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DOMINGO, 13 DE JANEIRO DE 2008

Abuso Espiritual
Pr. Paulo Romeiro
.
Data de Fundação:
O abuso espiritual é tão antigo quanto às falsas religiões.

Organização Estrutural:
O abuso espiritual pode ocorrer em qualquer organização estrutural, mas as estruturas mais
autoritárias são ainda mais suscetíveis ao abuso espiritual sistemático. Definição: Abuso
espiritual é o uso impróprio de qualquer posição de poder, liderança, ou influência para
satisfazer os desejos egoístas de um líder. Às vezes o abuso se origina em posições
doutrinárias. Às vezes ele ocorre porque os interesses pessoais de um líder, ainda que
legítimos, sejam satisfeitos de maneira ilegítima. Sistemas religiosos espiritualmente abusivos
são comumente descritos como legalistas, controladores mentais, religiosamente viciadores, e
autoritários.

Características Comuns:
1. Autoritarismo: A característica mais evidente de um sistema religioso abusivo, ou de um
líder abusivo, é a ênfase excessiva em sua autoridade. Normalmente o grupo se diz ter sido
estabelecido diretamente por Deus, e, portanto, seus líderes se consideram como tendo o
direito de comandar seus seguidores.

Tal autoridade, supostamente, é derivada da posição que ocupam. Em Mateus 23:1–2 Jesus
disse que “na cadeira de Moisés, se assentaram os escribas e os fariseus”, uma posição de
autoridade espiritual. Ainda que outros termos sejam usados, essa posição, nos grupos
abusivos, é de poder, e não de autoridade moral. Àqueles que se submetem
incondicionalmente, são prometidas bênçãos espirituais. A eles é dito que devem se submeter
completamente, sem o direito de questionar os líderes; se os líderes estiverem errados, isso é
problema deles com Deus, e Deus ainda assim abençoará àqueles que se submetem
incondicionalmente.

2. Aparência Externa: O sistema religioso abusivo procura sempre manter uma aparência de
santidade. A história do grupo ou organização quase sempre é distorcida para se dar a
impressão de que ela tem um relacionamento especial com Deus. Os julgamentos incorretos
e as índoles duvidosas de seus líderes são negados ou encobertos para que sua autoridade
não seja questionada, e para manter as aparências. Padrões legalistas de pensamento e
comportamento, impossíveis de serem mantidos, são impostos aos membros. Seu fracasso
em manter tais padrões é usado como constante lembrete de que eles são inferiores aos
líderes e, portanto devem se submeter a eles. Religião abusiva é, essencialmente, legalismo.

A religião abusiva também é paranóica. Apenas uma imagem positiva do grupo é apresentada
àqueles que não fazem parte dele, porque a verdade sobre o sistema religioso abusivo seria
obviamente rejeitada se fosse conhecida. Isso é justificado com base na alegação de que
pessoas “mundanas” não entenderiam a religião e, portanto, eles não têm o direito de saber.
Isso leva com que membros escondam das pessoas que não são membros algumas
doutrinas, regras, e procedimentos internos do grupo. Principalmente os líderes, normalmente,
mantêm segredos que não divulgam a suas congregações. Esse sigilo está baseado na
desconfiança geral dos outros, porque o sistema é falso e não pode resistir a escrutínios.

3. Proibição de Críticas: O sistema religioso, por não ser baseado na verdade, não pode
permitir questionamentos, dissensões, ou discussões aberta sobre questões. A pessoa que
questiona se torna o próprio problema, ao invés da questão que ela levantou. As resoluções
sobre qualquer questão vêm diretamente do topo da hierarquia. Qualquer tipo de
questionamento é considerado como desafio à autoridade. O pensamento autônomo é
desencorajado, sob a alegação de que ele leva à dúvida, que por sua vez é vista como sendo
falta de fé em Deus e em seus líderes ungidos. Desse modo, os seguidores procuram
controlar seus próprios pensamentos, por medo de que possam estar questionando Deus.

4. Perfeccionismo: Todas as bênçãos, nos sistemas abusivos, vêm através do desempenho


próprio. O fracasso é seriamente condenado e, portanto a única alternativa é a perfeição. O
membro, enquanto crer que esteja tendo sucesso em manter os requeridos padrões,
normalmente exibe orgulho, elitismo, e arrogância. Entretanto, quando os tropeços e
fracassos inevitavelmente ocorrem, o membro muitas vezes naufraga na fé. Aqueles que
fracassam nos seus esforços são vistos como apóstatas, fracos, e são normalmente
descartados pelo sistema.

5. Desequilíbrio: Os grupos abusivos têm de se distinguir de todos os outros grupos


religiosos para que possam alegar serem únicos e especiais para Deus. Isso normalmente é
feito através de uma ênfase exagerada em posições doutrinárias menos centrais (como por
exemplo, profecias sobre os últimos dias), ou através de legalismo extremo, ou uso de
métodos peculiares de interpretação bíblica. Dessa forma, suas conclusões e crenças
peculiares são exibidas como prova de que são únicos e especiais para Deus.

Algumas Respostas Bíblicas


Existem vários exemplos de abuso espiritual na Bíblia. No livro de Ezequiel, por exemplo,
Deus descreve e condena os “pastores de Israel” que apascentam a si mesmos e não as
ovelhas, que não cuidam das doentes, desgarradas e perdidas, mas dominam sobre elas com
rigor e dureza (Ez. 34:1–10). Jesus reagiu com indignação contra os cambistas no Templo,
que exploravam os fiéis (Mt. 21:12–13; Mc. 11:15–18; Lc. 19:45–47; Jo. 2:13–16), e também
contra aqueles que se importavam mais com suas próprias interpretações da Lei do que com
o sofrimento humano (Mc. 3:1–5). Em Mateus 23, Jesus nos dá uma importante descrição dos
líderes espirituais abusivos. Em Gálatas, Paulo argumenta contra aqueles que queriam impor
um cristianismo legalista, subvertendo a mensagem do evangelho. Existem muitos outros
exemplos na Bíblia.

Jesus Cristo era Deus encarnado, a segunda Pessoa da Trindade, o Criador do universo. Ele,
obviamente, tem a mais alta e soberana autoridade espiritual. Ainda assim, Jesus não usou
essa autoridade para subjugar seus discípulos; ele não abusou de sua autoridade para
colocá-los sob o jugo de regras e regulamentos legalistas. Ao contrário, ele disse: “Vinde a
mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o
meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso
para a vossa alma. Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve” (Mt. 11:28–30).

Nem tampouco Jesus procurava manter as aparências externas. Ele comia com publicanos e
pecadores (Mt. 9:10–13). Aos fariseus legalistas, Jesus aplicou as palavras de Isaías: “Este
povo honra-me com os lábios, mas o seu coração está longe de mim. E em vão me adoram,
ensinando doutrinas que são preceitos de homens” (Mt. 15:9). Ele condenou sua atitude: “Ai
de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque sois semelhantes aos sepulcros caiados, que,
por fora, se mostram belos, mas interiormente estão cheios de ossos de mortos e de toda
imundícia! Assim também vós exteriormente pareceis justos aos homens, mas, por dentro,
estais cheios de hipocrisia e de iniqüidade” (Mt. 23:27–28).

Jesus não era paranóico como os líderes abusivos. Seu ministério era transparente ao publico
(Jo.18:19–21). Ele não tinha nada a esconder. Jesus não só criticou os líderes religiosos por
suas doutrinas errôneas (Mt. 15:1–9; 23:1–39; etc.), mas também, quando criticado, ele não
os silenciou, mas deu-lhes respostas bíblicas e racionais às suas objeções (e.g., Lc. 5:29–35;
7:36–47; Mt. 19:3–9).

Jesus, ainda que ensinasse a Lei perfeita de Deus, colocava as necessidades legítimas das
pessoas acima de regras ou regulamentos legalistas (Mt.12:1–13; Mc. 2:23–3:5). Ainda que
nenhum ser humano seja absolutamente perfeito nessa vida (1 Jo. 1:8), podemos saber que
já temos vida eterna (1 Jo. 5:10–13; Jo. 5:24; 6:37–40; Rm. 8:1–2).

Os fariseus eram um exemplo de líderes espirituais abusivos: “Ai de vós, escribas e fariseus,
hipócritas, porque dais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho e tendes negligenciado os
preceitos mais importantes da Lei: a justiça, a misericórdia e a fé; devíeis, porém, fazer estas
coisas, sem omitir aquelas!” (Mt. 23:23).

Efeitos do Abuso Espiritual


O abuso espiritual tem um efeito devastador na vida das pessoas. Elas normalmente
depositam um alto grau de confiança em seus líderes, os quais deveriam honrar e guardar tal
confiança. Quando essa confiança é traída, a ferida que se abre é muito grande, até mesmo a
ponto da pessoa nunca mais poder confiar em líderes espirituais novamente, mesmo que eles
sejam legítimos.

Uma situação análoga pode ser vista nas vítimas de incesto, que apresentam sintomas
emocionais e psicológicos muito parecidos com os vistos naqueles que são abusados
espiritualmente. O principal sintoma é a incapacidade que desenvolvem em se relacionarem
normalmente com pessoas que representem ou tenha alguma associação mental com a fonte
de sua dor emocional.

Além de desenvolverem medo e desilusão com relação a líderes religiosos, as vítimas de


abuso espiritual muitas vezes têm dificuldade em confiar em Deus. Eles se perguntam, “como
é que Deus pode ter permitido que isso acontecesse comigo? Tudo o que eu queria era amá-
lo e servi-lo!” Muitas vezes, essas pessoas desenvolvem grande rancor. A raiva, por si
própria, não é necessariamente pecado, pois até mesmo Deus se ira contra a injustiça (veja
acima). Entretanto, se esse rancor não for progressivamente eliminado, ele pode estabelecer
raízes de amargura e incredulidade com relação a tudo que seja espiritual.

Recuperando-se do Abuso Espiritual


Para que haja uma recuperação dos males causados pelo abuso espiritual, é preciso que a
vítima entenda o que aconteceu, por que aconteceu, e como aconteceu. Ela também precisa
entender que ela não é a única pessoa vitimada por esse tipo de abuso. Ela deve procurar
grupos de apoio, e ser contínua e pacientemente ensinada sobre a graça de Deus. Os grupos
de apoio são necessários não só para que a vítima seja ministrada pelo grupo, mas também
para que ela possa usar sua experiência para ministrar a outras vítimas, o que é essencial
para a sua recuperação.

A vítima também deve procurar eventualmente perdoar os que a abusaram. Normalmente


alguns anos são necessários para que uma vítima de abuso espiritual possa ser totalmente
restaurada.

Traduzido e adaptado com a permissao de Watchman Fellowship, Inc.


Tradução e adaptação: Marcelo Parga de Souza
Adaptado do artigo por David Henre

Fonte: Agir - Agência de Informaçôes Religiosas (site dos pastores Cesar Romeiro e Jaoquim Andrade)

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