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QUEIXA CRIME:

Trata-se de ação penal privada e, como ocorre nas ações penais públicas, deve estar
amparada por prova pré-constituída. O ofendido, antes da propositura da queixa, deve
requerer a instauração de inquérito para ofertar justa causa à ação penal privada,
indicando materialidade e indícios de autoria, salvo se possuir indícios suficientes para
tal.

O advogado deve receber poderes especiais para propositura da queixa crime, ou seja, a
procuração deve fazer expressa menção à propositura da ação penal privada, com um
breve resumo dos fatos. Se preferir, o ofendido pode assinar a queixa juntamente com o
advogado (art. 44 do CPP).

Cuidando-se de dois ou mais agentes, em homenagem ao princípio da indivisibilidade


da ação penal privada, é indispensável o oferecimento de queixa contra ambos, sob pena
de configuração de renúncia (art. 48 e 49 do CPP).

Estrutura da Queixa: (esqueleto da petição)

EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA VARA DO _____ JUIZADO


ESPECIAL CRIMINAL DA CIRCUNSCRIÇÃO JUDICIÁRIA DE (LOCAL DO
FATO).

- O problema trará o local do fato. Este será o juízo competente para se oferecer a
queixa crime.

Fulana de Tal, (Nacionalidade), (Estado Civil), (Profissão), portadora do RG nº e


do CPF nº, residente e domiciliada em (Colocar o Endereço), vem perante Vossa
Excelência, por intermédio de seu advogado que esta subscreve, com fulcro no art. 30
do Código de Processo Penal em combinação com o artigo 145, caput, do Código Penal,
propor

QUEIXA CRIME

Em face de (Qualificar o Réu, inserido os mesmos dados inseridos na qualificação do


autor: nome completo, profissão, estado civil, RG, CPF, endereço), pelos motivos de
fato e de direito que passa a expor:

I – DOS FATOS:

Explicar aqui, de forma sucinta, como se deram os fatos. Explicar como


aconteceu o crime que deu ensejo à ação penal privada, sem adentrar o mérito da
questão.

Ex: No dia tal, a autora estava em sua residência, assistindo TV com amigos e
familiares, quando uma vizinha que bateu em sua porta, lhe proferiu palavras de baixo
calão, ferindo sua honra subjetiva de forma latente.
II – DO DIREITO

Explicar o direito que ampara a ação penal proposta, fundamentando com base
na lei.

EX: Pode-se constatar no caso dos autos, que a querelada ao se dirigir à residência da
querelante e lhe proferindo palavras que feriram sua honra subjetiva, incidiu nos termos
do artigo 140 do Código Penal. Conforme este diploma legal, a injúria se consuma
quando a dignidade ou o decoro de uma pessoa é ofendida e isso é observado no caso
deste processo.

Neste momento, devemos mostrar as garantias e princípios constitucionais que


protegem o direito de nossa cliente: dignidade da pessoa humana, integridade moral,
respeito à honra. Nesta oportunidade, devemos ressaltar e reiterar o direito ofendido,
com base na lei e jurisprudência.

III – DO PEDIDO

Aqui, em se tratando de queixa crime, pedimos o recebimento da queixa para


posterior citação dos querelados e a condenação dos mesmos ao final da instrução
criminal.

EX: Diante do exposto, pugna o querelante pelo recebimento da presente queixa crime
para, após a regular citação do querelado e regular processamento do feito, seja o
mesmo condenado às penas do artigo (citar o artigo que embasa o crime).

Nestes Termos
Pede Deferimento

Local, data.

Assinatura.

CONSIDERAÇÕES PERTINENTES A
RESPEITO DA CONCESSÃO DE
LIBERDADE PROVISÓRIA:
É concedida a liberdade provisória quando houver prisão em flagrante válida, mas o
indiciado/acusado não necessita ficar detido enquanto transcorre o processo. Tal se dará
quando os requisitos para a decretação da preventiva não estiverem presentes (art. 312
do CPP) e isto for observado em sede de PRISÃO EM FLAGRANTE.

A liberdade provisória sem arbitramento de fiança, conforme art. 310, parágrafo único
do CPP, é cabível sempre que os requisitos da preventiva não estiverem visíveis, sendo
válida a situação para qualquer delito. Exemplo: Se alguém for preso em flagrante por
roubo, pode o magistrado determinar a sua soltura, mediante liberdade provisória sem
fiança. DICA: Sempre que o problema falar em crime apenado com reclusão, sempre
caberá liberdade provisória sem fiança. Não precisa adentrar o mérito do instituto, basta
citar na petição: LIBERDADE PROVISÓRIA COMPROMISSADA.

A liberdade provisória, com arbitramento de fiança, destina-se aos delitos considerados


afiançáveis (art. 323 e 324 do CPP), encontrando-se os valores da fiança no art. 325 do
CPP. Entretanto, conforme entendimento uníssono da doutrina, não há mais sentido
para se arbitrar fiança para crimes menos graves, quando delitos mais graves admitem a
liberdade provisória sem fiança.
Com base em tal fato, Guilherme Nucci (in Prática Forense Penal, 2009, pág. 169/170),
informa que “os magistrados têm optado por conceder, sempre, liberdade provisória
sem fiança (a única exceção tem ficado por conta dos crimes contra a economia popular,
sonegação fiscal, crimes de violência doméstica e crimes por direção de veículo
automotor, estando o motorista alcoolizado. Nestes dois últimos casos, a pena é de
detenção e comporta fiança).

Se do auto de prisão em flagrante o juiz perceber que o acusado está amparado por
alguma das excludentes de ilicitude do art. 23 do CPB, concederá liberdade provisória
com base no art. 310, caput, do CPP.

Fundamentação Legal: CF/88, art. 5º, inciso LXVI e 310 (e também ao parágrafo único)
do Código de Processo Penal. (Atenção ao artigo 321 do CPP).

OBS: Se na petição de liberdade provisória, já houver passado o prazo da prisão em


flagrante e a ação penal já tiver sido proposta e nosso cliente estiver preso
preventivamente, ou seja, já houver número de processo, o esqueleto da petição fica
assim:

EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA ____ VARA CRIMINAL DA


CIRCUNSCRIÇÃO JUDICIÁRIA DE (LOCAL DO FATO).

OBS: Observar se a competência é do Juiz da Vara do Tribunal do Júri.

Distribuição por dependência aos autos do processo nº (colocar o número do processo).


Fulano de tal, já qualificado nos autos da ação penal em epígrafe, que lhe move
o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios, vem à presença de Vossa
Excelência, por intermédio de seu advogado que esta subscreve, com fulcro no art. 310,
parágrafo único, do Código de Processo Penal (Temos que observar aqui se não é o caso
de excludente de ilicitude. Sendo o caso, a fundamentação passa a ser art. 319, caput, do
CPP), combinado com o artigo art. 5º, inciso LXVI, da Carta Constitucional, requerer

LIBERDADE PROVISÓRIA COMPROMISSADA

Pelos fatos e fundamentos jurídicos que passa a expor:

I – DOS FATOS:

Informar aqui, de forma sucinta, o caso que ensejou a prisão em flagrante.

EX: O requerente foi preso em flagrante delito no dia tal, pela prática do crime de furto,
tendo em vista que o mesmo está sendo indiciado pelo fato de ter subtraído duas barras
de chocolate da loja “doce mais”, localizada em tal local.

A prisão em flagrante se fundamentou no fato de que o requerente já havia sido


processado anteriormente, mas deve-se lembrar que até o momento não há sentença
transitada em julgado, condenando-o.

II – DO DIREITO

Explicar aqui que, conforme o auto de prisão em flagrante, a autoridade policial


presumiu que o indiciado tinha personalidade voltada para o crime. Neste momento,
devemos falar dos requisitos do art. 312 do CPP e debater todos aqueles que podem ter
ensejado a prisão, mostrando ao juízo que não há necessidade de o indiciado ficar preso.
Falar, neste momento, da liberdade como regra e dissertar acerca dos requisitos do 312
do CPP confrontando-os com os argumentos da defesa, a fim de tornar a prisão
desnecessária.

EX: A prisão em flagrante faz presumir que o indiciado tem a personalidade voltada
para crime, devido o fato de já ter sido processado. Ora, Excelência, a personalidade de
uma pessoa deve ser atestada como “perigosa” somente quando há uma sentença penal
transitada em julgado afirmando tal situação. Não se pode manter o acusado em cárcere
com suposições de que, se solto, poderá cometer novos delitos, desestabilizando a
ordem pública. (Falar de cada um dos requisitos).

III – DO PEDIDO

Aqui, fazemos o pedido de concessão da liberdade, mediante compromisso de


comparecer a todos os atos do processo, com a consequente expedição de alvará de
soltura em favor do requerente.

EX: Ex positis, (Pelo exposto), requer o suplicante que lhe seja concedida liberdade
provisória, mediante assinatura de termo de compromisso para comparecimento a todos
os atos processuais em que for devidamente intimado, com a consequente expedição do
alvará de soltura em favor do mesmo.
Nestes Termos
Pede Deferimento

Local, data.

Assinatura.

OBS: Se, por acaso, estivermos diante de uma prisão em flagrante, sendo que nosso
cliente ainda está na delegacia, o endereçamento fica assim:

EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA ____ VARA CRIMINAL DA


CIRCUNSCRIÇÃO JUDICIÁRIA DE (LOCAL DO FATO).

IP nº

Fulano de Tal (Qualificar na íntegra nosso cliente, seguindo, a partir daí, as


mesmas disposições acima insertas).

PRISÃO PREVENTIVA / REVOGAÇÃO DE


PRISÃO PREVENTIVA
É a principal modalidade de prisão cautelar, de cuja base nascem as demais.
Portanto, para se sustentar uma prisão preventiva, torna-se imperioso checar se os
requisitos desta prisão estão presentes. Do contrário, o correto é permitir ao indiciado ou
réu aguardar o julgamento em liberdade, com ou sem arbitramento de fiança.

Para a sua decretação são exigidos, ao menos, três requisitos:

a) materialidade do crime;
b) indícios suficientes de autoria;

Estes acima narrados são básicos. Os abaixo elencados, basta a presença de ao


menos um deles, quais sejam (art. 312 do CPP):

Fundamentos

Provada a existência do crime e havendo indícios suficientes de autoria - periculum in


mora que fundamenta a medida cautelar (art. 312 CPP), a prisão preventiva poderá ser
decretada :
• como garantia da ordem pública – evitar que o delinquente pratique novos crimes
contra a vítima e seus familiares;
• como garantia da ordem econômica – Lei nº 8.884/84, 8.137/90 (crimes contra a
economia popular e sonegação fiscal);
• por conveniência da instrução criminal – para assegurar a prova processual, de
modo a impedir que a ação do criminoso no sentido de fazer desaparecer as provas
do crime, apagar vestígios, subornar, aliciar testemunhas ou ameaçá-las, etc;
• para assegurar a aplicação da lei penal - impede-se o desaparecimento do autor da
infração que pretenda se subtrair aos efeitos penais da eventual condenação.

Nos casos de crimes dolosos punidos com reclusão; violência doméstica contra a
mulher, para garantir as medidas protetivas elencadas na lei Maria da penha; ou no
caso de réu vadio, que não ofereça elementos mínimos para que se passa efetuar a
sua correta identificação, a prisão preventiva poderá ser decretada com respaldo no
art. 312 do CPP.

O despacho do juiz que decretar a preventiva deverá ser sempre fundamentado.


Deixando de subsistir o motivo pelo qual a preventiva foi decretada, o Juiz poderá
revogá-la, bem como poderá decretá-la novamente se o motivo de sua decretação
voltar a perdurar.

A garantia da ordem pública abrange enorme aspecto de subjetividade do


magistrado. Configura-se, em regra, levando-se em conta os seguintes pontos:

- gravidade da infração penal + periculosidade do réu + repercussão causada pelo


crime.

A garantia da ordem econômica, leva em consideração a magnitude da lesão


concreta causada pela lesão à ordem econômico-financeira

A conveniência da instrução criminal concentra-se na produção de provas.

Assegurar a aplicação da lei penal – se finda a instrução, a lei ter condições de ser
devidamente aplicada. Evitar a potencial fuga do acusado.

Liberdade Provisória: Quando o juiz decretar a prisão preventiva, se, porventura,


cessar a razão que a determinou, deve o magistrado revogá-la, simplesmente,
tornando o indiciado/acusado à situação de liberdade anterior.

Decretação
A prisão preventiva pode ser decretada em qualquer fase do inquérito policial (não
sendo o caso de prisão em flagrante) ou da instrução criminal, tanto nos casos de ação
penal pública ou privada, desde que presente os pressupostos, fundamentos e condições
de admissibilidade previstos em lei (art. 311 CPP).

Não há recurso, somente o pedido de habeas corpus com fundamento em


constrangimento ilegal, decorrente da inadmissibilidade da medida amparada em falta
de fundamentação adequada, na inexistência de pressupostos, etc.
Fundamentação
O despacho que decretar ou denegar a prisão preventiva será sempre fundamentado (art.
315 CPP). É indispensável que se fundamente em fatos concretos que lhe proporcionem
fomento. A fundamentação do pedido da revogação da prisão preventiva é o art. 316 do
CPP.

Esqueleto da Petição:

EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA ____ VARA CRIMINAL DA


CIRCUNSCRIÇÃO JUDICIÁRIA DE (LOCAL DO FATO).

OBS: Observar se a competência é do Juiz da Vara do Tribunal do Júri.

Se for decretação ainda em fase de inquérito, mas não em decorrência de prisão em


flagrante, deve-se colocar IP nº e qualificar integralmente o requerente. Se for decretado
em fase processual, pode-se colocar “devidamente qualificado nos autos do processo em
epígrafe”.

IP nº

Ou

Autos do processo nº

Fulano de Tal, (qualificar se for prisão corrente em fase de inquérito; dizer que
ele já foi devidamente qualificado nos autos do processo em epígrafe se já houver ação
penal), vem à presença de Vossa Excelência, por intermédio de seu advogado infra
constituído, com fulcro no art. 316 do Código de Processo Penal, requerer:

REVOGAÇÃO DE PRISÃO PREVENTIVA

Com base nos fatos que a seguir expõe:

I- DOS FATOS

Neste momento, devemos falar dos requisitos do art. 312 do CPP e fundamentar que a
prisão foi decretada com base em algum (uns) deles. Porém, devemos citar o motivo
pelo qual o motivo porventura deixou de existir.

EX: O cara foi preso e não se tem informações verdadeiras acerca do endereço onde ele
mora. A fundamentação do juiz para decretação é a possível fuga do acusado, caso seja
condenação, tendo em vista a desconfiança de o cara ter dado endereço errado quando
intimado.. Com base nisso, informamos que a defesa junta documentos que comprovam
onde ele mora, trabalha e estuda e também que ele compareceu voluntariamente a todos
os atos do processo.
II – DO DIREITO

Neste momento vamos debater e confrontar todos aqueles motivos que podem ter
ensejado a prisão, mostrando ao juízo que não há necessidade de o indiciado ficar preso.
Falar, neste momento, da liberdade como regra e dissertar acerca dos requisitos do 312
do CPP confrontando-os com os argumentos da defesa, e documentos juntados, a fim de
tornar a prisão desnecessária.

III – DO PEDIDO

Aqui, fazemos o pedido de revogação da prisão preventiva decretada, tendo em


vista a ausência dos requisitos autorizadores do art. 312 do CPP, com a consequente
expedição de alvará de soltura em favor do requerente.

EX: Ex positis, (Pelo exposto), requer o suplicante a revogação da prisão preventiva,


ante a total ausência dos requisitos autorizadores do art. 312 do CPP, com a consequente
expedição do alvará de soltura em favor do mesmo.

Nestes Termos
Pede Deferimento

Local, data.

Assinatura.

RELAXAMENTO DE PRISÃO
Prisão em Flagrante: São hipóteses autorizadoras da prisão em flagrante por qualquer
pessoa do povo (flagrante facultativo) ou pela polícia (flagrante obrigatório):

a) Estar o agente cometendo a infração penal (art. 302, I, CPP, denominado


flagrante próprio);
b) Ter o agente acabado de cometer a infração penal (art. 302, II, do CPP,
denominado também de flagrante próprio);
c) Haver perseguição, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer
pessoa, em situação que se faça presumir ser autor da infração penal (art. 302,
III, CPP, denominado de flagrante impróprio);
d) Ser o agente encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, objetos ou
papéis que façam presumir ser ele o autor da infração penal (art. 302, IV, CPP,
denominado flagrante presumido).

Realizada a prisão, o detido é encaminhado pelo condutor (aquele que lhe deu voz de
prisão) à autoridade policial. Esta, por sua vez, entendendo válido o ato, lavra o auto de
prisão em flagrante. Dentro de 24 horas, encaminha cópia à autoridade judiciária
competente, que deverá verificar a regularidade da prisão, e à Defensoria Pública, nos
termos do art. 306, § 1º, do CPP, com a redação dada pela Lei 11.449/07. Neste mesmo
prazo, deverá ser entregue ao preso, nota de culpa, nos termos do art. 306, § 1º do CPP.
Se tudo estiver formalmente em ordem, o juiz mantém o flagrante, mas pode colocar o
indiciado em liberdade provisória, com ou sem fiança. Assim, agirá, se não vislumbrar
presentes os requisitos da prisão preventiva (art. 312 do CPP).

RELAXAMENTO DE PRISÃO

Quando do recebimento do Auto de Flagrante, o juiz deve apreciar a peça flagrancial e


checar a existência dos indícios de autoria e materialidade a fim de homologar o
flagrante. Caso entenda existir alguma ilegalidade ou desatendimento à exigência legal,
pode relaxar a prisão Ou seja, o relaxamento da prisão em flagrante ocorre quando há
ilegalidade ou vício insanável, resumidamente falando.

Ressalta-se que, caso o juiz homologue o flagrante e a defesa entenda pela existência de
ilegalidade, após pedido fundamentado, o juiz pode rever a decisão homologatória e
reconhecer a ilegalidade, relaxando a prisão E nesse caso não há a exigência de assinar
Termo de Compromisso.

A prisão em flagrante é imediatamente relaxada quando se constata sua


ilegalidade, nos termos do Art. 5º, LXV da CF/88. As hipóteses são as seguintes: a)
na falta de formalidade essencial na lavratura do auto. Ex.: falta de entrega da nota de
culpa; b) quando não estiverem presentes os requisitos da prisão em flagrante presentes
no Art. 302 do CPP; c) quando do fato atípico; d) quando os prazos não forem
respeitados ou quando houver excesso no prazo da prisão. É necessário que se observem
estes requisitos para que a prisão não seja relaxada. O STF entende, que a proibição de
liberdade provisória nos casos de crimes hediondos não veda o relaxamento da prisão
processual por excesso de prazo.

TERMO DE COMPROMISSO

Como o próprio nome diz, o termo faz constar alguns deveres do preso posto em
liberdade, tais como: não viajar ou mudar de endereço sem comunicar ao juízo, não
frequentar locais desaconselháveis e comparecer a todos os atos do processo. Caso
descumpra algum desses deveres, perde o beneficio da Liberdade Provisória.
Esqueleto da petição:

EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA ____ VARA CRIMINAL DA


CIRCUNSCRIÇÃO JUDICIÁRIA DE (LOCAL DO FATO).

OBS: Observar se a competência é do Juiz da Vara do Tribunal do Júri.

IP nº

Fulano de Tal (sempre qualificar, pois é prisão em flagrante e não há processo), vem à
presença de Vossa Excelência, por intermédio de seu advogado infra constituído, com
fulcro no art. 5º, LXV da CF/88, requerer:

RELAXAMENTO DE PRISÃO EM FLAGRANTE

Com base nos fatos que a seguir expõe:

I – DOS FATOS:

Narrar como se deu o flagrante, ressaltando o vício que será atacado no direito.

EX: Fulano foi preso em flagrante pelo crime de roubo cometido em tal dia, em tal
lugar.

Após ser regularmente recolhido ao cárcere, teve lavrado contra si auto de prisão em
flagrante 4 dias após e prisão, assinando sua nota de culpa também no quarto dia.

II – DO DIREITO

Informar, aqui, o que diz o Código de Processo penal sobre tais prazo, transcrevendo o
artigo e contrapondo-o ao caso dos autos, logo em seguida.

Ex: O art. 306 do Código de processo penal estabelece o prazo de 24 horas para
assinatura da nota de culpa, in verbis:

Transcrever...

Ocorre, Excelência, que tal prazo não foi respeitado. Observe-se que o indiciado
somente assinou tal documento 4 dias após sua prisão, fato que torna sua prisão em
flagrante ilegal. Não obstante tal fato, a lavratura do auto se deu também em prazo
diverso ao determinado pelo citado artigo do já mencionado diploma legal, in verbis:
Transcrever...

Pode-se concluir pelo exposto que a prisão do indiciado fere garantias e dispositivos
constitucionais basilares, tais como dignidade da pessoa humana (falar a respeito),
devido processo legal (falar a respeito)... com base nisso, a prisão deve ser
imediatamente relaxada.

III – DO PEDIDO:

Requer o indicado o imediato relaxamento da prisão em flagrante ora combatida, com a


respectiva expedição de alvará de soltura em nome do mesmo.

Nestes Termos
Pede Deferimento.

Local, data.

Assinatura.

RESPOSTA À ACUSAÇÃO

É a primeira peça obrigatória da defesa num processo e DEVE ser apresentada num
prazo de 10 dias após a citação do acusado (VER ART. 396 do CPP. Se for JURI, ver o
art. 406).

Na resposta à acusação, o réu poderá arguir preliminares e alegar tudo que interesse à
sua defesa (pode sim adentrar o mérito da questão e se esta for a peça, não se esquecer
de fazê-lo), oferecer documentos e justificações, especificar as provas pretendidas e
arrolar testemunhas, qualificando-as e requerendo sua intimação, quando necessário.

A acusação deverá arrolar até 8 testemunhas e a defesa o mesmo. Se for Júri, arrola-se
até 8 na primeira fase e até 5 para o plenário. Se for procedimento sumário ou
sumaríssimo, arrola-se até 5.
Esqueleto da peça:

EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA ____ VARA CRIMINAL DA


CIRCUNSCRIÇÃO JUDICIÁRIA DE (LOCAL DO FATO).

OBS: Observar se a competência é do Juiz da Vara do Tribunal do Júri.

Processo nº

Fulano de Tal, já qualificado nos autos da ação penal em epígrafe, vem à presença de
Vossa Excelência, por intermédio de seu advogado infra constituído, com fulcro no art.
396-A (SE FOR JÚRI – 406, § 3º. – prestar atenção no parágrafo único do art. 415. Na
resposta à acusação do Júri, não se postula pela absolvição imprópria (art. 26 do CPB),
exceto se esta for a única tese defensiva. No caso da Lídia, usaríamos a tese da
desclassificação do delito em respeito a este artigo), do Código de Processo Penal,
apresentar:

RESPOSTA À ACUSAÇÃO

Com base nos fatos que a seguir expõe:

I – DOS FATOS:

Narrar como se deram os fatos. Provavelmente, o problema trará algum dos casos de
excludente de ilicitude do art. 23 do CPB ou alguma situação do art. 397 (ou 415, se
júri) do CPP. Isso deverá ser dito neste momento.

EX: Fulano foi denunciado por crime de lesão corporal grave. Porém, deve-se atentar
para o fato de que a vítima estava com uma arma em punho para ceifar-lhe a vida do
autor do disparo, fato que motivou o réu a atirar para repelir a agressão atual que estava
a ser perpetrada contra sua própria vida, ferindo gravemente a vítima.

Se houver algum documento a ser juntado, fazer referência e requerer a juntada nos
pedidos.

II – DOS DIREITOS:

Explicar, aqui, que os fatos se deram amparados sobre a legítima defesa e bater nesta
tecla a todo instante. Falar do art. 397, I, explicando que neste caso o acusado deve ser
absolvido sumariamente (se for caso de júri, falar do art. 415).
III – DOS PEDIDOS:

Requerer o regular recebimento da resposta à acusação apresentada, com a consequente


juntada de documentos acostados a esta petição e, no mérito, absolver o réu com fulcro
no art. 397, I do Código de Processo Penal.

Nestes Termos
Pede Deferimento.

Local, data

Assinatura

ROL DE TESTEMUNHAS

ALEGAÇÕES FINAIS POR MEMORIAIS

Última peça de mérito da defesa em se tratando de primeira instância. É o momento em


que a defesa alega todas as matérias de mérito pertinentes, se pautando pelo princípio da
Eventualidade.

No rito comum segue o disposto no art. 404, parágrafo único.

No Júri segue o disposto no art. 411, § 4º do Código de Processo Penal. Dificilmente


cairá uma alegação final do júri, tendo em vista a oralidade, necessária do
procedimento, mas caso caia, fazer a combinação do art. 411, § 4º com o artigo 403, §
3º, ambos do Código de Processo Penal, explicando que devido a complexidade do caso
as alegações devem ser apresentadas em forma de memoriais.
Neste momento a defesa “viaja” formulando TODAS as teses defensivas possíveis.
EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA ____ VARA CRIMINAL DA
CIRCUNSCRIÇÃO JUDICIÁRIA DE (LOCAL DO FATO).

OBS: Observar se a competência é do Juiz da Vara do Tribunal do Júri.

Processo nº

Fulano de Tal, já qualificado nos autos da ação penal em epígrafe, vem à presença de
Vossa Excelência, por intermédio de seu advogado infra constituído, com fulcro no art.
403, § 3º, do Código de Processo Penal (SE FOR JÚRI – 411, § 4º, combinado com o
artigo 403, § 3º, ambos do CPP), do Código de Processo Penal, apresentar:

RAZÕES FINAIS POR MEMORIAIS

Pelos fatos e fundamentos que passa a expor:

I – DOS FATOS:

Narrar, de forma sucinta, a dinâmica dos fatos. Ao final, terminar com uma frase de
impacto, ex: Entretanto, a tese acusatória não merecer prosperar”.

II – DO DIREITO

Narrar toda a tese defensiva. Aqui devemos falar de desclassificação, impronúncia,


exclusão de culpabilidade, de ilicitude, erro de tipo, de proibição.

Sempre usamos a tese “mestra” em primeiro lugar. Se nosso objetivo principal é a


absolvição é dela que falamos. No caso da Lídia, por exemplo, pedimos a absolvição
imprópria com a consequente aplicação de medida de segurança. Após, dizemos
“Acreditando que esta será a tese abraçada por este juízo, mas por amor ao debate, a
defesa argumenta, pelo princípio da eventualidade, que, se este juízo concluir pelo
afastamento da inimputabilidade, o crime de tentativa de homicídio deve ser
desclassificado para o crime de lesão corporal. Explicar o motivo. Após, explicação,
ainda abrimos um novo tópico aonde pediremos a desqualificação do crime, caso o juízo
não entenda pela desclassificação.

EX: No caso de lídia:

II – Do direito:

II.1- Da absolvição imprópria:

Falar da inimputabilidade e do art. 26 do CPB. Sustentar esta tese.


II.2 – Da desclassificação para o crime de lesão corporal:

Falar que não sendo o entendimento do juízo a absolvição de lídia, que o crime deve ser
desclassificado para lesão corporal, devendo a autora ser impronunciada e os autos
remetidos ao juízo competente para julgar o feito.

II.3 – Da desqualificação do Delito inserto na denúncia:

Falar que de acordo com o princípio da eventualidade, caso o juízo do júri tenha reais
elementos para pronunciar a acusada, que o faça pelo caput do art. 121, afastando a
qualificadora. Sustentar que o motivo do crime não foi fútil.

OBS: Em se tratando de crimes do rito ordinário, pode-se abrir também um tópico para
pedir a fixação da pena no mínimo legal, caso se observe as atenuantes do artigo 65/66
do CPB. Se a pena for inferior a três anos, pode-se pleitear pela conversão da pena
restritiva de liberdade e restritiva de direito.

III – DO PEDIDO

Requerer neste momento a absolvição sumária (386 do CPP se rito ordinário, 415 do
CPP se for júri), tendo em vista a ausência de elementos aptos a (dizer a respeito do
motivo pelo qual se está pleiteando a absolvição). Por oportuno, não sendo caso de
absolvição sumária, postula a defesa pela impronúncia da acusada, com a remessa dos
autos ao juízo competente para julgar o feito, como reza o art. 414 do CPP (pugnar por
este artigo em caso de júri, pois o pedido é de impronúncia). Finalmente, requer a
desqualificação do delito para o previsto no art. 121, caput, c/c 14, II, ambos do CPB,
caso este juízo entenda pela pronúncia da acusada.

Nestes Termos
Pede Deferimento.

Local, data,

Assinatura.

Habeas Corpus

O instituto do habeas corpus chegou ao Brasil com D. João VI, no decreto de 23 de


maio de 1821: “Todo cidadão que entender que ele, ou outro, sofre uma prisão ou
constrangimento ilegal em sua liberdade, tem direito de pedir uma ordem de habeas
corpus a seu favor". A constituição imperial o ignorou mas foi novamente incluído no
Código de Processo Criminal do Império do Brasil, de 1832 (art. 340) e foi incluído no
texto constitucional na Constituição Brasileira de 1891 (art. 72, prágrafo 22).
Atualmente, está previsto no art. 5°, inciso LXVIII, da Constituição Brasileira de
1988: "conceder-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de
sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de
poder".

O habeas corpus pode ser liberatório, quando tem por âmbito fazer cessar
constrangimento ilegal, ou preventivo, quando tem por fim proteger o indivíduo contra
constrangimento ilegal que esteja na iminência de sofrer.

A ilegalidade da coação ocorrerá em qualquer dos casos elencados no Artigo nº 648 do


Código de Processo Penal Brasileiro, quais sejam:

I - quando não houver justa causa;

II - Quando alguém estiver preso por mais tempo do que determina a lei;

III - Quando quem ordenar a coação não tiver competência para fazê-lo;

IV - Quando houver cessado o motivo que autorizou a coação; (é o caso de negativa de


concessão de liberdade provisória ou de revogação da preventiva)

V - Quando não for alguém admitido a prestar fiança, nos casos em que a lei a autoriza;

VI - Quando o processo por manifestamente nulo;

VII - Quando extinta a punibilidade

O habeas corpus é um tipo de ação diferenciada de todas as outras, não só pelo motivo
de estar garantida na Constituição Federal, mas também porque é garantia de direito à
liberdade, que é direito fundamental, e por tal motivo é ação que pode ser impetrada por
qualquer pessoa, não sendo necessária a presença de advogado ou pessoa qualificada,
nem tampouco de folha específica para se interpor tal procedimento, podendo ser,
inclusive, escrito à mão.

É plenamente cabível a concessão de liminar em habeas corpus, tanto na hipótese de


habeas corpus preventivo, bem como, na hipótese de habeas corpus repressivo. Basta
que estejam presentes os requisitos do periculum in mora (probabilidade de dano
irreparável à liberdade de locomoção) e do fumus boni juris (elementos da impetração
que indiquem a existência de ilegalidade no constrangimento).

Tal pedido liminar deve ser feito quando da impetração do writ de habeas corpus.

É importante frisar que, como já se disse, por ser a liberdade direito de suma
importância e garantido pela Constituição brasileira, os tribunais devem analisá-lo com
o maior rigor e agilidade para que nenhum dano à pessoa seja causado por atos ilegais
ou excessivos.
Importante ressaltar que a parte que interpõe a ação de habeas corpus não é a que está
sendo vítima da privação de sua liberdade, via de regra, e sim um terceiro que o faz de
próprio punho. Como a ação de habeas corpus é de natureza informal, pois qualquer
pessoa pode fazê-la, não é necessário que se apresente procuração da vítima para ter
ajuizamento imediato. Ela tem caráter informal. Portanto, a ação tem características bem
marcantes, a se ver:

• Privação injusta de liberdade;


• Direito de, ainda que preso por "justa causa", responder o processo em
liberdade.

Esqueleto da Petição:

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO EGRÉGIO


TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOS

Você (Faça a sua qualificação (nome completo, nacionalidade, estado civil,


endereço, etc, pois você estará impetrando o remédio constitucional em favor de uma
pessoa. Tendo em vista uma idéia lógica, se a pessoa está presa, num HC liberatório,
não tem como ela lhe passar uma procuração em tempo hábil, então, por via das
dúvidas, se qualifique no HC), vem perante Vossa Excelência, com fulcro no art. 5º,
LXVIII, da CF/88, c/c 647 do Código de Processo Penal, impetrar HABEAS CORPUS
(se for pedido urgente, peça com liminar), em favos de (qualificar o paciente), contra
ato ilegal emanado do (qualificar a autoridade coatora), pelos fatos e fundamentos que
passa a aduzir:

I – DOS FATOS:

Explicar a restrição ilegal da liberdade. Se for advinda de pedido de LP ou Revogação


de Preventiva, não esquecer de falar do motivo ensejador previsto no art. 312 do CPP
que determinou a prisão e instaurou a ilegalidade.

II – DO DIREITO:

Falar da liberdade e da ilegalidade da medida. Se for por motivo do art. 312, combatê-lo
ferrenhamente.

III – Do pedido liminar:

Falar do fumus boni iures e do periculum im mora.

IV – Do pedido:
Se pediu liminar, pedir que seja deferida a liminar para concessão da ordem e imediata
soltura do paciente, cessando o ato ilegal ora combatido (ou obstrução do ato ilegal
antes de seu cometimento, se for HC preventivo) e que no mérito seja confirmada
definitivamente a liminar, concedendo a ordem impetrada para que o direito de
liberdade do impetrante seja devidamente respeitado.

APELAÇÃO

Recurso de apelação no processo penal constitui a apelação na atualidade recurso


ordinário por excelência, previsto na quase totalidade das legislações modernas,
caracterizada por ampla devolução cognitiva ao órgão ad quem. É eficaz instrumento
processual para a atuação do princípio do duplo grau de jurisdição.

Consoante ensina GRINOVER (2001, p. 112) "Em face do extenso âmbito cognitivo do
órgão recorrido, pode este reapreciar questões de fato e de direito, ainda que julgadas
anteriormente, mormente em matéria processual penal onde o mais comum é não haver
preclusão; pode também examinar questões ainda não analisadas pelo juiz, que estejam
compreendidas na abrangência da impugnação."

Assim, o Juízo ad quem (Tribunal) exerce duas funções: funções rescisória e


rescindente, pois no julgamento da apelação haverá a substituição de uma sentença por
outra. Entretanto, no caso de reconhecimento de uma nulidade não haverá função
rescisória nem rescindente e sim a cassação da sentença nula, que foi objeto da
apelação.

Nesse passo, da análise do artigo 593, chega-se à conclusão que a apelação é um recurso
amplo pois permite a discussão de fatos e de direitos, tendo por isso um caráter genérico
sendo cabível nas sentenças definitivas ou com forças de definitivas, bem como nas
decisões do Júri, sendo, obrigatoriamente nesse caso, um recurso de fundamentação
vinculada, conforme se verá a seguir.

Cabimento da apelação

Cabe apelação contra:

1. Sentenças condenatórias;
2. Sentenças absolutórias;
3. Nos casos do artigo 593, II do CPP.

A apelação deve sempre ser endereçada ao juízo ad quem competente. Apesar de ser
interposta em 1º grau, em face do juiz prolator da sentença, a apelação não permite, ao
contrário do recurso em sentido estrito, o juízo de retratação, ou seja, a sua apreciação
pelo prolator da decisão.
1. Quanto à extensão do inconformismo: plena (totalidade do julgado) ou
parcial (parte do julgado). Se não é identificada a parte impugnada
presume-se que houve apelação plena.
2. Quanto à forma procedimental: ordinária aquela cabível nos crimes
punidos com reclusão, quando é seguido o rito do artigo 613 do CPP ou
sumária: aquela cabível nos delitos puníveis com pena de detenção, em
que há previsão de forma procedimental abreviada (artigo 610 CPP)
3. Principal da subsidiária ou supletiva: a primeira corresponde àquela
interposta pelo Ministério Público, enquanto a segunda representa a
formulada pelo ofendido, habilitado ou não como assistente, isto porque
este exerce papel de auxiliar da acusação e só pode apelar quando o
promotor de justiça deixe de faze-lo do prazo legal (artigo 598 do CPP).
O prazo é de 15 dias e este recurso não possui efeito suspensivo (art.
598, parágrafo único, do CPP).

Recurso de Apelacção Criminal

É cabível apelação da decisão do juiz singular, nos casos do artigo 593, I e II, do CPP.

Inciso I - são aquelas que julgam a procedência ou improcedência da acusação, com a


condenação ou absolvição do réu e que encerram o processo em 1º grau de jurisdição.
São também conhecidas com definitivas stricto sensu e estão prevista nos artigos 386 e
387 do CPP. Atualmente, contra a sentença de impronúncia ou de absolvição sumária
caberá apelação (art. 416, CPP, com redação dada pela Lei 11.689/2008).

Inciso II - duas espécies de decisões, as definitivas e as com força de definitivas. São


consideradas definitivas lato sensu as decisões de mérito que encerram o processo.
Contudo tais decisões são diferentes daquelas contidas no inciso I, pois não condenam
ou absolvem o réu. Por exemplo, são consideradas definitivas lato sensu:

1.
1. A decisão que extingue a punibilidade;
2. A que concede o perdão judicial;
3. As proferidas em Habeas Corpus ou revisão criminal, entre outras.

São consideradas decisões com força de definitivas aquelas que solucionam


procedimentos e processos incidentais, as terminativas (que encerram o processo sem
julgamento do mérito) e, ainda, como sucede com a Lei 9.099/95, as decisões que
determinam de forma definitiva a suspensão condicional do processo.

Por fim, cabe lembrar que as decisões do juiz singular que não se enquadrem nos incisos
I e II, não admitem apelação e, caso não sejam também objeto de recurso em sentido
estrito serão, via de regra, irrecorríveis.

Há casos em que as decisões previstas nos incisos I e II do artigo 593, não são atacáveis
por apelação, mas sim por recurso em sentido estrito. São exemplo dessas decisões:

1.
1. de rejeição de denúncia ou queixa (artigo 581, I);
2. a que acolhe exceção de coisa julgada, de ilegitimidade de parte ou de
litispendência (art. 581, III);
3. a decisão de impronúncia (artigo 581, IV); (Revogado pela Lei
11.689/08)

1. a decisão que extingue a punibilidade (artigo 581, IX.)

Da mesma maneira o Código de Processo penal estatui que não poderá ser usado
recurso em sentido estrito nas decisões em que seja cabível apelação. Nesses termos,
deve ser interposta apelação mesmo que a decisão seja, em outro momento processual
que não o de decisão definitiva, guerreada por recurso em sentido estrito.

Os veredictos representam a consagração da vontade popular e por isso nos países que
adotam o sistema do tribunal do júri, eles são, via de regra, irrecorríveis. Entretanto, no
Brasil admite-se o recurso de apelação da decisão do conselho de sentença, com a
limitação do mesmo ter sua fundamentação vinculada às hipóteses legais do artigo 593,
III e alíneas.

Dessa forma, cabe apelação nas seguintes situações:

III - das decisões do Tribunal do Júri, quando: a) ocorrer nulidade posterior à pronúncia;
b) for a sentença do juiz-presidente contrária à lei expressa ou à decisão dos jurados; c)
houver erro ou injustiça no tocante à aplicação da pena ou da medida de segurança; d)
for a decisão dos jurados manifestamente contrária à prova dos autos.

O Tribunal de Justiça ou Tribunal Regional Federal não pode subsituir a vontade dos
jurados, que é soberana. Simplesmente pode anular e mandar ocorrer novo julgamento
na hipótese da alíena "d". Quanto a aplicação da pena, o Tribunal pode corrigir a
dosimetria fixada pelo juiz, sem qualquer violação a garantias constitucionais.

Ainda, as apelações do júri, por terem fundamentação vinculada, devem ser interpostas
com base em determinada alínea, do art. 593, III, CPP. A parte também não pode
interpor recurso com base em determinada alínea e nas razões do inconformismo
fundamenta-se em disposito diverso. Portanto, de acordo com MIRABETE (2002,
p. 632) " Os limites do inconformismo da parte devem ser fixados na petição ou termo
do recurso. Ao apelar deve indicar no pedido sua fundamentação ou o dispositivo legal
em que se apóia, que não pode ser modificado nas razões, salvo se ainda estiveram
dentro do quínquidio legal". Assim, nada impediria à parte, ainda no prazo legal de 5
dias, acrescentar ou modificar as matérias impugnadas e o dispositivo escolhido para
fundamentar o recurso.
Esqueleto da Peça:

EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA ____ VARA CRIMINAL DA


CIRCUNSCRIÇÃO JUDICIÁRIA DE (LOCAL DO FATO).

OBS: Observar se a competência é do Juiz da Vara do Tribunal do Júri.

Processo nº

Fulano de tal, devidamente qualificado nos autos do processo em epígrafe,


inconformado com a sentença proferida às fls., vem tempestivamente perante Vossa
Excelência, por intermédio de seu advogado que esta subscreve, com fulcro no art. 593,
I, do Código de Processo Penal, interpor:

Apelação,

Pugnando que, após recebidas as razões recursais que serão apresentadas em tempo
hábil e exercido o juízo de admissibilidade do recurso, sejam os autos remetidos ao
Egrégio Tribunal de Justiça e Territórios, para apreciação das referidas razões.

Nestes Termos
Pede Deferimento.

Data, local (muita atenção à data. Se o problema disser que você teve ciência da
sentença no dia 05 de maio, este termo DEVE ser interposto até o dia 10 de maio (são
cinco dias). O prazo começa a correr do dia seguinte e é fatal.
As razões de apelação são apresentadas até o 8º dia posterior em que este termo foi
apresentado, com base no art. 600 também do CPP).

Assinatura.
EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA ____ VARA CRIMINAL DA
CIRCUNSCRIÇÃO JUDICIÁRIA DE (LOCAL DO FATO).

OBS: Observar se a competência é do Juiz da Vara do Tribunal do Júri.

Processo nº

Fulano de tal, devidamente qualificado nos autos do processo em epígrafe, vem


tempestivamente perante Vossa Excelência, por intermédio de seu advogado que esta
subscreve, com fulcro no art. 600, do Código de Processo Penal, apresentar RAZÕES
DE APELAÇÃO, pugnando pelo regular recebimento do recurso, com o consequente
envio dos autos ao Egrégio Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios.

Nestes Termos
Pede Deferimento.

Data, local (muita atenção à data. Ficar atento até o último dia de prazo. Se você
apresentou o termo no dia 10 de maio, as razões devem ser apresentadas ATÉ o dia 18
de maio.
As razões de apelação são apresentadas até o 8º dia posterior em que este termo foi
apresentado, com base no art. 600 também do CPP).

Assinatura.
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO EGRÉGIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOS

Processo nº
Apelante: Nome
Apelado: Ministério Público do Distrito Federal e Territórios
Origem: Vara de origem.

Colenda Turma,

Inclitos Julgadores,

Egrégio Tribunal!

1 – Breve Resumo dos Fatos:

Narrar aqui, de forma sucinta, os fatos, falando da denúncia que condenou o apelante.

Ao final, terminar com frase de impacto: “entretanto, a sentença proferida, com a


máxima data vênia do entendimento do juizo a quo, merece a mais ampla reforma.

2 – Do Direito:

Falar da sentença e dos motivos pelos quais ela deve ser reformada,

3 – Do pedido:

Requerer o conhecimento da apelação para, no mérito, dar-lhe provimento para


reformar a sentença de primeiro grau, abolsvendo o réu, ou desclassificando o delito...
enfim, corroborando a tese da defesa.

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