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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA - UFSM

CENTRO DE EDUCAÇÃO SUPERIOR NORTE RS - CESNORS


DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA FLORESTAL

PROJETO DE RECUPERAÇÃO DE ÁREA


DEGRADADA NAS MARGENS DO ARROIO GAMBÁ

TRABALHO DE MANEJO DE BACIAS HIDROGRÁFICAS

Aramis Hemieleski Flores, Cleiton Pegoraro Piaia, Daniel Melz,


Maria Eliana de Souza Viera

Frederico Westphalen, RS, Brasil, 2010.


RECUPERAÇÃO DE ÁREA DEGRADADA NAS MARGENS
DO ARROIO GAMBÁ

Por

Aramis Hemieleski Flores


Cleiton Pegoraro Piaia
Daniel Melz
Maria Eliana de Souza Viera

Trabalho de Manejo de Bacias hidrográficas apresentado ao Curso de


Engenharia Florestal, da Universidade Federal de Santa Maria- Centro de
Educação Superior Norte-RS CESNORS.

Orientador: Fabrício J. Sutili

Frederico Westphalen, RS, Brasil

2010
SUMÁRIO

SUMÁRIO..................................................................................................................................3
1 INTRODUÇÃO E OBJETIVOS ............................................................................................4
2 CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA EM ESTUDO...................................................................5
2.1 Localização e características.............................................................................................5
2.2 Clima.................................................................................................................................8
2.3 Geologia e solos..............................................................................................................10
2. 4 Vegetação.......................................................................................................................12
2.5 Hidrografia......................................................................................................................14
3 DESCRIÇÃO DO LOCAL....................................................................................................16
3.1 Rede de drenagem...........................................................................................................17
3.2 Perfil longitudinal...........................................................................................................18
4 OBRAS DE BIOENGENHARIA APLICADAS EM TALUDE DO ARROIO GAMBÁ. . .19
4.1 Apresentação do problema..............................................................................................19
4.2 Proposta geral..................................................................................................................21
4.3 Descrição detalhada das operações.................................................................................22
4.4 Obtenção dos materiais...................................................................................................24
..............................................................................................................................................24
4.5 Descrição das espécies utilizadas ...................................................................................24
4.5.1 Cephalanthus glabratus (Cham. & Schlecht.) K. Schum........................................24
4.5.2 Salix X rubens Shrank.............................................................................................26
4.5.3 Schinus terebinthifolius Raddi.................................................................................27
4.5.4 Calliandra tweedii Benth .........................................................................................28
4.5.5 Sebastiania schottiana (Müll. Arg.) Müll. Arg.........................................................29
4.5.6 Hedychium coronarium J. König.............................................................................32
4.7 Custo de implantação......................................................................................................34
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................................................35
REFERÊNCIAS........................................................................................................................36
1 INTRODUÇÃO E OBJETIVOS

Segundo Martins (2007) um ecossistema torna-se degradado quando perde sua


capacidade de recuperação natural após distúrbios. Dependendo do grau de degradação do
meio, técnicas simples podem ser utilizadas para sua recuperação, dispensando tratamentos
mais dispendiosos (Galvão, 2000).
Uma das principais causas de degradação de matas ciliares é o desmatamento para
expansão da área cultivada, tanto para fins agrícolas, como para fins pecuários. Por vezes,
esse desmatamento não é caracterizado pela extração direta da vegetação, mas sim,
ocasionado pela presença de animais de grande porte em intensa movimentação no local que
acabam pisoteando o banco de plântulas, impedindo que a vegetação se estabeleça, e
causando danos as que ali já estão estabelecidas através do contato animal-caule das árvores
(situações comuns nos leitos dos rios do Estado). Em condições de intensa degradação é
necessária a adoção de técnicas e planos de recuperação visando restabelecer a vegetação que
protege o curso d’água e o solo.
Segundo definição de Durlo e Sutili (2005) a bioengenharia é caracterizada pelo
conhecimento das exigências e características biológicas da vegetação e de sua capacidade
para solução de problemas técnicos de estabilização de margens e encostas, combinado com a
construção de obras de grande simplicidade. Trata-se de técnicas em que plantas, ou parte
destas, são usadas como material vivo de construção, sozinhas ou combinadas com materiais
inertes, tais plantas devem proporcionar estabilidade.
Este trabalho tem o objetivo de apresentação do estudo de caso no leito do Arroio
Gambá (afluente do Rio da Várzea), identificando o problema, estudando as formas de
recuperação e por fim, apresentar os resultados esperados com a implantação das técnicas
propostas.
2 CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA EM ESTUDO

2.1 Localização e características

O município de Chapada localiza-se ao norte do Rio Grande do Sul. Situa-se na região


Fisiográfica do Planalto Médio na microrregião de Carazinho, e messorregião Noroeste Rio
Grandense (FIGURA 1).
Municípios que fazem parte da microrregião: Carazinho, Boa Vista das Missões, Cerro
Grande, Chapada, Barra Funda, Coqueiros do Sul, Jaboticaba, Lajeado do Bugre, Nova Boa
Vista, Novo Barreiro, Palmeira das Missões, Pinhal, Sagrada Família, Santo Antonio do
Planalto, São José das Missões, Sarandi.

FIGURA 1: Mapa Rio Grande do Sul – enfoque área do Município de Chapada- RS


Fonte: Prefeitura Municipal de Chapada- RS

O município de Chapada está localizado geograficamente, próximo a grandes centros


consumidores, como Carazinho (40 km), Sarandi (40 km), Palmeira das Missões (36 km),
Passo Fundo (90 km), Três Passos, Cruz Alta e Ijuí (150 km) e Frederico Westphalen (120
km). A distância em relação à capital é de 320 km, sendo a sua principal via de acesso a BR
386 através da via RS 330. A FIGURA 2 representa o município de Chapada-RS e suas
respectivas divisões intermunicipais, segundo carta do exercito.
Chapada limita-se ao norte e noroeste com os municípios de Palmeira das Missões e
Novo Barreiro, ao sul com Santa Bárbara do Sul, a sudeste com Carazinho e Almirante
Tamandaré do Sul e a nordeste com Nova Boa Vista e Barra Funda.

FIGURA 2: Mapa do Município e suas divisões intermunicipais .


Fonte: Exército Brasileiro.

O município de Chapada – RS é considerado de pequeno porte, sua área de extensão é


de 684, 04 Km² ( 68404 ha), sendo 18,2 Km² na área urbana e 665, 84 na aréa rural, segundo
IBGE (2009). Sua Área representa 0.2544% do Estado, 0.1214% da Região e 0.0081% de
todo o território brasileiro.
A sede do município encontra-se a uma altitude média de 436 metros acima do nível
do mar (Sema- RS e IBGE). Chapada localiza-se a uma latitude 28° 03’ sul e a uma longitude
de 53° 03’ oeste.
O município possui vários recursos naturais caracterizando assim uma riqueza bem
diversificada, possuindo matas de pinheiros, lindas cascatas embelezando o município, porém
estes recursos são explorados de forma errada pelas pessoas. O município não possui recursos
minerais de nenhuma espécie.
A Hidrografia do município e representada por diversos rios e quedas de água que são
encontrados na extensão de terra de Chapada. Destacam-se a cascata do Rio Góis, o Salto do
Rio Góis, o salto Barroso, no Rio da Várzea e a cascata do Rio Goizinho, no distrito de São
Miguel. O município tem diversos rios. Sendo o principal o rio da Várzea que nasce em Passo
Fundo corre por Carazinho e Chapada para desembocar no rio Uruguai.
A base da economia do município é a agricultura e pecuária, maior gerador de renda
para o município. O PIB do setor agropecuário corresponde à 67.587.000 reais.
Na agricultura destaca-se especialmente a produção de soja, seguida pelo cultivo de
milho e das culturas de inverno: trigo, cevada, canola, entre outras. As culturas de inverno
cada vez mais estão cedendo espaço para as pastagens que alimentam o gado leiteiro, este em
ascensão gradativa no município.
A erva-mate é de grande importância para a economia de Chapada, possuindo diversos
ervateiros responsáveis pela distribuição da mesma no município.
Na fruticultura há um acentuado crescimento na plantação de laranja, pêssego e figo.
Essas culturas já ocupam no município uma área em torno de 200 hectares. Todos os produtos
são vendidos in natura no município e na região.
Na piscicultura há uma forte tendência de expansão, onde já há vários produtores
empenhados na criação de peixes, que é comercializado quase que em sua totalidade no
próprio município. O principal peixe criado é a carpa.
O município por ser caracterizado como de pequeno porte, possui uma economia
diversificada. A tabela mostra a participação dos setores na economia do município.

Tabela 1: Participação dos setores na economia de Chapada- RS


Setor Porcentagem
Agricultura 72,73%
Comércio 15,64%
Serviços 7,27%
Indústria 4,36%
___________________ _____________________
_ _
A economia d
Fonte: IBGE, 2007.

O Produto Interno Bruto do município segundo levantamento do IBGE (2007), destaca


para a indústria o valor adicionado de 12.662 mil reais, para os serviços é de 80.171 mil reais ,
e como mencionado no texto para o setor agropecuário é de 67.587 mil reais sendo uma ótima
contribuição de renda. O PIB (Produto Interno Bruto), do município em relação ao preço
corrente é de 169260 mil reais. O PIB per capita do município é de 17930 reais, segundo
IBGE.
De acordo com o Censo Demográfico do IBGE de 2010 o número de habitantes no
município de Chapada é de 9375. Este número é distribuído na área urbana e também na área
rural, sendo que a maioria da população permanece no meio rural. Nos últimos anos pode-se
perceber que a população migrou da área rural para a área urbana, porém é possível observar a
continuidade da geração de renda na zona rural.
Segundo o Atlas de desenvolvimento humano Chapada tem o IDH (índice de
desenvolvimento humano) de 0,816 (PNUD, 2000) . Estando em 92° no ranking do estado e
em 284° no ranking nacional.

2.2 Clima

O clima da região, está enquadrado no tipo Cfa de Köppen (FIGURA 3) . A variedade


"Cfa" se caracteriza por apresentar chuvas durante todos os meses do ano e possuir a
temperatura do mês mais quente superior a 22°C, e a do mês mais frio superior a 3°C. As
temperaturas médias anuais variam entre 14 a 20°C, com temperaturas médias do mês mais
frio variando de 10 a 15°C, quando as geadas podem ser frequentes, especialmente nas
maiores altitudes.

FIGURA 3: Classificação climática segundo Köopen.


Fonte: http://www.climabrasileiro.hpg.ig.com.br/
No município de Chapada a temperatura média é de 19ºC, sendo registrado no verão a
máxima de 40ºC e no inverno a mínima de -3ºC. Pode-se ainda destacar o número de geadas
as quais oscila em torno de 10 por ano.
Os ventos dominantes são os do quadrante leste, sendo os do quadrante oeste de curta
duração. O vento minuano é naturalmente conhecido em Chapada. É um vento frio e seco, de
quadrante oeste, com rajadas fortes, característico dos meses de inverno.
As flutuações anuais e estacionais podem causar déficits hídricos consideráveis em
algumas áreas, especialmente no período de verão. A parte norte do Estado é menos afetada
pelos déficits, enquanto áreas mais ao sul, oeste e leste são mais atingidas, como podemos
notar na FIGURA 4.

FIGURA 4: Faixas de precipitação anual.


Fonte: http://coralx.ufsm.br/

A média de chuvas para o período de 1976 a 2002 no município de Chapada, foi de


1906,4 mm, dos totais anuais pluviométricos (Sotério et al.). No entanto, a ocorrência de
precipitações em anos de El Niño pode exceder os 2500 mm anuais.
2.3 Geologia e solos

Conforme conteúdo disponível no site do Inventário Florestal Contínuo, o Rio Grande


do Sul é constituído por terrenos rochosos cuja origem ou transformação recuam aos mais
diferentes períodos da história da crosta terrestre, trazendo o registro de distintos eventos
geodinâmicos.
O município de Chapada encontra-se no domínio geológico da Bacia do Paraná. As
Formações Rosário do Sul, Botucatu e Serra Geral (esta, produto de vulcanismo básico e
ácido) compõem o Grupo São Bento. Sendo que o vulcanismo fissural da Bacia do Paraná
está representado por espessos e extensos derrames de lavas, bem como por dique e soleiras,
com pequenos e eventuais corpos de rochas sedimentares associados.
As características geomorfológicas condicionam um relevo com predominância de
colinas, sendo mais acidentado na porção norte, e paulatinamente se tornando mais suave na
porção sul. Por esta diferenciação pode-se observar que ao norte a exploração da agricultura
trabalha com predominância na agricultura familiar e na porção sul ocorre uma exploração
agrícola pautada na agricultura de produção em larga escala.
A Formação Serra Geral tem idade de aproximadamente 110 a 160 milhões de anos. A
Seqüência Ácida dessa formação corresponde a áreas de relevo menos dissecado e menos
arrasado, compreende derrames de dacitos pórfiros, dacitos felsíticos, riolitos felsíticos,
riodacitos felsíticos, basaltos pórfiros e fenobasaltos vítreos.
De acordo com Streck et al. (2008), a área de interesse está situada na província
geomorfológica, planalto, formada por uma sucessão de pacotes de rochas vulcânicas (rochas
originadas por magna resfriado na superfície da crosta terrestre: basaltos riolitos da formação
Serra Geral).
O tipo de solo presente na área de estudo em questão é classificado como do tipo
Latossolo, segundo dados da EMATER/DIT- UFRGS (2005). O que pode ser melhor
visualizado na FIGURA 5.
FIGURA 5: Classificação de Solos
Fonte: EMATER/DIT- UFRGS, 2005.

Segundo Streck et al. (2008), os Latossolos normalmente, estão situados em relevo


plano a suave-ondulado, com declividade que raramente ultrapassa 7%, são solos profundos,
bem drenados, ácidos e de baixa fertilidade, podendo apresentar toxidez por alumínio.
Entretanto, a profundidade do solo associada ao relevo suave os torna de boa aptidão agrícola,
desde que corrigida a fertilidade química. Ocorrem, predominantemente, no norte do Estado
do Rio Grande do Sul na área do Planalto Meridional. Possuem também como característica a
difícil separação dos horizontes. Pode ser observado um Latossolo na FIGURA 6.
FIGURA 6: Solo do tipo Latossolo
Fonte: GIASSON , 2009.

São solos que apresentam avançado estágio de intemperismo e sua reserva em


nutrientes é, portanto, muito reduzida, fato que não impede que sejam solos bem produtivos
quando bem manejados (Oliveira, 2008).
O solo predominante em Chapada é do tipo Latossolo Vermelho aluminoférrico, cuja
característica é o elevado teor de ferro (≥ 18%).
Na propriedade do Sr. Walmor, as análises de solo solicitadas pelo proprietário
indicam um teor de argila entre 55 e 75%, caracterizando-se como um solo argiloso.

2. 4 Vegetação

Em relação à flora, Chapada está situada na região fitogeográfica denominada Floresta


Ombrófila Mista e se caracteriza pela ocorrência de florestas dominadas por araucárias (hoje
em extinção) e elementos da floresta do Alto Uruguai.
Suas matas sofreram grandes alterações devido à ocupação agrícola desordenada. O
desmatamento atingiu fortemente a região, de modo que a cobertura vegetal atende a padrões
legais em apenas 5% das áreas, e em 15% não há qualquer vegetação ciliar, (Prefeitura
Municipal de Chapada- RS, 2010).
A floresta nativa cobre apenas 8% do território do município que é coberto por
vegetação nativa, contando com a vegetação arbórea/arbustiva, campos e floresta nativa,
sendo somado a apenas mais 1% de floresta exótica plantada, prevalecendo as culturas do
eucalipto e pinheiro americano, conforme relata EMATER/ASCAR (2002).
Segundo o IBGE (2009), o município de Chapada possui 6.550 hectares de florestas
naturais, sendo 2.379 hectares destinados a preservação permanente ou reserva legal. Possui
também 289 hectares de florestas plantadas e 26 hectares em sistemas agroflorestais. Possui
15 hectares de áreas degradadas, 315 hectares de tanques, lagos ou açudes e 1.110 hectares de
terras inapropriadas para agricultura ou pecuária (Censo Agropecuário – 2006).
A Floresta Ombrófila Mista, na qual está incluído o município de Chapada, se
caracteriza pela presença da espécie Araucaria angustifolia, que imprime um aspecto próprio
desta formação, devido a sua abundância, porte e copa corimbiforme. Esta vegetação ocorre
intercalada com áreas de savana e estepes, caracterizando grande parte da paisagem do sul do
país. Sob as copas das Araucárias, crescem ainda diversas outras espécies de árvores,
arbustos, ervas, epífitos e lianas que variam de acordo com o estádio de desenvolvimento da
floresta (Sonego et al., 2007).
Desde a colonização a Floresta Ombrófila Mista, assim como os outros tipos florestais
do Rio Grande do Sul, foram explorados sem que houvesse a mínima preocupação com a
preservação desses ecossistemas, o que ocasionou na quase extinção deste tipo florestal. Os
poucos fragmentos que ainda restam estão em sua maioria alterados e em áreas de difícil
acesso, propriedades privadas ou nas poucas unidades de conservação existentes.
As espécies mais características e importantes da Floresta Ombrófila Mista estão
relacionadas no Quadro 1, por ordem do Valor de Importância (VI). Estas espécies são as
mais abundantes, dominantes e freqüentes da floresta, sendo as mais representativas da
associação.
Quadro 1: Espécies mais características e importantes da Floresta Ombrófila Mista por
ordem do Valor de Importância (VI).
Espécies DR1 FR2 DoR3 VI(%)4 Vi(%)A VC(%)6 VC(%)
cum.5 Acum.7
Araucaria angustifolia 4,46 1,76 13,65 6,62 6,62 9,06 9,06
Matayba elaeagnoides 4,14 2,32 5,28 3,91 10,54 4,71 13,77
Mortas 4,18 2,74 3,84 3,59 14,13 4,02 17,79
Nectandra megapotamica 3,09 1,72 3,60 2,80 16,93 3,35 21,13
Cupania vernalis 3,74 1,95 2,55 2,75 19,68 3,15 24,28
Sebastiania commersoniana 3,31 1,99 2,52 2,61 22,28 2,92 27,19
Luehea divaricata 3,50 1,44 2,79 2,58 24,86 3,15 30,34
Dicksonia sellowiana 2,32 1,02 2,84 2,06 26,92 2,58 32,92
Ocotea puberula 1,72 1,67 2,77 2,05 28,97 2,25 35,16
Ocotea pulchella 1,52 1,85 2,48 1,95 30,92 2,00 37,16
Lithraea brasiliensis 2,23 1,07 2,15 1,82 32,74 2,19 39,35
Blepharocalyx salicifolius 1,64 1,25 2,53 1,81 34,55 2,09 41,44
Cryptocarya aschersoniana 1,24 0,93 2,45 1,54 36,09 1,85 43,28
Campomanesia xanthocarpa 1,50 1,48 1,55 1,51 37,60 1,53 44,81
Ilex brevicuspis 1,17 1,21 2,00 1,46 39,06 1,59 46,39
Nectandra lanceolata 1,55 0,79 1,89 1,41 40,47 1,72 48,11
Allophylus edulis 1,30 1,67 0,75 1,24 41,71 1,03 49,14
Machaerium paraguariense 1,72 1,11 0,65 1,16 42,87 1,19 50,32
Myrocarpus frondosus 1,61 0,46 1,34 1,14 44,00 1,48 51,80
Prunus myrtifolia 0,87 1,44 1,04 1,12 45,12 0,96 52,75
Sub total 46,81 29,8 58,67 45,12 52,75
Restantes 53,19 7 41,33 54,88 47,25
TOTAL 100,0 70,1 100,0 100,0 100,0
3
100,
0
Fonte: Inventário Florestal Contínuo do RS.
1
- Densidade Relativa; 2- Freqüência Relativa;3 - Dominância Relativa; 4- Valor de Importância; 5- Valor de
Cobertura total da floresta; 6- Valor de Cobertura total da floresta acumulado

Estas 20 espécies (7,81% do total) representavam 46,81% da Densidade Relativa


(número de indivíduos), 29,87% da Freqüência Relativa, 58,67% da Dominância Relativa
(área basal), 45,12% do Valor de Importância e 52,75% do Valor de Cobertura total da
floresta. As 236 espécies restantes (92,19% das espécies), incluindo as exóticas encontradas,
as não identificadas e cipós, representavam 53,19% da Densidade Relativa, 70,13% da
Freqüência Relativa, 41,33% da Dominância Relativa, 54,88% do Valor de Importância e
47,25% do Valor de Cobertura total, (Inventário Florestal Contínuo do RS).

2.5 Hidrografia
A Região Hidrográfica do Uruguai abrange a porção norte, noroeste e oeste do
território sul-rio-grandense (FIGURA 7), com uma área de aproximadamente 127.031,13 km²,
equivalente a 47,88% da área do Estado. Sua população total está estimada em 2.416.404
habitantes, que equivale a 23,73% da população do Estado, distribuídos em 286 municípios,
com uma densidade demográfica em torno de 19,02 hab./km² (Pró Rio Uruguai).

FIGURA 7: Área da bacia do Rio Uruguai no território brasileiro.


Fonte: http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/bacias-hidrograficas/imagens/bacias6.gif

O Rio da Várzea é um dos principais tributários da margem esquerda do Rio Uruguai.


Drena águas do Planalto do Rio Grande do Sul (FIGURA 8), típica região de produção
agrícola (soja, trigo, milho, etc.), que caracteriza boa parte da bacia do Rio Uruguai. Dentro
de sua Bacia podemos incluir o município de Chapada, bem como a área de drenagem do
Arroio Gambá.
O desconhecimento das leis ambientais, fiscalização deficiente, e uma cultura popular
predatória, são fatores que acentuam a degradação ambiental de sua Bacia. Por apresentar
características comuns com a maioria dos rios da região, o Rio da Várzea pode ser tomado
como amostra do que ocorre no restante dos afluentes do Rio Uruguai.
FIGURA 8: Bacia do Rio da Várzea.
Fonte: http://marte.dpi.inpe.br/col/dpi.inpe.br/sbsr@80/2006/11.15.13.32/doc/1219-1225.pdf

A região possui, alem do Arroio Gambá, diversos outros afluentes do Rio da Várzea
podendo ser citados o Rio Góis, Rio Lageado Grande, Rio Turvo e Arroio Sarandi.

3 DESCRIÇÃO DO LOCAL

O local do presente estudo encontra-se no município de Chapada, na propriedade do


Sr. Walmor Piaia, nas coordenadas geográficas 27° 55’ 00” S e 53° 05’ 25” O.
O Arroio Gambá nasce dentro do município de Chapada, no distrito de Boi-Preto, a
partir da metade de sua extensão ele faz divisa entre o município de Chapada e Novo Barreiro.
O Arroio Gambá possui aproximadamente 24 km de extensão, desde sua nascente até
desaguar no Rio da Várzea, importante afluente do Rio Uruguai.
O trecho do Arroio que passa sobre a propriedade do Sr. Walmor possui 183 m de
comprimento, em média 7 m de largura e vazão aproximada de 0,55 m3/s, medidos no período
de outubro de 2010.
As principais espécies arbóreas nativas encontradas no local foram Parapiptadenia
rigida (Angico-vermelho), Schinus terebinthifolius (Aroeira-vermelha), Bauhinia
forficata (Pata-de-vaca), Myrcianthes pungens (Guabijú), Eugenia uniflora (Pitangueira),
Eugenia involucrata (Cerejeira), Campomanesia guazumifolia (Sete-capotes), Eugenia
pyriformis (Uvaia), Campomanesia xanthocarpa (Guabiroba), Sebastiania schottiana
(Branquilho), Myrciaria tenella (Cambuim), Calliandra tweedii (Sarandi), Allophylus edulis
(Chal-chal), Strychnos brasiliensis (Esporão-de-galo), Cephalanthus glabratus (Sarandi).
Também as espécies exóticas Morus nigra (Amora-preta), Morus Alba (Amora-branca) e
Salix x Rubens (Vime).

3.1 Rede de drenagem

A rede de drenagem do Arroio Gambá é do tipo exorréica, ou seja, a água dirige-se ao


oceano, possuindo um padrão geométrico do tipo dendrítico como podemos ver na FIGURA
9. A mesma figura mostra a hierarquia da rede fluvial e a maneira com que o Arroio se une ao
Rio da Várzea. Podemos verificar ainda a posição geográfica da área de drenagem pela
georeferência em coordenadas UTM (Universal Transversal de Mercator).

FIGURA 9: Rede de drenagem do Arroio Gambá.


O padrão fisionômico do Arroio pode ser considerado retilíneo, com trechos
meandrantes. Se for observada toda a extensão do Arroio, vê-se que ele percorre
aproximadamente 24 km, em um vale que tem 17,5 km. Isso equivale a um índice de
sinuosidade de 1,37, valor considerado transicional.

3.2 Perfil longitudinal

Com base nos dados levantados, foi construído o perfil longitudinal do Arroio Gambá
(FIGURA 10). Pode-se notar que o Arroio possui uma declividade maior em sua parte inicial,
onde estão as primeiras nascentes, e a declividade diminui ao passo que chega mais perto de
desaguar no Rio da Várzea.

FIGURA 10: Perfil longitudinal do Arroio Gambá.


4 OBRAS DE BIOENGENHARIA APLICADAS EM TALUDE DO ARROIO GAMBÁ

4.1 Apresentação do problema

O leito do Arroio Gambá, mais precisamente na propriedade do Sr. Walmor Piaia,


local do presente estudo, encontra-se em um constante processo de degradação, tendo como
causa principal a ação antrópica.
Os animais do proprietário tem livre acesso as margens do rio, com isso a erosão é
acentuada pelo pisoteio (FIGURA 11). O gado come as plantas que consegue alcançar, não
deixando assim as plântulas se desenvolverem, com isso observa-se a presença de apenas
árvores adultas e de porte médio a grande nas margens do Arroio.

FIGURA 11: Pisoteio de animais as margens do Arroio Gambá

Segundo Durlo e Sutili (2005), as espécies que, quando adultas, adquirem grande porte
não são as melhores para estabilização das margens, especialmente quando estas já se
encontram em processo de corrosão e desbarrancamento, como é o caso. Seu peso e efeito de
alavanca que exercem sobre as margens, especialmente na ocorrência de ventos fortes, as
tornam muitas vezes prejudiciais a estabilização. Alem disso, na ocorrência de grandes
enchentes, tais árvores constituem uma barreira física ao livre escoamento da água, podendo
agir como um mecanismo de apreensão de materiais que descem a corrente, formando
barragens temporárias.
Pode-se notar no local um grande problema envolvendo árvores de médio e grande
porte, as quais estão caídas para dentro do Arroio ou com potencial de cair, principalmente os
indivíduos da espécie exótica Morus nigra (Amora-Preta). Esta espécie é uma das mais
abundantes no local e muitas delas estão caídas, como podemos observar na FIGURA 12.

FIGURA 12: Morus nigra (amora-preta) caída para dentro do Arroio.

Principalmente nos locais onde há presença de curvas, no raio externo, está ocorrendo
a corrosão do talude na parte mais baixa, ao nível da água. No raio interno ocorre o acúmulo
de sedimentos, formando bancos de areia, como podemos ver na FIGURA 13 e no esquema
da FIGURA 14. Com a corrosão, o peso do talude e dos troncos das árvores, ocorre o
processo de desmoronamento.

FIGURA 13: Imagem demonstrando o problema.


FIGURA 14: Perfil transversal do local da obra.

4.2 Proposta geral

Para a recuperação do talude devemos necessariamente compreender duas ações


complementares e indissociáveis. A primeira delas uma intervenção física e a segunda um
tratamento vegetativo, visando produzir na margem resultado similar a FIGURA 15.
Na intervenção física primeiramente será feita a limpeza do local, logo após a
suavização do talude. Essas modificações são necessárias afim de se adequar a margem da
melhor forma possível para a sua recuperação, proporcionando condições mais estáveis para
diminuir o efeito da água sobre a mesma. Assim ocorrendo existirá a remoção de material
sedimentar que obstrui o canal, facilitando a reconstrução da margem e a vazão é
redimensionada sendo menos agressiva.
O tratamento vegetativo é realizado com a construção de uma esteira viva na parte
mais inclinada do talude, e na parte superior o plantio de estacas e mudas das espécies
presentes no local, ou ainda, espécies com potencial para recuperação não presentes no local,
mas descritas na bibliografia. Para a melhor fixação dos ramos da esteira será confeccionado
um apoio físico com pedras oriundas do leito do arroio, ou proximidades, e a fixação da
esteira com fios de arame. Esse apoio é importante para que os ramos não sejam levados pela
correnteza até que se estabeleçam no talude. A esteira deverá receber uma pequena camada de
solo facilitando o enraizamento.
FIGURA 15: Efeito esperado na margem após a implantação da esteira viva.

A esteira viva será implantada apenas nos 20 metros do arroio que compõem a curva,
nos 163 metros restantes apenas serão feitas a limpeza e o plantio de estacas e mudas. As
estacas e mudas devem ser plantadas inclinadas no sentido do curso de água, para que com as
cheias, a correnteza não cause danos às mesmas.

4.3 Descrição detalhada das operações

Primeiramente será feita a limpeza do arroio que passa na propriedade, esta operação
incluiu, retirada das árvores caídas no leito, árvores com potencial de cair e materiais
presentes na margem (galhos, lixo) que impeçam o livre fluxo da água, esta operação utilizará
mão de obra humana e algumas máquinas e ferramentas. Um operador irá conduzir a
motosserra para fazer os cortes necessários e a retro-escavadeira auxiliará na retirada das
árvores presentes no leito, com uma corrente ou espia. A retirada dos materiais vegetais inclui
a remoção de touceiras, galhos, plantas e troncos que se encontram dentro do leito ou em suas
margens como daqueles materiais que representam ameaça potencial.
Para a contenção dos animais será feita uma cerca a fim de que não se aproximem da
área a ser recuperada. A cerca será construída 30 metros distantes da margem do arroio
conforme prevê a legislação. Para o apoio da cerca deverão ser utilizados moirões com dois
metros de altura (0,5 m enterrados e 1,50 m aflorando), diâmetro médio de 20 cm e arames
quatro mm existentes na propriedade, o gasto será apenas com mão de obra.
A retro-escavadeira ira suavizar a declividade (2:1) no trecho da curva onde será feita
a obra. Esta operação tem por objetivo facilitar a confecção da esteira viva e melhorar o
centro de gravidade do talude, aumentando a estabilidade do mesmo.
Após a limpeza e a suavização do talude poderá ser iniciada a construção da esteira
viva. De acordo com Durlo e Sutili (2005), as bases das estacas devem ser enterradas no solo,
a uma profundidade de aproximadamente 20 cm adentrando o curso de água. O restante do
seu comprimento deve ser fixado bem junto ao talude, com auxílio de arames ou varas
maiores.
Para a fixação da esteira viva será utilizado pedras entre 20-30 cm de diâmetro que
serão colocadas na sua base (enrocamento), as pedras utilizadas serão retiradas do leito do
arroio e proximidades. O restante da esteira viva poderá ser bem fixada com pilotos e arames.
Serão utilizados pilotos de 10 cm de diâmetro e 120 cm de comprimento na base da obra para
sustentação, e pilotos de 7 cm de diâmetro por 100 cm de comprimento para fixação dos
arames. O sistema vai ser composto por quatro carreiras de arame prendendo os ramos, com
um piloto a cada 2 metros de distância.
Será utilizado um grande número de ramos a fim de deixar a esteira bem densa, assim
garantindo a proteção do talude até o enraizamento dos mesmos. As estacas e mudas serão
plantadas na parte superior do talude, na direção da correnteza, desta forma diminuindo o
impacto da água e facilitando sua estabilização no local.
A manutenção da esteira viva em condições de clima normal deverá acontecer a cada
45 dias num período de até dois anos, no caso de estiagem deve-se irrigar com regador todos
os dias, já no caso de excesso de chuva deve se observar se não houve nenhum dano a esteira
viva ou até mesmo se não foi levada pela correnteza. Outro importante fator são as formigas
cortadeiras que devem ser controladas e monitoradas para que não destruam as mudas e
estacas.
Seguindo os passos descritos acima e não ocorrendo nenhuma anormalidade climática,
a esteira viva terá sucesso e será de grande ajuda na estabilização do local. Uma observação
importante é que ao longo da margem restante do arroio serão plantadas mudas das espécies
selecionadas.

4.4 Obtenção dos materiais

As pedras necessárias para o enrocamento serão conseguidas no leito do arroio e nas


proximidades. Na propriedade existem arames e grampos usados que serão reutilizados na
construção da cerca. Os moirões de eucalipto também serão retirados do local.
Analisadas as espécies com potencial para reestabilização do talude, as estacas das
mesmas serão coletadas na própria propriedade, assim diminuindo de forma considerável o
custo de implantação do projeto. As espécies encontradas no local e que serão utilizadas são
Salix x Rubens, Calliandra tweedii, Cephalanthus glabratus, Sebastiania schottiana, Schinus
terebinthifolius e Hedychium coronarium.
As mudas das espécies utilizadas no projeto serão adquiridas do viveiro florestal do
município de Chapada, que comercializa a preço de custo para os produtores rurais, a uma
média de dois reais a muda.

4.5 Descrição das espécies utilizadas

4.5.1 Cephalanthus glabratus (Cham. & Schlecht.) K. Schum.

Da família das Rubiaceas, o Sarandi (FIGURA 16) é um arbusto inerme de 1,5 m de


altura, ramos cilíndricos e glabros. É uma espécie nativa do Rio Grande do Sul, facilmente
reconhecível pelas folhas verticiladas e inflorescências glomerulares de coloração branca;
encontrada isolada ou formando densos agrupamentos nas margens dos rios (Pereira1, 2007).
Apresenta folhas verticiladas, pecioladas, pecíolo semicilíndrico, glabros, 3-4mm;
lâmina lanceolada, 2,5-6,5x1-2,5cm, glabras, nervura primária proeminente em ambas as
faces, 4-6 pares de nervuras secundárias, ápice acuminado, base assimétrica, margem inteira;
estípulas persistentes, inteiras, triangulares, ápice acuminado. Inflorescências pedunculadas,
pedúnculos 3-4,5cm, em cimeira glomeriformes, terminais; brácteas foliáceas, bractéolas
filiformes, paleáceas, ápice arredondado; flores sésseis; cálice tubuloso, 3mm, lobos
triangulares, internamente piloso; corola infundibuliforme, branca, 3-5mm, externamente
glabra, internamente pilosa, lobos obtusos, 2-2,5mm; estames inseridos na fauce da corola,
inclusos; filetes semicilíndricos, 1mm, antera lanceoladas; ovário bilocular, um óvulo por
lóculo; disco nectarífero bipartido, 1mm, estilete cilíndrico, exserto, 5-7mm, estigma clavado.
Fruto drupáceo, 3-5 x 1,5-2,5mm, cálice persistente; sementes obovadas (Pereira2, 2007) . A
floração e a frutificação da espécie se dá nos meses de outubro à janeiro.
Machado (2008) cita a presença de grande quantidade de sarandís (Cephalanthus
glabratus) junto à mata ciliar preservada ao leito do Arroio Taquarembó (Santa Maria, RS),
inclusive a formação de ilhas deste tipo de vegetação em depósitos de sedimentos.
Dependendo do nível das águas esta espécie pode ser considerada como vegetação marginal
(baixo) ou emergente (alto).

FIGURA 16: A esquerda ramo com inflorescência; a direita inflorescência.- Cephalanthus


glabratus
Fonte: Pereira1, 2007.
4.5.2 Salix X rubens Shrank

Os exemplares arbóreos de Salix sp. são conhecidos como salgueiros, salso, chorões;
as formas arbustivas, de uso tradicional em artesanato e cestaria, são denominadas de “vime”.
Trata-se de um cruzamento de duas espécies européias, S. alba e S. fragilis, o qual foi
introduzido no Brasil há mais de meio século dispersando-se pelos Estados de São Paulo,
Paraná, Santa Catarina e Rio grande do Sul (Moura, 2002).
A espécie híbrida (FIGURA 17), herdou características vantajosas adaptada para
suportar a força das correntezas durante as cheias, sendo cultivada em margens de cursos
d’água (Hörand et al., 2002, Apud Denardi 2007).
O vime é de fácil propagação vegetativa e crescimento rápido no Sul do Brasil, a
espécie pode atingir 16 m de altura. Suas folhas são estreitas, de margens finamente serreadas
e coloração verde-acinzentada até dourada (FIGURA 18). Os ramos são normalmente de
coloração vermelha (Lupion, 2004).
As gemas, de 3 a 7 cm de comprimento, surgem praticamente no mesmo tempo que as
folhas.

FIGURA 17: Salix x rubens FIGURA 18: Folhas em evidência


Fonte: Denardi, 2007 Fonte: Lupion, 2004
4.5.3 Schinus terebinthifolius Raddi

Da família Anacardiacea, Carvalho (2003) descreve a aroeira-pimenteira como arbusto


a árvore perenifólia, de porte variado. Comumente com 2 a 20 m de altura e 10 a 30 cm de
DAP, podendo atingir até 15 m de altura e 60 cm de DAP na idade adulta. A casca com
espessura tem até 15 mm. A coloração externa da casca é cinza-escura e muitas vezes preta,
áspera, sulcada, escamosa, desprendendo-se em placas irregulares.
As folhas (FIGURA 19), são compostas imparipinadas, muito variáveis, alternas, com
9 a 10 folíolos sésseis, membranáceos, glabros verdes a verde-escuros, oblongos a
lanceolados, de ápice agudo e base obtusa, com margem serreada a lisa. As flores branco-
amareladas a branco- esverdeadas, pequenas, numerosas, actinomorfas, reunidas em panículas
axilares ou terminas, densas, multifloradas, de 4 a 10 cm de comprimento, que surgem nos
ramos do ano.
A espécie ocorre naturalmente na Argentina, Paraguai, Uruguai e Brasil Carvalho
(2003). Segundo Rodrigues (1990) Apud Carvalho (2003) a aroeira apresenta facilidade para
propagação vegetativa por estaquia. Estacas de ramos finos e de raízes apresentam
enraizamento satisfatório.
Planta perenifólia (FIGURA 20), heliófita e pioneira, comum em beira de rios,
córregos e em várzeas úmidas de formação secundárias; contudo cresce também em terrenos
secos e pobres. Floresce principalmente durante os meses de setembro-janeiro e frutifica
predominante no período janeiro-julho (Lorenzi, 2002).
A madeira é moderadamente pesada, mole bastante resistente e de grande durabilidade
natural (Lorenzi, 2002).
Em restauração de mata ciliar, ela pode ser utilizada em áreas com inundações
periódicas, de curta duração e com períodos de encharcamento moderado (Salvador &
Oliveira, 1989; Durigon & Nogueira, 1990; Kageyama, 1992; Apud Carvalho, 2003).
FIGURA 19: Ramos de Schinus terebinthifolius FIGURA 20: Exemplar adulto.
Fonte: Maikon Herpich, 2010. Fonte: Maikon Herpich, 2010.

4.5.4 Calliandra tweedii Benth

Marchiori (2007) descreve essa espécie da família Leguminosae (subfamília


Mimosoideae) como arbusto inerme, de até 3 m de altura (FIGURA 21). Os ramos, pecíolo e
pedúnculos são revestidos por densa pilosidade sedosa. As folhas são alternas e bipinadas,
apresentam pecíolo englanduloso, grandes estípulas oval-estriadas e 2 a 6 pares de pinas, com
3 a 7 c de comprimento. Os folíolos, variáveis de 25 a 35 pares por pina, são lineares (7 mm x
1 mm), glabros com exceção do bordo sedoso-ciliado e com nervura central.
As flores agrupam-se em vistosos capítulos axilares solitários, tendo estames
vermelhos muito conspícuos (FIGURA 22). A floração estende-se de setembro a janeiro. Os
legumes, lenhosos e com 5 a 7 cm de comprimento por 8 a 9 mm de largura, apresentam
margem engrossada e cor castanha, sendo revestidos por indumento velutino (Marchiori ,
2007).
Segundo Marchiori (2007) a espécie assemelha-se bastante a Calliandra foliolosa
Bnth. Diferindo principalmente pela coloração dos estames. Apresenta uma ampla área de
ocorrência no estado do Rio Grande do Sul. Como espécie heliófila e seletiva higrófila, habita
principalmente a orla da mata ciliar e margem de cursos d’água. Produz madeira dura, com
limitações devido ao pequeno diâmetro dos caules.
O florescimento ocorre de setembro a janeiro e a produção de frutos a partir de
dezembro. Segundo Lima et al. (2006) as estacas de Calliandra tweedii apresentam baixa
porcentagem de enraizamento, sendo necessário então a propagação à campo por mudas.

FIGURA 21: Exemplar de Calliandra tweedii FIGURA 22: Inflorescência.


Fonte: www.toptropicals.com/ Fonte: www.toptropicals.com/

4.5.5 Sebastiania schottiana (Müll. Arg.) Müll. Arg.

Da família das Euphorbiaceas, arbusto totalmente glabro (FIGURA 23), de 3 a 3,5 m


de altura, com ramos longos, pouco ramificados, espinescentes e muito flexíveis. As folhas
são simples, alternas, de pecíolo curto (2 a 4 mm), membranáceas e lanceoladas, variam de 1
a 5 cm de comprimento por 4 a 15 mm de largura, apresenta ápice obtuso ou brevemente
agudo-mucronado, margem inteira, com uma ou duas glândulas engrossadas inferiormente a
base cuneada-estreita. Discolores e esbranquiçadas na face inferior, possuem de 7 a 10
nervuras secundárias evidentes em cada lado da principal. As flores pequenas e amarelas, são
produzidas nas espigas terminais, sobre raminhos muito curtos. O fruto (FIGURA 24), é uma
cápsula globosa de uns 5 mm (Marchiori, 2000).
Conhecida no Rio Grande do Sul por amarilho, sarandi. Trata-se de uma espécie
heliófila, seletiva, higrófila e altamente adaptada à reofilia, dispondo de um denso sistema
radical e caules rijos, embora flexíveis, capazes de suportar a força das águas as enchentes. O
amarilho cresce à margem de rios e até mesmo em cachoeiras. Como espécie reófila, assume
grande importância ecológica, auxiliando na fixação de barrancos e perenização dos cursos
d’água. A madeira carece de utilização devido ao pequeno diâmetro dos caules (Marchiori,
2000).
Durlo e Sutili (2005), referem que a confecção de estacas da espécie Sebastiana
schottiana é viável.
FIGURA 23: Sebastiania schottiana FIGURA 24: Frutos de Sebastiania schottiana.
Fonte:Flora do Rio Grande do Sul, 2008. Fonte:Flora do Rio Grande do Sul, 2008.

4.5.6 Hedychium coronarium J. König

Pertencente a família das Zingiberacea e conhecida popularmente como cardamomo, é


uma espécie herbácea, perene, fortemente rizomatosa, medindo 1 a 2 metros de altura, com
reprodução vegetativa através de seus rizomas. Possui folhas alternas e sésseis que medem 25
a 45 cm de comprimento e 5 a 6 cm de largura (FIGURA 25). As inflorescências terminais
ocorrem em espigas densas de 10 a 20 cm de comprimento, com poucas flores brancas e
fortemente aromáticas (Lorenzi, 2006).
Segundo (Lorenzi, 2006) a planta pode ser entendida como daninha quando invade
áreas úmidas, lagos, canais de drenagem, e riachos. Por outro lado, quando empregada
adequadamente, pode ter suas características aproveitadas na proteção dos taludes fluviais
(Sutili, 2007).
FIGURA 25: Flor de Hedychium coronarium.
Fonte: Sutili, 2007.

4.6 Resultados esperados

A estabilização do talude deverá acontecer em condições climáticas normais da região,


caso contrário poderá existir a morte das mudas e estacas devido à estiagem ou as mesmas
poderão ser levadas com a correnteza, caso exista um período de chuvas muito intenso.
É esperado que a esteira viva exerça uma proteção física para o solo da encosta, com a
esteira bem presa através dos pilotos e arames, haverá uma maior possibilidade das espécies
obterem sucesso no enraizamento e conseqüente desenvolvimento.
O enrocamento deverá proporcionar estabilidade ao solo do nível da água até o fundo
do arroio e sustentabilidade a parte superior da obra.
Tendo como base que as espécies utilizadas na obra são encontradas no próprio leito
do arroio e proximidades, e por apresentarem as características biotécnicas desejáveis para a
recuperação de taludes fluviais, é esperado que tenham um desenvolvimento satisfatório.
O aspecto visual deve ser melhorado tornando-se mais agradável, pois não haverá
mais raízes expostas e camadas de solo erodido, sendo substituído por uma composição
florística muito atrativa, por exemplo, a Calliandra tweedii assim proporcionando um
ambiente mais tranqüilo.
A diversidade da flora aplicada na obra também como objetivo atrair e aumentar a
quantidade de espécies da fauna. Devido às cores fortes das flores, frutos e folhas que servem
de alimento e as copas servem de abrigo criando um microclima favorável, por exemplo, para
espécies como cardeal, pica pau e o joão de barro que são bastante avistados no local.
A cobertura da vegetação irá propiciar uma proteção do solo quanto à erosão,
deixando-o menos exposto, recoberto de serrapilheira e as copas das árvores proporcionarão o
efeito guarda-chuva diminuindo o impacto direto da gota da chuva.

4.7 Custo de implantação

Os custos de implantação do projeto estão descritos na TABELA 2.


Tabela 2: Custos da esteira viva, recomposição da margem e construção da cerca.
Descrição Unidade Quantidade Preço (R$) Total (R$)
Material construtivo

Pilotos (ø 7 cm x 100 cm) Peça 30 2,50 75,00


Pilotos (ø 10 cm x 120 cm) Peça 10 6,00 60,00
Arame de 4 mm Kg 1 10,00 10,00
Grampos de cerca Kg 2 3,40 6,80
Total 151,80
Material vegetal

Coleta de material (serviço) Pessoa/dia 2 30,00 60,00


Mudas Unidade 1000 2,00 2.000,00
Total 2.060,00

Material de consumo
Combustível (p/motosserra) Litro 2 2,89 5,78
Óleo 2 t Litro 0,2 8,00 1,60
Óleo lubrificante p/correia Litro 0,5 5,00 2,50
Total 9,88

Serviços
Dias de serviço Pessoa/dia 8 30,00 240,00
Retro-escavadeira Hora 4 55,00 220,00
Limpeza do Arroio Pessoa/dia 3 30,00 90,00
Planejamento (projeto) Unidade 1 2000,00 2.000,00
Total 2.550,00
TOTOL GERAL 4.771,68
*Referências: U$ 1,00 = R$ 1,773; salário mínimo R$ 510,00

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Com a realização das pesquisas para elaboração do projeto, podemos afirmar que a
utilização das técnicas de bioengenharia são eficientes na estabilização dos taludes marginais
dos rios e córregos em geral, além de serem ecologicamente corretos, mantendo um ambiente
o mais próximo do natural possível, diferenciando-se de outras obras apresentadas como
soluções para problemas de instabilidade de encostas.
Podemos concluir que existe uma grande variedade de espécies aptas a serem
utilizadas na recuperação de áreas degradas, porém algumas dessas espécies necessitam de
pesquisas para comprovar seu potencial. Deve-se dar preferência as espécies existentes no
local, pois estas já estão adaptadas ao ambiente.
No local de estudo observou-se a ocorrência de corrosão e desmoronamento no raio
externas das curvas e acúmulo de sedimentos no raio interno das curvas, o que caracteriza
uma situação degradação.
Estudando as técnicas possíveis de serem aplicadas para solução do problema chegou-
se a conclusão que a obra da esteira viva, juntamente com a suavização da inclinação do
talude, o plantio de estacas e mudas, a limpeza do leito e o cercamento da obra, são as
melhores alternativas em custo benefício para a situação encontrada no local.

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