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O “direito constitucional” (DC) é base do estudo para qualquer pessoa que irá
candidatar-se a um cargo público e deveria ser de ampla divulgação à
sociedade. É através dele que podemos ter a noção geral do direito,
sistematizando e organizando todos os demais.
Assim, este estudo não só solidificará as bases para o aprendizado dos demais
direitos como ampliará a visão das pessoas como cidadãos brasileiros.
É um direito público, pois enquanto o direito privado (ex. Direito Civil, Direito
Comercial...) trata das relações entre pessoas em um mesmo patamar, aquele
regula também as relações dos particulares face ao Estado. O Estado por ser
defensor do interesse da coletividade se situa muitas vezes em um nível acima
dos particulares para poder fazer valer esse interesse.
Pedro Lenza (Direito Constitucional Esquematizado, pg. 31) lembra que esta
divisão é apenas didática, pois o direito deve ser considerado uno e indivisível.
• Origem:
• O que é o PCO?
1- Inicial Pois iniciaria toda uma nova ordem jurídica, revogando todas as
disposições em contrário anteriormente criadas.
2- Autônomo Não se submete a nenhum outro poder, pelo contrário, ele é que
constituirá os poderes que dele derivarão.
Assim, o PCO é um poder POLÍTICO. A partir dele, inaugura-se uma nova ordem
jurídica e se constituem os poderes JURÍDICOS reunidos no corpo da Constituição.
A partir do PCO criam-se outros poderes que daquele derivam. Estes não são
mais autônomos e ilimitados, mas sofrem restrições feitas pelo próprio PCO,
sujeitam-se, então, a ritos especiais de formação e várias outras limitações.
Assim é um poder que após sua manifestação, exauriu-se não havendo mais
possibilidade de se manifestar novamente.
QUESTÕES DE CONCURSOS:
Está errado em dizer que dispõe de maneira derivada. Vimos que disporá de
maneira autônoma, incondicionada.
Resposta Correta!!!
Correto!
Correto.
Correto.
V. Inexiste uma forma prefixada pela qual se manifesta o poder constituinte
originário, mas é possível apontar duas formas básicas de sua expressão, por
meio das assembléias nacionais constituintes e dos movimentos revolucionários.
Correto.
Vimos que uma das características do PCO é o seu caráter inicial, inaugurando
um novo ordenamento jurídico. Em decorrência temos algumas conseqüências
que precisamos analisar: Recepção, Desconstitucionalização, Revogação,
Inconstitucionalidade, e Repristinação.
Esse instituto, como dito, não é aceito, pois no Brasil vigora a teoria da Revogação
e Recepção.
Ratificamos que para que ocorra a recepção basta analisar seu conteúdo
material, pouco importando a forma. Por exemplo, o CTN criado como Lei
Ordinária sob a CF de 1946 vigora até os dias de hoje, mas com status de Lei
Complementar, que é a forma exigida para o tratamento da matéria tributária
pela CF de 1967 e 1988, mas para ocorrer a recepção analisou-se apenas o
conteúdo e não a forma exigida. Ainda falando do CTN, o conteúdo foi apenas
parcialmente recepcionado, a parte dele que contraria o disposto na CF/88 está
revogada, mostrando que pode ocorrer a recepção parcial.
Outro fator que deve ser levado em consideração ao falar em recepção é o fato
que só podem ser recepcionadas normas que estejam em vigor no momento do
advento da nova constituição, assim, normas anteriores já revogadas, anuladas,
ou ainda em vacatio legis (período normalmente de 45 dias entre a publicação
da lei e a sua efetiva entrada em vigor) não poderão ser recepcionadas.
• Recepção X Repristinação:
Chamamos de repristinação quando uma lei volta a vigorar após ter sido
revogada por outra.
Por ex. Lei 2 revogou a lei 1. Futuramente editou-se uma lei 3 que entre suas
disposições trazia que a lei 1 voltaria a ser aplicada.
“Art. 2o § 3o Salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por ter
a lei revogadora perdido a vigência.”
“ADCT Art. 34. § 5º - Vigente o novo sistema tributário nacional, fica assegurada a
aplicação da legislação anterior, no que não seja incompatível com ele e com a
legislação referida nos §3º e § 4º.”
• Revogação X Inconstitucionalidade:
LICC:
“Art. 2o Não se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até que outra a
modifique ou revogue.
§ 1o - A lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare, quando
seja com ela incompatível ou quando regule inteiramente a matéria de que
tratava a lei anterior.
§ 2o - A lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já
existentes, não revoga nem modifica a lei anterior.”
2. Efeitos:
A revogação é tão somente a perda da vigência de uma lei que não é mais
interessante que continue em vigor, por isso, quando ocorre a revogação, tudo o
que a lei revogada regulou na sua vigência continuará sendo mantido. É o que
chamamos de efeitos não-retroativos, ou, “EX-NUNC”.
Observações:
QUESTÕES DE CONCURSOS:
a)repristinação.
b)recepção.
c)desconstitucionalização.
d)revogação tácita.
e)adequação.
Gabarito: Letra B.
.Uma lei ordinária, que já perdeu eficácia ante uma Constituição, não pode
readquiri-la pelo surgimento de nova Constituição. Essa restauração eficacial,
juridicamente condenável, chama-se (5).
c) (1) torna ineficaz; (2) acomodação; (3) derrogação; (4) ab-rogação; (5)
desconstitucionalização; (6) repristinação.
Gabarito: Letra B!
a)Uma lei federal sobre assunto que a nova Constituição entrega à competência
privativa dos Municípios fica imediatamente revogada com o advento da nova
Carta.
Errado. Vimos que independe de qualquer tipo formal para que ocorra a
recepção, basta saber se o conteúdo da norma é compatível ou não. Neste caso,
esta lei federal, caso tivesse o conteúdo compatível, poderia ser recepcionada
como uma lei municipal.
b)Uma lei que fere o processo legislativo previsto na Constituição sob cuja
regência foi editada, mas que, até o advento da nova Constituição, nunca fora
objeto de controle de constitucionalidade, não é considerada recebida por esta,
mesmo que com ela guarde plena compatibilidade material e esteja de acordo
com o novo processo legislativo.
Correto, embora ela não tenha sido declarada inconstitucional, ela é uma lei
inválida, viciada, e o vício não será sanado pelo advento da nova CF, já que esta
lei nunca deveria ter existido da forma que foi feita.
c)Para que a lei anterior à Constituição seja recebida pelo novo Texto Magno, é
mister que seja compatível com este, tanto do ponto de vista da forma legislativa
como do conteúdo dos seus preceitos.
Errado. Voltamos a ratificar que apenas a matéria é importante, a forma não.
• Sentidos da Constituição:
DICA: Para decorar, recomendo observar que “Lassale” é o que possui a maior
quantidade de “S” e “L” em seu nome, da mesma forma que a sua concepção: a
“S”ócio“L”ógica;
Agora a única que sobra será o Carl Schimitt, já que você ouvirá falar tanto em
Hans Kelsen que jamais esquecerá que ele defende o sentido jurídico.
• Sentido Sociológico:
• Sentido Político:
Assim, Schimitt pregava que a Constituição formal, escrita, não era o importante,
pois, deve-se atentar ao conteúdo da norma e não à sua forma. Esta concepção
do decisionismo de Schimitt é o conceito exatamente oposto ao que veremos no
positivismo de Kelsen.
• Sentido Jurídico:
Por fim, analisaremos o conceito do jurista positivista Hans Kelsen. Para ele, o que
importa para ser Constituição é ter a forma de uma. Um texto que se coloque
acima das demais normas, que só pode modificar-se por um processo rígido,
complexo, que deverá ser observado por todas as demais dentro de um
ordenamento jurídico.
Existem outras concepções que não são muito cobradas em provas, porém,
sempre tem uma banca maldosa que faz essas cobranças. Em busca da nota 10,
vou colocar alguns complementos:
Canotilho dizia que a Constituição deve ser um plano que irá direcionar a
atuação do Estado, notadamente através das normas programáticas inseridas no
seu texto. A CF/88 brasileira é exemplo de uma Constituição dirigentes,
principalmente devido as diversas normas programáticas dos direitos sociais.
Konrad Hesse era um jurista alemão que, embora não negasse Lassale, dizia que
a “folha de papel” tinha sim o seu valor. Deste modo, não seriam as forças
imperativas da sociedade que definiriam a Constituição Real, mas haveria uma
reciprocidade: A Constituição definiria e conteria as forças e as forças definiriam
a Constituição, já que esta deve ser dinâmica e não engessada.
Häberle dizia que as Constituições eram muito fechadas, pois eram interpretadas
apenas pelos “intérpretes oficiais” – Os Juízes. Defendia, então, que todos os
agentes que participam da realidade da Constituição deveriam participar
também da interpretação constitucional.
QUESTÕES DE CONCURSO
Resposta: Correto. A questão foi quase uma aula do que humildemente tentei
explicar.
Errado, ninguém nunca falou isso (Pelo menos não que eu saiba...rs)
• Quanto à origem:
• Quanto à extensão:
Analíticas – São as prolixas, que tratam de várias matérias que não são as
fundamentais. Embora prolixas são a tendência das Constituições atuais, já que
,assim, tenta-se limitar ao máximo a livre atuação dos governantes, impedindo
que possam fazer atos atentarórios aos direitos e liberdades individuais ou a
qualquer outro interesse da coletividade.(Ex. Brasil 1988)
• Quanto ao conteúdo:
• Quanto à elaboração:
Flexível – Quando está no mesmo patamar das demais lei, não necessitando
nenhum processo especial para alterá-la.
Semi-Rígidas - Possuem uma parte rígida e outra flexível.
• Classificação da CF/88:
QUESTÕES DE CONCURSO
1.(CESPE/Polícia civil-TO/2008)
a) Quanto ao conteúdo, a Constituição material compreende as normas que,
mesmo não sendo pertinentes à matéria constitucional, se encontram inseridas
em um documento escrito e solene.
2. (CESPE/ACE-TCU/2007)
Correto.
Gaba: Letra B
Errado. A referida classificação é doutrinária e não algo que está inserido no texto
constitucional capaz de ser “apagado” por uma Emenda.
Correto. Embora não esteja muito bem elaborada a questão, dando a entender
que analíticas e dirigentes são sinônimos, a explicação, é relamente de uma
Constituição analítica.
Correto.
Correto.
Correto.
Errado. É rígida.
Errado na parte final. A Constituição escrita é uma só, não tem essa de outros
textos com status Constitucional.
• Elementos da Constituição:
Eficácia Plena – Não necessitam nenhuma ação do legislador para que possa
alcançar o destinatário, por isso são de aplicação direta e imediata.
Ex.: Ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em
virtude da lei. (art.5º, II)
Eficácia Limitada - É a norma que, caso não haja regulamentação por meio de
lei, não é capaz de gerar nenhum efeito concreto, assim dizemos que tem
aplicação indireta ou mediata, pois há a necessidade da existência de uma lei
para “mediar” a sua aplicação. Como vimos, é errado dizer que não possui força
jurídica, pois manifesta a intenção dos legisladores e é capaz de tornar normas
posteriores inconstitucionais. Assim, sua aplicação é mediata, mas sua eficácia
jurídica (ou seja, seu caráter vinculante) é imediata.
Ex.: O estado promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor. (art. 5º, XXXII)
Se a lei não estabelecesse o Código de Defesa do Consumidor, não se poderia
aplicar essa norma por si só.
Isso não quer dizer que sejam todas de eficácia plena, como já foi cobrado em
concursos, lembramos que tanto as plenas como também as contidas possuem
aplicação imediata.
Correto.
Resposta: C.
Correto.
Correto.
Errado. Não existe necessidade de ação do legislador para ela ter aplicação.
Errado. Elas apenas traçam um plano para o governo, tem eficácia diferida.
Errado. Toda norma já tem força jurídica, ainda que apenas de forma passiva.
Resposta B. Pois a princípio todos são livres, até que a lei estabeleça casos em
que se restringirá essa liberdade.
Limitação circunstancial
§ 1º - A Constituição não poderá ser emendada na vigência de intervenção
federal, de estado de defesa ou de estado de sítio.
Limitação Procedimental
§ 2º - A proposta será discutida e votada em cada Casa do CN, em 2 turnos,
considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, 3/5 dos votos dos respectivos
membros.
• Limitação Temporal
A CF/88 não estabeleceu nenhuma limitação temporal, mas, tal limitação pode
ser encontrada em constituições de outros países. Essa limitação ocorre quando
somente depois de decorrido certo lapso temporal a constituição poderá ser
reformada.
Considerações:
1- A forma republicana não é cláusula pétrea, é apenas um princípio sensível,
(veremos em “intervenção federal”).
2- Voto obrigatório não é cláusula pétrea, apenas o fato de ser direto , secreto,
universal e periódico.
3- Lembre-se que são gravados de forma pétrea apenas os direitos e garantias
INDIVIDUAIS, mas, estes não se resumem ao art. 5º da CF, estando espalhados ao
longo dela.
4- Os 4 incisos vistos acima são as cláusulas pétreas expressas ou explícitas da
CF, temos também outras que são consideradas implícitas, a saber:
O povo como titular do poder contribuinte;
O próprio artigo 60 (que estabelece os procedimentos de reforma);
O poder igualitário do voto.
OBS. Em se tratando do Art. 60, o entendimento é de que ele não pode sequer ser
modificado e não o de não poder apenas reduzir como as demais cláusulas
pétreas.
Revisão Constitucional:
Essas emendas têm o mesmo poder das vistas acima, mas, percebe-se que era
um procedimento mais simples (bastava MA em sessão unicameral, enquanto as
outras será 3/5, em 2 turnos, nas duas Casas), porém, após o uso deste poder
reformador de revisão, ele se extinguiu não podendo mais ser utilizado e nem se
pode por EC criar outro similar.
Mutação Constitucional:
Resposta: Letra E.
Errado.
Errado. Vimos que não se pode sequer alterar o art. 60. Nem para facilitar nem
para dificultar.
Resposta: Letra C.
Resposta: Letra A.
d) não tem lugar em nosso sistema jurídico, em razão de a Carta Política ser
escrita e rígida.
Resposta: Letra C.
As regras, por sua vez, são definidoras de uma ação, direcionam o aplicador a
um fim específico, concreto. Elas não comportam um cumprimento parcial, ou
são cumpridas ou não são.
Assunto que tem sido cobrado apenas pelo CESPE. Essas correntes debatem sobre
a liberdade de atuação dos juízes ao se interpretar as normas constitucionais,
debate este muito forte nos Estados Unidos.
a) Corrente interpretativista:
b) Não-interpretativismo:
3- Métodos de interpretação:
(Principalmente ESAF)
b) Método tópico-problemático:
Tendo um problema concreto nas mãos, os intérpretes debatem abertamente
tentando adequar a norma a este problema, daí diz-se que há uma “primazia do
problema sobre a norma”.
c) Método hermenêutico-concretizador:
É o contrario do anterior. Aqui parte-se da pré-compreensão da norma abstrata e
tenta-se imaginar a situação concreta. Agora temos a “primazia da norma sobre
o problema”.
d) Método científico-espiritual:
Analisa-se os valores sociais, integrando o texto constitucional com a realidade a
qual a sociedade está vivendo.
e) Método normativo-estruturante:
Analisa-se a norma tentado analisar a sua função como estruturadora do Estado.
4-Princípios de interpretação:
(Todas as bancas)
Este princípio é como se fosse a base da qual deriva a maioria dos demais.
Segundo ele, as normas constitucionais formam um corpo único, indivisível para
fins de interpretação. Uma norma só faz sentido se entendida dentro de todo o
contexto do sistema constitucional. Assim, ao interpretar a Constituição, o
hermeneuta deve buscar dissipar quaisquer contradições ou antinomias
aparentes, já que formando este corpo único, não há o que se falar em normas
contraditórias, devendo-se analisá-las em conjunto e buscar o verdadeiro fim
pensado.
Embora o intérprete tenha certa liberdade ao buscar o sentido das normas, ele de
forma alguma, segundo este princípio, poderá chegar a um resultado que
perturbe a repartição de competências que a Constituição estabeleceu em sua
estrutura.
É um dos princípios que mais ganham espaço atualmente, já que preza pela
justiça, bom senso, aplicação razoável e proporcional das normas.
É importante frisar que este princípio não foi positivado expressamente na CF, mas
encontra-se implícito no art. 5º LIV que dispõe sobre o “devido processo legal”.
Questões de Concursos:
e) As regras são normas que ordenam que algo seja realizado, na maior medida
possível, dentro das possibilidades jurídicas e reais existentes e, por isso, são
consideradas mandados de otimização, caracterizando-se pela possibilidade de
serem cumpridas em diferentes graus.
Errado. O que são mandados de otimização são os princípios, já que estes podem
ser cumpridos em diferentes graus. As regras devem ser cumpridas inteiramente,
não se admitindo o cumprimento parcial.
Correto.
Correto.
c) a concordância prática ou a harmonização -coordenação e combinação dos
bens jurídicos em conflito.
Correto.
Correto.
Resposta: Letra C.
Correto.
Correto
d) Sempre que uma lei puder de alguma forma colocar em risco o ordenamento
constitucional, cumpre ao Poder Judiciário anulá-la, não sendo possível
aplicar-lhe uma forma de interpretação que preserve um dos sentidos que ela
comporte e que esteja em harmonia com a Constituição Federal.
Correto.
7.(MPE-MG/Promotor MPE-MG/2005)
Correto.
Correto
8.(FCC/AFRE-PB/2006) O método de interpretação das normas constitucionais
segundo o qual se procura identificar a finalidade da norma, levando-se em
consideração o seu fundamento racional, é o método
a) literal.
b) gramatical.
c) histórico.
d) sistemático.
e) teleológico.
Resposta: Letra E!
a) ponderação de interesses.
b) interpretação adequadora.
c) congruência.
Resposta: Letra A.
Correto.
b) No método de interpretação constitucional tópico-pro-blemático, há
prevalência da norma sobre o problema concreto a ser resolvido.
Errado. Primeiro que embora seja menos autônoma, não chega a se confundir
com o literalismo, e segundo que os não-interpretativistas que defendem que o
juiz possa invocar valores e princípios substantivos como a liberdade e justiça.
· Controle de Constitucionalidade
Formas de inconstitucionalidade:
Inconstitucionalidade, assim, seria qualquer incompatibilidade face a
Constituição (Federal ou Estadual, guardadas, obviamente, os devidos campos
de atuação). Esse controle é típico de constituições rígidas, devido a supremacia
que ela exerce perante os demais atos normativos.
Momento do controle:
O controle da constitucionalidade pode ocorrer em 2 momentos distintos: antes
ou depois da promulgação da lei.
Controle preventivo:
O controle preventivo de constitucionalidade pode ocorrer no âmbito dos 3
poderes. Vamos fazer uma ordem cronológica:
1º controle – Legislativo:
Quando um projeto de lei é proposto, ele já começa a sofrer o 1º controle, que é
o controle no próprio legislativo exercido pelas chamadas “CCJ” – Câmara de
Constituição e Justiça – que é denominada CCJ e Redação no âmbito da
Câmara dos Deputados e CCJ e Cidadania no âmbito do Senado Federal.
2º Controle – Judiciário:
Se um projeto de lei “sobrevive” à CCJ, não quer dizer que ele já pode se
considerar constitucional, longe disso. Ainda durante o seu trâmite no Congresso
Nacional, algum parlamentar, que enteda que o projeto seja inconstitucional,
poderá impetrar um mandado de segurança no STF, pois os parlamentares tem o
direito líquido e certo de participar de um processo legislativo que seja
juridicamente correto. Se este direito for violado, deliberando-se sobre um projeto
que entenda inconstitucional ou de forma contrária ao processo legislativo
previsto, poderá acionar o judiciário por tal ação.
Uma observação que deve ser feita é que é este controle possui a particularidade
de ser “via de exceção”, ou seja, o parlamentar na verdade quer participar de
um processo legislativo hígido, o pedido de declaração de inconstitucionalidade
foi apenas um “acidente de percurso”, é um incidente, daí também ser dito, que
é incidental.
3º Controle – Executivo:
Última chance de um projeto não se tornar lei por inconstitucionalidade. Ocorre
quando, ao fim do processo legislativo, o projeto é encaminhado ao Presidente
da República para que este o sancione ou vete o projeto. Se o Presidente da
República entender que o projeto é inconstitucional, usará o seu direito ao “veto
jurídico” que é o veto fundamentado na incosntitucionalidade do projeto, não
deve este ser confundido com o “veto político”, que é veto feito quando embora
não veja qualquer inconstitucionalidadade, considera o projeto como contrário
ao interesse público.
Controle Repressivo:
Bom, agora vamos falar do controle, aquele feito após a promulgação da lei. Este
controle também poderá ser feito por cada um dos 3 poderes, daí dizermos que
no Brasil temos o controle misto de constitucionalidade. Este controle misto é uma
mistura do controle jurisdicional – feito pelo poder judiciário – e o controle político
– feito por outro órgão que não seja do judiciário, controle este tipicamente
europeu onde existem cortes constitucionais independentes com a função de
promover o controle.
Controle repressivo pelo Executivo:
Esse controle na verdade é decorrente de uma jurisprudência do STF (RTJ
151/331). Segundo esta jurisprudência, admite-se que o chefe do executivo
(Presidente, Governador ou Prefeito) se recuse, por ato administrativo expresso e
formal, a dar cumprimento a uma lei ou outro ato normativo que entenda ser
flagrantemente inconstitucional, até que a questão seja apreciada pelo Poder
Judiciário.
Art. 97. (reserva de plenário) - Somente pelo voto da maioria absoluta de seus
membros ou dos membros do respectivo órgão especial (OE) poderão os
tribunais declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder
Público.
(Súmula Vinculante 10) à Viola a cláusula de reserva de plenário (CF, artigo 97) a
decisão de órgão fracionário de tribunal que, embora não declare
expressamente a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do poder público,
afasta sua incidência, no todo ou em parte.
O controle jurisdicional é feito de 2 formas: a forma concentrada (feita
diretamente em um único órgão) e a forma difusa (que “se espalha” por vários
órgãos)
Veja que para chegar ao STF se faz um “recurso extraordinário” (R. Ex):
CF, art 102, III – Compete ao STF julgar, mediante recurso extraordinário (R. Ex.), as
causas decididas em única ou última instância, quando a decisão recorrida:
a) contrariar dispositivo desta Constituição;
b) declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal;
c) julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face desta
Constituição.
d) (...)
Vocabulário e sinônimos:
.Controle concreto: Pois analisa-se o caso concreto, ou seja, os efeitos que a lei
produziu naquela situação, e não a lei em si, em abstrato.
.Controle incidental: Na verdade o que o autor do pedido quer é que tenha o seu
problema resolvido, sendo a declaração de inconstitucionalidade apenas o
caminho para que alcance isso, a inconstitucionalidade é apenas um “acidente”.
.Controle difuso: Pois não se faz o controle diretamente no STF ou no TJ, e sim,
perante o juiz competente para conhecer da causa principal; após isso, poderá
ainda sofrer recursos que leva a discussão para outros órgãos;
.Controle indireto:
.Controle por via de exceção:
.Controle com uso da competência recursal ou derivada: Pois no caso do STF, ele
reconhecerá a causa através de um recurso extraordinário e não no uso da sua
competência originária.
.Controle norte-americano: Pois, tem sua origem histórica no direito
norte-americano, no caso Marbury versus Madison.
Controle Concentrado
Como foi dito, o controle concentrado é feito diretamente no órgão responsável
por guardar a Constituição, logo, será no STF em se tratando de Controle Federal,
ou no TJ, em se tratando de Controle Estadual.
Vocabulário e sinônimos:
.Controle em abstrato, ou da lei em tese: Pois se faz o controle da norma em si,
independente dos efeitos concretos que ela tenha gerado, discute-se a sua
validade no campo abstrato do direito.
.Controle direto: Pois vai direto para o “órgão guardião”.
.Controle por via de ações: Pois o instrumento para se chegar no “órgão
guardião” será uma das 3 ações (ADIN, ADECON ou ADPF) que detalharemos à
frente.
.Controle com uso da competência originária: Pois não foi direto ao órgão, e não
através de recursos advindos de outros órgão.
.Controle austríaco
ADIN/ADECON/ADPF:
Vimos que este controle é por via de ações, que ações são essas? São 3: ação
direta de inconstitucionalidade – ADIN –, ação declaratória de
constitucionalidade – ADECON -, ou argüição de descumprimento de preceitos
fundamentais – ADPF. Elas são reguladas pelas leis 9868/99 (ADIN e ADECON) e
9882/99 (ADPF). Se você estuda para concursos jurídicos ou para concursos da
banca ESAF, leia atentamente estas leis, pois embora eu vá falar praticamente
tudo de importante na aula, a ESAF adora cobrar uma literalidade delas.
1- O Presidente da República;
2- O PGR;
3- O Conselho Federal da OAB;
4- Partido político com representação no CN;
5- A Mesa de qualquer das Casas Legislativas;
Observações:
1- Observe que a Mesa do CN não tem legitimidade para propor ADIN e
ADECON;
2- A perda da representação do partido político junto ao CN NÃO prejudica a
ação já impetrada;
3- O STF reconhece a legitimidade ativa das chamadas associação de
associações para fins de ajuizamento da ADIN;
4- Prosposta a ADIN ou a ADECON, não se admite desistência (lei 9868/99) -
princípio da indisponibilidade que rege o controle concentrado de
constitucionalidade (STF).
1. ADIN (ou ADI) – É impetrada quando se quer mostrar que uma norma é
inconstitucional. É dividida em 3 tipos:
b)Adin por omissão: Ocorre pela falta da edição de uma lei ou ato normativo
constitucionalmente previsto.
3. ADPF – É uma ação que poderá ser proposta segundo a lei 9882/99 “quando for
relevante o fundamento da controvérsia constitucional sobre lei ou ato normativo
federal, estadual ou municipal” desde que haja um importante requisito: “não
exista nenhum outro meio hábil capaz de resolver esse problema”. Então a ADPF
só pode ser usada em caráter residual, ou seja, como último recurso para resolver
a controvérsia.
Outra importante disposição da lei é o fato de ela dizer: “Caberá ADPF inclusive
contra atos anteriores à Constituição”
Ora, irá controlar os atos anteriores à Constituição? É isso mesmo? Mas a
inconstitucionalidade não tem que ser congênita?
O AGU e o PGR deverão ser ouvidos pelo STF sucessivamente, cada qual, em 15
dias.
Exceções:
- Outra exceção se refere à regra de eficácia ex-tunc das decisões. Esta eficácia
poderá ser afetada, caso o tribunal, alegando SEGURANÇA JURÍDICA ou
EXCEPCIONAL INTERESSE SOCIAL, entenda pelo voto de 2/3 de seus membros que
deve ao invés da eficácia retroativa, conceder uma eficácia ex-nunc ou a partir
de outro momento que venha a fixar (pro-futuro).
Senado:
Regra: Erga-Omnes e Ex-nunc
Exceção: Ex-tunc a pedido do STF
Porém, não é toda norma infralegal que é criada para regulamentar leis. Algumas
delas, retiram a sua competência diretamente da Constituição, podendo assim
sofrer controle de constitucionalidade. Podemos citar como exemplos clássicos: o
decreto autônomo (art. 84, VI) e os Regimentos internos dos tribunais.
Neste caso, admite-se que haja um R. Ex. ao STF, sendo que será um caso de R. Ex
em que o STF analisará a norma em abstrato e não em concreto como é a regra.
Aula 11 Noções sobre Teoria Geral do Estado para concursos (ênfase ESAF)
Existem vários conceitos. Em suma seria o estudo do Estado pelos mais variados
prismas, histórico, jurídico, sociológico, político, filosófico...
Segundo a ESAF, em 2004, no concurso para oficial de chancelaria do MRE: o
objeto da teoria geral do Estado é o estudo da construção jurídica do Estado,
podendo abranger, ainda, o estudo do Estado em sua perspectiva de realidade
jurídica e de realidade social.
Outro elemento típico seria a instabilidade territorial, isso era devido às constantes
guerras para ampliação do território.
Formas de Estado:
Assim, temos que o Estado pode assumir as seguintes formas (não exaustivas):
¨ Estado Simples ou Unitário – É o Estado que possui um poder central que não
sofre limitações dentro do seu território, não reconhece a autonomia de entes
políticos no seu âmbito interno. Este Estado Unitário ou Simples, poderá ainda ser:
o União real – Ocorre de forma mais forte que a pessoal, pois, esta união se
manifesta internacionalmente como uma única pessoa jurídica.
Questões comentadas:
Correto.
Correto.
Correto.
Correto.