apresentar a documentação exigida e agendar realização de perícia médica.
O benefício também pode ser requerido via Internet.

Quais os documentos necessários para obtenção do auxílio-doença?


• Carteira de Trabalho original ou documentos que comprovem a
contribuição ao INSS.
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• Relatório médico original com as seguintes informações: diagnóstico da
doença, histórico clínico do paciente, CID (Classificação Internacional de
Doenças), eventuais seqüelas provocadas pela doença, justificativa da
incapacidade para o trabalho. O relatório deve conter a assinatura,
carimbo e CRM do médico.
• Exame clínico (laudo anatomopatológico) que comprove a existência da
doença.
• Procuração, se for o caso.
Os servidores públicos deverão seguir o procedimento previsto nos seus
Estatutos para requerer o benefício.

Qual o valor do auxílio-doença?


O valor do auxílio-doença equivale a 91% do salário-de-benefício e é isento
do Imposto de Renda. O salário de benefício dos trabalhadores inscritos até
28 de novembro de 1999 corresponderá à média aritmética simples dos
80% maiores salários de contribuição, corrigidos monetariamente, desde
julho de 1994. Para os inscritos a partir de 29 de novembro de 1999, o
salário de benefício será a média aritmética simples dos 80% maiores
salários de contribuição de todo o período contributivo, corrigidos
monetariamente

Quando o paciente começa a receber o benefício do INSS?


No caso dos trabalhadores com carteira assinada, os primeiros 15 dias são
pagos pelo empregador; a Previdência Social paga a partir do 16º dia de
afastamento do trabalho. Já os demais segurados recebem a partir da data
do início da incapacidade ou da entrada do requerimento, quando feito após
o 30º dia do afastamento da atividade.

Quando o paciente deixa de receber o benefício do INSS?


A perícia médica estabelecerá o prazo que entender suficiente para a
recuperação da capacidade para o trabalho do segurado. A partir dessa
data o segurado deve retornar ao trabalho. Caso considere esse prazo
insuficiente, o segurado deve requerer sua prorrogação nos 15 dias finais
até a data da cessação do benefício, devendo realizar nova perícia. Esse
pedido pode ser feito na Agência da Previdência Social responsável pela
concessão do benefício ou pela Internet. O auxílio-doença também deixa de
ser devido se o segurado recuperar a capacidade para o trabalho durante o
período do gozo do benefício.
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O que o paciente deve fazer se tiver seu pedido de auxílio-doença
negado injustamente?
Quando o pedido de concessão ou prorrogação de auxílio-doença for
negado, o paciente que se sentir prejudicado poderá formular pedido de
reconsideração no prazo de até 30 dias após a ciência da avaliação médica
ou a da cessação do benefício. Esse pedido pode ser feito na Agência da
Previdência Social responsável pela concessão do benefício ou pela
Internet. Se o resultado ainda for desfavorável, o paciente pode dar entrada
em novo pedido de auxílio-doença ou ingressar com ação judicial (Obs.: nas
localidades onde houver Juizado Especial Federal não é necessário ser
representado por advogado).
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Procuração para Obtenção do Auxílio-Doença
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5 APOSENTADORIA POR INVALIDEZ

O que é aposentadoria por invalidez?


Aposentadoria por invalidez é o benefício mensal devido ao segurado de
regime previdenciário que ficar incapacitado definitivamente para o trabalho
em virtude de doença ou acidente e não sujeito à reabilitação para o
exercício de atividade que lhe garanta a subsistência, e lhe será paga
enquanto permanecer nessa condição.

O paciente de câncer segurado pelo INSS tem direito à aposentadoria


por invalidez?
Sim, desde que fique permanentemente incapacitado para o trabalho. Não
há carência para a concessão da aposentadoria por invalidez quando o
segurado for acometido de câncer, bem como de outras doenças
consideradas graves. A constatação da incapacidade se dá por meio de
perícia médica realizada pelo INSS, na qual o paciente pode ir
acompanhado por médico de sua confiança. Não tem direito à
aposentadoria por invalidez quem, ao se filiar ao INSS, já tiver doença ou
lesão que geraria o benefício, a não ser quando a incapacidade resultar no
agravamento da enfermidade.

O servidor público civil ou militar também tem direito à aposentadoria


por invalidez?
Os servidores públicos civis federais e militares têm direito à aposentadoria
por invalidez, conforme prevêem os seus estatutos. Os servidores públicos
civis estaduais e municipais possuem estatutos próprios regendo a relação
de trabalho, mas todos os regimes de previdência social devem,
obrigatoriamente, cobrir eventos de doença, invalidez, morte e idade
avançada.

Como obter a aposentadoria por invalidez?


Para obter o benefício, o paciente de câncer segurado pelo INSS deve
dirigir-se, pessoalmente ou por intermédio de um procurador, a uma
Agência da Previdência Social, apresentar a documentação exigida e
solicitar a marcação de perícia médica. O benefício também pode ser
requerido via Internet.
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Quais os documentos necessários para obter a aposentadoria por
invalidez?
• Carteira de Trabalho original ou documentos que comprovem a
contribuição ao INSS.
• Relatório médico original com as seguintes informações: diagnóstico da
doença, histórico clínico do paciente, CID (Classificação Internacional de
Doenças), eventuais seqüelas provocadas pela doença, justificativa da
incapacidade para o trabalho. O relatório deve conter a assinatura,
carimbo e CRM do médico.
• Exame médico (laudo anatomopatológico) que comprove a existência da
doença.
• Procuração, se for o caso.
Os servidores públicos deverão seguir o procedimento previsto nos seus
Estatutos para requerer o benefício.

Qual o valor da aposentadoria por invalidez?


O valor do benefício é calculado com base na média aritmética simples dos
maiores salários-de-contribuição correspondentes a 80% de todo o período
contributivo e é isento do Imposto de Renda.

Existe algum acréscimo no valor da aposentadoria por invalidez?


Sim, se o aposentado por invalidez necessitar de assistência permanente
de outra pessoa, a critério da perícia médica, o valor do benefício será
aumentado em 25% a partir da data de sua solicitação, mesmo que o valor
atinja o limite máximo previsto em lei.

Quando o paciente começa a receber o benefício do INSS?


Se o trabalhador estiver recebendo auxílio-doença, a aposentadoria por
invalidez será paga a partir do dia imediatamente posterior ao da cessação
do auxílio-doença. Caso contrário, se o trabalhador tiver carteira assinada, o
início do pagamento se dará a partir do 16º dia de afastamento da atividade
ou a partir da data de entrada do requerimento, se entre o afastamento e o
pedido decorrerem mais de 30 dias. Para os demais segurados, o
pagamento se inicia a partir da data da incapacidade ou a partir da data de
entrada do requerimento, quando solicitado após o 30º dia de afastamento
do trabalho.
22
Quando o paciente deixa de receber o benefício do INSS?
Quem recebe aposentadoria por invalidez tem que passar por perícia
médica de dois em dois anos, se não, o benefício é suspenso. A
aposentadoria também deixa de ser paga quando o segurado recupera a
capacidade e volta ao trabalho.

O que o paciente deve fazer se tiver seu pedido de aposentadoria por


invalidez negada injustamente?
Quando o pedido de concessão da aposentadoria por invalidez for negado,
o paciente que se sentir prejudicado poderá formular pedido de
reconsideração no prazo de até 30 dias após a ciência da avaliação médica.
Esse pedido pode ser feito na Agência da Previdência Social responsável
pela concessão do benefício ou pela Internet. Se o resultado ainda for
desfavorável, o paciente pode dar entrada em um novo pedido ou ingressar
com ação judicial (Obs.: nas localidades onde houver Juizado Especial
Federal não é necessário ser representado por advogado).
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6 ISENÇÃO DE IMPOSTO DE RENDA NA APOSENTADORIA E PENSÃO

O que é o Imposto de Renda?


O Imposto de Renda é um tributo que incide sobre determinados ganhos
proveniente do trabalho assalariado e de outras atividades econômicas,
empresariais e financeiras. Salvo exceções previstas em lei, o Imposto
incide, inclusive, sobre os rendimentos de aposentadoria, pensão e reforma.

O paciente com câncer tem direito a isenção do Imposto de Renda


sobre os valores recebidos a título de aposentadoria, pensão ou
reforma?
Sim. O paciente com câncer ou com outra doença grave tem direito à
isenção do Imposto de Renda que incide sobre os rendimentos recebidos a
título de aposentadoria, pensão ou reforma, inclusive as complementações,
mesmo que a doença tenha sido adquirida após a concessão da
aposentadoria, pensão ou reforma.

Como obter esse benefício?


O paciente deve procurar o órgão responsável pelo pagamento da sua
aposentadoria, pensão ou reforma (INSS, União, Estado ou Município) e
requerer a isenção do Imposto de Renda que incide sobre esses
rendimentos.

Como obter a isenção de imposto de renda na aposentadoria e


pensão?
Para obter o benefício, o paciente de câncer deve apresentar ao órgão
responsável pelo pagamento da sua aposentadoria, pensão ou reforma os
seguintes documentos:
• Requerimento de isenção de imposto de renda.
• Relatório médico original emitido por serviço médico oficial da União,
Estados, DF ou Municípios com as seguintes informações: diagnóstico
da doença, histórico clínico do paciente, CID (Classificação Internacional
de Doenças), eventuais seqüelas provocadas pela doença, justificativa
da incapacidade para o trabalho. O relatório deve conter a assinatura,
carimbo e CRM do médico. A validade do atestado é de 30 dias.
• Exame médico (laudo anatomopatológico) que comprove a existência da
doença.
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Após o reconhecimento da isenção, a fonte pagadora deixará de proceder
aos descontos do Imposto de Renda.

O paciente com câncer que não for aposentado tem direito a isenção
do Imposto de Renda sobre seus rendimentos?
Não, apenas os rendimentos recebidos por pacientes com câncer a título de
aposentadoria, pensão ou reforma estão isentos do Imposto de Renda.

O paciente que obtiver a isenção do Imposto de Renda é obrigado a


apresentar a declaração anual?
Sim. Mesmo usufruindo da isenção tributária, o paciente é obrigado a
apresentar declaração anual de imposto de renda, inserindo tais
rendimentos no campo “Rendimentos Isentos e não Tributáveis”.
25
7 BENEFÍCIO DE PRESTAÇÃO CONTINUADA - LOAS

O que é o benefício de prestação continuada?


O Benefício de Prestação Continuada é a garantia de um salário mínimo
mensal à pessoa com deficiência e ao idoso, com idade de 65 anos ou
mais, que comprovem não possuir meios para prover a própria manutenção
e nem de tê-la provida por sua família.

Quem tem direito ao Benefício de Prestação Continuada?


Tem direito ao benefício o portador de deficiência ou o idoso, com idade de 65
anos ou mais, que comprove não possuir meios para prover a própria
subsistência e nem de tê-la provida por sua família. Considera-se incapaz de
prover a manutenção da pessoa portadora de deficiência ou idosa a família cuja
renda mensal per capita seja inferior a 1/4 (um quarto) do salário mínimo.
Para fazer esse cálculo, basta somar todos os rendimentos (valor bruto)
recebidos pelos integrantes da família e dividir esse total pelo número de
pessoas que vivem na residência. Se o resultado for inferior a 25% (¼) do
salário mínimo vigente, o benefício é devido.

O paciente com câncer se enquadra na definição de deficiente físico?


O paciente com câncer pode ser considerado deficiente físico quando tiver
seqüelas que reduzam sua mobilidade.
Como e onde obter?
O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) é o responsável pela
operacionalização do Benefício de Prestação Continuada. Para requerê-lo
basta dirigir-se a uma Agência da Previdência Social, munido dos seguintes
documentos:
• Formulário de Requerimento de Benefício Assistencial – Lei nº 8.742/93.
• Declaração sobre a Composição do Grupo e da Renda Familiar do Idoso e
da Pessoa Portadora de Deficiência.
• Número de Identificação do Trabalhador – NIT (PIS/PASEP) ou número de
inscrição do Contribuinte Individual/Doméstico/Facultativo/Trabalhador
Rural, se possuir.
• RG ou Carteira de Trabalho.
• CPF.
• Certidão de Nascimento ou Casamento.
• Certidão de Óbito do(a) esposo(a) falecido(a), se o beneficiário for viúvo(a).
• Comprovante de rendimentos dos membros do grupo familiar.
26
• Tutela, no caso de menores de 21 anos, filhos de pais falecidos ou
desaparecidos.
• Se o requerimento for feito por meio de um procurador ou representante
legal, apresentar: procuração ou documento que comprove a representação
legal acompanhada do CPF e RG do procurador/representante legal.

Observações:
• A concessão do benefício tem natureza assistencial e, portanto, independe
de qualquer espécie de contribuição para a Seguridade Social.
• O benefício pode ser pago a mais de um membro da família, desde que
comprovadas todas as condições exigidas. Neste caso, o valor do
amparo assistencial concedido a outros membros do mesmo grupo
familiar passa a fazer parte do cálculo para apuração da renda mensal
familiar, exceto o valor do benefício recebido pelo idoso.
• O beneficio assistencial é intransferível, não gerando direito à pensão a
herdeiros ou sucessores.
• Não é pago 13º salário.
• O amparo assistencial deve ser revisto a cada 2 (dois) anos para
avaliação da continuidade das condições que lhe deram origem,
cessando o pagamento no momento em que forem superadas tais
condições, ou em caso de morte do beneficiário.
27
Formulário de Requerimento de Beneficio Assistencial
28
Declaração sobre a Composição do Grupo e da Renda Familiar do
Idoso e da Pessoa Portadora de Deficiência
29
Procuração de Beneficio Assistencial
30
8 TRANSPORTE COLETIVO GRATUITO NA REGIÃO METROPOLITANA DE
SÃO PAULO

Quem tem direito à isenção do pagamento de tarifas de transporte


coletivo na Região Metropolitana de São Paulo?
• Deficiente físico, mental, auditivo, visual e múltiplo.
• Pessoas com doenças graves em situações específicas, tais como
pacientes de câncer em tratamento de quimioterapia ou radioterapia.

Quais os tipos de transporte coletivo que podem ser utilizados com


isenção da tarifa?
Metrô, ônibus municipal da SPtrans, ônibus e microônibus intermunicipal da
EMTU e trens da CPTM.

Quais os documentos necessários para obter o benefício?


• Laudo Médico conclusivo, emitido por equipe multiprofissional do SUS.
• Exames complementares.
• RG, certidão de nascimento, CPF e carteira de trabalho.
• Comprovante de residência atual (conta de luz, telefone, água).

Como obter o benefício?


O interessado, munido dos documentos acima referidos, deverá solicitar a
Carteira de Identificação do Passageiro Especial - CIPES ou o Bilhete
Especial nas empresas responsáveis pelo respectivo transporte:

• EMTU: Entrar em contato pelo telefone (11) 5021.3838, de segunda à


sexta-feira, das 8h às 17h, exceto feriados, e agendar dia e horário para
comparecer ao Terminal Jabaquara (Av. Engenheiro Armando de Arruda
Pereira, n.º 2.654), onde obterá a CIPES.
• METRÔ: Posto de Atendimento do Metrô Marechal Deodoro, de segunda
à sexta-feira, das 8:30h às 16h.
• CPTM: Posto de Atendimento da CPTM na Estação Barra Funda, de
segunda a sexta-feira exceto feriados e pontes de feriados, das 8h às
17h.
• SPTrans: Posto de Atendimento de qualquer Subprefeitura, de segunda
à sexta-feira, das 8h às 16h.
31
O benefício dá direito a acompanhante?
Sim. O benefício poderá ser estendido a um acompanhante, tendo em vista
as limitações de autonomia e independência da pessoa com deficiência,
desde que haja recomendação expressa no Laudo Médico.
32
Laudo Médico para Concessão de Isenção de Tarifas de Transporte
Coletivo Urbano na Região Metropolitana de São Paulo
33
9 TRANSPORTE COLETIVO INTERESTADUAL (PASSE LIVRE)

E que se entende por transporte coletivo interestadual?


O transporte coletivo interestadual é aquele que sai de um estado e vai para
outro. O Passe Livre não vale para o transporte urbano ou entre Municípios
dentro do mesmo Estado, nem para viagens em ônibus executivo e leito.

Quem tem direito ao passe livre?


Têm direito ao passe livre os portadores de deficiência física, mental,
auditiva e visual com renda familiar em até 01 (um) salário mínimo.

Quais os tipos de transporte que aceitam o Passe Livre?


Ônibus, navio e trem.

Como obter o passe livre?


Preencher os formulários Requerimento de Passe Livre e Atestado de
Equipe Multiprofissional do SUS e enviá-los, por carta, para o Ministério dos
Transportes no seguinte endereço: Caixa Postal 9800, Brasília-DF, CEP
70001-970.
Os formulários também podem ser requeridos ao Ministério dos
Transportes, bastando enviar uma carta ao endereço acima citado,
solicitando o “Kit Passe Livre”.

Algum outro documento deve ser apresentado para solicitar o Passe


Livre?
Além dos formulários acima mencionados, o interessado deve apresentar
cópia simples de um documento de identificação pessoal (certidão de
nascimento, certidão de casamento, certidão de reservista, RG, carteira de
trabalho ou título de eleitor).

É preciso ir pessoalmente ao Ministério dos Transportes?


Não. Basta enviar a documentação pelo correio para o seguinte endereço:
Caixa Postal 9800, Brasília/DF, CEP 70001-970.
34
Como conseguir autorização de viagem nas empresas de transporte
coletivo?
Basta apresentar a carteira do Passe Livre junto com a carteira de
identidade nos pontos-de-venda de passagens, até três horas antes do
início da viagem. As empresas são obrigadas a reservar, a cada viagem,
dois assentos para atender às pessoas portadoras do Passe Livre. Se as
vagas já estiverem preenchidas, a empresa tem obrigação de reservar a
sua passagem em outra data ou horário.

O Passe Livre dá direito a acompanhante?


Não. O acompanhante não tem direito a viajar de graça.
35
Atestado da Equipe Multiprofissional do SUS para Concessão do
Passe Livre (Frente)
36
Atestado da Equipe Multiprofissional do SUS para Concessão do
Passe Livre (Verso)
37
Requerimento de Passe Livre para o Transporte Interestadual de
Pessoa Carente Portadora de Deficiência
38
10 CIRURGIA DE RECONSTRUÇÃO MAMÁRIA

O que é a cirurgia de reconstrução mamária?


É a cirurgia plástica reparadora da mama, retirada em virtude do tratamento
do câncer mamário.

Quem tem direito?


Todo paciente de câncer de mama que teve a mama extirpada em
decorrência do tratamento, tem o direito de realizar cirurgia plástica
reparadora. Por lei, tanto o Sistema Único de Saúde (SUS) como o Plano de
Saúde são obrigados a realizar a cirurgia de reconstrução mamária.

Como e onde obter?


Pelo SUS, exija o agendamento da cirurgia de reconstrução mamária no local
do tratamento. Caso não esteja em tratamento, dirija-se a uma Unidade Básica
de Saúde e solicite seu encaminhamento para uma unidade especializada em
cirurgia de reconstrução mamária.
Pelo Plano de Saúde, consulte-se com médico cirurgião plástico da rede
credenciada.
39
11 MEDICAMENTOS GRATUITOS

O direito ao acesso gratuito a medicamentos vale para todos?


Muito embora a discussão sobre o direito ao acesso gratuito a
medicamentos não seja pacífica, a grande maioria dos doutrinadores e
juízes entende que esse é um direito garantido a todos os cidadãos
brasileiros.
A Constituição Federal, atenta aos anseios da sociedade, deu abrigo aos
direitos e garantias fundamentais da pessoa humana. Nessa linha, conferiu
ao Estado, por intermédio do Sistema Único de Saúde, o dever de garantir,
a todos, o direito à saúde de forma integral e igualitária.

O SUS deve fornecer medicamentos gratuitos a todos


independentemente da sua situação financeira?
Sim, desde que comprovada a necessidade clínica do paciente e a eficácia
do medicamento.

Como comprovar a necessidade clínica?


A necessidade clínica do uso do medicamento pode ser comprovada pelo
paciente a partir dos exames diagnósticos acompanhados de laudo e
receituários médicos.

Como comprovar a eficácia do medicamento?


A eficácia do medicamento pode ser comprovada por meio de relatório
médico, fundamentado na literatura médica, bem como pelo seu registro na
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), valendo dizer que a
aprovação do medicamento pela Agência só ocorre após criteriosa
pesquisa, que, dentre outros critérios, avalia a eficácia do produto. Os
registros de medicamentos podem ser consultados no site da ANVISA
(www.anvisa.gov.br).

O que fazer quando o SUS não fornece o medicamento?


Quando o SUS nega ou cria obstáculos para o fornecimento de
medicamentos, comete uma ilegalidade, pois deixa de cumprir um dever
legal. Assim, as pessoas que tiverem o seu direito violado, podem entrar
com ações na Justiça, exigindo o fornecimento dos medicamentos
prescritos.
40
Como proceder quando a necessidade do medicamento é urgente?
Quando a necessidade do uso do medicamento for urgente – o que ocorre
na maioria dos casos – pode o autor da ação formular pedido liminar. Esse
pedido deve ser analisado (e julgado) de imediato pelo juiz. Se deferido, o
SUS é obrigado a fornecer o remédio em poucos dias.

Observação:
• Recomendamos que o paciente, antes de ingressar com a ação judicial,
protocole requerimento escrito em qualquer unidade do SUS, solicitando,
com base na receita médica, os medicamentos dos quais necessita,
conforme modelo a seguir. Se o pedido não for atendido, estará
plenamente configurada a ilegalidade praticada pelo Estado.
41
Modelo de Formulário para Obtenção do Fornecimento de
Medicamento

Excelentíssimo Senhor Secretário da Saúde do Município de (nome do


município/UF)

URGENTE!
Fornecimento de medicamento(s)

Eu, (nome, qualificação, endereço, telefone, e-mail), venho respeitosamente à


presença de Vossa Excelência para expor e requerer o que segue.

Sou portadora de câncer de (especificar o tipo de câncer) e necessito obter o(s)


medicamento(s) (nome do(s) medicamento(s)), conforme prescrição médica.

Consciente dos meus direitos de cidadão(ã), dirigi-me a diversas Unidades de


Saúde, munida de receituário médico, a fim de obter, gratuitamente, o(s) referido(s)
medicamento(s); porém, sem êxito.

A Constituição Federal de 1988, em seu artigo 196, conferiu ao Poder Público o


dever de garantir, a todos, o direito à saúde, mediante políticas sociais e econômicas
que visem a redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal
e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.

Além disso, o artigo 6º, inciso I, “d”, da Lei 8.080/90, impõe ao Estado a
responsabilidade de executar ações de assistência terapêutica integral, inclusive
farmacêutica.

Assim, com fulcro no artigo 196 da Constituição Federal c/c artigo 6º da Lei
8.080/90, solicito providências no sentido de que me seja(m) fornecido(s) o(s)
medicamento(s) acima indicado(s) e outros que vieram a ser prescritos, mediante a
simples apresentação de prescrição médica, no prazo máximo e improrrogável de 10
(dez) dias (este prazo pode ser alterado, dependendo da urgência da situação),
contados a partir do protocolo do presente requerimento, sob pena de serem
tomadas as medidas judiciais cabíveis, haja vista o caráter URGENTE do pedido,
cuja demora no cumprimento poderá acarretar sérios danos à minha saúde.

Nesses termos,
Pede deferimento.
_______________________________
(local/data)
_______________________________________________________
Assinatura do (a) requerente (Conforme identidade)
42
12 QUITAÇÃO DO FINANCIAMENTO IMOBILIÁRIO PELO SEGURO
HABITACIONAL

Existe a possibilidade de o paciente com câncer ter quitado o


financiamento de imóvel?
A aquisição de imóvel financiado por agentes do Sistema Financeiro de
Habitação (COHAB, Caixa Econômica Federal e outros bancos privados)
normalmente vem condicionada à contratação de um seguro habitacional,
cujo prêmio é pago junto com as parcelas mensais do financiamento. Esse
contrato de seguro costuma ter uma cláusula prevendo a quitação do saldo
devedor nos casos de morte e invalidez permanente do contratante.

O que se entende por invalidez permanente?


Invalidez permanente se caracteriza quando a pessoa se tornar incapaz, em
definitivo, para exercer sua ocupação principal ou qualquer outra atividade
laboral.

O benefício é concedido no caso de a doença incapacitante ser


preexistente à contratação do seguro?
A princípio, a doença que determinou a invalidez deverá ser posterior à
assinatura do contrato de financiamento. No entanto, há decisões judiciais
no sentido de que se a causa da invalidez decorrer, não da condição inicial,
mas, sim, do agravamento da doença, o paciente tem direito ao benefício.
Além disso, cabe à seguradora comprovar a preexistência da doença.

O contrato de financiamento é considerado totalmente quitado no caso


da morte ou invalidez permanente do contratante?
A quitação do financiamento é proporcional à participação da pessoa que
falecer ou for declarada inválida, no contrato de financiamento. Assim, se
ela é responsável com 100% de sua renda pelo financiamento, o saldo
devedor será integralmente quitado. Por outro lado, se concorrer com 50%
de sua renda, a quitação será proporcional aos mesmos 50%.

Como comprovar a condição de invalidez?


A comprovação da condição de invalidez pode ser feita por meio de laudos,
exames complementares e perícia médica. No caso de o contratante se
aposentar por invalidez, a própria carta de concessão da aposentadoria
serve como prova para efeito de quitação do financiamento.
43
Quais os documentos necessários para a quitação do financiamento?
Cada instituição financiadora tem o seu procedimento e relação de
documentos específica para análise do caso junto à seguradora. Informe-se
no local onde contratou o financiamento de como proceder à sua quitação.
44
13 COMPRA DE VEÍCULOS ADAPTADOS OU ESPECIAIS

13.1 ISENÇÃO DE IPI NA COMPRA DE VEÍCULO

O que é o IPI?
O Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) é um tributo federal, que
incide sobre a fabricação dos produtos produzidos no território nacional, a
exemplo dos automóveis.

Quem tem direito à isenção do IPI?


As pessoas portadoras de deficiência física, visual, mental severa ou
profunda ou autistas, ainda que menores de dezoito anos, poderão adquirir,
diretamente ou por intermédio de seu representante legal, com isenção do
IPI, automóvel de passageiros ou veículos de uso misto, de fabricação
nacional.

O paciente com câncer tem direito à isenção do IPI?


7

O paciente com câncer pode beneficiar-se dessa isenção quando possuir


deficiência física que dificulte ou o incapacite de dirigir veículo comum, mas
seja apto a dirigir veículo especial, adaptado às suas necessidades (Ex.:
câmbio automático e direção hidráulica).

Apenas o próprio deficiente físico pode dirigir o veículo adquirido com


isenção de IPI?
Não, esse benefício, a partir de 2003, foi ampliado para os deficientes não
condutores, que poderão adquirir o veículo através de seu representante
legal. Até 3 motoristas podem ser autorizados a dirigir o veículo adquirido
nessas condições.
Obs.: No caso da isenção do ICMS, apenas o deficiente poderá conduzir o
veículo.

A isenção do IPI compreende todos os acessórios do veículo?


Não, a isenção não alcança os acessórios opcionais que não sejam
originais do veículo adquirido.
45
Existe periodicidade mínima para aquisição de novo veículo com
isenção de IPI?
O benefício só poderá ser usufruído uma vez a cada 2 anos, sem limite do
número de aquisições. Antes deste prazo é necessária a autorização do
Delegado da Receita Federal e o imposto só não será devido se o veículo
for vendido a outro deficiente físico.

Como obter o benefício?


O interessado deverá apresentar requerimento de isenção de IPI ao
Delegado da Delegacia da Receita Federal (DRF) ou ao Delegado da
Delegacia da Receita Federal de Administração Tributária (Derat), instruído
com os seguintes documentos:
• Cópia do RG e da CNH do requerente ou dos motoristas autorizados.
• Laudo de Avaliação, emitido por prestador de serviço público de saúde
ou conveniado do Sistema Único de Saúde (SUS). Normalmente esse
laudo é feito por peritos do próprio DETRAN.
• Declaração de Disponibilidade Financeira ou Patrimonial, compatível
com o valor do veículo a ser adquirido.
• Documento que prove regularidade da contribuição previdenciária,
expedido pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), ou declaração
do próprio contribuinte de que é isento ou de que não é segurado
obrigatório da Previdência Social.
46
Requerimento de Isenção de IPI
47
Declaração de Disponibilidade Financeira ou Patrimonial

 
48
13.2 ISENÇÃO ICMS NA COMPRA DE VEÍCULO

O que é o ICMS?
O Imposto sobre Circulação de Mercadorias (ICMS) é um tributo estadual
que incide sobre a venda de bens móveis ou mercadorias, como os
automóveis.

O paciente com câncer tem direito à isenção do ICMS?


Todos aqueles que possuem algum tipo de deficiência física limitadora da
capacidade de dirigir um veículo comum sem prejuízo à sua saúde ou sem
risco à coletividade têm direito à isenção do ICMS. É o caso, por exemplo,
da paciente com câncer de mama submetida à cirurgia para retirada da
mama e que teve seus movimentos comprometidos em função do
esvaziamento axilar.

Todos os Estados devem conceder a isenção do ICMS na compra de


veículo ao deficiente físico?
Os Estados estão autorizados a conceder isenções do ICMS, nos termos
dos chamados “Convênios ICMS” celebrados entre representantes dos
Estados e do Ministério da Fazenda. De todo modo, cada Estado tem
autonomia para decidir se ratifica ou não o Convênio ICMS vigente. O
primeiro passo é verificar a legislação de cada Estado.

Quem atesta a condição de deficiente físico para isenção do ICMS?


A condição de deficiente físico deverá ser atestada por uma junta médica do
Departamento de Trânsito - DETRAN.

Onde obter informação sobre os procedimentos necessários para


isenção do ICMS?
Essa informação pode ser obtida nos DETRANs do Estado. As
concessionárias e revendedoras de veículos também costumam orientar
seus clientes quanto à possibilidade de usufruir do benefício tributário e
como proceder para tanto.

Qualquer pessoa pode dirigir um veículo adaptado?


Apenas o deficiente físico poderá dirigir o veículo adaptado adquirido com
isenção do ICMS.
49
Existem limites quanto ao valor do veículo?
O benefício tributário só se aplica a veículo automotor novo cujo preço de
venda ao consumidor sugerido pelo fabricante, incluídos os tributos
incidentes, não seja superior a R$ 60.000,00 (sessenta mil reais).

Qual a periodicidade com que ao veículo pode ser trocado?


O veículo adquirido por portador de deficiência física com isenção do ICMS
não poderá ser vendido antes de passados 3 (três) anos a contar da
emissão da nota fiscal, sob pena de recolhimento integral do tributo, exceto
se a venda for para outro portador de deficiência ou se houver autorização
do fisco estadual.

Como obter o benefício?


A isenção do ICMS deve ser previamente reconhecida pelo fisco do Estado
onde o interessado possui domicílio, mediante requerimento instruído com
os documentos abaixo relacionados, sem prejuízo de outros que venham a
ser exigidos pela legislação de cada Estado:
• Laudo de perícia médica fornecido pelo Departamento de Trânsito do
Estado - DETRAN, onde estiver domiciliado o interessado, que:
a) Especifique o tipo de deficiência física.
b) Discrimine as características específicas necessárias para que o
motorista portador de deficiência física possa dirigir o veículo.
• Comprovação de disponibilidade financeira ou patrimonial, do portador
de deficiência, suficiente para fazer frente aos gastos com a aquisição e
a manutenção do veículo a ser adquirido.
• Cópia autenticada da Carteira Nacional de Habilitação, na qual conste as
restrições referentes ao condutor e adaptações necessárias ao veículo.
• Cópia autenticada da autorização expedida pela Secretaria da Receita
Federal para aquisição do veículo com isenção do IPI.
• Comprovante de residência.
Observações:
• A isenção do ICMS só será concedida se antes o interessado obtiver a
isenção do Imposto sobre Serviços Industrializados (IPI), nos termos da
legislação federal.
• O interessado não pode ter débitos para com a Fazenda Pública
Estadual ou Distrital.
• É importante que, na nota fiscal, o vendedor faça constar que a
aquisição é isenta de ICMS, nos termos da lei.
50
13.3 ISENÇÃO DE IOF

O que é IOF?
O Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) é um tributo federal, que
incide sobre operações de crédito, câmbio e seguro e sobre operações
relativas a títulos e valores mobiliários. O IOF incide, por exemplo, nas
operações de financiamento para a compra de veículo automotor.

O paciente com câncer tem direito à isenção do IOF no financiamento


para compra de veículo?
São isentas do IOF as operações de financiamento para a aquisição de
automóveis de passageiros de fabricação nacional de até 127 HP de
potência bruta, quando adquiridos por pessoas portadoras de deficiência
física, atestada pelo DETRAN do Estado onde residem em caráter
permanente, através de perícia médica, que deverá especificar o tipo de
defeito físico e a total incapacidade do interessado para dirigir veículos
comuns e a habilitação do interessado para dirigir veículo adaptado. Assim,
o paciente de câncer com algum tipo de deficiência física poderá usufruir
desse benefício.

Quem reconhece o direito à isenção do IOF?


A isenção do benefício deverá ser reconhecida pela Secretaria da Receita
Federal, através do Delegado da Delegacia da Receita Federal ou do
Delegado da Delegacia da Receita Federal de Administração Tributária da
jurisdição do domicílio do interessado.

A isenção do IOF pode ser obtida a cada novo financiamento para


compra de veículo?
Não. Ao contrário do que ocorre com o IPI e o ICMS, a isenção do IOF só
poderá ser requerida uma única vez pelo mesmo interessado.

Observações:
• A alienação do veículo adquirido com o benefício tributário só poderá
ocorrer após 3 (três) anos contados da sua aquisição, sob pena de
pagamento do imposto mais encargos legais.
• Caso você tenha o benefício negado injustamente, procure o Ministério
Público, a Defensoria Pública ou um advogado para garantir os seus
direitos.
51
13.4 ISENÇÃO DE IPVA

O que é o IPVA?
O Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) é um
tributo estadual, que incide, como o próprio nome indica, sobre a
propriedade de todo e qualquer veículo automotor, como automóveis de
passageiros, aeronaves, motos, caminhões e embarcações.

Onde podem ser obtidas informações sobre isenção do IPVA?


Cada Estado possui legislação própria regulamentando a matéria. Por isso,
o primeiro passo é verificar se a legislação do seu Estado contempla a
isenção de IPVA para os veículos adaptados de propriedade de portadores
de deficiência física, podendo se enquadrar nessa condição o paciente de
câncer com algum tipo de limitação física. Essa informação pode ser obtida
nos DETRANs e nas Secretarias Estaduais da Fazenda. As concessionárias
e revendedoras de veículos também costumam orientar seus clientes
quanto à possibilidade de usufruir do benefício tributário e de como
proceder para tal.

Os deficientes físicos que pagaram indevidamente o IPVA podem


requerer a restituição?
A legislação estadual pode prever a restituição do IPVA recolhido em anos
anteriores por pessoas que tiverem reconhecida a deficiência física.

Observação:
Alguns Estados que já possuem essa regulamentação: Distrito Federal,
Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí,
Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e São Paulo.
52
14 CARTÃO DE ESTACIONAMENTO EM VAGAS DE DEFICIENTE FÍSICO

O que é o cartão de estacionamento para deficientes físicos?


O cartão DeFis-DSV é uma autorização especial, gratuita, para o
estacionamento de veículos em via pública dentro do Município de São
Paulo, em vagas especiais - demarcadas com o Símbolo Internacional de
Acesso - para pessoas com deficiência de mobilidade.

Quem tem direito ao cartão de estacionamento?


• Pessoas com deficiência física no(s) membro(s) inferior(es).
• Pessoas com deficiência física, decorrente de incapacidade mental.
• Pessoas com mobilidade reduzida temporária (pode ser o caso dos
pacientes de câncer de mama que se submeteram à mastectomia com
esvaziamento dos gânglios axilares).

Como obter o cartão de estacionamento?


No município de São Paulo, para obter o Cartão DeFis-DSV, o interessado
deve preencher o requerimento abaixo disponibilizado e entregá-lo,
pessoalmente ou pelo correio, devidamente acompanhado dos documentos
exigidos, no setor de Autorizações Especiais do DSV (DSV-AE), que fica na
Rua Sumidouro, 740, em Pinheiros, CEP 05428-010, e funciona de
segunda a sexta, das 9h às 17h. Telefones: (0xx11) 3812-3281 ou (0xx11)
3816-3022. O Cartão deverá ser retirado nesse mesmo endereço.

Quais os documentos necessários para obter o cartão de


estacionamento?
• Formulário de requerimento do Cartão DeFis-DSV.
• Formulário de atestado médico que comprove a deficiência física
ambulatória ou a mobilidade reduzida, contendo a respectiva indicação
de acordo com o Código Internacional de Doenças (CID), o carimbo, o
CRM e a assinatura do médico, com data de emissão não superior a 3
meses. O requerente deve entregar o formulário original ou cópia,
autenticada ou simples, neste caso será preciso apresentar o original.
• Cópia simples da Carteira de Identidade (ou de documento equivalente)
do portador de deficiência física ambulatória ou com mobilidade reduzida
e do seu representante, quando for o caso. Este último deve apresentar
cópia simples de documento comprovando ser representante do portador
de deficiência física ou com mobilidade reduzida.
53
Formulário de Requerimento do Cartão DeFis-DSV.
54
Formulário de Atestado Médico para Obtenção do Cartão DeFis-DSV
55
15 RODÍZIO DE VEÍCULOS (SÃO PAULO) – AUTORIZAÇÃO PARA
TRAFEGAR

O Município de São Paulo adotou o popularmente chamado “Rodízio de


Veículos” para reduzir o número de veículos em circulação no Anel Viário da
cidade nos horários de pico (de manhã, das 7h às 10h, e de tarde, das 17h
às 20h).

O paciente com câncer pode ser dispensado do rodízio de veículos?


Entre outras hipóteses, estão liberados do rodízio os veículos dirigidos por
pessoas portadoras de deficiência ou por aqueles que as transportem.
Alguns exemplos: pessoas com paralisia, membros amputados, pessoas de
idade mais avançada com problemas nas articulações, pacientes com
câncer de mama que tiveram o seio retirado e não podem fazer esforço.

Como obter dispensa do rodízio?


O interessado deverá preencher o formulário de Cadastro de Veículos de
Pessoas Portadoras de Deficiências (disponível na sede do Departamento
de Operação do Sistema Viário – DSV), anexando os seguintes
documentos:
• Cópia do certificado de propriedade do veículo.
• Cópia do RG do condutor, do deficiente (quando este não tiver RG,
anexar cópia da Certidão de Nascimento) e do representante legal do
deficiente (quando for o caso).
• Cópia da Carteira Nacional de Habilitação – CNH.
• Atestado médico comprovando a deficiência contendo Código
Internacional de Doenças (CID), com carimbo, CRM, e assinatura do
médico (original ou cópia autenticada).
A documentação deve ser entregue no seguinte endereço:
DSV / Autorizações Especiais (DSV-AE)
Rua Sumidouro, 740 - Pinheiros – São Paulo/SP – CEP 05428-010
De segundas às sextas-feiras, das 9h00 às 17h00.
Telefones (11) 3812.3281 / (11) 3816.3022
56
Modelo de Atestado Médico para Liberação do Rodízio de Veículos no
Município de São Paulo

(Papel Timbrado)

ATESTADO MÉDICO

Atesto para os devidos fins que o paciente _____________________ (nome


do paciente) é portador de ____________________ (nome da doença), CID
– Classificação Internacional de Doenças nº _______________, e, em razão
da retirada da mama, adquiriu limitação no membro superior
(direito/esquerdo), sendo imperioso não realizar esforço excessivo nesse
membro para evitar complicações clínicas.

O paciente se enquadra na hipótese prevista no artigo 5º, VI, “j”, do Decreto


Municipal nº 37.085, de 3/10/1997 (São Paulo/SP), devendo ser liberado do
cumprimento do rodízio de veículos instituído pelo referido Decreto.

O estágio clínico atual do paciente é ________________ (exemplo: grave,


estável), que atualmente se submete à tratamento
_______________(exemplo: tratamento quimioterápico).

(Local e Data)

______________________________________________________
(assinatura com firma reconhecida e carimbo legível do médico)
57
Formulário para Cadastro de Veículos de Pessoas Portadoras de
Deficiências
58
16 PRIORIDADE NO RECEBIMENTO DE CRÉDITOS ORIUNDOS DE
PRECATÓRIOS

O que é precatório?
Precatório é o procedimento pelo qual a Fazenda Pública (União, Estados,
Distrito Federal e Municípios) paga as dívidas decorrentes de condenação
judicial (acima de 60 salários mínimos). Finalizado o processo judicial, o
credor ingressa, obrigatoriamente, numa ordem cronológica e, dependendo
de quem é a entidade devedora, pode demorar anos para receber o seu
crédito.

O paciente com câncer tem prioridade no recebimento desse crédito?


Já há inúmeras decisões dos Tribunais brasileiros dando preferência às
pessoas portadoras de doenças graves, inclusive decisão do Supremo
Tribunal Federal. A justificativa é basicamente a de que um estado de saúde
grave exige pagamento imediato do precatório, para que seja assegurado
ao paciente um mínimo existencial, indispensável para a continuidade da
assistência médica e para a garantia do direito à dignidade da pessoa
humana.

Como tentar receber esse crédito antecipadamente?


Entregue ao seu advogado um relatório médico constando todo o histórico
da doença, bem como os laudos de exames de diagnóstico. O advogado
deverá requerer ao Presidente do Tribunal de Justiça a antecipação do
pagamento do crédito mediante o seqüestro de receitas do Estado.

Existe a possibilidade de o Judiciário negar o pedido de pagamento


antecipado do precatório?
Sim. Ainda há divergência entre os magistrados. O Judiciário analisará caso
a caso. Verificada a urgência da situação, poderá ser determinado o
pagamento antecipado do crédito. Alguns juízes entendem que a
Constituição Federal não admite a quebra da ordem cronológica para esse
fim.
59
17 PRIORIDADE NA TRAMITAÇÃO DE PROCESSOS

O que é prioridade na tramitação de processos?


Processos judiciais e administrativos possuem um rito bastante burocrático
que, a princípio, são tratados e julgados sem qualquer tipo de preferência,
em observância ao princípio da igualdade. Há casos, no entanto, em que a
própria legislação garante prioridade na tramitação desses processos, em
nome da efetiva promoção da justiça.

Quem tem direito?


O Estatuto do Idoso assegurou à pessoa com idade igual ou superior a 60
anos prioridade na tramitação de qualquer processo e procedimento judicial,
benefício estendido aos processos e procedimentos em trâmite na
Administração Pública, prestadores de serviços públicos e instituições
financeiras. Garante, também, direito ao atendimento preferencial junto à
Defensoria Pública em relação aos serviços de assistência judiciária
gratuita.
O objetivo desse benefício é garantir que aqueles com menor expectativa
de vida (no caso os idosos) possam ter em vida a satisfação do seu direito.
Por uma questão de justiça, diversos juízes, com fundamento nos princípios
da analogia, equidade e igualdade, vêm estendendo esse direito aos
pacientes com câncer, que, em alguns casos, têm diminuída sua
expectativa de vida.

Como obter?
O pedido de prioridade na tramitação de processos judiciais deve ser feito
pelo advogado constituído nos autos, fazendo prova da enfermidade
(exames e relatório médico) e da idade (se for o caso de pessoas com, no
mínimo, 60 anos) do beneficiário.
No caso de processos e procedimentos administrativos o interessado pode,
pessoalmente, requerer a prioridade, sem a necessidade de contratar
advogado, apresentando um documento de identidade.
60
18 PLANO DE PREVIDÊNCIA PRIVADA

O que é Plano de Previdência Privada?


Plano de Previdência Privada é o contrato celebrado entre qualquer pessoa
e uma seguradora de previdência privada objetivando garantir renda mensal
ou resgate total de dinheiro depois de um período preestabelecido.

Como o paciente com câncer pode se beneficiar desse Plano?


Em geral, esse contrato também prevê o pagamento de renda mensal ou
indenização nos casos de invalidez permanente total ou parcial do
contratante. O câncer pode provocar deficiência física que invalide o
paciente total ou parcialmente.

Como obter o benefício?


Havendo no contrato cobertura para casos de invalidez permanente, o
paciente deve providenciar um laudo médico oficial atestando sua condição
de inválido e acionar a seguradora de previdência privada. As informações
sobre a lista de documentos exigida podem ser obtidas na seguradora.
61
19 SEGURO DE VIDA

O paciente com câncer titular de seguro de vida tem direito a algum


tipo de indenização?
Os contratos de seguro de vida normalmente contemplam uma cláusula de
indenização em caso de invalidez permanente total ou parcial. O câncer
pode originar deficiência física que invalide o paciente total ou parcialmente.

Como obter essa indenização?


Havendo no contrato de seguro de vida uma cláusula de indenização para
casos de invalidez permanente, o paciente deve providenciar um laudo
médico oficial atestando a sua condição de inválido e acionar a seguradora.
As informações sobre a lista de documentos exigidos podem ser obtidas na
seguradora.

Observação:
• Verifique se a empresa onde você trabalha tem contratado seguro de
vida em grupo cobrindo todos os seus funcionários. Muitas empresas
oferecem esse benefício aos seus empregados, sem que eles próprios
tenham conhecimento disso.
62
20 REDUÇÃO DA CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA PARA SERVIDORES
PÚBLICOS INATIVOS PORTADORES DE DOENÇAS INCAPACITANTES

O servidor público inativo (aposentado ou pensionista) está obrigado a


contribuir para a previdência?
Sim. O servidor público inativo deve contribuir para o regime previdenciário
ao qual está vinculado quando o provento de sua aposentadoria ou pensão
superar o limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de
previdência social (INSS).

O servidor público inativo portador de doença incapacitante tem algum


tipo de redução no valor da contribuição previdenciária?
Sim. No caso do servidor público inativo portador de doença incapacitante,
a contribuição só incide sobre o montante que superar o dobro do limite
máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência
social (INSS).

Qual o percentual da contribuição previdenciária?


O percentual de contribuição previdenciária para servidores públicos
inativos é de 11% sobre o valor que exceder o limite máximo estabelecidos
para os benefícios do INSS, ou o dobro desse valor quando se tratar de
portador de doença incapacitante.

Qual é o limite máximo estabelecido para os benefícios do INSS?


Hoje o limite máximo estabelecido para os benefícios do INSS é de R$
3.038,99, conforme Portaria MF/MPS Nº 77, de 11 de março de 2008 –
DOU de 12/03/2008.

Como é feito o cálculo da contribuição previdenciária, por exemplo, de


um servidor público inativo portador de doença incapacitante com
proventos de aposentadoria de R$ 8.000,00?
Dobro do limite máximo dos benefícios do INSS: R$ 2.894,28 x 2 =
R$ 5.788,56.
Cálculo da contribuição previdenciária para proventos de R$ 8.000,00:
63
R$ 8.000,00 – R$ 5.788,56 = R$ 2.211,44. Este valor será à base do cálculo
para aplicação da alíquota de 11%, ou seja: R$ 2.211.44 x 11% = R$ 243,26
(valor da contribuição previdenciária)
64
21 FINANCIAMENTO ESPECIAL PARA PORTADORES DE NECESSIDADES
ESPECIAIS

A que se destina o financiamento?


O financiamento destina-se à aquisição de equipamentos para suprir
limitações impostas por algum tipo de necessidade especial, seja física,
motora, auditiva, visual ou neurosensorial, ou serviços necessários para
garantir a qualidade de vida.

O que pode ser financiado?


• Adaptação de veículos.
• Aparelhos ortopédicos.
• Auditivos.
• Cadeiras de rodas.
• Próteses.
• Terapias de reabilitação.
• Máquinas de braile e impressoras em braile.
• Microcomputadores e softwares especiais.
• Transferência dos equipamentos adaptados em um veículo para outro.
• Treinamento para aperfeiçoamento profissional.

Quem tem direito ao financiamento?


Tem direito ao financiamento a pessoa portadora de necessidade especial,
como o paciente de câncer que em virtude da doença ou do tratamento
realizado, tenha como conseqüência algum tipo de deficiência, a qual deve
estar relacionada ao produto ou serviço objeto do financiamento.

Como obter o financiamento?


Para ter acesso ao financiamento basta procurar uma das agências do
Banco Nossa Caixa S.A., e cumprir os requisitos estabelecidos.

Quais os requisitos para ter acesso ao financiamento?


• Ser correntista do Banco Nossa Caixa.
• Ser o próprio portador da deficiência ou seu representante legal.
• Apresentar prescrição médica ou do profissional especializado.
65
• Possuir renda compatível, podendo considerar inclusive a renda familiar.
• Apresentar nota fiscal ou recibo de venda.
• Não possuir restrições cadastrais.
• Sujeito a aprovação de crédito.

Quais as condições do financiamento?

• IOF conforme legislação.


• Taxa pós-fixada de 0,95% a.m. + TR, prazo: de 02 a 24 meses.
• Valor máximo financiado: R$ 4.000,00, sujeito a aprovação de crédito.
• Até R$ 1.500,00 - Financiamento de 100% do valor da Nota Fiscal.
• Acima de R$ 1.500,00 - 80% do valor da nota fiscal.
• Garantias:
a) Até R$ 3.000,00: Nota Promissória.
b) Acima de R$ 3.000,00: Nota Promissória e aval.
66
22 PLANO DE SAÚDE

Quais os tipos de plano de saúde?


Ambulatorial: garante cobertura ambulatorial, sem direito à internação
hospitalar e procedimentos que, embora não necessitem de internação,
careçam de apoio de estrutura hospitalar por período superior a doze horas
ou de serviços como recuperação pós-anestésica, UTI, CTI e similares.
Hospitalar: não cobre consultas e exames realizados fora do ambiente
hospitalar. Se o plano hospitalar tiver cobertura de obstetrícia, fica garantido
atendimento pré-natal e parto, observado o prazo de carência. O recém-
nascido pode ser inscrito no plano como dependente, isento de carência,
mas, para tanto, sua inscrição deve ocorrer até 30 dias após o nascimento.
Hospitalar e Ambulatorial: combina a cobertura ambulatorial e hospitalar.

As operadoras de planos de saúde são obrigadas a comercializar um


plano que combine cobertura ambulatorial e hospitalar, inclusive com
obstetrícia?
Sim. É o chamado Plano Referência e a lei obriga sua comercialização pela
operadora de planos de saúde.

O que se entende por plano antigo?


Os planos antigos são aqueles cuja assinatura do contrato ocorreu até 1º de
Janeiro de 1999. Esses contratos não estão sujeitos à fiscalização da
Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), nem aos termos da Lei dos
Planos de Saúde e, em tese, podem prever diversas exclusões e limitações
no atendimento. É comum esses contratos não cobrirem procedimentos
relacionados a doenças crônicas ou infecciosas, como AIDS, Câncer,
Diabetes, Doenças do Coração, entre outras. Apesar de não se sujeitarem à
Lei específica dos Planos de Saúde, os contratos antigos devem seguir os
seguir as regras do Código de Defesa do Consumidor, que considera
abusiva, e, portanto, nula, toda e qualquer cláusula que fuja da assistência
integral à saúde do usuário, que é essência maior do contrato do plano de
saúde. Há inúmeras decisões judiciais nesse sentido.

O que se entende por plano novo?


O plano novo é aquele cuja assinatura do contrato ocorreu a partir do dia 2
de Janeiro de 1999. Sujeitam-se à fiscalização da ANS, bem como os
dispositivos da Lei dos Planos de Saúde e ao Código de Defesa do
67
Consumidor. Nos contratos novos, os planos estão obrigados a cobrir todas
as doenças listadas na CID (Classificação Internacional de Doenças), da
Organização Mundial de Saúde. Ainda assim, há diversos abusos e
limitações de atendimento ao paciente, situação que pode ser revertida por
meio de ações na justiça.

O que é doença preexistente?


Doença preexistente é aquela da qual o beneficiário do plano de saúde
tinha conhecimento quando da assinatura do contrato.

O Plano de Saúde pode limitar a cobertura de doenças preexistentes?


Nos contratos antigos é muito comum o plano se recusar a cobrir despesas
relativas a doenças preexistentes, prática que tem sido condenada pelo
Judiciário. Nos contratos novos, a Lei admite que os Planos estabeleçam
um período de carência não superior a dois anos para cobertura de
procedimentos relacionados à doença preexistente. Após esse período, o
beneficiário passa a gozar de cobertura integral.

Os planos de saúde podem limitar o tempo de internação do paciente?


Não. É vedado o estabelecimento de prazo de internação hospitalar, seja
em apartamento ou em Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
Os planos de saúde podem se recusar a cobrir despesas com
tratamento oncológico ambulatorial e hospitalar, tais como
quimioterapia, radioterapia e procedimento cirúrgico?

Não. O plano é obrigado a cobrir as despesas com tratamento oncológico,


observadas as condições e cobertura do tipo de plano contratado
(ambulatorial/hospitalar).

É obrigatória a cobertura de quimioterapia oral, realizada fora do


ambiente hospitalar?
Se o contrato tiver previsão de cobertura de quimioterapia, a operadora não
pode ser recusar a custeá-la, ainda que realizado em caráter domiciliar.
Esse é o entendimento que vem prevalecendo nos Tribunais.

É obrigatória a cobertura da cirurgia plástica reconstrutiva da mama


decorrente do tratamento de câncer?
68
Sim. A lei exige a cobertura da cirurgia de reconstrução mamária para os
contratos celebrados a partir de 2 de Janeiro de 1999. Há decisões dos
Tribunais garantindo tal cobertura mesmo em planos antigos.

Internação domiciliar tem cobertura obrigatória?


Não há previsão legal expressa de cobertura de despesas com internação
domiciliar. No entanto, alguns contratos, especialmente os novos, já
garantem esse tipo de atendimento. Há inúmeras decisões judiciais
determinando a cobertura do atendimento domiciliar, mesmo nos contratos
antigos, desde que haja indicação médica.

Exames mais modernos como a mamografia digital, mamotomia e


PET/CT devem ser cobertos pelo plano de saúde?
A legislação apenas determina a cobertura obrigatória da mamografia digital
para mulheres com idade inferior a 50 anos, com mamas densas e em fase
pré ou peri-menopáusica, e a mamotomia (biópsia percutânea a vácuo
guiada por raios X ou ultra-sonografia). O PET/CT não está no rol de
procedimentos de cobertura obrigatória, mas a Justiça, quando procurada
pelo paciente, tem determinado que o plano proceda sua cobertura nos
casos de indicação médica.

O plano de saúde deve cobrir atendimentos de terapia ocupacional,


fonoaudiologia, nutrição e psicoterapia?
Sim. Todavia, o número de sessões cuja cobertura é obrigatória é limitado a
12 (doze). Se o paciente precisar de um número maior de atendimentos,
deve solicitar um relatório detalhado ao seu médico enfatizando a
necessidade das sessões adicionais. Se mesmo apresentando o relatório
médico, o plano negar a cobertura ao paciente, este pode ingressar com
uma ação na Justiça.
69
23 SUS

O que é o SUS?
O SUS (Sistema Único de Saúde) é o modelo adotado pelo Brasil para
consecução de ações e serviços visando à promoção, proteção e
recuperação da saúde. Foi criado pela Constituição Federal de 1988 e rege-
se pelos seguintes princípios:
Universalidade: garantia de acesso de toda e qualquer pessoa a todo e
qualquer serviço de saúde. Antes da instituição do SUS o acesso aos
serviços de saúde só era garantido às pessoas que contribuíam para a
previdência social.
Igualdade: é a garantia de acesso de qualquer pessoa, em igualdade de
condições, aos diferentes níveis de complexidade do sistema, de acordo
com a necessidade clínica.
Integralidade: significa, primeiramente, que as ações e serviços de saúde
devem visar não só a recuperação (cura), mas também a promoção e a
proteção da saúde (prevenção). Além disso, a assistência integral implica
no atendimento individualizado, segundo as suas exigências particulares, e
em todos os níveis de complexidade. A assistência integral, para não fugir
de sua razão social, deve pautar-se nas reais necessidades terapêuticas,
sem acrescentar o que possa ser considerado supérfluo ou desnecessário,
ou retirar o essencial ou relevante.
Gratuidade: trata-se de uma conseqüência lógica dos princípios da
universalidade, igualdade e integralidade. Para que o acesso às ações e
serviços de saúde seja universal, integral e igualitário é necessário que ele
seja gratuito.
Descentralização: é entendida como a redistribuição do poder decisório,
dos recursos e das competências quanto às ações e aos serviços de saúde
entre os vários níveis de governo, a partir da idéia de que, quanto mais
perto do fato a decisão for tomada, mais chance haverá de acerto. Assim,
pode-se verificar uma tendência à municipalização das ações e serviços de
saúde.
70
Hierarquização: as ações e serviços de saúde devem ser organizados em
níveis de complexidade tecnológica crescente (primário, secundário,
terciário e quaternário)
Regionalização: significa não apenas distribuir espacialmente as ações e
serviços de saúde, mas, também, organizá-los de modo eficiente,
atendendo ao princípio da regionalização, evitando, assim, a duplicidade de
meios para fins idênticos (e conseqüentemente o desperdício de recursos
humanos, materiais, técnicos e financeiros).
Resolutividade: capacidade de resolver o problema trazido pelo paciente.
Isso depende da eficiência de cada nível de complexidade e da integração
de todos eles.
Participação dos cidadãos: o principal mecanismo de participação da
população na formulação das políticas de saúde e no controle de sua
execução se dá por meio dos Conselhos de Saúde (nacional, estadual e
municipal), entidades com representação paritária entre usuários, governo,
profissionais de saúde e prestadores de serviço de saúde, e das
Conferências de Saúde.

O que se entende por saúde?


Segundo definição da OMS, saúde é o completo bem estar físico, psíquico,
social e espiritual, e não apenas ausência de doenças.

Quais são os principais direitos dos usuários do SUS?


• Ter acesso ao conjunto de ações e serviços necessários para a
promoção, proteção e recuperação da saúde.
• Ter acesso gratuito aos medicamentos necessários para tratar e
restabelecer a saúde.
• Ter acesso a atendimento ambulatorial, realização de exames,
internação hospitalar e demais procedimentos necessários para
manutenção da saúde em tempo razoável.
• Ser atendido com dignidade, respeito, atenção, de forma personalizada e
com continuidade, em locais e condições adequadas.
• Ser identificado e tratado pelo nome ou sobrenome e não por números,
códigos ou de modo genérico, desrespeitoso ou preconceituoso.
• Ser acompanhado por familiar ou pessoa indicada, se assim desejar, nas
consultas e exames, durante todo o período de tratamento de parto,
71
parto e pós-parto imediato. Menores de 18 anos e maiores de 60 têm
direito a permanecer acompanhados o tempo todo, inclusive durante a
internação.
• Identificar as pessoas responsáveis direta e indiretamente pela sua
assistência, por meio de crachás visíveis, legíveis e que contenham o
nome completo, a profissão e o cargo do profissional, assim como o
nome da instituição.
• Ter autonomia e liberdade para tomar as decisões relacionadas à sua
saúde.
• Consentir ou recusar, de forma voluntária e esclarecida, procedimentos
médicos de qualquer natureza.
• Ter, se desejar, uma segunda opinião de outro profissional sobre
procedimentos recomendados, podendo trocar de médico, hospital ou
instituição de saúde.
• Participar das reuniões dos Conselhos e Conferências de Saúde.
• Ter acesso a informações claras, completas sobre os serviços de saúde
existentes na sua localidade.
• Ter sigilo de toda e qualquer informação relativa à sua saúde.
• Ter acesso ao prontuário médico.
• Receber informações claras, objetivas, completas e compreensíveis
sobre seu estado de saúde, hipóteses diagnósticas, exames solicitados e
realizados, tratamentos indicados.
• Receber as receitas com o nome genérico dos medicamentos prescritos.
• Conhecer a procedência do sangue e dos hemoderivados e poder
verificar, antes de recebê-los, o atestado de origem, sorologias efetuadas
e prazo de validade.
• Receber atendimento domiciliar e mesmo internação domiciliar, para
procedimentos médicos, de enfermagem, fisioterapêuticos, psicológicos
e de assistência social, entre outros, visando o cuidado integral, desde
que haja indicação médica e concordância expressa do paciente e de
sua família.
72
24 ACESSO Á JUSTIÇA

Todo paciente tem os seus direitos assegurados e atendidos com


facilidade?
Com relação aos direitos do paciente, o que todos esperamos é que sejam
obtidos administrativamente, sem qualquer tipo de contratempo. No entanto,
em alguns casos, a lei é desrespeitada e o paciente não vê o seu direito
garantido.

O que fazer quando a lei é desrespeitada?


Quando isso ocorre, o paciente deve apresentar denúncia ou reclamação
aos órgãos de ouvidoria e fiscalização. Além disso, pode entrar com uma
ação na Justiça e reivindicar os seus direitos.

O acesso à justiça é fácil?


Infelizmente, o acesso à justiça no Brasil é extremamente oneroso, lento e
desgastante, de modo que, não raras vezes, o paciente prefere deixar de
exercer o seu direito para evitar gastos e aborrecimentos.

O que fazer quando não se tem recursos para contratar um advogado?


Para viabilizar o acesso à justiça àqueles que não têm recursos para
contratar um advogado particular, existem em todos os Estados as
Defensorias Públicas, que prestam serviços de assistência judiciária gratuita
à população carente. O Ministério Público é mais um importante órgão de
apoio jurídico ao cidadão sem condições de pagar por um advogado.

Existem outras entidades que prestam serviços de assistência jurídica


gratuita?
Sim, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e instituições de ensino
jurídico também oferecem serviços de assistência judiciária gratuita.

Relação de endereços onde se pode obter assistência jurídica gratuita:

a) Defensoria Pública Geral da União


Acre Rua Rui Barbosa, 142
69900-120 - Rio Branco/AC
Tel.: (68) 3642.6518 / 3823.8361
Fax: (68) 3224.7479
73
E-mail: dpu.ac@defensoriapublica.gov.br
Alagoas Praça dos Palmares, s/n - 13º andar - Centro
57020-150 - Maceió/AL
Tel.: (82) 3326.9900
Fax: (82)3321 0379
E-mail: dpu.al@defensoriapublica.gov.br
Amazonas Rua Ferreira Pena, 179 – Centro
69010-140 – Manaus/AM
Tel.: (92) 3233.2020 / 3222.5351
Fax: (92) 3622 5037
E-mail: dpu.am@defensoriapublica.gov.br
Bahia Rua Frederico Simões, 98 - Caminho das Árvores
41820-774 - Salvador/BA
Tel.: (71) 3341.1547
Fax: (71) 3341.2490
E-mail: dpu.ba@defensoriapublica.gov.br
Ceará Rua Tabajara, 265 - Praia de Iracema
60060-510 – Fortaleza/CE
Tel.: (85) 3219.0052 / 3219.1049
Fax: (85) 3219.1118
E-mail: dpu.ce@defensoriapublica.gov.br
Distrito Federal SCRN 704/705 - Bloco C, 40/45/48 - Asa Norte
70730-630 - Brasília/DF
Tel.: (61) 3347.7767
Fax: (61) 3347.7767
E-mail: dpu.df@defensoriapublica.gov.br
Espírito Santo Rua Prof. Baltazar, 113 – Centro
29015-180 – Vitória/ES
Tel.: (27) 3332.0144
Fax: (27) 3332.0144
E-mail: dpu.es@defensoriapublica.gov.br
Goiás Rua 22, 305 – Quadra G 10 - Lote 36 – Setor Oeste
74120-130 – Goiânia/GO
Tel./Fax: (62) 3214.1530
E-mail: dpu.go@defensoriapublica.gov.br
Minas Gerais Rua Pouso Alto, 15 – Bairro da Serra
30110-120 – Belo Horizonte/MG
Tel.: (31) 3292.7769 / 3292.7813
74
Fax: (31) 3291.0193
E-mail: dpu.mg@defensoriapublica.gov.br
Avenida Barão do Rio Branco, 2721 - Centro
36016-311 – Juiz de Fora/MG
Tel.: (32) 3217.1292
Fax: (32) 32181751
E-mail: dpu.juizdefora@defensoriapublica.gov.br
Mato Grosso Avenida Historiador Rubens de Mendonça, 2254
78050-000 - Cuiabá/MT
Tel.: (65) 3642.2018
Fax: (65) 3642.2466
E-mail: dpu.mt@defensoriapublica.gov.br
Mato Grosso Sul Rua Barão de Melgaço, 147 – Centro
79002-090 - Campo Grande/MS
Tel.: (67) 3324.1305
Fax: (67) 3324.2664
E-mail: dpu.ms@defensoriapublica.gov.br
Pará Travessa Rui Barbosa, 921 - Bairro Reduto
66.053-260 - Belém/PA
Tel.: (91) 3224.4068
Fax: (91) 3224 3709
E-mail: dpu.pa@defensoriapublica.gov.br
Paraíba Avenida Santa Catarina, 621
58030-070 - João Pessoa/PB
Tel./Fax: (83) 3225.8987
E-mail: dpu.pb@defensoriapublica.gov.br
Paraná Rua Voluntário da Pátria, 546/547 - Centro
80020-000 - Curitiba/PR
Tel.: (41) 3304.4371 / 3304.4373
Fax: (41) 3232.9797
E-mail: dpu.pr@defensoriapublica.gov.br
Pernambuco Rua Dantas Barreto, 1090 - São José
50020-000 - Recife/PE
Tel.: (81) 3224.0256 / 3224.0165
Fax: (81) 3224.0585
E-mail: dpu.pe@defensoriapublica.com.br
Piauí Rua Desembargador Freitas, 1385 - Centro
64001-160 - Teresina/PI
75
Tel.: (86) 3223.7580 / 3226.1133
Fax: (86) 3223.7550
E-mail: dpu.pi@defensoriapublica.gov.br
Rio de Janeiro Rua da Alfândega, 70 - Centro
20070-004 - Rio de Janeiro/RJ
Tel.: (21) 2220.1746 / 2220.4556
Fax: (21) 2517.3301
E-mail: dpu.rj@defensoriapublica.gov.br
Rio G. do Norte Avenida Deodoro da Fonseca, 601 - Cidade Alta
59025-600 – Natal/RN
Tel.: (84) 3221 5688 / 3222.5160
Fax: (0xx84)3221 4250
E-mail: dpu.rn@defensoriapublica.gov.br
Rio G. do Sul Travessa Engenheiro Acelino de Carvalho, 21 - Centro
90010-200 - Porto Alegre/RS.
Tel.: (51) 3212.5212 / 3211.5555
Fax: (51) 3227.8228 / 3225.9059
E-mail: dpu.rs@defensoriapublica.gov.br
Rua Juvêncio Lemos, 566 – Centro
96400-550 Bagé/RS
Tel.: (53) 3241.2122
Fax: (53) 3247.3887
E-mail: dpu.bage@defensoriapublica.gov.br
Rua XV de Novembro, 658 – Centro
96001-970 - Pelotas/RS
Tel.: (53) 3227.1655
Fax: (53) 3227.0172
E-mail: dpu.pelotas@defensoriapublica.gov.br
Rua Duque de Caxias, 1881 - Centro
97015-190 - Santa Maria/RS
Tel.: (55) 3217.9110
Fax: (55) 3286.2436
E-mail: dpu.santamaria@defensoriapublica.gov.br
Roraima Rua Coronel Pinto, 248 - Centro
69301-150 – Boa Vista/RR
Tel.: (95) 3224.8005
Fax: (95) 3224.9143
E-mail: dpu.rr@defensoriapublica.gov.br
76
Santa Catarina Rua Coronel Lopes Vieira, 114 – Centro
88015-260 - Florianópolis/SC
Tel.: (48) 3223.5259
Fone: (48) 3222.7071
E-mail: dpu.sc@defensoriapublica.gov.br
São Paulo Rua Fernando de Albuquerque, 151/157 - Consolação
01309-030 - São Paulo/SP
Tel.: (11) 3231.0866 1 3231.2833
Fax: (11)3231.0885 / 3231.1686
E-mail: dpu.sp@defensoriapublica.gov.br
Avenida Francisco Glicério, 1110 – Centro
13012-100 - Campinas/SP
Tel.: (19) 3234.9299
Fax: (19)3234.9276
E-mail: dpu.campinas@defensoriapublica.gov.br
Rua Quitandinha, 21 - sala 11 - Vila Galvão
080.056-060 - Guarulhos/SP
Tel.: (11) 6455.2756
Fax: (11) 6497.4176 / 6459.2136
E-mail: dpu.guarulhos@defensoriapublica.gov.br
Rua Alexandre Herculano, 114 – Boqueirão
11050-031 - Santos/SP
Tel.: (13) 3221.6394
Fax: (13) 3222.3659
E-mail: dpu.santos@defensoriapublica.gov.br
Sergipe Avenida Augusto Maynard, 366 - São José
49015-380 - Aracajú/SE
Tel.: (79) 3214.0946 / 3214.0486
Fax: (79) 3214 0460
E-mail: dpu.se@defensoriapublica.gov.br
Tocantins Avenida LO 01, Quadra 104 Sul, conjunto 4, lote 10
77020-014 - Palmas/TO
Fone: (63) 3215 3026
Fax : (63) 3215 3080
E-mail: dpu.to@defensoriapublica.gov.br
77
b) Defensoria Pública Estadual
Acre Rua Custódio Freire, 026 - Bosque
69909-460 - Rio Branco/Acre
Tel.: (68) 3223.0745 / 3223.8317
Fax: (68) 3223.7229 / 3223.0318
Email: defensoria.geral@ac.gov.br
Alagoas Avenida Comendador Leão, 555 - Bairro do Poço
57025-000 – Maceió/AL
Tel.: (82) 3315.2783
Fax: (82) 3315.2784
E-mail: gabinete@defensoria.al.gov.br
Amapá Rua Eliezer Levy - Centro
69020-060 – Macapá/AP
Tel.: (96) 3212.8502 / 3212.8502
Fax: (96) 3212.8501
Email: defensoria.publica@bol.com.br
Amazonas Rua Major Gabriel, 1728 - Praça 14 de Janeiro
69020-060 – Manaus/AM
Tel.: (92) (92) 3233-2087/ 3633-2955
Fax: (92) 3234-3097
E-mail: dpeam@hotmail.com
Bahia Rua Pedro Lessa, s/n - Canela
40110–050 – Salvador/BA
Tel.: (71) 3336.5507 / 3117.6923
Fax: (71) 3336-2073 ramal 102 / 3117-6924
E-mail: corregedoria@dpe.ba.gov.br
Ceará Rua Caio Cid, 100 - Luciano Cavalcante
60811-150 - Fortaleza/CE
Tel.: (85) 3101.3419
Fax: (85) 3101.3424
E-mail: gabinete@defensoria.ce.gov.br

Distrito Federal SCS Quadra 04, Bloco A, 6º andar, sala 604


70300-944 – Brasília/DF
Tel.: (61) 3961.4739 / 3961.4738
Fax: (61) 3961 – 4740
E-mail: diretoria@defensoria.df.gov.br
78
Espírito Santo Rua Pedro Palácio, 60, 2º andar - Cidade Alta
29015-160 – Vitória/ES
Tel.: (27) 3322.1774 / 3222.4881
Fax: (27) 3223.2781
E-mail: defensoria@es.gov.br
Goiás Rua 10, 150 – Fórum, Sala 195, Setor Oeste
74120-020 - Goiânia/GO
Tel.: (62) 3216.2334
Fax: (62) 3213.5722
Maranhão Rua da Estrela 421 – Centro
65010-200 - São Luiz/MA
Tel.: (98) 3221.6110
Fax: (98) 3221.1343
E-mail: corregedoria.dpe@ma.gov.br
Mato Grosso Rua T, s/n, Bloco SEPLAN – CPA - Palácio Paiaguás
78050-970 – Cuiabá/MT
Tel.: (65) 3613.3400
Fax: (65) 3613.3402
Email: def_sede@ceproamt.com.br
Mato Grosso Sul Parque do Poderes, Bioco 4 - Jardim Veraneio
79031-902 - Campo Grande/MS
Tel.: (67) 3318.2500
Fax: (67) 3318-2524
E-mail: gabinete.dpge@hotmail.com
Minas Gerais Rua Rio Grande do Sul, 604 - Barro Preto
30170-110 - Belo Horizonte/MG
Tel.: (31) 3335.5520
Fax: (31) 3337-4880
Pará Travessa Padre Prudêncio, 154 - Bairro do Comércio
66019.080 – Belém/PA
Tel.: (91) 3201.2700 / 3201.2713
Fax: (91) 3230.1511
E-mail: dppara@defensoria.pa.gov.br
Paraíba Parque Sólon de Lucena, 300 - Centro
58013-130 - João Pessoa/PB
Tel.: (83) 3218.6969
Fax: (83) 3218-6962
E-mail: defensor@defensoria.pb.gov.br
79
Paraná Avenida Alameda Cabral, 184 - Centro
80410-900 – Curitiba/PR
Tel.: (41) 3219.7342 / 3219.7300
Fax: (41) 3219.7373
E-mail: ouvidoria@ouvidoria.pr.gov.br
Pernambuco Rua Marquês do Amorim, 127 - Boa Vista
50070-330 – Recife/PE
Tel.: (81) 3216.9757 / 3216.9797
Fax: (81) 3216.9772
Email: defensor@defensoria.pe.gov.br
Piauí Rua Nogueira Tapecy, 138 - Bairro dos Noivos
64046-020 – Teresina/PI
Tel.: (86) 3232.0350
Fax: (86) 3235.7527
E-mail: defensoriapublica@defensoria.pi.gov.br
Rio de Janeiro Avenida Marechal Câmara, 314, 2º andar – Centro
20020-080 - Rio de Janeiro/RJ.
Tel.: (21) 2299.2299 / 2532.3063
Fax: (21) 2532-3059
E-mail: dpgerj@dpge.rj.gov.br
Rio G. do Norte Avenida Duque de Caxias, 102/104 - Ribeira
59012-050 – Natal/RN
Tel.: (84) 3232.2750 / 3232.2762
Fax: (84) 3232.2762 / 3232.7451
E-mail: dprncorregedoria@rn.gov.br
Rio G. do Sul Rua Sete de Setembro, 666, 6º andar - Centro
90010-190 - Porto Alegre/RS
Tel.: (51) 3211.2233, ramal 2023 ou 2027
Fax: (51) 3211-2158
E-mail: dprs@provia-rs.com.br
Rondônia Avenida Farquar, s/n - Pedrinhas
78976-902 - Porto Velho/RO
Tel.: (69) 3224.2297
Fax: (69) 3216.5052
E-mail: fontouracoimbra@defensoria.ro.gov.br
Roraima Avenida Ville Roy, 524 – Palácio dos Sindicatos
69301-040 - Boa Vista/RR
Tel.: (95) 3623.1949
80
Fax: (95) 3224.1038
E-mail: anmak@click21.com.br
Santa Catarina Rua Tenente Silveira, 162 - 7º Andar
88010-300 – Florianópolis/SC
Tel.: (48) 3216.1530
Fax: (48) 3216.1531
São Paulo Avenida Liberdade, 32
01502-000 - São Paulo/SP
Tel.: (11) 3105.2003
Fax: (11) 3105.2003
E-mail: corregedoria@defensoria.sp.gov.br
Sergipe Rua Vila Cristina, 382 - São José
49015-000 – Aracajú/SE
Tel.: (79) 3179.7440 / 3179-7451
Fax: (79) 3179.7449
E-mail: defensoriase@hotmail.com
Tocantins Quadra 104 Sul, Rua SE 9, 39 - Centro
77020-024 – Palmas/TO
Tel.: (63) 3218.2012 / 3218.2304
Fax: (63) 3218.2339
E-mail: defensoria.to@yahoo.com.br

c) Ministérios Públicos Estaduais


Acre Rua Marechal Deodoro, 472 - Centro
69900-210 - Rio Branco/AC
Tel.: (68) 3212.2000
E-mail: procuradoriageral.mpe@ac.gov.br
Alagoas Rua Dr. Pedro Jorge Meio e Silva, 79 - Poço
57025-400 – Maceió/AL
Tel.: (82) 3336.6060 / 336.5799
E-mail: chefiadegabinete@mp.al.gov.br
Amapá Avenida FAB, 64 – Centro
68906-010 - Macapá/AP
Tel.: (96) 3212.1700
E-mail: procuradoria@mp.ap.gov.br
Amazonas Avenida Coronel Teixeira, 7995 - Nova Esperança
69030-480 – Manaus/AM
81
Tel.: (92) 3655.0500
E-mail: gabinete@mp.am.gov.br
Bahia Avenida Joana Angélica, 1312 - Nazaré
40050-001 - Salvador/BA
Tel.: (71) 3324.6400 / 3324.6500
Ceará Rua Assunção, 1100 - J. Bonifácio
60050-011 – Fortaleza/CE
Tel.: (85) 3452.3700
E-mail: iracemavale@pgj.ce.gov.br
Distrito Federal Eixo Monumental, Praça do Buriti, Lote 02, Bloco A
70094-900 – Brasília/DF
Tel.: (61) 3343.9500
E-mail: procgera@mpdft.gov.br
Espírito Santo Rua Humberto Martins de Paula, 350 - Enseada do Suá
29050-265 – Vitória/ES
Tel.(27) 3224.4500 / 3224.4510
E-mail: pgj@mp.es.gov.br
Goiás R. 23, Quadra 06, Lote. 15/24 – Jardim Goiás
74805-100 - Goiana/GO
Tel.: (62) 3243.8000
E-mail: gabinete@mp.go.gov.br
Maranhão Rua Oswaldo Cruz, 1396 - Centro
65020-910 - São Luis/MA
Tel.: (98) 3219.1600 / 3219.1818
E-mail: gabinete@pgj.ma.gov.br
Mato Grosso Rua 06, s/n, CPA
78050-900 – Cuiabá/MT
Tel.: (65) 3613.5100
E-mail: gab.pgj@mp.mt.gov.br
Mato Grosso Sul R. Presidente Manoel Ferraz de Campos Salles, 214
79031-907 - Campo Grande/MS
Tel.: (67) 3318.2000
E-mail: pgj@mp.ms.gov.br
Minas Gerais Avenida Álvares Cabral, 1690 - Santo Agostinho
30170-001 - Belo Horizonte/MG
Tel.: (31) 3330.8100 / 3330.8169
E-mail: gabpgj@mp.mg.gov.br
82
Pará Rua João Diogo, 100 - Cidade Velha
66015-160 – Belém/PA
Tel.: (91) 4006.3400
E-mail: pgj@mp.pa.gov.br
Paraíba Rua Rodrigues de Aquino, s/n – Centro
58013-030 - João Pessoa/PB
Tel.: (83) 3218-6000
E-mail: chegb@pgj.pb.gov.br
Paraná Rua Marechal Hermes, 751 - Centro Cívico
80530-230 – Curitiba/PR
Tel.: (41) 3250.4000
E-mail: mppgj@pr.gov.br
Pernambuco Rua do Imperador, 473 - Santo Antonio
50010-240 – Recife/PE
Tel.: (81) 3419.7000
E-mail: pgj@mp.pe.gov.br
Piauí Rua Álvaro Mendes, 2294 – Centro
64000-060 – Teresina/PI
Tel.: (86) 3222.5570
E-mail: pgj@mp.pi.gov.br
Rio de Janeiro Avenida Marechal Câmara, 370 - Centro
20020-080 - Rio de Janeiro/RJ
Tel.: (21) 2550.9050
E-mail: pgj@mp.rj.gov.br
Rio G. do Norte Rua Senador Georgina Avelino, 904 - Tirol
59020-690 - Natal/RN
Tel.: (84) 3232.7130
E-mail: pgj-secgeral@rn.gov.br
Rio G. do Sul Praça Marechal Deodoro, 110 - Centro
90010-3000 - Porto Alegre/RS
Tel.: (51) 3225.3288
E-mail: pgj@mp.rs.gov.br
Rondônia Rua Jamari, 1555 - Olaria
78903-037 - Porto Velho/RO
Tel.: (69) 3216.3700
E-mail: pgj@mp.ro.gov.br
Roraima Avenida Santos Dumont, 710 - São Pedro
83
69306-040 - Boa Vista/RR
Tel.: (95) 3621.2900
E-mail: pgj@mp.rr.gov.br
Santa Catarina Rua Bocaiúva, 1750 – Casa do Barão, Torre B
88015-904 – Florianópolis/SC
Tel.: (48) 3229.9000
E-mail: pgj@mp.sc.gov.br
São Paulo Rua Riachuelo, 115 - Centro
01007-904 - São Paulo/SP
Tel.: (11) 3119.9000
E-mail: pgj-sp@mp.sp.gov.br
Sergipe Praça Fausto Cardoso, 327 - Centro
49014-900 – Aracajú/SE
Tel.: (79) 3216.2400
E-mail: procuradorgeral@mp.se.gov.br
Tocantins Praça dos Girassóis, s/n
77054-970 – Palmas/TO
Tel.: (63) 3218.3500
E-mail: gabmpe@uol.com.br

d) OAB – Ordem dos Advogados do Brasil


Acre Avenida Brasil, 303 – Cobertura - Centro
69900.100 - Rio Branco/AC
Tel.: (68) 3223.1693
Fax: (68) 3224.8040
E-mail: oabac@oabac.org.br
Alagoas Avenida Bráulio Cavalcante, 60 – Centro
57020-350 – Maceió/AL
Tel.: (82) 2121.3232
Fax: (82) 2121.9338
E-mail: presidencia@oab-al.org.br
Amapá Avenida Amazonas, 26
68908-330 – Macapá/AP
Tel.: (96) 3223.2951 / 3223.9838
Fax: (96) 3222.0041
E-mail: oab.amapa@oabap.org.br
Amazonas Rua Paraíba, 2000 – Adrianópolis
84
69057-020 – Manaus/AM
Tel.: (92) 3236.6691
Fax: (92) 3236.7509
E-mail: sgam@oabam.org.br
Bahia Praça Teixeira de Freitas, 16 – Piedade
40070-000 – Salvador/BA
Tel.: (71) 3329-8926
E-mail: presidencia@oab-ba.org.br
Ceará Rua Lívio Barreto, 668 - Dionísio Torres
60130-110 – Fortaleza/CE
Tel.: (85) 3216.1600
Fax: (85) 3216.1600
E-mail: presidencia@oabce.org.br
Distrito Federal SEPN quadra 516 - Bloco B - lote 07 - Asa Norte
70770-530 – Brasília/DF
Tel.: (61) 3036.7000
Fax: (61) 3035.7251
E-mail: presidencia@oabdf.org.br
Espírito Santo Rua Alberto de Oliveira Santos, 59, 3º andar – Centro
29010-908 – Vitória/ES
Tel.: (27) 3232.5600
Fax: (27) 3222.5633
E-mail: gabinete@oabes.org.br
Goiás Rua 1121, 200 - Setor Marista
74175-120 – Goiânia/GO
Tel.: (62) 3238-2000
Fax: (62) 3238.2054
E-mail: gp@oabgo.org.br
Maranhão Rua Dr. Pedro Emmanoel de Oliveira, 1 – Calhau
65076-908 - São Luis/MA
Tel.: (98) 2107.5454
E-mail: presidencia@oabma.org.br
Mato Grosso Avenida Transversal, s/n, Caixa Postal 1241 – CPA
78050-970 – Cuiabá/MT
Tel.: (65) 3613.0900
Fax: (65) 3644.1374
E-mail: presidencia@oabmt.org.br
85
Mato Grosso Sul Avenida Mato Grosso do Sul, 4700 - Caranda Bosque
79031-001 - Campo Grande/MS
Tel.: (67) 3318.4700
Fax: (67) 3318.4716
E-mail: oabms@oabms.org.br
Minas Gerais Rua Albita, 250 – Cruzeiro
30310-160 - Belo Horizonte/MG
Tel.: (31) 2102.5800
Fax: (31) 2102.5884
E-mail: gabinete@oabmg.org.br
Pará Praça Barão do Rio Branco, 93 – Campinas
66015-060 – Belém/PA
Tel.: (91) 4006.8600
Fax: (91) 4006.8603
E-mail: secretaria@oabpa.org.br
Paraíba Rua Rodrigues de Aquino, 37 – 1º andar
58013-030 - João Pessoa/PB
Tel.: (83) 2107.5200
Fax: (83) 2107.5207
E-mail: presidencia@oabpb.org.br
Paraná Rua Brasilino Moura, 253
80540-340 – Curitiba/PR
Tel.: (41) 3250.5700
Fax: (41) 3323.6206
E-mail: presidencia@oabpr.org.br
Pernambuco Rua do Imperador D. Pedro lI, 235 - Santo Antônio
50010-000 – Recife/PE
Tel.: (81) 3424.1012
Fax: (81) 3424.3043
E-mail: secretariapresidencia@oabpe.org.br
Piauí Rua Tibério Nunes, s/n
64000-750 – Teresina/PI
Tel.: (86) 2107.5800
Fax: (86) 3223.5795
E-mail: cpd@oabpi.org.br
Rio de Janeiro Avenida Marechal Câmara, 150 – Castelo
20020-080 - Rio de Janeiro/RJ
Tel.: (21) 2272.2001
86
Fax: (21) 2272.2108
E-mail: presidencia@oab-rj.org.br
Rio G. do Norte Avenida Câmara Cascudo, 478 – Centro
59025-280 – Natal/RN
Tel.: (84) 4008.9400
Fax: (84) 4008.9421
E-mail: presidencia@oab-rn.org.br
Rio G. do Sul Rua dos Andradas, 1261 – 8º andar
90020-009 - Porto Alegre/RS
Tel.: (51) 3287.1800
Fax: (51) 3226.0179
E-mail: gabinetedapresidencia@oabrs.org.br
Rondônia Rua Paulo Leal, 1300 - Nossa Senhora das Graças
78915-080 - Porto Velho/RO
Tel.: (69) 3217.4200
Fax: (69) 3217.4204
E-mail: presidência@oab-ro.org.br
Roraima Avenida Ville Roy, 1833 – E
69306-000 - Boa Vista/RR
Tel.: (95) 3224.2854
Fax: (95) 3623.1715
E-mail: oab@oabrr.org.br
Santa Catarina Rua Paschoal Apóstolo Pítsica, 4860 – Agronômica
880259-255 – Florianópolis/SC
Tel.: (48) 3239-3500
Fax: 3239.3559
E-mail: oabpresidente@oab-sc.org.br
São Paulo Praça da Sé, 385 – Centro
01001-902 - São Paulo/SP
Tel.: (11) 3291-8100
Fax: (11) 3291.8275
E-mail: presidencia@oabsp.org.br
Sergipe Travessa Martinho Garcez, 85
49010-200 – Aracajú/SE
Tel.: (79) 3211-9124
Fax: (79) 3211.9124
E-mail: oab@oabsergipe.com.br
87
Tocantins 201 Norte conj. 2, lotes 1 e 2 – Centro
77010-010 – Palmas/TO
Tel.: (63) 3212.9600
Fax: (63) 3212.9600
E-mail: oabto@uol.com.br

e) Instituições de Ensino Jurídico que oferecem Serviços de


Assistência Jurídica Gratuita

São Paulo
1) Departamento Jurídico XI de Agosto – USP
Praça João Mendes, 62 – 17º andar - São Paulo/SP
2) Escritório de Assistência Judiciária da UNICASTELO
Rua Porto Xavier, 269 - Itaquera/SP
3) Universidade Paulista – Escritório de Assistência Jurídica da UNIP -
Unidade Vergueiro
Rua Pires da Mota, 1090 – Aclimação - São Paulo/SP
Tel.: (11) 3347.1042
88
25 ÓRGÃOS PARA RECLAMAÇÃO, DENÚNCIA E REIVINDICAÇÃO DOS
SEUS DIREITOS

Relação dos principais órgãos para a solução de situações


indesejadas:

a) Conselhos e Conferências de Saúde


Cada nível de governo (Municipal, Estadual e Federal) possui o seu
respectivo Conselho de Saúde. Esses Conselhos contam com a
participação de representantes da sociedade e têm a tarefa de fiscalizar e
definir diretrizes para a execução das políticas de saúde. As Conferências
de Saúde são abertas à sociedade e representam o mais importante espaço
de controle social na área da saúde.
Os conselhos podem receber denúncias sobre problemas em serviços de
saúde, desvio de recursos e cobrança pela prestação de serviços públicos.
Além disso, recebem sugestões para a melhoria dos serviços, ações e
políticas de saúde, o que também pode ser feito durante as Conferências de
Saúde. Entretanto, os conselhos podem agir para corrigir o problema
coletivo, mas não poderão resolver casos individuais, ou seja, não têm
como solucionar de imediato a demora de sua consulta, exame ou cirurgia,
fornecer medicamentos ou reparar eventuais danos morais e materiais.
Para acionar, basta enviar uma carta ao Conselho de Saúde ou ir
pessoalmente. As reuniões dos conselhos e as plenárias das conferências
são públicas e abertas a todos os interessados. Você pode ainda procurar
um conselheiro de saúde representante dos usuários, que será seu porta-
voz.
Informações sobre os conselhos e conferências podem ser obtidas no
Conselho Nacional de Saúde, Esplanada dos Ministérios, Bloco G, Anexo B,
sala 104B, CEP 70058-900, Brasília/DF.

b) Diretor, chefe de serviço e secretário de saúde


Todo serviço ou unidade de saúde obrigatoriamente tem um chefe ou diretor
responsável pela administração e funcionamento do serviço. No caso de
reclamações sobre falta e despreparo de profissionais, mau atendimento,
descumprimento de horários, filas de espera, desorganização do serviço,
ausência de equipamentos, medicamentos e insumos, procure saber o
nome do diretor e escreva uma carta endereçada a ele, apresentando a sua
89
queixa. Envie uma cópia ao secretário municipal ou estadual da Saúde.
Insista para que você tenha uma resposta rápida e satisfatória.

c) Ouvidoria
Vários hospitais, serviços e órgãos públicos de saúde mantêm ouvidorias,
cuja função é ouvir os usuários, apurar as denúncias e apresentar soluções
para o problema apresentado. A ouvidoria recebe e analisa as reclamações
e as sugestões dos usuários, encaminha o problema aos setores
competentes, acompanha as providências adotadas, cobra soluções e
mantém o usuário informado.
Sempre que estiver insatisfeito com o atendimento ou os serviços
prestados, exija da ouvidoria uma resposta rápida e satisfatória. Dirija-se
diretamente ao ouvidor, por telefone ou por carta. Informe-se na instituição
de saúde como entrar em contato com a ouvidoria.

d) Telefones 0800 ou Disque Saúde


O Ministério da Saúde mantém o Ouvidor SUS, que funciona 24 horas, e
pode ser acionado pelo telefone 0800611997 ou pela internet
www.saude.gov.br, para reclamar ou denunciar a violação de seus direitos
como usuário do SUS, tirar dúvidas sobre prevenção e tratamento de
doenças, informar-se sobre marcação de consultas, acesso a
medicamentos, doação de sangue, transplantes, entre outros.

e) Poder Judiciário
O acesso à Justiça se dá por meio de um documento denominado “petição
inicial”, que deve ser elaborado e assinado por um advogado (particular ou
público). O juiz analisará o pedido do autor da ação, a resposta do réu, as
provas apresentadas e decidirá a questão.
Por meio da Justiça, você pode conseguir o atendimento que precisa, por
exemplo, a internação para fazer uma cirurgia, a realização de consultas ou
exames, ter acesso a medicamentos entre outros. Também é possível
recorrer à Justiça para buscar indenização ou reparação de danos de
qualquer natureza sofridos em razão da falta de atendimento ou do
atendimento de má qualidade.
Os cidadãos podem ingressar na Justiça individualmente, contratando um
advogado particular, ou recorrendo à assistência judiciária gratuita. O
Ministério Público também pode representar o cidadão judicialmente, o que
pode ainda ser feito por meio de uma associação ou entidade com
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legitimidade para propor ações judiciais e que tenha entre as suas
finalidades, descritas no seu estatuto, a defesa da saúde ou da cidadania.

f) Conselhos de fiscalização profissional


Os Conselhos Regionais de fiscalização profissional recebem denúncias
relacionadas ao exercício do profissional e têm competência legal para
apurar os fatos, abrir processos disciplinares e julgar os profissionais, o que
pode resultar até na cassação do diploma do profissional. Além disso,
fazem vistorias e diligências para verificar as condições de trabalho dos
profissionais nos serviços de saúde. Não tratam de indenização ou
ressarcimento ao paciente vitima de erro ou má conduta do profissional.
Você deverá dirigir-se a um Conselho Regional de fiscalização sempre que
se sentir prejudicado pelo atendimento ou conduta individual de um
profissional, que tenha resultado em dano à sua saúde, nos casos de erro
médico, negligência, omissão de socorro, desleixo, falta de cuidado,
desrespeito, assédio sexual, discriminação, prescrição incorreta de
medicamentos ou tratamento inadequado.
As denúncias podem ser feitas pelos correios, por escrito, de forma clara e
detalhada. Devem ser citados o nome do profissional, data e o local do
atendimento e serem encaminhadas juntamente com documentos como
exames, receitas e laudos. Também é possível fazer denúncias
pessoalmente, na sede dos conselhos estaduais, que normalmente dispõem
de pessoal para tomar depoimento. Todas as denúncias devem ser
assinadas, não são aceitas denúncias por telefone e e-mail.

g) Defesa do Consumidor

As entidades de defesa do consumidor podem ser públicas, como os


Procons estaduais e municipais, ou formadas a partir da organização da
sociedade civil, como o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (IDEC)
e outras associações integrantes do Fórum Nacional de Entidades Civis de
Defesa do Consumidor. Tanto as entidades públicas como as civis recebem
denúncias envolvendo planos de saúde, como a negação de cobertura de
atendimento, o descredenciamento de médicos e serviços, o aumento
abusivo de mensalidades, entre outras. Os Procons, por serem órgãos
públicos, têm a obrigação de atender qualquer cidadão. O Idec, uma
associação civil sem fins lucrativos, também orienta e defende toda a
sociedade, entretanto é exclusivo para associados, que contribuem para a
manutenção da instituição.
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Sempre que você quiser conhecer seus direitos, esclarecer dúvidas ou
precisar resolver um problema relacionado ao consumo de produtos ou
serviços, compareça pessoalmente a uma dessas entidades ou entre em
contato, por telefone, e-mail, ou carta:
• PROCON de São Paulo - www.procon.sp.gov.br
• Tel. 151 ou 0800.7723633
• Poupatempo Sé (SP): Praça do Carmo, ao lado da Estação Sé do Metrô
• Poupatempo Itaquera (SP): Avenida do Contorno, ao lado da Estação
Itaquera do Metrô
• Poupatempo Santo Amaro (SP): Rua Amador Bueno, 176/258
• Fórum de Procons - www.ml.gov.br/dpdc
• Instituto Brasileiro da Defesa do Consumidor - www.idec.org.br
• Fórum Nacional das Entidades Civis de Defesa do Consumidor -
www.forumdoconsumidor.org.br

h) Agência Nacional de Saúde Suplementar


A Agência Nacional de Saúde Suplementar é um órgão governamental
vinculado ao Ministério da Saúde, que tem a tarefa de regular, regulamentar
e fiscalizar o setor de planos e seguros de saúde.
A agência atua quando houver irregularidades relacionadas às operadoras
de planos de saúde, como negativas de atendimento, reajustes abusivos de
mensalidades, descredenciamento de médicos, laboratórios e hospitais. A
Agência deverá proibir, fazer cessar e multar as condutas contrárias à
legislação do setor, mas não resolverá o problema concreto do consumidor.
As denúncias à ANS podem ser feitas pelo telefone 0800-7019656, pela
internet (www.ans.gov.br), ou por carta, para o endereço: Rua Augusto
Severo, 84, Glória, Rio de Janeiro, RJ, CEP 20021-040.

i) Vigilância Sanitária
A Vigilância Sanitária tem a obrigação de controlar os riscos à saúde e,
fiscalizar a comercialização de alimentos, bebidas, medicamentos, sangue,
produtos e equipamentos médicos. Também é responsável pela fiscalização
de serviços de saúde, como hospitais, clínicas e laboratórios. A Agência
Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e os Centros de Vigilância
Sanitária são ligados às Secretarias de Estado da Saúde, e a Vigilância
Sanitária presente nos municípios é ligada à Secretária Municipal de Saúde.
Quando você tiver denúncias relacionadas à estrutura inadequada dos
serviços de saúde, falta de higiene, fraude, falsificação e problemas na
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qualidade de medicamentos, sangue e hemoderivados, produtos para a
saúde e alimentos, entre outras, entre em contato por telefone ou
encaminhe carta ou e-mail denunciando o problema. A partir das denúncias,
a Vigilância tem a obrigação de fiscalizar, efetuar diligências, interditar ou
multar os responsáveis:

• ANVISA - SEPN 515, Bloco B, Edifício Ômega, Sede 1, 4º andar,


Brasília/DF, CEP 70770-502. Tel. (61) 3448.1000.
• Centro de Vigilância Sanitária (São Paulo) - www.cvs.saude.sp.gov.br

j) Organizações Não-Governamentais
São entidades da sociedade civil sem fins lucrativos, a exemplo das ONGs
de defesa dos portadores de patologias e deficiências, associações de
profissionais e sindicatos de trabalhadores da saúde, entidades ligadas à
Igreja e órgãos de classe. Elas têm atuações específicas, mas são todas
comprometidas com a defesa de melhores condições de saúde e de vida
para a população.
Para propor encaminhamentos e lutas coletivas em defesa dos usuários, as
ONGs podem pressionar para agilizar a solução dos problemas,
participarem de atos, manifestos, denúncias públicas e levar informações e
denúncias ao Ministério Público, o que você também pode fazer.
Procure pessoalmente a entidade ou ONG mais próxima ou de seu
interesse.
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26 LEGISLAÇÃO

Os direitos e benefícios tratados neste manual estão previstos e


fundamentados na legislação abaixo mencionada:

Doenças Graves
• Lei nº 8.112, de 11/12/1990 (art. 184, inciso I; art. 186, inciso I e §1º).
• Lei nº 8.213, de 24/07/1991 (art. 1º; art. 18, incisos I, II e III).
• Lei nº 9.250, de 26/12/1995 (art. 30, § 2º).
• Decreto nº 3.000, de 26/03/1999 (art. 39, inciso XXXIII).
• Instrução Normativa SRF nº 15, de 06/02/2001 (art. 5º, inciso XII).
• Portaria Interministerial MPAS/MS nº 2.998, de 23/08/2001 (art. 1º,
inciso IV e art. 2º).
• Medida Provisória nº 2.164-41, de 24/08/01 (art. 9º que alterou o art.
19ª da Lei 8.036/90).
• Lei nº 11.052, de 29/12/2004 (art. 1º que altera o inciso XIV do art. 6º
da Lei 7.713/88).

Saque do FGTS
• Lei 8.036, de 11/05/1990 (art. 20, XIV).
• Decreto nº 99.684, de 08/11/1990 (art. 35, XIV; art. 36, VIII).
• Lei 8.922, de 25/07/1994 (art. 1º que acrescenta dispositivo no art. 20
da Lei 8.036/90).
• Lei Complementar 110, de 29/06/2001 (art. 6º, §6º, inciso IV).
• Decreto nº 3.913, de 11/09/01. (art. 5º, IV, § único).
• Decreto nº 5.860, de 26/07/06. (art. 1º, que altera os arts. 35 e 36 do
Regulamento Consolidado do FGTS).

Saque do PIS/PASEP
• Lei Complementar nº 8, de 03/12/1970.
• Lei Complementar nº 17, de 12/12/1973.
• Lei Complementar nº 26, de 11/09/1975 (art. 4º, § 1º).
• Constituição Federal, de 05/10/1988 (artigo 239).
• Lei Complementar nº 7, de 07/09/1990.
• Resolução do Conselho Diretor do Fundo PIS-PASEP nº 1, de
15/10/1996.
• Resolução do Conselho Diretor do Fundo PIS-PASEP nº 5, de
15/10/1996.
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Auxílio-doença
• Lei nº 6.880, de 09/12/1980 (art. 110).
• Constituição Federal, de 05/10/1988 (art.201, I).
• Lei nº 8.112, de 11/12/1990 (art. 184, inciso I; art. 186, inciso I e §1º).
• Lei nº 8.213, de 24/07/1991 (art. 1º; art. 18, incisos I, II e III).
• Decreto nº 3.048, de 06/05/1999 (art.71).
• Portaria Interministerial MPAS/MS nº 2.998, de 23/08/2001 (art. 1º,
inciso IV e art. 2º).
• Medida Provisória nº 2.215-10, de 31/08/2001 (art. 3º, inciso 15).
• Decreto nº 4.307, de 18/07/2002.
• Decreto nº 5.844, de 13/07/2006 (art.1º que acrescenta parágrafos ao
art. 78 do Regulamento da Previdência Social).

Aposentadoria por invalidez


• Lei nº 6.880, de 09/12/1980 (art. 110).
• Constituição Federal, de 05/10/1988 (art.201, I).
• Lei nº 8.112, de 11/12/1990 (art. 186, I, §3º e art. 188 §1º).
• Lei nº 8.213, de 24/07/1991 (art. 26, II; art. 42, §1º; art. 43 §1º).
• Decreto nº 3.048, de 06/05/1999 (art. 43, §1º; art. 44 §1º).
• Portaria Interministerial MPAS/MS nº 2.998, de 23/08/2001 (art. 1º,
inciso IV e art. 2º).
• Medida Provisória nº 2.215-10, de 31/08/2001 (art. 3º, inciso 15).
• Decreto nº 4.307, de 18/07/2002.

Isenção de imposto de renda na aposentadoria e pensão


• Lei nº 7.713, de 22/12/1988 (art. 6º, XIV, XXI).
• Lei nº 8.541, de 23/12/1992 (art.47 que altera o inciso XIV e acrescenta
o inciso XXI da Lei nº 7.713/88).
• Lei nº 9.250, de 26/12/1995 (art.30).
• Decreto nº 3.000, de 26/03/1999 (art. 39, inciso XXXIII).
• Instrução Normativa SRF nº 15, de 06/02/2001 (art. 5º, inciso XII).
• Lei nº 11.052, de 29/12/2004 (art. 1º que altera o XIV da Lei 7.713/88).
• Instrução Normativa SRF nº 600, de 28/12/2005.

Benefício de Prestação Continuada – LOAS


• Constituição Federal, de 05/10/1988 (artigo 203, V).
• Lei nº 8.742, de 07/12/1993 (art. 20; art. 21).
• Lei nº 9.720, de 30/11/1998 (altera dispositivos da Lei 8.742/98).
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• Medida Provisória nº 2.187-13, de 24/08/2001.
• Lei nº 10.741, de 01/10/2003 (art 33 e art. 34).
• Decreto nº 6.214, de 26/09/2007 (Regulamenta o benefício de
prestação continuada da assistência social devido à pessoa com
deficiência e ao idoso de que trata a Lei no 8.742/93, e a Lei no
10.741/03.

Transporte coletivo gratuito na Região Metropolitana de São Paulo


• Lei Complementar Estadual/SP nº 666, de 26/11/1991
• Decreto Estadual/SP nº 34.753, de 01/04/1992
• Resolução Conjunta SS/STM nº 3, de 09/06/2004
• Resolução Conjunta SS/STM nº 5, de 04/01/2006

Transporte coletivo interestadual (Passe livre)


• Lei 8.036, de 11/05/1990.
• Decreto nº 99.684, de 08/11/1990.
• Lei nº 8.899/94, de 29/06/1994.
• Decreto nº 3.298/99, de 20 /12/1999.
• Decreto nº 3.691/00, de 19/12/2000.
• Instrução Normativa nº 001/01/STT.
• Instrução Normativa nº 001/01/STA.
• Portaria Interministerial nº 003/01.

Cirurgia de reconstrução mamária


• Lei nº 9.656, de 03/06/1998 (art. 10ª).
• Lei nº 9.797, de 05/05/1999.
• Lei nº 10.223, de 15/05/2001 (altera a Lei nº 9.656/98).

Isenção de IPI na compra de veículo


• Lei nº 8.989, de 24/02/1995.
• Lei nº 10.182, de 12/02/2001.
• Lei nº 10.690, de 16/06/2003.
• Lei nº 10.754, de 31/10/2003.
• Lei nº 11.196, de 21/11/2005.
• Lei nº 11.307, de 19/05/2006.
• IN-SRF nº 607, de 05/01/2006.
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Isenção ICMS na compra de veículo
• Lei Complementar nº 24, de 07/01/1975.
• Convênio ICMS nº 03/2007.

Isenção de IOF no financiamento para a compra de veículo


• Lei nº 8.383, de 30/12/1991 (art. 72, IV, V, §3º).

Cartão de estacionamento em vagas de deficiente físico


• Decreto Municipal n.º 36.073, de 09/05/1996.
• Portaria DSV/SMT nº 14, de 02/04/2002.

Liberação do rodízio de veículos


• Lei Municipal (São Paulo/SP) nº 12.490, de 03/10/1997.
• Decreto Municipal (São Paulo/SP) nº 37.085, de 03/10/1997.
• Decreto Municipal (São Paulo/SP) nº 37.346, de 20/02/1998.
• Decreto Municipal (São Paulo/SP) nº 44.099, de 12/11/2003.

Prioridade na tramitação de processos


• Lei nº 5.869, de 11/01/1973. (art. 1211-A, B e C).
• Lei nº 10.741, de 01/10/2003. (art. 71, §§ 1º, 2º e 3º).

Plano de saúde
• Lei 9.656, de 03/06/2008.

Redução da contribuição previdenciária para servidores públicos


inativos portadores de doença incapacitante
• Constituição Federal, art. 40, §§ 18 e 21.
• Lei nº 10.887, de 18/06/2004.
• Portaria MF/MPS nº 77, de 11/03/2008 – DOU de 12/03/2008.
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CONTATO

MAMAinfo - Seu Espaço de Apoio e Informação sobre Câncer de Mama

Portal - www.mamainfo.org.br

e-mails:

• MAMAinfo - mamainfo@mamainfo.org.br
• Núcleo de Defesa Ativa - defesaativa@mamainfo.org.br
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ANOTAÇÕES
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