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Termodinâmica Aplicada

Instituto Superior de Engenharia de Lisboa

Licenciatura em Engenharia Mecânica – Turma 42D

Semestre Verão 2010/2011

Docente: Cláudia Casaca

Trabalho 3: Central Tapada do Outeiro

35501 Fábio Alves

35521 Luís Tiago

35524 Pedro Jorge

36250 Guilherme Romano

1
Índice
Índice . . . . . . . . . 2

Objectivos . . . . . . . . 3

Introdução . . . . . . . . 4

Ciclo de Joule . . . . . . 5

Enunciado do Trabalho . . . . . . 6

Resolução dos Exercícios . . . . . . 7

a.1) . . . . . . . . 7

Rendimento Isentrópico do Compressor . 7

Rendimento Isentrópico da Turbina . . 8

a.2) . . . . . . . . 9

a.3) . . . . . . . . 11

a.4) . . . . . . . . 13

b.1) . . . . . . . . 14

Conclusão . . . . . . . . 15

Bibliografia . . . . . . . . 16

2
Objectivos:
No terceiro trabalho de avaliação contínua da unidade curricular de
Termodinâmica Aplicada, foi realizada uma análise sucinta à central da
Tapada do Outeiro, particularmente a dois componentes do seu ciclo a gás,
a câmara de combustão e a turbina. Esta central possui um ciclo
combinado, ou seja, funciona através da combinação de um ciclo
termodinâmico a vapor, com um ciclo de funcionamento a gás para produzir
o efeito desejado, ou seja, a produção de energia eléctrica.

Para a realização deste trabalho foi tida em conta a Brochura


fornecida acerca do funcionamento, história e princípios da Central da
Tapada do Outeiro, donde foram retirados valores para efectuar os cálculos
pedidos como os de excesso de ar, rendimentos isentrópicos de compressor
e turbina, entre outros. Estes mesmos cálculos foram realizados a partir do
enunciado de um exercício também fornecido com a brochura, onde
também nos foram dadas as soluções de cada problema. Os apontamentos
e slides fornecidos pelos docentes da cadeira foram também utilizados na
realização deste trabalho.

3
Introdução:
O ciclo a gás é constituído por 3 elementos fundamentais:
Compressor, Câmara de Combustão e a Turbina. Este ciclo inicia-se com
uma admissão de ar a pressão e temperatura ambiente. Este ar é absorvido
pelo compressor, componente cuja função será aumentar a pressão do ar
(também há aumento de temperatura) de modo a que este esteja nas
condições ideias para que, na etapa seguinte do ciclo, na Câmara de
Combustão, exista a mistura desse ar pressurizado com um determinado
combustível (que no caso da central da Tapada do Outeiro é gás natural
proveniente da Argélia) e exista a combustão destes dois elementos. A
mistura, primeiro estado do fluído de trabalho, pode ser de dois tipos, ou
uma mistura rica ou uma mistura pobre. No caso de uma mistura pobre, a
quantidade de ar
fornecida à câmara
será superior à
quantidade
estequiométrica,
isto é, a quantidade
mínima necessária
para que a
combustão seja
completa. Por outro
lado, numa mistura
rica a quantidade de
Fig. 1 – Esquema de uma Turbina a Gás
ar fornecida rá
inferior à taxa estequiométrica. A relação entre a taxa estequiométrica e a
taxa de ar fornecida à câmara de combustão é medida através do excesso
de ar (e%). Após a combustão, o fluído de trabalho encontra-se sob a
forma de gases de combustão e vai ser conduzido à turbina.

A turbina a gás funciona baseada no princípio de um ciclo aberto, ou


seja, é admitido fluido da atmosfera, e os produtos do funcionamento são
novamente enviados para a atmosfera sem reaproveitamento. A turbina
admite os gases de combustão a elevadas temperatura e pressão
provenientes da Câmara de Combustão, que ao entrarem na turbina irão
sofrer uma expansão isentrópica (idealmente). Ao expandirem, os gases
irão forçar o movimento das pás da turbina, acopladas um veio que
transmite a energia mecânica a um gerador eléctrico de onde sairá o
produto final deste ciclo, a energia eléctrica.

Importante ainda referir que o compressor está ligado à turbina


através do veio principal, que é o responsável pelo fornecimento de energia
mecânica necessária para o funcionamento do compressor.

4
Os gases exaustão que abandonam a turbina serão enviados para
fora deste sistema, apesar de certas centrais possuírem meios de
aproveitamento destes gases, tal como acontece na central da Tapada do
Outeiro que possui um sistema de recuperação de energia térmica
proveniente destes gases que irá depois ser utilizado no ciclo a vapor,
fornecendo alguma energia ainda presente nos gases ao fluido de trabalho
do ciclo a vapor, a água.

Ciclo de Joule:

Como o funcionamento de uma


turbina a gás não assenta no conceito
clássico de um ciclo, já que se trata
de um ciclo aberto, existem algumas
considerações de modo a transformar
o ciclo aberto a gás num verdadeiro
ciclo, idealizadas de modo a que seja
facilitada a resolução de problemas e
cálculos relacionados com o ciclo. Este
novo ciclo é conhecido como o ciclo de
Joule, ou como o ciclo ideal das
turbinas a gás. O ciclo de Joule Fig. 2 – Diagrama T-s representativo do ciclo de Joule
consiste em quatro etapas: Uma
primeira etapa onde o fluido de trabalho entra no compressor e onde ocorre
uma compressão isentrópica do mesmo (1-2). De seguida, o fluido é
encaminhado para um Permutador de Calor, onde irá existir um
fornecimento de calor ao fluido de trabalho, sempre a pressão constante (2-
3). Depois deste fornecimento de calor, o fluido entra na turbina, onde
possui condições para expandir, expansão essa que é isentrópica, ou seja,
adiabática e reversível, obrigando assim as pás da turbina a
movimentarem-se assim como o veio a que estas estão acopladas, criando
assim energia mecânica (3-4). Depois da passagem na turbina, o fluido de
trabalho entra noutro permutador de calor, onde existe uma rejeição de
calor do fluido de trabalho, ou seja é retirado calor ao fluido, sempre a
pressão constante (4-1). De notar que neste ciclo modelado, os processos
de expansão e compressão são idênticos àqueles que ocorrem na realidade.
Já os processos de combustão e de exaustão são substituidos por processos
de troca de calor envolvendo o fluido de trabalho, em permutadores de
calor.

Turbinas funcionando de acordo com o ciclo de Joule possuem


inúmeras utilizações, como as centrais de produção de energia eléctrica,
caso em estudo neste trabalho, mas também alguns barcos e sobretudo as
turbinas a gás são conhecidas por serem o meio de propulsão de grande
parte dos aviões.

5
Enunciado do Trabalho
CENTRAL DA TAPADA DO OUTEIRO (990 MW) DA TURBOGÁS

A primeira Central de Ciclo combinado construída em Portugal (1995-1999) tem uma


potência instalada de cerca de 1000 MW, disponibilizada por três grupos iguais com uma
potência nominal de 330 MW cada. Cada um destes grupos é constituído por uma turbina a
gás Siemens V94.3A e uma turbina a vapor alinhadas num mesmo veio accionando um único
gerador eléctrico colocado entre ambas, mas “separáveis” através de um sistema de
embraiagem montado entre o gerador e a turbina a gás. O vapor que alimenta a turbina é
produzido num gerador de vapor por recuperação de calor – HRSG, sem queima adicional,
que recupera uma parte significativa da energia térmica dos produtos da combustão à saída
da turbina a gás, construído segundo um projecto da empresa holandesa NEM. O
combustível normalmente utilizado é o gás natural proveniente da Argélia, estando prevista
a utilização alternativa de gasóleo. O rendimento assegurado pelo fabricante para a
instalação, no arranque do seu funcionamento e para as condições ambientais locais é de
55,4 %. No suplemento da Modern Power Systems, fornecido em anexo, é feita uma
descrição detalhada do projecto, incluindo um diagrama da instalação e parâmetros técnicos
de funcionamento nominal, a partir dos quais se pretendem desenvolver as seguintes
análises, assumindo como condições ambientais a pressão atmosférica normal e a
temperatura de 25°C:

a) Turbina a gás:

a.1) Determinar os rendimentos isentrópicos do compressor e da turbina, assumindo


respectivamente uma taxa de compressão de 15:1 e uma taxa de expansão de 1:8; o ar à
saída do compressor apresenta uma temperatura de 400°C e os produtos da combustão à
entrada da turbina têm uma temperatura situada em 1160°C.

a.2) Tomando como base de cálculo 1 kmol de metano (constituinte essencial do gás
natural) com PCS = 42,01 MJ/m3 (referido a uma temperatura de 14°C) – considerando a
câmara de combustão adiabática, com uma perda de carga a que corresponde uma redução
de 10% da pressão dos fumos à saída relativamente à pressão do ar à entrada, e assumindo
uma combustão completa – determinar a percentagem de excesso de ar, com que se
trabalha.

a.3) Para as condições nominais de funcionamento, calcular a potência útil produzida e o


rendimento global da turbina a gás.

a.4) Comparar este rendimento global com o rendimento de um ciclo de Joule ( Arstandard
reversível) e de um ciclo de Carnot associáveis ao funcionamento da turbina a gás.

Comentar os valores obtidos nas várias alíneas da análise à turbina a gás

b) Gerador de vapor de recuperação de calor - HRSG

Para as condições nominais de funcionamento, determinar sucessivamente:

b.1) A potência térmica cedida pelos fumos ao atravessar o recuperador de calor

6
Resolução dos exercícios
a.1)

Através da análise deste


diagrama é possível
visualizar as diferenças de
temperaturas e,
subsequentemente, de
entropia, entre os estados
ideais (identificados por
um s) e os estados reais.

Fig. 3 – Diagrama T-s com ciclos real e ideal

Rendimento Isentrópico do Compressor:


Dados do enunciado:

- Temperatura à entrada do Compressor – T1= 25 

- Temperatura à saída do Compressor – T2=400 

- Taxa de Compressão = 15:1

Cálculo da Temperatura T2s:

λ – Índice adiabático

Rp – Razão de pressão

Ρ – Razão isentrópica de temperatura

.
 . 
   
   
 

√15 
  2.1678

2
 
2  2.1678  25  273.15 
2  646.34 !
1
)2 * )1 + 2 * 1 2 * 1 646.34 * 25  273.15
"#$%&' (     
)2 * )1 +2 * 1 2 * 1 400  273.15 * 25  273.15

 0.9285  92.9%

7
Rendimento Isentrópico da Turbina:
Dados do enunciado:

- Temperatura à entrada da Turbina – T3= 1160

- Temperatura à saída da Turbina – T4= 579

- Taxa de expansão = 1:8

Cálculo da Temperatura T4s:

λ – Índice adiabatico

Rp – Razão de pressão

Ρ – Razão isentrópica de temperatura



 /0  3 1160  273.15
   
 
4   791.16 K  518.01 
/1 4 .
2.
√8

)3 * )4 + 3 * 4 3 * 4 1160 * 579


"#$%&' 4      0.905  90.5%
)3 * )4 +3 * 4 3 * 4 1160 * 518.01

Conclusões:
Em relação ao rendimento Isentrópico do compressor, onde
obtivémos um valor de 92.9%, podemos afirmar que se aproxima bastante
do valor ideal.

O rendimento Isentrópico da turbina é de 90.5% o que pode ser


considerada uma aproximação boa ao ciclo ideal.

As diferenças em percentagens para um ciclo perfeito, isto é, 9.5%


na turbina e 7.1% no compressor são explicados pelas irreversibilidades do
sistema, irreversibilidades estas que são genericamente perdas de calor no
compressor (como o caso de não se atingir a temperatura ideal, ou seja a
temperatura de saída no compressor é superior à ideal) e na turbina em
que a temperatura de saída é também superior à temperatura ideal.

OBSERVAÇÃO: Para todos os cálculos efectuados, foi utilizado o valor de


índice adiabático 1,4 de modo a facilitar contas e resultados.

8
a.2)

Dados fornecidos e seu tratamento


1 kmol de Metano (CH4)

Ar (0,21 O2 + 0,79 N2)

Massas molares:

M(O)= 16 kg/kmol

M(C)= 12 kg/kmol

M(H)= 1 kg/kmol

M(N)= 28 kg/kmol

M(ar)= 29 kg/kmol

PCS = 42,01 MJ/m3

Massa específica do combustível (ρ CH4 ):

P=1 atm

T= 14  = 287.15 K

R=8.31451 J/K.mol

7 /5 7 /8 7
/5  6 
/5   
 

8  8  5
7 /8 101 325  0.016042
 ρ 
  
  0.680 9:/73
5  8.31451  287.15

42,01 MJ/m3
/+<   61,78 8A/9:
0,68 9:/73

Par à entrada = 15 atm = 15 . 101325 Pa = 1519,88 kPa

(devido à taxa de compressão do compressor de 15:1)

Pgases à saída = 0,9 . 1519,88 = 1367,89 kPa

(devido à perda de pressão de 10% na câmara de combustão)

Tar à entrada = 400ºC

Tgases à saída = 1160ºC (entrada da turbina)

9
Equação Estequiométrica
CH4 + 2 (0,21 O2 + 0,79 N2) -> 1 CO2 + 2 H2O + 7,52 N2

Equação Real (c/ excesso de ar)

CH4 + x (0,21 O2 + 0,79 N2) -> 1 CO2 + 2 H2O + (0,21x – 2) O2 + 0,79x N2

Entalpia dos Reagentes


Ar: H= m . cp . ∆T = x . 29 . 1,01 . (400-25) = 10,98x MJ

CH4: M . PCS = 16 . 61,78 = 988,48 MJ

Entalpia dos Produtos


O2: H=m.∆h = (0,21x – 2).32.(1465,05–271,72) = 8,02x – 76,37 MJ

CO2: H=m.∆h = 44 . (1527,54 – 212,93) = 57,84 MJ

N2: 0,79x . 28 . (1598,85 – 309,99) = 28,51x MJ

H2O: 2 . 18 . (3049,04 – 549,75) = 89,97 MJ

Cálculo de x (nº de kmol de Ar que o compressor fornece à câmara de


combustão por cada kmol de combustível)

Hprodutos = Hreagentes - uma vez que a caldeira é adiabática

 10,98x + 988,48 = 8,02x – 76,37 + 57,84 + 28,51 + 89,97 <=>

<=> 25,55x = 917,04 <=>

<=> x = 35,89 kmol

- Por cada kmol de combustível queimado, o compressor fornece 35,89


kmol de ar à câmara de combustão

Cálculo do excesso de ar
6 * 6 35,89 * 2 .4,76
B%  C 100%  C 100%  277%
6 2.4,76

Conclusão
Nesta câmara de combustão, a taxa de ar que entra vinda do compressor é
277% superior à taxa estequiométrica, quantidade mínima necessária para
que a combustão seja completa. Desta forma, podemos concluir dizendo
que a esta câmara de combustão é fornecida uma mistura pobre.

10
a.3)

Cálculo de Potencia Útil:


Utilizando o PCS = 61,7 MJ/kg calculado na alínea anterior podemos
calcular o caudal mássico de combustível:

DE6 592
ṁ 
ṁ  

/+< 61.7


ṁ  9.59 9:/

ṁ'F'GH  630 9:/ (Valor retirado da Brochura da MPS, valor de flow de Gases
de Combustão)

ṁGI  630 * 9,59  620.40 9:/

Valores de entalpia retirados do programa gasprops:


Entalpia estado 1: ar @ 1 atm e 298.15 K => h1 = 298.97 kJ/kg

Entalpia estado 2: ar @ 15 atm e 673.15 K => h5 = 685.48 kJ/kg

Entalpia estado 3: gases de combustão (ar + +J1) @ 15 atm e 1433.15 K


=> h3 = 1612.74 kJ/kg

Entalpia estado 4: gases de combustão (ar + +J1) @ 1 atm e 852.15 K =>


h4 = 907.85 kJ/kg

Cálculos de Trabalho:
K4LIM#&G  ṁ'F'GH  )3 * )4 
K4LIM#&G  630   1612.74 * 907.85  


K4LIM#&G  444080.7 9A/

K(FNOI%$$FI  ṁGI  )2 * )1 


KPFNOI%$$FI  620.4   685.48 * 298.97 


K(FNOI%$$FI  239790.804 9A/

KL'#H  K4LIM#&G * K(FNOI%$$FI 


KL'#H  444080.7239790.804 

9A

KL'#H  204289.896 
KL'#H  204.3 8K


11
Cálculo Rendimento Ciclo:
Q#&QFL' RSTUV
Fórmula rendimento ciclo: "  
" 
Q#& Q#&

Valor de DE6 retirado da brochura: 592 MJ/s


RSTUV WX1.0
" <=> "  <=> "  0.34
Q#& YZW

Conclusões:
O valor que se obteve de potência útil produzida é de 204,3 MW. Este
valor corresponde à potência produzida pela turbina menos a potência que
alimenta o compressor, ao qual ainda se retira o valor das perdas que é de
0.4% (perdas mecânicas).

O rendimento global da turbina a gás é de 34.2% uma vez que, dos


592 MJ/s que são fornecidos à turbina apenas 204,3 MJ/s são
transformados em potência, querendo isto dizer que uma grande parte do
calor que se fornece ao sistema não é aproveitada. De notar que o calor é
dissipado na turbina visto que esta não é adiabática.

12
a.4)

Cálculo relação de rendimentos:


Fórmula do Rendimento Térmico através de uma análise pelo ciclo de Joule:
.1 .1
1  1 
"[FLH% 1*\ ] 
"[FLH% 1*\ ] 
"[FLH%  0.5387
 15

"^HFMGH 0.3422
  0.635
"[FLH% 0.5387

Efectuando a análise deste ciclo a gás comparando-o com o ciclo ideal


para as turbinas a gás (o ciclo de Joule), é possível verificar que esta
central da Tapado do Outeiro possui um rendimento bom, mas que podia
ser bastante melhor, já que representa apenas 63 % daquilo que poderia
produzir se estivesse a trabalhar em condições ideias, o que indica que esta
central poderia ser alvo de melhorias de modo a que pudesse ser bastante
mais eficaz.

Análise através do Ciclo de Carnot:

_ 298
"(GI&F'  1 * 
"(GI&F'  1 * 
"(GI&F'  0.798
` 1433

"^HFMGH 0.3422
  0.428
"(GI&F' 0.798

Através desta análise pode-se verificar que o rendimento do ciclo que


está a ser analisado, ou seja o ciclo a gás desta central, encontra-se muito
longe do ideal. Realizada a comparação com o ciclo de Carnot, o ciclo ideal
funcionando entre estas temperaturas máximas e mínimas, pode-se
verificar que o ciclo a gás representa apenas 42 % daquilo que seria o
rendimento se se tratasse de um ciclo de Carnot, o que indica que o ciclo
desta central pode ser bastante trabalhado, de modo a existir um aumento
do rendimento.

Em ambos os casos, a análise indica que o rendimento desta central


se encontra algo longe daquilo que poderia ou seria possível. Esta situação
pode ser explicada pelas condições adversas em que esta central funciona,
sendo que as temperaturas de funcionamento em alguns casos não são as
mais indicadas, perdendo-se aí obviamente alguma eficácia. Também as
inevitáveis irreversibilidades influenciam em muito o rendimento, afastando
o ciclo desta central do ciclo ideal, promovendo assim grandes alterações
em relação aos ciclos desejados (Carnot e Joule-Brayton)

13
b.1)

Cálculo Potência Térmica Fumos:


Retirado a Partir da Brochura:

Estado 1=> T entrada no recuperador de calor= 579  = 852.15 K

Estado 2=> T saída do recuperador de calor = 90  = 363.15 K

Caudal Mássico dos fumos: ṁ= 630 kg/s

Em ambos os casos a Pressão a que se encontram os fumos é de 1 atm


(Estado de Saída em termos de pressão da Turbina a gás)

Retirados do Programa gasprops:

h1 = 907.85 kJ/kg (Gases de Combustão ar + +J1)

h2 = 373.38 kJ/kg (Gases de Combustão ar + +J1)

a)  )2 * )1 
a)  373.38 * 907.85 
a)  *534.47 9A/9:

Variação de entalpia sofrida pelos fumos ao passar no recuperador de calor

9A
aJ  a)  ṁ 
aJ  *534.47  630 
aJ  * 336716 


aJ  *337 8K

Conclusões:
O significado deste valor é importante na análise deste ciclo
combinado da central da Tapada do Outeiro. Este é o valor de potência
térmica que o recuperador de calor instalado nesta central (HRSG)
consegue aproveitar através da extracção de calor dos fumos provenientes
do ciclo a gás, aproveitando este mesmo calor para ser fornecido à água no
ciclo a vapor acoplado ao ciclo a gás da central. O facto de este cálculo ter
dado um valor negativo para a potência térmica dos fumos tem a ver com a
utilização que é dada a estes mesmo fumos, já que existe uma extracção de
calor dos mesmos, o que por convenção irá dar uma potência térmica de
valor negativo.

14
Conclusão:
Apesar dos rendimentos individuais da turbina e do compressor,
serem até plausivelmente elevados, muito próximos do ideal, é de referir
que o rendimento geral da turbina não corresponde directamente aos
rendimentos individuais dos componentes, pois parte da energia fornecida
ao sistema, acaba por vir a perder-se por dissipação de calor no sistema,
perdas de pressão e até atritos devido a movimentos da turbina,
compressor e acessórios, que também está relacionado com as limitações
dos materiais do sistema. Poderia ser melhorado o rendimento geral da
turbina, se fossem utilizados componentes mais eficazes, no que diz
respeito ao compressor e turbina, componentes que não perdessem energia
em forma de calor, o que já ajudava a atingir temperaturas mais ideias
associadas ao melhor rendimento dos ditos, e também diminuir quedas de
pressão nas tubagens, possivelmente, usando menos uniões, e reduzir
atritos na transmissão de potência ao compressor e acessórios.

Em termos da combustão, apesar de um grande valor para o excesso


de ar (que implica maior funcionamento do compressor) acaba por não ser
preocupante pois assegura que a reacção de combustão é completa, mais
“limpa” sem moléculas indesejáveis nos produtos de reacção.

15
Bibliografia

- Valores de Entalpia retirados do programa gasprops disponível no moodle;

- Informações: Slides e apontamentos das aulas; Brochura MPS;

- Imagens retiradas directamente do Google Images;

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