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DISCIPLINA DE CONTABILIDADE GERENCIAL

CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

PROF. EVANDRO P. COLOMBO


(evandro@esucri.com.br)

2011/1
Professor Evandro P. Colombo
evandro@esucri.com.br (esclarecimento de dúvidas)
Curso de Ciências Contábeis
Disciplina de Contabilidade Gerencial

CONTABILIDADE GERENCIAL

2. Fundamento da Contabilidade de Custos


2.1 Revisão da Terminologia

Gasto ou desembolso
Aquisição ou pagamento resultante da aquisição de bem ou serviço.
Tipos:
 Despesa: Bem ou serviço consumidos direta, ou indiretamente para obtenção de receitas.
 Investimento: Gasto ativado em função de sua vida útil, ou de benefícios atribuíveis a futuro(s) período(s).
 Perda: Bem ou serviço consumidos de forma anormal e involuntária.
 Custos: Gasto relativo à bem, ou serviço utilizado na produção de outros bens ou serviços.
 Custos diretos: São aqueles que podem ser alocados diretamente na produção de um bem ou serviço.
 Custos indiretos: São aqueles que dependem de rateio para serem alocados a produção de um bem ou
serviço.
 Custos fixos: São aqueles que independem da quantidade produzida de um bem ou serviço.
 Custos variáveis: Estão diretamente relacionados à quantidade produzida de um bem ou serviço.

Centro de Custos:
Estrutura intermediária de um sistema de custeio para acumulação de custos.
Normalmente utiliza-se o conceito de áreas.
Premissas básicas:
 Contabilidade de Custos, nada mais é do que um Sistema de Informações. O sucesso de um Sistema
de Informações depende do pessoal que o alimenta e o faz funcionar.
 Não há em hipótese alguma nenhuma forma de a qualidade dos relatórios produzidos serem superior a
qualidade dos dados inseridos.
 Quem não vê utilidade em um dado, não lhe dá importância.

Custos Industriais:
Sob o ponto de vista “custos”, a operação industrial pode ser descrita de várias formas, dependendo do tipo
de produto e processo. A maneira de descrever operações industriais de forma mais abrangente é:
Fabricar um produto significa adquirir matéria-prima para manipulá-la, combiná-la, transformá-la e
acondicioná-la com outros produtos, além de controlar sua qualidade, seus custos, despesas, perdas e
desperdícios, até chegar ao produto final que atendam às especificações pré-determinadas.
Desta forma, chama-se “custo”, o valor adicionado às matérias-primas, ou seja, o valor dos componentes
adicionados e pré-montados, os vários materiais auxiliares e de consumo, a mão-de-obra direta e indireta
alocadas no processo de fabricação.

2.2. Elementos formadores do custo


1. Matéria-prima (MP)
2. Mão-de-obra direta (MOD)
3. Custos gerais de fabricação (CGF) ou custos indiretos de fabricação (CIF)

Gastos Gerais de Fabricação (GGF).


a) Custo de produção do período (CPP): Σ MP + MOD + CIF
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b) Custo da produção acabada (CPA):
Estoque inicial de produtos em elaboração + custo de produção do período (CPP) – estoque final de produtos
em elaboração = custo da produção acabada (CPA)
c) Custos dos produtos vendidos (CPV);
Estoque inicial de produtos acabados + custo da produção acabada (CPA) – estoque final de produtos
acabados = custo dos produtos vendidos (CPV);
d) Custo Primário (CP): MP + MOD
e) Custo de Transformação (CT): MOD + CIF

Exemplos:
Compras do período: 15.000
MOD: 30.000
CIF: 19.000

Calcular os seguintes valores:

1 - Custo de produção do período (CPP)


2 - Custos da produção acabada (CPA)
3 - Custos dos produtos vendidos (CPV)

1ª Situação Inicial Final


Estoque de matéria prima (MP) 3.500 5.500
Estoque produtos em elaboração 3.750 5.800
Estoque de produtos acabados 3.250 4.250

2ª Situação Inicial Final


Estoque de matéria prima (MP) 0 0
Estoque produtos em elaboração 9.000 15.000
Estoque de produtos acabados 22.000 0

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3ª Situação Inicial Final


Estoque de matéria prima (MP) 13.000 15.000
Estoque produtos em elaboração 18.000 12.000
Estoque de produtos acabados 1.000 2.350
MP utilizada 25.000
CPV 32.000

Pede-se

1 - Compra de MP do período
2 - Custo da produção acabada (CPA)
3 - Custo da produção do período (CPP)
4 - Custo de Transformação (CT)

2.3. Classificação e comportamento dos custos

 Comportamento de Custos
 Análise do Comportamento de Custos é o estudo de como custos específicos respondem nas trocas de
atividades.
 O ponto inicial na Análise do Comportamento de Custos é mensurar atividade chaves.
 Níveis de atividades poderão ser expressos em termos de
 Vendas em reais ou unidades (empresa varejista),
 Quilômetros percorridos (empresa de transporte),
 Ocupação de quartos (hotel)

Análise do Comportamento de Custos


 Para um nível de atividade poderá ser útil a Análise do Comportamento de Custos, observando a
correlação entre mudanças no nível ou volume de atividade e mudanças nos custos.
 O nível de atividade selecionado é definido como sendo o índice de atividade (ou volume).

O índice de atividade identifica a atividade que causa mudanças no comportamento dos custos.

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Custos Variáveis
Custos Variáveis são custos que variam no total diretamente e proporcionalmente com mudanças no nível de
atividade. Um custo variável também poderá ser definido como um custo que permanece o mesmo por
unidade em todo nível de atividade.
Custos Fixos
Custos Fixos são custos que permanecem o mesmo no total não havendo mudanças no nível de atividade.
Desde que os Custos Fixos permaneçam constantes no total e que não haja mudanças no nível de atividade,
Custos Fixos por unidade variam inversamente com a atividade. Quando o volume aumenta, o custo unitário
decresce e vice versa.
Custos Mistos
Custos Mistos contém ambos: um elemento de custo variável e um elemento de custo fixo.

2.4. Sistemas de acumulação


2.4.1 Sistemas de acumulação de custos por ordem ou encomenda

Características:

a) Os custos são acumulados na ordem de produção por elementos de custos durante determinado período
(semana, quinzena, mês), levando em conta o departamento ou processo de fabricação, cujo este, vem de
encontro ao caminho transitado pelo produto no processo de fabricação.
b) No caso onde os produtos são processados em mais de um determinado departamento, os custos
correspondentes são lançados a cada fase de fabricação, de forma que o custo total vai sendo acumulado até
que a ordem de produção esteja concluída.
c) Somente quando a ordem de produção é terminada pode-se saber o custo real de fabricação do produto.
d) Os custos apropriados nas ordens de produção, enquanto estas não estão completadas, passam a compor o
inventário de produtos em processos (andamento ou em fase de fabricação).
e) O custeamento por ordem de produção é usado em empresas, cujos produtos ou lotes de produtos podem
ser perfeitamente identificados no processo de fabricação, isso ocorre principalmente, em relação à produção
não padronizada ou produção não repetitiva.

Este sistema apresenta algumas desvantagens:

a) Gasto administrativo: o sistema exige considerável trabalho para o registro das informações requeridas no
adequado preenchimento das ordens de produção;
b) Os controles permanentes são necessários para assegurar a correlação dos dados de material e de mão-de-
obra direta apropriado a cada ordem de produção.

Fluxo de documentos:
1. Pedido de vendas: Um pedido de venda é preparado com base na emissão da venda;
2. Ordem de produção: Uma ordem de produção dá início aos trabalhos da ordem, a qual são debitados os
elementos de custos;
3. Formulário de requisição de materiais: Cartão de controle de tempo de mão-de-obra; Taxas
predeterminadas de custo indireto;

Estes custos de fabricação são acumulados em formulários, elaborados pela contabilidade, conhecidos como:
Folha de registro de custo.*

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* O registro de custo constitui a base de cálculo dos custos do produto unitário utilizados na determinação
dos custos dos produtos vendidos.

Exemplo:
Durante o mês de janeiro, a CIA Governo trabalhou em duas ordens de produção.
Os dados relativos a essas duas ordens são os seguintes:

ORDEM 100 101


Unidades de cada ordem 120 200
Unidades vendidas 120 0
Materiais requisitados R$ 744 640
Horas de MDO direta 360 400
Custo da MDO direta 1.980 2.480

Os CIF`s são atribuídos na base de horas de MDO direta a uma taxa de R$ 3,75/hora.
Durante o mês de janeiro, a ordem 100 foi completada e transferida para produtos acabados.
A ordem 101 não foi completada no final do mês.

Pede-se:
1 - Calcule o custo unitário da ordem 100.
2 - Calcule o saldo final da conta de produtos em processo.
3 - A ordem 100 foi vendida e o preço de venda é 140% do custo.

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2.4.2 Produção contínua:


O sistema de acumulação de custos por processo tem como característica a fabricação em série de produtos
padronizados, ou seja, produz para estoque e posterior venda e não sobre encomenda de clientes. No custeio
do processo contínuo, os produtos são movimentados no processo de produção continuamente, e todos os
procedimentos da fábrica são predominantemente padronizados.

Inventários de produtos em processo (andamento, em fase de fabricação) no fim do período, é necessário


calcular a equivalência de produção para distribuir os custos pela produção completada e pela produção que
ainda permanece no processo de fabricação.
Equivalência: Significa o número de unidade que seriam totalmente iniciadas e acabadas se todo o custo
fosse aplicado só a elas, ao invés de ter sido usado para começar e terminar umas e apenas elaborar
parcialmente outras. As unidades equivalentes medem o valor do trabalho efetivo realizado durante certo
período em análise.

2.4.2.1 Fórmula de cálculo da equivalência de produção:


Unidades completadas ou transferidas para outro processo de fabricação
(+) Inventário Final (no final do período em análise)
(-) Inventário Inicial (no início do período em análise)
(=) Produção equivalente

Obs:
No caso dos estoques iniciais e finais, deve-se levar em conta o estágio que se encontra o produto do
processo analisado com relação ao produto acabado do mesmo processo de fabricação.
O sistema contínuo é normalmente indicado para indústrias de aparelhos domésticos, alimentos enlatados,
refinarias de petróleo, indústrias de cimento, cal, papel, açúcar, produtos alimentícios, etc.
No tratamento contábil, os custos são acumulados em contas diversas das diversas linhas de produção e são
encerrados sempre no fim de cada período. (dia, semana mês, trimestre, semestre, ano). A avaliação do custo
por unidade produzida é feita com base no custo médio do período.

Características:
Característica Ordem de produção Produção contínua
A produção se destina à Pedidos específicos ou estoques Estoque
Produção Por ordem de produção Por departamento
Custo acumulado Por ordem de produção Por departamento
Custo total calculado Por ordem de produção Fim do período de custo
Calculo dos custos unitários Custo ordem / Custo do departamento /
unidades produzidas produção departamento

Exemplo:

A Cia Criciúma produz defensivo para madeira em dois departamentos:


Mistura e Embalagens. Após a mistura dos materiais químicos no departamento de mistura, o defensivo
líquido é transferido para o departamento de embalagens, onde é colocado em contêineres plásticos. Os
materiais são adicionados no início do processo. A mão-de-obra e os custos indiretos de fabricação são
agrupados e denominados custos de conversão. A mistura registrou os seguintes gastos no período em
análise:
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Matéria prima: 160.000


MDO direta: 70.000
CIF: 210.000

Durante o período foram transferidos para o departamento de embalagens 60.000 unidades e ficou um saldo
de 20.000 unidades com estágio de 100% em relação Ao material e 50 % de custo de conversão.

Unidades transferidas: 60.000


A transferir: 20.000

Com base nos dados acima, calcular:


1 - Produção equivalente;
2 - Custo unitário por elemento;
3 - Valor transferido para o processo seguinte (embalagem);
4 - Inventário final dos produtos em elaboração do departamento de mistura
5 - Conciliação do departamento de mistura.

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2.4.3 Produção conjunta:

Na produção por processo, normalmente acontecem fenômenos do co-produto e do sub-produto.


Determinar o custo para este tipo de produto é o problema enfrentado pelo contador gerencial, ou seja, os
custos conjuntos.
Os custos conjuntos são definidos como custos comuns de bens ou serviços empregados na produção
simultânea de dois ou mais produtos. Os co-produtos são também conhecidos como produtos conjuntos.
Produtos conjuntos são dois ou mais produtos provenientes da mesma matéria-prima. As refinarias, as
indústrias de carnes enlatadas, de laticínios e de produtos químicos são exemplos de indústrias que
empregam produtos conjuntos. Os produtos de menor valor comercial são denominados de sub-produtos,
sendo que estes nascem naturalmente durante o processo de produção, possuem mercado relativamente
estável, tanto no que diz respeito à existência de compradores como quanto ao preço.
São itens que tem comercialização tão normal quanto os produtos da empresa, mas que representam
porção ínfima do faturamento total. Os produtos de maior valor, consequentemente são chamados de co-
produtos.

Exemplo:
 O boi, depois de morto, é cortado e seus pedaços são comercializados.
 Refinação de petróleo resulta em óleo combustível, gasolina, querosene, óleo lubrificante e asfalto.

Sendo assim, a distinção entre co-produto e sub-produto baseada no valor comercial é mais
representativa na realidade, porém essa distinção pode variar no tempo e no espaço, dependendo do gosto dos
consumidores. Um produto que hoje é considerado co-produto em função do mercado, amanhã poderá passar
para a classificação de subproduto, ou seja, a classificação final vai depender do mercado consumidor.

Critério de distribuição de custos conjuntos:

O problema para a montagem do custo dos co-produtos está exatamente na primeira fase do processo de
fabricação. Adota-se então, um método para distribuir esses custos. Os custos da fase seguinte serão
debitados diretamente a cada um dos produtos, o porquê do ponto de separação, daí para frente, aparecerá
dois processos distintos que irão receber os seus custos próprios.

 Métodos de distribuição dos custos anteriores ao ponto de separação:


 Método dos volumes produzidos;
 Método do valor de mercado;
 Método das ponderações com base no volume e peso, e
 Método da igualdade do lucro bruto.

Diversos propósitos podem justificar a necessidade de alocação de custos conjuntos:


 Relatórios financeiros;
 Avaliar estoques mantidos no balanço, ou determinar o resultado;
 Avaliar contratos com clientes que adquirem apenas parte da produção conjunta;
 Negociação referente à indenização de seguros;
 Políticas de precificação.

Para os gerentes é necessário saber o custo do produto para tomadas de decisão e controle de custos.
Porém, conforme advertem alguns autores as avaliações baseadas nas alocações de custos conjuntos para fins

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gerencias podem ser enganosas, portanto é necessário distinguir a necessidade de alocação para cada um dos
propósitos. Enquanto alguns dos critérios de rateio sugeridos possam ser usados para avaliar estoques, não
satisfazem para a tomada de decisão, pois o custo total do processo até o ponto de separação é pré-Produção
conjunta e decisões gerenciais:

Assim como o custo total de centro produtivo é apropriado aos produtos conforme algum critério de rateio,
no caso da produção conjunta, os custos realizados até o ponto de separação também teriam de ser
apropriados aos produtos segundo alguma base de rateio. Na necessidade de encontrar um método de
alocação apropriado pode utilizar abordagens dos benefícios recebidos e as abordagens do valor relativo de
mercado, conforme especificam Hansen e Mowen (2000), a saber:

 Abordagem de Benefícios Recebidos parte do pressuposto que é possível atribuir o custo ao produto
em base da sua unidade física, como volume ou peso ou medindo os benefícios recebidos. Seus dois
métodos são:
 Método de Unidades Físicas - sob este método os custos conjuntos são atribuídos para produtos
com base em alguma medida física. Cada produto recebe a parcela de custos proporcional a
quantidade produzida. A sua lógica se encontra na justificativa de que todos os produtos
resultantes passam pelo mesmo processamento e seria impossível de dizer qual custa mais. A
restrição de aplicação se encontra na necessidade de conversão dos produtos para mesma unidade
de medida. Segundo Maher (2001 apud Faria et. alli. 2006) a atribuição direcionada pela
quantidade é recomendada quando os preços dos co-produtos são muito voláteis, ou ainda quando
os preços de venda são estabelecidos por entidades reguladoras;
 Método da Média Ponderada – atribuição de fatores ponderados pode incluir diversos elementos
como tempo de manufatura consumido, grau de dificuldade, diferenças no tipo de matéria-prima e
mão-de-obra. A aplicação correta do método consistirá na escolha apropriada do fator de
ponderação.

 Alocações Baseadas no Valor Relativo de Mercado - esta abordagem é defendida pelos contadores,
pois se acredita que alocação deve acontecer de acordo com habilidade de produtos a absorver os
custos conjuntos. No resultado da sua aplicação não existem produtos rentáveis ou não-rentáveis, pois
na sua totalidade eles estariam cobrindo ou não às despesas. Esta abordagem encontra variações de
métodos, conforme explicado a seguir:
 Método do Valor de Venda no Ponto de Separação - este método aloca custos conjuntos
com base em valor de venda do respectivo produto em ponto de Produção conjunta e
decisões gerenciais. Quanto mais alto for o valor de mercado, maior será a carga de custo
alocada neste produto;
 Método do Valor Líquido Realizável – quando não existe o preço de venda no ponto de
separação, como sugerido no método anterior, pode-se partir do preço de venda após o
processamento adicional;
 Método da Porcentagem Constante da Margem Bruta – este método reconhece que os
custos incorridos após o ponto de separação são parte do custo total sobre o que se espera
obter o lucro bruto geral. As receitas para os produtos individuais são ajustadas para o
lucro bruto, custos separáveis são deduzidos e a o resultado é o custo conjunto alocado.

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Exemplo
Uma fábrica de fios tem o processo inicial de fabricação o departamento de fiação que produz os co-produtos
fios nº 1, nº 2, nº 3 e nº 4. No último mês produziu um total de 120.000 unidades por um custo de fabricação
de R$ 360.000

Produção:

unidades valor unit total


Fio nº 1: 20.000 3 60.000
Fio nº 2: 60.000 3 180.000
Fio nº 3: 30.000 3 90.000
Fio nº 4: 10.000 3 30.000
120.000 360.000

1 - Método dos volumes produzidos:

2 - Método do valor de mercado, considerando o preço unitário de venda:

3 - Método das ponderações, considerando o peso:

4 - Método da igualdade do lucro bruto:

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2.5. Métodos de custeio


O objetivo dos métodos de custeio é identificar os gastos inerentes ao processo produtivo,
acumulando-os de forma organizada aos produtos. Estes custos podem ser aplicados a diferentes objetos tais
como: produtos, departamentos, atividades, processos, ordem de produção, ou outras formas que o gestor
possa demonstrar interesse.

Custeio Real por Absorção:


Método pelo qual devem ser imputados aos bens ou serviços todos os custos reais incorridos sejam eles fixos
ou variáveis obtidos pela contabilidade geral; Não são computados as despesas; Deve ser observado os
Princípios Contábeis, principalmente o de Competência.

Custeio Direto ou Custeio Variável:


Método pelo qual devem ser imputados aos bens ou serviços os custos variáveis reais incorridos, obtidos pela
contabilidade geral; Não são computados os Custos Fixos e nem as despesas; Devem ser observados os
Princípios Contábeis, principalmente o de Competência.

Custo Padrão:
Método pelo qual devem ser imputados aos bens ou serviços os custos padrões incorridos; Estes devem ser
apurados da forma mais científica possível, objetivando o ponto ideal de qualidade e eficiência dos recursos,
com o mínimo de desperdício; Este método tem por objetivo a análise de eficiência dos Custos reais
incorridos. Pode ser considerado uma meta de longo prazo.

Custeio Baseado em Atividades (ABC):


Método pelo qual devem ser imputados aos bens ou serviços os custos diretos incorridos; Os custos indiretos
devem ser agrupados por atividades para dessa maneira ser imputado da forma mais lógica possível; Não são
computados as despesas; Deve ser observado os Princípios Contábeis, principalmente o de Competência.

RWK:
Método pelo qual devem ser imputados aos bens ou serviços todos os custos e todas as despesas reais
incorridas, obtidos pela contabilidade geral; Devem ser observados os Princípios Contábeis, principalmente o
de Competência; Processo composto de duas fases:

1a. Alocação aos Centros de Custo, e

2a. Alocação dos valores acumulados nos Centros de Custo aos bens ou serviços.

Além desses métodos, são utilizados os custos de transferências e os valores praticados no mercado
para formação de preço de venda. Os custos de transferências são aqueles utilizados nos relacionamentos
entre as áreas de responsabilidade existentes nas empresas. Já os valores de mercado são aqueles praticados
por outras empresas do mesmo ramo.

Exemplo
Método de custeio – Absorção e Variável
A empresa Colombo S.A., apresenta os dados abaixo mencionados referentes às operações projetadas para o
primeiro quadrimestre de 2009:

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Janeiro Fevereiro Março Abril Total
Volume de produção 1.000 1.100 1.300 2.000 5.400
Volume de venda 570 840 1.000 2.000 4.410
Preço de venda/unit 11,1 12 12 12 MP +
Custo variável unit 7,5 7,5 8 8,5 MOD
Despesa variável unit 1,3 1,5 1,5 1,5
Custo fixo mensal 1.400 1.500 1.400 1.550 5.850
Despesa fixa mensal 270 285 270 290 1.115

Preparar os seguintes relatórios:


1. Movimentação do estoque físico
2. Movimentação do estoque em $ pelos métodos de custeio por absorção e variável
3. Demonstração do resultado por ambos os métodos
4. Comprovação da diferença constatada nos estoques e resultados apurados

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3. Relações Custo/Volume/Lucro

É uma ferramenta de planejamento de curto prazo ao correlacionar as variáveis: custo, receita,


volume de saída e lucro. Além do que pode facilitar o processo gerencial na busca da capacidade de
pagamento da empresa.
A análise da relação Custo x Volume de vendas envolve os processos de fixação de preço, estratégia
de vendas, e melhor definição do mix de vendas quer por níveis e regiões na busca de maior lucratividade
dos produtos. Se o mix de vendas for estruturado considerando também a interação dos diferentes nichos e
ambientes, poderá trazer um maior lucro, porém muitas vezes a empresa pode optar por um mix menos
lucrativos buscando maior penetração no mercado, ou solidificar a sua presença no mercado.

3.1 Margem de Contribuição

É a diferença entre o preço de venda de uma unidade e os custos e despesas variáveis da respectiva
unidade:

MC = Pv un – CDv un.

É a fatia em $ do preço de venda destinado a cobertura/pagamento:

 Dos custos fixos, das despesas fixas, tributação,


 Retorno para os proprietários/amortização de empréstimos.

Sempre que calculamos o PE utilizando o conceito de MC, deve-se elaborar uma DRE o que permite
verificar se os resultados estão corretos.

A estrutura dessa DRE é um pouco diferente da convencional, a saber:


(+) Receita Total (Pv x quantidades)
(-) Custos Variáveis (Cv x quantidades)
(-) Despesas Variáveis (Dv x quantidades)
(=) Margem de Contribuição
(-) Custos Fixos
(-) Despesas Fixas
(=) Lucro líquido/Superavit

Em outras palavras, margem de contribuição pode ser entendida como o excesso de receitas de uma
atividade sobre os custos relevantes que estão disponíveis para cobrir os custos fixos, contribuindo dessa
maneira, para a formação do lucro empresarial. O lucro somente aparecerá quando os custos fixos forem
totalmente cobertos.

3.2. Ponto de Equilíbrio (breakeven point)

Uma das finalidades da análise da relação custo-volume-lucro é calcular o ponto de equilíbrio, isto é,
o ponto no qual as receitas das vendas são iguais aos custos e despesas e o lucro é zero (nulo).

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Premissas iniciais:

a. Ausência de estoques de produtos acabados ou de mercadorias, tudo é vendido;


b. Tanto custos quanto às despesas: fixas e variáveis são considerados no processo de cálculo
c. As fórmulas utilizadas trarão como resultado o número de unidades a serem vendas para atender a proposta
do PE.

Legenda:
PE = ponto de equilíbrio c - contábil e - econômico f - financeiro
RT - receita total Pv – preço de venda U = Unitário
CF – custo fixo Cv – custo variável Q = Quantidade
DF – despesa fixa Dv – despesa variável
CDF – custo fixo + despesa fixa
CDv – custo variável + despesa variável

Lembrete:
Os custos e despesas fixas não se alteram em função de um volume determinado de produção.
Favor verificar o gráfico no texto fornecido.
Linearidade e Intervalo de Relevância: ponto de vista dos economistas.

Ponto de Equilíbrio Contábil (PEc)

PEc corresponde a versão clássica de PE, isto é, o RESULTADO encontrado pela aplicação da fórmula
indica quantas unidades a empresa precisa vender para que suas receitas sejam iguais os seus custos e
despesas gerando um resultado nulo.

PEc = CDF / MCunit (MC = Pvunit – Cdvunit)

Ponto de Equilíbrio Econômico (PEe)


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 Sabe-se que a empresa dentre as suas finalidades é a de ter lucro.
 PEe é calculado considerando o retorno que os proprietários querem obter sobre o patrimônio líquido
da empresa.

PEe = (CDF + Lucro) / MCunit

Ponto de Equilíbrio Financeiro (PEf)


A gestão financeira preocupa-se com a liquidez da empresa, isto é, ela quer saber quanto precisa vender para
gerar caixa e ter dinheiro para pagar os compromissos.
Nesse sentido, existem duas situações distintas dentro da empresa quanto aos compromissos:

a. Os operacionais (mínimo) – PEf 1, e


b. Os operacionais + empréstimos/financiamentos – PEf 2.

PEf1 = (CDF – Depreciação *) / MCunit

PEf2 = (CDF – depreciação* + empréstimos**) / MCunit

(*) existem outras contas econômicas na DRE que não representam saída de recurso.
(**) outros valores podem ser incorporados à fórmula se representarem saídas de recursos da empresa.

Ponto de Equilíbrio Empresarial (PEE)


PEE – considera os aspectos econômicos e financeiros relativos aos empréstimos e financiamentos. Pretende
mostrar a ponto de equilíbrio real nas empresas.

PEE = (CDF + lucro + empréstimos**) / MCunit

Exemplo:

Uma indústria de televisores tem a seguinte estrutura de custos e despesas:

Custos fixos: 1.600.000


Custos variáveis: 300 unid
Despesas Fixas: 400.000
Despesas variáveis: 55,5 unid
Preço de venda unitário: 555,5 unid

Sabendo-se que a empresa deseja um retorno mínimo de 10% ao ano sobre o PL de $ 24 milhões e que 20%
dos seus fixos são depreciações, pede-se:

a. Calcule o ponto de equilíbrio contábil


b. Calcule o ponto de equilíbrio econômico
c. Calcule o ponto de equilíbrio financeiro

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4. Análise de Custos e Decisões Táticas


4.1. Contribuição Marginal e Fatores Escassos (análise econômica).

Fatores de Produção (escassos)

De forma geral, os fatores de produção compreendem, basicamente, o capital, os recursos naturais (ou
simplesmente terra) e a força de trabalho (ou simplesmente trabalho).
Acrescentam-se, nos dias de hoje, a tecnologia e a capacidade empresarial como recursos necessários à
produção.

 Capital;
 Recursos Naturais;
 Força do Trabalho;
 Tecnologia;
 Capacidade Empresarial;

Capital

Todo bem destinado à produção de outro bem se classifica como recurso de capital. Por capital
entende-se, portanto, a infra-estrutura produtiva (edifícios, por exemplo), as máquinas, as ferramentas, etc.
Para alguns economistas, o conceito de capital compreende o próprio fluxo de remuneração (salário) e
pagamentos (de bens e serviços adquiridos das empresas).
Para outros, compreende toda a renda que é empregada para gerar lucro. Nos dias de hoje, o conceito
prevalecente é aquele que define o capital como um conjunto de recursos da natureza econômica, distintos e
passíveis de reprodução, que possibilita a obtenção de um rendimento em períodos determinados.
Encontramos presentemente classificação do capital em capital técnico, capital jurídico e capital contábil. O
primeiro refere-se ao conjunto de bens materiais utilizados no processo da produção, sendo, assim, uma
noção de caráter geral; o capital jurídico tem a ver com a sua relação com os titulares de direito (capital
privado e capital público, por exemplo), tanto quanto o capital contábil (capital de giro, capital de
empréstimo, capital de participação, capital nacional, capital estrangeiro etc).
A formação de capital decorre da acumulação de riqueza destinada à obtenção de novas riquezas. É
esta capacidade de geração de riqueza, consubstanciada nos investimentos, isto é, na capacidade de aumentar
os meios de produção, que irá determinar o ritmo de desenvolvimento econômico de uma nação. Isto porque
o emprego eficiente de bens de capital possibilita elevação do rendimento do trabalho humano e da
produtividade real do sistema econômico.
Os recursos necessários à formação de capital podem ser de origem interna ou externa, isto é,
procedente de outros países. Os recursos internos compreendem a poupança, que nada mais é do que a
parcela da renda que não é destinada ao consumo imediato. Esta poupança nem sempre é espontânea.
Cogitou-se, recentemente, a formação de uma poupança compulsória – ou forçada – para fazer à
necessidade tanto de investimento como de redução da demanda e, conseqüentemente, combate à inflação. A
poupança pode ser proveniente de indivíduos, das empresas e do setor público. Os recursos externos vêm
suprir uma carência de recursos internos, sob a forma de empréstimos, de investimentos estrangeiros, ajudas
governamentais e outras.

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Recursos naturais

Do ponto de vista econômico, os recursos naturais – o fator terra – compreendem a base de um


sistema sobre a qual se assentará o capital técnico. São os recursos naturais, tanto os renováveis (de natureza
biológica, que compreendem os vegetais e os animais), como os irrenováveis (riquezas minerais e solo) que
proporcionarão a obtenção dos bens destinados à satisfação das necessidades do ser humano, transformados
e/ou in natura.
Durante muito tempo prevaleceu a idéia, entre os precursores da análise econômica, de que a
verdadeira riqueza seria aquela resultante da utilização indireta do fator terra, a produção agrícola. Os outros
bens seriam derivados de uma transformação dos produtos primários, não acrescentando, portanto, mais
riqueza. Este conceito modificou-se substancialmente com o avanço das tecnologias de processo e de
produto, a serem tratadas mais à frente.

Força do trabalho

Aplicando aos instrumentos, num dado espaço físico, o trabalho humano, dele resultará a
transformação do meio em que habita e a produção de bens segundo suas próprias necessidades. O sistema
econômico depende fundamentalmente da qualidade do trabalho humano, que é eminentemente criador. O
ser humano procura criar, desenvolver e enriquecer novos meios de produção, com vistas ao progresso e
evolução da técnica.
Para alguns economistas, clássicos, o trabalho é o determinante do valor econômico. Segundo esta
linha de pensamento, todos os fatores de produção, em última análise, se resume num só: o trabalho, fonte
única de todo o progresso humano. Para outros economistas clássicos, menos radicais, o valor advém da
colaboração entre o capital e o trabalho.

Tecnologia

Significa o estudo das técnicas. Por técnica, entende-se a maneira correta de executar qualquer tarefa.
É o “saber como”, definindo formas, instrumentos, equipamentos, métodos, características físicas de
materiais intermediários e outros insumos para a obtenção de um bem econômico. A tecnologia pode ser
definida como o conhecimento humano aplicado à produção.
Neste sentido, alguns autores consideram a tecnologia como uma mercadoria, com todas as suas
características: tem um preço, pode ser adquirida e também se torna obsoleta. As nações subdesenvolvidas
são potencialmente compradoras de tecnologia originária de nações desenvolvidas.
Neste contexto, assumem papel preponderante na transferência de tecnologia as firmas estrangeiras e
as licenças de produção por firmas estrangeiras e as licenças de produção por firmas nacionais, mediante o
pagamento de royalties. Uma inovação técnica quer seja através de descoberta de novas matérias-primas,
mudança nos métodos de produção, criação de novos produtos ou substituição de equipamentos, termina por
modificar a divisão social do trabalho e as técnicas de produção, elevando a produtividade do trabalho.
Estas inovações, de grande impacto na economia, se manifestam como inovação (ou tecnologia) de
processo e inovação (ou tecnologia) de produto. Uma tecnologia de produto caracteriza uma inovação que
leva a um produto novo, isto é, que apresentará certas peculiaridades que qualificarão um produto diferente
daquele anteriormente oferecido. Já a evolução tecnológica de processo atinge tão-somente o processo de
fabricação, sem mudanças nas características do produto. Refere-se, neste caso, a diminuições no tempo de
obtenção do produto, reduções no número de operações, racionalização no uso de matérias-primas etc.

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Capacidade empresarial

A função empresarial é vital para a condução da ordem capitalista. Nas economias onde a livre
iniciativa impera, compete aos empresários explorar uma invenção ou introduzir uma inovação de produto ou
de processo, de abrir nova frente de oferta de bens e serviços, novos usos para produtos conhecidos,
reativação e reorganização de indústrias etc.
O tipo empresarial é definido pela reunião de aptidões presentes em uma pequena parcela da
população, que levam à descoberta de oportunidades de investimento, ao financiamento da operação, à
obtenção e utilização adequada dos fatores de produção e à organização e coordenação das operações de
forma eficiente. A capacidade empresarial se resume, portanto, em conseguir que as coisas sejam feitas.

Necessidades humanas

Registramos anteriormente que as necessidades do homem são ilimitadas. Vamos analisar este
particular aspecto da natureza de forma detalhada e sistematizada, dada a sua importância e vinculação com o
próprio equacionamento do problema econômico. Uma primeira questão a responder diz respeito ao volume
de necessidades que possamos ter.
Evidentemente, um ser humano que vive numa comunidade moderna tem necessidades diversas e em
maior quantidade do que alguém que vivia na Idade Média. Uma volta por uma das alas comerciais de um
shopping center das grandes metrópoles ou meia hora de televisão comprovam facilmente esta afirmação.
Além deste aspecto temporal, há de se considerar que, somado ao volume, também a composição das
necessidades varia entre habitantes de uma metrópole e de uma cidadezinha do interior do Estado. Em que
pese a diversidade entre volume e composição das necessidades humanas, é possível detectar várias
características comuns. As necessidades podem ser coletivas ou individuais. No primeiro caso, estão
enquadradas as necessidades que todo o grupo sente tais como a necessidade de segurança, educação,
saneamento básico, saúde, etc.
Estas necessidades coletivas são satisfeitas em parte ou totalmente por ação do Estado. As
necessidades individuais compreendem dois grupos: o de necessidades absolutas do homem, isto é,
relacionadas às exigências de natureza biológica do homem, como dormir, esperar, comer, habitar, procriar,
vestir, etc. Estas necessidades absolutas – ou, como também são conhecidas, biológicas – nem sempre tem
sua satisfação associada imediatamente a uma solução econômica.
Tomemos a necessidade de respirar, por exemplo: em muitas comunidades modernas, a preservação
das áreas verdes e o controle da poluição do ar podem requerer grandes esforços econômicos. O segundo
grupo compreende as necessidades relativas ou sociais. São relativas porque não são idênticas para todos os
indivíduos. Compreendem o conjunto de hábitos, normas, costumes e valores (uso de talheres e pratos, cama
para dormir, leitura, audiência de uma sinfonia e outros).
As necessidades dos indivíduos, quer sejam absolutas modificam-se a cada novo dia. Alguns estados
a esse respeito revelam que as necessidades são hierarquizadas, isto é, um indivíduo procura satisfazer suas
necessidades em certo momento ou período de sua vida por etapas consecutivas, uma após outra. O primeiro
degrau é reservado para as necessidades biológicas ou básicas. Satisfeitas estas necessidades, o indivíduo
precisa de segurança, em seu mais amplo sentido: segurança no emprego, na comunidade, no lar. A etapa
seguinte refere-se à necessidade que o indivíduo sente de viver em comunidade, ser aceito pelo grupo,
relacionar-se. Na etapa seguinte, quer satisfazer seu ego: busca reconhecimento, status, poder. A última etapa
nesta hierarquização refere-se à auto-realização: o indivíduo abre-se a novos desafios, procura a
experimentação de forma decidida (motivo que leva alguns cientistas a inocularem vírus no seu próprio
organismo, para testarem determinada teoria ou vacina).

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Segundo estes estudos, uma necessidade superior não poderá ser suprida sem a satisfação da
necessidade imediatamente anterior. Outro aspecto revela que a posição do indivíduo na sua hierarquia de
necessidades é mutável ao longo do tempo, ou seja, o indivíduo terá projetadas novas hierarquias
introduzidas pelas transformações do meio, principalmente.

Bens

A satisfação de uma necessidade no sentido aqui tratado requer a existência de um bem. Mesmo as
mais elementares necessidades são satisfeitas por um certo tipo de bem. O ar, por exemplo, é o bem que
satisfaz a necessidade de respirar. Em circunstâncias normais, quando se caracteriza a sua abundância, este e
outros bens, como a água dos mares e a luz do sol, são considerados bens livres, não constituindo um
problema cuja solução esteja no âmbito da análise econômica. A maioria das necessidades do indivíduo será
satisfeitas por bens escassos, cuja obtenção irá requerer certa quantidade de trabalho. Estes bens são
denominados bens econômicos e compreendem duas categorias de bens: os bens tangíveis, isto é, que se
pode apalpar, que são materiais, portanto, e os bens intangíveis, que não são de natureza física, como os
serviços. Na tentativa de melhor compreensão do fato econômico, a classificação dos bens completou-se com
o enquadramento dos bens econômicos tangíveis nas seguintes categorias:

a) Bens de consumo
Compreendem os produtos que se destinam ao consumo. Subdividem-se em bens de consumo não duráveis
(que possuem existência muito limitada no tempo e geralmente desaparecem ao satisfazer a necessidade,
como os alimentos, por exemplo) e bens de consumo duráveis (cuja utilização é substancialmente
prolongada, como eletrodomésticos, automóveis, etc).

b) Bens de capital
Compreendem os bens destinados à produção de novos bens e por isso são também conhecidos por “bens de
produção”. São as máquinas industriais, ferramentas, etc. Além destas duas categorias de bens econômicos
tangíveis, que poderiam ser classificadas de bens finais porque satisfazem necessidades de consumo ou de
investimento sem exigir mais nenhuma transformação, existem os bens intermediários, como o aço, o
cimento e uma infinidade de outras mercadorias que requerem transformações antes de se converterem num
bem de consumo ou bem de capital.

Questões Centrais da Economia


O dilema traduzido pelo confronto entre recursos humanos e materiais – escassos e necessidades coletivas e
individuais – ilimitadas implica a existência de três questões fundamentais:

O que e quanto produzir?


Custo de oportunidade,
→ Máxima possibilidade de produção → Curvas de Possibilidades de Produção (CPP)
Como produzir?
Possibilidades tecnológicas, responsabilidade da sociedade como um todo.
→ Otimizar recursos Humanos e Patrimoniais → Busca da Eficiência Produtiva
Para quem produzir?
Alocação e distribuição da renda.
→ Busca da Equidade

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4.1.1. Margem de contribuição sem fatores limitantes


4.1.2. Limitação da capacidade de produção

Fatores de limitação que podem afetar a capacidade de produção:

 Mão-de-obra;
 Matéria-prima;
 Máquinas e equipamentos;
 Espaço físico da fábrica, etc.

Exemplo
A empresa Ibiporã S.A. tema seguinte estrutura de preços e custos referentes a seus produtos:

Produto PVunit. CVunit. Consumo de Hrs/homen


unit.
A 190 110 4
B 280 129 10
C 275 121,5 12
D 290 124,5 15

Custo fixo mensal 2.500


Despesa variável 10% sobre vendas (restrição)

Devido a uma greve na empresa a quantidade de horas homens ficou reduzida a 428, insuficiente para sua
produção visto que suas vendas atingem 14 unidades de cada produto.

Vendas: 14 unidades de cada produto

Resolução
Produto PV CV/Unit DV MCunit H.H Mc HH
A 190 110 19 4
B 280 129 28 10
C 275 121,5 27,5 12
D 290 124,5 29 15
428H

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