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Lóren Grace Kellen Maia Amorim Mariana Martins Pereira Rosana Sueli da Motta Jafelice
loren_wesley@yahoo.com.br maguianna@yahoo.com.br rmotta@ufu.br
INTRODUÇÃO
Este trabalho mostra a utilização da modelagem no ensino médio (Modelação no
ensino), procurando mostrar uma aplicação da matemática no cotidiano. O texto
descreve algumas etapas da modelagem e um método desenvolvido para mostrar a
validade do método de cubagem utilizado pelo madeireiro e apresenta também uma
atividade que tem por objetivo auxiliar o professor no processo de ensino aprendizagem
de como ajudar o aluno na construção do conhecimento em relação ao volume do cone.
A intenção, quando procuramos compreender o método de cubagem da madeira
utilizado pelo madeireiro exibido em (BIEMBENGUT, 2003) é proporcionar ao aluno
um ambiente diferente para que o mesmo desenvolva sua aprendizagem de forma
compreensiva e significativa. O desenvolvimento deste projeto que fora intitulado
“Modelagem no ensino médio: Cubagem de Madeira” propiciou um espaço de
aprendizagem em Geometria Espacial.
Nesse trabalho trataremos do relato da experiência e dificuldades de elaboração
do referido projeto, bem como, da reflexão sobre os saberes movimentados e os
desdobramentos decorrente destes.
Para a realização do projeto o desafio era o de elaborar uma proposta de uma
atividade para alunos do ensino médio, envolvendo o ensino de Matemática através da
modelagem. Muito tempo foi necessário para se chegar à decisão de que havia no grupo
o desejo e a necessidade de desenvolver algo que pudesse ser trabalhado com o aluno,
deste nível de ensino, de maneira fácil, prática e prazerosa. A utilização da informática
se despontou como propício para explorar os conceitos de “Geometria Plana e Espacial”
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e, além disso, despertar o interesse dos alunos. Acreditava-se que este conteúdo abriria
um leque enorme de possibilidades para a realização de um trabalho interessante e
estimulador. Mas que material seria esse? Após a dedicação de várias horas discutindo e
realizando leituras e pesquisas, em diferentes textos e sites, optou-se pela construção de
uma atividade de ensino no ambiente computacional na tentativa de tornar real à
proposta imaginada.
Pensávamos que compreender a modelagem do método de cubagem utilizado
pelo madeireiro e a construção da atividade de ensino no ambiente computacional seria
fácil, porém quando começamos a desenvolver o trabalho, tivemos algumas surpresas,
pois não foi tão trivial perceber a matemática utilizada na abordagem de
(BIEMBENGUT, 2003) e nem na construção da atividade. Durante a elaboração da
mesma descobrimos o quanto é importante o professor desenvolver uma atividade antes
de propô-la a seus alunos, pois assim poderá identificar e entender que conteúdo
Matemático é possível ser explorado, e quando os alunos indagá-lo o professor não será
pego de surpresa.
Outro ponto relevante na produção da apresentação se relaciona a descoberta,
durante a preparação, sobre os vários conteúdos de Matemática possíveis de serem
explorados além daqueles pensados inicialmente. A idéia inicial proposta evidenciava
apenas o volume do cone, do cilindro e do prisma. Entretanto, a experiência nos levou a
descobrir que outros conteúdos estavam relacionados e poderiam ser também
explorados, tais como: perímetro, área, semelhança de triângulo.
a) Interação
Reconhecimento da situação-problema;
Familiarização com o assunto a ser modelado referencial teórico.
b) Matematização
Formulação do problema hipóteses;
Resolução do problema em termos do modelo;
c) Modelo matemático
Interpretação da solução;
Validação do modelo avaliação.
ao multiplicar a área (Aq) pela altura (h), determina o volume de um prisma e
4
não de um cilindro. A razão é de .
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Volume do cone: O volume do cone é obtido por 1/3 do produto da área da base
pela altura, então:
V = (1/3) r³
Vt VC Vc Vt R ² H r ² h
3
Vt VC Vc Vt R ² H r ² h
3
Uma vez que os triângulos ABC e ADE são semelhantes podemos obter o valor de x,
por:
R h x 0,3 4,8 x
x 24
r x 0,25 x
V r ² h
V2 0,275²4,8
V2 0,363m ³ 1,140m ³
L 3
Como a altura do triângulo eqüilátero é h = ,
2
Considerando que o raio na metade do tronco seja a média entre os raios inferior
e superior, temos que:
circunferência 2
R r 2 0,30 0,25 0,55m
2 2
2
0,55
V4 4,8 0,09075 ² m³ 0,896m ³
4
Figura 4
Assim, 2x = 24,6 cm
Figura 5
Encontrando k (espessura de cada tábua), temos que:
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Agora vamos calcular a quantidade de tábuas (n) que poderão ser retiradas na
base menor, cujo raio é de 25 cm.
Temos um triângulo eqüilátero de lados 25 cm, logo a sua altura será de:
L = 21,65 cm.
Assim teremos que n = 21,65/2,5 8
Logo, podemos retirar 8 tábuas de cada prisma.
Encontrando a menor largura do prisma
27,5 23,81
x 4,4
x 3,81
Portanto a largura das tábuas irá variar entre 24,6cm e 4,4cm.
Ou seja, a largura depende do número de tábuas.
L= 27,5 – 2,89n
onde n é o número de tábuas tiradas.
Comparando:
0,33 100
Em percentagem, representa aproximadamente 28,9%
1,140
0,244 100
21,4%
1,140
ATIVIDADE
Atividade 2: Nessa atividade o aluno irá escolher uma altura, na tela aparecerá
uma serra elétrica que irá cortar o cone em uma certa altura. Depois do corte teremos
um cone menor e um tronco de cone.
Em seguida o cone e o tronco de cone irão encher então os alunos terão que
colocar o conteúdo no cone maior.
O objetivo dessa atividade é que o aluno compreenda como encontrar o volume
do tronco de cone.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
BIBLIOGRAFIA