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ACÓRDÃO
Documento: 1032674 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 29/04/2011 Página 2 de 43
Superior Tribunal de Justiça
RECURSO ESPECIAL Nº 1.220.651 - GO (2010/0189302-5)
RELATÓRIO
É, no essencial, o relatório.
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Superior Tribunal de Justiça
RECURSO ESPECIAL Nº 1.220.651 - GO (2010/0189302-5)
EMENTA
VOTO
DA SUBSTITUIÇÃO DO RELATOR
Neste sentido:
DA PRESCRIÇÃO
A propósito:
A dicção das razões do recurso especial (e-STJ, fls. 870/879) revela que
o fundamento do acórdão recorrido referente à preclusão não foi objeto de impugnação,
tendo sido apenas combatida a necessidade de produção de prova.
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Superior Tribunal de Justiça
"PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. NEGATIVA DE
PRESTAÇÃO JURISDICIONAL NÃO CONFIGURADA.
FUNDAMENTO SUFICIENTE INATACADO. SÚMULA 283/STF.
INEXISTÊNCIA DE RENÚNCIA EXPRESSA AO DIREITO SOBRE
O QUAL SE FUNDA A AÇÃO. EXTINÇÃO DO PROCESSO SEM
RESOLUÇÃO DO MÉRITO. IMPOSSIBILIDADE. AÇÃO
ANULATÓRIA DE DÉBITO FISCAL PROPOSTA DURANTE A
TRAMITAÇÃO DE EXECUÇÃO FISCAL. POSSIBILIDADE,
QUANDO A AÇÃO AUTÔNOMA, DESACOMPANHADA DO
DEPÓSITO, NÃO PRETENDE A SUSPENSÃO DA EXIGIBILIDADE
DO CRÉDITO EXEQÜENDO. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS.
REVISÃO. SÚMULA 07/STJ.
1. Não viola os arts. 458 e 535 do CPC, nem importa negativa
de prestação jurisdicional, o acórdão que, mesmo sem ter examinado
individualmente cada um dos argumentos trazidos pelo vencido,
adotou fundamentação suficiente para decidir de modo integral a
controvérsia posta.
2. Não pode ser conhecido o recurso especial que não ataca
fundamento que, por si só, é apto a sustentar o juízo emitido pelo
acórdão recorrido. Aplicação analógica da Súmula 283 do STF, in
verbis: 'inadmissível o recurso extraordinário quando a decisão
recorrida assenta em mais de um fundamento suficiente, e o recurso
não abrange todos eles'.
(...)
7. Recurso especial parcialmente conhecido e, nessa parte,
desprovido."
(REsp 1.048.669/RJ, Rel. Min. Teori Albino Zavascki, Primeira
Turma, julgado em 5.2.2009, DJe 30.3.2009.)
Neste sentido:
DA SUCESSÃO TRIBUTÁRIA
DA RESPONSABILIDADE E DA MULTA
Neste sentido:
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Superior Tribunal de Justiça
CERTIDÃO DE JULGAMENTO
SEGUNDA TURMA
Relator
Exmo. Sr. Ministro HUMBERTO MARTINS
Presidente da Sessão
Exmo. Sr. Ministro HUMBERTO MARTINS
Subprocuradora-Geral da República
Exma. Sra. Dra. MARIA CAETANA CINTRA SANTOS
Secretária
Bela. VALÉRIA ALVIM DUSI
AUTUAÇÃO
RECORRENTE : CASA BAHIA COMERCIAL LTDA
ADVOGADO : RODRIGO MAURO DIAS CHOHFI E OUTRO(S)
RECORRIDO : ESTADO DE GOIÁS
PROCURADOR : PAULA CRISTINA JAIME NOLETO E OUTRO(S)
SUSTENTAÇÃO ORAL
Dr(a). HÉLIO RUBENS BATISTA RIBEIRO COSTA, pela parte RECORRENTE: CASA BAHIA
COMERCIAL LTDA
CERTIDÃO
Certifico que a egrégia SEGUNDA TURMA, ao apreciar o processo em epígrafe na
sessão realizada nesta data, proferiu a seguinte decisão:
"Após o voto do Sr. Ministro-Relator, não conhecendo do recurso, pediu vista dos autos
o Sr. Ministro Cesar Asfor Rocha."
Aguardam os Srs. Ministros Herman Benjamin, Mauro Campbell Marques e Castro
Meira.
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Superior Tribunal de Justiça
VOTO-VISTA
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Acórdão tomou conhecimento dos documentos de fls. 101 a 147, juntados pela própria
recorrente, mas não apreciou os de fls. 152/161, também por ela juntados" (fl. 858).
Esclarece que "a executada originária, tida por sucedida, está inscrita no programa de
parcelamento do Governo Federal – REFIS (fls. 154, 155 e 156 dos autos), o que é fato
incontroverso, cuja parcela é calculada com base no faturamento mensal! Da mesma
forma, a indagação é feita, pois existem, também nos autos, notas fiscais de emissão
da executada originária (fls. 151 e 152 dos autos), que também dão conta do seu
funcionamento, repise-se, que foram estranhamente ignorados pelo D. Tribunal a quo"
(fl. 858).
No tocante à prescrição, afirma que "o v. acórdão recorrido reconhece o
decurso do prazo de 5 anos desde a constituição definitiva do crédito tributário, mas
não reconhece a extinção do crédito tributário em discussão, contrariedade ao art.
156, V, c/c 174, ambos do Código Tributário Nacional. Ademais, o v. Acórdão recorrido
reconhece causa de 'interrupção' de prazo prescricional estranha ao artigo 174, I, do
CTN, dispositivo que prescreve taxativamente suas hipóteses de interrupção" (fl. 859).
O enunciado n. 106 da Súmula desta Corte não é aplicável em matéria tributária,
ressaltando que "nem mesmo lei ordinária poderia tratar do tema" (fl. 860). Indica
precedente para comprovar a divergência jurisprudencial.
Entende ter sido violado igualmente o art. 219 do Código de Processo
Civil, tendo em vista que, mesmo que incidisse o enunciado n. 106 da Súmula desta
Corte, a prescrição estaria caracterizada. Aduz que "a demora imputável
exclusivamente ao judiciário, disposta no § 2º do dispositivo, há de ser interpretada em
conjunto com os demais parágrafos do artigo, de forma a se entender que só se
justifica a dilação de prazo prescricional se: (i) for por exclusiva morosidade do
Judiciário e (ii) no prazo máximo de cem dias. Do contrário, não se faz possível a
interrupção do prazo prescricional indefinidamente, como expressamente vedado pelo §
4º" (fl. 866). Afirma que "nenhum destes requisitos foi atendido nestes autos, pois não
houve qualquer manifestação da exequente para prosseguimento do feito por 1 ano e 2
meses (embora tenha distribuído o processo executivo após transcorridos 4 anos e 3
meses do prazo prescricional), ausência que impede se atribua exclusivamente ao
poder judiciário a morosidade pela citação de executada ou da Recorrente (suposta
responsável tributária)" (fl. 866). Reproduz ementa de julgado do Supremo Tribunal
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Federal.
Argui que aresto negou vigência ao art. 142, caput , do Código Tributário
Nacional, porque "a responsabilidade por débitos tributários originariamente imputado a
outrem só cabe quando houver expressa disposição de lei (art. 121, II, do CTN) e,
necessária e concomitantemente, quando houver provas robustas que demonstrem a
ocorrência concreto e irrefutável da hipótese descrita por essa lei, como exige o art. 142
do Código Tributário Nacional. A atribuição de responsabilidade, na mesma medida,
depende de tal demonstração cabal, a cargo da Fazenda Pública" (fl. 868).
A respeito da contrariedade aos artigos 330, inciso I, e 332 do Código
Tributário Nacional, segundo a recorrente, decorre do fato de "o v. Acórdão recorrido
manteve a r. sentença que julgou antecipadamente os embargos à execução fiscal,
sem a oportunização de produção de provas (embora requerida a sua produção) e
entendeu que caberia à ora Recorrente 'provar a iliquidez do débito ou eventuais
irregularidades na Certidão de Dívida Ativa na qual se baseia a presente execução,
ônus do qual não se desincumbiu a contento' " (fls. 870-871). Menciona precedentes
para amparar a sua tese.
O recurso especial não foi admitido na origem (fls. 1.274-1.277), tendo
subido a esta Corte por força da decisão que proveu o Agravo de Instrumento n.
1.332.895/GO.
O em. Ministro Humberto Martins, relator, proferiu voto no sentido de não
conhecer do recurso especial mediante, em suma, os seguintes fundamentos:
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in verbis :
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"em seus embargos à execução fiscal, a ora Recorrente apresentou documentos que
entende suficientes à demonstração de suas alegações, mas sem prejuízo
expressamente requereu a produção de provas, requerimento sequer apreciado pelo D.
Juízo da 3ª Vara da Fazenda Pública da Comarca de Goiânia" (fl. 872). Ora, se os
documentos apresentados na inicial dos embargos eram suficientes para comprovar o
direito postulado, de fato, não haveria poque requerer a produção de outras provas,
sobretudo documentais.
Ademais, o Tribunal de origem repeliu o cerceamento do direito de defesa
por haver preclusão do tema (fls. 685-686) e porque, de fato, não haveria necessidade
de produção de outras provas (fls. 686-691). Ocorre que o fundamento relativo à
preclusão não foi impugnado no recurso especial, o que impede o conhecimento do
recurso nessa parte diante da incidência, mutatis mutandis , do enunciado n. 283 da
Súmula do Supremo Tribunal Federal, segundo o qual "é inadmissível o recurso
extraordinário, quando a decisão recorrida assenta em mais de um fundamento
suficiente e o recurso não abrange todos eles".
•••
Ante o exposto, acompanho o relator para não conhecer do recurso
especial.
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CERTIDÃO DE JULGAMENTO
SEGUNDA TURMA
Relator
Exmo. Sr. Ministro HUMBERTO MARTINS
Presidente da Sessão
Exmo. Sr. Ministro HUMBERTO MARTINS
Subprocurador-Geral da República
Exmo. Sr. Dr. JOSÉ FLAUBERT MACHADO ARAÚJO
Secretária
Bela. VALÉRIA ALVIM DUSI
AUTUAÇÃO
RECORRENTE : CASA BAHIA COMERCIAL LTDA
ADVOGADO : RODRIGO MAURO DIAS CHOHFI E OUTRO(S)
RECORRIDO : ESTADO DE GOIÁS
PROCURADOR : PAULA CRISTINA JAIME NOLETO E OUTRO(S)
CERTIDÃO
Certifico que a egrégia SEGUNDA TURMA, ao apreciar o processo em epígrafe na
sessão realizada nesta data, proferiu a seguinte decisão:
"Prosseguindo-se no julgamento, após o voto-vista do Sr. Ministro Cesar Asfor Rocha,
acompanhando o Sr. Ministro Humberto Martins, a Turma, por unanimidade, não conheceu do
recurso, nos termos do voto do Sr. Ministro-Relator."
Os Srs. Ministros Herman Benjamin, Mauro Campbell Marques, Cesar Asfor Rocha
(voto-vista) e Castro Meira votaram com o Sr. Ministro Relator.
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