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Comiss5o Naoonal de Eleiçdes

Exmo. Senhor
Vasco Gonçalves

coimbra@qmail.com

Sua referência Sua comunicação Nossa referência: 1.17

Assunto: Comunicação de cidadão sobre o pagamento de declaração da


instituição de ensino para efeitos de voto antecipado e pedido de intervenção da
CNE junto da tutela
Proc. n.° 31/AR 2011

Encarrega-me o Senhor Presidente da Comissão Nacional de Eleições de remeter a


V. Exa. cópia da Informação aprovada, na reunião de 17 de Maio p.p., nos termos da
qual se conclui que as declarações que atestem a admissão ou frequência do
estudante, necessárias ao exercício do voto antecipado são gratuitas não podendo os
estabelecimento de ensino cobrar qualquer quantia pela sua emissão.

Com os melhores cumprimentos

O Secretário da Comissão

Joaquina Martins

Anexo: o menoonado
JM/d

Av. D. Carlos 1, no 128-7° - 1249-065 LISBOA Telefone: 213923800 Fax: 213953543 e-mail: cne@cne.pt
Ponto 3.9
Sessão no 47/XIII
Comissão Nacional de Eleições 17O5.2O11

Informação

Assunto: Comunicação de cidadão sobre o pagamento de declaração da


instituição de ensino para efeitos de voto antecipado e pedido de
intervenção da CNE junto da tutela.
Proc. 31/AR-2011

O cidadão Vasco Gonçalves comunicou que uma instituição de ensino exigiu o


pagamento de € 10 para a emissão de uma declaração para efeitos do exercício do
voto antecipado por parte de um estudante. Solicita, ainda, a intervenção da CNE
junto do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior e do Ministério da
Educação (cf. anexo)

Apreciação

Nos termos do artigo 79°-E da Lei Eleitoral da Assembleia da República (Lei n°


14/79, de 16 de Maio, na redacção dada pela Lei Orgânica n° 3/2010, de 15 de
Dezembro) e para efeitos do exercício de voto antecipado, o estudante tem de
obter uma declaração emitida pela direcção do estabelecimento de ensino que
ateste a sua admissão ou frequência.

A referida declaração acompanha, desde logo, o requerimento dirigido ao


presidente da câmara para que este envie toda a documentação eleitoral necessária
ao exercício do direito de voto e tem como função comprovar a qualidade de
estudante que se encontra nas condições definidas pelo n° 3 do artigo 79°-A.

Tratando-se o voto antecipado de uma excepção à regra do exercício do voto no dia


da eleição junto da correspondente assembleia de voto, a lei exige que se
comprove a impossibilidade de deslocação do eleitor à sua assembleia de voto por,
no caso que ora interessa, o eleitor se encontrar a estudar em local distante
daquela.

Porém, quer o voto no dia da eleição junto da assembleia de voto, quer o voto
antecipado perante o presidente da câmara, correspondem ao exercício de um
direito constitucionalmente garantido a todos os cidadãos, com ressalva das
incapacidades previstas na lei —
‘fl
Comissão Nacional de Eleições
o direito de sufrágio, proclamado, na vertente da
capacidade eleitoral activa, nos artigos 100 e 490 da CRP.

Como referem Gomes Canotilho e Vital Moreira’, o sufrágio não é apenas um


princípio objectivo, uma componente do princípio democrático da Constituição. É
também um direito fundamental dos cidadãos (art. 49°), gozando do regime dos
«direitos, liberdades e garantias» (cfr. arts. 17° e 18°). Aliás, os princípios da
universalidade e da igualdade estabelecidos neste art. 100 não são mais do que a
consequência objectiva da aplicação ao direito do sufrágio dos princípios da
universalidade e da igualdade que regem todos os direítos fundamentaís (v. arts.
12° e 13°).

Ora, o exercício do referido direito constitucional não pode estar sujeito ao


pagamento de uma qualquer taxa, designadamente para obter uma declaração
necessária à instrução do processo para efeitos de voto antecipado.

Além do mais, seria legalmente injustificável criar um tratamento desigual dos


cidadãos eleitores decorrente do eventual exercício do voto antecipado, que
configura uma situação excepcional, quando comparados com o eleitor que exerce
o direito de voto em circunstâncias comuns, isto é, sem a necessidade de
apresentar uma declaração para exercer o direito de sufrágio.

Acresce referir que no ordenamento jurídico eleitoral vigora o princípio da isenção


de quaisquer taxas, emolumentos ou impostos de justiça respeitantes aos
documentos para fins eleitorais.

Este princípio encontra expressão em todas as leis eleitorais, na parte dedicada às


disposições finais e transitórias, designadamente no artigo 170° da LEAR que se
transcreve:

Isenções
São isentos de quaisquer taxas ou emolumentos, do imposto do selo e do
imposto de justiça, conforme os casos:
a) As certidões a que se refere o artigo anterior;

‘in constituição da República Portuguesa Anotada, 2007, vol. 1, pág. 286.


2
Comissão Nacional de Eleições
b) Todos os documentos destinados a instruir quaisquer reclamações,
protestos ou contraprotestos nas assembleias eleitorais ou de apuramento
geral, bem como quaisquer reclamações ou recursos previstos na lei;
c) Os reconhecimentos notariais em documentos para fins eleitorais;
d) As procurações forenses a utilizar em reclamações e recursos previstos
na presente lei, devendo as mesmas especificar o fim a que se destinem;
e) Quaisquer requerimentos, incluindo os judiciais, relativos ao processo
eleitoral.

Desta norma eleitoral resulta que os cidadãos estão isentos das despesas
relacionadas com a obtenção de documentos para fins eleitorais e todas as
entidades por ela abrangidas estão vinculadas a essa gratuitidade.

Atendendo à previsão constante da alínea e), o requerimento e respectiva emissão


de declaração de estudante, por exemplo, não está sujeito ao pagamento de
qualquer preço, por se tratar de documento relativo ao processo eleitoral.

E tal como refere um parecer aprovado pela CNE, na sessão plenária de


15.05.2007, o acto de participação cívica do cidadão na vida pública e na
materialização da vontade colectiva de uma sociedade em determinados momentos
não é isento de custos sociais e de ordem económica, no entanto, parece resultar
do regime legal vigente que o legislador rretendeu resguardar o cidadão desses
custos”.

Face ao que antecede, conclui-se que devem os estabelecimentos de


ensino, mediante requerimento dos interessados, emitir de forma gratuita
as declarações que atestem a admissão ou frequência do estudante,
necessárias ao exercício do voto antecipado.

Gabinete Jurídico

Ilda Carvalho Rodrigues

3
CNE.» EtT 1O5i1
Isabel Dias

De: Vasco Gonçalves <coimbra@gmail.com>


Enviado: domingo, 15 de Maio de 2011 15:55
Para: cne@cne.pt
Assunto: Voto antecipado

Caros,

Infelizmente parece que para se votar agora temos que pagar.


Sim, é mesmo assim! Pagar a um organismo público!!!
E porquê?
Porque um estudante para votar tem que pedir uma declaração na sua Instituição de Ensino e cobram-lhe
10€ para passar esse certificado!

Será que não podiam “pressionar o Ministério do Ensino Superior, e eventualmente o da Educação, para
que seja feito um ofício a obrigar a passar tal certidão a título gratuito, sendo o motivo único a justificação
para efeitos de poder votar???

Porque isto para mim é quase o mesmo que se toda a gente tivesse que pagar 10€ na mesa de voto para
exercer o seu direito/dever cívico!
É ridículo!!!

Vasco Gonçalves

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