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HISTÓRIA DOS ÍNDIOS BRASILEIROS

A origem dos "índios" brasileiros ainda é um mistério para os estudiosos. A teoria de que vieram
pelo estreito de Bering continua sendo a mais aceita, apesar de já existirem muitas discordâncias.
Com a chegada dos portugueses às terras brasileiras, os nativos pareciam nada menos que
exóticos aos olhos de seu invasor",que assustou-se com os costumes "bárbaros" daquele povo que
andava nu sem pudor e desconhecia a maior Instituição Européia até então: A Igreja católica.
Após 500 anos de convivência conflituosa, a figura do índio ainda parece distante da realidade do
país. Viu suas terras serem tomadas, dirigiu-se para as grandes metrópoles e vive hoje a realidade
marginal de milhares de pessoas. Episódios como o do índio pataxó Galdino Jesus, queimado vivo
por jovens brasilienses, insistem em alongar a extensa lista de atos desrespeitosos direcionados às
comunidades indígenas.
Dizimidos aos montes também no passado, poucos restaram para contar e perpetuar a nebulosa e
fantástica história desse povo.Atualmente, a FUNAI (Fundação Nacional do Índio) luta junto ao
Congresso Nacional para que os direitos dos índios sejam colocados em prática. A demarcação
das terras indígenas tomadas pelos colonizadores é uma das dívidas históricas em pauta.
A valorização da riqueza cultural dos índios é uma bandeira a ser levantada por toda a sociedade,
já que costumes que fogem à memória dos povos que aqui chegaram mais tarde estão em jogo. A
população brasileira precisa aprender a respeitar uma cultura que não é a sua, pois só assim
estaremos vivendo a livre expressão de pensamento que nossa tradição democrática tanto prega.
Fonte: Funai

HISTÓRIA DOS ÍNDIOS BRASILEIROS


Historiadores afirmam que antes da chegada dos europeus à América havia aproximadamente 100
milhões de índios no continente. Só em território brasileiro, esse número chegava 5 milhões de
nativos, aproximadamente. Estes índios brasileiros estavam divididos em tribos, de acordo com o
tronco lingüístico ao qual pertenciam: tupi-guaranis ( região do litoral ), macro-jê ou tapuias ( região
do Planalto Central ), aruaques ( Amazônia ) e caraíbas ( Amazônia ).
Atualmente, calcula-se que apenas 400 mil índios ocupam o território brasileiro, principalmente em
reservas indígenas demarcadas e protegidas pelo governo. São cerca de 200 etnias indígenas e
170 línguas. Porém, muitas delas não vivem mais como antes da chegada dos portugueses. O
contato com o homem branco fez com que muitas tribos perdessem sua identidade cultural.
A sociedade indígena na época da chegada dos portugueses.
O primeiro contato entre índios e portugueses em 1500 foi de muita estranheza para ambas as
partes. As duas culturas eram muito diferentes e pertenciam a mundos completamente distintos.
Sabemos muito sobre os índios que viviam naquela época, graças a Carta de Pero Vaz de
Caminha ( escrivão da expedição de Pedro Álvares Cabral ) e também aos documentos deixados
pelos padres jesuítas.
Os indígenas que habitavam o Brasil em 1500 viviam da caça, da pesca e da agricultura de milho,
amendoim, feijão, abóbora, bata-doce e principalmente mandioca. Esta agricultura era praticada de
forma bem rudimentar, pois utilizavam a técnica da coivara ( derrubada de mata e queimada para
limpar o solo para o plantio).
Os índios domesticavam animais de pequeno porte como, por exemplo, porco do mato e capivara.
Não conheciam o cavalo, o boi e a galinha. Na Carta de Caminha é relatado que os índios se
espantaram ao entrar em contato pela primeira vez com uma galinha.
As tribos indígenas possuíam uma relação baseada em regras sociais, políticas e religiosas. O
contato entre as tribos acontecia em momentos de guerras, casamentos, cerimônias de enterro e
também no momento de estabelecer alianças contra um inimigo comum.
Os índios faziam objetos utilizando as matérias-primas da natureza. Vale lembrar que índio
respeita muito o meio ambiente, retirando dele somente o necessário para a sua sobrevivência.
Desta madeira, construíam canoas, arcos e flechas e suas habitações (ocas ). A palha era utilizada
para fazer cestos, esteiras, redes e outros objetos. A cerâmica também era muito utilizada para
fazer potes, panelas e utensílios domésticos em geral. Penas e peles de animais serviam para
fazer roupas ou enfeites para as cerimônias das tribos. O urucum era muito usado para fazer
pinturas no corpo.
]
A organização social dos índios
Entre os indígenas não há classes sociais como a do homem branco. Todos têm os mesmo direitos
e recebem o mesmo tratamento. A terra, por exemplo, pertence a todos e quando um índio caça,
costuma dividir com os habitantes de sua tribo. Apenas os instrumentos de trabalho ( machado,
arcos, flechas, arpões ) são de propriedade individual. O trabalho na tribo é realizado por todos,
porém possui uma divisão por sexo e idade. As mulheres são responsáveis pela comida, crianças,
colheita e plantio. Já os homens da tribo ficam encarregados do trabalho mais pesado: caça,
pesca, guerra e derrubada das árvores.
Duas figuras importantes na organização das tribos são o pajé e o cacique. O pajé é o sacerdote
da tribo, pois conhece todos os rituais e recebe as mensagens dos deuses. Ele também é o
curandeiro, pois conhece todos os chás e ervas para curar doenças. Ele que faz o ritual da
pajelança, onde evoca os deuses da floresta e dos ancestrais para ajudar na cura. O cacique,
também importante na vida tribal, faz o papel de chefe, pois organiza e orienta os índios.
A educação indígena é bem interessante. Os pequenos índios, conhecidos como curumins,
aprender desde pequenos e de forma prática. Costumam observar o que os adultos fazem e vão
treinando desde cedo. Quando o pai vai caçar, costuma levar o indiozinho junto para que este
aprender. Portanto a educação indígena é bem pratica e vinculada a realidade da vida da tribo.
Quando atinge os 13 os 14 anos, o jovem passa por um teste e uma cerimônia para ingressar na
vida adulta.

Os contatos entre indígenas e portugueses


Como dissemos, os primeiros contatos foram de estranheza e de certa admiração e respeito.
Caminha relata a troca de sinais, presentes e informações. Quando os portugueses começam a
explorar o pau-brasil das matas, começam a escravizar muitos indígenas ou a utilizar o escambo.
Davam espelhos, apitos, colares e chocalhos para os indígenas em troca de seu trabalho.
O canto que se segue foi muito prejudicial aos povos indígenas. Interessados nas terras, os
portugueses usaram a violência contra os índios. Para tomar as terras, chegavam a matar os
nativos ou até mesmo transmitir doenças a eles para dizimar tribos e tomar as terras. Esse
comportamento violento seguiu-se por séculos, resultando no pequenos número de índios que
temos hoje.
A visão que o europeu tinha a respeito dos índios era eurocêntrica. Os portugueses achavam-se
superiores aos indígenas e, portanto, deveriam dominá-los e colocá-los ao seu serviço. A cultura
indígena era considera pelo europeu como sendo inferior e grosseira. Dentro desta visão,
acreditavam que sua função era convertê-los ao cristianismo e fazer os índios seguirem a cultura
européia. Foi assim, que aos poucos, os índios foram perdendo sua cultura e também sua
identidade.

Canibalismo
Algumas tribos eram canibais como, por exemplo, os tupinambás que habitavam o litoral da região
sudeste do Brasil. A antropofagia era praticada, pois acreditavam que ao comerem carne humana
do inimigo estariam incorporando a sabedoria, valentia e conhecimentos. Desta forma, não se
alimentavam da carne de pessoas fracas ou covardes. A prática do canibalismo era feira em rituais
simbólicos.

Religião Indígena
Cada nação indígena possuía crenças e rituais religiosos diferenciados. Porém, todas as tribos
acreditavam nas forças da natureza e nos espíritos dos antepassados. Para estes deuses e
espíritos, faziam rituais, cerimônias e festas. O pajé era o responsável por transmitir estes
conhecimentos aos habitantes da tribo. Algumas tribos chegavam a enterrar o corpo dos índios em
grandes vasos de cerâmica, onde além do cadáver ficavam os objetos pessoais. Isto mostra que
estas tribos acreditavam numa vida após a morte.

Fonte: www.abrali.com
HISTÓRIA DOS ÍNDIOS BRASILEIROS

A expressão descobrimento do Brasil; tornou-se comum nos livros de história. Ela se refere ao fato
de os portugueses terem encontrado uma terra que era até então desconhecida dos europeus.
Mas o Brasil não era uma terra desconhecida e sem donos! Ela era habitada e sua posse
distribuída entre diversos grupos entre diversos grupos indígenas que a ocupavam! A idéia de
posse e propriedade dos indígenas logicamente não é a mesma da dos portugueses, não tem o
mesmo sentido o de propriedade privada. A posse era coletiva, isto é, não havia um pedaço de
terra para cada um ou para cada família, as vastas regiões do Brasil eram ocupadas por nações e
tribos. Havia limites mais ou menos estabelecidos, mas não definidos. As tribos mudavam de lugar
de acordo com sua necessidade. A presença portuguesa foi então uma ocupação, pois julgavam
os povos não civilizados como desprovidos dos direitos que eles europeus tinham. Os europeus se
julgavam os donos da civilização e das leis, todos os outros povos deveriam portanto, reger-se
pelas normas e leis vigentes na Europa (será que isso mudou hoje em dia ou respeitamos o modo
de vida diferente de outras culturas?) Há cinco séculos, os portugueses chegaram ao litoral
brasileiro, dando início ao processo de migração que se estenderia até o inicio do século XX, e
pouco a pouco foram estabelecendo-se nas terras que eram ocupadas pelos povos indígenas.
Com os índios civilizados e amigos os portugueses formaram uma nova etnia: os mamelucos.

REAÇÕES DOS INDIOS NO BRASIL COLÔNIA


A confederação dos Tamoios Em 1555, os franceses tomaram a Baía de Guanabara, lá se
instalara com seus comandados, o almirante Nicolau Durand de Villegaignon, que conseguiu uma
aliança com os índios da região, os tamoios, inimigos tradicionais dos tupiniquins. Não fora difícil
aos franceses conquistar os tamoios, homens altivos, que há tempos lutavam contra portugueses,
que pretendiam escraviza-los. No começo da década de 60 estremecia o planalto paulista diante
das ameaças dos tamoios, quando algumas tribos tupiniquins nos arredores de São Paulo unem-
se a eles. As coisas ficaram difíceis a ponto de obrigar até a transferência dos jesuítas do seu
colégio para São Vicente. São Paulo já era uma região cobiçada onde se assentavam muitas
hortas, pomares, lavouras de mandioca milho trigo e alguma cana.Os índios atacam a vila da São
Paulo sem conseguir toma-la. A presença dos francesas aliada aos saques que os colonos faziam
as aldeias e tabas dos índios, acabou por estimular uma aliança entre as tribos de Bertioga a Cabo
Frio, que reunia também tribos do interior do Vale do Paraíba: era a Confederação dos Tamoios.
As investidas dos confederados se multiplicaram. É quando intervem a experiência do padre
Manuel da Nóbrega, que desde 1561 se encontrava em São Vicente, vindo da Bahia. Nóbrega,
inimigo da escravização do índio, sente desde logo que há razões de justiça do lado da
confederação das tribos e que só uma missão de paz poderá aplaca-la. Decide, pois, ir em pessoa
tentar a paz, para a missão convida o padre Anchieta. Anchieta e Nóbrega ouviram por dias e dias
o chefe tamoio Caoquira contar os feitos dos bravos guerreiros de sua tribo, vivos e mortos como
era costume entre os índios e fazer suas reclamações. Caoquirra manda chamar todos os caciques
da região. Nos sete meses passados com os índios os jesuítas conseguiram conquistar a paz. A
paz não é duradoura e os tamoios voltam a se confederar e vencem muitas batalhas contra os
portugueses, que só conseguem subjuga-los em 1567, quando Estácio de Sá expulsa os franceses
e funda um núcleo de povoamento bem fortificado: é São Sebastião do Rio de Janeiro que ali
nasce.

COCARES
CIVILIZAÇÃO E COSTUMES
Os espanhóis como os portugueses encontraram no continente americano, povos diversos, com
costumes vários e em diferentes estágios de civilização. Os mais atrasados eram os que
povoavam a região do Brasil. Os índios, que foram os primeiros donos do Brasil, agora são só 344
mil, perdidos em reservas espalhadas pelo país. As primeiras notícias sobre os índios brasileiros
chegaram na Europa na primeira metade do século XVI. Eram histórias de viajantes, náufragos e
missionários que viveram nas aldeias indígenas do litoral, basicamente entre grupos do tronco
lingüístico tupi (tupiniquins, tupinambás, etc) Os traços culturais destas tribos foram generalizados
para todas as tribos do Brasil. Assim durante muito tempo os índios foram considerados como se
fossem todos iguais. Hoje sabemos que os indígenas brasileiros não formam um grupo
homogêneo. Assim como a língua, também os costumes, as crenças, as formas de organização
familiar e social, as técnicas artesanais, a cultura, enfim , variam muito de um grupo para outro.
Podemos encontrar um numero de características mais gerais que se aplicam a muitas tribos mas
devemos ter em mente que mesmo tais características não podem ser generalizadas para todos os
grupos indígenas do Brasil.

Artesanato indígena – cuia

instrumento musical

artesanato indígena

COMO VIVIAM
A organização social básica dos índios é a tribo. Trata-se de um grupo de indivíduos cujas aldeias
ocupam uma área próxima, que falam a mesma língua, tem os mesmos costumes e estão ligados
uns aos outros por um forte sentimento de unidade. Tal sentimento é tão
forte que se mantém unidos mesmo quando não existe nenhum chefe ou conselheiro cuja
autoridade se estenda a toda a tribo. O formato das aldeias varia conforme a tribo. Alguns grupos
constroem aldeias em forma de círculo, alguns em forma de ferradura, alguns ainda cuja aldeia se
compõe de uma única habitação coletiva. Por necessidades básicas de sobrevivência os índios se
deslocam periodicamente para locais onde podem encontrar recursos mais facilmente. Os povos
mais nômades não dispõem de agricultura, nem cerâmica, nem tecidos e não criam animais
domésticos. A economia dos índios era principalmente desenvolvida com instrumentos simples
visando à prática da caça usando o arco e a flecha e seu cozimento, em artefatos de barro de
barro. A alimentação dos índios era principalmente constituída de peixes, tanto é que foram
considerados ótimos nadadores e existem muitas lendas que se referem a lutas entre índios e
peixes e muitos mitos que vem das águas. Mas os índios não comiam somente peixes, comiam
também bichos e uma das lendas mais engraçadas é que eles não comiam bichos lerdos, pois
achavam que estariam comendo a alma deles também e isso faria com que se tornassem lerdos
também. A agricultura também fazia em algumas tribos parte de dos costumes indígenas. Eles
cultivavam a mandioca, milho, amendoim e o feijão. Pensem: eles também conheciam as fibras
como o algodão para produzir tecidos. A organização social do índio se baseava principalmente
nas tarefas relacionadas ao trabalho, divididas por idade e sexo. As mulheres cuidavam da casa,
das crianças, da roça, fabricação de farinha, a fiação de telagens. Os homens jovens eram
responsáveis pela defesa da tribo e expedições guerreiras e pela coleta dos alimentos na caça e
pesca, pela derrubada da mata e preparação da terra para o plantio, construção de canoas e
armas, construção das casas enquanto que os idosos, tanto os homens quanto as mulheres,
ficavam sentados dando conselhos e passando aos mais jovens a sabedoria das tradições da tribo.
Uma observação importante a se fazer é que os índios já usavam a queimada para abrir espaços
na mata que seriam usados para o cultivo de alimentos. Esta pratica era denominada coivara. Tal
sistema é ainda muito utilizado no interior do Brasil. Geralmente as roças pertencem a toda a tribo
e o fruto do trabalho é distribuído entre todos, ou seja os índios faziam parte de um comunismo
primitivo. Já os instrumentos de caça e pesca, machados, arcos, flechas, facões, enxadas, etc..
costumam ser propriedades individuais. Em relação à religião dos índios podemos ressaltar que
eles gostavam de rituais, por exemplo, comemoravam a passagem de um grupo ou indivíduo da
vida para a morte. Era comemorada a gestação, o nascimento o casamento, a iniciação da vida
adulta, etc. A coisa mais interessante de religião dos índios é que eles não gostavam muito de
acreditar em um deus supremo, eles preferiam acreditar em mitos heróis e forças da natureza
.Todas as crenças eram passadas de geração em geração. Ligado com a religião era a medicina
dos índios tanto que o pajé que era o mais sábio da tribo ele era o elo de ligação entre a religião e
os homens. Praticamente ele era "sacerdote e através da magia era "medico". O principal remédio
que ele usava era a auto - sugestão e o carisma dele que atuava através da auto sugestão como
remédio para cura das principais doenças indígenas. Claramente essa não era a único método
usado pelo pajé enquanto os índios conheciam muito bem as plantas medicinais e os poderes
medicinais delas e muitos medicamentos vegetais que apresentam resultados surpreendentes,
como no caso de picadas de cobra, infecção, picadas de mosquito, feridas etc. Tinham
conhecimento de algumas matérias primas como por exemplo na extração do sal, da borracha ,do
tecido e até de gases asfixiantes.

COMO OS INDIOS QUASE DESAPARECERAM


O processo de colonização levou á extinção de muitas sociedades indígenas que viviam no
território dominado, seja pela ação das armas seja pelo contágio de doenças trazidas dos países
europeus para as quais os índios não tinham anticorpos ou ainda, pela aplicação de políticas
visando a "assimilação" dos índios 'a nova sociedade implantada, com forte influencia européia.
Embora não se saiba exatamente quantas sociedades indígenas existissem no Brasil 'a época da
chegada dos europeus, há estimativas sobre o número de habitantes nativos naquele tempo que
variam de 1 a 10 milhões de indivíduos. Estes números nos dão uma idéia da imensa quantidade
de pessoas e sociedades indígenas inteiras exterminadas ao longo destes mais de 500 anos, como
resultado de um processo de colonização baseado no uso da força, por meio das guerras e da
política de assimilação. Da mesma que os brancos procuraram a explicação para a origem dos
índios estes também elaboraram explicação para a origem do homem branco. O processo do
colonizador do qual os índios brasileiros foram vítimas ocorreu assim: primeiro foram cativados
para o trabalho de exploração do pau Brasil em troca de objetos que exerciam fascínio sobre eles;
depois veio a escravização e a tentativa de faze-los trabalhar na lavoura da cana de açúcar; suas
terras foram sendo tomadas e os que não se submeteram ao colonizador e não conseguiram fugir
Brasil adentro, morreram após lutar corajosamente pela sua terra e pela liberdade. Os índios que
conseguiram sobreviver eram descaracterizados pela catequese feita pelos jesuítas e da própria
convivência com o homem branco. Com isso muitos foram perdendo sua identidade cultural
substituindo suas crenças e costumes pelos valores dos colonizadores. Transformaram-se assim
em seres marginalizados e explorados dentro da sociedade branca.

Fonte: www.sabedoriamistica.com.br

HISTÓRIA DOS ÍNDIOS BRASILEIROS


A história
Em 1500, quando os portugueses chegaram ao Brasil, estima-se que havia por aqui cerca de 6
milhões de índios. Passados os tempos de matança, escravismo e catequização forçada. Nos anos
50, segundo o antropólogo Darcy Ribeiro, a população indígena brasileira estava entre 68.000 e
100.000 habitantes. Atualmente há cerca de 280.000 índios no Brasil. Contando os que vivem em
centros urbanos, ultrapassam os 300.000.
No total, quase 12% do território nacional, pertence aos índios.
Quando os portugueses chegaram ao Brasil, havia em torno de 1.300 línguas indígenas.
Atualmente existem apenas 170. O pior é que cerca de 35% dos 210 povos com culturas diferentes
têm menos de 200 pessoas.
Será o fim dos índios?
Apesar do "Dia do Índio", que é comemorado no dia 19 de Abril, não tem nada para se comemorar.
Algumas tribos indígenas foram quase executadas por inteiro na década de 70 em diante,
enquanto estavam fora de seu habitat, quase chegaram a extinção, foram ameaçados por
epidemias, diarréia e estradas. Mas hoje, o que parecia impossível está acontecendo: o número de
índios no Brasil e na Amazônia está aumentando cada vez mais. A taxa de crescimento da
população indígena é de 3,5% ao ano, superando a média nacional, que é de 1,3%. Em melhores
condições de vida, alguns índios recuperaram a sua auto-estima, reintroduziram os antigos rituais e
aprenderam novas técnicas, como pescar com anzol. Muitos já voltaram para a mata fechada, com
uma grande quantidade de crianças indígenas.
"O fenômeno é semelhante ao baby boom do pós-guerra, em que as populações, depois da
matança geral, tendem a recuperar as perdas reproduzindo-se mais rapidamente", diz a
antropóloga Marta Azevedo, responsável por uma pesquisa feita pelo Núcleo de Estudos em
População da Universidade de Campinas.
Com terras garantidas e população crescente, pode parecer que a situação dos índios se encontra
agora sob controle. Mas não! O maior desafio da atualidade é manter viva sua riqueza cultural.
Organização e sobrevivência do grupo
Os índios brasileiros sobrevivem utilizando os recursos naturais oferecidos pelo meio ambiente
com a ajuda de processos rudimentares. Eles caçam, plantam, pescam, coletam e produzem os
instrumentos necessários a estas atividades. A terra pertence a todos os membros do grupo e cada
um tira dela seu próprio sustento.
Existe uma divisão de tarefa por idade e por sexo: em geral cabe a mulher o cuidado com a casa,
das crianças e das roças; o homem é responsável pela defesa, pela caça (que pode ser individual
ou coletiva), e pela colheita de alimentos na floresta.
Os mais velhos - homens e mulheres - adquirem grande respeito da parte de todos. A experiência
conseguida pelos anos de vida transforma-os em símbolos de tradições da tribo.
O pajé é uma espécie de curandeiro e conselheiro espiritual.
Garimpeiros invadem as terras indígenas
Entre os povos ameaçados estão os Ianomâmis, que foram os últimos a ter contato com a
civilização. Sua população atual chega a pouco mais de 8.000 pessoas. O encontro com
garimpeiros, que invadem suas terras, trazem doenças, violência e alcoolismo. Entre os índios, os
garimpeiros são conhecidos por outro nome: os "comedores de terras". Calcula-se que 300.000
garimpeiros entraram ilegalmente em terras indígenas na Amazônia. Mas o problema não é
insolúvel. Na aldeia Nazaré, onde moram 78 Ianomâmis, foram expulsos pela Polícia Federal.
Permanece a questão de como ficará o índio num mundo globalizado, mas pelo menos já se sabe
o que é preciso preservar.

O chefe da tribo
Os índios vivem em aldeias e, muitas vezes, são comandados por chefes, que são chamados de
cacique, tuxánas ou morubixabas. A transmissão da chefia pode ser hereditária (de pai para filho)
ou não. Os chefes devem conduzir a aldeia nas mudanças, na guerra, devem manter a tradição,
determinar as atividades diárias e responsabilizar-se pelo contato com outras aldeias ou com os
civilizados. Muitas vezes ele é assessorado por um conselho de homens que o auxiliam em suas
decisões.
Alimento - pesca
Além de um conhecimento profundo da vida e dos hábitos dos animais, os índios possuem
técnicas que variam de povo para povo. Na pesca, é comum o uso de substâncias vegetais (tingui
e timbó, entre outras) que intoxicam e atordoam os peixes, tornando-os presas mais fáceis. Há
também armadilhas para pesca, como o pari dos teneteharas - um cesto fundo com uma abertura
pela qual o peixe entra atrás da isca, mas não consegue sair. A maioria dos índios no Brasil pratica
agricultura.

Tribos Indígenas

ARARA
As mulheres dessa tribo usam, como roupa, apenas uma espécie de cinto chamado uluri, feito de
entrecasca de árvore. Se esse cinto se romper (por acaso), a mulher se sente desprotegida e nua.
A presença deste cinto significa que a mulher não está sexualmente disponível, e a aproximação
só acontece quando ela o retira.
Alguns desses povos já estão extintos. Sua língua é a tupi.
No ritual de transição entre a infância e a vida adulta, os meninos ficam reclusos na casa dos
homens e têm que passar por sofrimentos físicos e dar provas de força. Embora não haja um
espaço físico determinado, as meninas também têm que cumprir alguns rituais de passagem.

BORORO
O funeral é o que mais chama atenção pela complexidade, podendo durar até dois meses. A morte
de alguém pode provocar mudanças ou reforçar as alianças. Mas a tribo obedece a uma
organização social rígida. São de língua tronco macro-jé, autodenominado boe.
A aldeia é dividida em duas partes - exare e tugaregue - que, por sua vez, se subdividem em clãs
com deveres muito bem definidos. Eles reconhecem a liderança de dois chefes hereditários que
sempre pertencem à metade exare, conforme determinam seus mitos.
Os antigos Bororo destribuíam-se por extensa região, compreendida entre a Bolívia, a Oeste, o rio
Araguaia, o rio das Mortes, ao Norte, e o rio Taquari, ao Sul.

GAVIÃO
Esse nome foi atribuído a diferentes grupos Timbira da região do médio Tocantins por viajantes do
século XIX, que sempre falavam do caráter guerreiro desses índios. A denominação vem das
penas de gavião usadas em suas flechas. Esses índios foram muito reduzidos pelo contágio de
doenças em seus primeiros contatos com os brancos.
Uma das maiores tradições é a corrida de toras: as equipes de revezamento (formada somente por
homens), carregam troncos de buriti nos ombros. O mais importante não é quem chega primeiro, o
que vale mais é o divertimento. A comemoração é maior quando as equipes chegam juntas ou
quase juntas.
Cada indivíduo recebe dois nomes e um deles não pode ser divulgado. Mostrar ao outro este
segredo, significa transferir poder. Quando alguém recebe o nome de um parente que já morreu
carrega a responsabilidade de manter as características do antepassado e quem o escolhe
assume o papel de padrinho com a função de transmitir a cultura.
Depois do casamento, por um período determinado, entre genro e sogra, nora e sogro, ficam
proibidos de chamar o outro pelo nome.

KATUKINA
Designa dois grupos indígenas, da família Katukina, que autodenominam-se Peda Djapá ("Gente
da Onça"). Vivem em diversos grupos no rio Biá, afluente do Jataí e Amazonas. Existem
aproximadamente 220 índios. Os Katukina de língua da Família Pano, vivem no rio Envira, nas
margens do rio Gregório, juntamente com os Yawanawá, na área indígena Rio Gregório, Acre, e na
área indígena de Campinas.
Os Katukina já foram chamados, por muitos viajantes, como "índios barbados" por causa do
costume de pintar a boca de preto. A troca de cônjuges é bastante comum, mas os filhos sempre
ficam com a mãe.

KAYAPÓ
Também chamados de Caiapó, é um povo de língua da família Jê. Distribui-se por 14 grupos:
Gorotire, Xikrin do Cateté, Xikrin do Bacajá, A'Ukre, Kararaô, Kikretum, Metuktire (Txu-karramãe),
Kokraimoro, Kubenkran-kén e Mekragnotí. Há indicações de pelo menos três outros grupos ainda
sem contato com a sociedade nacional.
As aldeias, identificadas pelo nome do grupo a que pertencem, são grandes para os padrões da
Amazônia: a dos Gorotire tem 920 pessoas, e há referências históricas de aldeias com 1500 índios.
Eles mantêm pouco contato entre as tribos e possuem uma estrutura cultural e social bastante
homogenia, com poucas diferenças locais. A forma tradicional da aldeia é um círculo de casas
formando um pátio. No centro, fica uma casa que só é utilizada para a reunião dos homens.

KULINA
São também chamados de Kurína, Kolína, Curina ou Colina, e vivem em pequenos grupos.
Quando se casa, o homem vive na casa da família da esposa e tem que trabalhar para retribuir a
mulher. Cada casal tem a obrigação de gerar pelo menos três filhos, ganhando o direito de
construir uma casa separada e continuando juntos se desejar.
Eles acreditam que a concepção acontece sem qualquer contribuição feminina, e para engravidar,
a mulher tanto pode relacionar-se apenas com o marido ou ter vários parceiros. Em qualquer dos
casos, ela é a única responsável pelos cuidados com a criança.

MARUBO
Eles estão em contato com a sociedade nacional desde 1870 e foram incorporados ao trabalho de
exploração da borracha. O homem pode se casar com várias mulheres (poligamia), e cada uma
delas ocupa um espaço bem definido na maloca.
Por influência dos missionários, hoje, os mortos são sepultados em cemitérios, mas a cremação
fazia parte dos antigos costumes desses índios, eles comiam as cinzas com mingau para que o
morto pudesse continuar entre eles. A única exceção ocorre com as crianças de colo, que são
enterradas geralmente entre as árvores.
É uma população de 600 pessoas, que falam a língua da família Pano e vivem ao longo dos rios
Ituí e Curuçá, na Amazônia, junto à fronteira com o Peru.

SATERÉ-MAWÉ
Os Sateré-Mawé ou Sateré-Maué, vivem na região dos vales dos rios Marau e Andirá (Amazonas),
distribuídos por aldeias, com uma população de 5.800 pessoas.
Eles são conhecidos como os introdutores do guaraná na região. Têm uma forte tradição agrícola e
comemoram o fim da colheita com o tarubá, uma bebida fermentada tão forte que pode causar
embriaguez por até um mês.
A formiga tem um significado especial e é muito respeitada por esses índios. Uma das espécies, a
tocandira, é considerada como divindade e usada nos rituais de passagem. A picada é
extremamente dolorosa, mas para demonstrar coragem, os meninos tem que colocar a mão dentro
de uma espécie de luva cheia dessas formigas e resistir à dor, para depois disso, serem
considerados adultos.

TENHARIM
Povo indígena de língua Tupi-Guarani, que costumam enterrar os mortos debaixo dos pisos das
casas. Acreditam que o espírito permanece morando no local e usando os utensílios que possuía
quando era vivo.
Para pescar, eles colocam dentro d’água um pedaço de madeira com desenho dos peixes que
querem capturar. Fazem isso sempre debaixo de árvores frutíferas, mas acreditam que a fartura da
pescaria é explicada unicamente pelos desenhos. Eles só não pescam o boto e o peixe-boi por
serem considerados alimentos sagrados (tabu).

TIKUNA
Maior etnia da Amazônia brasileira, conta com uma população de 20.135 indivíduos, que ocupam
cerca de 70 aldeias às margens do rio Solimões, no Estado do Amazonas. Outra parte do grupo
vive no Peru.
As meninas, quando ficam menstruadas, são submetidas a um ritual de iniciação, que sempre
acontece na lua cheia, representando a bondade, a beleza e a sabedoria. Nesta festa, os índios
fabricam máscaras de macacos e monstros e enfeites para as virgens.
Um dos índios usa uma máscara com cara de serpente e incorpora o espírito do principal
personagem do ritual, um monstro que vivia na água. Durante os festejos, o monstro faz gestos
obscenos que divertem a tribo. Ele também ronda o cubículo onde fica a menina, batendo com um
bastão no chão. Durante três dias e três noites, essa garota é protegida por duas tias que
aproveitam o tempo dando conselhos de como ser uma boa mulher Tikuna: respeitar o marido, ser
ativa e trabalhadeira.

TAKÂNO
São também chamados de Tucano, e a família lingüística Tukâno é dividida nos ramos ocidental,
que compreende línguas faladas no Peru, Equador e Bolívia; e oriental, com as línguas Barasâna,
Desâna, Karapanã, Kubéwa, Pirá-Tupúya, Suriâna, Tukâno e Wanâno, faladas desde a Colômbia
até o Brasil, no Noroeste da bacia Amazônica.
São extremamente vaidosos, gastam dias e esforços para capturar aves de plumagens belas,
coloridas e variadas para fazer adornos. Eles também gostam de modificar as cores originais
dando comidas especiais para as aves ou aquecendo as penas, processo conhecido como
tapiragem. Usam até duas dezenas de aves para um único adorno. Estes enfeites são usados em
rituais e aqueles que usam as peças mais bonitas são muito prestigiados pela tribo.

WAI-WAI
Grupo de aproximadamente 1250 índios que vivem nas áreas indígenas Nhamundá-Mapuera, no
oeste do Pará, e Wai-Wai em Roraima.
Fazia parte da cultura deles a troca de mulheres capturadas de outras aldeias, consideradas como
troféus de guerra. Com a chegada dos holandeses que colonizaram o Suriname, antiga colônia nas
Guianas, os índios estabeleceram este mesmo tipo de relação, trocando mulheres por artigos
europeus. Os holandeses se utilizaram desta prática para conseguir com que os índios, ao invés
de trazer mulheres, capturassem os escravos negros fugidos.

YANOMAMI
É o último povo indígena das Américas que conseguiu sobreviver mantendo seu patrimônio cultural
e social. Seus membros, 7822 indivíduos, vivem dos dois lados da fronteira entre o Brasil e a
Venezuela, próximo ao Pico da Neblina.
Os Yanomami abrem várias trilhas para ligar as diferentes aldeias com as áreas de caça, os
acampamentos de verão e as roças recentes e antigas. Eles fazem um constante rodízio entre
esses lugares e com isso, a floresta se recupera com rapidez.
Todos da tribo moram numa imensa casa coletiva e as crianças ocupam um lugar de destaque,
suas necessidades são prontamente atendidas e seus pedidos sempre levados em conta. Embora
haja um intercâmbio freqüente de mulheres e produtos, cada uma das aldeias tem completa
autonomia política e administrativa.
Esses índios queimam os seus mortos e comem as cinzas. Eles acreditam que os espíritos, que
podem ser bons ou maus, habitam as plantas e animais.
Os garimpeiros disputavam suas terras desde 1987, atraídos pelas grandes reservas de diamante,
ouro, cassiterita e urânio, colocando em risco a sobrevivência do povo Yanomami. Em 1990, o
governo brasileiro adotou medidas de proteção às terras indígenas, iniciando a retirada dos
garimpeiros.

Cultura indígena

O esforço das autoridades para manter a diversidade cultural entre os índios pode evitar o
desaparecimento de muita coisa interessante. Um quarto de todas as drogas prescritas pela
medicina ocidental vem das plantas das florestas, e três quartos foram colhidos a partir de
informações de povos indígenas.
Na área da educação, a língua tucana, apesar do pequeno número de palavras, é comparada por
lingüistas como a língua grega, por sua riqueza estrutural - possui, por exemplo, doze formas
diferentes de conjugar o verbo no passado.
Ritos e mitos
No Brasil, muitas tribos praticam ritos de passagem, que marcam a passagem de um grupo ou
indivíduo de uma situação para outra. Estes ritos se ligam a gestação e ao nascimento, à iniciação
na vida adulta, ao casamento, à morte e a outras situações.
Poucos povos acreditam na existência de um ser superior (supremo), a maior parte acredita em
heróis místicos, muitas vezes em dois gêmeos, responsáveis pela criação de animais, plantas e
costumes.

Foto: Ricardo Stuckert

Arte
A arte se mistura a vida cotidiana. A pintura corporal, por exemplo, é um meio de distinguir os
grupos em que uma sociedade indígena se divide, como pode ser utilizada como enfeite. A tinta
vermelha é extraída do urucum e a azul, quase negro, do jenipapo. Para a cor branca, os índios
utilizam o calcário. Os trabalhos feitos com penas e plumas de pássaros constituem a arte plumária
indígena.
Alguns índios realizam trabalhos em madeira. A pintura e o desenho indígena estão sempre
ligados à cerâmica e à cestaria. Os cestos são comuns em todas as tribos, variando a forma e o
tipo de palha de que são feitos. Geralmente, os índios associam a música instrumental ao canto e
à dança.

Fonte: Web Ciência

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