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1.

HANS CHRISTIAN ANDERSEN

Hans Christian Andersen (Odense, 2 de Abril de 1805 - Copenhague, 4 de


Agosto de 1875) foi um poeta e escritor dinamarquês de histórias infantis. O pai era
sapateiro, o que o levou a ter dificuldades para se educar, mas os seus ensaios
poéticos e o conto Criança Moribunda garantiram-lhe um lugar no Instituto de
Conpenhagen. Apesar das dificuldades, ele aprendeu a ler desde muito cedo e
adorava ouvir histórias.
A infância pobre deu a Andersen a chance de conhecer os contrastes de sua
sociedade, o que influenciou bastante as histórias infantis e adultas que viria a
escrever. Em 1816, seu pai morreu e ele, com apenas 11 anos, precisou abandonar a
escola, mas já demonstrava aptidão para o teatro e a literatura. Criou uma espécie de
"teatro de brinquedos" onde apresentava peças clássicas. Memorizou muitas peças de
Shakespeare e encenava-as com seus brinquedos.
Apesar de ter escrito romances adultos, livros de poesia e relatos de viagens,
foram os contos infantis que tornaram Hans Christian Andersen famoso. Até então,
eram raros livros voltados especificamente para crianças.
Graças à sua contribuição para a literatura para a infância e adolescência, a
data de seu nascimento, 2 de abril, é hoje o Dia Internacional do Livro Infanto-Juvenil.
Além disso, o mais importante prêmio internacional do gênero leva seu nome.
Anualmente, a International Board on Books for Young People (IBBY) oferece a
Medalha Hans Christian Andersen para os maiores nomes da literatura infanto-juvenil.
A primeira representante brasileira a ganhá-la foi Lygia Bojunga, em 1982.
Em suas histórias, Andersen buscava sempre passar padrões de
comportamento que deveriam ser adotados pela sociedade, mostrando inclusive os
confrontos entre poderosos e desprotegidos, fortes e fracos. Ele buscava demonstrar
que todos os homens deveriam ter direitos iguais. São textos que fazem parte do
imaginário da maioria das crianças do mundo desde sua publicação até a atualidade,
tendo sido adaptados para o cinema, o teatro, a televisão, o desenho animado, etc.
Ele continuou a escrever e a publicar os seus contos infantis até chegar, em
1872, a um total de 156 contos. No início, escrevia contos baseados na tradição
popular, especialmente no que ele ouvia durante a infância, mas depois desenvolveu
histórias no mundo das fadas ou que traziam elementos da natureza. No final de 1872,
ficou muito doente e permaneceu com a saúde abalada até 4 de agosto de 1875,
quando faleceu, em Copenhague.
2. OBRAS

Andersen contribuiu demasiadamente para o repertório da literatura infanto-


juvenil. Obras como A pequena sereia, O patinho feio e O soldadinho de chumbo são
conhecidas mundialmente por crianças e adultos, e são usadas como base para filmes
e outras literaturas. Mas além destas, que são tão conhecidas, há ainda muitos contos
que não obtiveram tanto prestígio.
Existe algo de peculiar nos contos de Andersen. Todos eles têm um final que
não costuma agradar o leitor. Não terminam no “e viveram felizes para sempre” como
a maioria dos contos de fadas, mas em um final real e muitas vezes triste para seus
protagonistas. Vários motivos podem ser apontados para justificar esta atitude nada
convencional.
A primeira dela é a que o jovem escritor era cristão e acreditava que na vida
teríamos grandes provações e que a recompensa seria dada por Deus no céu (que é o
caso de A pequena vendedora de fósforos). É por esse motivo que nas estórias de
Andersen as pessoas boas têm seu final feliz, morrendo e indo para o céu. O segundo
é que ele nasceu em uma sociedade cheia de contrastes. O autor era de uma família
simples e havia convivido com a divisão entre o “forte e o fraco”, o “rico e o pobre”, o
“belo e o feio” (o que pode ser notado facilmente em O patinho feio).
Suas principais obras foram: O isqueiro mágico, Nicolau grande e Nicolau
pequeno, A princesa e o grão de ervilha, As flores da pequena Ida, Mindinha, O
menino mau, O companheiro de jornada, A pequena sereia, Os novos trajes do
imperador, As galochas da fortuna, A margaridinha, O soldadinho de chumbo, Os
cisnes selvagens, O jardim do paraíso, As cegonhas, Ole Lukoeje (Olavo fecha-olho),
O guardador de porcos, O anjo, O rouxinol, Os namorados, O patinho feio, O
pinheirinho, A rainha da neve, Mamãe sabigueiro, A agulha de cerzir, O sino, A colina
dos elfos, Os sapatos vermelhos, Os saltadores, A pastora e o limpador de chaminés,
Holger Danske, A menina dos fósforos, A sombra, A casa velha, Uma família feliz,
História da mãe, O colarinho, Uma história, Só a pura verdade, Mágoas do coração,
Cada coisa em seu lugar, Dentro de milênios, Cinco grãos de uma só vagem, Ela não
valia nada, João-pato, Histórias que o vento contou, O que o velho fizer está bem
feito, O boneco de neve.
Em suas obras Andersen demonstra a influência do Romantismo recheando
suas histórias de ternura, caridade e generosidade. O autor transportava, para as suas
personagens, características marcantes da sua época. A humildade e a tragicidade de
seus personagens encontram ecos na trajetória do autor.
A humildade e a tragicidade dos personagens de Andersen encontram ecos na
trajetória do autor. Várias características separam os contos de Andersen da obra de
Perrault ou dos Irmãos Grimm. Em primeiro lugar, ao contrário do francês e dos
alemães, o dinamarquês não apenas deu uma forma ao material já existente na
tradição oral e literária, mas criou suas próprias histórias; só uma minoria delas tem
raízes na tradição folclórica, como parece ser o caso de O Isqueiro Mágico. Além
disso, os personagens de contos de fadas costumam serem arquetípicos, dotados de
uma personalidade que pouco varia de acordo com a história, ao passo que os de
Andersen são complexos, refletindo as ansiedades, as contradições e as fantasias do
autor, de quem, muitas vezes, funcionam como alter ego. O Patinho Feio, por
exemplo, traduz a inadequação social, o desejo de reconhecimento de Andersen e
partia dos princípios cristãos como o de que o sofrimento cessaria no céu e as
provações fazem crescer:

"Ele agora se sentia feliz em ter sofrido tristeza e angústia,


porque lhe permitiu desfrutar muito melhor todo o prazer e felicidade
ao seu redor, para os cisnes nadavam em volta do grande recém-
chegado, e acariciou seu pescoço com seus bicos, como um bem-
vindo. "(de O patinho feio).

O sofrimento da Karen de Os Sapatos Vermelhos, da Pequena Vendedora de


Fósforos e da Sereiazinha (conhecida atualmente como A pequena sereia) seria, para
alguns críticos, tem a mesma expressão do princípio cristão de transcender a dor e
renunciar às recompensas terrenas para buscar as de outro mundo. De qualquer
forma, seja naqueles contos cujo final se pode dizer infeliz, seja naqueles onde a
jornada do herói ou heroína conduz à superação do obstáculo e ao sucesso, o Bem
sempre acaba por triunfar contra o Mal e a adversidade, reforçando os valores éticos e
morais que o próprio Andersen afirmava ser seu desejo sublinhar nas histórias.

3. ROMANTISMO

Hans Andersen foi o primeiro autor a usar o estilo romântico para contar
histórias para crianças. Reinventou o conto de fadas para os novos tempos em que a
sociedade aprendeu a valorizar a infância, respeitando as diferenças de cada
indivíduo. A infância seria a idade de ouro do ser humano e a adolescência era o
momento de pureza que se corromperia no mundo adulto.
Percebemos nas obras de Andersen, a ternura quando fala dos pequenos,
infelizes e desvalidos, o confronto entre o forte e o fraco, a generosidade humanista e
o espírito de caridade próprios do estilo romântico. O autor transportava então para
suas personagens, características marcantes de sua época. O fato de ele ser do povo
permitiu que ele descrevesse exatamente os desejos da população em seus textos:
valorização das raízes de seu país, celebração de conquistas individuais e busca pela
realização de sonhos.
Não foi a toa que ele escolheu personagens frágeis e infelizes para ilustrar
suas histórias. Era a exaltação do individualismo da época: cada pessoa era diferente
da outra. Repare que as personagens como o patinho feio e o soldadinho de chumbo
não eram iguais aos outros, assim como a pequena sereia não podia viver com o
humano porque tinha uma cauda de peixe.
Vivendo na época do Romantismo, era admirador dos grandes românticos
alemães como Goethe e Schiller. Nessa época, músicos e escritores abandonaram os
cânones e os temas clássicos universais e começaram a buscar inspiração na Idade
Média, nas tradições populares e na cultura própria de cada nação. Andersen obteve
material para seus maravilhosos contos a partir de suas grandes viagens pela
Alemanha, Grécia, Inglaterra, Turquia, Itália e França. Também fazia anotações em
diários, que lhe serviram para escrever interessantes livros de viagens que tiveram
sucesso na época.
Chegado à simplicidade e ingenuidade, Andersen era movido mais pelas
emoções do coração do que pelas forças do intelecto. Suas histórias partem do
cotidiano para descobrir o maravilhoso, um universo em que tudo é possível. Acredita-
se então que a emotividade de suas ficções e o poder e sensibilizar o leitor foram
aspectos importantes para sua glória.
Seguem-se alguns valores românticos identificados em seus contos infantis,
com exemplos de obras entre parênteses:
• Defesa dos direitos iguais, pela anulação das diferenças de classe (A
Pastora e o Limpador de Chaminés)
• Valorização do indivíduo por suas qualidades intrínsecas e não por seus
privilégios ou atributos exteriores (O Patinho Feio – A Pequena
Vendedora de Fósforos)
• Atração pelo diferente, pelo incomum, pela aventura (A Pequena Sereia
– O Soldadinho de Chumbo)
• Consciência da precariedade de vida, eventualidade de situações (O
Soldadinho de Chumbo – O Homem da Neve)
• Crença na superioridade das coisas naturais em relação às artificiais (O
Rouxinol)
• Condenação da arrogância, orgulho, maldade contra os fracos e com os
animais e ambição de riqueza e poder (João Grande e João Pequeno –
Os Cisnes Selvagens)
• Valorização da obediência, pureza, paciência, recato, submissão,
religiosidade... As virtudes básicas da mulher da época. Era a visão da
mulher como ser dual: do plano ideal, era o ser dependente do Homem;
do plano real, era um ser-objeto submisso ao Homem. A mulher não
tinha escolhas ou opinião sobre seu destino, apenas cedia e cumpria
seu papel.

4. REALISMO

O realismo na literatura, de um modo geral, caracteriza-se pelo contraste de


idéias com o subjetivismo. Esse movimento literário surgiu com o intuito de obter uma
abordagem mais objetiva, que refletisse a realidade e o contexto social de uma
determinada época. A partir desse conceito, podemos identificar traços realistas na
obra de Hans Christian Andersen, autor famoso por seus contos de cunho infantil. Mas
será que os contos são apenas infantis?
Ao falar de literatura infanto-juvenil, logo imaginamos um mundo maravilhoso e
fantástico no qual habitam seres mágicos, princesas, dragões, castelos, fadas e toda
uma gama de entidades mágicas. O leitor ao passear pelo conto depara-se com uma
situação conflituosa da personagem principal e automaticamente espera que este
tenha aquele famoso “final feliz” ou então “E viveram felizes para sempre...”. Podemos
esperar um final tão clássico de outros autores, porem não de Andersen, este é o
diferencial realista do autor.
Analisando o contexto da obra O Soldadinho de Chumbo notamos que há por
traz da face fantástica de um boneco feito de chumbo poder andar e até apaixonar-se
há simultaneamente na própria vestimenta do soldado, o modelo de uma sociedade
européia voltada para os valores de uma sociedade patriarcal, religiosa e, sobretudo
com uma diferença nítida de posição social. Ao final do conto, temos o diferencial de
Andersen, quando notamos que o soldadinho de chumbo e a bailarina terminam
incinerados em uma lareira, porém o coração do soldado permanece intacto assim
como o enfeite da tiara da bailarina, mais uma vez o autor mostra que é possível sim
contar uma história maravilhosa sem tirar os pés da realidade terrena e social.
Em uma passagem de outra grande obra denominada A pequena vendedora
de fósforos, Andersen nos mostra a realidade uma menina pobre que no dia da ceia
natalina (que é um feriado cristão, refletindo o caráter religioso do autor), sai vagando
pelas ruas congeladas da Dinamarca com o objetivo de vender uma caixa de fósforos,
ela está descalça e à medida que vai andando sua fadiga aumenta até que pára em
frente a uma janela e risca um fósforo e na chama consegue ver uma cena de sua ceia
ideal e assim segue riscando fósforos até que vê sua avó buscando-a pela mão e
guiando a criança a um lugar melhor. Nessa passagem, fica claro o que Andersen quis
apresentar: uma criança oriunda de uma classe baixa que devido à pobreza é
obrigada a tentar vender uma caixa de fósforos em pleno natal e que acaba sofrendo
de hipotermia, evoluindo para alucinações que revelavam seus desejos simples,
porém compreensíveis, pois o que toda criança necessita são condições para crescer
saudável e feliz, condições estas constituídas por um lar, uma família e acima de tudo:
amor. E em sua última alucinação, ela liberta-se deste mundo ao apagar da chama do
fósforo, através da morte por hipotermia.
Assim está identificado o realismo nas obras de Andersen, uma face
extraordinária e maravilhosa e outra real, dura e concreta. Bem como, aquilo que
conhecemos bem, a vida.

5. O MARAVILHOSO

O Maravilhoso nos contos de Andersen está intimamente ligado ao Realismo.


Suas temáticas, os problemas, os personagens e lugares são retirados do dia-a-dia e
a magia para Andersen também está presente em tudo deste mundo. O Maravilhoso é
tão naturalmente presente que as coisas passam acontecer em um espaço onde não
existem fronteiras entre o Real e a Fantasia. Para Hans C. Andersen o universo à sua
volta era algo extremamente maravilhoso, tanto quanto o mundo sobrenatural
existente nas lendas, mitos, fábulas, sagas, novelas, etc.
Na sua magia não existem fadas, seres tão comuns em contos de fadas, a
presença delas só existe em uma pequena novela de origem popular germânica
chamada Os Cisne Selvagens, mas isso não impede a onipresença do maravilhoso
em seus contos, como já foi explicitado, ele considera tudo deste mundo maravilhoso,
então ele usa objetos do cotidiano para trazer a magia para suas estórias. Ele faz uso
de objetos, árvores, pássaros, flores, animais que agem como se fossem seres
humanos. Andersen foi um dos poucos escritores que escreveu com tanta ternura o
mundo das crianças, dos animais, das plantas e dos objetos.
Em Os Sapatinhos Vermelhos, a menina Karen, por ser muito pobre, andava
descalça no verão para poder usar seus sapatos vermelhos de madeira no inverno. A
sua vaidade era tamanha por aquele par de sapatos que ele foi enfeitiçado e acabou
levando a menina à morte, depois de terem a obrigado a amputar os pés para que
parasse de dançar. No conto A Pequena Vendedora de Fósforos, a pequena
garotinha, após percorrer pelas ruas da cidade cheia de neve, tentando vender seus
fósforos, senta-se a escadaria de uma casa e ao usar seus fósforos para se aquecer,
é levada a ter diversas alucinações, que terminam por levá-la a morte por permanecer
tanto tempo na rua em meio a um intenso frio. E como último exemplo, o conto O
Soldadinho de Chumbo que retrata a estória de um soldadinho, o vigésimo quinto
produzido com uma colher de chumbo, cuja matéria-prima finda, e como
consequência, o soldadinho ficou sem uma das pernas. Ele se apaixona por bailarina
de papel que mora na casa para onde ele foi levado, e passa por diversas
circunstancias difíceis para retornar e ficar com ela, no final os dois morrem, mas em
seus corações, resta um amor eternizado.
Em todos esses exemplos, podemos observar coisas do cotidiano que
tomaram um caráter mágico nas histórias de Andersen, os sapatinhos de madeira
vermelhos, os fósforos e os brinquedos, levaram a magia para dentro dos contos,
fazendo também com que as crianças enxergassem esse “maravilhoso” nos seu dia-a-
dia, por mais difícil que fosse.
6. REFERÊNCIAS

ANGELOTTI, Christiane. Curiosidades - Hans Christian Andersen.


Disponível em: http://www.qdivertido.com.br/verpesquisa.php?codigo=4.
Capturado em 03/07/2010.

COELHO, NELLY NOVAES. Panorama histórico da literatura infanto-


juvenil. São Paulo, Ática, 1991.

COLL, César e TEBEROSKY, Ana. Aprendendo personagens: conteúdos


essenciais para o ensino fundamental. São Paulo: Ática, 2000. p. 119 a
123.

CRISTIANE MADANÊLO DE OLIVEIRA. Hans Christian Andersen (1805-


1875). Disponível em:
http://www.graudez.com.br/litinf/autores/andersen/andersen.htm.
Capturado em 03/07/2010.

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