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c
é o policial civil (estadual ou federal) a serviço da justiça, especializado
em encontrar ou proporcionar a chamada prova técnica ou prova pericial, mediante a
análise científica de vestígios produzidos e deixados na prática de delitos. As atividades
periciais são classificadas como de grande complexidade,[3] em razão da
responsabilidade e formação especializada revestidas no cargo.
O perito criminal, agindo por requisição da autoridade judicial, pelo ministério público
ou pela autoridade policial, estuda o corpo (ou objeto envolvido no delito), refaz o
mecanismo do crime (para saber o que ocorreu), examina o local onde ocorreu o delito e
efetua exames laboratoriais, entre outras coisas. O perito criminal é agente da
autoridade, a exemplo dos investigadores e escrivães, compondo, assim, uma das
diversas carreiras policiais civis dos Estados e da Federação. No Brasil, as Polícias
Civis, por força constitucional, são dirigidas pelos Delegados de Polícia. Em alguns
Estados, a estrutura administrativa da polícia técnica é subordinada às Secretarias da
Segurança. Entretanto, continuam os peritos, criminais e legistas, como policiais civis,
pois a chamada "polícia científica" não compõe uma terceira Polícia, por falta de
previsão constitucional.
[esconder]
-V 1 No Brasil
|V 1.1 Ingresso
|V 1.2 O concurso
|V 1.3 Áreas da perícia
|V 1.4 Prova pericial
[7]
|V 1.5 Características Processuais dos peritos
|V 1.6 Atribuições legais
|V 1.7 Atividades desenvolvidas
|V 1.8 Armamento utilizado
|V 1.9 Autonomia hierárquica
-V 2 Referências
O ingresso na carreira é obtido obrigatoriamente por concurso público, que pode ser de
provas ou de provas e títulos. Embora o Código de Processo Penal não faça
diferenciações entre os tipos de Peritos, eles são divididos em perito criminal, perito
médico-legista e perito odonto-legista (redação dada pela lei 12030/09).
O cargo de Perito Criminal ou Criminalístico (podendo ser, como civil, estadual ou
federal) exige formação de nível superior em área específica, conforme já adotavam
antes da lei 12030/09 diversos Estados e a Polícia Federal, por exemplo: Biologia,
Biomedicina, Computação, Contabilidade, Engenharias, Farmácia, Física,
Fonoaudiologia, Matemática, Medicina, Psicologia, Medicina Veterinária, Química,
dentre outras... Os Peritos Criminais geralmente trabalham em locais de crime (perícias
de natureza externa) e nos Institutos de Criminalística (natureza interna), embora no
caso específico da Polícia Federal, trabalhem tanto interna como externamente. Os
Médicos Legistas geralmente trabalham nos Institutos Médicos Legais (IMLs), em
conjunto com os Odonto-Legistas e Peritos Criminais da área Farmacêutica,
responsáveis pelas análises das vísceras e demais vestígios coletados durantes os
exames de corpo de delito, seja no morto (de cujus) ou na pessoa viva.
O último concurso de c Federal da Polícia Federal foi realizado no ano
de 2004, sendo divido em praticamente três fases: a primeira fase foi uma prova escrita
com 120 questões de falso/verdadeiro, sendo que uma errada anula uma certa, e uma
redação, que valia 5 pontos. Aprovado na primeira fase, a segunda fase consistia de
prova física (corrida, natação, barra e salto), prova psicológica, exames médicos e
investigação social. Os aprovados nessa segunda fase (e dentro do número de vagas)
vão para a terceira fase, que consiste em um curso de formação na Academia Nacional
de Polícia (ANP), com duração média de 5 meses, onde são estudados uma série de
áreas da criminalística e do direito, além da preparação policial (tiro, defesa policial,
entre outros). Nessa última fase, o candidato não pode reprovar em nenhuma das mais
de trinta disciplinas estudadas (média 6). Sendo aprovado nessa terceira fase, o c
Federal é nomeado e passa a exercer a sua função. Espera-se um novo
concurso para 2012.
Uma vez ingressado na carreira de c , o profissional poderá atuar em
diversas áreas forenses, com intuito principal de coletar provas e apresentá-las, na forma
de laudo pericial com validade probatória em juízo. Para isso, o c poderá
utilizar técnicas de áreas específicas da criminalística, como documentoscopia,
engenharia legal, computação forense, química forense, dentre outras.
c
A
, requisitada pela Autoridade Policial, Ministério Público e
Judiciário, é a base decisória que direciona a investigação policial e o processo
criminal.[4] A prova pericial é indispensável nos crimes que deixam vestígio, não
podendo ser dispensada sequer quando o criminoso confessa a prática do delito.
A perícia é uma modalidade de prova que requer conhecimentos especializados para a
sua produção, relativamente à pessoa física, viva ou morta, implicando na apreciação,
interpretação e descrição escrita de fatos ou de circunstâncias, de presumível ou de
evidente interesse judiciário.
Apesar de o laudo pericial não ser a única prova, e entre as provas não haver hierarquia,
ocorre que, na prática, a prova pericial acaba tendo prevalência sobre as demais. Isto se
dá pela imparcialidade e objetividade da prova técnico-científica enquanto que as
chamadas provas subjetivas dependam do testemunho ou interpretação de pessoas,
podendo ocorrer uma série de erros, desde a simples falta de capacidade da pessoa em
relatar determinado fato, até o emprego de má fé, onde exista a intenção de distorcer os
fatos.[4]
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-V São órgãos estáticos (só agem por requisição e não de ofício), à semelhança dos
Juízes;
-V São órgãos dotados de formação universitária plena;
-V São órgãos vinculados a entidades de classe (CRQ, CRF, CRFa, CREAA, CRP,
CRM, CRMV, CRO), embora subordinados, antes disso, à legislação disciplinar
da Polícia Civil (estadual ou federal) a que pertencem, ao contrário dos Juízes
que não estão filiados à OAB;
-V ransformam-se em órgãos dinâmicos, quando regularmente requisitados por
autoridade competente (policial, policial militar, judiciária penal, judiciária
militar), como os Juízes, ao receberem a denúncia ou a queixa.
A função mais relevante do Perito Criminal é a busca da verdade material com base
exclusivamente na técnica. Não cabe ao Perito Criminal acusar ou suspeitar, mas apenas
examinar os fatos e elucidá-los. Desventrar todos os aspectos inerentes aos elementos
investigados, do ponto exclusivamente técnico.[14]
Ainda assim, como trata-se de cargos de natureza policial, sujeitos a trabalhos em locais
de crime de variada periculosidade e com deslocamento feito em viaturas devidamente
caracterizadas, a maioria dos Peritos está dotada de pistolas, revólveres e espingardas.
As principais armas de fogo que são utilizadas pelos Peritos Criminais dos estados são
as pistolas aurus nacional, de calibre .40 S&W dos modelos: aurus P 100, aurus
P 940, aurus P 640, aurus P 24/7, enquanto os Peritos Criminais Federais
adotam como padrão a pistola Glock austríaca, de calibre 9 mm Luger, nos modelos
G17, G19 e G26.
Como consequência dos protestos, bem como da supracitada valorização das carreiras
envolvidas na perícia criminal, muitos Estados separaram a estrutura das suas Polícias
Científicas das Polícias Civis, resultando certa autonomia administrativa, mas não
funcional e hierárquica absolutas.
*
1.V $ POLÍCIA CIVIL DO ESADO DE SÃO PAULO. Manual Operacional do Policial
Civil. São Paulo: Delegacia Geral de Polícia, 2006, pg. 354
2.V $ http://www.scielo.oces.mctes.pt/pdf/aso/n181/n181a10.pdf
http://pt.wikipedia.org/wiki/Perito_criminal