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6.2 Água
A água, numa cantina, pode ser utilizada como serviço auxiliar e como matéria-
prima. Independentemente da origem que uma água possa ter, esta deve
encontrar-se isenta de qualquer contaminação química ou microbiológica. Um
abastecimento adequado de água potável deve ser providenciado, tal como
determina a Directiva nº 80/778/CEE e o Decreto-Lei nº 243/2001.
Caso seja necessário produzir gelo ou vapor, deve ser utilizada água potável. O
gelo deve ser fabricado, armazenado e manipulado em condições que o protejam
de qualquer tipo de contaminação.
6.3 Ar
A unidade deve ser ventilada correctamente de modo a prevenir a acumulação de
humidade e calor excessivos, minimizando a condensação no seu interior,
reduzindo assim a contaminação dos alimentos por via aérea.
6.4 Descongelamento
O descongelamento dos produtos alimentares deve ser realizado com antecedência
no frigorífico. Nunca deve ser realizado à temperatura ambiente. Em casos de
necessidade, o descongelamento poderá ser efectuado no microondas ou debaixo
de água quente corrente, desde que o produto se encontre protegido pela sua
embalagem. Contudo, esta prática deve ser evitada.
Ao colocar o produto a descongelar no frigorífico, deve-se ter cuidado para que não
haja outros produtos alimentares por baixo. A água de descongelação deverá ser
recolhida e evitado o contacto desta com o produto alimentar a descongelar. Deve-
se também proteger os alimentos devido à possibilidade de ocorrer contaminação
cruzada e transmissão de cheiros.
6.5 Condimentos
A adição de condimentos deve ser efectuada durante a confecção dos alimentos e
evitada após esta.
DO PRODUTO EXPOSIÇÃO(acumulado)
Crescimento e formação de toxinas 4 6ºC 5 dias
de Baccillus cereus 7 10ºC 17 horas*
11 21ºC 6 horas*
Acima dos 3 horas
21ºC
Crescimento de Campylobacter 30 34ºC 48 horas
jejunii Acima dos 12 horas
34ºC
Germinação, crescimento e formação 10 21ºC 11 horas*
de toxinas pelo Clostridium Acima dos 2 horas*
botulinum Tipo A e proteolíticos B e F 21ºC
Durante a confecção dos alimentos a quente, deve-se garantir que todos os seus
pontos atinjam no mínimo a temperatura de 75ºC, durante pelo menos 2 minutos.
A destruição microbiana não depende somente da temperatura mas também do
tempo a que o alimento está submetido à temperatura mínima de segurança e da
carga inicial de microrganismos.
A seguir é apresentada uma relação tempo/temperaturas mínimas de segurança de
confecção para a preparação de diferentes tipos de alimentos. A temperatura
mencionada refere-se à temperatura interna do alimento. Esta pode ser medida
com um termómetro alimentar especifico. É de mencionar que o processo de
confecção nunca deve ser interrompido.
Os ovos são dos alimentos de maior risco e não devem ser utilizados na preparação
de pratos, molhos ou sobremesas sem processamento térmico. Nesses casos deve-
se utilizar ovos pasteurizados.
A presença de uma bactéria em particular, a Salmonella, pode provocar
toxinfecções graves, por vezes mortais, pelo que o uso de ovos crus ou mal
cozinhados deve ser evitado, sujeitando os ovos a um intervalo de
tempo/temperatura de confecção que permita eliminar essa bactéria. Na tabela 4
são apresentados os tempos de confecção aconselhados para a confecção de ovos.