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Exercício de 2010
As novas etapas da grande
jornada contábil
2011
Índice
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na jornada pelas IFRSs
do Conselho Internacional de Normas Contábeis Este é, sem dúvida, um momento de clara transição
(IASB, sigla em inglês para “International Accounting que precisa se concretizar no dia-a-dia das empresas,
Standards Board”), entidade responsável por redigir, no caminho entre a teoria e a prática da elaboração
validar, promulgar e disseminar as IFRSs no mundo. das demonstrações financeiras deste ano. Todos
os envolvidos diretamente no tratamento dessas
O processo de convergência para as IFRSs é informações notarão que, em alguns casos, as novas
conduzido, no Brasil, pelo Comitê de Pronunciamentos demonstrações financeiras que serão apresentadas são
Contábeis (CPC), responsável local pela emissão de acentuadamente diferentes daquelas desenvolvidas
pronunciamentos contábeis correlacionados às IFRSs, em anos anteriores. O volume de informações é bem
sendo posteriormente sua adoção requerida pelo maior e demanda maior grau de julgamento, além de
Conselho Federal de Contabilidade (CFC) e por órgãos prover mais transparência na exposição dos dados.
reguladores, como a CVM, o BC e a Superintendência
de Seguros Privados (Susep), entre outros. A adoção Por outro lado, é fundamental ter clareza de que esse
plena das IFRSs coloca o Brasil, de uma vez por dinâmico processo de modernização da estrutura
todas, na linguagem das transações corporativas e contábil brasileira não se restringe às demonstrações
financeiras globais. financeiras. Para incorporar efetivamente essa cultura
de transformação que a nova fase de adoção das
Na prática, esse avanço beneficia muito o ambiente IFRSs traz para o Brasil, uma nova realidade se impõe à
de negócios como um todo, ao oferecer aos agentes vida das empresas. É nesse contexto que os membros
financiadores brasileiros e estrangeiros uma melhor que integram os conselhos fiscais, de administração
compreensão dos resultados das empresas, que e de auditoria, bem como os executivos de Relações
podem obter crédito em condições menos onerosas com Investidores (RIs), precisam conhecer mais
e abrir espaço ao seu crescimento. Também passa profundamente as mudanças.
a ser fortalecida a capacidade de mensuração do
desempenho individual de cada organização, ao Quando os responsáveis pela área de RI, por exemplo,
poder analisar sua performance frente à de seus se familiarizam com os procedimentos e critérios
concorrentes domésticos e internacionais. aplicados para a elaboração das demonstrações
financeiras conforme as IFRSs, eles passam a adquirir o
Momento de inflexão conhecimento essencial para prestar esclarecimentos
Se 2010/2011 representa o momento da grande virada aos analistas de mercado. O mesmo vale para
da contabilidade brasileira, também significa um os integrantes de conselhos de administração e
momento de inflexão na curva de desenvolvimento fiscal, que, ao dominarem o tema, passam a ter
das organizações rumo à adoção do modelo contábil os elementos vitais para questionar os critérios
global. É certo que ninguém chegou ainda ao final usados pela direção da empresa na elaboração
da trajetória. Muito ao contrário, estamos todos nos das demonstrações financeiras. Isso ocorre, entre
estruturando para começar a trilhar efetivamente a outros casos, na análise da seleção e aplicação de
fase mais consistente de nossa caminhada. novas práticas contábeis até a política empregada
para a distribuição de dividendos aos acionistas.
Avançar nesses trilhos da convergência contábil implica Adicionalmente, os responsáveis por todas as áreas
uma mudança substancial na própria cultura das e competências da empresa – da tecnologia da
empresas que hoje se esforçam para cumprir as novas informação à gestão do capital humano –, precisam
normas, com a qualidade necessária e dentro dos ser envolvidos nesse processo. Todos esses atores da
prazos estabelecidos. É preciso incorporar a cultura das cena empresarial estão sendo convidados a ocupar
IFRSs, a partir da plena absorção dos novos padrões, seus espaços no palco desse clímax que o ambiente
facilitando a sua aplicação nos processos internos, com empresarial brasileiro atingiu, dentro de sua trajetória
maior agilidade e precisão na contabilidade. de adoção das IFRSs no Brasil.
Embora a convergência com as IFRSs, por si só As empresas brasileiras listadas na Bolsa de Nova
representará uma mudança profunda de relatórios York (NYSE) têm pela frente um foco adicional de
financeiros existentes em 2010 e 2011, quando atenção. Desde 2007, o United States Securities and
tomados em conjunto com as outras iniciativas de Exchange Commission (SEC, sigla em inglês para
elaboração de relatórios regulamentares e fiscais Órgão Regulador do Mercado de Capitais Local),
pode-se começar a ver as mudanças ainda mais tem aceito demonstrações financeiras preparadas de
profundas e desafios para o fornecimento de acordo com as IFRSs emitidas pelo IASB de empresas
informação financeira de muitas empresas. estrangeiras sem reconciliação para práticas contábeis
norte-americanas (US GAAP). Com a convergência
Mais do que nunca, há de se elevar a eficiência com as IFRSs no Brasil, as empresas brasileiras
e eficácia dos processos e reduzir os prazos de registradas no SEC têm uma opção de arquivar suas
fechamento das informações financeiras, para demonstrações financeiras de acordo com as IFRSs
superar as expectativas cada vez mais exigente dos emitidas pelo IASB, com a SEC, aliviando para muitas
reguladores e usuários de informação financeira. Isto, os trabalhos adicionais de reconciliação. A eficiência
sem dúvida, irá requerer uma atenção redobrada das proporcionada por isto é mais importante porque,
empresas para não perderem o prazo e cumprirem a partir de 2012, dentro de uma série de melhorias
adequadamente as exigências regulatórias. e aprimoramentos promovidos pela SEC, o prazo de
apresentação do relatório anual 20-F será reduzido
Na agenda de obrigações regulatórias que se de 6 para 4 meses. Portanto, já em abril de 2012, as
apresenta às organizações de capital aberto no companhias presentes no mercado norte-americano
caminho às IFRSs, é importante considerar a exigência devem arquivar o 20-F, e não mais em junho, como
da reapresentação dos resultados trimestrais (ITRs) do era permitido nos anos anteriores.
ano de 2010 e as demonstrações referentes a 2009
também em conformidade com a nova normatização. Para todas as empresas, a nova contabilidade
permitindo a comparação dos desempenhos convergente com as IFRSs se tornará a demonstração
registrados em 2010 com os períodos anteriores. financeira oficial. Isso significa que, para efeitos legais
e fiscais, demonstrações financeiras de acordo com
O Formulário de Referência anual, introduzido pela as novas normas com base nas IFRSs servirão como
Instrução CVM n º 480 de 2009 e agora em seu base para operações de capital e dividendos. Tais
segundo ano, (leia box na página 7), provavelmente informações também devem ser obrigatoriamente
vai ser significativamente afetado pela nova linguagem arquivadas na Receita Federal como parte da
contábil trazida pela convergência com as IFRSs. obrigação da empresa de apresentar as informações
Enquanto o Formulário de Referência tem sua base em contábeis no âmbito do SPED.
informações financeiras preparadas de acordo com
as novas normas de contabilidade, muitas das suas Estas iniciativas demonstram o valor que está sendo
seções, incluindo dados financeiros históricos, terão colocado na alta qualidade e nas informações
de ser adaptadas este ano. financeiras por seus usuários dentro e fora do Brasil.
As empresas devem concentrar-se além da simples
Finalmente, para as empresas de capital aberto, contabilidade da presente temporada de resultados,
há a determinação da CVM (através da Instrução para continuar os esforços na melhoria do processo de
nº 480) de que, a partir de abril de 2012, o prazo para informação financeira global, à luz destas iniciativas
publicação dos ITRs passará a ser de 30 dias (e não adicionais e mudanças no horizonte.
mais de 45 dias) após o encerramento do trimestre,
impondo às organizações ainda mais a necessidade
de se adaptarem e empregarem agilidade em seus
processos.
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A CVM 480 e o avanço da governança
O Formulário de Referência não representa uma cópia ou a simples atualização do que foi apresentado no passado,
via IAN, mas um passo importante rumo às boas práticas de governança.
A instrução nº 480 da CVM, System”, ou seja, todas as preparadas para aproveitar as contábeis, como o Lajida, está mais exposta e isso faz
de 2009, que instituiu o informações referentes ao oportunidades do mercado. deve: informar o valor das parte do jogo. Transparência
“Formulário de Referência”, emissor de valores mobiliários Na prática, isso significa que medições não contábeis; tende a gerar mais valor
documento que aposentou devem ser reunidas em um a documentação pode ser fazer as conciliações entre os para a companhia, além de
o antigo Formulário de único documento (“Shelf previamente preparada e valores divulgados e os valores ganhos de liquidez, porque
Informações Anuais (IAN), Document”) e arquivadas no atualizada pela companhia das demonstrações financeiras a percepção de risco pelo
é mais uma prova de como órgão regulador, devendo ser antes de decidir quando auditadas; e explicar o motivo investidor melhora.
toda a linguagem financeira atualizadas constantemente fará a emissão, viabilizando pelo qual entende que tal
está mudando. Mais de 400 – recomenda-se, no mínimo, um registro mais ágil da medição é mais apropriada Os conteúdos apresentados
companhias listadas na BM&F uma vez por ano. Pretende-se, operação pelo órgão para a correta compreensão devem ser verdadeiros,
Bovespa são diretamente assim, padronizar os dados regulador no momento em da sua condição financeira completos e consistentes,
atingidas pela nova regra para oferecidos aos investidores e que a organização decidir ir ao e do resultado de suas nunca induzindo o investidor
o registro dos emissores de atualizá-los tempestivamente. mercado. No modelo anterior, operações.” ao erro. Linguagem simples,
valores, ao determinar quais O novo sistema facilita a era preciso preparar um clara, objetiva e concisa
dados devem ser apresentados análise das informações prospecto completo, enviar Outros dos 22 itens é a forma a ser adotada,
via Formulário de Referência, pelos investidores e permite à CVM e aguardar 30 dias inseridos no Formulário de buscando-se uma divulgação
indicando tendências e bases comparações entre empresas para a análise, o que poderia Referência também mudam de maneira abrangente,
maduras de informações sobre similares, colaborando para resultar em eventuais pedidos significativamente a forma equitativa e simultânea para
as organizações, como as a tomada de decisões de de correções e, só depois, como as empresas passam a todo o mercado. É também
que se referem a processos investimento no mercado ter a operação aprovada. reportar suas informações e necessário que as informações
judiciais e contingências, por secundário. obrigam os gestores a criar sejam úteis à avaliação dos
exemplo. Uma das novas exigências processos de divulgação mais valores mobiliários emitidos.
Para atenderem a essa do Formulário de Referência sólidos, qualificados e precisos.
O Formulário de Referência necessidade, as empresas refere-se à necessidade Afinal, a responsabilidade Um dos pontos de atenção
não representa uma cópia devem prover maior de esclarecimentos caso pelas informações prestadas relacionados às informações
ou a simples atualização consistência às informações, as companhias publiquem recairá sobre o presidente e demandadas pelo formulário
do que foi apresentado no aperfeiçoando processos medições não contábeis, o diretor de Relações com os toca em um tema sensível: os
passado, via IAN, mas um internos para melhorar a sendo que a mais Investidores (RI), conforme critérios de remuneração. As
passo importante rumo às captura e análise dos dados, regularmente usada é o Lucro estabelece o primeiro campo regras da CVM determinam
boas práticas de governança. o que contribui para o Antes dos Juros, Imposto do formulário. que as companhias informem
Um de seus benefícios é que fornecimento das informações de Renda, Depreciação quais são os maiores valores
ele serve como uma espécie com maior qualidade e e Amortização (“Lajida”, O desafio das companhias, pagos aos executivos, a média
de prospecto permanente. Em segurança. também conhecida pela sigla de forma mais ampla, e os menores. Historicamente,
teoria, as empresas reduzirão em inglês “Ebitda”). A minuta envolve, portanto, a captura as organizações não eram
custos na elaboração de De seu lado, a CVM de instrução que dispôs e a consolidação rigorosa obrigadas a explicar aos
prospectos para promover manifestou entender que especificamente sobre a das informações por todas acionistas quais critérios
eventuais ofertas ao mercado o novo documento dá divulgação dessas informações as áreas da empresa, além utilizavam para remunerar
e terão maior agilidade para passos importantes na não contábeis, por parte da definição de critérios de seus executivos. Depois,
aproveitar as janelas de quantidade e qualidade das companhias abertas, foi divulgação, o que requer o passaram a ter de informar os
liquidez que abrem e fecham das informações que serão submetida à audiência pública, desenvolvimento de controles valores e se havia coerência
muito rapidamente. colocadas à disposição dos por decisão da CVM, entre 18 internos e a gestão de riscos, nos critérios adotados, e
investidores e do mercado de outubro e 3 de dezembro com avaliações permanentes desenvolveram indicadores
A CVM se inspirou no periodicamente. Especialistas de 2010. A instrução define sobre a estrutura operacional e metas para definir essa
modelo que a Organização enfatizam que, assim como que “caso o emissor tenha e o funcionamento desse remuneração. Informar
Internacional das Comissões acontece com o mercado divulgado, no decorrer do organismo e, principalmente, com clareza a política
de Valores (Iosco, sigla norte-americano, pela nova último exercício social, ou a capacidade de checagem remuneratória é condição
em inglês) denomina regra, as organizações deseje divulgar no formulário dos dados antes de serem essencial para o pleno
como “Shelf Registration brasileiras passam a estar mais de referência medições não apresentados. A empresa atendimento ao padrão
exigido pelo formulário.
As empresas devem avaliar, com base em seu perfil e nas suas perspectivas de crescimento, qual a melhor regra
contábil a ser aplicada ao seu caso.
Da mesma forma que as E quais são os critérios para regra contábil a ser aplicada atendimento às empresas de operação de fusão e aquisição
companhias abertas e as caracterizar uma empresa ao seu caso. A versão menor porte. A simplificação ou para obter crédito, pois
organizações de grande sujeita às regras do CPC-PME? completa deve ser uma não significa, entretanto, investidores, parceiros ou
porte em geral, as pequenas O pronunciamento opção a ser considerada, que a mudança do padrão financiadores não aceitarão a
e médias empresas (PMEs) CPC-PME indica que empresas principalmente pelas contábil seja tarefa fácil para contabilidade em desacordo
brasileiras também estão que são reguladas pelo empresas que estão em um as organizações. Como a com a normatização aplicável
desafiadas a ingressar na nova governo (concessionárias de movimento de expansão, estrutura conceitual do CPC- às demais empresas.
era da contabilidade. O CFC serviços públicos, instituições podendo, em pouco tempo, PME é nova, mesmo sua
homologou, em dezembro financeiras, seguradoras e ser enquadradas como de versão internacional, apesar Por outro lado – muito mais
de 2009, um conjunto de companhias abertas), bem grande porte. Neste caso, de já estar em discussão desde relevante – ao seguirem
regras simplificadas, chamado como as demais organizações toda a contabilidade feita com 2001 pelo IASB, só foi emitida o padrão internacional de
“CPC-PME”. Como a regra enquadradas na Lei base no CPC-PME terá de ser em julho de 2009. contabilidade, as PMEs passam
completa (full) das IFRSs pelo nº 11.638/07 e as empresas ajustada. O mesmo vale para a ter seus resultados melhor
IASB abrange 37 normas e de grande porte não podem quem pretende abrir capital. Portanto, há o desafio compreendidos por agentes
27 interpretações, ou cerca ser enquadradas no conceito O padrão CPC-PME não é empresarial de entender financiadores brasileiros e
de 2.600 páginas, e foram de PME. Todas as demais, sim. aplicável para quem vai entrar como aplicar o CPC-PME estrangeiros, obtendo crédito
convertidas em outras 56 Essas organizações devem na bolsa. no Brasil, sem parâmetros e e condições menos onerosas
normas e interpretações ser proativas e atentas à experiências anteriores de e abrindo espaço para o
do CPC, a simplificação da nova agenda a que estão A remoção de opções outros países, bem como crescimento. Podem, ainda,
norma, ou CPC-PME, se submetidas. complexas e de tópicos não tornar os usuários dessas seguir caminho para planos
resumiu em 230 páginas, relevantes da versão completa, demonstrações financeiras mais audaciosos de acesso
tornando-se uma opção mais As empresas devem avaliar, levando em consideração familiarizados com a nova ao mercado de capitais,
fácil, para muitas PMEs, com base em seu perfil e a relação entre custo e estrutura. Isso implica, no realizando, eventualmente,
de ser aplicada. nas suas perspectivas de benefício, representa uma futuro, que uma PME poderá o lançamento de ações em
crescimento, qual a melhor facilitação significativa para o enfrentar dificuldades numa bolsa de valores.
Cada organização deve analisar isoladamente, conforme as suas características e do mercado em que atua,
quais são os efeitos gerados pela aplicação da nova norma contábil.
Embora a implementação vigente em 31/12/2007, efeitos gerados pela aplicação empresas. Por exemplo, Mais um ponto importante
das IFRSs implique mudanças considerando os efeitos sobre da nova norma contábil. É o CPC-PME, após ditar e complexo se relaciona
significativas nos processos ativo, passivo e resultado. importante observar que, os requerimentos para ao fato de que, embora a
internos das empresas, Depois, para recolhimento embora tente neutralizar os a alocação do preço de contabilidade societária tenha
independentemente do do Imposto de Renda e impactos das mudanças sobre compra aos valores justos mudado, a aplicação do
porte, atingindo praticamente Contribuição Social, devem os cálculos tributários, o RTT dos ativos adquiridos e RTT exige que as empresas
todas as áreas que passam a entregar a FCont e reportar na não é de aplicação tão fácil. passivos assumidos, admite mantenham também a
fornecer informações para a DIPJ os resultados ajustados a amortização do ágio apuração contábil pelo
contabilidade, suportando o decorrentes da aplicação do Alguns dos impactos mais pago pela outra empresa, antigo padrão BR GAAP. Só
resultado final, para os efeitos Regime Tributário Transitório significativos são notados, enquanto a versão completa assim é possível entender
fiscais, a mudança pode não (RTT). Os efeitos no PIS e geralmente, na mensuração das IFRSs não permite essa os resultados com base nos
ter impactos, embora existam na COFINS também devem de alguns ativos fixos, que possibilidade. Também são novos padrões, compará-
algumas diferenças entre ser analisados. Na prática, passam a ser avaliados notadas dificuldades para los aos apurados com
apresentar os resultados com devem-se neutralizar os com base nos seus valores apurar o efeito de juros sobre base no padrão anterior
base no CPC-PME ou com efeitos fiscais provocados justos, por exemplo, ativos capitais e a amortização e, assim, aplicar o RTT
base nas IFRSs na sua versão pela adoção das IFRSs, tanto biológicos e instrumentos de ativos intangíveis, entre para fins fiscais. Nesse
completa. no caso do padrão completo financeiros. Adicionalmente, outros. Todavia, qualquer que processo, a participação e
(full) para companhias abertas os componentes importantes seja a mensuração requerida o envolvimento das áreas
Já que, a partir dos resultados e empresas de grande porte, que apresentem padrões para as demonstrações responsáveis por gestão de
de 2010, é obrigatória a como no caso do CPC-PME. significativamente diferentes financeiras atuais, o lucro ou tributos, em especial, do seu
adoção do Regime Tributário de benefícios econômicos prejuízo de partida para a gestor e de sua equipe, são
de Transição (RTT), as Cada organização deve são depreciados de forma apuração do IRPJ da CSLL, em peças-chave para garantir a
empresas devem produzir a analisar isoladamente, separada. 2010, deve ser aquele que execução desse processo sem
contabilidade com base no conforme as suas seria obtido com a utilização sobressaltos.
novo padrão e compará-la características e do mercado Outro exemplo está no caso das regras contábeis em vigor
à regulamentação contábil em que atua, quais são os de aquisições de outras em 31/12/2007.
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As novas etapas da jornada
Veja, a seguir, como o padrão contábil internacional vem sendo estabelecido para alguns grupos do ambiente empresarial, que demandam regras
ou procedimentos customizados à sua especificidade – caso das instituições financeiras, das seguradoras e das subsidiárias de empresas estrangeiras.
Instituições financeiras resultados consolidados de consolidadas seguindo o apresentação comparativa que, embora o BC não tenha,
Conforme a Resolução 3.786, 2010, comparativamente aos padrão IFRS. Ficaram definidas das demonstrações até o momento, homologado
do Conselho Monetário de 2009. Todavia, o Banco as seguintes opções a serem financeiras consolidadas grande parte dos CPCs,
Nacional, de 24 de setembro Central do Brasil (BC) conferiu adotadas como balanço de dos anos de 2010 e 2009; espera-se que essas
de 2009, as instituições a essas instituições financeiras abertura das demonstrações ou pendências regulatórias sejam
financeiras de capital aberto e a opção de apresentarem as financeiras consolidadas: resolvidas e é importante
aquelas que são obrigadas a demonstrações financeiras III – 1º de janeiro de 2008, que as organizações se
constituir comitê de auditoria consolidadas de 2010 I – 1º de janeiro de 2010, para as instituições que mantenham informadas e
pela legislação em vigor comparativamente às para as instituições optarem por fazer a acompanhem os debates dos
estão obrigadas a produzir de 2009. (1) que não apresentarem apresentação comparativa pronunciamentos contábeis,
demonstrações financeiras demonstrações financeiras das demonstrações além de se familiarizarem
consolidadas em IFRS em A Carta-Circular 3.435 do consolidadas de forma financeiras consolidadas com as normas ainda não
31 de dezembro de 2010. BC, emitida em 19 de março comparativa; (1) dos anos de 2010, 2009 homologadas pelo BC, para
Em tese, esse grupo de de 2010, esclareceu alguns e 2008. não serem surpreendidas e
instituições seria exigido a pontos sobre a elaboração II – 1º de janeiro de 2009, enfrentarem dificuldades
seguir o padrão internacional do balanço de abertura das para as instituições que Convém também lembrar a para a aplicação desses
de contabilidade para os demonstrações financeiras optarem por fazer a esse segmento empresarial CPCs no futuro.
(1) A adoção da opção de não apresentar as demonstrações financeiras consolidadas contendo informações comparativas, elaboradas de acordo com a mesma base contábil, não
permite à instituição financeira e à seguradora declarar que foram elaboradas de acordo com as IFRSs. Essa opção deve ser considerada para a preparação de demonstrações
financeiras para propósitos específicos. Com essa opção, um conjunto completo de demonstrações consolidadas de acordo com as práticas contábeis em vigor deve ser preparado.
Subsidiárias de Primeiro, porque mais de poderá impactar o cálculo Seguradoras os CPCs, para a data-base
empresas estrangeiras 150 países aplicam hoje as da base da controladora em Assim como as instituições de 31 de dezembro de
As organizações estrangeiras IFRSs como norma contábil, suas subsidiárias estrangeiras financeiras, as seguradoras 2010, sem as informações
e subsidiárias de o que viabiliza a unificação e, com isso, influenciar os também contam, neste comparativas relativas ao
conglomerados internacionais das informações para um planos de repatriamento de momento, com uma exercício anterior. Ou seja,
enquadradas na Lei 11.638, mesmo conglomerado, capital e dividendos. condição especial para o as seguradoras devem
da mesma forma que independentemente da início da apresentação das produzir seus resultados
as empresas nacionais, localidade de cada operação. As organizações cujas demonstrações financeiras de 2010 seguindo o
devem apresentar suas Sem ter de reconciliar as matrizes estão listadas na consolidadas referentes ao padrão internacional,
demonstrações financeiras demonstrações para remetê- Bolsa de Nova York também ano de 2010. mas, assim como as
de acordo com as práticas las às matrizes, as operações devem estar atentas ao instituições financeiras,
contábeis adotadas no Brasil, subsidiárias obtêm aporte calendário em curso de A Superintendência de para efeito de divulgação
que são convergentes às de eficiência, agilidade e convergência do padrão Seguros Privados (Susep) e comparabilidade, não
IFRSs. Embora as demais precisão. O uso de uma única contábil norte-americano (US emitiu, em 23 de agosto precisam apresentar as
subsidiárias, sobretudo linguagem contábil eleva, GAAP) às IFRSs. Vários dos de 2010, a Circular 408, demonstrações de anos
de capital fechado, portanto, a produtividade e temas que estão em discussão que estabelece, entre anteriores pelo padrão
que não se enquadram reduz custos. alteram a normatização nos outros dispositivos, que internacional. (1)
nessa normatização não Estados Unidos, gerando as sociedades e entidades
contem ainda com um Outro fator relevante para impactos na contabilidade por ela supervisionadas Por fim, a Circular da
arcabouço regulatório a aplicação das IFRSs na das subsidiárias, caso de deverão apresentar, a partir Susep determina que as
claramente definido contabilidade local das instrumentos financeiros, do exercício findado em 31 demonstrações financeiras
sobre a obrigatoriedade subsidiárias tem a ver consolidação e seguros, de dezembro de 2010, as individuais serão elaboradas
de apresentação de suas com o cumprimento das entre outros. demonstrações financeiras de acordo com as práticas
demonstrações financeiras obrigações fiscais do Brasil. consolidadas seguindo os contábeis que estavam
baseadas nas IFRSs, esse As informações lançadas Dominando as regras pronunciamentos emitidos em vigor e que foram
grupo de organizações tem nos livros contábeis e mundiais de contabilidade, pelo IASB na forma utilizadas para a elaboração
pela frente o desafio de se apresentadas à Receita essas empresas estarão homologada pelo CPC. das demonstrações
adaptar à norma contábil Federal, no âmbito mais seguras e respaldadas financeiras do exercício
global e tornar-se mais do Sistema Público de tecnicamente para ofertar O mesmo documento da findo em 31 de dezembro
eficiente na elaboração Escrituração Digital (SPED), as soluções mais adequadas Susep faculta a elaboração de 2009, que incorporavam
de suas demonstrações devem seguir a normatização para a apresentação de suas das demonstrações apenas os pronunciamentos
financeiras remetidas brasileira, baseada nas IFRSs. demonstrações financeiras financeiras consolidadas, emitidos pelo CPC no ano
aos controladores. A conversão para as IFRSs aos controladores. preparadas de acordo com de 2008.
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Regulamentação contábil
Práticas contábeis brasileiras
Principais mudanças trazidas pelo Comitê contábeis que podem ser adotadas por entidades
de Pronunciamentos Contábeis – CPC nas consideradas de pequeno e médio portes, desde que
demonstrações financeiras1 no Brasil não sejam companhias abertas, emitentes de títulos
Como parte do processo de harmonização com de dívida negociados no mercado nem sociedades de
as Normas Internacionais de Relatório Financeiro grande porte de acordo com a definição contida na
(IFRSs) iniciado em 2008 e regulamentação das Lei nº 11.638/07, aprovado por resolução do CFC.
práticas contábeis alteradas a partir da edição das
Leis no 11.638/07 e nº 11.941/09 (conversão em Para as instituições financeiras e demais instituições
lei da Medida Provisória nº 449/08), (i) em 2008, autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil
14 pronunciamentos, 1 norma sobre a estrutura – Bacen, com exceção dos CPCs 01, 03, 05 e 25, que
conceitual básica e 1 orientação técnica foram foram aprovados através de resoluções do Conselho
editados pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis Monetário Nacional, os demais CPCs ainda não foram
– CPC e aprovados por deliberações da Comissão aprovados e, portanto, ainda não são aplicáveis para
de Valores Mobiliários – CVM e resoluções do essas instituições.
Conselho Federal de Contabilidade – CFC; (ii) em
2009, o CPC editou mais 26 pronunciamentos, 2 É apresentado a seguir quadro contendo os
orientações técnicas e 12 interpretações técnicas, pronunciamentos, as orientações técnicas e as
que foram aprovados por deliberações da CVM e interpretações técnicas editados pelo CPC e as
1) Os normativos emitidos resoluções do CFC; (iii) em 2010, foi editado mais um respectivas deliberações da CVM e resoluções do
pelo CPC, citados neste pronunciamento e 3 interpretações técnicas, também CFC que os aprovaram. Deve ser observado que
material, usam a expressão
“demonstrações contábeis”, aprovados por deliberações da CVM e resoluções as deliberações da CVM devem ser seguidas pelas
enquanto nos normativos da do CFC, além de serem realizadas revisões de alguns companhias abertas e as resoluções do CFC devem ser
CVM é utilizada a expressão dos pronunciamentos técnicos (CPCs), conforme seguidas por todas as outras entidades, exceto aquelas
“demonstrações financeiras”.
Essas duas expressões têm o demonstrado no quadro abaixo; (iv) foi editado sujeitas a regulamentação específica, como aquelas
mesmo significado. também, em 2009, o CPC PME, contendo as práticas regulamentadas pelo Bacen e pela SUSEP.
Pronunciamentos Técnicos
CPC no Assunto Deliberação CVM no Resolução CFC no
Editados em 2008:
– Pronunciamento Conceitual Básico 539/08 1.121/08
01 (R1) Redução ao Valor Recuperável de Ativos 639/10 1.292/10
02 (R2) Efeitos das Mudanças nas Taxas de Câmbio e Conversão de Demonstrações Financeiras 640/10 1.295/10
03 (R2) Demonstração dos Fluxos de Caixa 641/10 1.296/10
04 (R1) Ativo Intangível 644/10 1.303/10
05 (R1) Divulgação sobre Partes Relacionadas 642/10 1.297/10
06 (R1) Operações de Arrendamento Mercantil 645/10 1.304/10
07 (R1) Subvenção e Assistência Governamentais 646/10 1.305/10
08 (R1) Custos de Transação e Prêmios na Emissão de Títulos e Valores Mobiliários 649/10 1.313/10
09 Demonstração do Valor Adicionado (DVA) 557/08 1.138/08
10 (R1) Pagamento Baseado em Ações 650/10 1.314/10
11 Contratos de Seguro (a) 563/08 1.150/09
12 Ajuste a Valor Presente 564/08 1.151/09
13 Adoção Inicial da Lei no 11.638/07 e da Medida Provisória no 449/08 565/08 1.152/08
14 Instrumentos Financeiros: Reconhecimento, Mensuração e Evidenciação (Fase I) (b) (b)
12
Orientações Técnicas
OCPC nº Assunto Deliberação CVM nº Resolução CFC nº
Editada em 2008:
01 (R1) Entidades de Incorporação Imobiliária 561/08 1.154/09
Editadas em 2009:
02 Esclarecimentos sobre as Demonstrações Financeiras de 2008 Ofício-Circular 01/09 1.157/09
03 Instrumentos Financeiros: Reconhecimento, Mensuração e Evidenciação (b) Ofício-Circular 03/09 1.199/09
Editada em 2010:
03 Aplicação da Interpretação Técnica ICPC 02 às Entidades de Incorporação Imobiliária Brasileiras 653/10 1.317/10
Interpretações Técnicas
ICPC no Assunto Deliberação CVM no Resolução CFC no
Editadas em 2009:
01 Contratos de Concessão 611/09 1.261/09
02 Contrato de Construção do Setor Imobiliário 612/09 1.266/09
03 Aspectos Complementares das Operações de Arrendamento Mercantil 613/09 1.256/09
04 Alcance do Pronunciamento Técnico CPC 10 – Pagamento Baseado em Ações 614/09 1.257/09
05 Pronunciamento Técnico CPC 10 – Pagamento Baseado em Ações – Transações de Ações do 615/09 1.258/09
Grupo e em Tesouraria
06 Hedge de Investimento Líquido em Operações no Exterior 616/09 1.259/09
07 Distribuição de Lucros in Natura 617/09 1.260/09
08 Contabilização da Proposta de Pagamento de Dividendos 601/09 1.195/09
09 Demonstrações Financeiras Individuais, Demonstrações Separadas, Demonstrações 618/09 1.262/09
Consolidadas e Aplicação do Método de Equivalência Patrimonial
10 Interpretação sobre a Aplicação Inicial ao Ativo Imobilizado e à Propriedade para Investimento 619/09 1.263/09
dos Pronunciamentos Técnicos CPCs 27, 28, 37 e 43
11 Recebimento em Transferência de Ativos de Clientes 620/09 1.264/09
12 Mudanças em Passivos por Desativação, Restauração e Outros Passivos Similares 621/09 1.265/09
Editadas em 2010:
13 Direitos a Participações Decorrentes de Fundos de Desativação, Restauração e Reabilitação 637/10 1.288/10
Ambiental
15 Passivo Decorrente de Participação em um Mercado Específico – Resíduos de Equipamentos 638/10 1.289/10
Eletroeletrônicos
16 Extinção de passivos financeiros com instrumentos patrimoniais 652/10 1.316/10
Ainda não editada:
14 Cotas de Cooperados em Entidades Cooperativas e Instrumentos Similares – –
(a) O
Pronunciamento Técnico tem aplicação obrigatória em 2010 apenas nas demonstrações financeiras consolidadas da Seguradoras, sendo aplicado para as demonstrações financeiras
individuais apenas a partir de 1/1/2011.
(b) O
CPC 14 foi aprovado pela Deliberação CVM no 566/08 e pela Resolução CFC no 1.153/09. Em 2009, o CPC 14 (revisado) foi submetido a processo de audiência pública.
Em decorrência desse processo de audiência pública em conjunto com os CPCs 38, 39 e 40, foi decidido não emitir o CPC 14 (revisado), revogar o CPC 14 (mantendo sua
aplicação somente para 2008 e 2009) e transformá-lo em orientação técnica, OCPC 03 – Instrumentos Financeiros: Reconhecimento, Mensuração e Evidenciação.
(c) Pronunciamento ainda não emitido pelo CPC, pois a norma equivalente do IASB – International Accounting Standards Board está em processo de revisão.
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ativos deverá ser reconhecida em contrapartida no Controladas de uma entidade consideradas
resultado do exercício. Para o goodwill (ágio por dependentes no exterior (cuja moeda funcional seja
expectativa de rentabilidade futura) e outros ativos a mesma da controladora):
intangíveis com vida útil indefinida deve ser apurado a) Foi eliminada a obrigatoriedade de ter seus ativos,
o valor recuperável no mínimo a cada exercício social, passivos e resultado integrados às demonstrações
independentemente de indicação de desvalorização. financeiras individuais da matriz; e
b) A s variações cambiais do investimento líquido em
O valor recuperável é geralmente apurado como segue: controladas dependentes no exterior deverão ser
reportadas como receita ou despesa financeira do
Ativos cuja realização seja por recebimento ou período.
venda: o valor recuperável é o valor que a entidade
estima que provavelmente receberá, líquido das Controladas de uma entidade consideradas
despesas com vendas se for o caso, o que implicará independentes no exterior: as variações cambiais
constituição de provisão para créditos de liquidação de investimento líquido em controlada independente
duvidosa, aplicação da regra do “custo ou mercado, no exterior, cuja moeda funcional seja diferente
dos dois o menor” e outros procedimentos e/ou da controladora, devem ser registradas em conta
critérios semelhantes. específica do patrimônio líquido na investidora e
nas demonstrações financeiras consolidadas, sendo
Ativo classificado como um ativo financeiro: o valor reconhecidas no resultado apenas quando da venda
recuperável deve ser definido conforme o CPC 38. ou baixa do investimento líquido.
Ativos destinados ao uso: o maior entre o valor Quando é feita a conversão das demonstrações
líquido de venda ou o valor em uso (valor em uso é o financeiras para uma moeda de apresentação que não
valor presente dos fluxos de caixa esperados a serem é a moeda funcional, as diferenças cambiais sobre o
gerados por esse ativo). patrimônio líquido e o resultado são reconhecidas em
“outros resultados abrangentes” no patrimônio líquido
Quando não é possível determinar o valor recuperável para transferência ao resultado apenas quando da
de um determinado ativo, a entidade deve determinar baixa do investimento. Há divulgações específicas a
o valor recuperável da unidade geradora de caixa que serem feitas sobre qual a moeda funcional utilizada e
contém o ativo, já que pode ser que um único ativo sobre os ativos e passivos mantidos em outra moeda.
não tenha, sozinho, capacidade de produzir fluxos de
caixa. As perdas por desvalorização, com exceção do CPC 03 (R2) – Demonstração dos Fluxos de Caixa
goodwill, podem ser revertidas em certos casos. Alguns aspectos dessa demonstração são:
CPC 02 (R2) – Efeitos das Mudanças Definição de equivalentes de caixa: (i) tem
nas Taxas de Câmbio e Conversão de conversibilidade imediata (por exemplo, três meses
Demonstrações Financeiras ou menos, a contar da data da aquisição) em
Esclarece o registro de transações em moeda montante conhecido de caixa; (ii) estão sujeitos a
estrangeira e de operações no exterior nas um insignificante risco de mudança de valor; (iii) são
demonstrações financeiras de uma entidade no Brasil, mantidos com a finalidade de atender a compromissos
assim como o registro das variações cambiais dos de caixa de curto prazo e não para investimento ou
ativos e passivos em moeda estrangeira. Também outros propósitos; (iv) instrumentos patrimoniais que
aborda a questão de conversão das demonstrações sejam substancialmente equivalentes de caixa, como,
financeiras de uma entidade de uma moeda para por exemplo, certificados de depósito bancários que
outra. Entre as revisões realizadas sobre o CPC 02, tenham prazo definido de resgate e cujo prazo atenda
podem ser destacadas: à definição de curto prazo; e (iv) saldos bancários a
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Para os ativos intangíveis gerados internamente, disponíveis para uso público, o nome da controladora
gastos com pesquisas de produto, processo, mercado, do nível seguinte, se houver, deve ser divulgado. A
por exemplo, não podem ser registrados como parte entidade deve divulgar a remuneração do pessoal-
do custo do ativo. Os gastos com desenvolvimento chave da Administração no total, bem como para cada
podem ser registrados como parte do custo do uma das possíveis categorias (quer como benefícios,
ativo em algumas circunstâncias. As despesas pré- quer como outro tipo de remuneração).
operacionais não se enquadram na definição de ativo
intangível e portanto não podem mais ser ativadas. Divulgação: se tiver havido transações entre partes
relacionadas, a entidade deve divulgar a natureza do
Adicionalmente, não existe mais a figura do ativo relacionamento, as informações sobre as transações e
diferido. Entretanto, foi adotada uma regra de os saldos existentes, bem como as condições de sua
transição que permite manutenção dos ativos realização. Também deve ser avaliado se membros
registrados anteriormente, de tal forma que o saldo próximos à família (filhos, cônjuge e seus filhos,
existente em 31 de dezembro de 2008 no ativo companheiro e seus filhos e dependentes) podem
diferido que, pela sua natureza, não puder ser alocado ou não exercer influência ou ser influenciados com
a outro grupo de contas, poderá permanecer no ativo relação aos negócios da entidade.
sob essa classificação até sua completa amortização,
sujeito à análise de recuperação (impairment). CPC 06 (R1) – Operações de Arrendamento
Mercantil
O ativo intangível de vida útil indefinida não é mais Arrendamento operacional:
amortizado (como no caso do goodwill), sendo a) Não transfere substancialmente todos os riscos e
somente sujeito ao teste de impairment. benefícios inerentes à propriedade.
b) D evem ser reconhecidos como despesa na base
Divulgação: (i) segregar ativos intangíveis gerados da linha reta durante o prazo do arrendamento
internamente dos demais; (ii) divulgar a vida útil mercantil, exceto se outra base sistemática for mais
definida (informar prazos, métodos e taxas de representativa do padrão temporal do benefício
amortização) e indefinida; (iii) valor bruto, amortização do usuário.
acumulada, movimentação (adições, baixas, provisões,
reversões, etc.); (iv) segregar as classes de ativos Arrendamento mercantil financeiro:
conforme natureza e utilização; e (v) informações sobre a) Transfere substancialmente todos os riscos e benefícios
a origem desse ativo (combinações de negócios, etc.). inerentes à propriedade do ativo arrendado.
b) O s arrendatários devem reconhecer, em contas
CPC 05 (R1) – Divulgação sobre Partes específicas, os arrendamentos mercantis financeiros
Relacionadas como ativos e passivos nos seus balanços por
Deve ser observada a relação com controle e com quantias iguais ao valor justo da propriedade
a gestão da entidade para ser considerada parte arrendada ou, se inferior, ao valor presente dos
relacionada. São partes relacionadas as vinculadas pagamentos mínimos do arrendamento mercantil,
por controle (direto, indireto, em conjunto ou determinados no início do arrendamento mercantil.
controle comum), influência significativa, parentesco c) T ransfere a propriedade do ativo para o arrendatário
ou relacionamento com pessoal-chave da entidade no fim do prazo do arrendamento mercantil.
ou de sua controladora. Os relacionamentos entre d) O arrendatário tem a opção de comprar o ativo
controladora e controladas, ou investidor e coligadas, por um preço que se espera ser suficientemente
devem ser divulgados independentemente de ter mais baixo que o valor justo na data em que a
havido transações entre essas partes relacionadas. Se opção se torne exercível, de forma que, no início do
a entidade controladora direta e a parte controladora arrendamento mercantil, seja razoavelmente certo
final não prepararam demonstrações financeiras que a opção será exercida.
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CPC 08 (R1) – Custos de Transação e Prêmios CPC 10 (R1) – Pagamento Baseado em Ações
na Emissão de Títulos e Valores Mobiliários Os efeitos das transações de pagamento baseado
Os gastos com emissão de ações e outros em ações deverão estar refletidos nas demonstrações
instrumentos patrimoniais não são mais registrados financeiras.
como despesas, e sim como redução do valor
captado, em conta específica (conta redutora) do A entidade deve reconhecer os produtos, ou os
patrimônio líquido; serviços, recebidos ou adquiridos em transação
de pagamento baseado em ações quando obtiver
São encargos financeiros, a serem apropriados ao os produtos ou à medida que receber os serviços.
longo do tempo, não só as despesas de juros e variação Em contrapartida, a entidade deve reconhecer o
monetária, mas também todos os gastos incrementais correspondente aumento do patrimônio líquido em
vinculados à operação da captação dos recursos, conta de instrumentos patrimoniais por pagamento
como os com viagens, consultores, advogados, baseado em ações se os produtos ou serviços forem
intermediadores, prospectos, etc. Os gastos incorridos recebidos em transação de pagamento baseado em
são reconhecidos como conta redutora do passivo, ações que será liquidada em ações (ou com outros
de modo que o passivo original corresponda ao valor instrumentos patrimoniais). No entanto, a entidade
líquido recebido, e a apropriação pelo tempo do deve reconhecer um passivo se a transação for
contrato ocorrerá pelo método da taxa efetiva de juros. liquidada em dinheiro (ou com outros ativos).
Não mais existe o reconhecimento direto no Essa norma também é aplicável nas transações com
patrimônio líquido dos prêmios nas emissões de pagamento baseado em ações entre entidades
debêntures. Estes passam a ser registrados como do mesmo Grupo. Nessa situação, nas suas
redutores dos encargos financeiros ao longo do prazo demonstrações contábeis separadas ou individuais,
das debêntures. Não mais existe essa reserva de a entidade beneficiária dos produtos ou serviços
capital, a não ser nos casos de saldos remanescentes, deve mensurar os produtos ou serviços recebidos
conforme autorização normativa da CVM. como transação com pagamento baseado em ações
liquidada em instrumentos patrimoniais ou como
Divulgação: (i) a identificação de cada processo de transação com pagamento baseado em ações
captação de recursos, agrupando-os conforme sua liquidada em caixa.
natureza; (ii) o montante dos custos de transação
incorridos em cada processo de captação; (iii) o O valor da despesa é definido pelo valor justo (valor
montante de quaisquer prêmios obtidos no processo estimado de mercado) da opção no dia do início do
de captação de recursos por intermédio da emissão contrato e é apropriado como despesa ao resultado
de títulos de dívida ou de valores mobiliários; (iv) a pelo prazo do contrato (custo de oportunidade no
taxa efetiva de juros (TIR) de cada operação; e (v) o início do contrato).
montante dos custos de transação e prêmios (se for
o caso) a serem apropriados ao resultado em cada A contrapartida da despesa nesses casos de stock
período subsequente. options deve ser registrada diretamente em conta
do patrimônio líquido. No caso de o benefício do
CPC 09 – Demonstração do Valor Adicionado – DVA contrato ser pago em dinheiro, a contrapartida
A DVA transformou-se em demonstração obrigatória deverá ser no passivo e o valor total da despesa
para as companhias abertas no Brasil, sendo opcional corresponderá à diferença entre o valor de mercado
para as demais entidades (a menos que haja exigência da ação no dia do exercício da opção e o valor que
específica de órgão regulador). A DVA não está seria o da sua integralização, caso não houvesse o
prevista nas normas internacionais de relatório pagamento em dinheiro.
financeiro (IFRSs).
Divulgação: (i) a descrição de cada tipo de acordo O Pronunciamento isenta temporariamente a seguradora
com pagamento baseado em ações que vigorou em de algumas implicações dos critérios da norma contábil
algum momento do período, incluindo, para cada vigente sobre “Práticas Contábeis, Mudanças nas
acordo, os termos e as condições gerais (requisitos Estimativas Contábeis e Correção de Erros”.
de aquisição de direito, prazo máximo das opções
outorgadas e método de liquidação); (ii) a quantidade Divulgação: (i) os valores em suas demonstrações
e o preço médio ponderado de exercício das opções financeiras resultantes de contratos de seguro; e (ii)
de ações para cada um dos grupos de opções (em a natureza e a extensão dos riscos originados por
circulação no início do período, outorgadas durante contratos de seguro (riscos, políticas, processos de
o período, com direito prescrito durante o período, gestão, exposição, etc.).
exercidas durante o período, expiradas durante o
período, em circulação no fim do período e exercíveis CPC 12 – Ajuste a Valor Presente – AVP
no fim do período); (iii) para as opções de ações em Não existe uma norma equivalente emitida pelo
circulação no fim do período, a faixa de preços de IASB pois o conceito de registro das transações pelo
exercício e a média ponderada da vida contratual seu valor presente é tratado em outras normas, que
remanescente; (iv) avaliar as divulgações previstas também foram editadas no Brasil.
no CPC 10 (R1) quando a entidade tiver mensurado
o valor justo dos produtos ou serviços recebidos Ativos não monetários, receitas e despesas são
indiretamente, para outros instrumentos patrimoniais normalmente afetados por esses ajustes, com efeitos
outorgados durante o período, para os acordos com de redução deles (compra de imóveis a prazo, venda de
pagamento baseado em ações que tenham sido ativos a médio e a longo prazo, etc.), algumas vezes com
modificados durante o período e para a entidade efeitos relevantes, não só no caso de certas transações
que tiver mensurado diretamente o valor justo dos na atividade imobiliária, mas em outras também.
produtos ou serviços recebidos durante o período.
A aplicação do conceito de ajuste a valor presente
CPC 11 – Contratos de Seguro resulta no reconhecimento de receitas e despesas
Aplicado no Brasil às companhias seguradoras financeiras no decorrer do tempo, até a realização
(aplicação obrigatória em 2010 apenas nas final do recebível ou liquidação do exigível.
demonstrações financeiras consolidadas da
Seguradoras, sendo aplicado para as demonstrações Impostos diferidos ativos e passivos não podem ser
financeiras individuais apenas a partir de 1º de janeiro ajustados a valor presente.
de 2011 por determinação da Superintendência de
Seguros Privados – SUSEP). Mas deve-se atentar Divulgações específicas sobre os elementos
para o fato de que pode haver contratos que se patrimoniais afetados, as taxas utilizadas, as premissas
configurem, na essência, como contratos de seguro, tomadas para a definição dessas taxas e outras
mesmo entre entidades não seguradoras. informações são exigidas.
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Principais considerações para o calculo do AVP: CPC 13 – Adoção Inicial da Lei nº 11.638/07 e
a) Deve ser calculado no momento inicial da operação. da Medida Provisória nº 449/08
b) Deve ser utilizada taxa de desconto que reflita Não comentado por ter seus efeitos cessados.
a natureza, os prazos e os riscos relacionados à
transação. CPC 14 – Instrumentos Financeiros:
c) A aplicação do AVP deve ser realizada inclusive para Reconhecimento, Mensuração e Evidenciação
saldos que não estejam mais em aberto, mas que (revogado a partir de 2010)
afetaram o resultado. Esse documento foi substituído, a partir de 2010,
d) Saldos de tributos (estaduais e federais) apresentam pelos CPCs 38, 39 e 40. Portanto, está em vigência
características específicas que devem ser avaliadas apenas até o final de 2009. Por outro lado, visando
conforme o CPC 12 (R1). atender às entidades com operações financeiras não
e) T ributos federais atualizados pela taxa SELIC são complexas, foi emitida a OCPC 03, que praticamente
equivalentes ao valor presente e, portanto, não repete seu teor e que entra em vigor a partir da
requerem ajuste adicional. cessação da vigência deste CPC 14.
f) Não se aplica o valor presente ao Programa de
Recuperação Fiscal – REFIS e a outros parcelamentos CPC 15 – Combinação de Negócios
devido às incertezas no cumprimento de todas Pronunciamento aplicável para transações que
as condições (Instrução CVM nº 346/00); apenas envolvam combinação de negócios, definida como
divulgar em nota explicativa. uma operação, ou outro evento, por meio do qual um
g) Empréstimos, financiamentos e mútuos com adquirente obtém o controle de um ou mais negócios,
encargos diferentes das atuais taxas de mercado independentemente da forma jurídica da operação.
não estão sujeitos ao AVP.
Diversas definições e conceitos novos trazidos implicam
Divulgação: (i) descrição pormenorizada do item grande modificação nas práticas contábeis brasileiras:
objeto da mensuração a valor presente, natureza • Sempre haverá um adquirente, ou seja, tem de
de seus fluxos de caixa (contratuais ou não) e, se existir uma entidade que obtenha o controle da
aplicável, o seu valor de entrada cotado a mercado; adquirida ou que mais se assemelhe a isso.
(ii) premissas utilizadas pela administração, taxas • Tem de haver alocação do preço de compra, na data
de juros decompostas por prêmios incorporados e da aquisição, do valor justo aos ativos e passivos
por fatores de risco (risk free, risco de crédito, etc.), identificáveis, inclusive intangíveis.
montantes dos fluxos de caixa estimados ou séries de • Para incorporação ou fusão de sociedades, em que haja
montantes dos fluxos de caixa estimados, horizonte a efetiva mudança de controle, e que a transação não
temporal estimado ou esperado, expectativas em seja entre entidades sob controle comum, a entidade
termos de montante e temporalidade dos fluxos adquirente deve ajustar a posição patrimonial da
(probabilidades associadas); (iii) modelos utilizados adquirida na data de aquisição para refletir seus ativos
para cálculo de riscos e inputs dos modelos; (iv) breve e passivos tais como reconhecidos e mensurados em
descrição do método de alocação dos descontos e conformidade com o CPC 15. A contrapartida desse
do procedimento adotado para acomodar mudanças ajuste é na conta “Ajustes de avaliação patrimonial”.
de premissas da Administração; (v) propósito da • Preço de compra: além de eventual valor pago
mensuração a valor presente, se para reconhecimento em caixa ou equivalente de caixa, também inclui
inicial ou nova medição e motivação da Administração contraprestação contingente avaliada a valor justo e
para levar a efeito tal procedimento; e (vi) outras exclui custos da transação, ativos de indenização e
informações consideradas relevantes. direitos readquiridos, mensurados separadamente.
• Ágio por expectativa de rentabilidade futura
(goodwill): é a parcela residual após a alocação do
preço de compra referida no item anterior.
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utilizados, serão vendidos pelo custo ou acima do CPC 18 – Investimento em Coligada e em
custo. Exigência da aplicação dos mesmos princípios Controlada
aos estoques de serviços em andamento. O conceito de coligada é um investimento em
entidade sobre a qual se tenha influência significativa,
Divulgação: (i) políticas contábeis, incluindo formas presumindo-se a existência dessa influência se a
e critérios de valoração utilizados; (ii) classificação participação for de, pelo menos, 20% do capital
dos estoques em grupos (almoxarifado, matéria- votante.
prima, produto em processo e produto acabado);
(iii) estoques em que a expectativa de realização seja Todo investimento em coligada e em controlada
maior do que um ano da data do balanço; (iv) valores (nesse caso nas demonstrações financeiras
reconhecidos no resultado do exercício em razão de individuais da controladora), é avaliado pelo
provisão da não-realização dos estoques, ou pela método de equivalência patrimonial, com base em
reversão de uma provisão constituída; e (v) valores demonstrações financeiras preparadas sob as mesmas
dos estoques penhorados que foram dados como práticas contábeis adotadas pela investidora.
garantia de uma obrigação.
É obrigatória a consolidação das demonstrações
CPC 17 – Contratos de Construção financeiras quando da existência de controlada,
Quando a conclusão do contrato de construção puder independentemente de a controladora ser companhia
ser confiavelmente estimada, a receita, e a despesa aberta ou não, com raríssimas exceções.
associada ao contrato de construção, devem ser
reconhecidas tomando como base a proporção do Nas demonstrações financeiras individuais da
trabalho executado até a data do balanço, ou seja, controladora, a diferença entre o valor de aquisição
o lucro deve ser reconhecido proporcionalmente à de um investimento e o valor contábil conforme o
execução do trabalho. Mas, se houver expectativa de patrimônio líquido da adquirida é segregada em
prejuízo, ele deve ser reconhecido na sua totalidade duas parcelas, considerando, para essa divisão,
estimada imediatamente no resultado, antes mesmo o valor justo dos ativos e passivos proporcionais
da execução completa do trabalho. adquiridos e o valor do goodwill – ágio decorrente
de rentabilidade futura. A parte do goodwill não é
Quando o encerramento de contrato de construção amortizada e a outra é baixada proporcionalmente
não puder ser confiavelmente estimado, a receita é aos ativos e passivos que lhe deram origem, mas
reconhecida até o ponto em que for provável que ambas são apresentadas no balanço patrimonial
os custos incorridos do contrato serão recuperados, como parte do investimento, sem que haja qualquer
e os custos do contrato devem ser reconhecidos registro nos ativos, inclusive no ativo intangível, nas
como despesa no período em que são incorridos, ou demonstrações financeiras individuais.
seja, não há reconhecimento do lucro até que essa
incerteza seja retirada. O Pronunciamento não permite ao investidor deixar
de aplicar o método de equivalência patrimonial
Divulgação: (i) o montante do contrato reconhecido quando sua coligada ou controlada estiver operando
como receita do período; (ii) os métodos usados para sob severas restrições, as quais afetam sua capacidade
determinar a receita do contrato reconhecida no de transferir fundos ao investidor, caso este continue
período; (iii) os métodos usados para determinar a a ter influência significativa sobre tal coligada ou
fase de execução dos contratos em curso; e (iv) para controle sobre a controlada. A aplicação do método
contratos em curso, divulgar a quantia agregada de de equivalência patrimonial cessa somente após
custos incorridos e lucros reconhecidos (menos perdas o investidor perder a influência significativa ou o
reconhecidas) até a data e a quantia de adiantamentos controle.
recebidos e a quantia de retenções.
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No controle conjunto apenas de operações, os ativos CPC 20 – Custos de Empréstimos
pertencem diretamente aos empreendedores, que Os custos de empréstimos vinculados à aquisição,
reconhecem seus próprios ativos e suas próprias à construção ou à produção de ativos que
obrigações; cada um reconhece a receita e a despesa demandam um período de tempo substancial para
que lhe cabem no empreendimento. No caso de ficarem prontos, para seu uso ou venda, formam
ativos controlados em conjunto, cada empreendedor parte do custo de tais ativos. Custos de outros
reconhece a parte que lhe cabe nos ativos, nos empréstimos são reconhecidos como despesa
passivos e nas receitas e despesas do empreendimento e incluem as variações cambiais decorrentes de
controlado em conjunto. empréstimos em moeda estrangeira à medida que
elas são consideradas como ajustes, para mais ou
Na consolidação proporcional, o empreendedor para menos, do custo dos juros.
reconhece como seu ativo, seu passivo, sua receita e
sua despesa a parte que lhe cabe nesses elementos Com a aprovação do CPC 20, todas as entidades
na entidade controlada em conjunto, inexistindo a devem determinar a importância dos encargos
participação dos não controladores. As mutações na financeiros qualificáveis para a capitalização dos
forma de outros resultados abrangentes, reconhecidas custos, aplicando-se uma taxa de capitalização aos
diretamente no patrimônio líquido da entidade gastos com o ativo, na medida em que os recursos
controlada em conjunto, são reconhecidas também, de empréstimos são tomados para fins gerais e
na parte que lhe cabe em cada empreendedor, como usados para obter um ativo qualificável.
seu outro resultado abrangente e, não, no resultado.
À medida que a entidade toma emprestados recursos
No caso de alienação de ativos da investidora para a especificamente com o propósito de obter um ativo
controlada em conjunto, a investidora não reconhece qualificável, deve determinar o montante de custos
como lucro realizado a parte proporcional que detém dos empréstimos elegíveis para capitalização como
de participação na investida até a baixa do ativo nesta; sendo aquele incorrido sobre esses empréstimos
o mesmo se aplica no sentido inverso. durante o período necessário para completar a
aquisição, a construção ou a produção do ativo.
Divulgação: Além do método utilizado para
reconhecer o investimento nas entidades controladas À medida que a entidade toma recursos emprestados
em conjunto, deve-se divulgar: (i) passivos de maneira genérica e usa-os com o propósito de
contingentes; (ii) o valor total dos compromissos obter um ativo qualificável, a entidade deve utilizar
relacionados à sua participação em empreendimentos uma taxa de capitalização com base na média
controlados em conjunto, compromissos de aporte ponderada dos custos de empréstimos aplicáveis aos
de capital do empreendedor em relação à sua empréstimos da entidade que estiveram vigentes
participação no empreendimento controlado em durante o período.
conjunto; (iii) lista e a descrição das participações
em empreendimentos controlados em conjunto A entidade deve suspender a capitalização dos custos
relevantes, e a dimensão da relação de propriedade de empréstimos durante períodos extensos nos quais
nas participações mantidas em entidades controladas as atividades de desenvolvimento do ativo qualificável
em conjunto; e (iv) evidenciar a parte que lhe cabe são interrompidas e finalizar a capitalização dos custos
no montante total dos ativos circulantes, ativos de empréstimos quando substancialmente todas as
não circulantes, passivos circulantes, passivos não atividades necessárias ao preparo do ativo qualificável
circulantes, receitas e despesas do empreendimento para seu uso ou venda pretendidos estiverem
controlado em conjunto. concluídas.
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Os segmentos que historicamente têm atendido período corrente como de períodos futuros. Por
aos indicadores quantitativos devem ainda ser exemplo, a mudança na estimativa de créditos de
apresentados separadamente caso a Administração liquidação duvidosa afeta apenas os resultados
espere que continuem tendo importância significativa. do período corrente e, por isso, é reconhecida no
período corrente. Porém, a mudança na estimativa da
Informações comparativas devem ser reapresentadas vida útil de ativo depreciável, ou no padrão esperado
quando um novo segmento é adicionado no exercício de consumo dos futuros benefícios desse tipo de
corrente. ativo, afeta a depreciação do período corrente e de
cada um dos futuros períodos durante a vida útil
Não há número máximo de segmentos; porém, o remanescente do ativo.
limite prático é dez.
Retificação de erro: sua retificação implica efeitos
CPC 23 – Políticas Contábeis, Mudança de retrospectivos, onde as demonstrações comparativas
Estimativa e Retificação de Erro precisam ser reapresentadas (a não ser que seja
Mudança de políticas contábeis: a entidade deve impraticável).
alterar uma política contábil apenas se a mudança
for exigida por Pronunciamento, Interpretação ou Aplicação impraticável: ocorre quando a entidade
Orientação; ou resultar em informação confiável e não pode aplicar as mudanças depois de ter feito
mais relevante nas demonstrações financeiras sobre os todos os esforços razoáveis nesse sentido. Para
efeitos das transações, outros eventos ou condições um período anterior em particular, é impraticável
acerca da posição patrimonial e financeira, do aplicar retrospectivamente a mudança em política
desempenho ou dos fluxos de caixa da entidade. contábil ou fazer a reapresentação retrospectiva
para corrigir um erro se: (a) os efeitos da aplicação
Aplicação retrospectiva: quando uma mudança retrospectiva ou da reapresentação retrospectiva
na política contábil é aplicada, retrospectivamente, não puderem ser determinados; (b) a aplicação
a entidade deve ajustar o saldo de abertura de cada retrospectiva ou a reapresentação retrospectiva exigir
componente do patrimônio líquido afetado para premissas baseadas no que teria sido a intenção
o período anterior mais antigo apresentado e os da Administração naquele momento passado; ou
demais montantes comparativos divulgados para cada (c) a aplicação retrospectiva ou a reapresentação
período anterior apresentado, como se a nova política retrospectiva exigir estimativas significativas de
contábil tivesse sempre sido aplicada. valores e se for impossível identificar objetivamente a
informação sobre essas estimativas.
Mudança de estimativas contábeis: a estimativa
envolve julgamentos baseados na última informação CPC 24 – Evento Subsequente
disponível e confiável. Por exemplo, podem ser Evento subsequente é o que ocorre entre a data
exigidas estimativas de: créditos de liquidação final do período contábil a que se referem as
duvidosa; obsolescência de estoque; valor justo demonstrações financeiras e a data na qual é
de ativos financeiros ou passivos financeiros; vida autorizada a emissão das mesmas. A divulgação
útil de ativos depreciáveis ou do padrão esperado dessa data nas demonstrações financeiras é
de consumo dos futuros benefícios econômicos obrigatória.
incorporados nesses ativos; e obrigações decorrentes
de garantias. O evento subsequente que evidencia condição já
existente na data final do período contábil a que
Aplicação prospectiva: a mudança em uma se referem as demonstrações financeiras obriga ao
estimativa contábil pode afetar apenas os resultados reconhecimento de seus efeitos nesse balanço (notícia
do período corrente ou os resultados tanto do de falência de devedor, por exemplo).
28
em uma disputa com outras partes. Nesses casos a Demonstrações do resultado abrangente: no
empresa deve divulgar a natureza geral da disputa Brasil é obrigatório que as demonstrações do
juntamente com o fato de que as informações não resultado abrangente e do resultado do período
foram divulgadas, com a devida justificativa. sejam apresentadas separadamente (Lei nº 6.404/76).
Devem ser apresentadas partindo do “lucro do
CPC 26 (R1) – Apresentação das Demonstrações exercício”. Os componentes dos outros resultados
Financeiras abrangentes podem ser apresentados líquidos de
O conjunto completo de demonstrações imposto ou podem ser apresentados brutos, com uma
financeiras inclui: rubrica única para a dedução do imposto. Exemplos
i) Balanço patrimonial; que fazem parte dos componentes de outros
ii) Demonstração do resultado; resultados abrangentes: (i) ganhos e perdas atuariais
iii) Demonstração do resultado abrangente; em planos de pensão com benefício definido; (ii)
iv) Demonstração das mutações do patrimônio ganhos e perdas derivados de operações no exterior
líquido; (CPC 02); (iii) Ajuste de Avaliação Patrimonial – AAP
v) Demonstração dos fluxos de caixa; relativo a ganhos e perdas na remensuração de ativos
vi) Demonstração do valor adicionado (esta quando financeiros disponíveis para venda (CPC 38); (iv)
exigida legalmente); e AAP relativo à efetiva parcela de ganho e perda de
vii) Notas explicativas. instrumentos de hedge de fluxo de caixa (CPC 38);
e outros.
As demonstrações financeiras do exercício devem
ser apresentadas de maneira comparativa com as do Itens não operacionais e itens extraordinários:
exercício anterior. é vedada a utilização deles. A única segregação
permitida é a relativa ao resultado das operações
É obrigatória a segregação entre circulante e não descontinuadas.
circulante no caso dos ativos e passivos.
Balanço patrimonial: apresentação de três
Covenants:, quando a entidade não cumprir um balanços patrimoniais, incluindo o balanço de
compromisso acordado de empréstimo de longo abertura e dois períodos para as demais peças
prazo até a data do balanço, com o efeito de o passivo contábeis. Esse requerimento é necessário quando
se tornar vencido e pagável à ordem do credor, o a entidade aplica uma política contábil
passivo é classificado como circulante, mesmo que retroativamente, ou procede à reapresentação
o credor tenha concordado, após a data do balanço de itens das demonstrações financeiras, ou ainda
e antes da data da autorização para emissão das quando procede à reclassificação de itens de
demonstrações financeiras, em não exigir pagamento suas demonstrações financeiras.
antecipado como consequência do descumprimento
do compromisso. Compensações: ativos e passivos e receitas e
despesas não devem ser compensados, a não
Participação dos não-controladores: deve ser ser que seja requerido ou permitido por algum
apresentada no balanço consolidado como parte do pronunciamento ou interpretação.
patrimônio líquido após o subtotal do patrimônio
líquido dos proprietários da entidade controladora.
O mesmo tratamento deve ser dado ao resultado, e
o resultado do período e o resultado abrangente do
período devem, após sua mensuração, evidenciar a
parcela dos proprietários da entidade controladora
e a parcela dos não-controladores.
Reavaliação: não é mais permitida no Brasil, mas CPC 28 – Propriedade para Investimento
podem ser mantidos os valores reavaliados se Propriedade para investimento: é o imóvel (terreno
efetuados enquanto a reavaliação era permitida. ou edifício) mantido para obtenção de rendas ou para
valorização do capital, e não para uso na produção
Revisão da vida útil: é obrigatória a revisão, pelo ou no fornecimento de bens ou serviços, ou para
menos anual, dos parâmetros que levaram à definição finalidades administrativas ou para venda no curso
do valor periódico da depreciação. ordinário do negócio. Deve ser classificado como
investimento, e não como imobilizado, e deve ser
Componentização: cada ativo com custo relevante inicialmente mensurado pelo custo.
precisa ser segregado para depreciação própria.
Mensuração: a entidade escolhe, daí em diante, o
Impairment: avaliar os indicadores de impairment método do valor justo ou o método do custo, de
pelo menos uma vez por ano (ver CPC 01). maneira consistente ao longo do tempo. Se utilizado
o método de custo, aplicam-se as regras do ativo
Venda de imobilizados usados: geralmente não faz imobilizado e deve ser divulgado o valor justo em
parte das receitas da entidade, sendo reconhecido nota explicativa. Se utilizado o método do valor justo,
no resultado diretamente o ganho ou a perda com suas variações são reconhecidas diretamente no
essa alienação, a não ser quando essas receitas forem resultado.
relevantes e forem parte normal do negócio. Nesse
caso, a alienação de imobilizados é receita de venda, Imobilizado usado parte para uso, e parte para
e o valor contábil líquido baixado é custo do item renda ou valorização, só pode ser subdividido em
vendido. imobilizado e investimento se puderem ambas as
partes ser vendidas separadamente.
Peças de reposição: são geralmente consideradas
como estoque e baixadas ao resultado quando Divulgação: (i) é aplicado o método do valor justo
consumidas, exceto quando: (i) houver expectativa ou o método do custo; (ii) caso seja aplicado o
de uso por mais do que um período; e (ii) associadas método do valor justo, se e em que circunstâncias
diretamente a um item específico do imobilizado, os interesses em propriedade mantidos em
devendo então ser registradas como parte do referido arrendamentos operacionais são classificados e
item. contabilizados como propriedade para investimento;
(iii) os métodos e pressupostos significativos
Divulgação: (i) dos critérios de mensuração utilizados aplicados na determinação do valor justo de
para determinar o valor contábil bruto; (ii) dos propriedade para investimento, incluindo declaração
métodos de depreciação utilizados e das vidas úteis afirmando se a determinação do valor justo foi ou
ou das taxas de depreciação utilizadas; (iii) do valor não suportada por evidências do mercado ou foi
contábil bruto e da depreciação acumulada (mais mais ponderada por outros fatores (que a entidade
as perdas acumuladas por desvalorização) no início deve divulgar) por força da natureza da propriedade
e no fim do exercício; e (iv) de uma reconciliação e da falta de dados de mercado comparáveis; e
30
(iv) as quantias reconhecidas no resultado para Divulgação: (i) a entidade deve divulgar o ganho
lucros de rendas de propriedade para investimento, ou a perda do período corrente em relação ao valor
gastos operacionais diretos (incluindo reparos e inicial do ativo biológico e do produto agrícola e,
manutenção) provenientes de propriedades para também, os decorrentes da mudança no valor justo,
investimento que tenham gerado rendas durante menos a despesa de venda dos ativos biológicos;
o período, a alteração cumulativa no valor justo e (ii) as demonstrações financeiras devem divulgar
reconhecido nos resultados e outras. a natureza das atividades envolvendo cada grupo
de ativos biológicos do período e estimativas não
CPC 29 – Ativo Biológico e Produto Agrícola financeiras de quantidades físicas.
Ativo biológico: é definido como um animal e/
ou planta vivos. Produção agrícola é definida como CPC 30 – Receitas
produtos obtidos dos ativos biológicos. Reconhecimento de receita: A receita deverá
ser reconhecida pelo valor justo que se espera ser
Exemplos de ativos biológicos, produto agrícola e
recebido ou que foi recebido, líquido de descontos
produtos resultantes do processamento depois da colheta
comerciais. Trocas de produtos ou serviços similares
Ativos Produto Produtos resultantes do
biológicos agrícola processamento após a colheita não geram receita. No entanto, trocas para produtos
Carneiros Lã Fio, tapete ou serviços não similares geram receita.
Árvore de uma
Madeira Madeira serrada, celulose
plantação Venda de produtos: reconhecimento quando: (i)
Fio de algodão, roupa houver transferência dos riscos e prêmios decorrentes
Algodão
Açúçar, álcool da propriedade das mercadorias; (ii) o vendedor não
Plantas Cana colhida
Café limpo em grão, moído,
Café
torrado retiver o envolvimento gerencial contínuo sobre a
Gado de leite Leite Queijo
propriedade nem o controle efetivo das mercadorias
Porcos Carcaça Salsicha, presunto
vendidas; (iii) o valor da receita puder ser medido
com segurança; (iv) for provável que os benefícios
econômicos associados a transações serão recebidos
Mensuração: devem ser mensurados pelo seu pelo vendedor; e (v) os custos incorridos e a incorrer
valor justo, deduzido das despesas com vendas. associados a transações puderem ser medidos com
Os produtos agrícolas colhidos também são segurança.
mensurados ao valor justo, no momento da colheita,
líquido das despesas com vendas, no momento da Venda/Prestação de serviço: reconhecimento
colheita. Após a colheita, o ativo passa a ser avaliado quando: (i) o valor da receita puder ser medido
segundo o CPC 16, ou outro pronunciamento mais com segurança; (ii) for provável que os benefícios
adequado. Os ganhos e as perdas decorrentes da econômicos associados a transações serão recebidos
variação do valor justo, líquidos das despesas com pelo vendedor; (iii) o estágio de andamento puder ser
vendas, são reconhecidos no resultado do exercício. medido com segurança na data do balanço; e (iv) os
Para os raros casos em que não for possível mensurar custos incorridos e a incorrer associados a transações
o valor justo, deve ser mensurado ao custo, menos puderem ser medidos com segurança. Quando o
qualquer depreciação e perda por irrecuperabilidade desfecho da operação que envolver a prestação de
acumuladas. serviços não puder ser estimado confiavelmente, a
receita somente deve ser reconhecida na medida
Outros gastos com ativos biológicos: manutenção, em que sejam recuperáveis os gastos incorridos.
crescimento, engorda, etc. dos ativos biológicos são Se o recebimento for diferido e o acordo constituir
despesas do período ou formam parte do custo. efetivamente uma transação de financiamento, o
valor justo da receita é calculado a valor presente.
A diferença entre o valor justo e o valor nominal da
32
Operação descontinuada: um componente da Imposto de renda diferido passivo: deve ser
entidade baixado (por venda ou não), ou que está reconhecido para todas as diferenças temporárias
classificado como um ativo não circulante mantido tributáveis, com atenção especial para:
para venda, desde que represente uma importante a) Reconhecimento inicial do ágio, à medida que,
linha de negócios da entidade destinada a ser em períodos subsequentes, surgir uma diferença
descontinuada. Deve ser segregado na demonstração temporária entre as bases fiscal e contábil do ágio,
do resultado, dos resultados derivados desse por ele ser dedutível para fins fiscais, o imposto de
componente durante o período, incluindo o obtido renda diferido passivo deverá ser registrado.
na baixa, líquidos dos tributos, em uma única linha, b) T ransações com investimentos em subsidiárias, em
para segregação dos resultados das operações que que a controladora possa controlar o momento da
continuam. reversão da diferença temporária e é provável que
essa diferença não será revertida em um futuro
Divulgação: próximo.
Ativos mantidos para a venda: (i) ativos não
circulantes (ou ativos/passivos de grupos para Imposto de renda diferido ativo: deve ser
alienação) são demonstrados separadamente dos reconhecido para todas as diferenças temporárias
demais ativos/passivos; (ii) ativos e passivos não devem dedutíveis e prejuízos fiscais desde que seja provável
ser compensados; (iii) dispensa para controladas que haverá lucro tributável futuro contra o qual
recém-adquiridas; e (iv) períodos anteriores não são poderá ser utilizada a diferença temporária dedutível
reclassificados. ou compensado o prejuízo fiscal, a menos que o ativo
fiscal diferido decorra de reconhecimento inicial de
Operação descontinuada: apresentar um valor ativos/passivos outros que não de combinações de
único na demonstração do resultado abrangendo empresas, os quais no momento da transação não
o total de: (i) lucro ou prejuízo após impostos da tenham afetado o lucro contábil ou tributável.
operação descontinuada; (ii) ganhos ou perdas após
impostos, reconhecidos na mensuração a valor Anualmente, o imposto de renda diferido ativo
justo menos custos de venda, ou na alienação; (iii) deverá ser revisado e reduzido na medida em que
composição em notas explicativas sobre a receita, for constatado que não é provável que haverá lucro
despesas e lucro ou prejuízo antes de impostos de tributável futuro suficiente para sua utilização.
operações descontinuadas e despesa de imposto Subsequentemente, essa redução poderá ser revertida
de renda correspondente aos ganhos ou às perdas caso seja concluído que a ocorrência de lucro
reconhecidos na mensuração a valor justo menos tributável.
custos de venda, ou alienação dos ativos ou
grupos para alienação que constituem a operação Divulgação: (i) a despesa ou receita de imposto de
descontinuada e a despesa de imposto de renda renda corrente e diferido deverá ser reconhecida na
correspondente; e (iv) reapresentação de divulgações demonstração do resultado, exceto nos casos de
para os períodos anteriores. transação ou evento reconhecido diretamente no
patrimônio líquido e combinação de empresas; (ii) o
CPC 32 – Tributos sobre o Lucro imposto de renda (ativo ou passivo) corrente deverá
Imposto de renda corrente: (i) deve ser calculado ser compensado no balanço patrimonial somente se a
às taxas determinadas pela legislação de cada país; empresa tiver o direito legal ou a intenção de liquidar
(ii) deve ser registrado pelos valores os quais se espera pelo líquido; (iii) o imposto de renda diferido (ativo e
que serão liquidados; e (iii) a provisão deverá ser passivo) sempre deverá estar classificado no grupo de
contabilizada no passivo e as antecipações no ativo. ativos e passivos não correntes.
34
CPC 36 (R1) – Demonstrações Consolidadas resultados abrangentes consolidados). É destacada
Apresentação das demonstrações financeiras no balanço e nas demonstrações do resultado e do
consolidadas é obrigatória (as exceções são raríssimas, resultado abrangente.
mesmo para sociedades não abertas e limitadas).
A controladora pode deixar de apresentar as Transações sobre participação societária entre as
demonstrações financeiras consolidadas somente se, entidades consolidadas: são tratadas como transações
além de permitido legalmente: (i) a controladora é de capital entre os sócios (como se fossem “ações
ela própria uma controlada (integral ou parcial) de em tesouraria”) e não geram ágio por expectativa de
outra entidade, a qual, em conjunto com os demais rentabilidade futura (goodwill) nem ganho por compra
proprietários, incluindo aqueles sem direito a voto, vantajosa (“deságio”). As contrapartidas afetam as
foram consultados e não fizeram objeção quanto à participações dos não-controladores.
não-apresentação das demonstrações financeiras
consolidadas pela controladora; (ii) os instrumentos Perda de controle sobre uma controlada: se após a
de dívida ou patrimoniais da controladora não são perda de controle, e considerando que a participação
negociados em mercado aberto; (iii) a controladora remanescente no investimento não é classificada
não registrou e não está em processo de registro como uma coligada, o investimento é ajustado a
de suas demonstrações financeiras na Comissão de valor justo e tratado como instrumento financeiro em
Valores Mobiliários ou outro órgão regulador, visando conformidade com o CPC 38.
à emissão de algum tipo ou classe de instrumento
em mercado aberto; e (iv) a controladora final (ou Divulgação: (i) a natureza da relação entre a
intermediária) da controladora disponibiliza ao público controladora e a controlada, inclusive sobre o poder de
suas demonstrações financeiras consolidadas em voto em relação à controlada, conforme CPC 36(R1);
conformidade com os Pronunciamentos Técnicos do (ii) a data de encerramento do período abrangido pelas
Comitê de Pronunciamentos Contábeis. demonstrações financeiras da controlada utilizadas e
os motivos quando diferentes; (iii) restrição significativa
Procedimentos de consolidação: (i) saldos e (resultante de contratos de empréstimos ou exigência
transações entre empresas do mesmo grupo devem de órgãos reguladores, por exemplo); e (iv) qualquer
ser completamente eliminados; (ii) as datas das ganho ou perda decorrente da perda do controle da
demonstrações financeiras das controladas não controlada, detalhando a transação.
podem ter mais do que dois meses de diferença em
relação à data das demonstrações financeiras da CPC 37 (R1) – Adoção Inicial das Normas
controladora; (iii) todas as empresas dentro do grupo Internacionais de Contabilidade (IFRS)
devem usar as mesmas práticas contábeis; e (iv) as Este CPC deve ser aplicado em conjunto com o CPC
receitas e despesas de uma controlada são incluídas 43. Deve ser aplicado quando a entidade adota as
nas demonstrações consolidadas da data de aquisição IFRSs pela primeira vez por meio de uma declaração
até a data na qual a controladora cessa o controle da explícita e sem reserva de cumprimento das IFRSs.
controlada. Não devem ser aplicadas diferentes versões de IFRSs
vigentes. A entidade pode aplicar uma nova IFRS,
Eliminações: são eliminados todos os saldos de ainda não obrigatória, somente quando essa IFRS
investimentos, de recebíveis e de exigíveis entre elas permitir sua aplicação antecipada, porém condicionada
no balanço, bem como todas as receitas e despesas de à aprovação de Pronunciamento correlacionado pelo
operações também entre elas. Comitê de Pronunciamentos Contábeis e, quando
aplicável, condicionada à aprovação prévia pelo
Participação dos demais investidores nas órgão regulador a que a entidade esteja subordinada,
controladas: deve fazer parte do patrimônio líquido quando esse órgão requerer a adoção das IFRSs para
e do resultado líquido consolidado (bem como dos as entidades reguladas.
36
Contabilização de hedge: conforme mencionado CPC 39 – Instrumentos Financeiros:
anteriormente, todo instrumento derivativo deve ser Apresentação
registrado ao valor justo por meio do resultado. Em A classificação do instrumento financeiro deve ser
situações específicas a entidade tem opção de adotar com base na essência e não na forma do instrumento
a contabilização de hedge, que significa designar um financeiro, devendo este ser classificado no momento
ou mais derivativos como instrumentos de hedge de da emissão.
forma que as mudanças em seu valor justo sejam uma
compensação, parcial ou total, das mudanças no valor Instrumento financeiro passivo: o emissor é
justo ou fluxos de caixa de um item protegido.Para obrigado a entregar caixa ou outro ativo financeiro,
aplicação deste conceito é requerida documentação ou o detentor tem o direito de exigir caixa ou
detalhada preparada pela entidade antes da data da outro ativo financeiro. Um exemplo disso são ações
designação da relação de hedge. preferenciais obrigatoriamente resgatáveis.
As operações de hedge podem ser classificadas em Ativos e passivos financeiros somente podem ser
três categorias: compensados, para serem apresentados pelo seu
a) hedge de valor justo: as variações no valor justo valor líquido, quando a entidade tiver o direito
do instrumento de hedge (derivativo), e do item de compensá-los e possuir a intenção de liquidar
objeto de hedge, devem ser reconhecidas no pelo valor líquido, ou de liquidar o ativo e passivo
resultado quando de sua ocorrência e de forma simultaneamente.
concomitante;
b) hedge de fluxo de caixa: as variações no CPC 40 – Instrumentos Financeiros:
instrumento de hedge devem ser contabilizadas Evidenciação
no patrimônio líquido (ajustes de avaliação As principais divulgações requeridas para todos os
patrimonial), devendo lá permanecer até o instrumentos financeiros são:
momento da realização do item objeto de hedge a) Valor justo dos instrumentos financeiros,
(venda projetada, por exemplo); e segregados por níveis segundo o maior ou menor
c) hedge de investimento no exterior: a variação do grau de influência da Administração na sua
valor justo do instrumento de hedge também é determinação, conforme os níveis:
contabilizada em conta de patrimônio líquido. Nível 1: preços negociados (sem ajustes) em
mercados ativos para ativos idênticos ou passivos;
38
que essa permissão não foi acolhida pelo CPC A entidade cujas demonstrações financeiras estiverem
36 – Demonstrações Consolidadas, no qual as em conformidade com este Pronunciamento deve
demonstrações consolidadas brasileiras devem ser fazer uma declaração explícita e sem reservas
consideradas como estando de acordo com as IFRSs dessa conformidade nas notas explicativas. As
conforme emitidas pelo IASB. demonstrações financeiras não devem ser descritas
b) A s demonstrações contábeis individuais de como em conformidade com este Pronunciamento a
entidades com investimento em controlada ou não ser que estejam em conformidade com todos os
empreendimento controlado em conjunto avaliado requerimentos dele.
pela equivalência patrimonial de acordo com o
exigido pela legislação brasileira vigente não são Quando comparado com os CPCs esta norma omite
consideradas, com esse método de avaliação, como alguns tópicos que são aplicáveis apenas às entidades
estando conformes com as normas internacionais cuja aplicação deste pronunciamento está proibida
de contabilidade. (ex:lucro por ação, informação por segmento,
seguro) e não permite a opção de algumas políticas
As demonstrações financeiras separadas, contábeis previstas no CPCs com objetivo de reduzir
eventualmente apresentadas por opção da entidade, a complexidade na adoção (ex: escolha de política
devem também ser preparadas a partir das contábil para propriedades para investimentos, certas
demonstrações individuais, admitidas como ajustes, opções para instrumentos financeiros). Por consequência
unicamente, as determinadas pela modificação há redução nos requerimentos de divulgação.
do método de avaliação dos investimentos em
controladas, coligadas e empreendimentos ICPC 01 – Contratos de Concessão
controlados em conjunto. Possíveis setores afetados por essa interpretação:
distribuidoras de energia, empresas de saneamento
Divulgações específicas são exigidas quando da básico, concessionárias de rodovias e ferrovias, entre
aplicação do pronunciamento. outras.
CPC PME – contabilidade para pequenas e Infraestrutura da concessão: deixa de ser ativo
médias empresas imobilizado da concessionária e passa a ser
Aplicação: demonstrações financeiras para fins gerais representada por um ativo intangível e/ou ativo
de empresas de pequeno e médio portes (PMEs), financeiro quando os ativos, objetos de concessão,
compostas por sociedades fechadas e sociedades não são ativos imobilizados sob genuíno controle da
que não sejam requeridas a fazer prestação pública concessionária. Por serem bens públicos, de fato não
de suas contas, ou seja, não inclui: (i) as companhias são ativos imobilizados da concessionária, mas do
abertas, reguladas pela CVM; (ii) as sociedades de poder concedente.
grande porte, como definido na Lei nº 11.638/07; e
(iii) as sociedades reguladas pelo Banco Central do Ativos intangíveis versus ativos financeiros: quando
Brasil e pela Superintendência de Seguros Privados e os ativos representam o direito de acessar e explorar
outras sociedades cuja prática contábil é ditada pelo o ativo, mas não o ativo imobilizado em si, entende-se
correspondente órgão regulador com poder legal para que a entidade adquire o direito de exploração, que
tanto. As PMEs muitas vezes produzem demonstrações se caracteriza como ativo intangível e é amortizado de
financeiras apenas para o uso de proprietários- acordo com a sua vida útil para a entidade, vida útil
administradores ou apenas para o uso de autoridades essa limitada ao prazo da concessão (concessionária,
fiscais ou outras autoridades governamentais. por exemplo). Em outras circunstâncias, caso haja
Demonstrações financeiras produzidas apenas a garantia legal ou contratual por parte do poder
para esses propósitos não são, necessariamente, concedente de sua recuperação e de tal forma que lhe
demonstrações financeiras para fins gerais. dê essa caracterização, esses valores, então, possuem
40
ICPC 06 – Hedge de Investimento Líquido em ICPC 09 – Demonstrações Financeiras
Operação no Exterior Individuais, Demonstrações Separadas,
Detalha, especificamente, o tratamento das operações Demonstrações Consolidadas e Aplicação do
em que a entidade efetua investimento líquido no Método de Equivalência Patrimonial
exterior, e parcial ou totalmente contrata operação de Detalha aspectos importantes contidos nos CPCs 15,
hedge com relação à moeda desse investimento. Trata 18, 19, 35 e 36. Os principais aspectos são:
também da contínua verificação da eficácia do hedge. a) Goodwill (ágio por expectativa de rentabilidade
futura): este CPC aborda o cálculo e a
ICPC 07 – Distribuição de Lucros in Natura contabilização do ágio. Aborda a situação rara
Dividendos in natura: uma entidade distribui aos desse tipo de ativo quando com vida útil definida,
seus acionistas ou sócios, ou a detentores de títulos ágio em incorporação de entidades com, ou sem,
especificados como patrimoniais (ações, cotas, etc.), entidade “veículo”, quando eram anteriormente
lucros na forma de ativos que não são o próprio caixa. independentes ou não, incorporação reversa e
operações semelhantes.
Quando o lucro é distribuído in natura, a obrigação b) G anho por compra vantajosa (“deságio”).
é reconhecida na data da efetiva aprovação da c) C
ombinações de negócios: registro dos ajustes
distribuição, pelo valor justo dos ativos a serem ao valor justo (diferença entre o valor justo e o
entregues. A diferença entre esse valor e o valor contábil valor contábil dos ativos e passivos adquiridos,
anterior de tais ativos é reconhecida no resultado da reconhecida como lucro na aquisição).
entidade, na data da liquidação da obrigação. d) P articipação de não controladores: podendo ser
avaliada com base no valor justo dos ativos e
ICPC 08 – Contabilização da Proposta de passivos adquiridos na combinação de negócios,
Pagamento de Dividendos ou com base no valor justo dessas mesmas
Reconhecimento dos dividendos: devem ser participações, detalhando a forma de contabilização
reconhecidos como passivo somente se atenderem das operações de compra e venda de ações ou cotas,
aos critérios de obrigação presente na data das entre as empresas de mesmo grupo econômico
demonstrações financeiras. Sendo assim, os (variações na porcentagem de participação), e que
dividendos que forem declarados pela assembleia são tratadas semelhantemente às operações com
geral, ou por outro órgão competente, de acordo instrumentos próprios (ações em tesouraria).
com as formalidades previstas no estatuto social, ou e) Lucros não realizados: detalha o tratamento dos
equivalente, antes da data-base das demonstrações lucros não realizados entre investidora e coligada,
financeiras atendem aos requisitos de obrigação entre controladora e controlada, e entre investidora e
presente e, portanto, se não pagos, devem figurar no controlada em conjunto, bem como da equivalência
passivo da entidade como obrigação. patrimonial sobre outros resultados abrangentes
(reconhecidos na investidora também diretamente
Por outro lado, se não houver deliberação da em seu patrimônio líquido) e das situações especiais
assembleia geral antes da data-base das demonstrações quando da aplicação inicial dos CPCs.
financeiras, somente o dividendo mínimo obrigatório
atenderá à condição de obrigação presente na data das ICPC 10 – Interpretação sobre a Aplicação
demonstrações financeiras. A parcela da proposta dos Inicial ao Ativo Imobilizado e à Propriedade
órgãos da Administração à assembleia de acionistas, para Investimento dos Pronunciamentos
que exceder a esse mínimo obrigatório, deve ser Técnicos CPCs 27, 28, 37 e 43
mantida no patrimônio líquido, em conta específica Detalha sobre a contabilização e divulgação dos
de reserva de lucros, como por exemplo “Dividendo Pronunciamentos sobre imobilizado e propriedade
adicional proposto”, até a deliberação definitiva que para investimento, bem como da adoção inicial dos
vier a ser tomada pelos acionistas. CPCs e das IFRSs.
42
Equipamentos Eletroeletrônicos em relação às vendas OCPC 02 – Esclarecimentos sobre as
de equipamentos residenciais históricos. Demonstrações Financeiras de 2008
Não comentado por terem cessado seus efeitos.
ICPC 16 – Extinção de passivos financeiros com
instrumentos patrimoniais OCPC 03 – Instrumentos Financeiros:
Esta Interpretação trata da contabilização por Reconhecimento, Mensuração e Evidenciação
uma entidade quando as condições de um passivo Esse documento é a reprodução, com pequenos
financeiro são renegociadas e resultam na emissão de ajustes, do CPC 14, emitido em 2008 e substituído
instrumentos patrimoniais da entidade ao seu credor em 2009 pelos CPCs 38, 39 e 40 (com vigência
para a extinção total ou parcial do passivo financeiro. iniciada em 2010 consoante determinação dos órgãos
A entidade deve remover um passivo financeiro (ou reguladores que os aprovaram). Esta Orientação tem o
parte de passivo financeiro) de seu balanço patrimonial objetivo de servir como documento de consulta para
quando, e apenas quando, for extinto, de acordo com as entidades que não tenham instrumentos financeiros
o item 39 do CPC 38. complexos e que não precisem detalhadamente
desses outros Pronunciamentos.
Quando instrumentos patrimoniais próprios emitidos
para o credor para extinguir a totalidade ou parte de OCPC 04 – Aplicação da Interpretação
um passivo financeiro são inicialmente reconhecidos, Técnica ICPC 02 às Entidades de Incorporação
a entidade deve mensurá-los pelo valor justo dos Imobiliária Brasileiras
instrumentos patrimoniais emitidos, a menos que o Esta Orientação diz respeito ao que se depreende
valor justo não possa ser mensurado. Se o valor justo e se interpreta a partir da ICPC 02, considerando
dos instrumentos patrimoniais próprios emitidos não as principais características e peculiaridades do
puder ser mensurado, os instrumentos patrimoniais ambiente econômico e jurídico em que opera o setor
próprios devem ser mensurados pelo valor justo do imobiliário brasileiro. O objetivo desta Orientação
passivo financeiro extinto. é o de auxiliar na análise de se os contratos de
construção se enquadram mais adequadamente
OCPC 01 (R1) – Entidades de Incorporação no alcance do Pronunciamento Técnico CPC 17 –
Imobiliária Contratos de Construção ou do Pronunciamento
Detalha tratamentos contábeis relativos a gastos Técnico CPC 30 – Receitas e assim auxiliar na definição
com comissão de vendas, propaganda, estande, pelos preparadores das demonstrações contábeis
apartamento-modelo e comercialização, entre outros do momento do reconhecimento da receita com a
gastos específicos e inerentes dessa atividade. Detalha incorporação ou construção de imóveis.
o tratamento dos custos de construção, inclusive
encargos financeiros durante essa fase.
44
ou solicitado pelo cliente/usuário, padronizando a tiverem instituído, até a efetiva extinção dos créditos
lista de serviços prioritários e seus fatos geradores, tributários correspondentes, em conformidade com
e regulamenta a prestação de serviços e a cobrança o disposto no Pronunciamento Técnico CPC 25, e dá
de tarifas e anuidades sobre os cartões de crédito outras providencias.
emitidos pelas instituições financeiras e demais
instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central Carta-Circular nº 3.435, de 18 de março de 2010
do Brasil. Essa Resolução entra em vigor a partir de 1° Essa Carta-Circular esclarece acerca das datas dos
de março de 2011. balanços de abertura a serem utilizadas quando
da elaboração das primeiras demonstrações
Resolução n° 3.921, de 25 de novembro de 2010 financeiras consolidadas preparadas de acordo com
Essa Resolução dispõe sobre a política de os pronunciamentos emitidos pelo International
remuneração dos administradores das instituições Accounting Standards Board – IASB.
financeiras e demais instituições autorizadas a
funcionar pelo Banco Central do Brasil, produzindo Carta-circular nº 3.445, de 26 de abril de 2010
efeitos a partir de 1° de janeiro de 2012. Essa Carta-circular dispensa a publicação da coluna de
valor acumulado da Demonstração das Variações nas
Resolução n° 3.933, de 16 de dezembro de 2010 Disponibilidades de Grupos, pelas Administradoras de
Essa Resolução autorizou o Banco Nacional de Consórcio, e dá outras providencias.
Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES a emitir
Letras Financeiras. Conselho de Gestão da Previdência
Complementar – CGPC
Circular nº 3.484, de 2 de fevereiro de 2010 Recomendação CGPC nº 02, de 27 de abril de 2009
Essa Circular determina que as Administradoras de Dispõe sobre a adoção da Supervisão Baseada em
Consórcios apliquem o Pronunciamento Técnico Risco – SBR no âmbito da Secretaria de Previdência
CPC 25, emitido pelo Comitê de Pronunciamentos Complementar em relação à supervisão das entidades
Contábeis – CPC, em 26 de junho de 2009, no fechadas de previdência complementar e dos planos
reconhecimento, mensuração e divulgação de de benefícios por elas administrados, e dá outras
provisões, contingências passivas e contingências providências. Esta Recomendação entra em vigor na
ativas. data de sua publicação.
46
Circular SUSEP nº 404, de 25 de março de 2010 Carta circular SUSEP/CGSOA nº 1, de 31 de março
Permite que as entidades abertas de previdência de 2010
complementar e as sociedades seguradoras Determina que as sociedades e entidades
adotem, na estruturação dos planos com cobertura supervisionadas pela SUSEP devem preparar as
por sobrevivência, tábua biométrica elaborada demonstrações financeiras adaptadas às novas regras
por instituição independente, com reconhecida contábeis que serão publicadas ao longo do ano de
capacidade técnica, cujo critério de elaboração e 2010, somente para a data base de 31 de dezembro
atualização tenha sido previamente aprovado pela de 2010, sem quaisquer efeitos comparativos com
SUSEP. o exercício anterior, de 2009.
48
Instrução Normativa IN DIOPE nº 38, de 28 de Instrução Normativa IN DIOPE nº 42,
dezembro de 2009 de 7 de junho de 2010
Define os ajustes por efeitos econômicos no patrimônio Dispõe sobre a contabilização de valores aplicados
da operadora a ser considerado para fins de Margem na aquisição de Ativo Intangível – Marca pelas
de Solvência e Patrimônio Mínimo Ajustado – PMA. operadoras de planos privados de assistência à saúde.
50
Os valores do endividamento e da participação da Paraíso Fiscal e Regime Fiscal Privilegiado
vinculada no patrimônio líquido, conforme descritos Com a introdução da Lei nº 9.430, de 27 de dezembro
acima, serão apurados pela média ponderada mensal. de 1996, verificou-se a existência concomitante
dos conceitos de países com tributação favorecida
Verificando-se excesso em relação aos limites (“paraísos fiscais”) com o de regime fiscal privilegiado.
fixados, o valor dos juros relativos ao excedente será Em essência, a classificação de um país como sujeito
considerado despesa não necessária à atividade da à tributação favorecida está vinculada à soberania,
empresa e não dedutível para fins do IRPJ e da CSLL. ao passo que o conceito de regime fiscal privilegiado
pode abranger parcelas territoriais de um país e
Quanto à vigência e eficácia das referidas regras, a estruturas ou operações ali usuais, que contemplem
Lei nº 12.249/10 estabelece em seu artigo 139, alínea regimes tributários diferenciados, sem, no entanto,
d, que os dispositivos previstos nos artigos 24 e 25 referir-se ao território como um todo.
entram em vigor em 16 de dezembro de 2009.
Entretanto, cumpre-nos ressaltar que há uma Posteriormente, a Instrução Normativa nº 188, de 6 de
discussão jurídica com relação à aplicabilidade da agosto de 2002, trouxe uma relação de 53 jurisdições
lei a partir de referida data, à luz dos princípios classificadas pela Receita Federal como regimes com
constitucionais de vigência da Lei Tributária. tributação favorecida. E a Lei nº 11.727, de 23 de
junho de 2008, introduziu o conceito de regime fiscal
Além do princípio da anualidade, há outro dispositivo privilegiado para fins de aplicação das regras de Preço
constitucional que limita a aplicação imediata de de Transferência e ampliou o conceito de paraísos fiscais.
Medida Provisória quando esta dispuser sobre
impostos, qual seja, o artigo 62, § 2º, que estabelece Em 7 de junho de 2010, a Receita Federal divulgou,
que uma Medida Provisória que implique instituição através da Instrução Normativa nº 1.037, uma nova
ou majoração de impostos só produzirá efeitos no lista com as jurisdições consideradas Países com
exercício financeiro seguinte se houver sido convertida Tributação Favorecida (Black List), revogando a
em lei até o último dia daquele em que foi editada, Instrução Normativa nº 188 e introduzindo ainda uma
o que levaria à interpretação de que referidas regras lista de Regimes Fiscais Privilegiados (Gray List).
somente produziriam efeitos em relação ao IRPJ a
partir de 1º de janeiro de 2011, já que a Medida Quanto às implicações fiscais, tanto as entidades
Provisória nº 472/09 só foi convertida em Lei em da Black List quanto as da Gray List estão sujeitas
junho de 2010. às regras de Preço de Transferência e ao limite de
dedutibilidade de até 30% do patrimônio líquido para
Já com relação à CSLL, aplica-se o princípio da fins de subcapitalização (Thin Capitalization).
noventena ou da anterioridade nonagesimal, prevista
no artigo 195, § 6º, da Constituição Federal, que Em 24 de junho de 2010, a Instrução Normativa
determina que as contribuições sociais só poderão nº 1.045/10 alterou alguns pontos da redação da
ser exigidas depois de decorridos 90 dias da data Instrução Normativa nº 1.037/10. Para as Holdings
da publicação da lei que as houver instituído ou estabelecidas na Dinamarca ou nos Países Baixos o
modificado, não se lhes aplicando o disposto no regime privilegiado passou a ser aplicável somente
artigo 150, III, b. àquelas que não exercessem “atividade econômica
substantiva”. Entretanto, por meio dos Atos
Como a exigência da conversão em lei (artigo 62, Declaratórios Executivos RFB nº 10, nº 11 e nº 22,
§ 2º, da Constituição Federal) não se aplica às as autoridades fiscais brasileiras temporariamente
contribuições, pela observância do prazo nonagesimal, suspenderam o efeito de enquadramento na Gray
as novas regras deveriam produzir efeitos em relação à List para os Países Baixos e a Espanha e na Black List
CSLL a partir de 17 de março de 2010. para a Suíça.
52
e-LALUR Escrituração Fiscal Digital – PIS/COFINS
Com o advento da Instrução Normativa RFB nº 989, A Instrução Normativa RFB nº 1.052, de 5 de julho
de 22 de dezembro de 2009, tornaram-se obrigatórias de 2010, instituiu a Escrituração Fiscal Digital da
a escrituração e entrega do Livro Eletrônico de Contribuição para o PIS/PASEP e da Contribuição para
Escrituração e Apuração do Imposto sobre a Renda o Financiamento da Seguridade Social – COFINS
e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (EFD-PIS/COFINS).
(e-LALUR) pelas pessoas jurídicas que apuram IRPJ e
CSLL através do regime do lucro real. Este novo modelo contribui para a modernização do
acompanhamento fiscal e uniformiza o processo de
O e-LALUR deve ser apresentado pela matriz, escrituração, que deverá ser assinado digitalmente
devendo nele estarem refletidas todas as operações pelo representante legal da empresa ou procurador
que impactam direta ou indiretamente, imediata ou constituído e transmitido, via Internet, ao ambiente
futuramente a composição da base de cálculo dos SPED até o quinto dia útil do segundo mês
referidos tributos. subsequente a que se refira a escrituração, inclusive
nos casos de extinção, incorporação, fusão e cisão
O livro eletrônico deve ser entregue até o último total ou parcial da empresa.
dia útil de junho do ano subsequente ao atual
calendário, por meio de aplicativo a ser disponibilizado Estão obrigadas à entrega da EFD-PIS/COFINS as
oportunamente pela Receita Federal do Brasil. Nas seguintes empresas:
hipóteses de cisão total ou parcial, incorporação, I – em relação aos fatos geradores ocorridos a
fusão ou extinção, o e-Lalur deverá ser entregue no partir de 1º de abril de 2011, as pessoas jurídicas
último dia útil do mês subsequente ao evento, exceto sujeitas a acompanhamento econômico-tributário
para os eventos especiais ocorridos no período entre diferenciado, nos termos da Portaria RFB nº 2.923,
1º de janeiro de 2010 e 30 de abril de 2011, quando de 16 de dezembro de 2009, e sujeitas à tributação
deverá ser entregue até o último dia útil de junho. do imposto sobre a renda com base
no lucro real;
Ele deve ser assinado digitalmente por meio do II – em relação aos fatos geradores ocorridos a partir
Certificado Digital e a sua apresentação dispensa de 1º de julho de 2011, as demais pessoas jurídicas
a escrituração do Livro de Apuração do Lucro Real sujeitas à tributação do imposto sobre a renda com
– LALUR no modelo e normas estabelecidas na base no lucro real;
Instrução Normativa SRF nº 28/78 e a utilização do III – em relação aos fatos geradores ocorridos a
Programa Validador e Assinador da Entrada de Dados partir de 1º de janeiro de 2012, as demais pessoas
para o FCont, para os fatos ocorridos a partir de 1º de jurídicas sujeitas à tributação do imposto sobre a
janeiro de 2010. renda com base no lucro presumido ou arbitrado;
IV – em relação aos fatos geradores ocorridos a
A Receita Federal do Brasil divulgará o layout do partir de 1º de janeiro de 2012, para as pessoas
livro eletrônico. A pessoa jurídica obrigada à sua jurídicas referidas nos §§ 6º, 8º e 9º do artigo 3º da
apresentação que não o fizer no prazo estará sujeita a Lei nº 9.718/98, e na Lei nº 7.102/83.
multa de R$ 5.000,00 por mês-calendário ou fração.
Fica facultada, ainda, a entrega da EFD-PIS/COFINS às
demais pessoas jurídicas não obrigadas pela Instrução
Normativa RFB nº 1.052, em relação aos fatos
contábeis ocorridos a partir de 1º de abril de 2011.
54
O mesmo dispositivo legal ampliou o prazo para o Manutenção do Crédito de IPI
aproveitamento do crédito presumido de IPI, para os A Lei nº 12.113, de 9 de dezembro de 2009, assegurou
empreendimentos industriais instalados nas áreas de a manutenção do crédito de IPI em razão do imposto
atuação da Superintendência do Desenvolvimento pago no desembaraço aduaneiro referente a automóvel
da Amazônia – SUDAM e Superintendência do de passageiros originário e procedente de países
Desenvolvimento do Nordeste – SUDENE, a ser integrantes do Mercado Comum do Sul – MERCOSUL,
deduzido na apuração desse imposto, incidente nas saído do estabelecimento importador de pessoa jurídica
saídas de produtos classificados nas posições 8702 fabricante de automóveis da posição 87.03 da Tabela de
a 8704 da Tabela de Incidência do Imposto sobre Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados –
Produtos Industrializados – TIPI. TIPI com a isenção de que trata a Lei nº 8.989/95.
A apuração do crédito presumido, que estava prevista Ressarcimentos de Créditos de PIS, COFINS e IPI
para se encerrar em 31 de dezembro de 2010, foi A Receita Federal do Brasil disciplinou, através da
prorrogada para 31 de dezembro de 2015, com a Instrução Normativa RFB nº 1.060, de 3 de agosto de
alteração do disposto no artigo 1º, § 3º, da Lei nº 2010, o procedimento especial para o ressarcimento
9.286/99 pelo artigo 2º, § 1º, da Lei nº 12.218/10. de créditos de PIS, COFINS e IPI apurados sobre
bens, mercadorias, insumos e serviços relacionados a
De outro lado, a Medida Provisória nº 512, de 25 de receitas de exportação.
novembro de 2010, também estabeleceu a possibilidade A Instrução Normativa RFB nº 1.060/10 entrou em
de crédito presumido de IPI para as empresas de que vigor na data da sua publicação e estabelece regras a
trata o crédito de IPI da Medida Provisória nº 471/09. serem seguidas pelas entidades para o ressarcimento
Segundo a Medida Provisória nº 512/10, o crédito dos créditos, inclusive em relação à antecipação de
presumido será o equivalente ao resultado da aplicação 50% do montante do crédito.
das alíquotas do artigo 1º da Lei nº 10.485, de 3 de
julho de 2002, sobre o valor das vendas no mercado Substituição Tributária do IPI
interno, em cada mês, dos produtos constantes dos A Instrução Normativa RFB nº 1.081, de 4 de
projetos de que trata o caput, multiplicado por: novembro de 2010, revogou a Instrução Normativa
I – 2 (dois), até o 12º mês de fruição do benefício; SRF nº 260/02 e consolidou o disciplinamento sobre o
II – 1,9 (um inteiro e nove décimos), do 13º ao 24º mês regime especial de substituição tributária do IPI.
de fruição do benefício;
III – 1,8 (um inteiro e oito décimos), do 25º ao 36º mês Legislação Aduaneira
de fruição do benefício; Com o intuito de atualizar, sistematizar e consolidar as
IV – 1,7 (um inteiro e sete décimos), do 37º ao 48º normas e os procedimentos aplicáveis às operações
mês de fruição do benefício; e de comércio exterior, expedidos após a edição do
V – 1,5 (um inteiro e cinco décimos), do 49º ao 60º Regulamento Aduaneiro trazido pelo Decreto nº
mês de fruição do benefício. 6.759, de 5 de fevereiro de 2009, foi publicada a
Portaria SECEX nº 10, que passou a vigorar a partir de
Os benefícios, decorrentes da apuração do crédito 25 de maio de 2010.
presumido de IPI, ficam condicionados à realização
de investimentos em pesquisa, desenvolvimento e
inovação tecnológica na região, inclusive na área
de engenharia automotiva, correspondentes a, no
mínimo, 10% do valor do crédito presumido apurado.
Foi vedado o aproveitamento cumulativo do crédito
presumido estabelecido na Medida Provisória nº
512/10 e Medida Provisória nº 471/09.
56
Aos beneficiários do RECOMPE ficam suspensos: RETAERO
I – o IPI incidente sobre a saída do estabelecimento O artigo 29 da Medida Provisória nº 472/09,
industrial de matérias-primas e produtos convertida posteriormente na Lei nº 12.249, de 11
intermediários destinados à industrialização dos de junho de 2010, instituiu o Regime Especial para a
equipamentos de informática, quando adquiridos Indústria Aeronáutica Brasileira (RETAERO).
por pessoa jurídica habilitada ao regime;
II – a contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS São beneficiárias do RETAERO as pessoas jurídicas
incidentes sobre a receita decorrente da: habilitadas perante a Receita Federal do Brasil e,
a) venda de matérias-primas e produtos preponderantemente, fornecedoras de partes,
intermediários destinados à industrialização dos peças, ferramentais, componentes, equipamentos,
equipamentos de informática, quando adquiridos sistemas, subsistemas, insumos e matérias-primas,
por pessoa jurídica habilitada ao regime; ou que prestem serviços a serem empregados na
b) prestação de serviços, por pessoa jurídica manutenção, conservação, modernização, reparo,
estabelecida no País, à pessoa jurídica revisão, conversão e industrialização das aeronaves
habilitada ao regime, quando destinados aos classificadas na posição 88.02 da NCM. Ademais, as
equipamentos de informática. pessoas jurídicas não podem adotar como regime de
III – o IPI, a contribuição para o PIS/PASEP– tributação o lucro presumido, arbitrado ou SIMPLES
Importação, a COFINS–Importação, o Imposto NACIONAL.
de Importação e a Contribuição de Intervenção
no Domínio Econômico, destinada a financiar o Aos beneficiários do RETAERO ficam suspensos, no
Programa de Estímulo à Interação Universidade– caso de venda no mercado interno ou de importação
Empresa para o Apoio à Inovação incidente sobre: dos bens e serviços discriminados anteriormente e
a) matérias-primas e produtos intermediários destinados ao ativo imobilizado, bem como na venda
destinados à industrialização dos equipamentos ou importação de serviços de tecnologia industrial
de informática, quando importados diretamente básica, desenvolvimento e inovação tecnológica,
por pessoa jurídica habilitada ao regime; assistência técnica e transferência de tecnologia:
b) o pagamento de serviços importados I – a exigência da contribuição para o PIS/PASEP
diretamente por pessoa jurídica habilitada ao e da COFINS incidentes sobre a receita da
regime, quando destinados aos equipamentos pessoa jurídica vendedora, bem como sobre a
de informática. prestação de serviços efetuada por pessoa jurídica
IV – o IPI incidente sobre os equipamentos de estabelecida no país, quando a aquisição dos
informática saídos da pessoa jurídica beneficiária bens ou serviços for efetuada por pessoa jurídica
do RECOMPE diretamente para as escolas da rede beneficiária do RETAERO;
pública de ensino. II – a exigência da contribuição para o PIS/PASEP–
Importação e da COFINS–Importação quando
Após a incorporação ou utilização dos bens ou dos a importação for efetuada por pessoa jurídica
serviços adquiridos ou importados com os benefícios beneficiária do RETAERO;
do RECOMPE, a suspensão de que trata o regime III – o IPI incidente na saída do estabelecimento
converte-se em alíquota zero. industrial ou equiparado, quando a aquisição no
mercado interno for efetuada por estabelecimento
Os benefícios de que trata o RECOMPE poderão ser industrial de pessoa jurídica beneficiária do
usufruídos até 31 de dezembro de 2011. RETAERO;
IV – o IPI incidente na importação, quando efetuada
por estabelecimento industrial de pessoa jurídica
beneficiária do RETAERO.
58
A referida Portaria estabeleceu como prazo para início A Portaria nº 451, de 23 de setembro de 2010,
da utilização do registro eletrônico da jornada de dispôs sobre a publicação dos índices de frequência,
trabalho 12 meses após a publicação dela, devendo, gravidade e custo, por atividade econômica,
portanto, o sistema ter sido integralmente implantado considerados para o cálculo do RAT, com vigência
em 21 de agosto de 2010. para o ano 2011.
60
O novo dispositivo legal alterou o disposto no passou a ser vedada a negociação dos certificados.
artigo 12 da Lei nº 9.250/95, no que se refere à
dedutibilidade das despesas com doações aos Fundos Certificação de Entidades Beneficentes de
Municipais, Estaduais e Nacional dos Direitos da Assistência Social
Criança e do Adolescente nas apurações do lucro real Em 30 de novembro de 2009, publicou-se no Diário
e da base de cálculo da CSLL, bem como quanto à Oficial a Lei nº 12.101, regulamentada pelo Decreto
possibilidade de dedução do IRPJ devido. nº 7.237, de 2010, para dispor sobre o processo de
certificação das entidades beneficentes de assistência
Portanto, nos moldes do que já era estabelecido social para obtenção da isenção das contribuições
para as doações aos Fundos Municipais, Estaduais e para a seguridade social.
Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente,
a pessoa jurídica poderá deduzir do imposto de Medida Provisória nº 497/10 – Demais Assuntos
renda devido, em cada período de apuração, o total Tributários
das doações feitas aos Fundos Nacional, Estaduais O governo federal, por meio da Instrução Normativa
ou Municipais do Idoso devidamente comprovadas, nº 497/10, instituiu alterações na legislação tributária.
vedada a dedução como despesa operacional. A seguir, listamos as principais alterações instituídas
pela Medida Provisória nº 497/10, com exceção das
A dedução deverá ser somada às efetuadas aos discutidas anteriormente:
Fundos dos Direitos da Criança e do Adolescente, em I – a aquisição no mercado interno ou a importação,
cada período de apuração, para fins de avaliação do de forma combinada ou não, de mercadoria
limite de 1% do direito de dedução do IRPJ devido. equivalente à empregada ou consumida na
industrialização de produto exportado poderá ser
Fundo de Financiamento ao Estudante do realizada com isenção do Imposto de Importação e
Ensino Superior – FIES com redução a zero do IPI, da contribuição para o
Em 15 de janeiro de 2010, foi publicada a Lei nº PIS/PASEP e da COFINS, da contribuição para o PIS/
12.202, que trouxe alterações à legislação do FIES PASEP–Importação e da COFINS–Importação;
(Lei nºº10.260/01), inclusive em relação à utilização II – para efeitos de adimplemento do compromisso de
dos créditos de Instituto Nacional do Seguro Social – exportação nos regimes aduaneiros suspensivos,
INSS oriundos dos certificados. destinados à industrialização para exportação, os
produtos importados ou adquiridos no mercado
Até antes da publicação da nova lei, os créditos de interno com suspensão do pagamento dos tributos
INSS gerados pelo FIES somente podiam ser utilizados incidentes podem ser substituídos por outros
para liquidação de débitos da própria Previdência produtos, nacionais ou importados, da mesma
Social, sendo facultada a negociação dos certificados espécie, qualidade e quantidade, importados ou
com outras pessoas jurídicas. adquiridos no mercado interno sem suspensão do
pagamento dos tributos incidentes, nos termos,
De acordo com o disposto no artigo 1º da limites e condições estabelecidos pelo Poder
Lei nº 12.202, que alterou o § 3º do artigo 10º da Executivo;
Lei nº 10.260/01, não havendo débitos de caráter III – o Imposto de Importação incidente na importação
previdenciário, os certificados poderão ser utilizados de partes, peças, componentes, conjuntos e
para o pagamento de quaisquer tributos administrados subconjuntos, acabados e semiacabados, e
pela Secretaria da Receita Federal do Brasil, e pneumáticos fica reduzido em:
respectivos débitos, constituídos ou não, inscritos ou a) 40% até 31 de julho de 2010;
não em dívida ativa, ajuizados ou a ajuizar, exigíveis ou b) 30% até 30 de outubro de 2010;
com exigibilidade suspensa, bem como de multas, de c) 20% até 30 de abril de 2011; e
juros e de demais encargos legais incidentes. Ademais, d) 0% a partir de 1º de maio de 2011.
62
c) inclusão do inciso XXV no § 1º do artigo 15 do O Decreto nº 7.011 dispôs que será cobrado IOF, à
regulamento, prevendo a tributação à alíquota de alíquota de um inteiro e cinco décimos por cento, na
2% para as liquidações de operações de câmbio cessão de ações que sejam admitidas à negociação
contratadas, a partir de 5 de outubro de 2010, por em bolsa de valores localizada no Brasil, com o fim
investidor estrangeiro, relativas a transferências específico de lastrear a emissão de depositary receipts
do exterior de recursos para aplicação no País negociados no exterior.
em renda variável realizada em bolsa de valores
ou em bolsa de mercadorias e futuros, na forma O valor da operação a ser considerado para fins
regulamentada pelo Conselho Monetário Nacional de apuração da base de cálculo deverá ser obtido
– CMN, excetuadas operações com derivativos que multiplicando-se o número de ações cedidas pela sua
resultem em rendimentos predeterminados; cotação de fechamento na data anterior à operação
d) inclusão do inciso XXVI no § 1º do artigo 15 do ou, no caso de não ter havido negociação nessa data,
regulamento, prevendo a tributação à alíquota de pela última cotação de fechamento disponível.
2% para as liquidações de operações de câmbio,
contratadas a partir de 5 de outubro de 2010, para Imposto de Renda Incidente sobre os
ingresso de recursos no País para aquisição de Rendimentos e Ganhos Líquidos Auferidos nos
ações, por investidor estrangeiro, em oferta pública Mercados Financeiro e de Capitais
registrada ou dispensada de registro na Comissão Em 7 de abril de 2010, foi publicada a Instrução
de Valores Mobiliários ou para a subscrição de Normativa RFB nº 1.022, posteriormente alterada pela
ações, desde que, nos dois casos, as companhias Instrução Normativa RFB nº 1.043, consolidando e
emissoras tenham registro para negociação das regulamentando a legislação do imposto sobre a renda
ações em bolsas de valores; incidente sobre os rendimentos e ganhos auferidos nos
e) inclusão da previsão de tributação à alíquota zero mercados financeiros e de capitais, por investidores
nas liquidações de operações de câmbio para fins residentes ou domiciliados no País e no exterior.
de retorno de recursos aplicados por investidor
estrangeiro no mercado financeiro e de capitais, O novo normativo da RFB consolidou a legislação do
nas operações de que tratam as letras “b”, “c” e Imposto de Renda Retido na Fonte – IRRF, bem como
“d”; revogou as Instruções Normativas que tratavam do
f) as liquidações de operações de câmbio contratadas mesmo tema.
a partir de 19 de outubro de 2010 por investidor
estrangeiro, para ingresso de recursos no País, DIMOF
inclusive por meio de operações simultâneas, Com o objetivo de manter maior controle sobre as
para constituição de margem de garantia, inicial operações do mercado de câmbio, a Receita Federal
ou adicional, exigida por bolsas de valores, de do Brasil alterou o disposto na Instrução Normativa
mercadorias e futuros, serão tributadas à alíquota RFB nº 811, de 28 de janeiro de 2008, ampliando a
de 6%. obrigatoriedade da Declaração de Informações sobre
Movimentação Financeira (DIMOF) para as instituições
IOF – Operações Relativas a Títulos ou Valores autorizadas a realizar operações no mercado de
Mobiliários câmbio.
Em 19 de novembro de 2009, publicou-se no Diário
Oficial da União o Decreto nº 7.011, que introduziu Portanto, as instituições autorizadas a operarem no
o artigo 32A no Decreto nº 6.306/07 (Regulamento mercado de câmbio deverão declarar até o último
do IOF). dia de fevereiro de 2011 as aquisições de moeda
estrangeira, as conversões de moeda estrangeira em
nacional e as transferências de moeda estrangeira e de
outros valores para o exterior.
64
Normas Internacionais de Relatório
Financeiro (IFRSs)
International Financial Reporting Standards – IFRSs A orientação incluída na IFRS 9 sobre a classificação
IFRS 9 – Instrumentos Financeiros (revisada) e mensuração de passivos financeiros não apresenta
Em 28 de outubro de 2010, o IASB emitiu uma versão alterações para os critérios de classificação contidos
revisada da IFRS 9 – Financial Instruments, mantendo atualmente na IAS 39. Em outras palavras, passivos
os requerimentos para classificação e mensuração financeiros continuarão a ser mensurados, no total ou
de ativos financeiros conforme versão publicada em em parte, pelo custo amortizado ou pelo valor justo
novembro de 2009 e incluindo orientação sobre a por meio do resultado (fair value through profit or loss
classificação e mensuração de passivos financeiros. – FVTPL). O conceito de separar derivativos embutidos
Como parte da reestruturação da IFRS 9, o IASB do contrato principal também permanece inalterado.
também copiou para a norma revisada a orientação Passivos financeiros mantidos para negociação
sobre baixa de instrumentos financeiros e o respectivo continuam a ser mensurados pelo FVTPL, e todos os
guia de implementação contidos na IAS 39 – Financial demais passivos financeiros são mensurados pelo custo
Instruments: Recognition and Measurement. amortizado, exceto quando a opção pelo valor justo é
aplicada, usando o critério existente na IAS 39.
A norma inclui orientação adicional para a Eliminação da isenção de mensurar pelo custo os
diferenciação entre risco de crédito e risco de derivativos passivos
desempenho específico do ativo (por exemplo, o risco A parte da IFRS 9 que trata de ativos financeiros
de que as condições de um ativo individual ou um removeu a isenção da IAS 39 de mensurar pelo
grupo de ativos não sejam cumpridas e, dessa forma, custo os instrumentos patrimoniais não cotados e os
o emitente é liberado dos valores da obrigação que é respectivos derivativos ativos quando o valor justo
vinculada a esses ativos). A norma fornece exemplos não possa ser mensurado confiavelmente. Quanto
de risco de desempenho específico do ativo. essa parte foi publicada, foi mantida a isenção de
mensuração pelo custo para derivativos passivos que
A orientação revisada proíbe que os valores serão liquidados pela entrega de instrumentos de
atribuíveis ao risco de crédito reconhecidos em patrimônio não cotados, quando o seu valor justo não
OCI sejam reclassificados para o resultado (ou pudesse ser mensurado confiavelmente (por exemplo,
seja, “reciclados”), mas permite transferências uma opção lançada em que, no exercício, a entidade
para outros componentes do patrimônio líquido. entregaria ações não cotadas ao detentor da opção).
Isso é relevante se uma entidade baixa um passivo Entretanto, a orientação agora revisada também
financeiro antes da data de vencimento por um valor remove essa isenção de mensuração pelo custo de
diferente do determinado contratualmente. Nessa forma que todos os derivativos, sejam ativos ou
situação, qualquer valor residual em OCI pode ser passivos, sejam mensurados pelo valor justo.
transferido para outros componentes do patrimônio
líquido (por exemplo, lucros acumulados) com Adoção e transição
divulgação dos valores transferidos e da razão para A versão revisada da IFRS 9 tem a mesma data de
a transferência. Diferentemente, se uma entidade adoção obrigatória que a sua versão anterior, 1º de
efetua o pagamento do débito conforme os termos janeiro de 2013. O IASB divulgou sua intenção de ter
contratuais na data do vencimento, não existirão a mesma data de adoção obrigatória para todas as
valores para serem reciclados, pois não haverá efeito fases da nova norma sobre instrumentos financeiros.
líquido acumulado das mudanças no risco de crédito A versão revisada permite a adoção antecipada,
do passivo. mas se uma entidade decide aplicar a orientação
relativa à classificação e mensuração de passivos
66
financeiros antecipadamente, ela deve também aplicar Modificação da IAS 12 sobre impostos diferidos:
qualquer outro requerimento da IFRS 9 que tenha recuperação dos ativos subjacentes
sido anteriormente finalizado naquele momento. Em 20 de dezembro de 2010, o IASB emitiu a
Atualmente, isso iria requerer que uma entidade modificação da IAS 12 – Income Taxes denominada
que deseja adotar antecipadamente a orientação Deferred Tax: Recovery of Underlying Assets. A IAS
para passivos financeiros da IFRS 9 também adote 12 requer que uma entidade mensure os impostos
antecipadamente a orientação para ativos financeiros. diferidos relativos a um ativo dependendo se a
A razão para requerer a aplicação das fases anteriores entidade espera recuperar o valor contábil do ativo
é reduzir a potencial falta de comparabilidade entre através do uso ou da venda. Quando um ativo é
entidades. A norma revisada deve ser aplicada mensurado pelo modelo de valor justo da IAS 40
retrospectivamente de acordo com a IAS 8. – Investment Property, pode ser difícil e subjetivo
avaliar se a recuperação do ativo será através do
Modificação da IFRS 7 para Melhorias nos uso ou da venda.
Requerimentos de Divulgações sobre Transferências
de Ativos Financeiros A modificação apresenta uma solução prática para
Em 7 de outubro de 2010, o IASB emitiu a o problema, introduzindo a presunção de que a
modificação da IFRS 7 – Financial Instruments: recuperação do valor contábil das propriedades para
Disclosures contendo melhorias que aumentam os investimentos será, normalmente, através de venda.
requerimentos de divulgações sobre transferências
de ativos financeiros. Não foi alterada a orientação Como resultado das modificações, a SIC–21 – Income
para a baixa de ativos financeiros que consta na Taxes – Recovery of Revalued Nondepreciable Assets
IAS 39 – Financial Instruments: Recognition and não será mais aplicável para propriedades para
Measurement., que foi copiada para a versão investimento mantidas ao valor justo.
revisada da IFRS 9 – Financial Instruments, conforme
mencionado acima. As modificações devem ser adotadas obrigatoriamente
para exercícios iniciados em ou após 1º de janeiro de
As modificações na IFRS 7 requerem melhorias 2012 e a adoção antecipada é permitida.
no atual nível de divulgação quando um ativo
é transferido mas não é baixado, e introduz novas Modificação da IFRS 1 sobre a eliminação de datas
divulgações para ativos que são baixados, mas fixas para adotantes pela primeira vez das IFRSs
a entidade continua a ter uma exposição contínua Em 20 de dezembro de 2010, o IASB emitiu a
ao ativo após a venda. O objetivo das mudanças modificação da IFRS 1 – First-time Adoption of
é permitir melhor entendimento da relação entre International Financial Reporting Standards (IFRSs)
os ativos financeiros transferidos e as obrigações que trata da eliminação de datas fixas para adotantes
financeiras e riscos associados com esses ativos. Essas pela primeira vez das IFRSs. As modificações
divulgações incluídas pelas modificações à IFRS 7 são substituem a data fixa de aplicação prospectiva de
similares às atualmente requeridas pelos princípios de 1º de janeiro de 2004 para a data de transição para
contabilidade geralmente aceitos nos Estados Unidos as IFRSs, de forma que os adotantes pela primeira
(US GAAP). vez das IFRSs não tenham de aplicar os requerimentos
de baixa da IAS 39 retrospectivamente.
As modificações devem ser adotadas
obrigatoriamente para exercícios iniciados em ou A modificação deve ser adotada obrigatoriamente
após 1º de julho de 2011 e a adoção antecipada para exercícios iniciados em ou após 1º de julho de
é permitida. Não são requeridas divulgações para 2011 e a adoção antecipada é permitida.
qualquer período apresentado que inicia antes da data
de adoção obrigatória das modificações.
68
Norma Objeto da modificação Detalhe Adoção e transição
IFRS 7 – Esclarecimentos sobre Encoraja divulgações qualitativas no contexto das divulgações quantitativas Adoção obrigatória para
Financial divulgações requeridas para auxiliar os usuários a formar uma visão geral da natureza e exercícios iniciados em ou
Instruments: extensão dos riscos decorrentes dos instrumentos financeiros. após 1º de janeiro de 2011.
Disclosures Esclarece o nível requerido de divulgações sobre risco de crédito e garantias A adoção antecipada é
detidas e fornece isenção para divulgações de empréstimos renegociados. permitida.
IAS 1 – Esclarecimento sobre a Esclarece que uma entidade pode apresentar a análise dos outros resultados Adoção obrigatória para
Presentation demonstração das mutações abrangentes por item, tanto na demonstração das mutações do patrimônio exercícios iniciados em ou
of Financial do patrimônio líquido líquido quanto nas notas explicativas às demonstrações financeiras. após 1º de janeiro de 2011.
Statements A adoção antecipada é
permitida.
IAS 27 – Requerimentos de transição Esclarece que as modificações feitas pela IAS 27 (2008) na IAS 21 – The Effects Adoção obrigatória para
Consolidated and decorrentes das modificações of Changes in Foreign Rates, IAS 28 – Investments in Associates e IAS 31 – exercícios iniciados em ou após
Separate Financial introduzidas pela IAS 27 (2008) Interests in Joint Ventures devem ser adotadas prospectivamente (com exceção 1º de julho de 2010. A adoção
Statements (2008) do parágrafo 35 da IAS 28 e do parágrafo 46 da IAS 31, que devem ser adotados antecipada é permitida.
retrospectivamente).
IAS 34 – Eventos e transações Dá ênfase ao princípio na IAS 34 de que as divulgações sobre eventos e Adoção obrigatória para
Interim Financial significativos transações significativos em períodos intermediários devem atualizar as exercícios iniciados em ou
Reporting informações relevantes que foram apresentadas nas demonstrações financeiras após 1º de janeiro de 2011.
anuais mais recentes. A adoção antecipada é
Esclarece como aplicar esse princípio em relação a instrumentos financeiros permitida.
e seus valores justos.
IFRIC 13 – Valor justo de créditos de Esclarece que o valor justo de créditos de prêmio deve considerar: Adoção obrigatória para
Customer Loyalty prêmio – o valor dos descontos ou incentivos que seriam oferecidos aos clientes exercícios iniciados em ou
Programs em uma transação em que os créditos de prêmio não seriam concedidos após 1º de janeiro de 2011.
em uma venda inicial; e A adoção antecipada é
– quaisquer perdas de direito dos clientes esperadas (ex: créditos não permitida.
resgatados dentro do prazo determinado).
70
As regras de transição propostas requerem aplicação É esperada alteração na época do reconhecimento de
retrospectiva para arrendamentos existentes e, receita para muitas entidades em diversas indústrias
portanto, ajustes nos períodos comparativamente e atividades. Especificamente, algumas entidades
apresentados. que aplicam o método do “estágio de conclusão”
(percentage of completion – POC) podem ser
O período de comentários foi encerrado em 15 de requeridas a reconhecer a receita quando o produto
dezembro de 2010, sendo esperado que a norma final é entregue ao cliente. Por outro lado, entidades que
seja publicada em junho de 2011. O ED não especifica atualmente diferem o reconhecimento da receita, pois
uma data de adoção obrigatória. existem incertezas significativas sobre a capacidade
de pagamento do cliente, poderão provavelmente
Arrendatários e arrendadores devem iniciar a avaliação reconhecer a receita antes e por um valor diferente.
de como as propostas afetariam suas demonstrações
financeiras, a estruturação de operações futuras Outras modificações esperadas são:
envolvendo contratos de arrendamentos, os índices (a) a forma de alocação do preço da transação aos
e as métricas utilizados, cláusulas restritivas em elementos em acordos de múltiplos elementos;
contratos de empréstimos e financiamentos, políticas (b) uma perda pode ter de ser reconhecida no início
contábeis e sistemas de informação. do contrato para elementos específicos, mesmo
que no total o contrato seja lucrativo;
Exposure Draft sobre reconhecimento de receita (c) entidades que oferecem garantia serão requeridas
Em 24 de junho de 2010, o IASB e o FASB a diferir parte da receita no início do contrato; e
publicaram um ED conjunto sobre receitas de (d) divulgações mais extensas serão requeridas.
contratos com clientes. Esse ED é o próximo passo
no desenvolvimento de uma norma inteiramente As entidades devem avaliar como as propostas
nova sobre reconhecimento de receita. O objetivo afetariam suas demonstrações financeiras, a
é desenvolver uma norma sobre reconhecimento estruturação de contratos com os clientes, os índices
de receita que seja geral, completa e baseada em e métricas utilizados, cláusulas restritivas em contratos
princípios, que possa ser aplicada consistentemente de empréstimos e financiamentos, políticas contábeis
para transações complexas em uma gama variada de e sistemas de informação.
indústrias e atividades.
O período de comentários foi encerrado em 22 de
Similar às orientações atuais das IFRSs, o ED propõe outubro de 2010, sendo esperado que a norma final
um modelo baseado em contratos com clientes, com seja publicada em junho de 2011. O ED não especifica
o reconhecimento da receita quando os produtos e/ uma data de adoção obrigatória, mas requer aplicação
ou serviços são transferidos para o cliente (ou seja, retrospectiva.
quando o cliente obtém o controle dos produtos ou
serviços). O ED apresenta os seguintes indicadores
para determinação se o controle foi transferido
para o cliente, mas enfatiza que nenhum deles é
individualmente determinante e que alguns nem
sempre serão relevantes:
• O cliente tem uma obrigação incondicional de pagar;
• O cliente possui a propriedade legal;
• O cliente possui a posse física; e
• O desenho ou a função do produto ou serviço é
específico para o cliente.
Projeto Resumo
Consolidação O IASB está desenvolvendo um único modelo de consolidação aplicável para todas as entidades que será
baseado no conceito de controle e que melhora as divulgações sobre as entidades que são e que não são
consolidadas. Espera-se que a norma final seja publicada no final de janeiro de 2011.
É esperada também para 2011 a publicação de um ED separado sobre companhias de investimento, como parte
do projeto abrangente de consolidação, que deve abordar a se os investimentos mantidos por companhias de
investimentos devem ser mensurados pelo seu valor justo ao invés de serem consolidados.
Mensuração pelo O IASB está desenvolvendo um único guia para todas as mensurações pelo valor justo, para clarificar a sua
valor justo definição, melhorar as divulgações, e aumentar a convergência para os US GAAP. O projeto aborda como
mensurar pelo valor justo, mas não quando. Espera-se que a norma final seja publicada no primeiro trimestre de
2011.
Instrumentos O projeto do IASB para instrumentos financeiros irá substituir a IAS 39 e está sendo abordado em fases:
financeiros classificação e mensuração, redução ao valor recuperável (impairment), contabilização de coberturas (hedge
accounting), e compensação de ativos e passivos financeiros. Um ED sobre contabilização de coberturas (hedge
accounting) foi publicado em dezembro de 2010 e EDs sobre redução ao valor recuperável (impairment) e
compensação de ativos e passivos financeiros devem ser publicados em janeiro de 2011. Espera-se que todas as
fases sejam concluídas em junho de 2011.
Contratos de Um ED sobre contratos de seguros foi publicado propondo uma única norma que todas as entidades
seguro seguradoras, em todas as jurisdições, podem aplicar consistentemente para todos os tipos de contrato.
Esse é um dos projetos prioritários do IASB e espera-se que a norma final seja publicada em junho de 2011.
Passivos (IAS 37) O IASB está desenvolvendo uma nova norma para substituir a IAS 37, que aborda os passivos de prazo ou valor
incertos que não estão no alcance de outra norma. Um ED deve ser publicado no segundo semestre de 2011.
Benefícios Foi publicado um ED propondo a eliminação da opção de diferir o reconhecimento de determinados ganhos e
pós-emprego perdas atuariais (“método do corredor”). Também são propostas modificações na mensuração e desagregação
dos diversos componentes das despesas de benefícios. A conclusão dessas modificações é planejada para o
primeiro trimestre de 2011.
72
Princípios contábeis norte-americanos
Financial Accounting Standards Board – FASB Comentários na proposta ASU foram recebidos até
setembro de 2010.
Contingências
FASB Adia a Data Efetiva para Divulgações sobre Para companhias abertas, as alterações propostas
Perdas Contingentes seriam efetivas para exercícios encerrados após 15
Essa norma afeta todas as entidades. de dezembro de 2010, e períodos intermediários e
períodos anuais nos exercícios subsequentes. Para
Em 27 de outubro de 2010, o FASB esclareceu que a companhias fechadas, a proposta seria efetiva para o
proposta de divulgações para determinadas perdas primeiro exercício iniciado após 15 de dezembro de
contingentes não será efetiva para as demonstrações 2010, e para períodos intermediários em exercícios
financeiras referentes ao exercício de 2010, conforme após o primeiro exercício anual.
originalmente proposto. O Board discutirá e revisará
a data efetiva durante as próximas deliberações
relacionadas ao projeto. Valores a Receber
Em 20 de julho de 2010, o FASB emitiu proposta O FASB emitiu uma proposta de ASU para
de ASU para: (1) expandir o escopo de perdas esclarecer quando uma modificação de dívida deve
contingentes sujeitas a divulgações para incluir ser considerada como troubled debt restructuring.
determinadas contingências classificadas como perdas A proposta não é uma resposta direta ao problema
remotas; (2) aumentar as divulgações quantitativas e que tem dominado a imprensa de negócios nos
qualitativas sobre a “natureza, magnitude potencial, últimos tempos. No entanto, alterações nas
e momento potencial (se conhecido)” de perdas condições dos empréstimos ou reestruturação
contingentes; e (3) para companhias abertas, requerer de dívidas podem ter consequências contábeis
uma reconciliação das movimentações dos valores relevantes caso sejam consideradas como troubled
reconhecidos como perdas contingentes. debt restructurings.
74
moedas estrangeiras no país poderiam resultar em Na reunião do Board em 29 de setembro de 2010, o
implicações contábeis. Novos regulamentos podem FASB ratificou a decisão do exposure.
afetar as taxas que as entidades podem usar para
transações de conversão de moedas estrangeiras A decisão do exposure será publicada para
na Venezuela. Potenciais preocupações contábeis comentários.
incluem implicações em remensuração, consolidação e
desconsolidação, classificação no balanço patrimonial,
Arrendamentos Mercantis
e a necessidade para as entidades afetadas de
fornecer divulgações adicionais. FASB e IASB Emitem Proposta de Orientação sobre
Contabilização de Arrendamentos
FASB Emite ASU para Problemas com Moedas Este tópico afeta todas as entidades.
Estrangeiras
Este tópico afeta entidades com operações na Em 17 de agosto de 2010, o FASB e o IASB emitiram
Venezuela. um exposure draft – ED sobre a contabilização de
arrendamentos mercantis. O ED, emitido pelo FASB
Em 11 de maio de 2010, o FASB emitiu ASU 2010–19, como uma proposta de ASU, define uma nova forma
que codifica o anúncio feito pelo staff da SEC em de registro, tanto para contabilidade dos arrendatários
18 de março de 2010, denominado EITF meeting. quanto para a dos arrendadores, além de eliminar
O ASU fornece a visão do staff da SEC sobre certos o conceito de arrendamento operacional. O ASU
problemas de moedas estrangeiras relacionados a proposto, se finalizado, permitirá a convergência das
investimentos na Venezuela. Esse problema está normas contábeis do FASB e do IASB, nas áreas mais
relacionado à qualificação da Venezuela como significativas, referente aos contratos de arrendamento.
economia hiperinflacionária.
Não há uma data efetiva para que o ASU proposto
O ASU entrou em vigor em 18 de março de 2010. entre em vigor. Ambos os Comitês planejam definir
a data efetiva de entrada em vigor somente após
revisarem os comentários ao ED e após considerar
Intangíveis – Ágio e Outros todos os outros projetos conjuntos que deverão ser
FASB Ratifica a Decisão do Exposure em Como finalizados no próximo ano.
o Valor Contábil de Uma Unidade de Reporte
Poderia Ser Calculado na Realização do Passo 1 do Comentários sobre o ASU proposto devem ser
Teste de Impairment do Ágio (Issue 10–A) apresentados até 15 de dezembro de 2010.
Este tópico afeta entidades que avaliam o impairment
do ágio através do ASC 350–20.
Resultado Abrangente
Na reunião de setembro de 2010, o Task Force concluiu FASB Emite Proposta de Orientação sobre
no exposure que: (1) uma entidade deveria usar uma a Apresentação de Resultados Abrangentes
premissa de patrimônio quando realizasse o Passo 1 do (Comprehensive Income)
teste de impairment do ágio, e (2) se uma unidade de Este tópico afeta as entidades que reportam itens de
reporte tem saldo contábil negativo ou zero, a entidade resultado abrangente.
deve acessar, em bases de fatores qualitativos, tais
como aqueles listados no ASC 350–20–35–30 (esses Em 26 de maio de 2010, o FASB submeteu à audiência
fatores não são exaustivos), se é mais provável que não pública uma proposta de ASU que irá alterar o
que um impairment do ágio existe (exemplo: se é mais ASC 220 (Statement 130), exigindo que todos
provável que não que um impairment do ágio existe, o os componentes do resultado abrangente sejam
Passo 2 deve ser realizado). divulgados em uma demonstração única. O ASU
76
reconheça o pagamento referente ao evento
importante, na sua totalidade, no período recebido, Na reunião de março de 2010 da Emerging Issues Task
se o evento importante atender a todos os critérios Force – EITF, o grupo de trabalho chegou ao consenso
necessários para ser considerado substantivo. No final para: (1) limitar o escopo dessa orientação a
entanto, entidades não estariam impedidas de fazer contratos de pesquisa ou desenvolvimento, e (2)
seleção de política contábil para aplicar outra política requerer que essa orientação seja atendida por uma
contábil apropriada que resulte no diferimento de entidade, para que esta possa aplicar o método de
parte do valor de contrato. evento importante (reconhecer pagamento referente
ao evento importante, na sua totalidade, no período
O ASU é efetivo para exercícios (e para os períodos recebido). No entanto, o grupo de trabalho esclareceu
interinos daqueles exercícios) iniciados em ou depois que, mesmo se os requerimentos dessa edição sejam
de 15 de junho de 2010. Aplicação antecipada é atendidos, entidades não estariam impedidas de
permitida. Entidades poderão aplicar essa orientação fazer seleção de política contábil para aplicar outra
prospectivamente para eventos importantes política contábil apropriada que resulte no diferimento
completados depois da adoção. No entanto, aplicação de parte do valor de contrato. O grupo de trabalho
retroativa para todos os períodos também é permitida. também chegou ao consenso de não limitar o escopo
dessa orientação a contratos com uma única unidade
FASB Sanciona Minuta de Exposição sobre entregável, como proposto pela minuta de exposição.
Método de Evento Importante (Milestone) no Consequentemente, essa orientação será aplicável
Reconhecimento de Receita (Issue 08-9) para eventos importantes em contratos com múltiplas
Este tópico afeta entidades que celebram contratos unidades entregáveis envolvendo transações de
de pesquisa ou desenvolvimento envolvendo pesquisa ou desenvolvimento.
entregáveis (deliverables) ou unidades contábeis
(units of accounting) para as quais o vendedor Em reunião de 31 de março de 2010, o FASB ratificou
satisfaz suas obrigações ao longo do tempo e toda o consenso final do EITF edição 08-9.
ou uma parte do valor do contrato é contingente a
algum evento importante. O consenso final será efetivo para exercícios (e para os
períodos interinos daqueles exercícios) iniciados em ou
O objetivo desta edição é estabelecer um modelo de depois de 15 de junho de 2010. Aplicação antecipada
reconhecimento de receitas para o valor contingente, é permitida. Entidades poderão aplicar essa orientação
o qual é devido apenas quando algum evento prospectivamente para eventos importantes
futuro incerto, referido como evento importante, completados depois da adoção. No entanto, aplicação
é completado. Mais especificamente, um evento retrospectiva para todos os períodos também é
importante é definido como um evento que resulta permitida.
em consideração adicional, cuja realização no início
do contrato é substancialmente incerta, e cuja
realização é baseada ou decorre da performance do Mensuração e Divulgação de Valor Justo
vendedor. Em algumas situações, o valor total do FASB Propõe Guidance sobre Mensuração e
contrato, o qual é contingente à realização de evento Divulgação de Valor Justo
importante, é reconhecido como receita no período Este tópico afeta todas as empresas.
em que a incerteza (contingência) é completada. Esse
modelo contábil é referido como Método de Evento Em 29 de junho de 2010, o FASB emitiu uma proposta
Importante. de ASU sobre mensuração e divulgação de valor justo,
resultado do projeto conjunto do FASB e IASB para
desenvolver um framework único sobre valor justo.
De acordo com a proposta, os requerimentos de
Comentários à proposta de ASU foram aceitos até Em 21 de janeiro de 2010, o FASB emitiu
7 de setembro de 2010. O FASB e IASB deliberarão ASU 2010-06, que alterou o ASC 820, para
conjuntamente sobre o assunto. O objetivo do FASB é adicionar novos requerimentos de divulgação sobre
emitir o ASU definitivo no primeiro trimestre de 2011. transferências, entradas e saídas dos Níveis 1 e 2 e
divulgações em separado sobre compras, vendas,
Considerações sobre Reportes Financeiros emissões e liquidações relacionadas a mensurações
Relacionados à Implementação dos Requerimentos de Nível 3. O ASU também esclareceu questões de
de Mensuração e Divulgação de Valor Justo divulgação sobre o nível de desagregação e premissas
Requeridos pelo ASU 2010-06 e técnicas de valorização utilizadas na mensuração
Este tópico afeta todas as empresas. de valor justo. Adicionalmente, o ASU alterou a
78
orientação sobre as divulgações de plan assets dos mensurados ao custo amortizado de acordo com US
planos de benefícios pós-emprego dos patrocinadores GAAP, como, por exemplo, instrumentos mantidos até
sujeitos ao ASC 715, para requerer que as divulgações o vencimento (ou HTM), investimentos em instrumentos
fossem realizadas por classes de ativos em vez de de dívida e determinados passivos financeiros, seriam
principais categorias de ativos. mensurados a valor justo no balanço patrimonial. As
mensurações a valor justo também seriam aplicáveis
Entretanto, ao contrário do ASU proposto, o ASU final a investimentos em instrumentos patrimoniais,
não incluiu o requerimento para a divulgação de análise como ações ou cotas de empresas que não são
de sensibilidade. O FASB considerará em conjunto negociadas no mercado e que atualmente são objeto
com o IASB a divulgação de análises de sensibilidade de mensuração com base no custo histórico e alguns
como parte do novo projeto de convergência de dos investimentos que atualmente são mensurados de
mensuração e divulgação de valor justo. acordo com o método de equivalência patrimonial.
O ASU é efetivo para o primeiro período de reporte Comentários a essa proposta foram recebidos até
(incluindo os períodos interinos) iniciados após 15 30 de setembro de 2010. Ainda não há previsão
de dezembro de 2009, exceto para o requerimento para a data de entrada em vigor da proposta. O
de divulgar separadamente (on a gross basis) as FASB decidirá a data de entrada em conjunto com a
atividades de compras, vendas, emissões e liquidações avaliação dos comentários recebidos à proposta.
do Nível 3, que serão efetivas para exercícios iniciados
após 15 de dezembro de 2010, e para períodos FASB Emite Orientação sobre ASC 815 –
interinos incluídos nesses exercícios. A adoção Exceção ao Escopo para Derivativos Embutidos
antecipada é permitida. Relacionados a Crédito
Aplicável a todas as entidades.
80
O ASU endereça preocupações de que o modelo de
consolidação em desenvolvimento conjunto pelo FASB Lucro por Ação
e IASB possa resultar em uma conclusão diferente FASB Emite Orientação sobre a Contabilização de
em relação a consolidações para gestores de ativos Distribuição a Acionistas com Componentes em
e que gestores de ativos consolidando determinados Caixa e Ações
tipos de fundos não proveriam informações úteis Este tópico afeta entidades que efetuam distribuições
aos investidores. O ASU também edita alguns a seus acionistas na forma de ações e caixa.
requerimentos do parágrafo B22 do FIN 46 (R),
alterado pelo Statement 167, para alterar como o Em 5 de janeiro de 2010, o FASB emitiu o ASU 2010-01,
tomador de decisões ou o provedor de serviços que codificou o consenso obtido no EITF Issue 09-E.
determina se sua taxa (fee) é um interesse variável. O ASU oferece orientação sobre a contabilização de
distribuições aos acionistas com componentes de ações
O ASU é efetivo na abertura do primeiro exercício e caixa, esclarecendo que no cálculo do lucro por
que se iniciar após 15 de novembro de 2009, e para ação a entidade deve considerar a parcela em ações
períodos intermediários contidos no primeiro período como uma emissão de ações (stock issuance) e não
anual. Sua aplicação antecipada não é permitida. como dividendos pagos em ações (stock dividends),
de acordo com o ASC 505 e com o ASC 260. Em
FASB Emite ASU sobre Entidades de Interesse outras palavras, a entidade incluirá as ações emitidas
Variável ou emissíveis como parte da distribuição no cálculo do
Este tópico afeta todas as entidades. lucro por ação básico, de maneira prospectiva.
através de uma abordagem focada na identificação FASB Finaliza ASU sobre Eventos Subsequentes
de qual companhia possui: (1) o poder de direcionar Este tópico afeta todas as entidades.
as atividades da entidade de interesse variável que
mais significativamente afetam a performance Em 24 de fevereiro de 2010, o FASB emitiu o
econômica dessa entidade, e (2) a obrigação de ASU 2010-09, que modifica o ASC 855 para endereçar
absorver perdas, ou o direito de receber benefícios certas questões de implementação relacionadas aos
oriundos dessa entidade. O ASU também requer requerimentos de divulgação dos procedimentos de
divulgações adicionais sobre o envolvimento da eventos subsequentes. O ASU:
companhia e a entidade de interesse variável, bem • Adiciona definição do termo SEC filer ao Glossário
como sobre qualquer modificação significativa Master do ASC.
na exposição a riscos que venha a resultar desse Requer: (1) SEC Filers, e (2) conduit debt obligors para
envolvimento. conduit debt securities que são negociados em um
mercado aberto a “avaliar os eventos subsequentes
O ASU 2009-17 é efetivo na abertura do primeiro até a data em que as demonstrações financeiras forem
exercício que se iniciar após 15 de novembro de 2009. emitidas”. Todas as outras entidades são requeridas a
Sua aplicação antecipada não é permitida. “avaliar os eventos subsequentes até a data em que
as demonstrações financeiras estejam disponíveis para
serem emitidas”.
82
Índices de mercado
Taxas de Câmbio
Dólar x real
2009 2010
Último dia do mês Último dia do mês
Compra Venda Médio Compra Venda Médio
Janeiro 2,3154 2,3162 2,307 1,8740 1,8748 1,780
Fevereiro 2,3776 2,3784 2,313 1,8102 1,8110 1,841
Março 2,3144 2,3152 2,314 1,7802 1,7810 1,786
Abril 2,1775 2,1783 2,206 1,7298 1,7306 1,756
Maio 1,9722 1,9730 2,061 1,8159 1,8167 1.813
Junho 1,9508 1,9516 1,957 1,8007 1,8015 1.806
Julho 1,8718 1,8726 1,933 1,7564 1,7572 1,770
Agosto 1,8856 1,8864 1,845 1,7552 1,7560 1,759
Setembro 1,7773 1,7781 1,820 1,6934 1,6942 1,719
Outubro 1,7432 1,7440 1,738 1,7006 1,7014 1,683
Novembro 1,7497 1,7505 1,726 1,7153 1,7161 1,713
Dezembro 1,7404 1,7412 1,750 1,6654 1,6662 1,694
Euro x real
2009 2010
Último dia do mês Último dia do mês
Compra Venda Médio Compra Venda Médio
Janeiro 2,96739 2,9691 3,05488 2,60171 2,60297 2,54009
Fevereiro 3,01990 3,02116 2,96283 2,46531 2,46694 2,52010
Março 3,07653 3,07828 3,02293 2,40611 2,40755 2,42419
Abril 2,88083 2,88254 2,91479 2,30253 2,30394 2,35818
Maio 2,78770 2,78934 2,82088 2,23500 2,23653 2,27290
Junho 2,73833 2,73985 2,74269 2,20315 2,20431 2,20591
Julho 2,67010 2,67145 2,72227 2,29280 2,29420 2,26512
Agosto 2,67770 2,67910 2,63262 2,22489 2,22608 2,27002
Setembro 2,59960 2,60107 2,65249 2,30912 2,31038 2,25371
Outubro 2,56860 2,57030 2,57554 2,36536 2,36664 2,33918
Novembro 2,62477 2,62620 2,57584 2,23520 2,23642 2,3336
Dezembro 2,50582 2,50732 2,55241 2,21182 2,21304 2,2313
2009 2010
Últimos Últimos
Valor Mês (%) Ano (%) Valor Mês (%) Ano (%)
12 meses (%) 12 meses (%)
Janeiro 409,782 -0,44 -0,44 8,15 407,049 0,63 0,63 -0,67
Fevereiro 410,849 0,26 -0,18 7,86 411,843 1,18 1,82 0,24
Março 407,808 -0,74 -0,92 6,27 415,734 0,94 2,78 1,94
Abril 407,181 -0,15 -1,07 5,38 418,917 0,77 3,56 2,88
Maio 406,885 -0,07 -1,14 3,64 423,885 1,19 4,79 4,18
Junho 406,486 -0,10 -1,24 1,52 427,489 0,85 5,68 5,17
Julho 404,718 -0,43 -1,67 -0,67 428,150 0,15 5,85 5,79
Agosto 403,253 -0,36 -2,02 -0,71 431,445 0,77 6,66 6,99
Setembro 404,945 0,42 -1,61 -0,40 436,423 1,15 7,89 7,77
Outubro 405,129 0,05 -1,57 -1,31 440,829 1,01 8,98 8,81
Novembro 405,548 0,10 -1,46 -1,59 447,206 1,45 10,56 10,27
Dezembro 404,499 -0,26 -1,72 -1,72 450,301 0,69 11,32 11,32
2009 2010
Últimos Últimos
Valor Mês (%) Ano (%) Valor Mês (%) Ano (%)
12 meses (%) 12 meses (%)
Janeiro 404,244 0,01 0,01 8,05 402,425 1,01 1,01 -0,45
Fevereiro 403,737 -0,13 -0,11 7,50 406,826 1,09 2,11 0,77
Março 400,353 -0,84 -0,95 5,86 409,399 0,63 2,76 2,26
Abril 400,530 0,04 -0,90 4,74 412,341 0,72 3,50 2,95
Maio 401,232 0,18 -0,73 2,99 418,811 1,57 5,12 4,38
Junho 399,966 -0,32 -0,04 0,76 420,241 0,34 5,48 5,07
Julho 397,393 -0,64 -1,68 -1,00 421,154 0,22 5,71 5,98
Agosto 397,758 0,09 -1,59 -0,53 425,788 1,10 6,87 7,05
Setembro 398,738 0,25 -1,35 -0,65 430,453 1,10 8,04 7,95
Outubro 398,575 -0,04 -1,39 -1,76 434,882 1,03 9,16 9,11
Novembro 398,857 0,07 -1,32 -1,76 441,754 1,58 10,88 10,75
Dezembro 398,407 -0,11 -1,43 -1,43 (*) 1,11 (*) (*)
84
IPC-DI/FGV – Índice Geral de Preços – Mercado
2009 2010
Mês (%) Ano (%) 12 meses (%) Mês (%) Ano (%) 12 meses (%)
Janeiro 0,83 0,83 5,92 1,29 1,2900 4,4002
Fevereiro 0,21 1,05 6,15 0,68 1,9788 4,8899
Março 0,61 1,66 6,32 0,86 2,8558 5,1505
Abril 0,47 2,14 6,05 0,76 3,6375 5,4540
Maio 0,39 2,53 5,54 0,21 3,8551 5,2650
Junho 0,12 2,65 4,87 -0,21 3,6370 4,9180
Julho 0,34 3,00 4,67 -0,21 3,4194 4,3429
Agosto 0,20 3,22 4,73 -0,08 3,3367 4,0513
Setembro 0,18 3,39 5,00 0,46 3,8120 4,3421
Outubro 0,01 3,40 4,55 0,59 4,4245 4,9473
Novembro 0,26 3,67 4,21 1,00 5,4687 5,7219
Dezembro 0,83 0,83 5,92 (*) (*) (*)
2009 2010
Valor Mês (%) Ano (%) 12 meses (%) Valor Mês (%) Ano (%) 12 meses (%)
Janeiro 2994,15 0,64 0,64 6,43 3124,76 0,88 0,88 4,36
Fevereiro 3003,43 0,31 0,95 6,25 3146,63 0,70 1,59 4,77
Março 3009,44 0,20 1,15 5,92 3168,97 0,71 2,31 5,30
Abril 3025,99 0,55 1,71 5,83 3192,10 0,73 3,05 5,49
Maio 3044,15 0,60 2,32 5,45 3205,83 0,43 3,50 5,31
Junho 3056,93 0,42 2,75 4,94 3202,30 -0,11 3,38 4,76
Julho 3063,96 0,23 2,99 4,57 3200,00 -0,07 3,31 4,44
Agosto 3066,41 0,08 3,07 4,44 3197,82 -0,07 3,24 4,29
Setembro 3071,32 0,16 3,23 4,45 3215,09 0,54 3,80 4,68
Outubro 3078,69 0,24 3,48 4,18 3244,67 0,92 4,75 5,39
Novembro 3090,08 0,37 3,86 4,17 3278,09 1,03 5,83 6,08
Dezembro 2994,15 0,64 0,64 6,43 (*) (*) (*) (*)
86
Oc
“Deloitte” refere-se à sociedade limitada estabelecida no Reino Unido “Deloitte Touche Tohmatsu Limited” e sua rede de firmas-membro, “Os
cada qual constituindo uma pessoa jurídica independente. Acesse www.deloitte.com/about para uma descrição detalhada da estrutura Fin
jurídica da Deloitte Touche Tohmatsu Limited e de suas firmas-membro.
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