RESPOSTA TÉCNICA

Título

Ferramenta de corte, dobra e repuxo

Resumo

Limitador de pressão de ferramentas de corte, dobra e repuxo.

Palavras-chave

Mola; pressão; força de compressão; equipamento; máquina de corte; máquina de dobra;

máquina de repuxo

Assunto

Fabricação de máquinas-ferramenta, peças e acessórios

Demanda

Como devo calcular os limitadores de pressão de minhas máquinas de corte, dobra e repuxo?

Solução apresentada

Para se limitar a força de compressão em máquinas de corte, dobra ou repuxo pode-se usar
molas prato na matriz. Estas molas são formadas por uma pilha de arruelas, denominadas
Belleville, montadas com as concavidades alternadamente opostas.

Figura 01 – Molas Belleville

Fonte: Provenza

A grande vantagem destas molas é a possibilidade de variar a rigidez, a flexibilidade e a

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capacidade de carga (pressão), bastando para isto variar o número de arruelas ou mudar sua
disposição (série ou paralelo).

Quando montadas em série valem as seguintes relações:

Pt = P f t = n. f

onde:
- Pt pressão total;
- P pressão aplicada;
- f t flecha total;
- f flecha de uma arruela;
- n número de arruelas.

E quando montadas em paralelo

Pt = n.P ft = f
A conicidade é dada de forma a não ultrapassar o limite de elasticidade, mesmo quando
carregadas a ponto de ficarem completamente planas.

Figura 2 – Distâncias características de molas prato ( arruela Belleville)

Fonte: Manual Prático do Ferramenteiro

Para o cálculo usa-se uma tabela com alguns parâmetros, que são fornecidos na TAB. 1.

Tabela 1 - Arruelas belleville

da di s h+s P1 (kg) F1 (mm) Pmáx (kg) Fmáx (mm)

8 3,2 0,3 0,60 9,0 0,17 15 0,30
10 3,2 0,3 0,70 7,8 0,24 13 0,40
10 4,2 0,4 0,75 16,2 0,21 27 0,35
10 5,2 0,5 0,80 30,0 0,18 50 0,30
12 4,2 0,4 0,85 14,8 0,28 24 0,45
12 5,2 0,5 0,90 25,8 0,24 43 0,40
12 6,2 0,6 0,95 42,0 0,21 70 0,35
15 5,2 0,5 1,05 22,2 0,33 37 0,55
15 6,2 0,6 1,10 36,0 0,30 60 0,60
18 6,2 0,5 1,20 22,6 0,49 32 0,70
18 6,2 0,6 1,30 32,7 0,41 56 0,70
18 8,2 0,8 1,40 69,0 0,35 118 0,60
20 8,2 0,8 1,50 64,0 0,41 109 0,70
20 10,2 0,9 1,50 92,5 0,39 142 0,60
23 8,2 0,8 1,65 59,0 0,50 100 0,85
23 10,2 1,0 1,75 106 0,45 179 0,75
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 continua
da di s h+s P1 (kg) F1 (mm) Pmáx (kg) Fmáx (mm)

28 10,2 1,0 2,00 91 0,60 150 1,00

28 14,2 1,5 2,30 262 0,47 446 0,80
34 12,3 1,0 2,35 93 0,90 140 1,35
34 16,3 1,5 2,60 251 0,67 412 1,10
40 16,3 1,5 2,95 222 0,85 380 1,45
50 20,4 2,0 3,70 396 1,02 660 1,70
50 25,4 3,0 4,25 1050 0,74 1770 1,25
60 25,5 2,5 4,50 642 1,20 1070 2,00
70 35,5 3,0 5,10 1030 1,45 1500 2,10
80 36 4,0 6,30 1700 1,35 2860 2,30
100 41 5,0 7,75 2500 1,65 4170 2,75
125 51 6,0 9,55 3600 2,13 6000 3,55
*Para cargas estáticas adotar Pmáx e fmáx
*Para cargas alternativas adotar P1 e f1
Fonte: Manual do Ferramenteiro

Conclusões e recomendações

As molas devem ser dimensionadas com bastante cuidado, pois cálculos imprecisos podem
levar a sérios danos. Salienta-se que os cálculos apresentados, apenas fornecem parâmetros
para um entendimento de como é o desenvolvimento matemático aplicado a molas. Os
fabricantes de molas contém as informações sobre diversos parâmetros que podem se
diferenciar dos apresentados nesta Resposta Técnica (constantes, dados do material, etc.).

Em máquinas de corte dobra ou repuxo o controle de pressão é efetuado com mais precisão
através de sistemas hidráulicos. Cada tipo de máquina tem a sua característica que vai desde
o tamanho do equipamento até o material empregado na fabricação, e tipo de fluido
empregado no sistema hidráulico.

Recomenda-se procurar um especialista na área (como um Engenheiro Mecânico), para

avaliar com mais precisão as particularidades do equipamento.

Fontes consultadas

KONINCK, J; GUTTER D. Manual do ferramenteiro. Editora Mestre Jou. São Paulo - SP.
1966. 180p.

PROVENZA, Francesco. Escola Pró-Tec. Estampos. São Paulo. Editora F. Provenza. 1990-
1993.

Elaborado por

Marcos Rogério Tomás

Nome da Instituição respondente

Instituto de Tecnologia do Paraná – TECPAR

Data de finalização

23 ago. 2007

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