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FUNDO DE MANUTENÇÃO E DESENVOLVIMENTO

DA EDUCAÇÃO BÁSICA E VALORIZAÇÃO DOS


PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO

Perguntas e Respostas Sobre:

1.Definição, Composição, Caracterização e Vigência do Fundeb


2.Repasses e Movimentação dos Recursos
3.Censo Escolar e Valor por Aluno/Ano do Fundeb
4.Acesso a Dados Sobre o Fundeb
5.Aplicação dos Recursos
6.Capacitação Profissional
7.Remuneração do Magistério
8.Controle Social do Fundeb
9.Fiscalização

(*) As perguntas e respostas adiante apresentadas são de inteira responsabi-


lidade do Ministério da Educação, visto que foram transcritas da forma como
está no sítio www.mec.gov.br

Março – 2007
delimita a atuação dos Estados e Municípios em relação à educação
1.Definição, Composição, Caracterização e Vigência do Fundeb
básica.
1.1. O que é o Fundeb?
No caso do Distrito Federal, entretanto, essa regra é adaptada à es-
O Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de pecificidade prevista no Parágrafo Único, art. 10 da LDB (Lei nº
Valorização dos Profissionais da Educação - Fundeb é um Fundo de 9.394/96), que estabelece a responsabilidade do governo distrital em
natureza contábil, instituído pela Emenda Constitucional n.º 53, de relação a toda a educação básica.
19 de dezembro de 2007 e regulamentado pela Medida Provisória
1.2. Quais os recursos que compõem o Fundeb?
339, de 29 de dezembro do mesmo ano, sendo iniciada sua implanta-
ção em 1º de janeiro de 2007. Essa implantação ocorrerá de forma O Fundo é composto, na quase totalidade, por recursos dos próprios
gradual, alcançando a plenitude em 2009, quando o Fundo estará Estados, Distrito Federal e Municípios, sendo constituído (a partir do
funcionando com todo o universo de alunos da educação básica públi- 3º ano de implementação) de 20% do:
ca presencial e os percentuais de receitas que o compõem terão al-
Fundo de Participação dos Estados – FPE;
cançado o patamar de 20% de contribuição.
Fundo de Participação dos Municípios – FPM;
Desde a promulgação da Constituição de 1988, 25% das receitas dos
impostos e transferências dos Estados, Distrito Federal e Municípios Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços – ICMS (incluindo
se encontram vinculados à Educação. Com a Emenda Constitucional os recursos relativos à desoneração de exportações, de que trata a
nº 14/96, 60% desses recursos da educação passaram a ser sub- Lei Complementar nº 87/96);
vinculados ao Ensino Fundamental (60% de 25% = 15% dos impostos e Imposto sobre Produtos Industrializados, proporcional às exportações
transferências), sendo que parte dessa sub-vinculação de 15% passava – IPIexp;
pelo Fundef, cuja partilha dos recursos, entre o Governo Estadual e
seus municípios, tinha como base o número de alunos do ensino fun- Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doações de quaisquer bens
damental atendidos em cada rede de ensino. ou direitos- ITCMD;
Com a Emenda Constitucional nº 53/2006, a sub-vinculação das recei- Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores – IPVA;
tas dos impostos e transferências dos Estados, Distrito Federal e Mu- Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural – ITR;
nicípios passaram para 20% e sua utilização foi ampliada para toda a
Educação Básica, por meio do Fundeb, que promove a distribuição Receitas da dívida ativa e de juros e multas, incidentes sobre as fon-
dos recursos com base no n.º de alunos da educação básica pública, tes acima relacionadas.
de acordo com dados do último Censo Escolar, sendo computados os Além desses recursos, ainda compõe o Fundeb, a título de comple-
alunos matriculados nos respectivos âmbitos de atuação prioritária mentação, uma parcela de recursos federais, sempre que, no âmbito
(art. 211 da Constituição Federal). Ou seja, os Municípios receberão de cada Estado, seu valor por aluno não alcançar o mínimo definido
os recursos do Fundeb com base no número de alunos da educação nacionalmente.
infantil e do ensino fundamental e os Estados com base nos alunos do A complementação da União está definida da seguinte forma:
ensino fundamental e médio. Da mesma forma, a aplicação desses
recursos, pelos gestores estaduais e municipais, deve ser direcionada 2,0 bilhões de reais em 2007;
levando-se em consideração a responsabilidade constitucional que 3,0 bilhões de reais em 2008;
4,5 bilhões de reais em 2009; e ção prioritária dos Estados e Municípios, conforme estabelecido nos
§§ 2º e 3º do art. 211 da Constituição.
10% do valor total do Fundo a partir de 2010.
1.6. Quais as principais características do Fundeb?
1.3. O Fundeb é Federal, Estadual ou Municipal?
a) Vigência
O Fundeb não é considerado Federal, Estadual, nem Municipal, por se
14 anos a partir de 2007 (até 2.020)
tratar de um Fundo de natureza contábil, formado com recursos pro-
venientes das três esferas de governo (Federal, Estadual e Municipal); b) Alcance
pelo fato da arrecadação e distribuição dos recursos que o formam Educação Infantil, Ensino Fundamental e Médio e Educação de Jovens
serem realizadas pela União e pelos Estados, com a participação do e Adultos
Banco do Brasil, como agente financeiro do Fundo e, por fim, em
c) Fontes de recursos que compõem o Fundo:
decorrência dos créditos dos seus recursos serem realizados automa-
ticamente em favor dos Estados e Municípios de forma igualitária, - Contribuição de Estados, DF e Municípios, de:
com base no nº de alunos. Esses aspectos do Fundeb o revestem de 16,66 % em 2007;
peculiaridades que transcendem sua simples caracterização como 18,33 % em 2008;
Federal, Estadual ou Municipal. Assim, dependendo da ótica que se 20 % a partir de 2009, sobre:
observa, o Fundo tem seu vínculo com a esfera Federal (a União par- - Fundo de Participação dos Estados – FPE
ticipa da composição e distribuição dos recursos), a Estadual (os Es- - Fundo de Participação dos Municípios – FPM
tados participam da composição, da distribuição, do recebimento e - Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços – ICMS
da aplicação final dos recursos) e a Municipal (os Municípios partici- - Imposto sobre Produtos Industrializados, proporcional às exporta-
pam da composição, do recebimento e da aplicação final dos recur- ções – IPIexp
sos). - Desoneração de Exportações (LC 87/96)
- Contribuição de Estados, DF e Municípios, de:
1.4. Qual a vigência do Fundeb?
6,66 % no 1º em 2007;
A Emenda Constitucional nº 53, de 19/12/2006, que criou o Fundeb, 13,33 % em 2008;
estabeleceu o prazo de 14 anos, a partir de sua promulgação, para 20 % a partir de 2009, sobre:
sua vigência. Assim, esse prazo será completado no final de 2020. - Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doações – ITCMD
- Imposto sobre Propriedade Veículos Automotores – IPVA
1.5. Qual etapa da educação é contemplada com o Fundeb?
- Quota Parte de 50% do Imposto Territorial Rural devida aos
Os recursos do Fundeb destinam-se ao financiamento de ações de Municípios – ITR
manutenção e desenvolvimento da educação básica pública, inde-
d) Complementação da União
pendentemente da modalidade em que o ensino é oferecido (regular,
especial ou de jovens e adultos), da sua duração (Ensino Fundamental - A complementação da União está definida da seguinte forma:
de oito ou de nove anos), da idade dos alunos (crianças, jovens ou
2,0 bilhões de reais em 2007;
adultos), do turno de atendimento (matutino e/ou vespertino ou no-
turno) e da localização da escola (zona urbana, zona rural, área indí- 3,0 bilhões de reais em 2008;
gena ou quilombola), observando-se os respectivos âmbitos de atua- 4,5 bilhões de reais em 2009; e
10% do valor total do Fundo a partir de 2010. O mínimo de 60% na remuneração dos profissionais do magistério da
educação básica pública;
Os valores são reajustáveis com base no Índice Nacional de Preços ao
Consumidor - INPC. Esses valores oneram os 18% da receita de impos- O restante dos recursos em outras despesas de manutenção e desen-
tos da União vinculada à educação por força do art. 212 da CF, em volvimento da Educação Básica pública.
até 30% do valor da Complementação da União. Não poderão ser uti-
g) Valor Mínimo Nacional por aluno/ano
lizados recursos do Salário Educação; até 10% poderá ser distribuída
para os Fundos por meio de programas direcionados para melhoria da Fixado anualmente com diferenciações para:
qualidade da educação I - creche;
e) Distribuição dos recursos II - pré-escola;
III - séries iniciais do ensino fundamental urbano;
Com base no número de alunos da educação básica pública, de acor-
IV - séries iniciais do ensino fundamental rural;
do com dados do último Censo Escolar, sendo computados os alunos
V - séries finais do ensino fundamental urbano;
matriculados nos respectivos âmbitos de atuação prioritária, confor-
VI - séries finais do ensino fundamental rural;
me art. 211 da Constituição Federal. Ou seja, os Municípios recebe-
VII - ensino fundamental em tempo integral;
rão os recursos do Fundeb com base no número de alunos da educa-
VIII - ensino médio urbano;
ção infantil e do ensino fundamental e os Estados com base no núme-
IX - ensino médio rural;
ro de alunos do ensino fundamental e médio, observada a seguinte
X - ensino médio em tempo integral;
escala de inclusão:
XI - ensino médio integrado à educação profissional;
Alunos do ensino fundamental regular e especial considerados: XII - educação especial;
- 100% a partir de 2007. XIII - educação indígena e quilombola;
XIV - educação de jovens e adultos com avaliação no processo;
Alunos da Educação Infantil, Ensino Médio e EJA considerados:
XV - educação de jovens e adultos integrada à educação profis-
- 33,33% em 2007; 66,66% em 2008 e 100% a partir de 2009.
sional de nível médio, com avaliação no processo.
Em cada esfera (estadual ou municipal) serão considerados os a-
1.7. Como está sendo realizada a implantação do Fundeb?
lunos da educação básica, observada a prioridade de atendimen-
to, de acordo com o art. 211 da Constituição Federal. O Fundeb passou a vigorar a partir de 1º de janeiro de 2007, porém
nos meses de janeiro e fevereiro de 2007 será mantida a sistemática
f) Utilização dos recursos
de repartição de recursos previstas na Lei do Fundef (Lei 9.424/96),
Da mesma forma que a distribuição dos recursos do Fundeb, a aplica- mediante a utilização dos coeficientes de participação definidos em
ção desses recursos, pelos gestores estaduais e municipais, deve ser 2006, sem o pagamento de complementação da União.
direcionada levando-se em consideração os respectivos âmbitos de
A partir de 1º de março de 2007, a distribuição dos recursos do Fun-
atuação prioritária (art. 211 da Constituição Federal), que delimita a
deb será realizada com base nos coeficientes de participação defini-
atuação dos Estados e Municípios em relação à educação básica. Ou
dos para o Fundo, na forma prevista na MP 339/06 e no mês de abril
seja, os Municípios devem utilizar recursos do Fundeb na educação
de 2007 será realizado o ajuste da distribuição dos recursos referen-
infantil e no ensino fundamental e os Estados no ensino fundamental
tes aos meses de janeiro, fevereiro e março de 2007, acertando os
e médio, sendo:
valores repassados com base na sistemática do Fundef.
A complementação da União para o exercício de 2007, no entanto, 2.4. Há possibilidade de ocorrer atrasos nos repasses dos recursos
será integralmente distribuída entre os meses de março e dezembro. do Fundeb?
Em face da natureza das transferências dos recursos do Fundeb (re-
passes constitucionais) e da automaticidade dos créditos (sem neces-
sidade de autorizações ou convênios), a regularidade é uma impor-
2.Repasses e Movimentação dos Recursos tante característica dos créditos realizados nas contas específicas do
2.1. Quem distribui os recursos do Fundeb? Fundo no Banco do Brasil. Isso faz com que os créditos ocorram, fiel-
mente e sem atrasos, com a mesma periodicidade em que são credi-
Como a arrecadação dos recursos que compõem o Fundo é realizada tados os valores das fontes “mães” (FPM, FPE, ICMS, IPIexp, LC
pela União e pelos Governos Estaduais, a disponibilização dos recur- 87/96, ITCMD, IPVA e ITR) alimentadoras do Fundeb, facilitando a
sos gerados é realizada periodicamente, pelo Tesouro Nacional e pe- programação e a utilização dos recursos, por parte dos Estados e Mu-
los Órgãos Fazendários dos Governos Estaduais, ao Banco do Brasil, nicípios.
que procede a distribuição dos recursos em favor dos Estados e Muni-
cípios beneficiários. 2.5. Como deve ser feita a movimentação bancária ou execução
dos recursos do Fundeb?
2.2. Como os recursos do Fundeb são distribuídos?
O pagamento das despesas, a serem cobertas com recursos do Fun-
Os recursos do Fundeb são distribuídos de forma automática (sem deb, devem ser realizadas, pelos Estados e Municípios:
necessidade de autorização ou convênios para esse fim) e periódica, § Mediante emissão do correspondente documento bancário em favor
mediante crédito na conta específica de cada governo estadual e do credor, a débito da respectiva conta específica do Fundeb no Ban-
municipal, no Banco do Brasil. co do Brasil, ou
2.3. Como é calculado o valor dos repasses a cada Estado ou Muni- § Mediante transferência, do valor financeiro correspondente, para a
cípio? instituição bancária eleita para realização do pagamento, na data de
O valor a ser repassado resulta do montante arrecadado. Ou seja, as sua efetivação, levando-se em consideração o prazo necessário à
variações nos valores dos repasses decorrem das variações nos valores compensação do valor a ser transferido entre as instituições bancá-
que são arrecadados. Como a arrecadação das receitas que compõem rias envolvidas. Como exemplo ilustrativo, pode-se mencionar a pos-
o Fundo, por sua vez variam, em função do comportamento da pró- sibilidade de pagamento dos salários dos servidores em outro banco
pria atividade econômica, tem-se que oscilações de valores são co- (que não seja o Banco do Brasil), caso em que a transferência, da
muns e, normalmente, não são significativas. De qualquer modo, o conta específica do Fundeb no Banco do Brasil, para a agência bancá-
valor arrecadado, a ser distribuído às contas específicas do Estado e ria responsável pelo pagamento da folha de salários, deve se dar por
seus Municípios, em uma determinada Unidade Estadual, é multipli- ocasião do respectivo crédito nas contas individuais dos servidores,
cado por um coeficiente de distribuição de recursos, calculado para observando-se o tempo necessário para a compensação do valor total
vigorar em cada ano, em cada Estado e em cada Município, obtendo- transferido entre os Bancos e Agências envolvidas.
se, com esse cálculo, o valor devido a cada governo, proveniente 2.6. Quem administra o dinheiro do Fundeb?
daquele montante de recursos a ser distribuído. Esse procedimento é
repetido a cada vez que se tem um valor a ser distribuído. A Lei 9.394/96 – Lei de Diretrizes e Bases da Educação - LDB (art. 69,
§ 5º) estabelece que o órgão responsável pela educação seja o gestor
(administrador) dos recursos da educação. Os recursos do Fundeb necessário pelo Estado ou Município, é oportuno esclarecer que as
devem ser tratados de acordo com esse dispositivo legal. características da nova conta, quanto à exclusividade de crédito ape-
nas de recursos do Fundo e quanto à publicidade da sua movimenta-
2.7. Quem deve ser o responsável pela movimentação ou execu-
ção, junto aos órgãos de acompanhamento e controle (Conselhos do
ção dos recursos do Fundeb?
Fundeb, Tribunais de Contas, Ministério Público e Parlamentares lo-
A movimentação dos recursos financeiros creditados na conta bancá- cais), devem ser mantidas, de modo a assegurar a transparência ne-
ria específica do Fundo deverá ser realizada pelo(a) Secretário(a) de cessária na movimentação dos recursos do Fundo.
Educação (ou o responsável por órgão equivalente) do respectivo go-
2.11. Pode haver repasse de recursos financeiros do Estado para o
verno, solidariamente com o Chefe do Poder Executivo, atuando me-
Município, em decorrência da municipalização ou vice-versa?
diante delegação de competência deste, para atuar como ordenador
de despesas desses recursos, tendo em vista a sua condição de gestor Sim. O artigo 18 da MP 339 prevê que “os estados e os municípios
dos recursos da educação, na forma do disposto no art. 69, § 5º, da poderão celebrar convênios para transferência de alunos, recursos
Lei nº 9.394/96. humanos, materiais e encargos financeiros, acompanhados da trans-
ferência imediata de recursos financeiros correspondentes ao número
2.8. Os recursos do Fundeb podem ser temporariamente direcio-
de matrículas assumido pelo ente federado”. Assim, prefeituras mu-
nados para aplicações financeiras?
nicipais e governos estaduais têm liberdade e autonomia para cele-
Sim. Os recursos, enquanto não utilizados em favor da educação, brar convênios com essa finalidade, com base nos parâmetros que
podem ser aplicados em operações financeiras de curto prazo ou de forem negociados e definidos entre os dois governos, respeitada a
mercado aberto, devendo as receitas financeiras decorrentes dessas legislação que disciplina a celebração de convênios.
aplicações ser direcionadas à educação básica pública, da mesma
forma que o valor da transferência originalmente creditada na conta,
em observância das condições estabelecidas no art. 20, da MP 339. 3.Censo Escolar e Valor por Aluno/Ano do Fundeb
2.9. A conta do Fundeb pode ser mantida em outro Banco? 3.1. Como é realizado o Censo Escolar?
Não. A conta do Fundeb é única e específica, e deve ser mantida no O Censo Escolar é realizado anualmente pelo Instituto Nacional de
Banco do Brasil (agente financeiro do Fundo), como determina o ca- Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira – INEP/MEC, em par-
put do artigo 17, da MP 339. ceria com os governos estaduais (Secretarias Estaduais de Educação)
e prefeituras municipais.
2.10. A conta do Fundeb pode ser mudada ou desdobrada em mais
de uma conta? As matrículas são levantadas entre os meses de março e abril, to-
mando-se como base os dados da última 4ª feira do mês de março de
Caso haja alguma necessidade de alteração do nº da conta depositá-
cada ano, após o que são consolidados por Estado, no âmbito das Se-
ria do Fundeb no Banco do Brasil, isso pode ser providenciado junto à
cretarias Estaduais de Educação, processados em sistema informati-
respectiva agência em que a conta é mantida. Quanto à criação de
zado mantido pelo INEP e publicados no Diário Oficial da União. Após
outra conta para transferência ou divisão dos recursos do Fundeb, a
a publicação dos dados preliminares (normalmente entre os meses de
legislação federal não trata dessa possibilidade, visto que esse des-
setembro e outubro) os Estados e Municípios dispõem de 30 dias para
dobramento não se mostra necessário ou mesmo justificável a uma
apresentação de recursos, visando à retificação de dados eventual-
boa e regular gestão dos recursos. Entretanto, caso isso seja julgado
mente errados. No final de novembro de cada ano os dados finais do
Censo Escolar são publicados em caráter definitivo (não cabendo mais I - creche;
recurso de retificação). II - pré-escola;
III - séries iniciais do ensino fundamental urbano;
As matrículas consideradas para a distribuição dos recursos do Fun-
IV - séries iniciais do ensino fundamental rural;
deb são aquelas apuradas pelo Censo Escolar mais atualizado. Por
V - séries finais do ensino fundamental urbano;
exemplo, para a distribuição dos recursos do fundo em 2007, toma-se
VI - séries finais do ensino fundamental rural;
como base o quantitativo de matrículas levantadas no censo de 2006.
VII - ensino fundamental em tempo integral;
3.2. Os dados do Censo podem ser atualizados depois de publica- VIII - ensino médio urbano;
dos? IX - ensino médio rural;
Não. A atualização dos dados só pode ser realizada por ocasião da X - ensino médio em tempo integral;
realização do Censo Escolar do ano seguinte, pois os dados informa- XI - ensino médio integrado à educação profissional;
dos representam (para todos os Estados e Municípios) uma espécie de XII - educação especial;
fotografia, tirada na última 4ª feira do mês de março, do respectivo XIII - educação indígena e quilombola;
ano a que se refere o Censo. Portanto, permitir a atualização seria XIV - educação de jovens e adultos com avaliação no processo; e
tirar uma nova fotografia, que vai retratar a realidade de um outro XV - educação de jovens e adultos integrada à educação profis-
momento. sional de nível médio, com avaliação no processo.

3.3. Os dados do Censo podem ser corrigidos, caso apresentem 3.5. O valor mínimo nacional deve ser praticado em todos os Esta-
erros de informação? dos da Federação?

Sim. Desde que a correção seja solicitada ao INEP/MEC, dentro do Não. O valor mínimo nacional, definido anualmente, representa um
prazo de trinta dias, contados a partir da primeira publicação dos referencial a ser observado em relação aos recursos que devem ser
dados no Diário Oficial da União (publicação preliminar). Entretanto, repassados a cada governo (estadual ou municipal). Desta forma, este
depois da publicação final não será possível proceder a correções. valor mínimo é praticado apenas no âmbito dos Estados onde o valor
Por isso, é importante que as datas de apresentação dos dados e de por aluno/ano estadual não alcançar esse referencial mínimo, de
realização de eventuais correções sejam respeitadas, sob pena do maneira que a União assegura a diferença financeira existente entre
Estado ou Município ser prejudicado, pelo descumprimento desses esses dois valores (o mínimo nacional e o do Estado). Para os Estados
critérios. cujo valor aluno/ano estadual estiver superior ao mínimo nacional,
será considerado o valor aluno/ano do respectivo Estado.
3.4. Como é calculado o valor aluno/ano por Estado?
Em relação a cada Estado é calculado um valor por aluno/ano, com
base na receita do Fundeb no respectivo Estado, no número de alunos 4.Acesso a Dados Sobre o Fundeb
da educação básica (regular, especial, EJA, integral, indígena e qui- 4.1. Onde obter informações sobre os valores repassados à conta
lombola) das redes públicas de ensino estaduais e municipais, de a- do Fundeb?
cordo com o Censo Escolar mais atualizado e nos fatores de pondera-
Os repasses realizados à conta do Fundeb estão disponíveis, por Uni-
ção estabelecidos para cada uma das etapas, modalidades e tipos de
dade Federada (Estado ou Município), na Internet, na página do MEC,
estabelecimentos de ensino da educação básica abaixo:
no endereço: www.mec.gov.br/seb. A partir do acesso à página, de-
ve-se clicar no item “Fundeb”, depois em “Pesquise”, na seqüência Os gerentes do Banco do Brasil das agências onde é mantida a conta
em “Repasses de Recursos” e, finalmente, optando-se por uma das do Fundeb são orientados a fornecer o extrato da referida conta aos
conexões: membros do Conselho de Acompanhamento e Controle Social do Fun-
- Secretaria do Tesouro Nacional (para obtenção de dados por origem do, aos representantes do Legislativo (vereadores e deputados), ao
dos recursos e por mês); ou Ministério Público (Federal ou Estadual) e aos Tribunais de Contas (da
União, Estados e Municípios). Portanto esses representantes podem, a
- Banco do Brasil (para obtenção de dados por origem dos recursos e
qualquer tempo, procurar o Gerente da Agência do Banco do Brasil e
data do crédito na conta).
solicitar o extrato.
Também nas agências do Banco do Brasil podem ser obtidos extratos
É importante destacar que as contas do Fundeb não estão protegidas
da conta do Fundo (disponível para os conselheiros do Fundeb, vere-
pelo sigilo bancário, previsto no artigo 38 da Lei nº 4.595/64. Como
adores, Membros do Tribunal de Contas e do Ministério Público).
conta pública está sujeita, antes de tudo, ao princípio da publicidade
4.2. Onde obter informações sobre os valores dos coeficientes de que rege a Administração Pública, consagrado no artigo 37 da Consti-
distribuição dos recursos, valor por aluno/ano e valores previstos tuição Federal.
do Fundeb?
Esses dados estão disponíveis, por Unidade Federada (Estado ou Mu-
5.Aplicação dos Recursos
nicípio), na Internet, na página do MEC, no endereço:
www.mec.gov.br/seb. A partir do acesso à página, deve-se clicar no 5.1. Como devem ser aplicados os recursos do Fundeb?
item “FUNDEB”, depois em “Pesquise”, na seqüência em “Coeficien-
Os recursos do Fundeb devem ser aplicados na manutenção e desen-
tes, origens e estimativas de recursos” e, finalmente, optando-se
volvimento da educação básica pública, observando-se os respectivos
pelo Estado e pelo Município que se pretende pesquisar. Nesta con-
âmbitos de atuação prioritária dos Estados e Municípios, conforme
sulta, encontram-se as informações sobre os coeficientes, o nº de
estabelecido nos §§ 2º e 3º do art. 211 da Constituição (os Municípios
alunos, o valor por aluno/ano daquele Estado, os coeficientes de dis-
devem utilizar recursos do Fundeb na educação infantil e no ensino
tribuição dos recursos e os valores financeiros anuais previstos para
fundamental e os Estados no ensino fundamental e médio), sendo que
cada governo.
o mínimo de 60% desses recursos deve ser destinado anualmente à
4.3. Onde obter informações sobre os valores consolidados dos remuneração dos profissionais do magistério (professores e profissio-
repasses à conta do Fundeb, por Estado, mês ou origem dos recur- nais que exercem atividades de suporte pedagógico, tais como: dire-
sos? ção ou administração escolar, planejamento, inspeção, supervisão e
orientação educacional) em efetivo exercício na educação básica
Na internet, no endereço: www.mec.gov.br/seb. A partir do acesso à
pública (regular, especial, indígena, supletivo), e a parcela restante
página do MEC, deve-se clicar no item “Fundeb”, depois em “Pesqui-
(de no máximo 40%), seja aplicada nas demais ações de manutenção
se”, na seqüência em “Repasses de Recursos”, finalmente, clicando
e desenvolvimento, também da educação básica pública.
sobre “Secretaria do Tesouro Nacional”. Na página da Secretaria do
É oportuno destacar que, se os recursos para remuneração é de no
Tesouro Nacional há várias alternativas de pesquisa de dados sobre os
mínimo 60% do valor anual, não há impedimento para que se utilize
repasses de recursos do Fundeb.
até 100% dos recursos do Fundeb na remuneração dos profissionais do
4.4. Como obter os extratos da conta específica do Fundeb? magistério.
5.2. O que são ações de manutenção e desenvolvimento do ensi- ampliação, conclusão e construção de prédios, poços, muros e
no? quadras de esportes nas escolas e outras instalações físicas de uso
exclusivo do sistema de ensino;
São ações voltadas à consecução dos objetivos das instituições edu-
cacionais de todos os níveis. Inserem-se no rol destas ações, despesas aquisição de mobiliário e equipamentos voltados para o atendi-
relacionadas à aquisição, manutenção e o funcionamento das instala- mento exclusivo das necessidades do sistema da educação básica
ções e equipamentos necessários ao ensino, uso e manutenção de pública (carteiras e cadeiras, mesas, armários, mimeógrafos, re-
bens e serviços, remuneração e aperfeiçoamento dos profissionais da troprojetores, computadores, televisores, antenas, etc.);
educação, aquisição de material didático, transporte escolar, entre
manutenção dos equipamentos existentes (máquinas, móveis, e-
outros. Ao estabelecer quais despesas podem ser consideradas como
quipamentos eletro-eletrônicos, etc.), seja mediante aquisição de
de manutenção e desenvolvimento do ensino, a Lei 9.394/96 - LDB
produtos/serviços necessários ao funcionamento desses equipa-
pressupõe que o sistema coloque o foco da educação na escola e no
mentos (tintas, graxas, óleos, energia elétrica, etc.), seja medi-
aluno. Daí a necessidade de vinculação necessária dos recursos aos
ante a realização de consertos diversos (reparos, recuperações,
objetivos básicos da instituição educacional. Em relação aos recursos
reformas, reposição de peças, revisões, etc.);
do Fundeb, todas estas despesas devem ser relacionadas ou vincula-
das à educação básica. O art. 70 da LDB enumera as ações considera- reforma, total ou parcial, de instalações físicas (rede elétrica, hi-
das como de manutenção e desenvolvimento do ensino: dráulica, estrutura interna, pintura, cobertura, pisos, muros, gra-
des, etc.) do sistema da educação básica.
a) Remuneração e aperfeiçoamento do pessoal docente e dos pro-
fissionais da educação – estão contemplados nesse grupo as despe- c) Uso e manutenção de bens vinculados ao sistema de ensino
sas realizadas com: aluguel de imóveis e de equipamentos;
habilitação de professores leigos; manutenção de bens e equipamentos (incluindo a realização de
capacitação dos profissionais da educação (magistério e outros consertos ou reparos);
servidores em exercício na educação básica) por meio de progra- conservação das instalações físicas do sistema de ensino prioritá-
mas de formação continuada; rio dos respectivos entes federados;
remuneração dos profissionais da educação básica que desenvol- despesas com serviços de energia elétrica, água e esgoto, serviços
vem atividades de natureza técnico-administrativa (com ou sem de comunicação, etc.
cargo de direção ou chefia) ou de apoio, como, por exemplo, o
auxiliar de serviços gerais, o auxiliar de administração, o(a) se- d) Levantamentos estatísticos, estudos e pesquisas visando preci-
cretário(a) da escola, etc., lotados e em exercício nas escolas ou puamente ao aprimoramento da qualidade e à expansão do ensino
órgão/unidade administrativa da educação básica pública; levantamentos estatísticos (relacionados ao sistema de ensino),
b) Aquisição, manutenção, construção e conservação de instala- objetivando o aprimoramento da qualidade e à expansão do aten-
ções e equipamentos necessários ao ensino dimento no ensino prioritário dos respectivos entes federados;
aquisição de imóveis já construídos ou de terrenos para constru- organização de banco de dados, realização de estudos e pesquisas
ção de prédios, destinados a escolas ou órgãos do sistema de en- que visam à elaboração de programas, planos e projetos voltados
sino; ao ensino prioritário dos respectivos entes federados.
e) Realização de atividades–meio necessárias ao funcionamento do dentre outras, podendo, inclusive, ser adotados veículos de
ensino transporte hidroviário.
despesas inerentes ao custeio das diversas atividades relacionadas h) Amortização e custeio de operações de crédito destinadas a
ao adequado funcionamento da educação básica, dentre as quais atender ao disposto nos itens acima
pode se destacar: serviços diversos (de vigilância, de limpeza e
quitação de empréstimos (principal e encargos) destinados a in-
conservação, dentre outros), aquisição do material de consumo
vestimentos em educação (financiamento para construção de es-
utilizado nas escolas e demais órgãos do sistema (papel, lápis,
cola, por exemplo).
canetas, grampos, colas, fitas adesivas, gizes, cartolinas, água,
produtos de higiene e limpeza, tintas, etc.). 5.3. Quais são as ações não consideradas como de manutenção e
desenvolvimento do ensino?
f) Concessão de bolsas de estudo a alunos de escolas públicas e
privadas O art. 71 da Lei 9.394/96 - LDB - prevê que não constituem despesas
de manutenção e desenvolvimento do ensino aquelas realizadas com:
ainda que na LDB esteja prevista esta despesa (ocorrência comum
no ensino superior) ela não poderá ser realizada com recursos do pesquisa, quando não vinculada às instituições de ensino, ou
Fundeb, cuja vinculação é exclusiva à educação básica pública. quando efetivada fora dos sistemas de ensino, que não vise, pre-
cipuamente, ao aprimoramento de sua qualidade ou à sua quali-
g) Aquisição de material didático – escolar e manutenção de trans-
dade ou à sua expansão;
porte escolar
subvenção a instituições públicas ou privadas de caráter assis-
aquisição de materiais didático-escolares diversos, destinados a
tencial, desportivo ou cultural;
apoiar o trabalho pedagógico na escola (material desportivo utili-
zado nas aulas de educação física, acervo da biblioteca da escola formação de quadros especiais para Administração Pública, sejam
- livros, atlas, dicionários, periódicos, etc., lápis, borrachas, ca- militares ou civis, inclusive diplomáticos;
netas, cadernos, cartolinas, colas, etc.); programas suplementares de alimentação, assistência médico-
aquisição de veículos escolares apropriados ao transporte de alu- odontológica, farmacêutica e psicológica, e outras formas de as-
nos da educação básica na zona rural, devidamente equipados e sistência social;
identificados como de uso específico nesse tipo de transporte, em obras de infra–estrutura, ainda que realizadas para beneficiar di-
observância ao disposto no Código Nacional de Trânsito (Lei nº reta ou indiretamente a rede escolar;
9.503, de 23.09.97). Os tipos de veículos destinados ao transporte
de alunos, desde que apropriados ao transporte de pessoas, de- pessoal docente e demais trabalhadores da educação, quando em
vem: reunir adequadas condições de utilização, estar licenciados desvio de função ou em atividade alheia à manutenção e ao de-
pelos competentes órgãos encarregados da fiscalização e dispor senvolvimento do ensino.
de todos os equipamentos obrigatórios, principalmente no que 5.4. Os recursos do Fundeb podem ser aplicados em despesas de
tange aos itens de segurança. Podem ser adotados modelos e exercício anteriores?
marcas diferenciadas de veículos, em função da quantidade de
pessoas a serem transportadas, das condições das vias de tráfego, Não. Os recursos devem ser utilizados dentro do exercício a que se
referem, ou seja, em que são transferidos. Os eventuais débitos de
exercícios anteriores deverão ser pagos com outros recursos, que não tas, graxas, óleos, energia elétrica etc.), realização de consertos
sejam originários do Fundeb. diversos (reparos, recuperações, reformas, reposição de peças, revi-
sões etc.);
5.5. O que pode ser pago com a parcela de 40% dos recursos do
Fundeb? - ampliação, construção (terreno e obra) ou conclusão de escolas e
outras instalações físicas de uso exclusivo do sistema de ensino;
Deduzida a remuneração do magistério, o restante dos recursos (cor-
- conservação das instalações físicas do sistema de ensino (serviços
respondente ao máximo de 40% do Fundeb) poderá ser utilizado na
de limpeza e vigilância, material de limpeza, de higienização de am-
cobertura das demais despesas consideradas como de “manutenção e
bientes, desinfetantes, ceras de polimento, utensílios usados na lim-
desenvolvimento do ensino”, previstas no art. 70 da Lei nº 9.394/96
peza e conservação, como vassouras, rodos, escovas etc.);
(LDB), observando-se os respectivos âmbitos de atuação prioritária
- reforma, total ou parcial, de instalações físicas do sistema de ensi-
dos Estados e Municípios, conforme estabelecido nos §§ 2º e 3º do art.
no (rede elétrica, hidráulica, estrutura interna, pintura, cobertura,
211 da Constituição Federal (os Municípios devem utilizar recursos do
pisos, muros, grades etc.).
Fundeb na educação infantil e no ensino fundamental e os Estados no
ensino fundamental e médio). Esse conjunto de despesas compreen- Uso e manutenção de bens vinculados ao ensino, sendo caracteri-
de: zadas neste item as despesas com o uso de quaisquer bens utilizados
no sistema de ensino (exemplo: locação de prédio para funcionamen-
Remuneração e aperfeiçoamento de demais profissionais da Edu-
to de uma escola) e com a manutenção do bem utilizado, tanto na
cação, sendo alcançados nesta classificação os profissionais da edu-
aquisição de produtos consumidos nesta manutenção (material de
cação básica que atuam no âmbito do respectivo sistema de ensino
limpeza, óleos, tintas etc.), como na realização de consertos ou re-
(estadual ou municipal), seja nas escolas ou nos demais órgãos inte-
paros necessários ao seu funcionamento.
grantes do sistema, e que desenvolvem atividades de natureza técni-
co-administrativa (com ou sem cargo de direção ou chefia), como, Levantamentos estatísticos, estudos e pesquisas visando preci-
por exemplo, o auxiliar de serviços gerais, secretárias de escolas, puamente ao aprimoramento da qualidade e à expansão do ensi-
bibliotecários, serventes, merendeiras, nutricionista, vigilante, lota- no, sendo inseridas nessa rubrica as despesas com levantamentos
dos e em exercício nas escolas ou órgão/unidade administrativa da estatísticos (sobre alunos, professores, escolas etc.), estudos e
educação básica. pesquisas (exemplos: estudo sobre gastos com educação no esta-
do ou município, sobre custo aluno, por série da educação básica
Aquisição, manutenção, construção e conservação de instalações e
etc.), visando ao aprimoramento da qualidade e à expansão do
equipamentos necessários ao ensino, sendo alcançados por esta
atendimento na educação básica.
definição as despesas com:
Realização de atividades-meio necessárias ao funcionamento
- compra de equipamentos diversos, necessários e de uso voltado
do ensino, sendo classificadas nesta rubrica as despesas inerentes
para o atendimento exclusivo das necessidades do sistema de ensino
ao custeio das diversas atividades relacionadas ao adequado fun-
público (exemplos: carteiras escolares, mesas, armários, mimeógra-
cionamento da educação básica, dentre as quais pode-se desta-
fos, retroprojetores, computadores etc.);
car: serviços diversos (de vigilância, de limpeza e conservação,
- manutenção dos equipamentos existentes (máquinas, móveis, equi- dentre outros), aquisição do material de consumo (papel, lápis,
pamentos eletro-eletrônicos etc), mediante aquisição de produ- canetas, grampos, colas, fitas adesivas, giz, cartolinas, água,
tos/serviços necessários ao funcionamento desses equipamentos (tin-
produtos de higiene e limpeza, tintas etc.) utilizado nas escolas e modalidades esportivas trabalhadas nas aulas de educação física ou
demais órgãos do sistema. praticadas nas competições esportivas internas desses alunos.
Amortização e custeio de operações de crédito destinadas a
5.8. Despesas com aquisição e distribuição de uniformes escolares
atender ao disposto nos itens acima.
podem ser custeadas com recursos do Fundeb?
Aquisição de material didático-escolar e manutenção de trans-
Essas despesas não são consideradas típicas ou necessárias à consecu-
porte escolar, sendo consideradas nesta classificação as despesas
ção dos objetivos das instituições educacionais que oferecem a edu-
com:
cação básica, na forma preconizada no caput do art. 70 da Lei
- aquisição de materiais didático-escolares diversos, destinados
9.394/96 - LDB. Tais despesas encontram-se mais próximas daquelas
ao uso coletivo nas escolas (material desportivo utilizado nas au-
caracterizadas como assistência social, por conseguinte não integran-
las de educação física, por exemplo) ou individual dos alunos, se-
tes do conjunto de ações de Manutenção e Desenvolvimento do Ensi-
ja a título de empréstimo (como é o caso do acervo da biblioteca
no. Assim, seu custeio não deve ser realizado com recursos do Fun-
da escola, composta de livros, atlas, dicionários, periódicos etc.),
deb, ainda que os alunos beneficiários sejam da educação básica pú-
seja para fins de doações aos alunos carentes (exemplo: lápis,
blica.
borrachas, canetas, cadernos, cartolinas, colas etc.);
- aquisição de veículos escolares para o transporte de alunos da 5.9. Despesas com aquisição de gêneros alimentícios, a serem uti-
educação básica da zona rural e remuneração do motorista, além lizados na merenda escolar, podem ser custeadas com recursos do
de manutenção desses veículos, com combustíveis, óleos lubrifi- Fundeb?
cantes, consertos, revisões, reposição de peças, serviços mecâni-
Não, visto que essas despesas não se caracterizam como sendo de
cos etc.
Manutenção e Desenvolvimento do Ensino – MDE. Ao contrário, o art.
5.6. Despesas com aquisição de instrumentos musicais para fanfar- 71 da Lei 9.394/96 – LDB – impede textualmente sua consideração
ras ou bandas escolares podem ser custeadas com recursos do como MDE.
Fundeb?
5.10. Despesas com aquisição de eletrodomésticos e utensílios
Essas despesas não são consideradas típicas ou necessárias à consecu- utilizados na escola, para fins de processamento e preparação da
ção dos objetivos das instituições educacionais que oferecem a edu- merenda escolar, podem ser custeadas com recursos do Fundeb?
cação básica, na forma preconizada no caput do art. 70 da LDB. As-
Sim, desde que para contemplar escolas da educação básica pública,
sim, seu custeio não deve ser realizado com recursos do Fundeb, ain-
observando-se os respectivos âmbitos de atuação prioritária dos Esta-
da que os instrumentos musicais sejam utilizados pelos alunos da e-
dos e Municípios, conforme estabelecido nos §§ 2º e 3º do art. 211 da
ducação básica pública.
Constituição, visto que estes equipamentos são considerados como
5.7. Despesas com aquisição de material esportivo podem ser cus- integrantes do conjunto de equipamentos e utensílios necessários à
teadas com recursos do Fundeb? garantia do adequado funcionamento da unidade escolar, podendo
servir, tanto à preparação da merenda, quanto à preparação, por
Sim, desde que esse material (redes, bolas, bastões, alteres, etc)
exemplo, do cafezinho, chá ou bebida similar, de consumo geral dos
seja destinado à utilização coletiva, pelos alunos da educação básica
servidores e visitantes da escola.
pública do respectivo Estado ou Município, nas atividades esportivas
promovidas pelas respectivas escolas, como parte do conjunto de
5.11. Despesas com aulas de dança, língua estrangeira, informáti- 5.14. Despesas com pagamento de passagens, diárias e/ou alimen-
ca, jogos, artes plásticas, canto e música, em benefício dos alunos tação podem ser custeadas com recursos do Fundeb?
da educação básica, podem ser custeadas com recursos do Fun-
Sim, desde que estas despesas sejam associadas à realização de ati-
deb?
vidades ou ações necessárias à consecução dos objetivos das institui-
Sim, desde que essas aulas integrem as atividades escolares, desen- ções educacionais, contemplando a educação básica pública. A título
volvidas de acordo com as diretrizes e parâmetros curriculares do de exemplo podemos mencionar o deslocamento de um servidor, para
respectivo sistema de ensino e com as propostas político pedagógicas participação de reunião ou encontro de trabalho em outra localidade,
das escolas, como parte de um conjunto de ações educativas que para tratar de assuntos de interesse direto e específico da educação
compõem o processo ensino-aprendizagem, trabalhado no interior básica pública, do respectivo Estado ou Município, observando-se os
dessas escolas, na perspectiva da consecução dos objetivos das insti- respectivos âmbitos de atuação prioritária desses entes federados,
tuições educacionais que oferecem a educação básica, na forma pre- conforme estabelecido nos §§ 2º e 3º do art. 211 da Constituição.
conizada no caput do art. 70 da Lei 9.394/96 - LDB.
5.15. Despesas com pagamento de salário de professor que atua
5.12. Despesas com festas juninas ou festejos similares, organiza- no Programa de Erradicação do Trabalho Infantil - Peti podem ser
dos e realizados com a participação dos alunos da educação bási- custeadas com recursos no Fundeb?
ca, podem ser custeadas com recursos do Fundeb?
Sim, desde que tais despesas sejam realizadas no atendimento dos
As festas juninas caracterizam-se como manifestações culturais, não alunos da educação básica pública, observando-se os respectivos âm-
consideradas típicas ou necessárias à consecução dos objetivos das bitos de atuação prioritária dos Estados e Municípios, conforme esta-
instituições educacionais que oferecem a educação básica, na forma belecido nos §§ 2º e 3º do art. 211 da Constituição.
preconizada no caput do art. 70 da Lei 9.394/96 - LDB, embora tais
5.16. Despesas com edificação, aquisição de acervo e manutenção
manifestações tenham indiscutível importância na formação do indi-
de bibliotecas públicas podem ser custeadas com recursos no Fun-
víduo, num sentido mais amplo. Assim, seu custeio não deve ser rea-
deb?
lizado com recursos do Fundeb.
Não. Essas despesas são de natureza tipicamente cultural, portanto
5.13. Despesas com apresentações teatrais dos alunos da educação
não integrantes do conjunto de ações consideradas como de manu-
básica podem ser custeadas com recursos do Fundeb?
tenção e desenvolvimento do ensino, na forma preconizada no caput
Sim, desde que essas apresentações sejam parte integrante das ativi- do art. 70 da Lei 9.394/96 - LDB, ainda que a biblioteca, pelo fato de
dades escolares, desenvolvidas de acordo com os parâmetros e dire- ser pública, beneficie, também, a comunidade em que está inserida.
trizes curriculares das escolas, como parte de um conjunto de ações Já no caso de biblioteca escolar (nas dependências de escola pública
educativas que compõem o processo ensino-aprendizagem trabalhado da educação básica), destinada ao atendimento específico dos alunos
no interior dessas escolas, na perspectiva da consecução dos objeti- da escola, esta pode ser edificada e/ou suprida com o acervo biblio-
vos das instituições educacionais que oferecem a educação básica, na gráfico correspondente, com recursos do Fundeb, por integrar a pró-
forma preconizada no caput do art. 70 da Lei 9.394/96 - LDB. Caso pria escola.
contrário tais apresentações devem ser consideradas como atividades
5.17. Que obras podem ser realizadas com os recursos do Fun-
exclusivamente culturais, portanto não passíveis de cobertura com os
deb?
recursos do Fundeb.
Poderão ser realizadas todas as obras relacionadas à construção, am- integrantes do magistério em atuação em outro nível de ensino
pliação, conclusão ou reforma das instalações físicas integrantes do que não esteja na esfera de atuação prioritária de estado ou mu-
patrimônio público do respectivo governo (Estado ou Município) e nicípio.
utilizadas especificamente para a educação básica pública, observan-
inativos, mesmo que, quando em atividade, tenham atuado na
do-se os respectivos âmbitos de atuação prioritária dos Estados e
educação básica;
Municípios, conforme estabelecido nos §§ 2º e 3º do art. 211 da Cons-
tituição. pessoal da educação que não seja integrante do magistério, como
pessoal de apoio e/ou técnico-administrativo;
5.18. Despesas com edificação de quadras ou ginásios poliesporti-
vos em praças públicas podem ser custeadas com recursos no Fun- integrantes do magistério que, mesmo em atuação na educação
deb? básica pública, estejam em desvio de função, ou seja, em exercí-
cio de funções que não se caracterizam como funções de magisté-
Não. Essas despesas são de natureza tipicamente desportiva, portan-
rio (exemplo: secretária da escola);
to não integrantes do conjunto de ações consideradas como de manu-
tenção e desenvolvimento do ensino, na forma preconizada no caput integrantes do magistério que, mesmo em atuação na educação
do art. 70 da Lei 9.394/96 - LDB, ainda que as quadras e os ginásios, básica, encontram-se atuando em instituições privadas de ensino.
pelo fato de serem públicos, beneficiem, também, a comunidade em Quanto ao uso do restante dos recursos (máximo de 40%), aplicam-se
que está inserida. Já no caso de quadra ou ginásio poliesportivo nas as proibições previstas no art. 71 da Lei 9.394/96 - LDB, que prevê a
dependências de escola pública da educação básica, destinada ao impossibilidade de aplicação dos recursos da educação para fins de:
atendimento específico dos alunos da escola, estes podem ser edifi-
cados com recursos do Fundeb. pesquisa, quando não vinculada às instituições de ensino, ou
quando efetivada fora dos sistemas de ensino, que não vise, pre-
5.19. A Educação de Jovens e Adultos pode ser beneficiada com cipuamente, ao aprimoramento de sua qualidade ou à sua quali-
recursos do Fundeb? dade ou à sua expansão;
Sim. Todas as despesas que podem ser realizadas em favor da educa- subvenção a instituições públicas ou privadas de caráter assisten-
ção básica pública regular podem, de forma análoga, ser realizadas, cial, desportivo ou cultural;
também, em benefício da Educação de Jovens e Adultos, seja em
relação à parcela de 60% destinada ao pagamento da remuneração formação de quadros especiais para Administração Pública, sejam
dos profissionais do magistério, seja à parcela de 40%, destinada a militares ou civis, inclusive diplomáticos;
outras ações de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino, observan- programas suplementares de alimentação, assistência médico-
do-se os respectivos âmbitos de atuação prioritária dos Estados e odontológica, farmacêutica e psicológica, e outras formas de as-
Municípios, conforme estabelecido nos §§ 2º e 3º do art. 211 da Cons- sistência social;
tituição.
obras de infra–estrutura, ainda que realizadas para beneficiar di-
5.20. O que não pode ser realizado com recursos do Fundeb? reta ou indiretamente a rede escolar;
Com a parcela mínima de 60% do Fundo não podem ser custeadas as pessoal docente e demais trabalhadores da educação, quando em
despesas com: desvio de função ou em atividade alheia à manutenção e ao de-
senvolvimento da educação básica pública.
5.21. A obrigação de se aplicar o mínimo de 60% do Fundeb na e/ou jurídica) contratadas para a prestação desses serviços de for-
remuneração do magistério não é impossibilitada pela Lei de Res- mação continuada.
ponsabilidade Fiscal?
6.2. É possível usar a parcela dos 60% do Fundeb para capacitar
A obrigação de estados e municípios destinarem o mínimo de 60% do e/ou habilitar professores?
Fundeb, para fins de pagamento da remuneração do magistério, e-
Não. Essa possibilidade existiu com recursos do Fundef, até dezembro
mana da Constituição Federal, portanto fora do alcance de outro
de 2001. Com os recursos do Fundeb, entretanto, os investimentos na
mandamento infraconstitucional que contenha regra distinta. A Lei
habilitação e/ou capacitação de professores poderão ser custeados
de Responsabilidade Fiscal, ao estabelecer o limite máximo de 54%
somente com a parcela de até 40% desses recursos.
das receitas correntes líquidas, para fins de cobertura dos gastos com
pessoal, não estabelece mecanismo contraditório ou que comprometa 6.3. Que tipo de capacitação pode ser oferecida, utilizando-se
o cumprimento definido em relação à utilização dos recursos do Fun- recursos do Fundeb?
deb. Trata-se de critérios legais, técnica e operacionalmente amigá- Poderão ser oferecidos cursos de capacitação, na perspectiva da for-
veis. mação continuada (voltada para a atualização, sistematização e/ou
aprofundamento de conhecimentos), ou cursos de formação inicial
(cursos regulares de formação de profissionais em nível médio ou
6.Capacitação Profissional
superior, em instituições credenciadas). Entretanto, é importante
6.1. Pode ser realizada capacitação dos profissionais do magistério atentar para o fato de que a formação inicial deve ser direcionada
com recursos do Fundeb? apenas aos professores.
Sim. Pode ser realizada, utilizando-se recursos da parcela de 40% do 6.4. Pode ser realizada capacitação de outros profissionais que
Fundeb, tanto na perspectiva da atualização e no aprofundamento atuam na educação básica, mas não integram o grupo de profissio-
dos conhecimentos profissionais (formação continuada), a partir de nais do magistério, utilizando recursos do Fundeb?
programas de aperfeiçoamento profissional assegurado nos planos de
Sim, desde que em cursos de formação continuada. Tais despesas
carreira do magistério público, quanto para fins de formação inicial,
caracterizam-se como despesas de manutenção e desenvolvimento do
seja em nível médio na modalidade normal (habilitação para a do-
ensino, podendo ser custeadas somente com a parcela de até 40% dos
cência nas séries inicias da educação básica), seja em nível superior,
recursos do Fundo.
para os professores que atuam na docência das séries finais da edu-
cação básica, na perspectiva da habilitação desses profissionais, de
forma compatível com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação - LDB. 7.Remuneração do Magistério
É importante destacar que o MEC não realiza o credenciamento de
instituições que oferecem formação continuada. No entanto, torna-se 7.1. O que efetivamente se pode pagar aos profissionais do magis-
necessária a verificação acerca de eventuais exigências relacionadas tério, a título de remuneração, com a parcela de 60% do Fundeb?
a esse credenciamento, no âmbito dos Conselhos Estaduais e/ou Mu- Para efeito da utilização dos 60% do Fundeb, a remuneração é consti-
nicipais de Educação. De qualquer modo, independentemente dos tuída pelo somatório de todos os pagamentos devidos, ou seja, o sa-
Conselhos de Educação dos Estados e Municípios exigirem o credenci- lário ou vencimento, 13º salário, 13º salário proporcional, 1/3 de adi-
amento dessas instituições, é oportuno atentar para os aspectos da cional de férias, férias vencidas, proporcionais ou antecipadas, grati-
qualidade e da reconhecida capacidade técnica das pessoas (física ficações, horas extras, aviso prévio, gratificações ou retribuições
pelo exercício de cargos ou função de direção ou chefia, salário famí- blica podem ser remunerados com recursos da parcela dos 60% do
lia, etc) ao profissional do magistério, e dos encargos sociais (Previ- Fundeb, observando-se os respectivos âmbitos de atuação prioritária
dência e FGTS) devidos pelo empregador, correspondentes à remune- dos Estados e Municípios, conforme estabelecido nos §§ 2º e 3º do art.
ração paga com esses recursos aos profissionais em efetivo exercício, 211 da Constituição.
independentemente do valor pago, da data, da freqüência e da forma
7.3. Quais são os profissionais que atuam na educação, que podem
de pagamento (crédito em conta bancária, cheque nominativo ou em
ser remunerados com recursos dos 40% do Fundeb?
espécie, mediante recibo), da vigência da contratação (permanente
ou temporária, inclusive para fins de substituição eventual de profis- Além dos profissionais do magistério, a Lei nº 9.394/96 refere-se a
sionais que se encontrem, legal e temporariamente afastados), do trabalhadores da educação, aí incluídos aqueles que exercem ativi-
regime ou vínculo de emprego (celetista ou estatutário), observada dades de natureza técnico-administrativa ou de apoio, nas escolas ou
sempre a legislação federal que trata da matéria e as legislações es- nos órgãos da educação, como, por exemplo, auxiliar de serviços ge-
tadual e municipal, particularmente o respectivo Plano de Carreira e rais, auxiliar de administração, secretário da escola, bibliotecário,
Remuneração do Magistério. vigilante, merendeira, porteiro, etc., lotados e em exercício nas es-
colas ou órgão/unidade administrativa da educação básica pública.
7.2. Quais são os profissionais do magistério que podem ser remu-
Esses profissionais da educação poderão ser remunerados com recur-
nerados com a parcela de 60% do Fundeb?
sos do Fundeb, da parcela dos 40%, observando-se os respectivos âm-
De acordo com a MP nº 339/2006, são considerados profissionais do bitos de atuação prioritária dos Estados e Municípios, conforme esta-
magistério aqueles que exercem atividades de docência e os que ofe- belecido nos §§ 2º e 3º do art. 211 da Constituição.
recem suporte pedagógico direto a tais atividades, incluídas as de
7.4. O que caracteriza efetivo exercício?
direção ou administração escolar, planejamento, inspeção, supervi-
são e orientação educacional. O efetivo exercício é caracterizado pela existência de vínculo defini-
do em contrato próprio, celebrado de acordo com a legislação que
Para que possam ser remunerados com recursos do Fundeb esses pro-
disciplina a matéria e pela atuação, de fato, do profissional do ma-
fissionais deverão atuar na educação básica pública, no respectivo
gistério na educação básica pública. Para efeito de pagamento desses
âmbito de atuação prioritária dos Estados e Municípios, conforme
profissionais com os recursos da parcela de 60% do Fundeb, quando as
estabelecido nos §§ 2º e 3º do art. 211 da Constituição.
despesas referentes a esses pagamentos continuam sob a responsabi-
É importante destacar que a cobertura destas despesas poderá ocor- lidade financeira do empregador (Estado ou Município), os afasta-
rer, tanto em relação aos profissionais integrantes do Regime Jurídi- mentos temporários previstos na legislação, tais como férias, licença
co Único do Estado ou Município, quanto aos regidos pela Consolida- gestante ou paternidade, licença para tratamento de saúde, licença
ção das Leis do Trabalho – CLT, além daqueles que se encontram, prêmio, não caracterizam suspensão ou ausência da condição do efe-
formal e legalmente, contratados em caráter temporário, na forma tivo exercício.
da legislação vigente.
7.5. Existe prazo para implantação do Plano de Carreira do Magis-
No grupo dos profissionais do magistério estão incluídos todos os pro- tério?
fissionais da educação básica pública, sem distinção entre professor
A criação e implantação de um Plano de Carreira e de Remuneração
de jovens e adultos, da educação especial, da educação indígena ou
do Magistério é uma obrigatoriedade prevista na Lei, cujo propósito é
quilombola e professor do ensino regular. Todos os profissionais do
assegurar o necessário ordenamento da carreira de magistério, com
magistério que estejam em efetivo exercício na educação básica pú-
estímulo ao trabalho em sala de aula, promovendo a melhoria da 7.8. Por que o salário do professor de um município é menor do
qualidade do ensino e a remuneração condigna do magistério, na qual que o do professor do Município vizinho, localizado no mesmo Es-
deve-se incorporar os recursos do Fundeb, inclusive os eventuais ga- tado?
nhos financeiros por este proporcionados.
Assim como o Fundef, com a implantação do Fundeb cada município
A Lei nº 10.172, de 09/01/2001, ao criar o Plano Nacional de Educa- e o governo estadual, localizados em um mesmo Estado, passam a
ção – PNE, estabeleceu o prazo de um ano para implantação desses contar com um mesmo valor por aluno/ano, para efeito de repasses
Planos de Carreira. dos recursos do Fundo. Esse critério, entretanto, por si só, não modi-
fica as variáveis de cada um desses governos (nº de alunos, nº de pro-
7.6. Quanto deve ser o salário do professor?
fessores, nº de alunos por professor, nº de escolas, nº de diretores,
As normas federais não determinam o valor da remuneração do ma- etc), de forma que, cada municipalidade deve ser vista, analisada e
gistério dos Estados e Municípios, nem mesmo o piso ou teto salarial tratada, em função de sua realidade específica, ou seja, de acordo
específicos para essa categoria de profissionais. Atualmente, o que se com a receita recebida do Fundo, o número de alunos matriculados
encontra definido é o volume de recursos a ser destinado ao paga- na rede de ensino fundamental e de educação infantil, quantidade de
mento desses profissionais, em exercício na educação básica pública: profissionais do magistério, dentre outras. Dessa forma, não cabe
mínimo de 60% dos recursos do Fundeb. estabelecer comparação de salários entre municípios, pois na fixação
A Emenda Constitucional nº 53 e a Medida Provisória nº 339 (de dos salários todos esses aspectos devem ser considerados. Convém
28.12.2006), no entanto, sinalizam para a fixação do piso salarial observar que a questão salarial depende do Plano de Carreira e Re-
profissional nacional para os profissionais do magistério público da muneração do Magistério e da política salarial de cada governo (esta-
educação básica, por meio de legislação específica, que deve ter o dual ou municipal).
respectivo Projeto de Lei submetido ao Congresso Nacional até o final 7.9. O que caracteriza o professor como leigo?
de março de 2007 e aprovado até dezembro do mesmo ano. Atual-
O professor é considerado leigo quando ele exerce o magistério sem
mente, tanto o piso (menor salário), quanto o teto (maior salário),
que possua a habilitação mínima exigida para o exercício da docên-
bem como os salários intermediários do magistério, são definidos em
cia. Em relação à educação básica são leigos os professores da edu-
cada sistema, estadual ou municipal, mediante lei específica.
cação infantil e das séries iniciais do ensino fundamental sem a for-
7.7. Existe data-limite para pagamento dos salários? mação em nível médio, na modalidade normal (antigo Magistério) e
As datas de pagamento são definidas na legislação local (estadual ou os professores das séries finais do ensino fundamental e do ensino
municipal). As decisões de cunho administrativo, relativas à forma e médio sem curso superior de licenciatura plena na área específica de
outros procedimentos atinentes ao pagamento dos seus servidores, atuação.
são de responsabilidade dos estados e municípios, não sujeitas a cri- 7.10. Há alguma exigência para que o professor da educação in-
térios federais. Porém, caso haja atraso de pagamento dos salários, fantil e das séries iniciais do ensino fundamental tenha formação
há entendimento do Tribunal de Contas da União que deve haver “a de nível superior?
incidência de correção monetária sobre os vencimentos pagos em
Não. A Lei 9.394/96 - LDB, em seu art. 62, estabelece a formação em
atraso por entender tratar-se de dívida de caráter alimentar” (Emen-
nível superior para o exercício da docência na educação básica. No
ta do Recurso Extraordinário nº 352494, Relator Min. Moreira Alves,
entanto, admite como formação mínima, para o magistério da educa-
julgamento em 29/10/2002).
ção infantil e para as séries iniciais do ensino fundamental, a de nível
médio, na modalidade normal. Assim, não há prazo para que os sis- 7.13. Quando há pagamento de abono, quem tem direito de rece-
temas exijam curso superior para os professores desses níveis de en- bê-lo?
sino. A questão da formação em nível superior para o magistério se
Considerando que o pagamento de abonos deve ser adotado em cará-
coloca, assim, como uma meta, um desafio, que deve ser perseguido
ter provisório e excepcional, apenas em situações especiais e even-
na busca da valorização profissional dos professores e da conseqüente
tuais, particularmente quando o total da remuneração dos profissio-
melhoria da qualidade do ensino.
nais do magistério da educação básica não alcança o mínimo de 60%
7.11. O que é o pagamento sob a forma de abono e quando ele do Fundeb, sua ocorrência normalmente se verifica no final do ano.
deve ocorrer? Entretanto, não se pode afirmar que isso ocorra, ou mesmo se ocorre
somente no final do ano, visto que há situações em que são concedi-
O abono é uma forma de pagamento que tem sido utilizada, sobretu-
dos abonos em outros momentos, no decorrer do ano, por decisão dos
do pelos municípios, quando o total da remuneração do conjunto dos
municípios.
profissionais do magistério da educação básica não alcança o mínimo
exigido de 60% do Fundeb. Portanto, esse tipo de pagamento deve ser Como os abonos decorrem, normalmente, de “sobras” da parcela de
adotado em caráter provisório e excepcional, apenas nessas situações recursos dos 60% do Fundeb, que é destinada ao pagamento da remu-
especiais e eventuais, não devendo ser adotado em caráter perma- neração dos profissionais do magistério em efetivo exercício na edu-
nente. cação básica pública, tais abonos em nada modifica o universo de
beneficiários do seu pagamento, ou seja, quem tem direito a receber
É importante destacar, inclusive, que a adoção de pagamentos de
o abono são os mesmos profissionais do magistério da educação bási-
abonos em caráter permanente pode ensejar, no futuro, que tais
ca pública que se encontravam em efetivo exercício, no período em
pagamentos sejam incorporados à remuneração dos servidores bene-
que ocorreu o pagamento da remuneração normal, cujo total ficou
ficiados, por se caracterizar, à luz da legislação trabalhista, um direi-
abaixo dos 60% do Fundeb, ensejando o abono.
to decorrente do caráter contínuo e regular dessa prática. Desta for-
ma, caso no município esteja ocorrendo “sobras” significativas de Em relação àqueles profissionais que tenham trabalhado por fração
recursos dos 60% do Fundeb no final de cada exercício, essa situação do período considerado, recomenda-se adotar a proporcionalidade,
pode significar que o Plano de Carreira e Remuneração do Magistério, caso a legislação local que autoriza o pagamento do abono não esta-
ou então a escala ou tabela de salários/vencimentos, esteja necessi- beleça procedimento diferente.
tando de revisão ou atualização, de forma a absorver, sem sobras, os
7.14. A parcela de 40% do Fundeb gera pagamento de abono, co-
60% do Fundo no pagamento da remuneração, sem a necessidade de
mo ocorre com a parcela dos 60%?
uso de pagamentos sob a forma de abonos.
Em relação ao pagamento dos profissionais do magistério há, na
7.12. Quais são os critérios para concessão do abono?
Constituição Federal e na MP 339, um limite mínimo de 60% dos re-
Os eventuais pagamentos de abonos devem ser definidos no âmbito cursos do Fundeb para sua garantia. Já em relação à parcela restante
da administração local (Estadual ou Municipal), que deve estabelecer (de até 40%) não há vinculação ou obrigação de que parte dessa par-
o valor, a forma de pagamento e demais parâmetros que ofereçam, cela de recursos seja destinada ao pagamento de outros servidores da
de forma clara e objetiva, os critérios a serem observados, os quais educação, ainda que o Estado ou Município possa utilizá-la para esse
deverão constar de instrumento legal que prevejam as regras de con- fim. Por conseguinte, não há limite mínimo a ser cumprido que possa
cessão, garantindo a transparência e a legalidade do procedimento. gerar alguma sobra financeira e ensejar o pagamento de eventual
abono. Assim, não há como se falar em abonos para outros servidores
da educação, decorrente de critério emanado da legislação federal. educação básica pública, sua remuneração não poderá ser paga com
Sua adoção, pelo Estado ou Município, será decorrente de decisões recursos do Fundeb.
político-administrativas inerentes ao processo de gestão desses entes
7.18. Os recursos do Fundeb podem ser utilizados para pagamento
governamentais, que os adotarão, ou não, com fundamento na legis-
de professores em desvio de função?
lação local.
Se o desvio de função significar a assunção de funções ou atividades
7.15. Quando há pagamento de abono, deve incidir desconto pre-
em outros Órgãos da Administração, como bibliotecas públicas, Se-
videnciário sobre o mesmo?
cretarias de Agricultura, Hospitais, etc. o professor deve ser remune-
O pagamento de abonos deve ser adotado em caráter provisório e rado com recursos de outras fontes, não vinculadas à educação, visto
excepcional, apenas em situações especiais e eventuais. O desconto que seu pagamento não constitui despesa com manutenção e desen-
previdenciário, portanto, deve estar limitado apenas aos proventos volvimento do ensino. Entretanto, se esse professor encontrar-se e-
da remuneração do cargo efetivo, estabelecidos em lei, observando o xercendo uma função técnico-administrativa, dentro de uma escola
disposto na Constituição Federal (art. 40, §§ 2º e 3º). da educação básica pública, na atuação prioritária do ente federado,
conforme art. 211 da Constituição (Secretário da escola, por exem-
7.16. Os professores temporários podem ser pagos com os recursos
plo), seu pagamento pode ser realizado com recursos do Fundeb,
do Fundeb?
porém com a parcela de 40% do Fundo, visto que ele não se encontra
A Constituição Federal prevê “que a lei estabelecerá os casos de con- atuando como profissional do magistério.
tratação por tempo determinado para atender a necessidade tempo-
7.19. Os recursos do Fundeb podem ser utilizados para pagamento
rária de excepcional interesse público”. Assim, todos os professores,
de professores em licença?
formal e legalmente contratados (temporários) ou concursados (per-
manentes), poderão ser remunerados com a parcela dos 60% do Fun- Os afastamentos temporários previstos na legislação, tais como fé-
deb, desde que atuem exclusivamente na docência da educação bási- rias, licença gestante ou paternidade, licença para tratamento de
ca pública (na atuação prioritária do ente federado, conforme art. saúde, licença prêmio, não caracterizam suspensão ou ausência da
211 da Constituição). condição que caracteriza o efetivo exercício, para efeito de paga-
mento desses profissionais com os recursos da parcela de 60% do
7.17. Os recursos do Fundeb podem ser utilizados para pagamento
Fundeb, quando as despesas referentes a esses pagamentos continu-
de professores readaptados?
am sob a responsabilidade financeira do empregador (Estado ou Mu-
A aplicação dos recursos do Fundeb, na remuneração dos profissionais nicípio).
do magistério, está sempre subordinada ao efetivo exercício desses
7.20. Os recursos do Fundeb podem ser utilizados para pagamento
profissionais na educação básica pública (na atuação prioritária do
de professores que atuam em mais de uma etapa da educação bá-
ente federado, conforme art. 211 da Constituição). Se o professor é
sica?
redirecionado ou readaptado para outras atividades que não sejam
afetas aos profissionais do magistério (atividades técnico- Quando o professor atua em mais de uma etapa da educação básica,
administrativas, por exemplo), mas continua exercendo suas funções sendo uma delas fora da esfera de atuação prioritária do ente fede-
em escola da educação básica pública, sua remuneração poderá ser rado (art. 211 da Constituição), apenas a remuneração corresponden-
paga com recursos do Fundeb, porém com a parcela dos 40%. No en- te à atuação prioritária poderá ser paga com recursos do Fundeb
tanto, se o professor é transferido para exercer suas funções fora da (parcela de 60%). A remuneração correspondente à outra etapa deve-
rá ser paga com outros recursos da educação, que não sejam do Fun- Nos estados e municípios onde, excepcionalmente, estejam sendo
deb. Para tanto, os Estados e Municípios deverão adotar procedimen- utilizados recursos da educação (exceto recursos do Fundeb, cuja
tos operacionais que permitam e dêem transparência a esse trata- utilização não é permitida nessa finalidade) para esse fim, a maioria
mento, de forma a facilitar o trabalho dos Conselhos de Acompanha- dos Tribunais de Contas entende que o pagamento dos inativos origi-
mento e Controle Social do Fundeb e dos Tribunais de Contas respon- nários do respectivo sistema de ensino deve ser eliminado do cômpu-
sáveis pela fiscalização. to dos gastos com a manutenção e desenvolvimento do ensino, situa-
ção em que deverão ser apresentados planejamento e regulamenta-
7.21. Os recursos do Fundeb podem ser utilizados para pagamento
ção formal nesse sentido. Assim, recomenda-se consultar o respectivo
de professores da EJA?
Tribunal de Contas sobre o assunto.
Sim. A MP 339 não faz distinção entre as diferentes modalidades da
7.24. Os recursos do Fundeb podem ser utilizados para pagamento
educação básica, portanto, o professor da EJA, em efetivo exercício
de estagiários dos cursos superiores de formação de professores
em uma das etapas da educação básica pública (na atuação prioritá-
(licenciatura)?
ria do ente federado, conforme art. 211 da Constituição), poderá ser
remunerado com a parcela de 60% dos recursos do Fundeb. Não. Esse estagiário não é, ainda, um profissional do magistério, não
podendo, por conseguinte, ser remunerado com recursos do Fundeb.
7.22. Os recursos do Fundeb podem ser utilizados para pagamento
de professores de Educação Física, Língua estrangeira, Artes e
Informática?
8.Controle Social do Fundeb
Sim, desde que seja na atuação prioritária do ente federado (confor-
8.1. O que caracteriza e qual a atribuição principal do Conselho de
me art. 211 da Constituição) e que essas aulas integrem as atividades
Acompanhamento e Controle Social do Fundeb?
escolares, desenvolvidas de acordo com as diretrizes e parâmetros
curriculares do respectivo sistema de ensino e com as propostas polí- O Conselho de Acompanhamento e Controle Social do Fundeb é um
tico pedagógicas das escolas, como parte de um conjunto de ações colegiado, cuja função principal, segundo o art. 24 da MP 339, é pro-
educativas que compõem o processo ensino-aprendizagem, trabalha- ceder ao acompanhamento e controle social sobre a distribuição, a
do no interior dessas escolas, na perspectiva da consecução dos obje- transferência e a aplicação dos recursos do Fundo, no âmbito de cada
tivos das instituições educacionais que oferecem a educação básica, esfera Municipal, Estadual ou Federal. O Conselho não é uma unidade
na forma preconizada no caput do art. 70 da Lei 9.394/96 - LDB. administrativa do Governo, assim, sua ação deve ser independente e,
ao mesmo tempo, harmônica com os órgãos da Administração Pública
7.23. Os recursos do Fundeb podem ser utilizados para pagamento
local.
de inativos?
O Poder Executivo deve oferecer ao Conselho o necessário apoio ma-
Não. Não há, na legislação vigente, tratamento expresso sobre o as-
terial e logístico, disponibilizando, se necessário, local para reuniões,
sunto. A Lei 9.394/96 - LDB não prevê essa despesa no rol das despe-
meio de transporte, materiais, equipamentos, etc, de forma a asse-
sas admitidas como sendo de manutenção e desenvolvimento do en-
gurar a realização periódica das reuniões de trabalho, garantindo
sino (como fazia a legislação anterior), mas também não consta do
assim, condições, para que o Colegiado desempenhe suas atividades e
elenco das despesas proibidas. Daí o impedimento de se utilizar re-
efetivamente exerça suas funções (Art. 24, § 9º da Medida Provisória
cursos do Fundeb para pagamento de inativos.
339).
É importante destacar que o trabalho dos Conselhos do Fundeb soma- 8.4. Após a criação do Conselho do Fundeb, como deve ser reali-
se ao trabalho das tradicionais instâncias de controle e fiscalização zada a indicação de conselheiros para composição do referido
da gestão pública. Entretanto, o Conselho do Fundeb é uma nova Conselho?
instância de controle, mas sim de representação social, não devendo,
Conforme previsto no § 3º do art. 24 da MP 339/06, os membros do
por conseguinte, ser confundido com o controle interno, executado
Conselho serão indicados:
pelo próprio poder executivo, nem com o controle externo, executa-
do pelo Tribunal de Contas na qualidade de órgão auxiliar do poder I - pelos dirigentes dos órgãos estaduais e municipais e das entidades
legislativo, a quem compete a apreciação das contas do executivo. de classes organizadas, nos casos das representações dessas instân-
cias; e
O controle a ser exercido pelo Conselho do Fundeb é o controle dire-
to da sociedade, por meio do qual se abre a possibilidade de apontar, II - nos casos dos representantes dos professores, diretores, servido-
às demais instâncias, falhas ou irregularidades eventualmente come- res, pais de alunos e estudantes, pelos estabelecimentos ou entida-
tidas, para que as autoridades constituídas, no uso de suas prerroga- des estadual ou municipal, conforme o caso, em processo eletivo
tivas legais, adotem as providências que cada caso venha a exigir. organizado para esse fim, pelos respectivos pares.
8.2. O Conselho possui outras atribuições? Após a indicação dos conselheiros pelos seus respectivos segmentos,
o Poder Executivo local designará os integrantes do Conselho.
Além da atribuição principal do Conselho, prevista no caput do art.
24 da Medida Provisória 339, o § 9º do mesmo artigo acrescenta ou- Daí em diante, quando houver necessidade de renovação do Conse-
tras funções ao Conselho. Assim, o conjunto de atribuições do colegi- lho, os novos membros serão indicados até vinte dias antes do térmi-
ado compreende: no do mandato dos conselheiros anteriores, adotando-se os mesmos
critérios acima descritos.
acompanhar e controlar a distribuição, transferência e aplicação
dos recursos do Fundeb; 8.5. O Conselho deve atuar com autonomia?
supervisionar o censo escolar; Sim. O Conselho deve atuar com autonomia e independência, visto
que o colegiado não é subordinado ou vinculado ao Poder Executivo
elaborar a proposta orçamentária anual, no âmbito de suas res-
(conforme o art. 24, §7º da Medida Provisória 339).
pectivas esferas governamentais de atuação; e
8.6. Como é caracterizada a atuação dos membros do Conselho do
instruir, com parecer, as prestações de contas a serem apresen-
Fundeb?
tadas ao respectivo Tribunal de Contas. O referido parecer deve
ser apresentado ao Poder Executivo respectivo em até 30 dias an- De acordo com § 8º do art. 24 da Medida Provisória 339, a atuação
tes do vencimento do prazo para apresentação da prestação de dos membros dos conselhos dos Fundeb:
Contas ao Tribunal. não será remunerada;
8.3. Qual o prazo para criação do Conselho de Acompanhamento e é considerada atividade de relevante interesse social;
Controle Social do Fundeb?
assegura isenção da obrigatoriedade de testemunhar sobre infor-
O Conselho do Fundeb deve ser criado até o final de fevereiro de mações recebidas ou prestadas em razão do exercício de suas ati-
2007, conforme previsto no art. 34 da MP 339/06. vidades de conselheiro, e sobre as pessoas que lhes confiarem ou
deles receberem informações; e
veda, quando os conselheiros forem representantes de professo- exigir dos dirigentes das escolas e da Secretaria de Educação, ou
res e diretores ou de servidores das escolas públicas, no curso do órgão equivalente, o cumprimento dos prazos estabelecidos para
mandato: fornecimento das informações solicitadas por ocasião da realiza-
a) exoneração ou demissão do cargo ou emprego sem justa causa, ção do Censo Escolar, seja no levantamento e encaminhamento
ou transferência involuntária do estabelecimento de ensino em inicial de dados, seja na realização de eventuais retificações.
que atuam;
No cumprimento de suas atribuições e responsabilidades, é importan-
te ressaltar que o Conselho não é o gestor ou administrador dos re-
b) atribuição de falta injustificada ao serviço, em função das ati- cursos do Fundeb. Seu papel é acompanhar toda a gestão dos recur-
vidades do conselho; e sos do Fundo, seja com relação à receita, seja com relação à despesa
ou uso desses recursos.
c) afastamento involuntário e injustificado da condição de conse-
lheiro antes do término do mandato para o qual tenha sido desig- A administração dos recursos do Fundo é de responsabilidade do Che-
nado. fe do Poder Executivo e do Secretário de Educação, que têm a res-
ponsabilidade de aplicá-los em favor da educação básica pública, na
8.7. Quais os procedimentos e verificações a cargo do Conselho de
forma estabelecida nos §§ 2º e 3º do art. 211 da Constituição Federal.
Acompanhamento e Controle Social do Fundeb?
8.8. O Poder Executivo deve disponibilizar ao Conselho as infor-
São recomendados os seguintes procedimentos e verificações, a se-
mações necessárias ao acompanhamento da aplicação de recursos
rem realizados pelo Conselho, com base nas atribuições legais:
do Fundeb?
elaborar a proposta orçamentária anual;
Os registros contábeis e os demonstrativos gerenciais mensais e atua-
informar-se sobre todas as transações de natureza financeira que lizados, relativos aos recursos repassados, ou recebidos à conta do
são realizadas envolvendo recursos do Fundeb, principalmente em Fundo, deverão ficar, permanentemente, à disposição dos Conselhos
relação à utilização da parcela de recursos (mínimo de 60%) des- responsáveis pelo acompanhamento e controle social, no âmbito do
tinada ao pagamento da remuneração dos profissionais do magis- Estado, do Distrito Federal ou do Município, e dos órgãos federais,
tério; estaduais e municipais de controle interno e externo. O Poder Execu-
exigir a elaboração (se for o caso) e o fiel cumprimento do Plano tivo deverá elaborá-los e disponibilizá-los ao respectivo Conselho.
de Carreira e Remuneração do Magistério; Entretanto, se isto não ocorrer, o Conselho deve formalizar solicita-
ção, respaldada no artigo 25 da MP 339.
reunir-se, periodicamente, para examinar os relatórios e demons-
trativos elaborados pelo Poder Executivo (Estadual ou Municipal) 8.9. Como o Conselho deve agir, no caso de constatação de irregu-
sobre os recursos do Fundeb, solicitando, se necessário, cópias de laridades?
avisos de créditos ou extrato da conta do Fundeb junto ao Banco Na hipótese de constatação de irregularidades, relacionadas à utili-
do Brasil; zação dos recursos do FUNDEB, são recomendadas as seguintes provi-
dar visto ou manifestar-se sobre os quadros e demonstrativos, que dências:
contenham informações relativas ao Fundeb, a serem encaminha- § primeiramente, deve reunir elementos (denúncias, provas, justifi-
dos ao Tribunal de Contas do Estado/Município; cativas, base legal, etc.) que possam esclarecer a irregularidade ou a
ilegalidade praticada e, com base nesses elementos, formalizar pedi-
do de providências ao governante responsável (se possível apontando um representante da Secretaria Municipal de Educação ou órgão
a solução ou correção a ser adotada), de modo a permitir que, no equivalente;
âmbito do próprio Poder Executivo responsável, os problemas sejam
um representante dos professores da educação básica pública;
sanados;
um representante dos diretores das escolas públicas;
na seqüência, se necessário, deve procurar os vereadores do Mu-
nicípio, para que estes, pela via da negociação e/ou adoção de um representante dos servidores técnico-administrativos das es-
providências formais, possam buscar a solução junto ao governan- colas públicas;
te responsável; dois representantes dos pais de alunos da educação básica públi-
ainda se necessário, deve recorrer ao Ministério Público (promo- ca; e
tor de justiça) e ao respectivo Tribunal de Contas (do Esta- dois representantes dos estudantes da educação básica pública.
do/Município ou da União) para apresentar o problema, funda-
mentando sua ocorrência e juntando os elementos comprobató- A escolha dos representantes dos professores, diretores, pais de alu-
rios disponíveis. nos e servidores das escolas, deve ser realizada pelos grupos organi-
zados ou organizações de classe que representam esses segmentos, e
8.10. Quando o Conselho não atua, que providências podem ser comunicada ao Chefe do Poder Executivo para que, por ato oficial, os
tomadas? nomeie para o exercício das funções de Conselheiros.
Neste caso, deve-se procurar os representantes do Poder Legislativo Se no Município houver um Conselho Municipal de Educação e/ou
e/ou o Ministério Público (Promotor de Justiça que atua no municí- Conselho Tutelar, um de seus membros também deverá integrar o
pio) para que estes possam buscar a solução aplicável ao problema. Conselho do Fundeb.
8.11. Os Conselhos devem ser cadastrados no MEC? Embora exista o número mínimo de oito membros para a composição
O cadastramento dos Conselhos do Fundeb deve ser realizado por do Conselho do Fundeb, na legislação não existe limite máximo para
meio eletrônico, acessando o “Sistema de Cadastro dos Conselhos do esse número, devendo, entretanto, ser observada a parida-
Fundeb” na internet, no endereço eletrônico www.mec.gov.br/seb, de/equilíbrio na distribuição das representações.
na opção “Fundeb”. O MEC providenciará a divulgação dos dados dos Sempre que um conselheiro deixar de integrar o segmento que repre-
Conselhos, com o propósito de registrar e divulgar, não só a existên- senta, deverá ser substituído pelo seu suplente ou por um novo re-
cia, mas, sobretudo, a composição dos Conselhos, facilitando à soci- presentante indicado/eleito por sua categoria. Após a substituição de
edade o conhecimento de seus representantes no controle social do membros do Conselho, as novas nomeações devem ser incluídas no
FUNDEB. Sempre que houver alteração na composição do Conselho, sistema informatizado de Cadastro dos Conselhos do FUNDEB, dispo-
novos dados deverão ser incluídos no sistema informatizado. nibilizado no endereço eletrônico www.mec.gov.br/seb.
8.12. Qual deve ser a composição do Conselho do Fundeb no Muni- 8.13. Há impedimentos para fazer parte do Conselho?
cípio?
De acordo com o § 5º do art. 24 da MP 339, estão impedidos de com-
De acordo com o inciso IV do art. 24 da MP 339, o Conselho Municipal por o Conselho:
de Acompanhamento e Controle Social do Fundeb no município deve-
rá ser composto por, no mínimo, oito membros, sendo: cônjuge e parentes consangüíneos ou afins, até terceiro grau, do
Presidente e do Vice- Presidente da República, dos Ministros de
Estado, do governador e do vice-governador, do prefeito e do vi- O Conselho do FUNDEB é autônomo e só deve ser renovado se o man-
ce-prefeito, e dos secretários estaduais, distritais ou municipais; dato de seus membros se encerrar ou se o conselheiro, por motivos
diversos, deixar de integrar ou representar o segmento que o indicou
tesoureiro, contador ou funcionário de empresa de assessoria ou
como representante, ou ainda se os membros, por motivos particula-
consultoria que prestem serviços relacionados à administração ou
res, não tiverem mais interesse em compor o Conselho. Para renova-
controle interno dos recursos do Fundo, bem como cônjuges, pa-
ção do Conselho as providências para eleição e indicação dos mem-
rentes consangüíneos ou afins, até terceiro grau, desses profissio-
bros devem ocorrer até vinte dias antes do final do mandato, para
nais;
garantir a continuidade do trabalho, sem indesejáveis interrupções.
§ estudantes que não sejam emancipados; e
Após a renovação do Conselho, as nomeações devem ser incluídas no
pais de alunos que exerçam cargos ou funções públicas de livre sistema informatizado de Cadastro dos Conselhos do Fundeb, disponi-
nomeação e exoneração no âmbito dos órgãos do respectivo Po- bilizado no endereço eletrônico www.mec.gov.br/seb.
der Executivo gestor dos recursos; ou prestem serviços terceiriza-
8.17. Há proteção aos conselheiros do Fundeb, representantes dos
dos, no âmbito dos Poderes Executivos em que atuam os respecti-
professores, diretores e servidores das escolas?
vos conselhos.
De acordo com o disposto no § 8º do art. 24 da Medida Provisória 339,
8.14. Quem deverá presidir o Conselho?
quando os conselheiros forem representantes de professores e direto-
O presidente do Conselho deve ser eleito pelos próprios conselheiros res ou de servidores das escolas públicas no curso do mandato, é ve-
em reunião do colegiado, observando-se, sempre, o que dispuser a lei dado:
municipal de criação do Conselho no município e o impedimento le-
a) a exoneração ou demissão do cargo ou emprego sem justa cau-
gal, constante na MP 339, no art. 24, § 6º, que estabelece que a fun-
sa, ou transferência involuntária do estabelecimento de ensino
ção de presidente não seja ocupada pelo representante da Secretaria
em que atuam;
de Educação ou qualquer outro representante do governo gestor,
tendo em vista que essa situação poderia inibir o bom andamento dos b) a atribuição de falta injustificada ao serviço, em função das a-
trabalhos, já que o Conselho existe exatamente para acompanhar e tividades do conselho; e
controlar o desempenho da aplicação dos recursos do Fundo, realiza-
c) o afastamento involuntário e injustificado da condição de con-
da pelo Poder Executivo local.
selheiro antes do término do mandato para o qual tenha sido de-
8.15. O que deve constar no Regimento Interno do Conselho? signado.
Cada Conselho deverá elaborar seu Regimento Interno, disciplinando
sua organização e funcionamento, principalmente em relação a ques-
tões como composição, periodicidade das reuniões, forma de escolha
do presidente, entre outros. Para auxiliar os Conselhos na elaboração
do Regimento Interno, o MEC disponibiliza, no endereço eletrônico 9.Fiscalização
www.mec.gov.br/seb, um modelo de Regimento (apenas como parâ-
metro ou referencial técnico), que deve ser adaptado à realidade e 9.1. Como é realizada a fiscalização da aplicação dos recursos do
às peculiaridades de cada situação ou Conselho. Fundeb?
8.16. Quais os procedimentos para renovação do Conselho?
De acordo com o disposto na MP 339, a fiscalização dos recursos do ferentes (bimestrais, semestrais, etc). Essa prestação de contas
Fundeb é realizada pelos Tribunais de Contas dos Estados e Municí- deve ser instruída com parecer do Conselho.
pios e, quando há recursos federais na composição do Fundo em um
9.3. O que deve ser feito pelo cidadão, quando ele constata irre-
determinado Estado, o Tribunal de Contas da União e a Controlado-
gularidade na aplicação dos recursos do Fundeb?
ria-Geral da União também atuam nessa fiscalização, naquele Estado.
Trata-se de um trabalho diferente daquele realizado pelos Conselhos Primeiramente, deve procurar os membros do Conselho de Acompa-
de Acompanhamento e Controle Social do Fundo, visto que estas ins- nhamento e Controle Social do FUNDEB no respectivo município e
tâncias têm a prerrogativa legal de examinar e aplicar penalidades, apresentar a irregularidade, para que o Conselho possa abordar, for-
na hipótese de irregularidades. malmente, os governantes responsáveis, comunicando-lhes sobre as
impropriedades ou irregularidades praticadas, solicitando correções.
É importante destacar aqui que o Ministério Público, mesmo não sen-
do uma instância de fiscalização de forma específica, tem a relevan- Na seqüência, procurar os vereadores do município, para que estes,
te atribuição de zelar pelo efetivo e pleno cumprimento da lei. Nesse pela via da negociação e/ou adoção de providências formais, possam,
aspecto, desempenha uma função que, em relação a eventuais irre- também, buscar e/ou determinar a solução junto ao governante res-
gularidades detectadas e apontadas pelos Tribunais de Contas, com- ponsável e, se necessário, adotar outras providências formais junto
plementa a atuação destes, tomando providências formais na órbita às instâncias de fiscalização e controle.
do Poder Judiciário. Por fim, se necessário (caso o problema não seja encaminhado e so-
9.2. Como e a quem devem ser apresentadas as prestações de con- lucionado pelo Conselho e/ou pelo Poder Legislativo local), encami-
tas dos recursos do Fundeb? nhar as informações e documentos disponíveis:
A legislação estabelece a obrigatoriedade dos governos estaduais e ao Ministério Público (Promotor de Justiça que atua no Municí-
municipais apresentarem a comprovação da utilização dos recursos pio), formalizando denúncias sobre as irregularidades praticadas,
do Fundo em três momentos distintos, quais sejam: para que a Promotoria de Justiça local promova a ação compe-
tente, visando o cumprimento das determinações contidas na Lei
Mensalmente - Ao Conselho de Acompanhamento e Controle Soci-
do FUNDEB; e
al do FUNDEB, mediante apresentação de relatórios gerenciais
sobre o recebimento e emprego dos recursos do Fundo, conforme ao Tribunal de Contas a que o município esteja jurisdicionado,
estabelece o art. 25 da MP 339. tendo em vista a competência do Tribunal.
Bimestralmente - Por meio de relatórios do respectivo Poder Exe- 9.4. O MEC realiza auditoria das contas do Fundeb?
cutivo, resumindo a execução orçamentária, evidenciando as des- Não. O Ministério da Educação, por intermédio do Departamento de
pesas de manutenção e desenvolvimento do ensino, em favor da Desenvolvimento de Políticas de Financiamento da Educação básica -
educação básica, à conta do Fundeb, com base no disposto no § Defineb, coordena, acompanha e avalia o Fundo nacionalmente. A
3º, art. 165 da CF, e art. 72 da LDB (Lei nº 9.394/96). fiscalização dos recursos cabe aos Tribunais de Contas, de acordo
Anualmente - Ao respectivo Tribunal de Contas (Estadu- com o artigo 26 da MP 339. O Ministério Público, no exercício da sua
al/Municipal), de acordo com instruções dessa instituição, que função institucional de zelar pelo cumprimento da lei, também atua
poderá adotar mecanismos de verificação com periodicidades di- no sentido de garantir os direitos à educação, assegurados na Consti-
tuição Federal, tomando, quando necessário, as providências perti- impossibilidade de celebração de convênios junto à administração
nentes à garantia desse direito. federal (no caso de Estados) e junto às administrações federal e
estadual (no caso de Municípios), quando exigida certidão negati-
9.5. Qual o papel e a atuação do MEC em relação ao Fundeb?
va do respectivo Tribunal de Contas;
A atuação do Ministério da Educação, em relação ao Fundeb, é exer-
impossibilidade de realização de operações de crédito junto a ins-
cida pelo Departamento de Desenvolvimento de Políticas de Financi-
tituições financeiras (empréstimos junto a bancos);
amento da Educação Básica - Defineb, que integra a estrutura admi-
nistrativa da Secretaria de Educação Básica do Ministério. Essa atua- perda da assistência financeira da União (no caso de Estados) e da
ção consiste no acompanhamento das ações de âmbito nacional, no União e do Estado (no caso de Município), conforme artigos 76 e
oferecimento de apoio e orientações técnicas relacionadas ao Fun- 87, § 6º, da LDB;
deb, a instituições e pessoas físicas, e na realização de avaliações de
§ intervenção da União no Estado (CF, art. 34, VII, e) e do Estado
resultados decorrentes da implantação do Fundo, na forma prevista
no Município (CF, art. 35, III).
no art. 30 da MP 339 e art. 12 do Anexo I do Dec. nº 5.159, de
28.07.04. Para o Chefe do Poder Executivo:
Além desse papel, o MEC (mesmo não sendo responsável pela fiscali- sujeição a processo por crime de responsabilidade, se caracteri-
zação, afeta aos Tribunais de Contas, como instâncias de controle zados os tipos penais previstos no art. 1º, III (aplicar indevida-
externo) também se coloca à disposição da sociedade, para recebi- mente verbas públicas) e XIV (negar execução à lei federal) do
mento e encaminhamento de denúncias que, ao chegarem ao Ministé- Decreto-lei nº 201/67. Nestes casos, a pena prevista é de deten-
rio, são comunicadas pelo DEFINEB, mediante correspondência, ao ção de três meses a três anos. A condenação definitiva por estes
Poder Executivo denunciado, para que este se pronuncie acerca do crimes de responsabilidade acarreta a perda do cargo, a inabilita-
problema apontado, oferecendo seus esclarecimentos e/ou justifica- ção para exercício de cargo ou função pública, eletivos ou de no-
tivas. Na seqüência, os documentos (com ou sem respos- meação, pelo prazo de cinco anos (art. 1º, § 2º, Decreto-Lei nº
ta/manifestação do Poder Executivo denunciado) são encaminhados 201/67);
ao Ministério Público e ao Tribunal de Contas dos Estados/Municípios, sujeição a processo por crime de responsabilidade, se caracteri-
para conhecimento e adoção das providências pertinentes. zada a negligência no oferecimento do ensino obrigatório (art. 5º,
9.6. Quais são as sanções aplicáveis aos responsáveis pelas irregu- § 4º, LDB);
laridades praticadas? sujeição a processo penal se caracterizado que a aplicação de
O não cumprimento das disposições legais relacionadas ao Fundeb verba pública foi diversa à prevista em lei (art. 315 – Código pe-
acarreta sanções administrativas, civis e/ou penais, cujas penalida- nal). A pena é de 1 a 3 meses de detenção ou multa;
des são: inelegibilidade, por cinco anos, se suas contas forem rejeitadas
Para os Estados e Municípios: por irregularidade insanável e por decisão irrecorrível do órgão
competente, salvo se a questão houver sido ou estiver sendo
rejeição das contas, mediante parecer prévio do Tribunal de Con-
submetida à apreciação do Poder Judiciário (art. 1º, g, Lei Com-
tas competente, com o conseqüente encaminhamento da questão
plementar nº 64/90).
ao respectivo Poder Legislativo e, caso a rejeição seja confirma-
da, à autoridade competente e ao Ministério Público;

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