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2011/1
Professor Evandro P. Colombo
evandro@esucri.com.br (esclarecimento de dúvidas)
Curso de Ciências Contábeis
Disciplina de Contabilidade Gerencial
CONTABILIDADE GERENCIAL
Gasto ou desembolso
Aquisição ou pagamento resultante da aquisição de bem ou serviço.
Tipos:
Despesa: Bem ou serviço consumidos direta, ou indiretamente para obtenção de receitas.
Investimento: Gasto ativado em função de sua vida útil, ou de benefícios atribuíveis a futuro(s) período(s).
Perda: Bem ou serviço consumidos de forma anormal e involuntária.
Custos: Gasto relativo à bem, ou serviço utilizado na produção de outros bens ou serviços.
Custos diretos: São aqueles que podem ser alocados diretamente na produção de um bem ou serviço.
Custos indiretos: São aqueles que dependem de rateio para serem alocados a produção de um bem ou
serviço.
Custos fixos: São aqueles que independem da quantidade produzida de um bem ou serviço.
Custos variáveis: Estão diretamente relacionados à quantidade produzida de um bem ou serviço.
Centro de Custos:
Estrutura intermediária de um sistema de custeio para acumulação de custos.
Normalmente utiliza-se o conceito de áreas.
Premissas básicas:
Contabilidade de Custos, nada mais é do que um Sistema de Informações. O sucesso de um Sistema
de Informações depende do pessoal que o alimenta e o faz funcionar.
Não há em hipótese alguma nenhuma forma de a qualidade dos relatórios produzidos serem superior a
qualidade dos dados inseridos.
Quem não vê utilidade em um dado, não lhe dá importância.
Custos Industriais:
Sob o ponto de vista “custos”, a operação industrial pode ser descrita de várias formas, dependendo do tipo
de produto e processo. A maneira de descrever operações industriais de forma mais abrangente é:
Fabricar um produto significa adquirir matéria-prima para manipulá-la, combiná-la, transformá-la e
acondicioná-la com outros produtos, além de controlar sua qualidade, seus custos, despesas, perdas e
desperdícios, até chegar ao produto final que atendam às especificações pré-determinadas.
Desta forma, chama-se “custo”, o valor adicionado às matérias-primas, ou seja, o valor dos componentes
adicionados e pré-montados, os vários materiais auxiliares e de consumo, a mão-de-obra direta e indireta
alocadas no processo de fabricação.
Exemplos:
Compras do período: 15.000
MOD: 30.000
CIF: 19.000
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Pede-se
1 - Compra de MP do período
2 - Custo da produção acabada (CPA)
3 - Custo da produção do período (CPP)
4 - Custo de Transformação (CT)
Comportamento de Custos
Análise do Comportamento de Custos é o estudo de como custos específicos respondem nas trocas de
atividades.
O ponto inicial na Análise do Comportamento de Custos é mensurar atividade chaves.
Níveis de atividades poderão ser expressos em termos de
Vendas em reais ou unidades (empresa varejista),
Quilômetros percorridos (empresa de transporte),
Ocupação de quartos (hotel)
O índice de atividade identifica a atividade que causa mudanças no comportamento dos custos.
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Custos Variáveis
Custos Variáveis são custos que variam no total diretamente e proporcionalmente com mudanças no nível de
atividade. Um custo variável também poderá ser definido como um custo que permanece o mesmo por
unidade em todo nível de atividade.
Custos Fixos
Custos Fixos são custos que permanecem o mesmo no total não havendo mudanças no nível de atividade.
Desde que os Custos Fixos permaneçam constantes no total e que não haja mudanças no nível de atividade,
Custos Fixos por unidade variam inversamente com a atividade. Quando o volume aumenta, o custo unitário
decresce e vice versa.
Custos Mistos
Custos Mistos contém ambos: um elemento de custo variável e um elemento de custo fixo.
Características:
a) Os custos são acumulados na ordem de produção por elementos de custos durante determinado período
(semana, quinzena, mês), levando em conta o departamento ou processo de fabricação, cujo este, vem de
encontro ao caminho transitado pelo produto no processo de fabricação.
b) No caso onde os produtos são processados em mais de um determinado departamento, os custos
correspondentes são lançados a cada fase de fabricação, de forma que o custo total vai sendo acumulado até
que a ordem de produção esteja concluída.
c) Somente quando a ordem de produção é terminada pode-se saber o custo real de fabricação do produto.
d) Os custos apropriados nas ordens de produção, enquanto estas não estão completadas, passam a compor o
inventário de produtos em processos (andamento ou em fase de fabricação).
e) O custeamento por ordem de produção é usado em empresas, cujos produtos ou lotes de produtos podem
ser perfeitamente identificados no processo de fabricação, isso ocorre principalmente, em relação à produção
não padronizada ou produção não repetitiva.
a) Gasto administrativo: o sistema exige considerável trabalho para o registro das informações requeridas no
adequado preenchimento das ordens de produção;
b) Os controles permanentes são necessários para assegurar a correlação dos dados de material e de mão-de-
obra direta apropriado a cada ordem de produção.
Fluxo de documentos:
1. Pedido de vendas: Um pedido de venda é preparado com base na emissão da venda;
2. Ordem de produção: Uma ordem de produção dá início aos trabalhos da ordem, a qual são debitados os
elementos de custos;
3. Formulário de requisição de materiais: Cartão de controle de tempo de mão-de-obra; Taxas
predeterminadas de custo indireto;
Estes custos de fabricação são acumulados em formulários, elaborados pela contabilidade, conhecidos como:
Folha de registro de custo.*
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* O registro de custo constitui a base de cálculo dos custos do produto unitário utilizados na determinação
dos custos dos produtos vendidos.
Exemplo:
Durante o mês de janeiro, a CIA Governo trabalhou em duas ordens de produção.
Os dados relativos a essas duas ordens são os seguintes:
Os CIF`s são atribuídos na base de horas de MDO direta a uma taxa de R$ 3,75/hora.
Durante o mês de janeiro, a ordem 100 foi completada e transferida para produtos acabados.
A ordem 101 não foi completada no final do mês.
Pede-se:
1 - Calcule o custo unitário da ordem 100.
2 - Calcule o saldo final da conta de produtos em processo.
3 - A ordem 100 foi vendida e o preço de venda é 140% do custo.
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Obs:
No caso dos estoques iniciais e finais, deve-se levar em conta o estágio que se encontra o produto do
processo analisado com relação ao produto acabado do mesmo processo de fabricação.
O sistema contínuo é normalmente indicado para indústrias de aparelhos domésticos, alimentos enlatados,
refinarias de petróleo, indústrias de cimento, cal, papel, açúcar, produtos alimentícios, etc.
No tratamento contábil, os custos são acumulados em contas diversas das diversas linhas de produção e são
encerrados sempre no fim de cada período. (dia, semana mês, trimestre, semestre, ano). A avaliação do custo
por unidade produzida é feita com base no custo médio do período.
Características:
Característica Ordem de produção Produção contínua
A produção se destina à Pedidos específicos ou estoques Estoque
Produção Por ordem de produção Por departamento
Custo acumulado Por ordem de produção Por departamento
Custo total calculado Por ordem de produção Fim do período de custo
Calculo dos custos unitários Custo ordem / Custo do departamento /
unidades produzidas produção departamento
Exemplo:
Durante o período foram transferidos para o departamento de embalagens 60.000 unidades e ficou um saldo
de 20.000 unidades com estágio de 100% em relação Ao material e 50 % de custo de conversão.
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Exemplo:
O boi, depois de morto, é cortado e seus pedaços são comercializados.
Refinação de petróleo resulta em óleo combustível, gasolina, querosene, óleo lubrificante e asfalto.
Sendo assim, a distinção entre co-produto e sub-produto baseada no valor comercial é mais
representativa na realidade, porém essa distinção pode variar no tempo e no espaço, dependendo do gosto dos
consumidores. Um produto que hoje é considerado co-produto em função do mercado, amanhã poderá passar
para a classificação de subproduto, ou seja, a classificação final vai depender do mercado consumidor.
O problema para a montagem do custo dos co-produtos está exatamente na primeira fase do processo de
fabricação. Adota-se então, um método para distribuir esses custos. Os custos da fase seguinte serão
debitados diretamente a cada um dos produtos, o porquê do ponto de separação, daí para frente, aparecerá
dois processos distintos que irão receber os seus custos próprios.
Para os gerentes é necessário saber o custo do produto para tomadas de decisão e controle de custos.
Porém, conforme advertem alguns autores as avaliações baseadas nas alocações de custos conjuntos para fins
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gerencias podem ser enganosas, portanto é necessário distinguir a necessidade de alocação para cada um dos
propósitos. Enquanto alguns dos critérios de rateio sugeridos possam ser usados para avaliar estoques, não
satisfazem para a tomada de decisão, pois o custo total do processo até o ponto de separação é pré-Produção
conjunta e decisões gerenciais:
Assim como o custo total de centro produtivo é apropriado aos produtos conforme algum critério de rateio,
no caso da produção conjunta, os custos realizados até o ponto de separação também teriam de ser
apropriados aos produtos segundo alguma base de rateio. Na necessidade de encontrar um método de
alocação apropriado pode utilizar abordagens dos benefícios recebidos e as abordagens do valor relativo de
mercado, conforme especificam Hansen e Mowen (2000), a saber:
Abordagem de Benefícios Recebidos parte do pressuposto que é possível atribuir o custo ao produto
em base da sua unidade física, como volume ou peso ou medindo os benefícios recebidos. Seus dois
métodos são:
Método de Unidades Físicas - sob este método os custos conjuntos são atribuídos para produtos
com base em alguma medida física. Cada produto recebe a parcela de custos proporcional a
quantidade produzida. A sua lógica se encontra na justificativa de que todos os produtos
resultantes passam pelo mesmo processamento e seria impossível de dizer qual custa mais. A
restrição de aplicação se encontra na necessidade de conversão dos produtos para mesma unidade
de medida. Segundo Maher (2001 apud Faria et. alli. 2006) a atribuição direcionada pela
quantidade é recomendada quando os preços dos co-produtos são muito voláteis, ou ainda quando
os preços de venda são estabelecidos por entidades reguladoras;
Método da Média Ponderada – atribuição de fatores ponderados pode incluir diversos elementos
como tempo de manufatura consumido, grau de dificuldade, diferenças no tipo de matéria-prima e
mão-de-obra. A aplicação correta do método consistirá na escolha apropriada do fator de
ponderação.
Alocações Baseadas no Valor Relativo de Mercado - esta abordagem é defendida pelos contadores,
pois se acredita que alocação deve acontecer de acordo com habilidade de produtos a absorver os
custos conjuntos. No resultado da sua aplicação não existem produtos rentáveis ou não-rentáveis, pois
na sua totalidade eles estariam cobrindo ou não às despesas. Esta abordagem encontra variações de
métodos, conforme explicado a seguir:
Método do Valor de Venda no Ponto de Separação - este método aloca custos conjuntos
com base em valor de venda do respectivo produto em ponto de Produção conjunta e
decisões gerenciais. Quanto mais alto for o valor de mercado, maior será a carga de custo
alocada neste produto;
Método do Valor Líquido Realizável – quando não existe o preço de venda no ponto de
separação, como sugerido no método anterior, pode-se partir do preço de venda após o
processamento adicional;
Método da Porcentagem Constante da Margem Bruta – este método reconhece que os
custos incorridos após o ponto de separação são parte do custo total sobre o que se espera
obter o lucro bruto geral. As receitas para os produtos individuais são ajustadas para o
lucro bruto, custos separáveis são deduzidos e a o resultado é o custo conjunto alocado.
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Exemplo
Uma fábrica de fios tem o processo inicial de fabricação o departamento de fiação que produz os co-produtos
fios nº 1, nº 2, nº 3 e nº 4. No último mês produziu um total de 120.000 unidades por um custo de fabricação
de R$ 360.000
Produção:
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Custo Padrão:
Método pelo qual devem ser imputados aos bens ou serviços os custos padrões incorridos; Estes devem ser
apurados da forma mais científica possível, objetivando o ponto ideal de qualidade e eficiência dos recursos,
com o mínimo de desperdício; Este método tem por objetivo a análise de eficiência dos Custos reais
incorridos. Pode ser considerado uma meta de longo prazo.
RWK:
Método pelo qual devem ser imputados aos bens ou serviços todos os custos e todas as despesas reais
incorridas, obtidos pela contabilidade geral; Devem ser observados os Princípios Contábeis, principalmente o
de Competência; Processo composto de duas fases:
2a. Alocação dos valores acumulados nos Centros de Custo aos bens ou serviços.
Além desses métodos, são utilizados os custos de transferências e os valores praticados no mercado
para formação de preço de venda. Os custos de transferências são aqueles utilizados nos relacionamentos
entre as áreas de responsabilidade existentes nas empresas. Já os valores de mercado são aqueles praticados
por outras empresas do mesmo ramo.
Exemplo
Método de custeio – Absorção e Variável
A empresa Colombo S.A., apresenta os dados abaixo mencionados referentes às operações projetadas para o
primeiro quadrimestre de 2009:
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Janeiro Fevereiro Março Abril Total
Volume de produção 1.000 1.100 1.300 2.000 5.400
Volume de venda 570 840 1.000 2.000 4.410
Preço de venda/unit 11,1 12 12 12 MP +
Custo variável unit 7,5 7,5 8 8,5 MOD
Despesa variável unit 1,3 1,5 1,5 1,5
Custo fixo mensal 1.400 1.500 1.400 1.550 5.850
Despesa fixa mensal 270 285 270 290 1.115
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3. Relações Custo/Volume/Lucro
É a diferença entre o preço de venda de uma unidade e os custos e despesas variáveis da respectiva
unidade:
MC = Pv un – CDv un.
Sempre que calculamos o PE utilizando o conceito de MC, deve-se elaborar uma DRE o que permite
verificar se os resultados estão corretos.
Em outras palavras, margem de contribuição pode ser entendida como o excesso de receitas de uma
atividade sobre os custos relevantes que estão disponíveis para cobrir os custos fixos, contribuindo dessa
maneira, para a formação do lucro empresarial. O lucro somente aparecerá quando os custos fixos forem
totalmente cobertos.
Uma das finalidades da análise da relação custo-volume-lucro é calcular o ponto de equilíbrio, isto é,
o ponto no qual as receitas das vendas são iguais aos custos e despesas e o lucro é zero (nulo).
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Premissas iniciais:
Legenda:
PE = ponto de equilíbrio c - contábil e - econômico f - financeiro
RT - receita total Pv – preço de venda U = Unitário
CF – custo fixo Cv – custo variável Q = Quantidade
DF – despesa fixa Dv – despesa variável
CDF – custo fixo + despesa fixa
CDv – custo variável + despesa variável
Lembrete:
Os custos e despesas fixas não se alteram em função de um volume determinado de produção.
Favor verificar o gráfico no texto fornecido.
Linearidade e Intervalo de Relevância: ponto de vista dos economistas.
PEc corresponde a versão clássica de PE, isto é, o RESULTADO encontrado pela aplicação da fórmula
indica quantas unidades a empresa precisa vender para que suas receitas sejam iguais os seus custos e
despesas gerando um resultado nulo.
(*) existem outras contas econômicas na DRE que não representam saída de recurso.
(**) outros valores podem ser incorporados à fórmula se representarem saídas de recursos da empresa.
Exemplo:
Sabendo-se que a empresa deseja um retorno mínimo de 10% ao ano sobre o PL de $ 24 milhões e que 20%
dos seus fixos são depreciações, pede-se:
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De forma geral, os fatores de produção compreendem, basicamente, o capital, os recursos naturais (ou
simplesmente terra) e a força de trabalho (ou simplesmente trabalho).
Acrescentam-se, nos dias de hoje, a tecnologia e a capacidade empresarial como recursos necessários à
produção.
Capital;
Recursos Naturais;
Força do Trabalho;
Tecnologia;
Capacidade Empresarial;
Capital
Todo bem destinado à produção de outro bem se classifica como recurso de capital. Por capital
entende-se, portanto, a infra-estrutura produtiva (edifícios, por exemplo), as máquinas, as ferramentas, etc.
Para alguns economistas, o conceito de capital compreende o próprio fluxo de remuneração (salário) e
pagamentos (de bens e serviços adquiridos das empresas).
Para outros, compreende toda a renda que é empregada para gerar lucro. Nos dias de hoje, o conceito
prevalecente é aquele que define o capital como um conjunto de recursos da natureza econômica, distintos e
passíveis de reprodução, que possibilita a obtenção de um rendimento em períodos determinados.
Encontramos presentemente classificação do capital em capital técnico, capital jurídico e capital contábil. O
primeiro refere-se ao conjunto de bens materiais utilizados no processo da produção, sendo, assim, uma
noção de caráter geral; o capital jurídico tem a ver com a sua relação com os titulares de direito (capital
privado e capital público, por exemplo), tanto quanto o capital contábil (capital de giro, capital de
empréstimo, capital de participação, capital nacional, capital estrangeiro etc).
A formação de capital decorre da acumulação de riqueza destinada à obtenção de novas riquezas. É
esta capacidade de geração de riqueza, consubstanciada nos investimentos, isto é, na capacidade de aumentar
os meios de produção, que irá determinar o ritmo de desenvolvimento econômico de uma nação. Isto porque
o emprego eficiente de bens de capital possibilita elevação do rendimento do trabalho humano e da
produtividade real do sistema econômico.
Os recursos necessários à formação de capital podem ser de origem interna ou externa, isto é,
procedente de outros países. Os recursos internos compreendem a poupança, que nada mais é do que a
parcela da renda que não é destinada ao consumo imediato. Esta poupança nem sempre é espontânea.
Cogitou-se, recentemente, a formação de uma poupança compulsória – ou forçada – para fazer à
necessidade tanto de investimento como de redução da demanda e, conseqüentemente, combate à inflação. A
poupança pode ser proveniente de indivíduos, das empresas e do setor público. Os recursos externos vêm
suprir uma carência de recursos internos, sob a forma de empréstimos, de investimentos estrangeiros, ajudas
governamentais e outras.
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Recursos naturais
Força do trabalho
Aplicando aos instrumentos, num dado espaço físico, o trabalho humano, dele resultará a
transformação do meio em que habita e a produção de bens segundo suas próprias necessidades. O sistema
econômico depende fundamentalmente da qualidade do trabalho humano, que é eminentemente criador. O
ser humano procura criar, desenvolver e enriquecer novos meios de produção, com vistas ao progresso e
evolução da técnica.
Para alguns economistas, clássicos, o trabalho é o determinante do valor econômico. Segundo esta
linha de pensamento, todos os fatores de produção, em última análise, se resume num só: o trabalho, fonte
única de todo o progresso humano. Para outros economistas clássicos, menos radicais, o valor advém da
colaboração entre o capital e o trabalho.
Tecnologia
Significa o estudo das técnicas. Por técnica, entende-se a maneira correta de executar qualquer tarefa.
É o “saber como”, definindo formas, instrumentos, equipamentos, métodos, características físicas de
materiais intermediários e outros insumos para a obtenção de um bem econômico. A tecnologia pode ser
definida como o conhecimento humano aplicado à produção.
Neste sentido, alguns autores consideram a tecnologia como uma mercadoria, com todas as suas
características: tem um preço, pode ser adquirida e também se torna obsoleta. As nações subdesenvolvidas
são potencialmente compradoras de tecnologia originária de nações desenvolvidas.
Neste contexto, assumem papel preponderante na transferência de tecnologia as firmas estrangeiras e
as licenças de produção por firmas estrangeiras e as licenças de produção por firmas nacionais, mediante o
pagamento de royalties. Uma inovação técnica quer seja através de descoberta de novas matérias-primas,
mudança nos métodos de produção, criação de novos produtos ou substituição de equipamentos, termina por
modificar a divisão social do trabalho e as técnicas de produção, elevando a produtividade do trabalho.
Estas inovações, de grande impacto na economia, se manifestam como inovação (ou tecnologia) de
processo e inovação (ou tecnologia) de produto. Uma tecnologia de produto caracteriza uma inovação que
leva a um produto novo, isto é, que apresentará certas peculiaridades que qualificarão um produto diferente
daquele anteriormente oferecido. Já a evolução tecnológica de processo atinge tão-somente o processo de
fabricação, sem mudanças nas características do produto. Refere-se, neste caso, a diminuições no tempo de
obtenção do produto, reduções no número de operações, racionalização no uso de matérias-primas etc.
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Capacidade empresarial
A função empresarial é vital para a condução da ordem capitalista. Nas economias onde a livre
iniciativa impera, compete aos empresários explorar uma invenção ou introduzir uma inovação de produto ou
de processo, de abrir nova frente de oferta de bens e serviços, novos usos para produtos conhecidos,
reativação e reorganização de indústrias etc.
O tipo empresarial é definido pela reunião de aptidões presentes em uma pequena parcela da
população, que levam à descoberta de oportunidades de investimento, ao financiamento da operação, à
obtenção e utilização adequada dos fatores de produção e à organização e coordenação das operações de
forma eficiente. A capacidade empresarial se resume, portanto, em conseguir que as coisas sejam feitas.
Necessidades humanas
Registramos anteriormente que as necessidades do homem são ilimitadas. Vamos analisar este
particular aspecto da natureza de forma detalhada e sistematizada, dada a sua importância e vinculação com o
próprio equacionamento do problema econômico. Uma primeira questão a responder diz respeito ao volume
de necessidades que possamos ter.
Evidentemente, um ser humano que vive numa comunidade moderna tem necessidades diversas e em
maior quantidade do que alguém que vivia na Idade Média. Uma volta por uma das alas comerciais de um
shopping center das grandes metrópoles ou meia hora de televisão comprovam facilmente esta afirmação.
Além deste aspecto temporal, há de se considerar que, somado ao volume, também a composição das
necessidades varia entre habitantes de uma metrópole e de uma cidadezinha do interior do Estado. Em que
pese a diversidade entre volume e composição das necessidades humanas, é possível detectar várias
características comuns. As necessidades podem ser coletivas ou individuais. No primeiro caso, estão
enquadradas as necessidades que todo o grupo sente tais como a necessidade de segurança, educação,
saneamento básico, saúde, etc.
Estas necessidades coletivas são satisfeitas em parte ou totalmente por ação do Estado. As
necessidades individuais compreendem dois grupos: o de necessidades absolutas do homem, isto é,
relacionadas às exigências de natureza biológica do homem, como dormir, esperar, comer, habitar, procriar,
vestir, etc. Estas necessidades absolutas – ou, como também são conhecidas, biológicas – nem sempre tem
sua satisfação associada imediatamente a uma solução econômica.
Tomemos a necessidade de respirar, por exemplo: em muitas comunidades modernas, a preservação
das áreas verdes e o controle da poluição do ar podem requerer grandes esforços econômicos. O segundo
grupo compreende as necessidades relativas ou sociais. São relativas porque não são idênticas para todos os
indivíduos. Compreendem o conjunto de hábitos, normas, costumes e valores (uso de talheres e pratos, cama
para dormir, leitura, audiência de uma sinfonia e outros).
As necessidades dos indivíduos, quer sejam absolutas modificam-se a cada novo dia. Alguns estados
a esse respeito revelam que as necessidades são hierarquizadas, isto é, um indivíduo procura satisfazer suas
necessidades em certo momento ou período de sua vida por etapas consecutivas, uma após outra. O primeiro
degrau é reservado para as necessidades biológicas ou básicas. Satisfeitas estas necessidades, o indivíduo
precisa de segurança, em seu mais amplo sentido: segurança no emprego, na comunidade, no lar. A etapa
seguinte refere-se à necessidade que o indivíduo sente de viver em comunidade, ser aceito pelo grupo,
relacionar-se. Na etapa seguinte, quer satisfazer seu ego: busca reconhecimento, status, poder. A última etapa
nesta hierarquização refere-se à auto-realização: o indivíduo abre-se a novos desafios, procura a
experimentação de forma decidida (motivo que leva alguns cientistas a inocularem vírus no seu próprio
organismo, para testarem determinada teoria ou vacina).
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Segundo estes estudos, uma necessidade superior não poderá ser suprida sem a satisfação da
necessidade imediatamente anterior. Outro aspecto revela que a posição do indivíduo na sua hierarquia de
necessidades é mutável ao longo do tempo, ou seja, o indivíduo terá projetadas novas hierarquias
introduzidas pelas transformações do meio, principalmente.
Bens
A satisfação de uma necessidade no sentido aqui tratado requer a existência de um bem. Mesmo as
mais elementares necessidades são satisfeitas por um certo tipo de bem. O ar, por exemplo, é o bem que
satisfaz a necessidade de respirar. Em circunstâncias normais, quando se caracteriza a sua abundância, este e
outros bens, como a água dos mares e a luz do sol, são considerados bens livres, não constituindo um
problema cuja solução esteja no âmbito da análise econômica. A maioria das necessidades do indivíduo será
satisfeitas por bens escassos, cuja obtenção irá requerer certa quantidade de trabalho. Estes bens são
denominados bens econômicos e compreendem duas categorias de bens: os bens tangíveis, isto é, que se
pode apalpar, que são materiais, portanto, e os bens intangíveis, que não são de natureza física, como os
serviços. Na tentativa de melhor compreensão do fato econômico, a classificação dos bens completou-se com
o enquadramento dos bens econômicos tangíveis nas seguintes categorias:
a) Bens de consumo
Compreendem os produtos que se destinam ao consumo. Subdividem-se em bens de consumo não duráveis
(que possuem existência muito limitada no tempo e geralmente desaparecem ao satisfazer a necessidade,
como os alimentos, por exemplo) e bens de consumo duráveis (cuja utilização é substancialmente
prolongada, como eletrodomésticos, automóveis, etc).
b) Bens de capital
Compreendem os bens destinados à produção de novos bens e por isso são também conhecidos por “bens de
produção”. São as máquinas industriais, ferramentas, etc. Além destas duas categorias de bens econômicos
tangíveis, que poderiam ser classificadas de bens finais porque satisfazem necessidades de consumo ou de
investimento sem exigir mais nenhuma transformação, existem os bens intermediários, como o aço, o
cimento e uma infinidade de outras mercadorias que requerem transformações antes de se converterem num
bem de consumo ou bem de capital.
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Mão-de-obra;
Matéria-prima;
Máquinas e equipamentos;
Espaço físico da fábrica, etc.
Exemplo
A empresa Ibiporã S.A. tema seguinte estrutura de preços e custos referentes a seus produtos:
Devido a uma greve na empresa a quantidade de horas homens ficou reduzida a 428, insuficiente para sua
produção visto que suas vendas atingem 14 unidades de cada produto.
Resolução
Produto PV CV/Unit DV MCunit H.H Mc HH
A 190 110 19 4
B 280 129 28 10
C 275 121,5 27,5 12
D 290 124,5 29 15
428H
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