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DESAFIOS CLÍNICOS DA HISTERIA: DESEJO, GOZO E

ALGO DE MELANCOLIA (1)

Miriam Aparecida Nogueira Lima.

INAUGURADO pela histérica desde o período pré-psicanalítico com o


caso Anna O./ Breuer, o campo da psicanálise continua a ter suas
indicações pelo discurso da histeria.

Jovens, atraentes, ricas, verbais, inteligentes e sociáveis como Bertha


Pappenheim, em seu tempo, YARVIS 1 contemporânes sofrem do
mesmo desejo insatisfeito de que sofriam as histéricas de outrora.
Entretanto, se apoiam em modernas ortopedias corporais, possíveis
substitutos das paralisias, contraturas, cegueiras e parestesias de
antigamente, o que faz uma certa diferença. Enquanto seu gozo
continua, como sempre se disse, excessivo e contraditório, sua
tristeza anda mal compreendida, por confundir-se freqüentemente
com a melancolia, por estar sendo criticada por uns e medicada por
outros, como depressão. Para a clínica psicanalítica, são todos eles –
o desejo, o gozo e a melancolia do sujeito histérico – renovados
desafios.

Desejo.

Desde “A interpretação dos sonhos” (1973[1900]) temos a tese


freudiana de que o sonho é a realização de um desejo recalcado.
Entretanto, Freud afirma que “sem exceção alguma os pacientes se
recusam a aceitar esse princípio e relatam sonhos que contradizem a
teoria” (op.cit.:436). Como exemplo, ele dá o caso da bela
açougueira e seu sonho do salmão defumado, cuja análise o leva a
concluir que, de fato, realizava o desejo da paciente de não realizar o
desejo dele, Freud. Termina por afirmar que o sujeito histérico tem
desejo de desejo insatisfeito e por indicar o seu caráter de desafio e
de rivalidade.

Em “A direção da cura e os princípios de seu poder” (1988 [1958]) ao


analisar o episódio descrito por Freud na quarta parte de sua obra de
1900, Lacan afirma: ...“a bela açougueira não quer ser satisfeita
unicamente em suas verdadeiras necessidades. Quer outras,
gratuitas, e para estar bem certa de que elas o são, não satisfazê-las.
Por isso, à questão ‘o que a espirituosa açougueira deseja?’, pode-se
responder: caviar. Essa resposta, no entanto, é sem esperança,
porque o caviar é ela também que não o quer” (op.cit.:39).

A fórmula lacaniana “o desejo é o desejo do Outro”, com “O”


maiúsculo, sublinha a vertente simbólica da questão, mas não exclui
a dimensão de rivalidade imaginária quando se escreve “o desejo é o
desejo do outro”, com “o” minúsculo. Tal rivalidade, já apontada por
Freud no exemplo mencionado, é verificável na clínica psicanalítica e
na psicopatologia da vida quotidiana do sujeito histérico constituindo,
sem dúvida, um dos desafios clínicos da histeria.

Ao lado dele, um outro desafio a escuta analítica testemunha. O


sujeito histérico além de insatisfeito e demandante apresenta-se,
quase sempre, bastante triste. A tristeza, dita em queixas e
lamentações, revela cansaço, desalento, desistência. Pergunta-se
qual a razão.

A leitura de alguns sublinha a questão do defrontar-se com o não


saber sobre o sexo, com a falta de inscrição de qual é o objeto – uma
falta que é própria da estrutura. Entretanto, não haver “o objeto”
possibilita a eleição de “um objeto”, que seja, mas o desejo histérico
não quer saber de constituir nem(h)um, permanecendo, como diz
Serge André, ...“desejo de ter um desejo sem objeto, portanto
destinado à insatisfação.” (1987:140)

Outros sublinham a vertente da existência: ...“o que ela procura não


é sua identidade sexual, é algo mais radical que isso: sua
existência ... por isso a famosa insatisfação histérica é algo que, em
minha opinião, Freud não captou inteiramente” diz, por exemplo,
Alain Didier-Weill (1998:50).

No meu modo de entender, a duas questões são observáveis, mas


ainda permanece a pergunta: o que determina a insatisfação e a dor
na histeria, seu sofrimento, tanta agonia?

Gozo.

Desde 1920, no “Mais além do Princípio do Prazer”, Freud abriu o


campo do gozo para a psicanálise ao postular a pulsão de morte. Para
além do prazer, está o gozo, desde que este é a satisfação que
integra o desprazer, podemos dizer.

No Seminário 20, Mais, Ainda (1982 [1975] ), Lacan propõe um


Outro gozo, ex-sistente, suplementar, próprio da posição feminina da
sexuação e testemunhado pela experiência do êxtase místico
(op.cit.:103). A raiz das duas palavras – êxtase e existência – é a
mesma e significa em grego “ficar do lado de fora”, “ficar a parte de”
alguma coisa. 2

Uma analisante, depois de ter visto em minha estante o livro de


Santa Teresa, escreveu-me zangada devido a uma pontuação que eu
fizera na sessão anterior sobre uma fala sua nada santa, motivada
por um atraso meu em atendê-la. Disse ela: “Você me deixa
esperando ai fora que nem puta sem freguesia...”. A mensagem
escrita chegou dias depois. Transcrevo um fragmento:

“Eu não sou nenhuma Hilda Furacão 3 não, ouviu bem? Estou mais
para Teresa d’Ávila, cujo êxtase foi cantado em prosa e verso, tá.
Enquanto esta, uma grandiloqüente que morre de não morrer pelo
desejo impossível de encontrar-se com Deus, a dama de Belo
Horizonte sofre de um gozo apenas proibido, de uma paixão menor
por um prosaico padre de batina e tudo o mais”. (Os grifos são
meus).

Se o gozo histérico é para além do falo, será que esse sujeito vive no
anseiode um gozo maior? Quem sabe o gozo (in)ex-sistente próprio
do feminino efacultado apenas aos verdadeiros místicos, à
experiência do êxtase místico, comodiz Lacan? Será que podemos
dizer que “a histérica” – algum sujeito histérico –é uma pretensiosa
do tal gozo? Posto que gozar falicamente ele não quer,impossibilitado
de colocar alguma coisa no lugar de coisa alguma, despreza estegozo
que considera insuficiente, embora seja ele – que em algum lugar
Lacanchamou de “gozo idiota” – o gozo possível aos comuns mortais.

Uma vez que não se é místico porque se quer, por se pretender esse
gozo amais e até poder se comprazer com ele – pois ao que parece o
verdadeiro místicoé passivo nesse gozo, submetido a ele, mas se
alegra com isso – o sujeitohistérico continua gozando de insatisfação
e de tristeza, sem poder dizer comoSanta Teresa diz com
convicção: ...“Esta divina prisão/Do amor com queeu vivo/Faz a meu
Deus meu cativo/E livre meu coração/ ...” (Santa Teresade Jesus,
(1977 [1571]:502). (Grifo meu).

Gregoire de Nysse, citado por C. Millot (1989:82 ), diz o seguinte: ...“


elasabe que está apaixonada por Aquele que é inacessível e que
deseja Aquele que éinapreensível. (...) Seu desejo de bem não tem
fim nem gozo. Mas,levanta-se-lhe o véu de sua tristeza, dando-lhe a
entender que o fato deprogredir sempre em sua busca e de nunca
parar de avançar é o verdadeiro gozo doque ela deseja, pois cada vez
que seu desejo é preenchido, engendra o desejo debens superiores.”
(Grifo meu).

Na histeria, entretanto, não se verifica a referida “liberdade no


coração” etampouco “levantar-se-lhe o véu de sua tristeza”,
testemunhados pelos místicos.Ao contrário disso, restam-lhe o
desalento e a desistência, até que umaexperiência de análise lhe
possibilite pelo menos “um pouquinho de vida”, comodiz a analisante
a seguir.

Melancolia.
Assim como a insatisfação do sujeito histérico pode ser tomada
comoreveladora da verdade do desejo, isto é, a de ser relegado a um
constantepor-vire o excesso de seu gozo como indicador da verdade
de que o gozopode ser “mais, ainda”, até a morte, também a tristeza
que lhe acomete podeindicar uma outra verdade, a que se refere à
pura e simples dor de existir.

Na clínica atual, é possível constatar que a tristeza, qualquer que seja


suacausa, anda um tanto sufocada, seja pela medicação tão em voga
atualmente, sejapelas inúmeras práticas modernas que visam o seu
banimento.

Lacan ora relevou a tristeza, inspirado na “dor de existir” do


Budismo, aoconsiderá-la própria da estrutura ( Kant com Sade,
1963), ora a condenou(Television, 1974) no campo da ética
considerando-a, a partir dafilosofia de Dante e de Spinosa, como
“covardia moral”. “Covardia moral dosdemissionários do dever de se
orientar pelo inconsciente”. (Cf. Quinet,A.,1999:88 e Soler, C.,
[1997], idem: 101).

Entretanto,me diz freqüentemente a analisante,“Viver dói”.

Em análise, o sujeito pode falar de sua tristeza sem temer a crítica.


Mas meparece necessário estabelecer a distinção entre o enfado, o
desassossego, odesgosto do histérico e aquele do melancólico
propriamente dito.

Penso que um dos pontos desta distinção reside na relação com o


objeto.Assim, enquanto o histérico desdenha um objeto, porque “não
é isso!” como elediz, traduzindo sua desilusão, o melancólico se
encontra identificado com umobjeto perdido, morto, e diz “Eu sou
isso! Um zero a esquerda”.

Em “Luto e Melancolia” (1973 [1917]), Freud afirma que a sombra do


objeto(perdido) recai sobre o eu, havendo um prejuízo do próprio eu
do melancólico.Este não sabe o que perdeu de si na perda do objeto
que se foi. Citoliteralmente: ...“a perda, causa da melancolia, é
conhecida do enfermo, o qualsabe aquemperdeu, mas não oquecom
ele perdeu” (op. cit.: 2092,2094). Isso tem como efeito o
rebaixamento da auto-estima, a inibição, asacusações e culpas que o
melancólico atribui a si próprio.

Este ponto, de haver um prejuízo do eu, também distingue a tristeza


nahisteria da tristeza na melancolia. Na primeira o eu está
preservado, a autoestima menos rebaixada e a culpa, o que me
parece uma importante distinção, éatribuída ao mundo que o sujeito
histérico deplora, que não lhe serve, não lhecabe, ao Outro da
agressão – vilão sedutor – e da desilusão.
Diz a analisante:... “Me desgosta esse mundo repleto de pobres
mortais...eu sou uma rica mortal, um E.T. dentro de minha própria
família”.

Podemos dizer, parafraseando Serge André, que enquanto o


melancólico tomapara si a miséria do mundo, o sujeito histérico se
entristece por esse mundo sertão miserável. Segundo ele, na
misericórdia, isto é, na paixão pela misériaprópria da tristeza
melancólica, o sujeito toma a miséria de outrem como um malpessoal
e que tal tristeza é o inverso da inveja, na qual o sujeito considera
obem de outrem como seu próprio mal. (Cf. Serge André,1995:247).

Por exemplo, a analisante infeliz após um casamento desfeito, desde


que oex-marido constituiu nova família, diz o seu sentimento de
abandono:

...“Mesmo que eu reconheça o seu saber... não é isso... eu nãosei...


Afinal, por que não me deixa você também?”.

Nas sessões de análise ela se queixa até poder dizer, francamente,


noconfronto com a insistência do desejo analítico:“você não desiste
nunca, nãoé?!”.

A condução do tratamento tem seus altos e baixos, seja pela face


insatisfeitae desistente do histérico, seja pela face da rivalidade
invejosa na qual o bemdos outros é o seu mal, como vimos antes, o
que no meu entender se deve aosentimento de inadequação vivido
pelo sujeito, o sentir-se fora desse mundo que,aliás, ele deplora.

Outra fala me parece dizer bem:“Descobri o que me faz sofrer tanto.


Éesta coisa escancarada! Como uma feridainterna que sangra
semparar.”

Arrisca-se: “Não dá para botar um tampãozinho que seja?” De


volta,uma resposta entre risos :“É... um bandeide, um durex, ?!...

Ela continua:“Se eu falome faz sofrer muito.Vai doendo,doendo,


doendo...Se eu não falo,me faz sofrer mais ainda....Não sei, eu me
sintomuito escancarada. Minha sensibilidade éassim à flor da pele ...
Às vezes me sinto como se estivesse morta. É minhaanálise que me
dá um pouquinho de vida”

Ou seja, se o falo faz sofrer o não-falofaz sofrermaisainda, ela mesma


disse com razão. Serge André, a propósito do tema damorte e do
mutismo na histeria, sublinha....“ se o falo é falante, o não-falo
émudo, fora da linguagem e a angústia que se instala é angústia de
morte ou desentir seu corpo como morto”. (1987:60)
Na mesma sessão, ela diz ainda:“Tenho que chutar esse pau da
barraca, nãoposso ficar nessa. Mas se eu chutar vou entrar
numprocesso esquizofrênico”.

Pergunto o que seria chutar o pau da barraca? 4

...“Romper com tudo, pois eu tento perceber o mundo que me cerca,


maspercebo tudo fragmentado, aos pedaços, não entendo. Vejo as
festas e a alegriados outros e tudo é tão distante de mim. Será que
eu não tenho motivos paraficar alegre? Fico procurando por onde eu
vou, qual é o caminho ... me sinto porfora de tudo”.

Arrisco novamente: “Então, não se trata de chutar, mas... de colocar


o pau nabarraca?!”

Termina essa sessão pagando com cédulas novas e diz: “Está


quentinho,parece que acabou de sair do forno”.

Na vez seguinte, chega tranqüila e fala objetivamente de sua


sexualidade, oque não fizera em vários anos de análise. Diz que
jamais obteve prazer em suasrelações sexuais com os homens, que
sentia dor. Diz ainda que não se considera“uma pessoa
fálica”...“Antigamente sim, eu agia falicamente paramascararminha
insegurança e fragilidade”.

O clássico artigo de Joan Rivière, “A feminilidade como mascarada”


(1929),(citado por Serge André, 1987:276), expõe a tese de que as
mulheres que aspirama uma certa masculinidade podem se revestir
da máscara da feminilidade paraafastar a angústia e evitar a
vingança que temem por parte do homem.

Entendo que o sujeito histérico em questão, que antes “agia


falicamente” paramascarar sua insegurança, apresenta agora uma
fala denegatória em relação ao seuanseio de poder. Numa outra
defesa contra a angústia, vale-se de seussentimentos de tristeza e
desistência e diz, não menos defensivamente, quer meparecer:

... “Hoje estou certa de que todo o mal da humanidade é


aprogesterona”. ... ...“O mal é o poder, o jogo de poder”....
“Meuúnico poder são os meus sentimentos”.

Se esta não é uma fala de angústia, o único afeto que não engana
sobre suacausa, segundo Lacan, é uma fala enganosa e enganada
pelo sentimento de tristezae desilusão. Este, por sua vez, é
compatível com as diferentes estruturasclínicas, como afirma Colette
Soler em seu texto “Um mais de melancolia”. Dizela: ... “a tristeza
depressiva não é a angústia, um afeto-tipo da relação comum real
inassimilável, ela é, ao contrário ‘senti-mente’ que engana sobre
acausa” ... “é um estado do sujeito submetido à flutuação e
compatível com asdiferentes estruturas clínicas” e que ...“diz respeito
à suspensão da causa dodesejo.” (1999 [1997]:102)

Em fim.

Uma análise, sustentada pelo desejo analítico, em que o analista


fazsemblante de objeto causa de desejo para o sujeito, pode conduzi-
lo a umasatisfação possível, a gozar com algo além de sua
insatisfação, saindo do regimeda pura demanda e tornado-se capaz
de ocupar, por sua vez, um lugar desejante.Menos gozo e mais
desejo. Isto, certamente, lhe cobrará mais trabalho e
menoslamentações. No mínimo tornará possível substituir sua miséria
histérica por umsofrimento comum, como predisse Freud.

Sustentar o desejo analítico, a despeito dos desafios e avatares que


seapresentam, é o xis da questão. Particularmente em se tratando de
certospercursos subjetivos em algumas estruturas clínicas. Em
relação a estas, aexperiência também mostra que não cabem
diagnósticos à priori, mas apossibilidade de distinguir no transcurso
do tratamento, a cada vez, qual será opasso seguinte. Na prática e
na teoria.

Rio de Janeiro, junho de 1999.

Notas:

(1) YARVIS =young, attractive, rich, verbal, intelligent,social.Sigla usada pelos


norte-americanos. (Cf. Eric Laurent,Versões daclínica psicanalítica, Rio de Janeiro,
Jorge Zahar, 1995).

(2) Nas traduções de Heidegger para o francês, apareceu pelaprimeira vez a


palavra ex-sistência para a palavra gregaekstasise aalemãekstase,segundo Bruce
Fink,O sujeito lacaniano, entre alinguagem e o gozo, Rio de Janeiro, Jorge Zahar,
1998, p.151. Se naquelalíngua esse termo era utilizado para dizer o estado de
“extático”, Lacan utilizaa palavra ex-sistência para dizer “uma existência separada
de”, do lado de fora,fora da estrutura.

(3) Personagem de livro cuja adaptação para a TV tornou-secélebre e muito


festejada no Brasil.

(4) Gíria comum no Rio de Janeiro. Refere-se ao pau que sustentaa barraca de
praia ou decamping.

ANDRÉ, Serge,A impostura perversa,Rio de Janeiro, JorgeZahar, 1995.

_____________O que quer uma mulher, Rio de Janeiro,Jorge Zahar, 1987.


DIDIER-WEILL, Alain,Lacan e a clínica psicanalítica, Riode Janeiro, Contra Capa,
1998.

FREUD, Sigmund,Obras Completas, Madrid, BibliotecaNueva, 1973.

LACAN, Jacques, “A direção da cura e os princípios de seupoder”, 1958, Rio de


Janeiro,

tradução da Escola Letra Freudiana, 1988, mimeo.

MILLOT, Catherine,Nobodaddy – A histeria no Século, Riode Janeiro, Jorge Zahar,


1989.

_______O Seminário, Livro 20, Mais, Ainda, Rio deJaneiro, Zahar Editores, 1982.

QUINET, Antonio, “Atualidade da depressão e a dor de existir”,inExtravios do


desejo–depressão e melancolia. Rio de Janeiro,Marca d’Água Livraria e Editora,
1999.

SANTA TERESA DE JESUS, (1571),Obras Completas,Madrid,Biblioteca de Autores


Cristãos,1977.

SOLER, Colette,“Um mais de melancolia”,(1997), inExtravios do desejo–depressão


emelancolia. Rio de Janeiro, Marca d’Água Livraria e Editora,1999.

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