Sunteți pe pagina 1din 10

1

ADVOGADOS ASSOCIADOS

EXCELENTISSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ


Cristian DE
Mendes
DIREITO DO .......º JUIZADO ESPECIAL CIVEL DA
COMARCA DE MANAUS – AMAZONAS

xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx nesta cidade
de Manaus, Estado do Amazonas, por seu advogado
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx, com
escritório profissional indicado no rodapé, onde receberá
notificações/intimações, vem à presença de Vossa
Excelência propor:

AÇÃO DE DANOS
MORAIS E MATERIAIS
contra COMPANHIA DE CRÉDITO,
FINANCIAMENTOS E INVESTIMENTOS RENAULT
DO BRASIL, instituição financeira com sede na Rua 24 de
Maio, 220 – Sala 115, 1º Andar, Ed. Rio Negro Center –
Centro, Cep. 69010-080, inscrita no CNPJ sob nº
2
ADVOGADOS ASSOCIADOS

61.784.278/0001-91, pelos motivos eCristian


razõesMendes
abaixo
expostas:

DOS FATOS

O Requerente celebrou com o Requerido


Contrato de financiamento de veiculo, que tomou o nº
20010109065, no valor de R$ 41.546,88 (quarenta e um
mil, quinhentos e quarenta e seis reais e oitenta e
oito centavos), referente a compra do automóvel Marca
NISSAN, Modelo FRONTIER 4X4 SE, ano de Fabricação
2005/2005, Cor PRETO, placa JXG-1212, Chassi
94DCEGD226J647024.

Ocorre, Excelência, que o autor fora


surpreendido na data de 12/11/2007, com o Oficial de
Justiça em sua casa para efetuar a Busca e Apreensão de
seu veiculo, o que foi feito.

Após tomar ciência do mandado e para


sua surpresa a Busca e Apreensão baseava-se na
inadimplência da parcela 10º (décima), vencida no dia
06/07/2006, que não estava em atraso, conforme
provamos com o comprovante anexo.

Imediatamente, o requerente
protocolizou na 1ª Vara Cível e de Acidentes de Trabalho
desta comarca de Manaus, Capital do Estado do Amazonas,
petição demonstrando que a parcela estava quitada
desde o dia 22/12/2006, conforme comprovante anexo.

Ao tomar ciência do erro cometido, a


MMª Juíza daquela Vara Cível, revogou a medida liminar
de Busca e Apreensão do veiculo, pois havia verificado o
pagamento da referida parcela, determinando a devolução
imediata do veiculo ao autor, chegando até mesmo mandar
expedir o mandado com urgência.

Na data de 23/11/2007, o Oficial de


Justiça cumpriu o mandado de restituição, devolvendo o
veiculo ao requerente, conforme documento anexo.
3
ADVOGADOS ASSOCIADOS

Mas, no período deCristian


15/11/2007
Mendesa
22/11/2007, o autor por ser empresário, e por conta do
transtorno que passava por culpa exclusiva do requerido,
locou um automóvel de Marca/Modelo GM S-10, Cab.
Dupla 4P, Ano 07/07, PLACA JXR-0156, de Cor Preta, por
esse período, para cumprir seus compromissos, o que lhe
custou a quantia de R$ 2.358,00 (dois mil, trezentos e
cinqüenta e oito reais), conforme recibo anexo.

Imagine-se, Excelência, a dor moral


ocasionada. Tudo bem, estava o Oficial de Justiça
cumprindo com a sua obrigação. Mas agora, entrevendo-se
a falha cabal do banco é que se faz idéia do estupro
jurídico que se perpetrou sobre o consumidor.

Perante a comunidade as visitas do


Judiciário e a apreensão, do modo como feita, examinado-
se as circunstâncias, foram sobremodo atentatórias à
dignidade do ser humano.

DO DIREITO

Do ato ilícito

A Constituição Federal de 1988, em seu


art. 5º, consagra a tutela do direito à indenização por dano
material ou moral decorrente da violação de direitos
fundamentais:

"Art. 5º (...)
V - é assegurado o direito de resposta,
proporcional ao agravo, além da
indenização por dano material, moral ou
à imagem;
X - são invioláveis a intimidade, a vida
privada, a honra e a imagem das pessoas,
assegurado o direito a indenização pelo
dano material ou moral decorrente de
sua violação;(...)"

O ato ilícito é aquele praticado em


desacordo com a norma jurídica destinada a proteger
4
ADVOGADOS ASSOCIADOS

interesses alheios, violando direito subjetivo


Cristianindividual,
Mendes
causando prejuízo a outrem e criando o dever de reparar
tal lesão. Sendo assim, o Código Civil define o ato ilícito em
seu art. 186:

"Art. 186. Aquele que, por ação ou


omissão voluntária, negligência ou
imprudência, violar direito e causar dano
a outrem, ainda que exclusivamente
moral, comete ato ilícito".

Dessa forma, é previsto como ato ilícito


aquele que cause dano, ainda que exclusivamente moral.

Da responsabilidade civil

O art. 186 do novo Código define o que é


ato ilícito, entretanto, observa-se que não disciplina o
dever de indenizar, ou seja, a responsabilidade civil,
matéria tratada no art. 927 do mesmo diploma legal.

Faça-se constar preluzivo art. 927, caput:

"Art. 927. Aquele que, por ato ilícito


(arts. 186 e 187), causar dano a outrem,
fica obrigado a repara-lo."

Do dano moral

Existem circunstâncias em que o ato


lesivo afeta a personalidade do indivíduo, sua honra, sua
integridade psíquica, seu bem-estar íntimo, suas virtudes,
causando-lhe, enfim, mal-estar ou uma indisposição de
natureza espiritual. Sendo assim, a reparação, em tais
casos, reside no pagamento de uma soma pecuniária,
arbitrada pelo consenso do juiz, que possibilite ao lesado
uma satisfação compensatória da sua dor íntima e dos
dissabores sofridos, em virtude da ação ilícita do
lesionador.
5
ADVOGADOS ASSOCIADOS

Desse modo, a indenização pecuniária


Cristian Mendesem
razão de dano moral é como um lenitivo que atenua, em
parte, as conseqüências do prejuízo sofrido, superando o
déficit acarretado pelo dano.

Do dano patrimonial

Por todo o exposto, é evidente que o


REQUERENTE sofreu diversos prejuízos de ordem
material, haja vista, que além de ter sido constatada a
perda de seu automóvel de forma irregular, foi obrigado e
locar outro veículo para cumprir seus compromissos, e
dessa forma despender relevante quantia em dinheiro com
a locação.

No presente caso, prima-se pela


reparação dos danos emergentes, ou seja, tudo aquilo que
se perdeu. A fim de tratar a matéria o legislador editou o
seguinte dispositivo do Código Civil:

"Art. 402. Salvo as disposições


expressamente previstas em lei., as
perdas e danos devidas ao credor
abrangem, além do que efetivamente
perdeu, o que razoavelmente deixou de
lucrar."

Assim, o valor da perda material ocorrida


com a locação do veiculo para que o requerente pudesse
exercer seu mister, totalizam um valor de R$ 3.804,19
(três mil, oitocentos e quatro reais e dezenove
centavos), como demonstrado na memória de cálculo,
anexa à esta inicial.

Da aplicação do Código de Defesa do


Consumidor
6
ADVOGADOS ASSOCIADOS

Desse modo, é perfeitamente aplicável


Cristian Mendes ao
caso, ora em tela, o art. 14 do Código de Defesa do
Consumidor, que estipula a responsabilidade do fornecedor
de produtos e serviços pelos danos causados por defeitos
relativos à prestação de serviços, conforme se pode
verificar:

“Art. 14. O fornecedor de serviços


responde, independentemente da
existência de culpa, pela reparação dos
danos causados aos consumidores por
defeitos relativos à prestação dos
serviços, bem como por informações
insuficientes ou inadequadas sobre sua
fruição e riscos.”

Saliente-se, que no caso presente, é


cabível a inversão do ônus da prova, em virtude de estarem
devidamente satisfeitos os requisitos para a sua
ocorrência.

A verossimilhança está comprovada


através dos indícios apresentados nessa exordial e a
hipossuficiência é evidente, tendo em vista que o
REQUERIDO possui maiores condições técnicas de trazer
aos autos elementos fundamentais para a resolução da lide.
Nesse sentido disciplina o Código de Defesa do
Consumidor ao preceituar:

"Art. 6º - São direitos básicos do


consumidor:
(...)
VIII - a facilitação da defesa de seus
direitos, inclusive com a inversão do ônus
da prova, a seu favor, no processo civil,
quando, a critério do juiz, for verossímil a
alegação, ou quando for ele
hipossuficiente, segundo as regras
ordinárias da experiência."

Da Jurisprudência
7
ADVOGADOS ASSOCIADOS

Cristian Mendes
Configurado o ato ilícito, nasce para o
responsável o dever de indenizar os danos dele
decorrentes.

Conforme se pode facilmente verificar, a


concessão do pedido do REQUERENTE encontra-se
amparado pelo entendimento de nossos Tribunais, como
bem demonstra o exemplo abaixo:

APELAÇÃO CÍVEL – AÇÃO DE


INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS –
COMPRA DE AUTOMÓVEL –
INEXISTÊNCIA DE QUALQUER
ENCARGO SOBRE ELE – AÇÃO DE
BUSCA E APREENSÃO AJUIZADA PELA
APELADA EM FACE DE TERCEIRO DE
BOA-FÉ – LEGÍTIMO PROPRIETÁRIO E
POSSUIDOR DO VEÍCULO APREENDIDO
– BUSCA REALIZADA NO
ESTABELECIMENTO COMERCIAL DO
APELANTE – SITUAÇÃO VEXATÓRIA
EFETIVAMENTE CARACTERIZADA –
VERIFICAÇÃO DE DANO A SER
REPARADO – ARTIGO 5º, INCISOS V E
X, DA CARTA POLÍTICA -DEVER DE
INDENIZAR – FIXAÇÃO EM QUANTUM
NÃO CONDIZENTE COM A SITUAÇÃO
FÁTICA – MAJORAÇÃO NECESSÁRIA –
RECURSO PROVIDO.

A verba indenizatória fixada em quantia


não condizente com a situação fática apresentada deve ser
majorada para melhor atender ao desiderato da
indenização por dano moral, que é abrandar o abalo
sentido pela vítima da ofensa e reprimir a conduta do
ofensor, a fim de se evitar eventual reincidência.

Relator: Des. Nelson Schaefer Martins


AÇÃO DECLARATÓRIA DE
INEXISTÊNCIA DE DÍVIDA CUMULADA
8
ADVOGADOS ASSOCIADOS

COM INDENIZAÇÃOCristian
POR Mendes
DANOS
MORAIS E TUTELA ANTECIPADA.
CABIMENTO DA INDENIZAÇÃO POR
DANOS MORAIS EM FAVOR DO AUTOR.
COMUNICAÇÃO PRÉVIA AO DEVEDOR
NÃO REALIZADA. INSCRIÇÃO NO
CADASTRO DE INADIMPLENTES
MESMO APÓS A QUITAÇÃO DO DÉBITO.
OFENSA À IMAGEM, BOA FAMA E
CREDIBILIDADE DO AUTOR. DISPENSA
DE COMPROVAÇÃO DO DANO.
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA, ART.
5º, INCS. V E X. CRITÉRIOS RAZOÁVEIS
NA DETERMINAÇÃO DO DANO MORAL.
INSTITUIÇÃO FINANCEIRA
CONDENADA AO PAGAMENTO DA
INDENIZAÇÃO CORRESPONDENTE AO
VALOR DO TÍTULO. CORREÇÃO
MONETÁRIA PELOS ÍNDICES DO INPC
A PARTIR DA DATA DA SENTENÇA.
PROVIMENTO N. 13/1995 DA
CORREGEDORIA GERAL DE JUSTIÇA.
JUROS DE MORA A PARTIR DO EVENTO
DANOSO. SUPERIOR TRIBUNAL DE
JUSTIÇA, SÚMULA N. 54. HONORÁRIOS
ADVOCATÍCIOS. CÓDIGO DE
PROCESSO CIVIL, ART. 20, § 3º.
RECURSO DO BANCO DESPROVIDO.
APELO DO AUTOR PROVIDO.

APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE


INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E
MATERIAIS. DISCUSSÃO RESTRITA AO
VALOR DA INDENIZAÇÃO. ANTERIOR
AÇÃO DE BUSCA E APREENSÃO
PROPOSTA PELA RECORRIDA QUANDO
O DÉBITO EM ATRASO JÁ ESTAVA
QUITADO. INFORMAÇÃO NOS AUTOS
ACERCA DO PAGAMENTO, POR
OPORTUNIDADE DO CUMPRIMENTO
DO MANDADO DE BUSCA E
9
ADVOGADOS ASSOCIADOS

APREENSÃO. PEDIDOCristian
DA APELADA,
Mendes
ACOLHIDO PELO JUÍZO A QUO, DE
EXPEDIÇÃO DE NOVO MANDADO. BEM
APREENDIDO EM FRENTE A DIVERSAS
PESSOAS, QUANDO ESTAVA SENDO
CARREGADO EM COOPERATIVA.
APRESENTAÇÃO, NOVAMENTE, DO
MESMO COMPROVANTE DE
PAGAMENTO, DESTA VEZ ACEITO PELA
RECORRIDA. INSISTÊNCIA NO ILÍCITO.
APREENSÃO PRESENCIADA POR
DIVERSAS PESSOAS. GRAVIDADE DO
ILÍCITO EVIDENCIADA. SOPESAMENTO
DA CAPACIDADE ECONÔMICA DAS
PARTES. MAJORAÇÃO DO QUANTUM
INDENIZATÓRIO. OBSERVÂNCIA DOS
PRINCÍPIOS DA PROPORCIONALIDADE
E RAZOABILIDADE. RECURSO
CONHECIDO E PROVIDO.

O quantum da indenização por danos


morais – que tem por escopo atender, além da reparação
ou compensação da dor em si, ao elemento pedagógico, no
intuito de que o ofensor procure ter mais cuidado de forma
a evitar a reiteração da ação ou omissão danosa – deve
harmonizar-se com a intensidade da culpa do lesante, o
grau de sofrimento do indenizado e a situação econômica
de ambos, para não ensejar a ruína ou a impunidade
daquele, bem como o enriquecimento sem causa ou a
insatisfação deste.

ISTO POSTO, REQUER:

a) citação do requerido para que


compareça à Audiência de Conciliação, sob pena de revelia
e conseqüente condenação;

b) se inexistir acordo, seja designada


Audiência de Instrução e Julgamento, intimando-se o réu
para, se quiser, oferecer contestação;
10
ADVOGADOS ASSOCIADOS

Cristian Mendes
c) seja condenado o requerido a pagar R$
3.804,19 (três mil, oitocentos e quatro reais e
dezenove centavos), a titulo de Dano Material, conforme
demonstrativos anexos.

d) Seja condenada a ré a indenizar por


danos morais, tendo em vista os objetivos pedagógicos da
reprimenda civil, no valor de R$ 16.500,00 (dezesseis
mil e quinhentos reais).

e) Seja facilitada a defesa do consumidor


em juízo, tornando eficaz o princípio insculpido no CDC,
bem como a inversão do ônus da prova, nos termos do Art.
6º, IV do mesmo diploma legal.

f) Seja concedido o benefício da Justiça


Gratuita por não dispor o consumidor de condições de
arcar com despesas do processo sem prejuízo do sustento
próprio.

Protesta provar o alegado por todos os


meios de prova em direito admitidos.

Dá-se a causa o valor de R$ 20.304,19


(vinte mil, trezentos e quatro reais e dezenove centavos).

Nestes termos,

pede deferimento.

cidade, 06 de dezembro de 2010.

Advogado

S-ar putea să vă placă și