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01/02/11
Provas em espécie
Procedimentos
Recursos em espécie
Bibliografia:
03/02/11
1. Conceito
- Significados → atividade
→ meios
→resultado
2. Finalidade
3. Objeto
4. Alegações excluídas
- fatos notórios
- presunções absolutas
* FATOS INCONTROVERSOS
5. Meios de prova
- nominadas
- inominadas
6. Classificação
→ indireta
→ pessoal
→ documental
→ material
-o0o-
A teoria geral do processo vale tanto para penal quanto para civil, sendo que o
penal tem algumas peculiaridades.
Conceito
- Atividade exercida por uma das partes, com a finalidade de comprovar suas
alegações. Ex.: reconhecimento de pessoas → atividade que é designada
muitas vezes como prova e implica em uma atividade exercida por uma das
partes para comprovar o que foi alegado; portanto prova pode ter o significado
de atividade exercida por uma das partes, com a finalidade de comprovar suas
alegações. Prova no sentido de atividade (ex.: reconhecimento de pessoas é
uma atividade e, na verdade, é designada como prova. Prova que implica numa
atividade exercida por uma das partes para comprovar o que foi alegado).
- Também pode significar o meio pelo qual se pretende demonstrar o que foi
alegado. Ex.: Indivíduo que alega ser casado e vai exibir um documento que
venha comprovar essa alegação. Então, pode se valer de um meio para
comprovar o que disse anteriormente. Prova no sentido de meio; meio pelo
qual a parte vai se valer para comprovar sua alegação.
Neste momento nos interessa mais prova no sentido de meio; quais os meios
que as partes têm para comprovar suas alegações. Esse é o nosso objetivo,
embora não exclusivamente.
As alegações das partes é que são objetos de prova: alega, mas tem que
comprovar que o que alegou é verdadeiro, com a finalidade de formar a
convicção do magistrado.
4. Alegações excluídas
- fato notório (diferente de consenso social que é outra coisa) é aquele que não
depende de comprovação, porque todo mundo sabe.
Ex.: todo mundo sabe que existe o carnaval; não é ocaso de acreditar-se, é
fato. A moeda corrente no Brasil é o real e todo mundo sabe (não é crença, é
fato).
Fato notório é aquele que leva a uma alegação inquestionável que todo mundo
sabe o que é.
Crença social: todo mundo acredita que o tal do Bruno matou a moça, mas é
uma crença, não é um fato.
Crença não implica em dizer que é um fato notório, que é o que todo mundo
sabe e não há o que questionar.
Não existe presunção de veracidade dos fatos incontroversos (que não foram
rebatidos pela defesa).
5. Meios de prova
O art. 332 do CPC, diz que são admissíveis em direito quaisquer meios de
prova desde que não ofendam a lei e aos bons costumes.
A regra também para o processo penal é igual. Não tem artigo correspondente
no CPP, mas não quer dizer que não podemos nos valer dessa regra, até
porque a base processual é igual para penal e civil.
Regra geral, todos os meios são admitidos, mas não é uma regra absoluta, há
restrições em relação a alguns meios de prova.
Refere-se a regra de que, em princípio todos os meios de prova, mas isso não
se dá de forma absoluta (inovação da reforma de 2008). O que consta no caput
do art. 155, já era entendimento jurisprudencial.
Parágrafo único:
Proibição de prova ilícita que é uma vedação constitucional. Essa restrição será
vista em tópico próprio na próxima aula.
6. Classificação
Quanto ao objeto:
Ex.: não consegue provar que o indivíduo, no momento do crime, não estava
no local do crime, mas pode provar que estava em outro local.
Toda vez que se afira diretamente a prova, ela é direta e toda vez que tiver que
se valer de outro meio de prova ela é indireta.
Quanto ao sujeito ou causa:
Quanto à forma:
08/02/11
7. Provas ilícitas
- ilícitas
- ilegítimas
- desentranhamento
- inutilização
→ fonte independente
* Se favorável ao acusado
* teoria da proporcionalidade
8. Causar especiais:
- interceptação → telefônica
→ ambiental
→ Lei 9296/96
* escuta telefônica
* gravação clandestina
9. Prova emprestada
- mesmas partes
- formalidades
- contraditório
* IP
-o0o-
7. Provas ilícitas
Até 2008 essa vedação de prova ilícita no processo penal era prevista só na
CF, não havia previsão infraconstitucional regulando a matéria, só tínhamos
preceitos doutrinários, jurisprudenciais. Então, essa vedação, em princípio era
expressa na constituição e prevista pela doutrina.
Muitos dos preceitos que a doutrina desenvolveu foram adotados
expressamente com a reforma de 2008, no art. 157 do CPP – portanto, agora
consta de forma expressa no CPP a vedação de prova ilícita.
Ilegítima também é prova que é proibida, porém prova ilegítima constitui uma
afronta ao texto infraconstitucional. Regra geral, uma afronta às regras do
próprio CPP.
Ex. Uma das provas que vamos estudar é a prova relacionada ao exame
pericial. Dentro da produção da prova pericial temos características e regras
que devem ser seguidas. Primeira, art. 158, em todo crime que deixa vestígio a
única forma de provar o crime é pelo exame de corpo de delito. Se no caso
concreto não houver a realização desse exame nem nenhuma outra análise
que a lei permita no caso concreto, a prova será ilegítima pela afronta a regra
de processo com relação a essa prova. Portanto, afronta a texto
infraconstitucional (CPP).
Tanto uma quanto outra não são provas válidas e por isso, diz o CPP, deve
haver o desentranhamento da prova (tirar do processo). Essa é a regra.
Retirada dos autos essa prova, posteriormente o juiz deve determinar sua
inutilização. Isso está expresso no caput do art. 157 (diz só ilícitas, mas se
entende que ilegítima está incluída).
§ 4º vetado, art. 157, CPP – não tem o texto, que foi vetado. A ideia era mais
ou menos para demonstrar que depois de produzida a prova ilícita não tem
como evitar que o magistrado tome conhecimento da prova, não pode referir-se
a ela ao sentenciar, mas já teve contato com ela. A doutrina diz que muito
embora não possa considerar, toma conhecimento dessa prova. Em princípio,
esse § 4º cujo texto foi vetado, tentava de alguma maneira preservar esse
contato indevido do magistrado com essa prova indevida. Estabelecia que o
magistrado que tomasse conhecimento da prova ilícita estaria proibido de
sentenciar, devendo submeter o processo à apreciação de outro magistrado.
Era mais ou menos isso. Era salutar porque de alguma maneira não se
consegue apagar o que leu na prova ilícita. Mas foi vetado, e a razão foi
inconstitucional, por conta da imparcialidade do juiz. Disse o presidente dentre
outras justificativas que no primeiro grau de jurisdição seria fácil, principalmente
em comarcas grandes, submeter o processo a outro magistrado, porém, em
cidades pequenas que têm só um juiz seria mais difícil, então um dos
inconvenientes seria esse. Outra questão, disse o presidente que em 2º grau,
nos tribunais, pode ser que o juiz seja proibido de sentenciar, mas teria que
votar (o que não é bem certo: tem cinco, mas apenas três votam e são
alternados). Foi vetado, mas mais em razão de provocar demora do que por
inconstitucionalidade. Isso tornou a reforma de 2008 mais tímida do que se
esperava, porque esse parágrafo tornaria mais efetiva a produção da prova
ilícita/ilegítima.
Teorias:
Adotada uma teoria com características um pouco diferentes: prova ilícita por
derivação: teoria dos frutos da árvore envenenada. Prova ilícita por derivação
significa que não basta inutilizar e desconsiderar a prova ilícita, mas também
todas aquelas que derivam desta ilícita originária devem ser inutilizadas e
desconsideradas.
Se colocar num cesto uma fruta podre com outras saudáveis, estas se
contaminarão. A ideia é esta.
Ex.: uma situação em que se aplica a tortura para a confissão, crime de roubo
confessado sob tortura. Ilícita inegavelmente. Mas, imagine-se se antes de
confessar, antes disso já havia ocorrido a apreensão da res furtiva; essa
apreensão da coisa roubada não tem decorrência direta da confissão por
tortura, porque foi apreendida antes dessa confissão.
Essa é a regra.
Mas o processo penal brasileiro tem características diferenciadas por conta das
garantias constitucionais do indivíduo em relação aos princípios de processo
penal:
8. Casos especiais:
Gravação da babá em casa, não vale no processo penal, se ela não souber
que está sendo gravada (no processo do trabalho é mais flexível).
Ambiental: público sim, fechado só se todos souberem (se não souber para o
processo penal não serve).
* gravação clandestina → ocorre toda vez que um dos interlocutores grava sua
conversa com 3ª pessoa.
Essa gravação clandestina pode para beneficiar o réu; para incriminar NÃO.
9. Prova emprestada
- contraditório → tem que ter sido produzida no processo de origem sob a égide
do contraditório.
Regra geral, não pode pegar prova emprestada em IP – não é expresso, mas
prova produzida em IP não pode ser emprestada por ausência de contraditório.
A regra não é assim no processo penal, mas tem uma exceção que é o
procedimento do Tribunal do Júri, procedimento longo, quem decide o mérito
da causa não é o juiz togado, é o Conselho de Sentença, formado por 7
jurados leigos, sorteados entre cidadãos de conduta ilibada, não são juízes de
carreira, são pessoas comuns. Os jurados, no Tribunal do Júri, decidem por
livre convicção, respondem aos quesitos com sim ou não. Em princípio, não
precisa haver motivação. Não é a regra, mas é um resquício, uma exceção.
Se houver outra forma de substituir essa prova específica, essa prova também
tem que estar prevista na lei.
Livre convicção só no Tribunal do Júri, pelo Conselho de Sentença e prova
tarifada só como prevista em lei.
10/01/11
- art. 156 I, II
Provas em espécie
- crimes transeuntes
- corpo de delito
- exame
- Exame direto
Indireto
2. Das perícias
2.1. Conceito
-o0o-
O juiz pode fazer isso antes do início da ação penal desde que esteja diante de
situação em que as provas sejam consideradas urgentes e relevantes (tem que
ser os dois: urgente e também relevante). O próprio artigo estabelece os
critérios para individualização do que vem a ser urgente e ao mesmo tempo
relevante: necessidade, adequação e proporcionalidade.
Prova relevante é uma prova de suma importância, para o juiz formar sua
convicção lá na frente. Os critérios são os mesmos: prova de suma
importância, desde que seja necessária, adequada e proporcional.
Provas em Espécie
Tem crime que não muda o mundo exterior, não deixa marcas, vestígio.
Transeunte no sentido vulgar é aquele que passa e se passa não fica, não
deixa vestígio. Ao contrário, os crimes não transeuntes são crimes que deixam
vestígios. E se deixam vestígios, ficam marcas e se ficam marcas tem que
examinar essas marcas, tem perícia. É isso que diz o dispositivo.
No exame indireto o perito realiza sua análise com base em outros meios de
prova.
Art. 167, CPP: não sendo possível o exame de corpo de delito, por haverem
desaparecido os vestígios, a prova testemunhal poderá suprir-lhe a falta.
A avaliação que o perito faz com base no depoimento é que é o exame indireto,
não o que a testemunha diz (o perito analisa o depoimento de uma testemunha
e, a partir dessa análise pode estabelecer um laudo).
Art. 158:
O exame de corpo de delito deve ser realizado, de forma direta ou indireta, mas
precisa ter, nem a confissão vai suprir a ausência do exame de corpo de delito.
Daí se pode deduzir que a confissão, por si só, não pode levar a uma
condenação. É meio de prova e deve ser considerada com outros meios e não
sozinha, tanto é assim que não elimina a obrigatoriedade da realização do
exame pericial.
Se o exame ainda não foi realizado ou o laudo ainda não foi juntado no IP, é
pacífico o entendimento de que o juiz pode receber a inicial.
2. Das perícias
2.2. Requisitos: mudou a regra em 2008, antes cada laudo deveria ser
assinado por 3 peritos. O art. 159 é claro ao dizer que basta apenas um;
embora a Súmula 361do STF não tenha sido revogada expressamente, ela não
vale mais (dizia que era nulo o exame que não fosse realizado por 2 peritos).
Regra geral, por um perito oficial; porque as perícias são feitas por um órgão
criado para esse fim (em SP, Instituto de Criminalística). Se não tiver perito
oficial, o exame será realizado por 2 pessoas idôneas, nomeadas pelo juiz,
desde que tenham diploma de curso superior (com pertinência com o exame
que será realizado, não precisa ser específico, mas tem que estar relacionado,
ex. necropsia pode ser realizada até por dentista, pelo conhecimento da
anatomia humana).
15/02/11
Interrogatório
2. Alterações legislativas
- Lei 11.900/09
-o0o-
Parágrafo único. Nos casos de morte violenta, bastará o simples exame externo do
cadáver, quando não houver infração penal que apurar, ou quando as lesões externas
permitirem precisar a causa da morte e não houver necessidade de exame interno para a
verificação de alguma circunstância relevante.
A regra foge a lógica nesse caso: não é em todo caso de crime violento que a
necropsia é necessária.
Segunda parte: salvo se os peritos julgarem que possa ser feita antes daquele
prazo: pode ser que a necropsia seja realizada antes das 6 horas, o que será
declarado pelo perito no auto.
2.6 Exumação:
Uma delas é pertinente ao local do crime: ocorrido o ilícito, uma das primeiras
providências deveria ser a preservação do local do crime, impedindo sua
modificação, porque a análise do local do crime diz muito sobre a prática do
ilícito penal. Quanto mais gente mexer no local do crime ou quanto mais se
mudar o cenário, mais difícil será a investigação.
Em uma das formas de lesão corporal, diz a lei que a lesão corporal é um crime
que ocorre em relação à integridade corporal das pessoas e deixa vestígios
que precisam ser analisados. Em regra, bastaria um exame para comprovar a
lesão corporal. Porém, no caso de lesão grave, art. 129, § 1º, I, CP, cuja
previsão legal implica em impedir a pessoa de exercer suas ocupações
habituais por mais de 30 dias, só se consegue provar isso se realizado um
exame complementar que comprove a incapacidade por esse interregno (30
dias).
Esse exame complementar deve ser realizado ao final dos 30 dias. Sem esse
exame complementar não se comprova essa espécie de lesão. É
indispensável.
Regra geral, crime que deixa vestígio obrigatoriamente tem que ter exame de
corpo de delito, direto ou indireto. Dentre as formas indiretas de comprovação,
existe a possibilidade de o perito avaliar outros meios de prova e esse art. 168
também faz referência a essa possibilidade, no § 3º. Não realizado exame
complementar ela pode ser suprido pela análise de prova testemunhal, que é
um outro meio de prova.
- escalada → não é só subir, é qualquer entrada por via anormal; desde que
não haja rompimento de obstáculo é escalada.
Crimes que têm cunho patrimonial, o objeto subtraído ou destruído tem valor
(sempre que se fala em patrimônio há referência a coisa que possa ser
expressa em moeda). Obrigatoriamente deve haver um laudo de avaliação, em
que se identifica o objeto, as características, a marca, o valor desse objeto
subtraído ou destruído.
Mesmo que não constitua arrependimento posterior, toda vez o autor de crime
patrimonial tenta minimizar de alguma maneira a prática delitiva vai haver a
possibilidade de incidência de uma atenuante genérica, art. 65, III, “b”, CP.
Então, a diminuição de pena é possível ainda que não seja por conta da
aplicação do art. 16 do CP.
Tem uma novidade na reforma: a sentença condenatória, quando o juiz proferi-
la, deve obrigatoriamente fixar um valor mínimo de indenização. Para essa
fixação o parâmetro é o valor do objeto do crime e para isso se presta o laudo
de avaliação.
Quem realiza em geral é o perito, mas não precisa nesse caso específico que
haja formação específica. É imprescindível o laudo.
2.13 – O juiz não se vincula ao laudo. Isso significa que o juiz não é obrigado a
seguir exatamente o que os peritos lançaram no laudo. Para discordar, é claro
que deve ter conhecimento. Pode rechaçar o laudo utilizando outros elementos
de prova dos autos. Não se vincula ao laudo, mas tem que respeitar o conjunto
probatório.
O laudo não implica aceitação incondicional pelo juiz; tudo vai depender do
conjunto probatório.
Interrogatório
Em princípio, é meio de prova porque a depender do que for alegado pelo réu
na fase judicial, pode servir de instrumento de convicção para o magistrado
quando da prolação da sentença (inclusive está colocado no CPP como
espécie de meio de prova – arts. 185 a 196 do CPP); mas não deixa de ser,
também, meio de defesa. Mais que isso: é o único momento em que o réu
exerce sua autodefesa, pode pronunciar-se por si mesmo, sem ter que se valer
de alguém que tenha capacidade postulatória. Está colocado no código de
maneira diferente, mas é meio de defesa também.
O réu solto deve ser intimado para a audiência. Em regra pessoalmente (tanto
ele quanto seu defensor).
O indivíduo preso, em princípio, deve ser requisitado (o juiz ordena que se leve
o réu à audiência, para interrogatório) pelo magistrado para ser conduzido do
CDP para o fórum, pela autoridade. É dispendioso, perigoso. Tem lei
regulamentando a não exigência da requisição (em princípio, continua-se a
requisitar).
Se não for possível (art. 185, CPP, § 1º), principalmente no caso do RDD, todo
mundo se desloca até o local onde o acusado está detido, onde há uma sala
especial para a realização do interrogatório.
É direito do réu acompanhar a instrução; portanto, não é fácil. Por isso surgiu
outra ideia: videoconferência. Em princípio, foi uma lei estadual que instituiu.
Era uma lei inconstitucional, por vício de forma (legislar sobre processo é
matéria privativa da União).
Mas, logo em seguida, veio a Lei 11.900/09 que é federal, suprindo o vício de
forma. No âmbito prático, os interrogatórios anteriores, geraram nulidades.
Requisitos da videoconferência:
17/02/11
Interrogatório
§ 1º sala própria
§ 2ª videoconferência
6 – Partes
- de qualificação
- de mérito
9 – Espécies
- Surdo
- Mudo
- Surdo-mudo
- Analfabeto
- Estrangeiro
Confissão
1 – Conceito
2 – Espécies
– simples
- Qualificada
- Complexa
- Judicial
- Extrajudicial
- Explícita
- Implícita
3 – Valor Probante
4 – Característica
- Retratabilidade
- Divisibilidade ou indivisibilidade
Explicação:
4 – Réu preso (art. 185, CPP) – por meio de requisição do CDP para o fórum
Lei 11900/09
6 – Partes:
O interrogatório, ainda hoje, é ato privativo do juiz, ainda que seja o Defensor
ou parte. As perguntas deverão ser realizadas ao juiz, e este providenciar – art.
188, CPP.
No júri as perguntas serão feitas diretamente pelas partes – art. 474, § 1º, CPP.
8 – Direito ao silêncio – art. 5º, Inciso LXIII, CF – tem direito a ficar calado
Art. 186, CPP – o juiz tem que dizer que o réu poderá ficar calado antes de
iniciar o interrogatório
Art. 198 (letra morta): o silêncio não poderá ser aplicado em prejuízo do réu
2 – Espécies de confissão:
- implícita – por frases, palavras; fica implícita a conduta, não expressa, mas
deixa rastros da prática.
O valor da confissão é o mesmo que das demais provas – art. 197, CPP (em
pé de igualdade); mesma força probante. A confissão é uma dos elementos de
prova, mesma hierarquia dos demais meios de prova.
* se a confissão for o único meio de prova o juiz não pode condenar o réu, o
indivíduo será absolvido. Tem que haver a combinação das provas – art. 197,
CPP
4 – Características da Confissão:
- Preservação da intimidade - § 6º
6. Partes
O interrogatório é dividido em qualificação e questões de mérito.
9. Espécies de interrogatório
Confissão
- Espécies de confissão:
5. Extrajudicial → no inquérito
Características
Hoje em dia o ofendido terá notícia se o acusado que estava preso for solto (a
partir de 2008, seguindo os moldes da Lei Maria da Penha de 2006).
22/02/11
- §§ 2º e 3º (comunicação)
- § 5º tratamento multidisciplinar
- § 6º preservação da intimidade
- regra geral
2. Características
- judicialidade
- oralidade
- objetividade
- retrospectividade
- imediação
- individualidade
2. Compromisso
4. Dispensas e proibições
5. Testemunha suspeita
6. Contradita
7. número de testemunhas
8. Classificação
-o0o-
- § 5º: outra novidade, também com inspiração na Lei Maria da Penha. Com a
entrada em vigor da reforma, ampliou-se a possibilidade de conceder a vítima
tratamento multidisciplinar, por conta do trauma oriundo da conduta delitiva. O
grande problema prático é a falta de estrutura e de implementação no caso
concreto. O dispositivo deve ser entendido de forma a adequar-se a previsão
da CF. Para que haja efetividade da medida, é preciso que haja a
implementação, mas, muito mais, temos que observar o dispositivo a luz da
CF, porque o dispositivo fala que as despesas serão suportadas pelo estado ou
pelo autor do delito. É imprescindível, ante a presunção de inocência, que a
interpretação seja restritiva: o autor delito pagar a conta só pode acontecer
quando houver certeza efetiva da autoria e isso só acontece com o trânsito em
julgado da sentença condenatória. O entendimento que predomina é que o
estado deve implementar esse atendimento multidisciplinar e, posteriormente,
pode ressarcir-se do autor do delito (após o trânsito em julgado da sentença
condenatória). Esse entendimento torna o dispositivo constitucional, só falta
aparelhamento e pessoal para a implementação.
Regra geral, art. 202: em princípio, qualquer pessoa, de qualquer idade, pode
ser testemunha no processo penal (traz um diferencial em relação ao processo
civil, que tem outras restrições). Criança pode, na medida do possível e com
preservação da incolumidade psíquica, deficiente mental etc. Qualquer um
pode se for necessário para o deslinde. Todo mundo poder prestar depoimento
não quer dizer que todos tenham o compromisso de dizer a verdade (também
não quer dizer que a pessoa possa mentir).
2. Características
Obs.: Vimos que o crime do art. 342 (falso testemunho ou falsa perícia), tem 2
teorias que o inspiraram – objetiva e subjetiva. Para a subjetiva, o indivíduo diz
o que acha dos fatos; para a objetiva que é a que adotamos, diz o que sabe; a
opinião pessoal pouco importa para a convicção do magistrado. Sempre tem
uma carga de subjetividade, mas o que se exige da testemunha é que ela diga
exatamente o que percebeu dos fatos pelo que viu ou pelo que ouviu; nunca se
exige dela a verdade efetiva do caso concreto, porque isso é impossível para
qualquer pessoa, apenas tem que declinar exatamente o que ela sabe sem
dizer ou deduzir nada além disso.
- imediação: significa dizer que consigna o que viu ou o que ouviu dizer.
- regra → art. 203, CPP: presta as informações para que se possa saber se
haverá redução da credibilidade (os dados permitem que se forme um perfil da
pessoa, por isso presta as informações antes do interrogatório).
Art. 206 – regra, A testemunha não poderá eximir-se da obrigação de depor. Poderão,
entretanto, recusar-se a fazê-lo o ascendente ou descendente, o afim em linha reta, o cônjuge,
ainda que desquitado, o irmão e o pai, a mãe, ou o filho adotivo do acusado, salvo quando não
for possível, por outro modo, obter-se ou integrar-se a prova do fato e de suas circunstâncias.
A partir do momento em que pai, mãe, simplesmente não querem dizer nada
sobre o fato delitivo pela relação de parentesco, isso é franqueado; mas a partir
do momento em que destruírem provas ou irem além do razoável, respondem
pelo crime cometido.
O art. 208 apresenta rol taxativo das pessoas que não prestam compromisso.
Não precisa ser profissional de nível superior (ex. o marceneiro que coloca
parede falsa em casa, não pode divulgar esse fato). Todo tipo de conhecimento
em razão de exercício profissional.
8. Classificação
- Testemunhas próprias → são aquelas que vão depor sobre os fatos objeto da
relação processual.
Cada classificação pode coexistir com outra no caso concreto, desde que não
sejam excludentes (p.ex., testemunha direta e própria).
24/02/11
Testemunhas
9. Deveres das testemunhas
- art. 458 c/c. artigo 436, § 2º, CPP (art. 219, CPP)
- § 1º - ofício
- § 2º militares
- § 3º - funcionários públicos
-o0o-
1. Conceito
2. Natureza jurídica
3. espécies imediato
Mediato
Fotografia
* imagens e vozes
4. Reconhecimento de pessoas
-o0o-
Mas o que interessa é analisar o que acontece se ela não cumprir este dever/;
se não comparece, mesmo que regularmente intimada, no dia e horário
marcados para o compromisso qual a consequência.
Para reforçar essa ideia, o art. 219 estabelece que é possível a imposição de
multa. Com a reforma de 2008, a previsão da multa não está mais no art. 453 e
sim no art. 458 (que tem que ser combinado com o art. 436, § 2º, CPP).
Normalmente, com exceção do júri, para perguntar alguma coisa ao réu, tem
que ser através do juiz; em relação a testemunha não precisa mais. Diz o art.
212 que as perguntas às testemunhas serão realizadas diretamente (não
precisa mais perguntar ao juiz que repergunta à testemunha), mas o
magistrado pode indeferir a pergunta nos casos que o artigo menciona. O
magistrado ainda tem poder de controle sobre as perguntas. A parte pode fazer
consignar em ata de audiência pergunta realizada e indeferida, para poder
levantar a questão em grau de recurso.
11. Em princípio, regra geral, a presença do réu quando da colheita das provas
ou da fase instrutória é direito do réu, atendendo ao princípio da ampla defesa.
Porém, às vezes, no caso concreto pode ser que a testemunha venha a sofrer
eventual intimidação por conta da presença do réu em seu depoimento. O art.
217 estabelece que, em princípio, pode realizar o depoimento da testemunha
por videoconferência, se não for possível, pode retirar o réu da sala (mas só se
a testemunha requerer diretamente ao magistrado por conta de intimidação que
esteja sofrendo pelo réu no caso concreto). Não é regra, é exceção.
Precatória é normal.
Dentre essas, algumas que ocupam o mais alto escalão, além de combinar
previamente, ainda poderão prestar seu depoimento por ofício (§ 1º) – exceção
à regra da oralidade, formulando as perguntas por ofício e respondendo por
escrito, só para autoridades do mais alto escalão.
3. espécies:
Reconhecimento imediato → gera um meio de prova mais seguro porque a
pessoa, assim que se depara com a pessoa ou objeto imediatamente se
recorda de um e de outro. O valor desse meio de prova acaba sendo um pouco
superior.
Para que haja o reconhecimento propriamente dito tem que seguir o disposto
no art. 226.
Primeiro passo, a pessoa que vai fazer o reconhecimento tem que descrever o
autor do crime, sem ver ninguém, e isso é consignado;
6. Reconhecimento informal
-o0o-
Qualquer das partes pode pedir a acareação e também o juiz pode determinar
de ofício.
01/03/11
1. Conceito
- instrumentos
- papeis
* sentido amplo
- públicos
- privados
1. Indício
2. Presunção
Busca e apreensão
1. espécies domiciliar
pessoal
2. restrições
-o0o-
Por conta de algumas situações vindas do CP, temos alguns documentos que
são particulares, mas por sua natureza, são equiparados aos públicos (art. 297,
§ 2º do CP, individualiza os documentos públicos por equiparação). Os
documentos todos elencados nesse artigo são particulares em essência porque
são elaborados por pessoa, em princípio, particular. Porém, dada a relevância,
muitas vezes por conta de ter necessidade maior de controle (como o caso dos
títulos ao portador que circulam rapidamente), o legislador houve por bem
equiparar.
Falsidade material (arts. 297e 298): falsidade que recai sobre a forma
(espelho).
Regra geral → tanto numa situação como noutra tem um direito envolvido que
o Código e a CF pretendem preservar; são situações de exceção da intimidade
das pessoas que é garantia constitucional e deve ser excepcionada em
situações especialíssimas.
O direito que se pretende proteger, e por isso existe limite, é a preservação da
intimidade. Todo mundo tem esse direito, inclusive quem comete ilícito que tem
flexibilização na exata medida do conflito entre interesse social e intimidade
(princípio da razoabilidade).
Em princípio, busca e apreensão pode ser domiciliar toda vez que for
necessária alguma diligência investigativa na casa (no conceito acima) de
alguém.
2. Restrições
→ durante a noite não pode entrar na casa das pessoas, nem com mandado se
o morador não quiser. Em princípio, só flagrante, desastre, para prestar socorro
e com autorização do morador (independentemente de mandado). Se o
morador não permite a entrada, a autoridade deve guardar a casa, aguardando
o amanhecer.
→ art. 249, CPP (mulher) a busca em mulher deve ser feita, em princípio, por
mulher, mas homem também pode. Tem limite.
03/03/11
Procedimentos
1. Generalidades
- ação
- processo
- procedimento
2. Formas procedimentais
- procedimentos comum
Especiais
- Comum ordinário
CPP) Sumaríssimo
* Obs.: IP – arquivamento
2.1.43 – Citação
-o0o-
Procedimentos
1. Generalidades
2. Formas procedimentais
Será procedimento sumário se a pena máxima cominada for maior do que dois
e menor do que 4 anos;
Requisitos – art. 41, CPP (diz menos do que deve): identificar o autor do delito;
se houver coautoria tem que individualizar a conduta de cada um deles na
inicial acusatória; é imprescindível a individualização da conduta de cada autor.
Obs.: É vedado no caso concreto que haja oferecimento de inicial que seja
genérica (nem queixa), sem individualização da conduta dos autores.
Jurisprudência maciça.
O indivíduo deve ser apontado especificamente, bem como demais dados para
sua individualização (se usa apelido, nome diferente, nome de pai e mãe –
para evitar que haja homônimo).
Titular da ação oferece denúncia ou queixa e vai para o magistrado que decide
se recebe ou não. Pode rejeitar nas hipóteses do art. 395.
Quando faltar justa causa para o exercício da ação penal: quando, de pronto,
sem necessidade de prova alguma, está diante de situação que não caracteriza
crime – de forma evidente. Do contrário, se precisa comprovar situação para
exclusão do crime, o processo continua. O magistrado, na prática, evita rejeitar
a inicial de plano. Até porque há possibilidade de absolvição sumária, logo
após a manifestação da defesa.
Inepta ou falta de justa causa, deve haver a rejeição da inicial acusatória, nos
termos dos incisos do art. 395.
10/03/11
* Falta ou defeito
* edital → 15 dias
→ denominação
→ peça obrigatória
→ objeto
* Princípio da eventualidade
* rol de testemunhas
* oitiva do MP?
-o0o-
De acordo com a regra: oferecimento da inicial acusatória; autos conclusos ao
magistrado para analisar caso de recebimento ou rejeição. Rejeição, art. 395,
CPP. Haverá recebimento se houver indícios de autoria e materialidade.
Como sanável se quer dizer que ele pode comparecer espontaneamente que
não lhe será retirado o benefício da defesa (apenas fica suprida, sanada, a
citação).
Toda vez que tem nulidade é possível impetrar habeas corpus. A nulidade
enseja o remédio constitucional.
Ou pode ser arguida na defesa escrita.
→ espécies
A regra no processo penal é que a citação seja real, ou seja, pessoal, por meio
de expedição de mandado de citação a ser cumprido por oficial de justiça, no
caso concreto. Não pode expedir carta com aviso de recebimento.
O oficial de justiça vai até o local e entrega cópia da denúncia (contra fé) inicial.
Edital → sempre que o réu estiver em LINS (lugar incerto e não sabido).
Prazo para edital → 15 dias (e com a reforma é prazo único); sempre 15 dias,
não tem mais exceção (as exceções foram revogadas).
Preso – A Súmula 351, STF, perdeu o objeto porque a partir de 2008, citação
de réu preso é sempre pessoal, pouco importa se está no mesmo estado ou
em outro estado. Citação de réu preso é sempre pessoal, sob pena de
nulidade; a Súmula perdeu eficácia. A previsão de citação do réu preso está no
art. 360, CPP.
Condição estabelecida para que se torne válida essa situação: carta para o réu
comunicando a realização e a forma do ato.
→ Art. 366, CPP e 367, CPP, estabelecem situações de revelia. O art. 366 diz,
em princípio, que citação presumida no âmbito do processo penal, se não
aparece nem nomeia defensor a consequência não é revelia; é suspensão do
processo e do prazo prescricional. A controvérsia vai se referir ao prazo em
que o processo poderá ficar suspenso.
Tem mais dois: não pode suspender para sempre o prazo prescricional –
operado o prazo máximo de prescrição para o crime, extingue a punibilidade; e
Art. 367, CPP o efeito da revelia é diminuto – não dá para presumir verdadeiro.
Em princípio, mesmo que haja julgamento a revelia, jamais haverá presunção
de veracidade da alegação inicial. O único efeito é que o processo caminhará
eventualmente sem intimação do defensor. Só poderá ser condenado pelo
conjunto das provas amealhadas no processo penal; nunca pela simples
ausência.
→ réu no exterior – art. 368, CPP: em outro juízo, o réu será citado por
precatória. No exterior, em local sabido, expede-se carta rogatória para citar e,
como demora demais, o prazo prescricional fica suspenso durante esse prazo.
→ intimações – arts. 370 até 372 do CPP: a intimação do defensor, regra, será
intimado por publicação. Pessoalmente, o MP e a defensoria, defensor
constituído é intimado pela imprensa oficial exceto situações especiais.
Defesa prévia é uma peça que não existe mais: mudou o nome, a forma o
objeto. Não existe mais defesa prévia, com esse nome não tem mais. Existia
antes da reforma de 2008 com características diferentes; era peça facultativa;
não precisava trazer argumento no conteúdo; a única função era arrolar
testemunhas. Hoje não pode mais ser assim a resposta à acusação.
Obs.: Recebimento da inicial → com a reforma de 2008 há quem diga que hoje,
no processo penal, esse 1º recebimento não teria validade, teria que haver um
segundo recebimento da inicial acusatória, e alguns ainda dizem que vale o 1º
enquanto outros dizem que vale o 2º.
Por isso tem prevalecido que o primeiro recebimento é o que vale, inclusive
para o prazo prescricional (embora ainda existam alguns que acreditam no 2º
recebimento).
15/03/11
2.1.6 – Conclusão
→ declarações do ofendido
Defesa
→ acareações
→ interrogatório
* “emendatio libelli”
* “mutatio libelli”
→ sentença
- o0o -
III – o caso narrado evidentemente não constitui crime: exclusão do fato típico:
O fato narrado não está tipificado em lei.
Ex.: erro de tipo essencial escusável – que recai sobre elementar do tipo, por
exclusão do dolo e da culpa.
Tem dois tipos: essencial escusável - exclui dolo e culpa, não tem crime e
inescusável que exclui só a culpa.
Nos debates orais, cada parte tem 20 minutos para falar, prorrogáveis por mais
10, a critério do juiz. Nesse tempo, realizados os debates, ainda é possível que
haja prolação da sentença, na sequência.
Não precisa abrir novo prazo para debates ou cindir a audiência, o juiz quando
dá a condenação simplesmente arruma o artigo, de oficio.
Terminou a instrução, a descrição dos fatos está certa, o juiz corrige de ofício
ou mediante requerimento e já sentencia com o enquadramento correto. Não
tem consequências gravosas.
* Mutatio libelli → fundamento art. 384 do CPP – se é mutatio indica que deve
haver mudança. Na mutatio libelli há necessidade de modificação na descrição
dos fatos. A consequência é diferente: tem que parar, aditar a denúncia.
17/03/11
Procedimento Ordinário
→Obs. finais:
1. Aplicabilidade
2. Peculiaridades:
- nº de testemunhas
* art., CPP
Processo Sumaríssimo
1. Fundamento constitucional
- art. 98, I, CF
2. Legislação
- Lei 9099/95
- Lei 10.259/01
* Lei 11.313/06
3. Aplicabilidade
* delitos eleitorais
-o0o-
Crimes cuja pena máxima cominada seja maior que 2 , mas menor que 4 anos
(= ou maior que 4 é ordinário).
- A própria lei prevê, art. 535, e tenta inibir que qualquer ato instrutório seja
adiado. No procedimento sumário, mais até que no procedimento ordinário,
deve-se evitar o adiamento da realização dos atos instrutórios. Quase sempre
nenhum ato será adiado para evitar demora exagerada.
O art. 536 estabelece que a testemunha que comparece será ouvida de forma
imediata, independentemente de outros atos da audiência.
Linha do tempo:
Procedimento sumaríssimo
2. Legislação
3. Aplicabilidade
* A lei nada fala em relação aos crimes eleitorais e não existe JECrim para
apurar crimes eleitorais; mas os crimes eleitorais quando praticados, as
medidas despenalizadoras poderão as aplicadas. O entendimento que
predomina é que pode ser aplicada a Lei 9099/95. Mas tem controvérsia, a
justiça eleitoral também é uma justiça especial e não poderia ter tratamento
diferente da militar, fere o princípio da igualdade; há quem questione a
constitucionalidade do art. 90-A, Lei 9099/95, mas prevalece que não aplica
para o militar e aplica para o eleitoral.
4. Fase inquisitiva
Toda vez que a autoria é certa não tem inquérito policial, substitui-se por um
termo circunstanciado, lavrado perante a autoridade policial onde se consigna
quem é o autor, a vítima, circunstâncias e intercorrências do crime e, diz a lei,
encaminha-se todo mundo, imediatamente ao Juizado Especial Criminal.
5. Fase pré-processual
- audiência preliminar
→ reflexos
Nas duas primeiras hipóteses se o acusado não honrar o acordo, deverá ser
executado no cível; operado a renúncia do direito de ação, o descumprimento
do acordo gera execução no cível, somente.
* Transação penal
Procedimento sumaríssimo
Obs.:
- Lei 11.340/06
→ 538, CPP
5. Fase pré-processual
→ Audiência preliminar
. composição civil
* proposta MP
* requisitos
* aceita → homologação
- 2º denúncia
-o0o
A principal de diferença que se tem é essa. A maior parte dos artigos modificou
o CP.
- CTB (Código de Trânsito Brasileiro) – o art. 291 na redação original tinha uma
previsão diferente da atual. Junto com a reforma do CP veio lei nova que
modificou o CTB (popularmente chamada de lei seca) – estabeleceu de forma
expressa, o que hoje é questionável, a obrigatoriedade do uso do bafômetro
(inconstitucional porque ninguém é obrigado a fazer prova contra si mesmo); a
lei, além disso, trouxe tratamento mais severo em relação a lesão culposa do
trânsito; embriagues ao volante. O que antes era considerado crime de perigo
concreto passou a ser considerado crime de perigo abstrato.
O art. 291 do CTN diz: em princípio, aos crimes cometidos ao volante aplicam-
se as penas do CP, do CPP e da Lei 9099/95, “subsidiariamente”.
§ 1º: aplica-se aos crimes de trânsito, de lesão corporal culposa, o disposto nos
arts. 74 (composição civil), 76 (transação penal) e 88 (ação penal pública
condicionada) da Lei 9099/95.
Não prevê nenhum crime específico: estabelece os casos em que vai haver um
crime qualquer em que há possibilidade de aplicação dos preceitos da lei: todo
e qualquer crime pode ser considerado e aplicada a LMP, desde que haja
violência de gênero em decorrência de afeto em sentido lato (desde que a
vítima seja mulher). Toda vez que o crime contiver violência de gênero em
decorrência de afeto em sentido lato, é vedada a aplicação da Lei 9099/95.
Quando se fala em gênero se fala da condição cultural, daí porque não pode
proteger homem. Historicamente as mulheres sofreram discriminação, seja por
conta de serem machistas seja pela submissão.
Nessas duas hipóteses a lei 9099/95 não estabelece, mas o CPP depois da
reforma diz que, afastada a competência do JECrim, o procedimento a se
seguir é o sumário.
Voltando:
5. Fase pré-processual
Ainda não tem denúncia nem queixa, é um acordo feito antes do inicio do
processo, exatamente para impedir o processo. Se o autor do crime aceita,
sem se discutir autoria e materialidade, acordo, ele cumpre a PRD mesmo sem
ser condenado. A transação penal não implica em condenação nem, portanto,
haverá os efeitos da condenação (não implica em reincidência, nem em
reconhecimento da autoria). O art. 76 é claro é um acordo que beneficia tanto a
sociedade quanto o autor do fato.
A maioria acha que pode se estender à ação penal privada desde que quem
faça a proposta seja o MP. Mas até hoje não há consenso sobre o assunto. A
vítima não tem poder de barganha em relação ao direito de punir.
Transação penal tem natureza jurídica penal, então essa proposta vai sempre
consistir na aplicação imediata de pena não privativa de liberdade.
Art. 43 – penas restritivas de direito que na maioria não tem aplicação prática
por falta de estrutura do Estado. Não existe casa de albergado; trabalho
comunitário é difícil ser controlado e as entidades acabam não aceitando muito.
Não tem essa pena (cesta básica) na lei: é só por conta de uma autorização
legal de prestação de outra natureza que não seja uma multa.
§ 1º, art. 76: na hipótese de ser a pena de multa a única aplicável, o juiz pode
reduzir pela metade: crime previsto só com pena de multa não existe, mas
contravenção penal, sim e esta é de menor potencial ofensivo; se para aquela
contravenção penal havia só previsão de pena de multa, ficaria muito
desproporcional se não houvesse esse “abatimento”.
1 - Para que possa ter esse benefício, não pode ter condenação anterior à
PPL: A Lei 9099/95 não estabelece limite temporal; em princípio, mesmo que o
indivíduo não seja mais reincidente, o que prevalece regra geral e para fins
acadêmicos (não para prova da OAB), é que independente de quando foi essa
condenação, não pode aplicar a transação penal nunca mais. Isso prevalece.
Mas, para o exame da OAB: o indivíduo não pode ficar com a pecha da
condenação para sempre, porque se não pode ser considerado reincidente, se
após 5 anos do término da pena não cometeu outro ato criminoso, não pode
impor esse ônus. Só não será aplicada a transação no período da reincidência,
após, em tese, é possível – só vale para o exame da OAB e defensoria. Não é
o que prevalece.
2 – Não pode ter sido beneficiado pela transação nos últimos 5 anos
O que se aprendeu no CP sursis da pena nada tem a ver com transação penal.
Transação penal não se confunde com sursis da pena, porque este é aplicado
na condenação, já teve processo, acabou e na sentença é que se concede o
benefício.
24/03/11
5. Fase pré-processual
Transação penal
6. Fase
. defesa
.cls rejeição
recebimento
. oitiva vítima
. oitiva testemunhas
. interrogatório
. debates orais
-o0o-
Aceita a proposta ofertada pelo MP pelo suposto autor do fato, o juiz deve
homologar essa proposta; essa decisão homologatória tem natureza jurídica,
regra geral, dois posicionamentos na doutrina e jurisprudência sobre o assunto:
Para o STF essa decisão, muito embora não tenha caráter de sentença, tem
cunho condenatório, porque não segue a regra, é situação excepcional.
Supondo que seja ação penal privada, o titular do direito de ação é a vítima,
não havendo composição civil nem transação penal, a vítima também poderá
oferecer queixa oral ou, se for ação penal pública condicionada à
representação, oferecer representação oral, ao final dessa audiência.
Porém, essas duas últimas hipóteses a regra geral é que haja um prazo de seis
meses para o exercício do direito de ação ou para o exercício da autorização
para o início da ação penal pública condicionada. Então, não realizado até o
final da audiência não quer dizer que não possa exercer esse direito
posteriormente, nesse prazo que a lei estabelece.
Pode ser que seja oferecida oralmente, mas pode ser que o membro do MP
opte por fazê-la por escrito, no prazo da lei.
São requisitos para que seja feita essa proposta – art. 89:
Ex. fora da lei 9099: crime de furto tem pena de 1 a 4 anos, apesar de ser
processo ordinário pode haver a suspensão condicional do processo, porque a
pena mínima é menor ou igual a um ano (antes da audiência - ou na própria
audiência, é possível que haja a proposta de suspensão).
2 – caput do art. 89: desde que o acusado não esteja sendo processado ou não
tenha sido condenado pela prática de outro crime → mesmo que ainda não
haja condenação definitiva, o fato de existir um processo contra o suposto autor
do crime inibe a proposta de suspensão condicional do processo. É discutível,
em princípio, vige o princípio da presunção de inocência e o fato de estar
sendo processado não significa que seja responsável pela conduta ilícita.
Apesar da crítica, o que prevalece é que é um requisito válido; por se tratar de
benefício, pode o legislador dar um tratamento mais severo para aplicação
desse benefício.
[Se for exame da OAB o ideal é que se questione esse requisito comparando
com o princípio da inocência, inconstitucional. Mas só na 2ª fase, porque na 1ª
cai a literalidade da lei.]
3 – que, também, não tenha sido condenado definitivamente por outro ilícito →
não precisa nem que essa condenação seja definitiva, porque se basta que ele
esteja sendo processado, mesmo antes do trânsito em julgado da decisão
condenatória vai haver a impossibilidade concreta de proposta da suspensão
condicional do processo.
4 – o final do caput fala que além desses 3 requisitos devem estar preenchidos
os requisitos previstos para o sursis da pena, previstos no art. 77 do CP:
reincidente em crime doloso (desnecessário, porque se estiver sendo
processado nem pode ter o benefício). Interessam os requisitos subjetivos,
incisos II e III (embora esta não tenha grande consequência.)
O suposto autor do fato não é obrigado a aceitar a proposta feita pelo MP,
neste caso, o processo segue para os próximos atos.
29/03/11
Procedimento sumaríssimo
Obs. finais:
Procedimento do Júri
1. Princípios constitucionais
. plenitude da defesa
. sigilo das votações
. competência mínima
2. Características
- colegiado
- heterogêneo
- horizontal
- temporário
- federal
- estadual
4. Lista de jurados
→ 10 de outubro e 10 de novembro
-o0o-
Observações finais:
Procedimento do Júri
4. Lista de jurados → a lista geral é formada, de acordo com o art. 425 do CPP,
fala em número de habitantes para saber o número de alistados.
De acordo com a quantidade de habitantes da cidade, todo ano se faz uma lista
geral de jurados e a 1ª lista (provisória) é publicada no dia 10/10 de cada ano.
Nessa lista se publica o nome e profissão da pessoa (profissão para ajudar na
escolha dos jurados, dentro das 3 negativas possíveis que não precisam
justificativa; pode negar todos até com motivo justo, mas peremptoriamente 3).
Faz parte da plenitude da defesa saber quem são as pessoas e quais as suas
profissões. O júri permite um exercício de observação, inclusive em relação ao
comportamento (o corpo fala).
- art. 426, § 4º, restrição importante trazida com a reforma de 2008: o jurado
que tiver integrado o CS nos 12 meses que antecederam a sua convocação,
não participa de outra convocação. A pessoa fica nessa lista geral somente por
um ano, ao término é renovada, não podem ser as mesmas pessoas.
31/03/11
Alguns chamam essa primeira fase (toda a aula de hoje): desde o recebimento
da inicial acusatória até a primeira decisão (pronúncia) de primeira fase ou
sumário de culpa e alguns ainda chamam de juízo de prelibação.
Para Guilherme Nucci, tem 3 fases, mas esse entendimento não é o que
prevalece. Para Nucci, são 3: a primeira seria igual (do recebimento da inicial
até a pronúncia; a 2ª, da pronúncia até antes da realização do plenário (até o
término da preparação para o plenário), seria uma fase preparatória para o
plenário e a 3ª fase seria o próprio plenário do júri. Diz isso, porque depois que
veio a reforma de 2008, o legislador separou melhor a previsão legal em
relação às fases do procedimento e tem um capítulo próprio e específico para
essa fase preparatória do júri no âmbito do CPP (art. 422 a 424). É uma
questão pura e simplesmente de sistemática, não muda nada do ponto de vista
prático. O que nos interessa são os atos do procedimento em si. Bifásico ou
trifásico é uma questão puramente doutrinária.
Procedimento do Júri
Atos do procedimento – art. 406 a 497, CPP
3. Citação
5. Manifestação do MP
6. Diligências
7. Despacho “saneador”
-o0o-
Atos do procedimento
Citação, fundamento legal é o mesmo, citação pessoal como regra, por meio
de expedição de mandado judicial; não sendo localizado, citação ficta por
edital; sabendo onde está, mas havendo suspeita de ocultação, citação com
hora certa, mesmas regras, tudo igual.
No procedimento do júri o objetivo, regra geral, é fazer com que não haja a
segunda fase do procedimento, porque se houver pronúncia inicia-se a
segunda fase e será julgado perante o plenário do júri; nas outras três decisões
isso não vai acontecer.
Não tem previsão específica, mas, ao mesmo tempo, antes da próxima decisão
do magistrado é possível que se abra a possibilidade de requerer diligências
para ambas as partes, assim, a partir do momento em que ela pode requerer
diligências adicionais é porque também é possível que ela venha a se
manifestar depois da manifestação do MP.
Essa primeira fase deve correr na Vara Auxiliar do Júri, onde existir. É
presidida por um juiz togado. Até aqui é um juiz togado que toma todas as
decisões; decisão colegiada e conselho de sentença referem-se ao término da
segunda fase, no plenário do júri.
É possível que ao final da instrução, o juiz presidente do tribunal do júri (que vai
presidir o plenário) venha a proferir uma dessas quatro decisões. O que é
discutível hoje em dia, a partir da adoção da identidade física do juiz: quem
colhe a prova fica vinculado a eventualmente proferir decisão. Há uma quebra
em relação à organização judiciária, não houve alteração expressa, então há o
entendimento de que o mesmo que colhe a prova deve proferir a decisão.
10 - Pronúncia
- linguagem parcimoniosa
Não quer dizer que sempre que tem dúvida vai a júri e o júri que resolva. Não é
assim, porque o próprio dispositivo estabelece que tem que ter indícios
suficientes de autoria ou participação. Significa dizer que não dá para ter
indício nenhum de autoria ou participação e submeter a pessoa ao julgamento
do júri; tem que ter o mínimo possível delineado, para submeter a júri. Pro
societate quer dizer isso, que ainda não se tem certeza plena de que foi aquele
indivíduo ou aqueles indivíduos (no caso de coautoria ou participação), mas
existem indícios fortes sobre aquele caso ou aquele grupo de pessoas.
É pro societate, mas tem um mínimo delineado que deve acontecer com
relação à autoria. A margem de certeza plena fica aí, só quanto à autoria e
participação e não quanto à existência do crime. Não se aplica à materialidade.
O processo penal não tem agravo (nem de instrumento nem retido); só agravo
em execução, quando do início da execução.
A questão recursal no processo penal é completamente diferente do civil.
A pronúncia deve ser proferida de maneira a delinear tudo que vai ser objeto de
julgamento no plenário do júri. O parâmetro para a condenação no
procedimento do júri é a pronúncia, por isso o cuidado que o magistrado deve
ter ao proferir essa decisão, para não invadir o mérito, mas estabelecer tudo
que é necessário para o julgamento transcorrer no plenário do júri.
Art. 413, § 1º, CPP, sobre a fundamentação da pronúncia – reforço do que foi
visto. É a pronúncia que serve de parâmetro para a condenação lá na frente,
por isso o magistrado deve indicar o artigo de lei, se tem qualificadora e se tem
causas especiais de aumento. Não colocou na pronúncia, lá quando da
realização do plenário não dá para haver uma condenação em relação a uma
qualificadora que não esteja prevista na pronúncia, o que equivale a dizer que
o parâmetro para a condenação do júri é a decisão de pronúncia.
11 - Impronúncia