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Luiz Affonso Neiva Romano

Marcos Alves Carneiro da Silva


Paulo Cesar Simões Azevedo

Análise de
Desempenho
Econômico-Financeiro
do Setor Farmacêutico
no Brasil
1998 a 2003
Coordenação: Luiz Antonio Diório
Apoio: Comissão de Economia da Febrafarma

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)


(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

Romano, Luiz Affonso Neiva


Análise de desempenho econômico-financeiro do
setor farmacêutico no Brasil: 1998 a 2003 / Luiz
Affonso Neiva Romano, Marcos Alves Carneiro da
Silva, Paulo Cesar Simões Azevedo. -- São Paulo:
Febrafarma - Federação Brasileira da Indústria
Farmacêutica, 2005. -- (Estudos Febrafarma)

1. Desempenho - Avaliação 2. Indicadores


econômicos - Brasil 3. Indústria farmacêutica -
Brasil - Finanças I. Silva, Marcos Alves Carneiro
da. II. Azevedo, Paulo Cesar Simões. III. Tílulo.
IV. Série.

05-0138 CDD-338.4761510981

Índices para catálogo sistemático:


1. Brasil: Indústria farmacêutica: Desempenho
econômico-financeiro: Análise: Economia
338.4761510981

Fundação Biblioteca Nacional


índice

Introdução 5

Metodologia 7
1. Etapa I – Definição da Amostra 7
2. Etapa II – Modelagem Econômico-Financeira e Estatística 7
3. Nomenclatura e Fórmulas 8

Sumário e Conclusões 9

Análise Geral do Setor 11


1. Os Números do Setor – Comparativo 1998 x 2003 11
1.1 Balanço Patrimonial – Ativos 11
A. Ativo Total 11
B. Ativo Circulante 11
1.2. Balanço Patrimonial – Passivos 11
A. Passivo Circulante 12
B. Passivo Exigível a Longo Prazo 12
C. Patrimônio Líquido 12
1.3. Demonstrativo de Resultados 13
A. Receita Líquida 13
B. Deduções da Receita Bruta 13
C. Custos de Bens e Serviços Vendidos 13
D. Resultado Bruto (Margem de Contribuição) 15
E. Despesas Operacionais 15
F. Resultado Não-Operacional 16
G. Resultado Antes dos Impostos 16
H. Resultado Após os Impostos sobre o Lucro Líquido 17

Comentários Finais 18
Avaliações de Índices através de Padrões 19

Apêndice 1 – Glossário e Nomenclatura 20

Apêndice 2 – Relação de Empresas Participantes 22

Anexos – Tabelas 24
1. Análise Econômico-Financeira das Empresas
do Setor Farmacêutico - Ativos e Passivos 24
2. Análise Econômico-Financeira das Empresas do
Setor Farmacêutico - Demonstração de Resultados 26
3. Indicadores Econômico-Financeiros 28
4. Análise Econômico-Financeira das Empresas
do Setor Farmacêutico - Gráficos 30
ANÁLISE DE DESEMPENHO ECONÔMICO-FINANCEIRO DO
SETOR FARMACÊUTICO NO BRASIL - 1998 A 2003

Introdução

O PRESENTE trabalho tem por objeto a elaboração de estudo sobre o desem-


penho do setor farmacêutico no período compreendido entre 1998 e 2003, por
meio da análise de indicadores econômicos e financeiros realizada a partir dos
balanços patrimoniais de 42 empresas do setor.
As informações foram prestadas pela Federação Brasileira da Indústria
Farmacêutica (Febrafarma), que reúne 15 entidades de classe representativas
do setor.
O valor das vendas em 2003 alcançou o montante de R$ 16,9 bilhões
(preço fábrica, sem impostos), segundo o Grupo dos Profissionais Executivos
do Mercado Farmacêutico (Grupemef) 1, distribuído pelos 551 laboratórios
existentes no País.
O consolidado das 42 empresas analisadas neste estudo apresenta receita
líquida de vendas no valor de R$ 13,1 bilhões (preço fábrica, sem impostos),
representando 78% do total de vendas captadas pelo Grupemef, que retrata o
desempenho da indústria farmacêutica.

1
O Grupemef é um grupo sem fins lucrativos voltado exclusivamente ao desenvolvimento técnico e o inter-
câmbio de informações entre profissionais de marketing farmacêutico. É composto por 95 empresas associa-
das, englobando laboratórios e empresas prestadoras de serviços da indústria farmacêutica.

estudosFEBRAFARMA [ 5 ]
Luiz Affonso Neiva Romano
Marcos Alves Carneiro da Silva
Paulo Cesar Simões Azevedo

[ 6 ] estudosFEBRAFARMA
ANÁLISE DE DESEMPENHO ECONÔMICO-FINANCEIRO DO
SETOR FARMACÊUTICO NO BRASIL - 1998 A 2003

Metodologia

PARA O DESENVOLVIMENTO dos trabalhos foram cumpridas as etapas


apresentadas a seguir.

1. Etapa I – Definição da Amostra

A definição da quantidade de empresas pesquisadas buscou atender a dois


critérios: obter um grupo que fosse representativo do setor, e cujas informações
pudessem ser fornecidas pela Febrafarma.
As 42 empresas forneceram uma boa representatividade do setor, sob a ótica
de receita líquida, representando 78% do total de vendas captadas pelo
Grupemef, atendendo aos objetivos requeridos.
A partir dos balanços dessas empresas, as informações contábeis foram clas-
sificadas segundo um modelo de Plano de Contas Padrão 2.

2. Etapa II – Modelagem Econômico-Financeira e Estatística

Das informações padronizadas foram realizadas análises verticais e horizontais


das séries levantadas, bem como se elaborou um conjunto de indicadores econômi-
cos e financeiros. Esses indicadores foram classificados em três grupos: indicadores
de liquidez, indicadores de estrutura de capital e indicadores econômicos.

Os indicadores utilizados em cada grupo foram os seguintes:

Indicadores de Liquidez:
• Liquidez geral;
• Liquidez corrente;
• Liquidez seca.

Indicadores de Estrutura de Capital:


• Grau de endividamento;

2
O padrão adotado foi o do ITR, utilizado pela Comissão de Valores Imobiliários (CVM) para a obtenção
dos dados de balanço das companhias de capital aberto.

estudosFEBRAFARMA [ 7 ]
LUIZ AFFONSO NEIVA ROMANO I MARCOS ALVES CARNEIRO DA SILVA
PAULO CESAR SIMÕES AZEVEDO

• Grau de imobilização do patrimônio líquido;


• Imobilização dos recursos de longo prazo.

Indicadores Econômicos:
• Margem líquida;
• Rentabilidade do capital próprio;
• Retorno do capital empregado;
• Giro do ativo.

Nos trabalhos desenvolvidos, foram identificadas e comentadas as médias


dos resultados alcançados e a consolidação setorial, assim como as evoluções,
comparações e análises de tendências.
As variações nominais foram comparadas com o IPA/FGV do período de
1998 a 2003, que foi de 132,5% (Coluna IPA no Ano, anexo II, Conjuntura
Estatística – Conjuntura Econômica, julho 2004), para a obtenção da evolução
real dos dados apurados.
O IPA foi adotado por refletir com mais exatidão a variação dos custos
industriais.

3. Nomenclatura e Fórmulas

O Apêndice 1 apresenta, detalhadamente, as nomenclaturas e fórmulas


utilizadas no estudo.

[ 8 ] estudosFEBRAFARMA
ANÁLISE DE DESEMPENHO ECONÔMICO-FINANCEIRO DO
SETOR FARMACÊUTICO NO BRASIL - 1998 A 2003

Sumário e Conclusões

AS RECEITAS LÍQUIDAS apresentaram uma variação nominal no período


1998-2003 de 55% contra um IPA de 132,5%, representando uma perda real do
faturamento de 33,33%. Isto é, para que as receitas líquidas de 2003 possam ser
comparadas, em valores atualizados, às registradas em 1998, há necessidade de
um aumento de faturamento da ordem de 50%.
A margem de contribuição (Resultado Bruto) caiu de aproximadamente 55%
em 1998 para 44% em 2003, o que significa uma redução de 20%, confirmando
que, no geral, a evolução dos preços não acompanhou a dos custos das vendas.
A evolução econômico-financeira do setor no período está plenamente
retratada pela análise dos indicadores apresentados a seguir, elaborados a par-
tir dos balanços das empresas pesquisadas.

Discriminação 1998 2003 Variação %


Indicadores Financeiros
Liquidez Geral 1,69 1,18 -30,2
Grau de Endividamento 54,4% 122,3% 44,0
Grau de Imobilização do Patr. Líquido 47,9% 59,0% 7,5
Indicadores Econômicos
Margem Líquida 9,6% 0,5% -91,7
Rentabilidade do Capital Próprio 18,8% 1,2% -85,2
Retorno do Capital Empregado 7,2% -4,7% -197,7
Giro do Ativo 1,26 1,15 -8,7

Os indicadores mostram uma piora na situação financeira e no desempe-


nho econômico das empresas pesquisadas, com um forte aumento do grau de
endividamento e queda expressiva da margem líquida. A liquidez e os demais
indicadores foram também negativamente afetados.

Índice de Evolução Real 1998 2003


IPA Nominal 100 232
IPA 100 100
IPCA Nominal 100 153
IPCA 100 100

estudosFEBRAFARMA [ 9 ]
LUIZ AFFONSO NEIVA ROMANO I MARCOS ALVES CARNEIRO DA SILVA
PAULO CESAR SIMÕES AZEVEDO

Índice de Evolução Real 1998 2003


Dólar Nominal 100 243
Receita Líquida 100 155
Custos de Bens e/ou Serviços Vendidos 100 191
Resultado Bruto 100 126
Despesas Gerais e Administrativas 100 180
Despesas com Vendas 100 158
Despesas Financeiras 100 181
Resultado Operacional 100 28
Lucro/Prejuízo do Exercício 100 8
Ativo Total 100 171
Ativo Circulante 100 181
Ativo Realizável a Longo Prazo 100 232
Ativo Permanente 100 148

É importante observar que, apesar da perda de margem de contribuição, o


setor conseguiu evitar uma degradação ainda maior no resultado líquido, que
foi reduzido em 92%, por ter mantido sob controle o crescimento das despesas
com vendas (maior parcela que perfaz 75% de todas as Despesas/Receitas
Operacionais) no mesmo nível do baixo crescimento da receita bruta (58% x
59%), mas que implicou redução do nível de emprego da ordem de 2.000 tra-
balhadores, ou -3,9% da força de trabalho 3.
A defasagem entre os reajustes de preços e o aumento nos custos de bens e
serviços vendidos, a regulamentação do mercado, a intensa dependência de
insumos importados com variações cambiais descompassadas e não repassadas
integralmente aos preços são fatores que podem ter contribuído para o desem-
penho do setor.

3
Fonte: Febrafarma.

[ 10 ] estudosFEBRAFARMA
ANÁLISE DE DESEMPENHO ECONÔMICO-FINANCEIRO DO
SETOR FARMACÊUTICO NO BRASIL - 1998 A 2003

Análise Geral do Setor

1. Os Números do Setor – Comparativos 1998 x 2003

1.1. Balanço Patrimonial – Ativos

A. Ativo Total
Registrou um crescimento nominal de 71% contra um IPA de 132,5%.
Entre os grupos que compõem o Ativo Total merecem destaque os seguintes:
• Disponibilidades: expansão de 94%;
• Créditos: expansão de 80%;
• Duplicatas a Receber: expansão de 72%;
• Estoques: expansão de 71%;
• Outros Créditos: expansão de 106%;
• Outros Realizáveis a Longo Prazo: expansão de 365%.

Os seguintes grupos apresentaram retração significativa ou pequena expan-


são nominal na composição do Ativo Total:
• Créditos com Partes Relacionadas: expansão de 8%;
• Investimentos: retração de 21%;
• Ativo Imobilizado: expansão de 46%.

B. Ativo Circulante
Registrou um crescimento nominal de 81% contra um IPA de 132,5%
(51,5% abaixo do IPA, ou decréscimo real de 22,15%).
Estruturalmente foram registradas oscilações expressivas nos seguintes grupos:
• Demais Contas a Receber: de 0% para 2%;
• Outros Créditos Realizáveis a Longo Prazo: de 2% para 6%;
• Imobilizado: de 31% para 27%, apesar do investimento total de R$ 1,1 bilhões
no período de 1998 a 2003 (1,53% do faturamento bruto do período);
• Diferido: de 1% para 5%.

1.2. Balanço Patrimonial – Passivos

Acusa um crescimento nominal de 71% contra um IPA de 132,5%, caben-


do destacar o crescimento desproporcional do Passivo Circulante, que assinala

estudosFEBRAFARMA [ 11 ]
LUIZ AFFONSO NEIVA ROMANO I MARCOS ALVES CARNEIRO DA SILVA
PAULO CESAR SIMÕES AZEVEDO

um aumento de 152% nominais (contra um IPA de 132,5%), expansão real das


obrigações com terceiros de 8,4% (o Ativo Circulante acusou um decréscimo
real de 22,15%). Entre os grupos que compõem o Passivo, registraram maior
taxa de crescimento:

A. Passivo Circulante
• Empréstimos e Financiamentos: 416%;
• Fornecedores: 169%;
• Impostos, Taxas e Contribuições: 93%;
• Dívidas com Partes Relacionadas: 668%.

Estruturalmente, apresentaram aumento significativo:


• Empréstimos e Financiamentos: de 3% para 10%;
• Fornecedores: de 8% para 12%;
• Partes Relacionadas: de 1% para 5%.

B. Passivo Exigível a Longo Prazo


Expansão geral de 202%, contra IPA de 132,5%.
• Empréstimos e Financiamentos: 177%;
• Provisões: 483%;
• Outros: 453%;
• Impostos e Contribuições: 615%;
• Demais Contas a Pagar: 263%.

Estruturalmente, apresentaram expansão expressiva:


• Empréstimos e Financiamentos: de 6% para 9%;
• Provisões: de 1% para 4%;
• Outros: de 1% para 3%;
• Impostos, Taxas e Contribuições: de 1% para 2%;
• Demais Contas a Pagar a LP: de 0% para 1%.

Os números demonstram o agravamento da dependência de capitais de ter-


ceiros para financiamento das operações do setor, como conseqüência natural da
perda gradativa de rentabilidade no período compreendido entre 1998 e 2003.

C. Patrimônio Líquido
Registrou um crescimento nominal de apenas 19% (contra IPA de

[ 12 ] estudosFEBRAFARMA
ANÁLISE DE DESEMPENHO ECONÔMICO-FINANCEIRO DO
SETOR FARMACÊUTICO NO BRASIL - 1998 A 2003

132,5%), ou seja, decréscimo real do capital próprio de 48,8% na compara-


ção entre 1998 e 2003, reflexo da redução gradativa do lucro líquido no
período, passando de 10% (1998) para 0% (2003). Os grupos que regis-
traram as maiores oscilações foram:

• Capital Realizado: 92%;


• Reservas de Capital: 42%;
• Reservas de Reavaliação: 161%;
• Reservas de Lucros: -27%;
• Lucros/Prejuízos Acumulados: -113%.

1.3. Demonstrativo de Resultados

Os grupos de contas que compõem o Demonstrativo de Resultados do setor


farmacêutico e merecem destaque são os seguintes:

A. Receita Líquida
A renda líquida nominal cresceu 55% contra 132,5% de variação do IPA, ou
seja, uma diferença de 77,5 p.p. abaixo, resultando numa retração real de 33,3%
(contra um crescimento geral da indústria de 10,78% no período, conforme
Conjuntura Econômica – FGV – junho de 2004). O PIB cresceu 8,2% nos últi-
mos cinco anos 4.

B. Deduções da Receita Bruta


As deduções da receita bruta passaram de 26,18% para 27,88% do fatura-
mento bruto. A variação nominal no período foi de 70% contra um IPA de
132,5% (variação real negativa de 26,9%). O peso do PIS/Cofins passou de 2%
do faturamento bruto em 1998 para 3% em 2003, refletindo o aumento da
alíquota do Cofins.

C. Custos de Bens e Serviços Vendidos


Apresentaram aumento acentuado no período de 1998-2003, passando de
45% para 56% da receita líquida. O peso dos custos de bens e serviços vendidos
foi crescente ano a ano, conforme pode ser observado na tabela e no gráfico
apresentados a seguir, demonstrando, claramente, o reflexo nos preços da
política setorial praticada nos últimos anos.
4
Fonte: IBGE.

estudosFEBRAFARMA [ 13 ]
LUIZ AFFONSO NEIVA ROMANO I MARCOS ALVES CARNEIRO DA SILVA
PAULO CESAR SIMÕES AZEVEDO

Peso dos Custos de Bens e Serviços Vendidos

Ano %
1998 45%
1999 49%
2000 51%
2001 54%
2002 54%
2003 56%

Peso dos Custos de Bens e Serviços Vendidos (%)

54% 54% 56%


49% 51%
45%

1998 1999 2000 2001 2002 2003

O faturamento líquido apresentou variação acumulada anual abaixo do IPA


no período de 1999 a 2003. Essa variação pode ser visualizada no gráfico apre-
sentado a seguir.

Variação Percentual do Faturamento Líquido em Relação ao IPA

Ano Faturamento Líquido IPA Acumulado


1999 22,00% 28,90%
2000 21,00% 44,45%
2001 31,00% 61,59%
2002 42,00% 118,81%
2003 55,00% 132,50%

[ 14 ] estudosFEBRAFARMA
ANÁLISE DE DESEMPENHO ECONÔMICO-FINANCEIRO DO
SETOR FARMACÊUTICO NO BRASIL - 1998 A 2003

Variação do Faturamento Líquido (%)

132,5
118,81

61,59 55
44,45 42
28,9 31
22 21
IPA
Variação
1999 2000 2001 2002 2003

No período, as vendas, analisadas sob a ótica do faturamento líquido, regis-


traram redução real de 33,3%, muito abaixo do aumento dos custos, que apre-
sentou redução real de apenas 17,8%, comparados ao IPA.

D. Resultado Bruto (margem de contribuição)


A margem de contribuição dos produtos vendidos registrou acentuada queda
no período de 1998 a 2003, quando passou de 55% para 44%, afetando de forma
definitiva o resultado das empresas do setor farmacêutico. A variação nominal do
Resultado Bruto no período foi de 26% contra um IPA de 132,5%, o que na práti-
ca significou uma redução real de 45,8% (em valores nominais, 85%).

E. Despesas Operacionais
O grupo de despesas apresentou um crescimento nominal de 58% (o fatu-
ramento líquido cresceu apenas 55%) contra um IPA de 132,5%, exprimindo,
na prática, uma redução real de 32,04%.
Apresentaram crescimento nominal abaixo do IPA os seguintes grupos
de despesas:
• Com Vendas: 58%;
• Gerais e Administrativas: 80%;
• Financeiras: 81%;
• Equivalência Patrimonial: -131%.

estudosFEBRAFARMA [ 15 ]
LUIZ AFFONSO NEIVA ROMANO I MARCOS ALVES CARNEIRO DA SILVA
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Os aumentos significativos das Receitas Financeiras (238%) e Outras Receitas


Operacionais (187%) influenciaram o resultado líquido das Despesas Operacionais.
Estruturalmente as seguintes rubricas apresentaram variações consideráveis:
• Receitas Financeiras: de 1% em 1998 para 2% em 2003;
• Despesas Financeiras: de 4% em 1998 (tendo chegado a 10% em 2002)
para 5% em 2003;
• Outras Receitas Operacionais: de 1% em 1998 para 2% em 2003;
• Resultado da Equivalência Patrimonial: de 1% positivo para 0,15% negativos.

F. Resultado Não-Operacional
Estruturalmente passou de -0,09% em 1998 para -0,49% em 2003.

G. Resultado Antes dos Impostos


Registrou uma acentuada queda, passando de 13% do faturamento líquido
em 1998 para 2% em 2003, podendo ser observada no gráfico a seguir.

Resultado Antes dos Impostos

Período Percentual
1998 13%
1999 10%
2000 3%
2001 0%
2002 -4%
2003 2%

Resultado Antes dos Impostos (%)


13%

10%

3%
2%
0% -4%

1998 1999 2000 2001 2002 2003

[ 16 ] estudosFEBRAFARMA
ANÁLISE DE DESEMPENHO ECONÔMICO-FINANCEIRO DO
SETOR FARMACÊUTICO NO BRASIL - 1998 A 2003

O Resultado Antes dos Impostos em 2003 sofreu expressiva redução,


partindo de um resultado de 13% em 1998 para um resultado de apenas 2%
da receita líquida em 2003. Em termos nominais o Resultado Antes dos
Impostos sofreu uma redução de 77%, com significativa queda de 90,1%
quando comparada com a correção do IPA no período, de 132,5%.

H. Resultado Após os Impostos sobre o Lucro Líquido


O resultado líquido sofreu uma expressiva redução, partindo de um lucro
de 10% em 1998 para um lucro de apenas 0,47% da receita líquida em 2003.
Em termos nominais, o lucro líquido sofreu uma redução de 92,4%, com
queda robusta de 224,5%, quando comparado com a correção pelo IPA do
período, de 132,5%.

estudosFEBRAFARMA [ 17 ]
LUIZ AFFONSO NEIVA ROMANO I MARCOS ALVES CARNEIRO DA SILVA
PAULO CESAR SIMÕES AZEVEDO

Comentários Finais

OS ÍNDICES APRESENTADOS permitem concluir que houve visível descapi-


talização do setor farmacêutico, com resultados decrescentes verificados no
período de regulamentação de preços da indústria, decorrentes de preços de
venda defasados em relação aos elevados custos e reduzidas margens de con-
tribuição (insuficientes para pagar as DGAs 5).
Para administrar essa situação as empresas farmacêuticas experimentaram
sensível aumento do endividamento com fornecedores, partes relacionadas, ban-
cos e governos (impostos), mesclando as dívidas no curto e longo prazos (o
Passivo Circulante cresceu, no período de 1998 a 2003, 8,4% reais acima do IPA).
Uma eficiente gestão do superávit de caixa gerado com as ações acima,
aliada ao fato de ter ocorrido uma variação negativa do câmbio entre 2002-
2003, resultando em custo financeiro líquido de 2,41% do faturamento líquido
(juros de 9,34% sobre o total de Empréstimos, Fornecedores, Impostos e Partes
Relacionadas), e o controle rígido das despesas com vendas, gerais e adminis-
trativas, atenuaram os reflexos negativos no resultado global.
Analisando o comportamento da margem bruta da indústria, pode-se con-
cluir que os preços médios de venda nos últimos cinco anos – período no qual
a indústria ficou submetida ao controle de preços – não obtiveram reajustes
necessários para comportar os aumentos ocorridos nos custos.
Considerando a margem bruta de 1998 como padrão, por corresponder ao
ano em que a indústria esteve sob um regime de liberdade na gestão de seus
preços de venda, verifica-se progressiva perda de resultado bruto até 2003,
equivalendo no acumulado desses cinco anos a 39,3% da receita líquida média
de um ano, como demonstrado a seguir:
• Faturamento Líquido de 1999 a 2003: R$ 45.630,4 milhões.
• Faturamento Anual Médio do Período: R$ 9.126,0 milhões.
• Margem Bruta Real no Período: R$ 21.506,7 milhões.
• Margem Bruta Base 1998: R$ 25.096,7 milhões.
• Perda de Margem Bruta no Período: R$ 3.590,0 milhões (39,3% do fatu-
ramento anual médio).
Nas planilhas anexas, são encontrados todos os dados do setor, de forma
analítica, demonstrando as estruturas patrimonial e de apuração de resultados
do setor farmacêutico, bem como a representação gráfica dos mesmos, além
de um quadro demonstrativo da variação cambial (dólar americano) nominal
versus o câmbio real (deflacionado pelo IPA).
5
Despesas gerais e administrativas.

[ 18 ] estudosFEBRAFARMA
ANÁLISE DE DESEMPENHO ECONÔMICO-FINANCEIRO DO
SETOR FARMACÊUTICO NO BRASIL - 1998 A 2003

Avaliações de Índices através de Padrões

OS ÍNDICES PADRÃO utilizados foram os apurados pelo Professor Dante


Matarazzo, e estão disponíveis no CD-ROM anexo à publicação Análise
Financeira de Balanços – 6ª edição – Editora Atlas. O trabalho resultou do agru-
pamento em ramos de atividade de 5.657 balanços, e adotou a metodologia
estatística. Os índices são apresentados no trabalho em “decis” 6 e os utilizados
no presente trabalho representam as medianas dos setores indicados.
Os índices dos setores Indústrias em Geral e Alimentícios foram extraí-
dos diretamente das tabelas apresentadas pelo referido autor (médias das
medianas).
O próprio autor recomenda que cada empresa compare os índices padrão
com os seus índices, individualmente (item 2 – Avaliação de Índices através de
Padrões – pág. 198).
Por não ser o escopo do presente trabalho, não apresentamos a tabela com-
pleta de “decis”, comparando tão somente os balanços, individualmente e do
setor às medianas.

6
Um decil equivale a cada grupo da amostra, quando agrupada em 10 faixas.

estudosFEBRAFARMA [ 19 ]
LUIZ AFFONSO NEIVA ROMANO I MARCOS ALVES CARNEIRO DA SILVA
PAULO CESAR SIMÕES AZEVEDO

Apêndice 1

Glossário e Nomenclatura

Indicadores Fórmula

Indicadores de Liquidez
Liquidez Geral LG = (AC+RLP)/(PC+ELP)
Liquidez Corrente LC = AC/PC
Liquidez Seca LS = (AC-EST)/PC

Estrutura de Capital
Grau de Endividamento GE = CT/PL
Grau de Imobilização do
Patrimônio Líquido GI = (API/PL)
Imobilização dos Recursos
de Longo Prazo IRL = (AP/PL + ELP)

Indicadores Econômicos
Margem Líquida ML = (LL/RL)
Rentabilidade do Capital Próprio RC = (LL/PL)
Retorno do Capital Empregado RCE = [(LL+DF)/AT]
Giro do Ativo GA = RL/AT

[ 20 ] estudosFEBRAFARMA
ANÁLISE DE DESEMPENHO ECONÔMICO-FINANCEIRO DO
SETOR FARMACÊUTICO NO BRASIL - 1998 A 2003

Nomenclatura

AC Ativo Corrente
AT Ativo Total
CT Capitais de Terceiros
DF Despesas Financeiras
ELP Exigível a Longo Prazo
EST Estoque
GA Giro do Ativo
AP Ativo Permanente
API Ativo Permanente Imobilizado
LB Lucro Bruto
LC Liquidez Corrente
LG Liquidez Geral
LL Lucro Líquido
LO Lucro Operacional
LS Liquidez Seca
PC Passivo Circulante
IRL Imobilização dos Recursos de Longo Prazo
PL Patrimônio Líquido
PT Passivo Total
RC Rentabilidade do Capital Próprio ou Patrimônio Líquido
RL Receita Líquida
RLP Realizável a Longo Prazo
RCE Retorno sobre o Capital Empregado

estudosFEBRAFARMA [ 21 ]
LUIZ AFFONSO NEIVA ROMANO I MARCOS ALVES CARNEIRO DA SILVA
PAULO CESAR SIMÕES AZEVEDO

Apêndice 2

Relação das Empresas Participantes

Nome da Empresa
1. Abbott Laboratórios do Brasil Ltda
2. Knoll Produtos Químicos e Farmacêuticos Ltda
(incorporado pelo Abbott)
3. Aché Laboratórios Farmacêuticos S/A
4. Asta Médica Ltda (incorporado pelo Aché)
5. Alcon Laboratórios do Brasil Ltda
6. Allergan Produtos Farmacêuticos Ltda
7. Apsen Farmacêutica S/A
8. Astrazeneca do Brasil Ltda
9. Aventis Pharma Ltda
10. Hoechst Marion Roussel S/A
(fusão resultando na Aventis Pharma Ltda)
11. Rhodia Farma Ltda
(fusão resultando na Aventis Pharma Ltda)
12. Barrenne Indústria Farmacêutica Ltda
13. Bayer S/A
14. Biosintética Farmacêutica Ltda
15. Bristol-Myers Squibb Farmacêutica Ltda
16. Cristália Produtos Químicos Farmacêuticos Ltda
17. Eli Lilly do Brasil Ltda
18. Eurofarma Laboratórios Ltda

[ 22 ] estudosFEBRAFARMA
ANÁLISE DE DESEMPENHO ECONÔMICO-FINANCEIRO DO
SETOR FARMACÊUTICO NO BRASIL - 1998 A 2003

19. Farmasa – Laboratório Americano de Farmacoterapia S/A


20. FQM Farmoquímica S/A
21. Geyer Medicamentos S/A
22. Indústria Química e Farmacêutica Schering-Plough S/A
23. Infan Indústria Química Farmacêutica Nacional S/A (Hebron)
24. Kley Hertz S/A – Indústria e Comércio
25. Laboratórios B. Braun S/A
26. Laboratórios Pfizer Ltda
27. Laboratórios Sevier do Brasil Ltda
28. Laboratórios Stiefel Ltda
29. Medapi Farmacêutica Ltda (ex-Laob Bioquímicos Ltda)
30. Medley S/A Indústria Farmacêutica
31. Mepha – Investigação, Desenvolvimento e
Fabricação Farmacêutica Ltda
32. Novartis Biociências S/A
33. Procter & Gamble do Brasil S/A
34. Produtos Roche Químicos e Farmacêuticos S/A
35. Relthy Laboratórios Ltda
36. Sanofi-Synthelabo Ltda
37. Schering do Brasil Química e Farmacêutica Ltda
38. Serono Produtos Farmacêuticos Ltda
39. Solvay Farma Ltda (ex-Laboratórios Sintofarma S/A)
40. União Química Farmacêutica Nacional S/A
41. Zambon Laboratórios Farmacêuticos Ltda
42. Zodiac Produtos Farmacêuticos S/A

estudosFEBRAFARMA [ 23 ]
LUIZ AFFONSO NEIVA ROMANO I MARCOS ALVES CARNEIRO DA SILVA
PAULO CESAR SIMÕES AZEVEDO

Anexos – Tabelas
Análise Econômico-Financeira das Empresas do Setor Farmacêutico
Discriminação 1998 1999 2000
R$ 000 AV* AH** R$ 000 AV* AH** R$ 000
Ativo Total 5.398.722 100% 100% 7.027.755 100% 30% 6.907.576
Ativo Circulante 2.850.442 53% 100% 4.083.735 58% 43% 3.771.853
Disponibilidades 247.428 5% 100% 324.842 5% 31% 206.151
Créditos 1.184.559 22% 100% 1.656.775 24% 40% 1.755.652
Duplicatas a Receber 1.172.107 22% 100% 1.643.911 23% 40% 1.626.220
Demais Contas a Receber 10.755 0% 100% 17.776 0% 65% 62.489
Sociedades Ligadas 31.243 1% 100% 54.361 1% 74% 66.943
Estoques 1.106.865 21% 100% 1.628.440 23% 47% 1.483.000
Outros 282.044 5% 100% 414.405 6% 47% 327.050
Ativo Realizável a Longo Prazo 357.021 7% 100% 349.415 5% -2% 500.296
Créditos com Partes Relacionadas 232.634 4% 100% 178.758 3% -23% 277.060
Outros 124.387 2% 100% 170.658 2% 37% 223.236
Ativo Permanente 2.191.259 41% 100% 2.594.605 37% 18% 2.635.427
Investimentos 456.132 8% 100% 571.955 8% 25% 569.736
Imobilizado 1.674.347 31% 100% 1.947.410 28% 16% 1.963.094
Diferido 60.780 1% 100% 75.240 1% 24% 102.597
Passivo Total 5.398.722 100% 100% 7.027.754 100% 30% 6.907.576
Passivo Circulante 1.341.562 25% 100% 2.421.015 34% 80% 2.573.029
Empréstimos e Financiamentos 173.789 3% 100% 398.144 6% 129% 682.585
Debêntures - 0% 0% - 0% 0% -
Fornecedores 407.007 8% 100% 938.928 13% 131% 874.737
Impostos, Taxas e Contribuições 159.885 3% 100% 199.489 3% 25% 202.196
Dividendos a Pagar 60.908 1% 100% 79.649 1% 31% 89.470
Provisões 218.115 4% 100% 268.610 4% 23% 192.607
Dívidas com Partes Relacionadas 55.703 1% 100% 234.206 3% 320% 261.832
Outros 266.155 5% 100% 301.989 4% 13% 269.602
Passivo Exigível a Longo Prazo 559.427 10% 100% 818.409 12% 46% 957.272
Empréstimos e Financiamentos 300.854 6% 100% 427.481 6% 42% 447.693
Debêntures 2.607 0% 100% 3.290 0% 26% 4.023
Provisões 61.166 1% 100% 103.416 1% 69% 130.708
Dívidas com Partes Relacionadas 141.308 3% 100% 159.172 2% 13% 219.741
Outros 53.492 1% 100% 125.050 2% 134% 155.107
Impostos e Contribuições 28.835 1% 100% 35.197 1% 22% 64.242
Dividendos a Pagar - 0% 0% - 0% 0% -
Demais Contas a Pagar 24.657 0% 100% 89.853 1% 264% 90.865
Resultados de Exercícios Futuros - 0% 0% - 0% 0% -
Patrimônio Líquido 3.497.734 65% 100% 3.788.331 54% 8% 3.377.275
Capital Social Realizado 1.853.435 34% 100% 1.957.586 28% 6% 1.874.795
Reservas de Capital 304.897 6% 100% 312.629 4% 3% 280.413
Reservas de Reavaliação 88.520 2% 100% 125.265 2% 42% 112.602
Reservas de Lucros 103.761 2% 100% 147.564 2% 42% 110.619
Lucros/Prejuízos Acumulados 1.147.121 21% 100% 1.245.287 18% 9% 998.846
* Análise vertical ** Análise horizontal

[ 24 ] estudosFEBRAFARMA
ANÁLISE DE DESEMPENHO ECONÔMICO-FINANCEIRO DO
SETOR FARMACÊUTICO NO BRASIL - 1998 A 2003

Ativos e Passivos Resumo do Setor

2000 2001 2002 2003


AV* AH** R$ 000 AV* AH** R$ 000 AV* AH** R$ 000 AV* AH**
100% 28% 8.226.831 100% 52% 9.192.490 100% 70% 9.233.046 100% 71%
55% 32% 4.419.461 54% 55% 5.100.953 55% 79% 5.152.676 56% 81%
3% -17% 273.699 3% 11% 543.578 6% 120% 478.780 5% 94%
25% 48% 2.026.707 25% 71% 1.976.560 22% 67% 2.133.191 23% 80%
24% 39% 1.893.906 23% 62% 1.818.398 20% 55% 2.016.730 22% 72%
1% 481% 62.445 1% 481% 81.463 1% 657% 140.406 2% 1205%
1% 114% 70.356 1% 125% 77.093 1% 147% 45.389 0% 45%
21% 34% 1.737.050 21% 57% 2.027.078 22% 83% 1.890.885 20% 71%
5% 16% 382.005 5% 35% 553.343 6% 96% 580.486 6% 106%
7% 40% 692.578 8% 94% 911.463 10% 155% 828.050 9% 132%
4% 19% 275.255 3% 18% 330.533 4% 42% 250.180 3% 8%
3% 79% 417.323 5% 236% 580.930 6% 367% 577.871 6% 365%
38% 20% 3.114.792 38% 42% 3.180.074 35% 45% 3.252.320 35% 48%
8% 25% 579.895 7% 27% 539.245 6% 18% 360.904 4% -21%
28% 17% 2.199.894 27% 31% 2.460.933 27% 47% 2.449.059 27% 46%
1% 69% 335.003 4% 451% 179.896 2% 196% 442.358 5% 628%
100% 28% 8.226.831 100% 52% 9.192.490 100% 70% 9.233.046 100% 71%
37% 92% 2.709.751 33% 102% 3.263.798 36% 143% 3.387.352 37% 152%
10% 293% 696.331 8% 301% 988.968 11% 469% 897.548 10% 416%
0% 0% - 0% 0% - 0% 0% - 0% 0%
13% 115% 946.551 12% 133% 1.111.083 12% 173% 1.096.056 12% 169%
3% 26% 161.641 2% 1% 186.782 2% 17% 308.744 3% 93%
1% 47% 63.854 1% 5% 35.269 0% -42% 80.252 1% 32%
3% -12% 158.557 2% -27% 202.119 2% -7% 242.825 3% 11%
4% 370% 286.759 3% 415% 260.093 3% 367% 427.557 5% 668%
4% 1% 396.058 5% 49% 479.484 5% 80% 334.370 4% 26%
14% 71% 1.540.135 19% 175% 2.150.249 23% 284% 1.692.117 18% 202%
6% 49% 864.971 11% 188% 1.299.623 14% 332% 832.172 9% 177%
0% 54% - 0% -100% - 0% -100% - 0% -100%
2% 114% 215.126 3% 252% 268.866 3% 340% 356.618 4% 483%
3% 56% 249.171 3% 76% 341.601 4% 142% 207.590 2% 47%
2% 190% 210.867 3% 294% 240.159 3% 349% 295.738 3% 453%
1% 123% 106.411 1% 269% 129.480 1% 349% 206.223 2% 615%
0% 0% - 0% 0% - 0% 0% - 0% 0%
1% 269% 104.456 1% 324% 110.679 1% 349% 89.515 1% 263%
0% 0% - 0% 0% - 0% 0% - 0% 0%
49% -3% 3.976.945 48% 14% 3.778.443 41% 8% 4.153.576 45% 19%
27% 1% 2.551.729 31% 38% 3.159.487 34% 70% 3.561.180 39% 92%
4% -8% 302.419 4% -1% 284.341 3% -7% 433.013 5% 42%
2% 27% 215.197 3% 143% 237.776 3% 169% 230.683 2% 161%
2% 7% 109.158 1% 5% 60.226 1% -42% 76.099 1% -27%
14% -13% 798.442 10% -30% 36.613 0% -97% (147.400) -2% -113%

estudosFEBRAFARMA [ 25 ]
LUIZ AFFONSO NEIVA ROMANO I MARCOS ALVES CARNEIRO DA SILVA
PAULO CESAR SIMÕES AZEVEDO

Análise Econômico-Financeira das empresas do Setor Farmacêutico

Discriminação 1998 1999 2000


R$ 000 AV* AH** R$ 000 AV* AH** R$ 000
Receita Bruta e/ou
Vendas de Serviços 9.212.068 0% 100% 11.304.978 0% 23% 11.369.625
Deduções de Receita Bruta (2.411.935) 0% 100% (2.982.188) 0% 24% (3.174.349)
Receita Líquida de Vendas
e/ou Serviços 6.800.133 100% 100% 8.322.790 100% 22% 8.195.276
Custos de Bens e/ou
Serviços Vendidos (3.087.898) -45% 100% (4.042.105) -49% 31% (4.184.874)
Resultado Bruto 3.712.235 55% 100% 4.280.684 51% 15% 4.010.402
Despesas/Receitas Operacionais (2.794.978) -41% 100% (3.401.509) -41% 22% (3.719.223)
Com Vendas (2.109.383) -31% 100% (2.463.068) -30% 17% (2.611.429)
Gerais e Administrativas (459.640) -7% 100% (557.192) -7% 21% (747.314)
Financeiras (198.383) -3% 100% (252.203) -3% 27% (357.266)
Receitas Financeiras 66.259 1% 100% 357.633 4% 440% 80.778
Despesas Financeiras (264.642) -4% 100% (609.836) -7% 130% (438.044)
Outras Receitas Operacionais 58.561 1% 100% 48.039 1% -18% 140.674
Outras Despesas Operacionais (136.975) -2% 100% (213.509) -3% 56% (144.437)
Resultado da Equivalência
Patrimonial 50.843 1% 100% 36.424 0% -28% 549
Resultado Operacional 917.257 13% 100% 879.176 11% -4% 291.179
Resultado Não-Operacional (6.430) 0% 100% (58.358) -1% 808% (49.166)
Receitas 46.084 1% 100% 62.515 1% 36% 39.058
Despesas (52.514) -1% 100% (120.873) -1% 130% (88.224)
Resultado Antes
Tributação/Participações 910.828 13% 100% 820.818 10% -10% 242.013
Provisão para IR e
Contribuição Social (255.332) -4% 100% (250.819) -3% -2% (115.737)
Lucro/Prejuízo do Exercício 655.496 10% 100% 569.999 7% -13% 126.276

* Análise vertical ** Análise horizontal

[ 26 ] estudosFEBRAFARMA
ANÁLISE DE DESEMPENHO ECONÔMICO-FINANCEIRO DO
SETOR FARMACÊUTICO NO BRASIL - 1998 A 2003

Demonstração de Resultados Resumo do Setor

2000 2001 2002 2003


AV* AH** R$ 000 AV* AH** R$ 000 AV* AH** R$ 000 AV* AH**

0% 23% 12.083.457 0% 31% 13.067.556 0% 42% 14.661.910 0% 59%


0% 32% (3.195.824) 0% 33% (3.416.495) 0% 42% (4.088.262) 0% 70%

100% 21% 8.887.633 100% 31% 9.651.061 100% 42% 10.573.648 100% 55%

-51% 36% (4.817.868) -54% 56% (5.170.018) -54% 67% (5.908.847) -56% 91%
49% 8% 4.069.765 46% 10% 4.481.043 46% 21% 4.664.800 44% 26%
-45% 33% (3.999.334) -45% 43% (4.804.989) -50% 72% (4.404.159) -42% 58%
-32% 24% (2.678.903) -30% 27% (2.785.296) -29% 32% (3.332.831) -32% 58%
-9% 63% (775.655) -9% 69% (1.138.411) -12% 148% (825.635) -8% 80%
-4% 80% (433.439) -5% 118% (763.747) -8% 285% (254.945) -2% 29%
1% 22% 97.004 1% 46% 226.603 2% 242% 224.116 2% 238%
-5% 66% (530.443) -6% 100% (990.350) -10% 274% (479.061) -5% 81%
2% 140% 66.538 1% 14% 91.506 1% 56% 168.253 2% 187%
-2% 5% (158.822) -2% 16% (138.151) -1% 1% (143.408) -1% 5%

0% -99% (19.053) 0% -137% (70.890) -1% -239% (15.593) 0% -131%


4% -68% 70.431 1% -92% (323.946) -3% -135% 260.641 2% -72%
-1% 665% (69.616) -1% 983% (96.303) -1% 1398% (51.822) 0% 706%
0% -15% 74.369 1% 61% 134.512 1% 192% 38.943 0% -15%
-1% 68% (143.985) -2% 174% (230.815) -2% 340% (90.765) -1% 73%

3% -73% 815 0% -100% (420.249) -4% -146% 208.819 2% -77%

-1% -55% (67.892) -1% -73% (36.646) 0% -86% (159.183) -2% -38%
2% -81% (67.077) -1% -110% (456.895) -5% -170% 49.636 0% -92%

estudosFEBRAFARMA [ 27 ]
LUIZ AFFONSO NEIVA ROMANO I MARCOS ALVES CARNEIRO DA SILVA
PAULO CESAR SIMÕES AZEVEDO

Indicadores Econômico-Financeiros
Discriminação Legenda
Indicadores Financeiros
Liquidez Geral LG
Liquidez Geral - Indústrias em Geral LG - IG
Liquidez Geral - Indústrias Alimentícias LG - IA
Liquidez Geral Padrão Padrão
Liquidez Corrente LC
Liquidez Corrente - Indústrias em Geral LC - IG
Liquidez Corrente - Indústrias Alimentícias LC - IA
Liquidez Corrente Padrão Padrão
Liquidez Seca LS
Liquidez Seca - Indústrias em Geral LS - IG
Liquidez Seca - Indústrias Alimentícias LS - IA
Liquidez Seca Padrão Padrão
Grau de Endividamento GE
Grau de Endividamento - Indústrias em Geral GE - IG
Grau de Endividamento - Indústrias Alimentícias GE - IA
Grau de Endividamento Padrão Padrão
Grau de Imobilização do Patrimônio Líquido GI
Grau Imob. Patrim. Líquido - Indústrias em Geral GI - IG
Grau Imob. Patrim. Líquido - Indústrias Alimentícias GI - IA
Grau de Imobilização do Patrimônio Líquido Padrão Padrão
Imobilização dos Recursos de Longo Prazo IRL
Imobilização dos Recursos de Longo Prazo - Indústrias em Geral IRL - IG
Imobilização dos Recursos de Longo Prazo - Indústrias Alimentícias IRL - IA
Imobilização dos Recursos de Longo Prazo Padrão Padrão
Indicadores Econômicos
Margem Líquida ML
Margem Líquida - Indústrias em Geral ML - IG
Margem Líquida - Indústrias Alimentícias ML - IA
Margem Líquida Padrão Padrão
Rentabilidade do Capital Próprio RC
Rentabilidade Capital Próprio - Indústrias em Geral RC - IG
Rentabilidade Capital Próprio - Indústrias Alimentícias RC - IA
Rentabilidade do Capital Próprio Padrão Padrão
Retorno do Capital Empregado RCE
Retorno Capital Empregado - Indústrias em Geral RCE - IG
Retorno Capital Empregado - Indústrias Alimentícias RCE - IA
Retorno do Capital Empregado Padrão Padrão
Giro do Ativo GA
Giro do Ativo - Indústrias em Geral GA - IG
Giro do Ativo - Indústrias Alimentícias GA - IA
Giro do Ativo Padrão Padrão
Margem de Contribuição MC
IPCA - Acumulado IPCA
IPA - Acumulado IPA
Variação US$ - Nominal US$
Câmbio Real (Cesta de Moedas) Cesta Moedas

[ 28 ] estudosFEBRAFARMA
ANÁLISE DE DESEMPENHO ECONÔMICO-FINANCEIRO DO
SETOR FARMACÊUTICO NO BRASIL - 1998 A 2003

Resumo do Setor
1998 1999 2000 2001 2002 2003

1,69 1,37 1,21 1,20 1,11 1,18


0,79 0,79 0,79 0,79 0,79 0,79
0,92 0,92 0,92 0,92 0,92 0,92
1,14 1,14 1,14 1,14 1,14 1,14
2,12 1,69 1,47 1,63 1,56 1,52
0,97 0,97 0,97 0,97 0,97 0,97
1,12 1,12 1,12 1,12 1,12 1,12
1,29 1,29 1,29 1,29 1,29 1,29
1,30 1,01 0,89 0,99 0,94 0,96
0,57 0,57 0,57 0,57 0,57 0,57
0,67 0,67 0,67 0,67 0,67 0,67
0,82 0,82 0,82 0,82 0,82 0,82
54,3% 85,5% 104,5% 106,9% 143,3% 122,3%
54,3% 54,3% 54,3% 54,3% 54,3% 54,3%
70,8% 70,8% 70,8% 70,8% 70,8% 70,8%
136,0% 136,0% 136,0% 136,0% 136,0% 136,0%
47,9% 51,4% 58,1% 55,3% 65,1% 59,0%
100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0%
103,3% 103,3% 103,3% 103,3% 103,3% 103,3%
77,0% 77,0% 77,0% 77,0% 77,0% 77,0%
54,0% 56,3% 60,8% 56,5% 53,6% 55,6%
85,3% 85,3% 85,3% 85,3% 85,3% 85,3%
85,3% 85,3% 85,3% 85,3% 85,3% 85,3%
66,0% 66,0% 66,0% 66,0% 66,0% 66,0%

9,6% 6,8% 1,5% -0,8% -4,7% 0,5%


1,5% 1,5% 1,5% 1,5% 1,5% 1,5%
1,3% 1,3% 1,3% 1,3% 1,3% 1,3%
3,1% 3,1% 3,1% 3,1% 3,1% 3,1%
18,7% 15,0% 3,7% -1,7% -12,1% 1,2%
-1,3% -1,3% -1,3% -1,3% -1,3% -1,3%
0,3% 0,3% 0,3% 0,3% 0,3% 0,3%
14,0% 14,0% 14,0% 14,0% 14,0% 14,0%
7,2% -0,6% -4,5% -7,3% -15,7% -4,7%
0,2% 0,2% 0,2% 0,2% 0,2% 0,2%
1,3% 1,3% 1,3% 1,3% 1,3% 1,3%
4,1% 4,1% 4,1% 4,1% 4,1% 4,1%
1,26 1,18 1,19 1,08 1,05 1,15
0,60 0,60 0,60 0,60 0,60 0,60
1,03 1,03 1,03 1,03 1,03 1,03
1,26 1,26 1,26 1,26 1,26 1,26
1,00 1,15 1,08 1,10 1,21 1,26
1,00 1,09 1,15 1,24 1,40 1,53
1,00 1,29 1,44 1,62 2,19 2,33
1,00 1,53 1,63 1,96 3,01 2,43
1,00 1,03 0,86 0,95 1,06 0,93

estudosFEBRAFARMA [ 29 ]
LUIZ AFFONSO NEIVA ROMANO I MARCOS ALVES CARNEIRO DA SILVA
PAULO CESAR SIMÕES AZEVEDO

Análise Econômico-Financeira das Empresas do Setor Farmacêutico – Gráficos

Liquidez Geral

2,00

1,50

1,00

0,50

1998 1999 2000 2001 2002 2003


LG 1,69 1,37 1,21 1,20 1,11 1,18
LG - IG 0,79 0,79 0,79 0,79 0,79 0,79
LG - IA 0,92 0,92 0,92 0,92 0,92 0,92
Padrão 1,14 1,14 1,14 1,14 1,14 1,14

Liquidez Corrente

2,50

2,00

1,50

1,00

0,50

1998 1999 2000 2001 2002 2003


LC 2,12 1,69 1,47 1,63 1,56 1,52
LC - IG 0,97 0,97 0,97 0,97 0,97 0,97
LC - IA 1,12 1,12 1,12 1,12 1,12 1,12
Padrão 1,29 1,29 1,29 1,29 1,29 1,29

[ 30 ] estudosFEBRAFARMA
ANÁLISE DE DESEMPENHO ECONÔMICO-FINANCEIRO DO
SETOR FARMACÊUTICO NO BRASIL - 1998 A 2003

Liquidez Seca

1,50

1,00

0,50

1998 1999 2000 2001 2002 2003


LS 1,30 1,01 0,89 0,99 0,94 0,96
LS - IG 0,57 0,57 0,57 0,57 0,57 0,57
LS - IA 0,67 0,67 0,67 0,67 0,67 0,67
Padrão 0,82 0,82 0,82 0,82 0,82 0,82

Grau de Endividamento

160,0%
140,0%
120,0%
100,0%
80,0%
60,0%
40,0%
20,0%
0,0%
1998 1999 2000 2001 2002 2003
GE 54,3% 85,5% 104,5% 106,9% 143,3% 122,3%
GE - IG 54,3% 54,3% 54,3% 54,3% 54,3% 54,3%
GE - IA 70,8% 70,8% 70,8% 70,8% 70,8% 70,8%
Padrão 136,0% 136,0% 136,0% 136,0% 136,0% 136,0%

estudosFEBRAFARMA [ 31 ]
LUIZ AFFONSO NEIVA ROMANO I MARCOS ALVES CARNEIRO DA SILVA
PAULO CESAR SIMÕES AZEVEDO

Grau de Imobilização do Patrimônio Líquido

120,0%
100,0%
80,0%
60,0%
40,0%
20,0%
0,0%
1998 1999 2000 2001 2002 2003
GI 47,9% 51,4% 58,1% 55,3% 65,1% 59,0%
GI - IG 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0%
GI - IA 103,3% 103,3% 103,3% 103,3% 103,3% 103,3%
Padrão 77,0% 77,0% 77,0% 77,0% 77,0% 77,0%

Imobilização dos Recursos de Longo Prazo

100,0%
80,0%
60,0%
40,0%
20,0%
0,0%
1998 1999 2000 2001 2002 2003
IRL 54,0% 56,3% 60,8% 56,5% 53,6% 55,6%
IRL - IG 85,3% 85,3% 85,3% 85,3% 85,3% 85,3%
IRL - IA 85,3% 85,3% 85,3% 85,3% 85,3% 85,3%
Padrão 66,0% 66,0% 66,0% 66,0% 66,0% 66,0%

[ 32 ] estudosFEBRAFARMA
ANÁLISE DE DESEMPENHO ECONÔMICO-FINANCEIRO DO
SETOR FARMACÊUTICO NO BRASIL - 1998 A 2003

Margem Líquida

15,0%

10,0%

5,0%

0,0%

-5,0%

-10,0%
1998 1999 2000 2001 2002 2003
ML 9,6% 6,8% 1,5% -0,8% -4,7% 0,5%
ML - IG 1,5% 1,5% 1,5% 1,5% 1,5% 1,5%
ML - IA 1,3% 1,3% 1,3% 1,3% 1,3% 1,3%
Padrão 3,1% 3,1% 3,1% 3,1% 3,1% 3,1%

Rentabilidade do Capital Próprio

30,0%

20,0%

10,0%

0,0%

-10,0%

-20,0%
1998 1999 2000 2001 2002 2003
RC 18,7% 15,0% 3,7% -1,7% -12,1% 1,2%
RC - IG -1,3% -1,3% -1,3% -1,3% -1,3% -1,3%
RC - IA 0,3% 0,3% 0,3% 0,3% 0,3% 0,3%
Padrão 14,0% 14,0% 14,0% 14,0% 14,0% 14,0%

estudosFEBRAFARMA [ 33 ]
LUIZ AFFONSO NEIVA ROMANO I MARCOS ALVES CARNEIRO DA SILVA
PAULO CESAR SIMÕES AZEVEDO

Retorno do Capital Empregado

10,0%

5,0%

0,0%

-5,0%

-10,0%

-15,0%

-20,0%
1998 1999 2000 2001 2002 2003
RCE 7,2% -0,6% -4,5% -7,3% -15,7% -4,7%
RCE - IG 0,2% 0,2% 0,2% 0,2% 0,2% 0,2%
RCE - IA 1,3% 1,3% 1,3% 1,3% 1,3% 1,3%
Padrão 4,1% 4,1% 4,1% 4,1% 4,1% 4,1%

Giro do Ativo

1,00

0,50

-
1998 1999 2000 2001 2002 2003
GA 1,26 1,18 1,19 1,08 1,05 1,15
GA - IG 0,60 0,60 0,60 0,60 0,60 0,60
GA - IA 1,03 1,03 1,03 1,03 1,03 1,03
Padrão 1,26 1,26 1,26 1,26 1,26 1,26

[ 34 ] estudosFEBRAFARMA
ANÁLISE DE DESEMPENHO ECONÔMICO-FINANCEIRO DO
SETOR FARMACÊUTICO NO BRASIL - 1998 A 2003

IPCA e IPA Acumulados x Margem de Contribuição

2,50

2,00

1,50

1,00

0,50

-
1998 1999 2000 2001 2002 2003
MC 1,00 1,15 1,08 1,10 1,21 1,26
IPA 1,00 1,29 1,44 1,62 2,19 2,33
IPCA 1,00 1,09 1,15 1,24 1,40 1,53

Comparativo Variação US$ Nominal x Câmbio Real (Cesta de Moedas)

3,60

3,00

2,40

1,80

1,20

0,60

-
1998 1999 2000 2001 2002 2003
US$ 1,00 1,53 1,63 1,96 3,01 2,43
Cesta Moedas 1,00 1,03 0,86 0,95 1,06 0,93

Fonte: Conjuntura Econômica - 07/04

estudosFEBRAFARMA [ 35 ]

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