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INTRODUÇÃO
O Estado de Rondônia foi criado em 1981, com uma área de 238.512,8 km² e uma
população estimada em 1.379.787 habitantes ( IBGE, 2000). O Estado tem o 3º Produto
Interno Bruto (PIB) da Região Norte, perdendo apenas para os Estados do Pará e
Amazonas de acordo com, Silva (apud BARTHOLO &BUROZTYN, 1999).
Localizado na Amazônia Ocidental, seu clima predominante é o tropical úmido e
quente, a precipitação média anual é em torno de 1.400 a 2.500 mm, o período chuvoso
ocorre entre os meses de outubro a abril e o período mais seco em junho, julho e agosto.
(FERNANDES et all, 2001).
Os solos de Rondônia apresentam diversidade, mostrando predominância dos latossolos,
Argissolos, Neossolos, Gleissolos e Cambissolos; um potencial em torno de 59%
propicio para lavoura; mais de 16%, para pastagem; e mais de 5%, para reflorestamento
e ou pastagem nativa (FERNANDES, et all, 2001).
Em 1970, assegurando a modernização da exploração mineral por grandes ocupação do
território, permitindo a aquisição controlada de terras por pequenos multinacionais e
promovendo a distribuição de terras, o Governo promove a rápida produtores
marginalizados no Centro-Sul do Pais pela política de modernização agrícola (BECKER
& MIRANDA 1990) Este fato resultou em um grande fluxo migratório na década de
70, na ocupação de espaço físico de rápida e desordenada.
Em 1977, o então território, possuía dois municípios e, em 1995, passa a ter 52. Possuía
uma economia eminentemente agrícola que, nos últimos anos, vem se transformando
para pecuária, fato que é observado pelo crescente desmatamento e conseqüente
expansão das áreas de pasto e o aumento do rebanho pecuário no Estado.
Desde 1985 o estado de Rondônia vem apresentando um processo de “pecuarização”
acentuado, podendo ser estimado atualmente em efetivo rebanho maior que 11 milhões
de cabeças e uma área de pastagens cultivadas superior a 5.3 milhões de ha., com o
destaque ao capim B. brizantha,cutivar Marandu, forrageira que ocupa a maior área de
pastagens cultivadas no Estado e a principal fonte alimentar dos rebanhos. Em muitos
casos, as pastagens foram e são formadas sem qualquer orientação técnica e manejadas
inadequadamente, resultando num rápido e crescente processo de degradação,
colocando em risco todo o processo produtivo. Aliado a estes fatores, ainda pode-se
afirmar que o atual nível de descapitalização do produtor, associado às baixas taxas de
remuneração da atividade obriga o mesmo à não reinvestir no setor, comprometendo o
empreendimento a nível social, ambiental e econômico.
2. CIGARRINHAS-DAS-PASTAGENS
Na fase ninfa sugam continuamente a seiva das raiz, produzindo uma espuma branca
típica (secreção das glândulas de Bateli) assemelhada á saliva, que protege as ninfas dos
raios solares e de predadores.
Na fase adulta, além de sugar a seiva, injeta uma substância tóxica que produz a
sintomatologia típica da injuria, causada pelas cigarrinhas, queima das pastagens.
2.2 CARACTERÍSTICAS DAS PRINCIPAIS ESPÉCIES DE CIGARRINHAS
Deois flavopicta – coloração preta com duas faixas transversais amarelas nas asas
anteriores, clavo amarelo, com 10 mm de comprimento e com abdome e pernas
vermelhas ( Fig 6 );
Espécies
Fases do ciclo Z. entreriana D. flavopicta M. fimbriolata D. schach
Primeiros
Adultos Ninfas Adultos Ninfas Ovos
Quiescentes
Ovos de Cigarrinhas 180 a 200 dias
25 a 30 dais 10 a 15 dias
10 a 15 dias
Solo
OUTUBRO NOVEMBRO DEZEMBRO JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL
1ª Geração
2ª Geração - Aumentada
3ª Geração - Infestação Máxima
Fonte: Estudo proposto por GALLO et.al., 1988.
3.1. Controle biológico: Tem-se mostrado uma alternativa valida no controle das
cigarrinhas em cana-de-açúcar. Embora em pastagens os resultados de eficiência é entre
10 a 60%.
3.3. Controle cultural: Manejo adequado de cada tipo de capim, controlando a altura
por meio do pastejo, fazendo com que haja uma menor relação número de ninfas de
cigarrinhas por quilograma de matéria verde. Outras medidas culturais temos formação
de pastagens realizar adubação de formação e manutenção, consorciar na área
gramíneas nativas ou resistentes com gramíneas susceptíveis, etc.
3.4. Controle químico: Como medida exclusiva para o controle das cigarrinhas torna-
se antieconômica em grandes áreas, em decorrência da baixa eficiência desses produtos
sobre ninfas do inseto e do número elevado de aplicações que devem ser executadas.
Quando o controle químico se faz necessário como medida emergencial, o mais
indicado é a utilização de produtos de baixa toxidade, pouco agressivos ao meio
ambiente e, se possível seletivos aos inimigos naturais (ANVISA, 2006).
5.000
4.000
Quantidade (kg)
2.000
1.000
1
Produto
Nota-se que a porcentagem de descartes (12,4%), superou a preconizada por Alves et al.
(1999) e Leite et al. (2003), os quais afirmam que a porcentagem de descarte não poderá
ser superior a 10%. Tais descartes estão relacionados com os ajustes iniciais dos
equipamentos empregados no processo produtivo e, principalmente, pelo surgimento de
contaminantes (outros fungos e bactérias).