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Quão lamentável, mas este mal É o “disse que me disse”, que tem levados muitos a
servirem aos propósitos maléficos. Vigie o vosso falar, para que não incorram no erro e
sejam considerados por todos como fofoqueiros e indignos de confiança.
O ato de difamar é visível entre pessoas. A satisfação de muitos é observar a vida alheia
e destacar os erros, é prazeroso para estes falar da vida do próximo. Tudo é motivo
para apontar e falar. Estes semeiam a discórdia.
A mentira está muito atuante entre as pessoas. A sociedade atual tem a mentira como
uma necessidade no dia-a-dia. Jamais devemos compactuar com a mentira. Nossa
palavra deve ser sempre verdadeira, esta condição se aplica em todos os aspectos da
vida; seja profissional, pessoal e ou religioso.
.Elias R. de Oliveira
http://www.vivos.com.br/index.htm
“A fofoca é o mais desprezível dos vícios; pois, por não poder influenciar o espírito e o
caráter dos sábios, rasteja como uma serpente venenosa e refugia-se na alma dos
fracos, tolos e ociosos”
(Gutemberg B. de Macedo)
O burro pede passagem
O mínimo que se pode dizer do burro é que ele é um injustiçado. A ele se atribuem a
ignorância e a teimosia.. A fama acaba contagiando os sinônimos. Assim como existe
a burrice, existe o asno e a asneira. O máximo que lhe é concedido: o trabalho. Por
vezes, as pessoas admitem: trabalhei como um burro. Trata-se de uma avaliação
preconceituosa. Na realidade, o burro não é burro. E nada tem a ver com a burrice
dos humanos.
Algumas lições que o burro nos ensina: ele caminha com segurança, descendo
ladeiras íngremes, escolhendo o melhor lugar para atravessar um rio, coisas que nem
sempre o cavalo sabe fazer com segurança. Ele conhece o caminho para retornar à
casa e não se deixa impressionar com a pressa de seu dono. O burro presta serviços
de maneira digna, é manso com todos, sabendo ser compreensivo com as crianças e
idosos. O burro não é vaidoso, não se assusta com foguetes ou grandes multidões.
Come apenas o necessário e não escolhe o que comer. Qualquer coisa serve.
O burro ............, sabe onde pisa, usa sempre a calma, contorna obstáculos. Ele não
tem pressa e não perde de vista seu destino. É leal ao seu dono, mesmo pobre, idoso
ou doente. Não se queixa do trabalho e da fadiga. E todas as dificuldades não o
fazem perder a ternura.
Ele poderia ser vaidos, mas não é. Muitas vezes tem ocupado lugares importantes na
história do homem. No primeiro Natal, quando não havia lugar para o menino, o burro
o acolheu em sua pobre casa, uma estrebaria. Foi ainda ele quem o ajudou na fuga
para o Egito e que carregou Jesus na entrada triunfal em Jerusalém. O burro foi amigo
de Santo Antônio, ........... E Francisco de Assis chamou-o com o doce nome de irmão.
Na realidade, o burro não é tão burro como imaginamos. Nem teimoso. Ele parece
entender muito de amor, pois faz de sua vida um serviço. Não é vaidoso, não espera
aplausos, não se irrita com críticas, mesmo injustas. Ele é competente e sabe o seu
lugar. O mundo seria melhor se os homens imitassem suas atitudes, fazendo menos
burrice.
Aldo Colombo
CORREIO RIOGRANDENSE, 11/08/2010