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CONTROLE BIOLÓGICO DAS CIGARRINHAS-DAS-PASTAGENS COM

FUNGO METARHIZIUM ANISOPLIAE

Alves, José Renato

Zootecnista EMATER; Porto Velho, Rondônia; e-mail: joserenato@emater-ro.com.br

INTRODUÇÃO

As pastagens constituem-se em fontes de alimento para diversas espécies de herbívoros,


devendo ser conduzida de uma forma técnica a semelhança de outras culturas. Estar se
explorando nestas áreas diferentes possibilidades de incrementar a produção de gado,
incluindo um manejo racial das savanas naturais e a introdução de espécies forrageiras
de alto valor nutritivo adaptadas as condições climáticas e edáficas próprias de cada
região.
O estabelecimento e manutenção das pastagens, principalmente de gramíneas tropicais,
estão sujeitos á vários fatores que uma vez menosprezados podem comprometer a
produção de carne e leite. Entre esses fatores deve-se dar ênfase ao aparecimento de
insetos pragas, que pelo aumento de suas populações podem causar danos econômicos
as pastagens com reflexo direto na produção animal. O aumento das populações de
insetos nas pastagens está diretamente correlacionado com o crescimento das áreas de
plantio e com a maior disponibilidade de alimento.
Por isso se faz necessário o conhecimento das diferentes pragas como sua biologia,
hábito e danos que causam as espécies forrageiras.Dessa forma, será possível detectar a
existência destes problemas, identificar sua causa, avaliar sua importância e realizar seu
controle.
O presente trabalho esta dividido em cinco capítulos: o primeiro capítulo caracterização
do Estado de Rondônia e caracterização do agroecossistema, o segundo capítulo
contempla biologia e descrição das principais espécies de cigarrinhas que ocorrem nas
pastagens do Brasil, e os danos causados, o terceiro capitulo destaca processo de
produção do fungo, considerações sobre o fungo, sua produção, etapas, controle
biológico, vantagens e desvantagens, modo de ação, segurança na aplicação e aplicação
o capítulo quatro descreve custo de produção, com despesas fixas, mão-de-obra, custo
de aquisição de materiais, custo operacional e custo de venda, o capitulo cinco a
conclusão apresenta considerações sobre o controle biológico através do fungo
Metarhizium anisopliae no controle das cigarrinha-das-pastagens no setor
agropecuário.
1. CARACTERIZAÇÃO DO ESTADO DE RONDÔNIA

O Estado de Rondônia foi criado em 1981, com uma área de 238.512,8 km² e uma
população estimada em 1.379.787 habitantes ( IBGE, 2000). O Estado tem o 3º Produto
Interno Bruto (PIB) da Região Norte, perdendo apenas para os Estados do Pará e
Amazonas de acordo com, Silva (apud BARTHOLO &BUROZTYN, 1999).
Localizado na Amazônia Ocidental, seu clima predominante é o tropical úmido e
quente, a precipitação média anual é em torno de 1.400 a 2.500 mm, o período chuvoso
ocorre entre os meses de outubro a abril e o período mais seco em junho, julho e agosto.
(FERNANDES et all, 2001).
Os solos de Rondônia apresentam diversidade, mostrando predominância dos latossolos,
Argissolos, Neossolos, Gleissolos e Cambissolos; um potencial em torno de 59%
propicio para lavoura; mais de 16%, para pastagem; e mais de 5%, para reflorestamento
e ou pastagem nativa (FERNANDES, et all, 2001).
Em 1970, assegurando a modernização da exploração mineral por grandes ocupação do
território, permitindo a aquisição controlada de terras por pequenos multinacionais e
promovendo a distribuição de terras, o Governo promove a rápida produtores
marginalizados no Centro-Sul do Pais pela política de modernização agrícola (BECKER
& MIRANDA 1990) Este fato resultou em um grande fluxo migratório na década de
70, na ocupação de espaço físico de rápida e desordenada.
Em 1977, o então território, possuía dois municípios e, em 1995, passa a ter 52. Possuía
uma economia eminentemente agrícola que, nos últimos anos, vem se transformando
para pecuária, fato que é observado pelo crescente desmatamento e conseqüente
expansão das áreas de pasto e o aumento do rebanho pecuário no Estado.
Desde 1985 o estado de Rondônia vem apresentando um processo de “pecuarização”
acentuado, podendo ser estimado atualmente em efetivo rebanho maior que 11 milhões
de cabeças e uma área de pastagens cultivadas superior a 5.3 milhões de ha., com o
destaque ao capim B. brizantha,cutivar Marandu, forrageira que ocupa a maior área de
pastagens cultivadas no Estado e a principal fonte alimentar dos rebanhos. Em muitos
casos, as pastagens foram e são formadas sem qualquer orientação técnica e manejadas
inadequadamente, resultando num rápido e crescente processo de degradação,
colocando em risco todo o processo produtivo. Aliado a estes fatores, ainda pode-se
afirmar que o atual nível de descapitalização do produtor, associado às baixas taxas de
remuneração da atividade obriga o mesmo à não reinvestir no setor, comprometendo o
empreendimento a nível social, ambiental e econômico.

1.1. CARACTERIZAÇÃO DO AGROECOSSISTEMA

As pastagens cultivadas são agroecossistema semi-perenes, o que permite sua utilização


por um longo período de tempo. Além disso são estabelecidas em áreas extensas
substitutivas a sistemas naturais e estáveis, o que vem sendo responsável pela
eliminação da fonte de alimento natural de insetos fitófagos e de seus inimigos naturais
criando condições para surtos de pragas nas pastagens (OLIVEIRA; NASCIMENTO,
1997).
Estas pragas são divididas em grupos segundo os locais de ataque:
 Nas raízes: Cupins, Percevejo castanho.
 Nos Perfilhos: Cochonilha, Percevejo das gramíneas e cigarrinhas-das-
pastagens.
 Nas folhas: Lagartas, Saúvas e Gafanhotos.
No quadro 1 pode-se observar a relação entre a fenologia da planta e a época de
ocorrência das principais pragas de pastagens.

Fonte: OLIVEIRA, M. C.,1997.

2. CIGARRINHAS-DAS-PASTAGENS

O termo cigarrinhas-das-pastagens inclui um complexo de espécies, presentes em


diferentes regiões do Brasil e devido a essa diversidade, bem como diversidades de
ordem geográfica e climática, o programa de manejo não pode ser único para todo o
país. O complexo das cigarrinhas-das-pastagens (Homóptera Cercopidae) inclui as
seguintes espécies: Deois incompleta, importante na região norte do país; Notozulia
entreriana, Deois schach e Aeneolamia seleta, importantes para o Nordeste e Deois
flavopicta, que juntamente com Notozulia enteriana predominam nos estados do Brasil
(MIRANDA et al., 2002)

2.1. BIOLOGIA E DESCRIÇÃO DAS PRINCIPAIS ESPÉCIES DE


CIGARRINHAS QUE OCORREM NAS PASTAGENS DO BRASIL

As cigarrinhas apresentam abdômen com segmentação completa, dividido em 11


segmentos sendo os 3 primeiros quase sempre reduzidos ou mesmo ausentes, as pernas
são no geral ambulatórias, sendo as posteriores adaptadas ao salto. São insetos fitófagos
e terrestres, sugando tanto a parte aérea como as raízes das plantas, onde além de
causarem danos diretos, que se originam da sucção contínua da seiva, causam
deformações e lesões nos tecidos, transmitindo virose e inoculando substâncias
toxicogênicas (LARA,1992).
Miranda et.al. (2002), as cigarrinhas-das-pastagens são insetos paurometabólicos, ou
seja, apresentam estágios de desenvolvimento de ovo, ninfa e adulto.
Fonte: Alves, J. R. 2007

Na fase de ovo são de coloração amarelada, de 0,7 mm de comprimento por 0,3 mm de


largura, permanecem ao solo até a eclosão.

Fonte: Alves, J. R. 2007

Na fase ninfa sugam continuamente a seiva das raiz, produzindo uma espuma branca
típica (secreção das glândulas de Bateli) assemelhada á saliva, que protege as ninfas dos
raios solares e de predadores.

Fonte: Alves, J. R. 2007

Na fase adulta, além de sugar a seiva, injeta uma substância tóxica que produz a
sintomatologia típica da injuria, causada pelas cigarrinhas, queima das pastagens.
2.2 CARACTERÍSTICAS DAS PRINCIPAIS ESPÉCIES DE CIGARRINHAS

Deois schach – com 10 mm de comprimento, coloração preta esverdeada, com uma


faixa de cor alaranjada transversal no terço apical das asas anteriores ( Fig 5 );

Fonte: Alves, J. R. 2007

Deois flavopicta – coloração preta com duas faixas transversais amarelas nas asas
anteriores, clavo amarelo, com 10 mm de comprimento e com abdome e pernas
vermelhas ( Fig 6 );

Fonte: Alves, J. R. 2007

Deois incompleta – as formas adultas têm 7 a 9 mm de comprimento, de coloração


castanha, com manchas esbranquiçadas ou creme nos élitros e faixa longitudinal no
cravo das asas, em forma de V ( Fig 7 );
Fonte: Alves, J. R. 2007

Notozulia entreriana – mede 6 a 9 mm de comprimento, coloração preta, sendo que no


terço apical das asas anteriores existe uma faixa transversal, de coloração branca
amarelada ( Fig 8 );

Fonte: Alves, J. R. 2007


Mahanarva fimbriolata – o macho apresenta 13 mm de comprimento por 6,5 mm de
largura, coloração vermelha com tégminas orladas de preto e percorridas por uma faixa
longitudinal da mesma tonalidade, nas fêmeas as tégminas são mais escuras e de
coloração marrom. Comumente conhecida como cigarrinha-da-cana-de açúcar (Fig .9)
Fonte: Alves, J. R. 2007

Tabela 1. Ciclo biológico (dias) de diferentes espécies de cigarrinhas-das-pastagens.

Espécies
Fases do ciclo Z. entreriana D. flavopicta M. fimbriolata D. schach

Ovo 19,6 11,1 22,5 14,3


Ninfa 33,0 34,2 35,0 47,7
Pré-oviposição 3,0 4,0 13,5 3,0
Total 55,6 49,3 71,0 65,0
Longevidade - Adulta 10,4 10,4 -- 10,4
- Machos 19,0 10,9 -- 19,0
- Fêmeas

Fonte: SILVEIRA NETO (1994); TERÁN (1987).

As populações de cigarrinhas-das-pastagens e seu comportamento estão


estritamente relacionadas com as condições climáticas, particularmente a elevada
umidade e a temperatura do solo.
Aplicação
Início das
de Fungos
Chuvas
Adultos

Primeiros
Adultos Ninfas Adultos Ninfas Ovos
Quiescentes
Ovos de Cigarrinhas 180 a 200 dias
25 a 30 dais 10 a 15 dias
10 a 15 dias

Solo
OUTUBRO NOVEMBRO DEZEMBRO JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL

1ª Geração
2ª Geração - Aumentada
3ª Geração - Infestação Máxima
Fonte: Estudo proposto por GALLO et.al., 1988.

2.3. DANOS CAUSADOS PELAS CIGARRINHAS-DAS-PASTAGENS

A altas populações, as cigarrinhas reduzem drasticamente o crescimento das gramíneas,


diminuindo a produção das pastagens, que quando severamente atacadas pelas
cigarrinhas nas partes verdes e nas brotações da planta, causando uma fitotoxidade que
varia entre as espécies de gramíneas utilizadas nas pastagens (NAVES, 1980). Esta
fitotoxidade promove redução nos teores de proteína bruta, ácidos graxos e minerais,
com conseqüente queda na qualidade nutricional da forragem (PEREIRA et al, 1982).
Segundo Gallo et al. (2002), as cigarrinhas reduzem a produção de massa verde em
cerca de 15% em média, além da vasta área atacada ela ainda concorre com o gado na
época em que ele normalmente deveria recuperar-se do período da seca, e nessa época o
capim amarelecido torna-se de baixa aceitabilidade o que faz com que o animal coma
menos deixando de produzir leite e carne.

Tabela 2. Parâmetros para determinação do nível de infestação


CONCEITOS INFESTAÇÃO RECOMENDAÇÕES DE
OCUPAÇÃO
BAIXO MENOS QUE 20 SUPORTA A
NINFAS/M² PERMANÊNCIA DOS
ANIMAIS
MÉDIA 21 A 50 NINFAS/M² SUPORTA 50%DA SUA
CAPACIDADE
ALTA 51 A 80 NINFAS/M² SUPORTA 25% DA SUA
CAPACIDADE
MUITO ALTA MAIS QUE 80 RETIRAR TODOS
NINFAS/M² ANIMAIS
GALLO et. al., 2002.
3. METODOS DE CONTROLE DAS CIGARRINAS-DAS-PASTAGENS

Como alternativa a essa sistemática de controle, há o chamado Manejo Integrado de


Pragas (MIP), que consiste na utilização inteligente de várias medidas de controle,
visando atingir a eficiência econômica com consciência ecológica e social (SILVA,
2007).
Segundo Marucci (2006), para o controle do complexo de cigarrinhas recomenda-se o
Manejo Integrado de Pragas utilizando-se da consorciação de vários métodos como:

3.1. Controle biológico: Tem-se mostrado uma alternativa valida no controle das
cigarrinhas em cana-de-açúcar. Embora em pastagens os resultados de eficiência é entre
10 a 60%.

3.2. Resistência de plantas: Algumas forrageiras mostram-se resistentes por


apresentarem características que dificultam a propagação da praga, como pilosidade,
rigidez dos tecidos e produção de alomônios de alimentação Exp. Andropógon, Jaraguá,
Estrela, Gordura, etc.

3.3. Controle cultural: Manejo adequado de cada tipo de capim, controlando a altura
por meio do pastejo, fazendo com que haja uma menor relação número de ninfas de
cigarrinhas por quilograma de matéria verde. Outras medidas culturais temos formação
de pastagens realizar adubação de formação e manutenção, consorciar na área
gramíneas nativas ou resistentes com gramíneas susceptíveis, etc.

3.4. Controle químico: Como medida exclusiva para o controle das cigarrinhas torna-
se antieconômica em grandes áreas, em decorrência da baixa eficiência desses produtos
sobre ninfas do inseto e do número elevado de aplicações que devem ser executadas.
Quando o controle químico se faz necessário como medida emergencial, o mais
indicado é a utilização de produtos de baixa toxidade, pouco agressivos ao meio
ambiente e, se possível seletivos aos inimigos naturais (ANVISA, 2006).

3.5. PROCESSO DE PRODUÇÃO DE FUNGOS ENTOMOPATOGÊNICOS


METARHIZIUM ANISOPLIAE NA BIOFÁBRICA NO ESTADO DE
RONDÔNIA

Os objetivos da instalação da biofábrica são: atender o programa de controle biológico


das cigarrinhas-das-pastagens no Estado e contribuir com a formação de alunos das
faculdades e universidades locais em suas formações profissionais.
Dessa forma foi criado no Estado.de Rondônia o Programa de Controle das Cigarrinhas-
das-Pastagens iniciado em 31/03/2004, sendo coordenado pelos órgãos governamentais:
A IDARON, FEFA/RO, EMATER/RO, SEAPES, SEDAM, CEPLAC/RO,
EMBRAPA/RO, SFA/RO e CSL.
A Biofábrica conta com uma infra-estrutura física composta por: um laboratório, uma
micoteca, uma sala de preparação do meio de cultura, uma sala de esterilização, sala de
inoculação, uma sala de germinação e uma câmara fria, totalizando uma área de
construção de 405 m² com produção de 120 kg/fungo/dia.
O Gráfico 1, mostra as quantidades de arroz parboilizado, fungo produzido e
descarte durante a safra 2006/2007.
Produção Total - Safra 2006/2007
6.000

5.000

4.000
Quantidade (kg)

Arroz (3.627 Kg)


3.000 Fungo (5.374,39 Kg)
Descarte (666,6 Kg)

2.000

1.000

1
Produto

GRÁFICO 1 – Produção total – safra 2006 / 2007.


Fonte: Biofábrica, 2007.

Nota-se que a porcentagem de descartes (12,4%), superou a preconizada por Alves et al.
(1999) e Leite et al. (2003), os quais afirmam que a porcentagem de descarte não poderá
ser superior a 10%. Tais descartes estão relacionados com os ajustes iniciais dos
equipamentos empregados no processo produtivo e, principalmente, pelo surgimento de
contaminantes (outros fungos e bactérias).

3.6. CONSIDERAÇÕES SOBRE O FUNGO ENTOMOPATOGÊNICO


METARHIZIUM ANISOPLIAE

Fonte: Alves, J. R. 2007


O fungo Metarhizium anisopliae é um deuteromiceto (fungo imperfeito) da família
Moniliacease que se caracteriza por atacar um grande número de espécies de insetos.
É um fungo facilmente cultivado em meio de cultura artificial em Biofábrica, o que
caracteriza o seu potencial como agente controlador de insetos pragas para as mais
diversas condições ambientais e ecossistemas.

A produção do fungo Metarhizium anisopliae na Biofábrica localizada no Município de


Pimenta Bueno, é realizada em meio sólido.
Esse método de produção é bastante adequado para a obtenção dos fungos
entomopatogênicos mais comuns e permite a produção direta de unidades infectivas
(ALVES, 1999).

3.7.1. ETAPAS DA PRODUÇÃO

Fonte: Alves, J. R. 2007

ISOLAMENTO DO PATÓGENO: É feito através da transferência de estruturas do


mesmo presente em cadáver para meio de cultura artificial BDA “batata, dextrose
anidra-agar”. A esporulação ocorre entre 3 a 5 dias, transcorridos estrutura conídios ,
micélio sendo armazenado em temperatura de 4 ºC.

Fonte: Alves, J. R. 2007

REPICAGEM DO INÓCULO: É repicado para placas de petri contendo BDA,


formando as pré-matrizes.

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