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Perdidos, os pais muitas vezes se omitem e transferem essa missão à escola, que se
restringe a dar uma “orientação” sobre reprodução humana, limitando-se apenas a
vincular a sexualidade às diversas moléstias infecciosas e, conseqüentemente, aos
inúmeros riscos decorrentes da prática sexual. Nessa linha de trabalho, a camisinha
assume o posto de redentora dos que se lançam aos prazeres desconhecidos. “Usem
camisinha”, alertam os educadores.
Em sua experiência como sacerdote, qual é, a seu ver, a maior dificuldade dos pais com
relação à educação para a sexualidade?
Frei Anselmo – Entender o sentido da sexualidade, dentro dos preceitos cristãos. Deus
criou o homem e a mulher para criar uma comunidade de amor, e lhes confiou o milagre
da vida. Então o sexo tem por finalidade, primeiramente, expressar o amor do homem e
da mulher, que é afetivo e espiritual: dois corpos que se entregam um ao outro, e,
quando essa relação sexual é fruto espontâneo da dupla união de alma e de coração, é
uma união bela, santa e meritória. É a mais bela e pura expressão externa do amor
interno, o complemento físico do amor espiritual e afetivo.
Como os pais poderão evitar que seus filhos iniciem a vida sexual precocemente?
Frei Anselmo – Ensinando, desde cedo, que fazer sexo sem amor é prostituição. O sexo
só faz bem quando o homem e a mulher percebem que a doação mútua dos corpos é
conseqüência da dupla doação do amor afetivo e espiritual. O sexo deve ser sempre
fruto do amor e os pais devem educar os filhos para essa realidade e, conforme eles vão
crescendo, ensinar que o casamento, o amor não é buscar para si a felicidade, mas
construir para o outro a felicidade.