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UMA ABORDAGEM ETNOMUSICOLÓGICA DO CURURU E DO SIRIRI DE

MATO GROSSO – A EXPERIÊNCIA DE APLICAÇÃO DO INVENTÁRIO


NACIONAL DE REFERÊNCIAS CULTURAIS DO INSTITUTO DO
PATRIMÔNIO HISTÓRICO E ARTÍSTICO NACIONAL -IPHAN

Edilberto José de Macedo Fonseca


Pesquisador
Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular - IPHAN
dil.fonseca@terra.com.br

Resumo: Esta comunicação buscar contextualizar a experiência do Inventário


Nacional de Referências Culturais do IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e
Artístico Nacional) como uma ferramenta para a pesquisa etnomusicológica de
dois folguedos populares da região de Mato Grosso, o Cururu e o Siriri e seu
principal instrumento, a viola-de-cocho. Esse inventário, ou INRC, como é
conhecido, cumpre hoje um importante papel para o registro da diversidade
cultural brasileira como patrimônio material e imaterial. Essa experiência traz
uma nova perspectiva de estudo da dinâmica das chamadas expressões
culturais, na medida em que tenta articular os diversos fatores socioculturais
que configuram seu ambiente de produção, realização e perpetuação. Através
desse inventário é possível compor uma pesquisa que leva em conta o
conjunto de características dos bens culturais pesquisados em sua natureza
material e imaterial. Associado a isso, o papel do inventário passa a ser traduzir
a realidade pesquisada colocando os habitantes dessas localidades como seus
mais legítimos intérpretes. Assim, o fazer musical do Cururu e do Siriri é
analisado dentro da malha de dados produzida pelo inventário.

Palavras-chave: Etnomusicologia / Folclore / Patrimônio Imaterial

Abstract: This communication refers to the experience of the National


Inventory of Cultural References – INRC, created by IPHAN (Instituto do
Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), as a tool for the ethnomusicological
research of two popular musical performances of Mato Grosso, named Cururu
and Siriri, and its main instrument, viola-de-cocho. The INRC, as it is known,
today fulfills an important role for the register of Brazilian cultural diversity,
taking in account a set of characteristics of culture in its double nature – as
material and intangible expressions. The methodology of INRC purposes new
perspectives to the study of the dynamics of popular culture, as it articulates
various sociocultural factors that configure the environment of its production,
accomplishment and perpetuation. Associated to this, the inventory recognizes
the performers of those manifestations as theirs more legitimate interpreters.
Thus, musical making of Cururu and Siriri is analyzed inside of the mesh of data
produced by the inventory.

Key words: Ethnomusicology / Folklore / Intangible Heritage


UMA ABORDAGEM ETNOMUSICOLÓGICA DO CURURU E DO SIRIRI DE MATO GROSSO –
A EXPERIÊNCIA DE APLICAÇÃO DO INVENTÁRIO NACIONAL DE REFERÊNCIAS
CULTURAIS DO INSTITUTO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO E ARTÍSTICO NACIONAL –
IPHAN

O Inventário Nacional de Referências Culturais

Em 1988 a Constituição Brasileira indicou a necessidade de serem


criados novos mecanismos de “acautelamento e preservação” (Brasil,
2003:146) para os bens culturais de natureza imaterial, que contemplam
identidades, memórias, contextos, práticas imemoriais, saberes e formas de
conhecimento expressas em práticas sociais de diversas comunidades.
Com o Decreto nº 3.551 de 4 de agosto de 2000, o Estado brasileiro deu
um novo passo no reconhecimento desses bens. Tradicionalmente, o
tombamento era o instrumento jurídico para a preservação de bens culturais de
natureza material, chamados de “pedra e cal”. Nessa nova perspectiva, além
de templos, edifícios e monumentos, passam também a ser relevantes, para
fins de preservação, celebrações, formas de expressão, ofícios, modos de
fazer e saberes que agregam valor simbólico a realidade material.
O referido decreto estabeleceu quatro livros de registros para esses
bens: o Livro dos Saberes, que registrará “conhecimentos e modos de fazer
enraizados no cotidiano das comunidades”; o de Celebrações, onde incluem-se
“os rituais e festas que marcam a vivência coletiva do trabalho, da
religiosidade, do entretenimento e de outras práticas da vida social”; o de
Formas de Expressão, que contempla “manifestações literárias, musicais,
plásticas, cênicas e lúdicas¨ e dos Lugares, onde ¨serão inscritos mercados,
feiras, santuários, praças, e demais espaços onde se encontram e reproduzem
práticas culturais coletivas¨ (Brasil, 2003:146). O decreto menciona ainda a
possibilidade de serem abertos novos livros de registro de bens caso estes não
se encaixem nos livros definidos.
Em outubro de 2001, o Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular -
CNFCP1 passa a conduzir uma experiência piloto chamada Projeto
Celebrações e Saberes da Cultura Popular, sob o patrocínio do Ministério da
Cultura que tem por objetivo produzir pesquisa visando conhecer o âmbito de
aplicação, as possibilidades e a eficiência do projeto.
Referenciando-se na experiência institucional acumulada pelo CNFCP ,
“há todo um esforço de sistematização de dados relativos a temas que
equacionem a unidade nacional e a pluralidade cultural”(Vianna, 2001: 99) a
partir das seguintes linhas de atuação: as várias celebrações do complexo
cultural do Boi; os inúmeros modos de fazer relacionados ao artesanato em
barro; a musicalidade das violas e percussões e suas formas de expressão e
modos de fazer específicos; os modos de fazer relacionados aos sistemas
culinários a partir dos elementos farinha de mandioca e feijão. No âmbito das

1
“O Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular foi criado em 1947 a partir da Comissão
Nacional de Folclore, pela mobilização de intelectuais, folcloristas e criadores culturais em
torno dos congressos realizados em todo o país, foi instituída, em 1958, a Campanha de
Defesa do Folclore Brasileiro vinculada ao Ministério da Educação e Cultura. Posteriormente a
Campanha passou a se chamar Instituto Nacional de Folclore, depois Coordenação de Folclore
e Cultura Popular e, finalmente, Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular” (Vianna,
2001:98).

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violas e percussões, foram abertos os inventários do Jongo no Sudeste e da


viola-de-cocho no Centro Oeste.
A metodologia adotada para o pedido de registro desses diferentes bens
passa pela implementação junto às comunidades do Inventário Nacional de
Referências Culturais, o INRC, desenvolvido pelo Instituto do Patrimônio
Histórico e Artístico Nacional-IPHAN. Juridicamente é um dos instrumentos que
permite a identificação desses saberes, fazeres, práticas, significações e
valores expressos em práticas sociais, e que, juntamente com o pedido de
instrução, compõem o encaminhamento ao Ministério da Cultura do pedido
registro patrimonial nos livros do IPHAN.
Definido “o universo a ser inventariado, é necessário o preenchimento
dos seguintes formulários”: (Arantes, 2000: 44).
1. Ficha de Identificação de Sítio
2. Ficha de Identificação de Localidades
3. Ficha de Campo
4. Anexo 1: Bibliografia
5. Anexo 2: Registros Audiovisuais
6. Anexo 3: Bens Culturais Inventariados
7. Anexo 4: Contatos
Entre as conseqüências e recomendações previstas para o INRC, estão
a atualização periódica dos dados, a participação da população local na
pesquisa e elaboração, a responsabilidade social a partir de uma reflexividade
criada pela pesquisa produzida, além do direito à propriedade intelectual
através do reconhecimento público e oficial do bem inventariado.

O complexo cultural do Cururu, do Siriri e da viola-de-cocho

O Cururu acontece segundo o calendário anual de festas dos santos


católicos. A irmandade reúne os recursos necessários para os festejos de
devoção aos seus santos onde diversas funções devem ser conduzidas e
podem assim ser resumidas: primeiramente acontece o Cururu, depois há a
reza e a ladainha para o santo, forma-se o reinado, ergue-se o mastro, e então
prossegue a cantoria dos cururueiros madrugada adentro. Seu Luiz Marques,
Presidente da Associação Folclórica do Mato Grosso costuma dizer que “o
Cururu é como uma peça de teatro”.
Dependendo da localidade, do santo homenageado e da própria tradição
do lugar esse ordenamento pode variar. Para cada uma dessas etapas, há
trovas e rezas específicas.
Já o Siriri é uma suíte de danças realizadas aos pares; sua prática pode
se dar tanto durante as festas tradicionais dos santos padroeiros, quanto de
maneira independente como expressão folclórica, à moda de uma quadrilha.
Os passos executados pelos dançarinos são chamados de fornadas,

3 Anais do V Congresso Latinoamericano da


Associação Internacional para o Estudo da Música Popular
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destacando-se a nhandaia, a serra e a ciranda. Os homens tocam e puxam


versos entoando em solo a primeira parte da estrofe, sendo o último verso
sempre cantado pelos demais participantes.
A orquestra do Cururu é composta da viola-de-cocho e do ganzá
(espécie de reco-reco); mais o mocho no caso do Siriri (tambor em forma de
banco coberto com couro de veado. Até há alguns anos atrás existia também o
adufo (espécie de pandeiro), hoje praticamente extinto.
A viola-de-cocho pertence à família dos alaúdes curtos, sendo composta
por cinco ordens de cordas. Julieta Andrade a define como “um alaúde
brasileiro”(Andrade apud Correa, 2000:56). No Cururu e Siriri, a viola-de-cocho
tem papel importante na condução do fazer musical, servindo de referência
harmônica aos executantes. Na música, na poesia e nas coreografias, as
diferenças entre essas manifestações são visíveis. Em termos rítmicos, os
padrões executados pelo ganzá nos toques de Cururu diferem bastante
daqueles executados no Siriri.

Figura 1

Figura 2.

A viola é confeccionada seguindo um ciclo lunar específico, para não ser


atacada por cupins, e as madeiras utilizadas são o sarã de leite, a ximbuva e o
cedro; atualmente também o jacote, a urucurana, o cajueiro, o mandiocão e a
mangueira.
Possui três trastes - pontos – com intervalos de semitom, e de tom,
quando possui somente dois pontos. As cordas (de baixo para cima: prima,
contra, corda do meio, canotil, resposta) são afinadas, de ouvido, em si, fá#,
dó#, si e mi, tendo como referência a segunda corda. Cordas à base de tripa de
animais (bugio, ouriço-cacheiro, cuatá, entre outros) e de tucum estão
praticamente extintas, tendo sido substituídas por linhas de pesca.
O entendimento desse complexo cultural inclui a compreensão das
mudanças ocorridas recentemente na interação ecológica do mestre-artesão

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com o seu meio-ambiente, momento em que ele imprime na natureza todo um


saber tradicional. Como diz seu Manoel Severino, artesão de viola, 72 anos, ö
Cururu e o Siriri depende de nós, sem a viola não tem Cururu nem Siriri.¨ O
abate das madeiras é, hoje, fiscalizado pelos orgãos públicos, o que dificulta a
busca de matéria-prima. Tal problema poderia ser resolvido se políticas
públicas de transmissão de saberes tradicionais fossem sistematicamente
implementadas e se articulassem a experiências de replantio de espécies
nativas utilizadas na produção.
O inventário busca mapear a qualidade da relação que se estabelece
entre os saberes e fazeres, delimitados em seus usos e funções rituais e
cotidianas, e os inúmeros aspectos sócios-políticos que dinamicamente
condicionam e interagem com essa tradição.

Desafios do Inventário Nacional de Referências Culturais

Um dos méritos do INRC como ação de política pública é o de tornar os


agentes culturais - artesãos, festeiros, brincantes e outros- interlocutores entre
o bem pesquisado e o poder público, reconhecendo nessas comunidades a
autoridade necessária para o pedido de registro patrimonial. A extensão da
etnografia que o inventário se propõe a realizar é que irá variar caso a caso.
A condução desse Inventário pelo CNFCP situa-se dentro de uma
perspectiva histórica que o articula com outras pesquisas implementadas pelo
Centro em 19872. A qualidade da informação e dos dados pesquisados torna
possível analisar, de maneira diacrônica, as mudanças sócio-culturais que
conduziram à configuração atual das festas de santos e do artesanato da viola-
de-cocho, bem como suas idiossincrasias.
A viola-de-cocho é atualmente fabricada por mestres artesãos
independentes, no Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Em Cuiabá, seu Manoel
Severino e seu Caetano dos Santos, 78 anos, passaram recentemente a
ocupar a mesma oficina, o que propiciou melhores condições de trabalho e
comercialização das violas, tornando-os os maiores produtores do Estado,
apesar da falta de programas de fomento por parte das instituições
governamentais.
É curioso ver que se por um lado a imagem dos cururueiros e artesãos é
utilizada iconograficamente como a ¨legítima e autêntica cultura nativa¨ pelo
poder público, por outro não recebem qualquer apoio institucional que os
permita viver desse saber e de seu fazer artesanal.
Todos os cururueiros entrevistados são pessimistas com relação à
transmissão dessas tradições. Apesar da existência de associações e grupos
folclóricos, os questionários revelaram muita desesperança dos mais velhos em
relação ao envolvimento dos mais jovens com o Cururu, o Siriri e o artesanato
da viola.

2
Pesquisa realizada nos municípios de Cuiabá, Santo Antônio de Leverger e Poconé (MT) por
Elizabeth Travassos e Roberto Corrêa para o então Instituto Nacional de Folclore, atual
CNFCP.(Travassos & Correa, 1986)
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Dois fatores são colocados como os causadores dessas mudanças:


mudanças na religiosidade e o avanço da indústria cultural de massa. Seu
Valeriano Nepomuceno, de Cuiabá, 72 anos, conta que “o baile mudou muito a
festa. Antigamente o grupo de Cururu e Siriri bastava para fazer a festa”.
“No meu tempo, que existia só o Cururu e o Siriri, Festa de São João,
São Pedro, São Benedito, misturava tudo, Divino, ia num pau só. Não tinha
essa música que existe hoje”, complementa seu Caetano Santos.
Já seu Manoel Severino acredita que a chamada música popular tomou
conta do espaço, antes reservado aos cururueiros, nas festas e na diversão da
comunidade.
“Eu considero que a música popular tomou conta.
Aquele tempo que o Caetano tá contando aí, é que
não existia música popular. Mas depois que
apareceu, ninguém largou mais, a nossa ficou
escoado (sic). Mas sobre divertimento, todo mundo
tem que divertir, não sou contra. Só que essas duas
brincadeiras de diversão, o Cururu e o baile junto,
não tem como ir. Todo mundo tem que divertir, não
vou contra”.

O depoimento de seu João Gonçalo, de Livramento, 68 anos, parece


confirmar essa idéia e acrescenta outra explicação para essa mudança social:
“Eu vou dizer pra você que quando iniciou a
aprendizagem em comércio, que o povo, os pais de
famílias saiu do sítio e veio pra o comércio, acabou
tudo. Pessoas que aprendem o Cururu, não
aprendem mais. Por quê? Não vai deixar de ir no
baile, o toque lá do instrumento, é violão, é sanfona,
´cê não vai deixar de dançar, né? Pra vir aprender
Cururu. Mas lá no sítio eles aprendem, porque não
tem outro divertimento. Os pais tá cantando eles
aprendem. Eu imagino quando tinha meu pai vivo,
eu ajudava ele a cantar, porque eu aprendi com ele,
a fazer também a moda, a moda de Cururu. Hoje os
meninos só aprende a divertir e outros canta.
Aqueles mais antigo faz uma toada bonita, lá eles
aprendem e cantam. Porque não é capaz de fazer.
Não tem inclinação. Porque o Cururu tem que ter
inclinação.”

Sobre a religiosidade é seu Antonio Matiri, de Poconé, 66 anos, que nos


fala: “No meu tempo, o povo ia na festa e sabia festar, e hoje em dia não
senhor, hoje em dia você não vê, o povo, essa rapaziada só vem pra destruir
(...), essa turminha que tem agora poucos tem devoção com nada.”

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IPHAN

O que se coloca a partir do registro patrimonial é verificar como o Estado


pode atuar de maneira a garantir uma interlocução permanente junto às essas
comunidades, acompanhando de forma dinâmica e contínua a reelaboração
desses bens culturais, incentivando-os através da atuação de suas instituições.
Apesar de ser ainda difícil avaliar, é possível que, além de
instrumentalizar o pedido de registro patrimonial, o INRC possa vir a se alinhar
a outras iniciativas que visam contribuir para um maior conhecimento,
divulgação, valorização e preservação do complexo contexto cultural do
Cururu, do Siriri e da viola-de-cocho, que na dinâmica de seus usos e
significações próprias, constituem-se em bens culturais singulares da maior
relevância para o patrimônio musical brasileiro.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Arantes, Antônio Augusto. 2000. Inventário nacional de referências culturais:
manual de aplicação. Brasília: Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural.
Brasil. Constituição da República Federativa do Brasil.14, ed. Rio de Janeiro:
DP & A , 2003.
Corrêa, Roberto. A arte de pontear viola. Brasília: Viola Corrêa Produções,
2000. 259 p., il.
Travassos, Elizabeth & Corrêa, Roberto. Pesquisa sobre cururu, siriri e viola de
cocho. Cuiabá: FUNARTE/Instituto Nacional de Folclore, 1986.
Vianna, Letícia. 2001. “Dinâmica e Preservação das Culturas Populares:
Experiências de Políticas no Brasil”. En Revista Tempo Brasileiro, ed. Tempo
Brasileiro. Rio de Janeiro: nº147, out-dez, 93-100.

7 Anais do V Congresso Latinoamericano da


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