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ANÁLISE ERGONÔMICA DA BOLA SUÍÇA EM FISIOTERAPIA

ERGONOMIC ANALYSIS OF THE SWITZERLAND BALL IN


PHYSIOTHERAPY

Rosangela Cassol1
Acadêmica do curso de Fisioterapia.

Ione Bertoncello2
Fisioterapeuta. Mestre em Engenharia de Produção.

Endereço para Correspondência: Avenida Brasil, 5102.


CEP: 85812 001, Cascavel, PR.
E-mail: ionebertoncello@yahoo.com.br

1 Faculdade Assis Gurgacz – FAG.

2 Faculdade Assis Gurgacz – FAG.


2

RESUMO
Este artigo apresenta as características funcionais e as qualidades da bola suíça nas diversas áreas da fisioterapia.
Ele seguiu através de uma revisão de literatura uma proposta analítica baseada na metodologia projetual de Gui
.(5)
Bonsiepe et. al , as quais propõem formas de analisar produtos industriais, na integração do sistema homem-
máquina. A bola suíça é um produto industrial de baixa complexidade tecnológica. É também um produto de
serviço durável de segunda necessidade, pois vale mais pelo serviço prestado do que pelo aspecto físico. A bola
suíça são ferramentas essenciais durante um período da patologia, as quais são retiradas do paciente após a
recuperação. Historicamente, a bola suíça surgiu nos anos 70 na Suíça onde era chamada de Fit Ball. Hoje
existem diversos modelos no mercado, com preços variando entre R$ 80,00 a R$339,00. A bola suíça funciona
como uma estrutura inflável, que deve ser suficientemente resistente para suportar o peso dos materiais
colocados em seu exterior, capaz de suportar ações de rolamento suave sem perder sua capacidade de utilização
e ser impermeável à água. Funcionalmente ela desempenha papel importante no tratamento de pacientes em
todas as áreas da Fisioterapia. Contudo, destacam-se principalmente na Fisioterapia Neurofuncional Adulto e
Infantil. Conclui-se que a bola suíça é um produto médico industrial valioso porque proporciona estabilidade ou
instabilidade, segurança ou insegurança, dependendo dos objetivos fisioterapêuticos para cada paciente.
Palavras chave: Bola suíça, Fisioterapia, Projeto de produto, Análise Ergonômica, Desenvolvimento do
produto.

ABSTRACT
This article presents the functional characteristics of the Swiss ball in the diverse areas of the physiotherapy. It
( 5)
followed a proposal analytical established in the projetual methodology of GUI Bonsiepe et. al , which
considers forms to analyze industrial products, in the integration of the man-machine system. The Swiss ball is
an industrial product of low technological complexity. It is also a durable product-of-service of second
necessity, therefore valley more for the service given of what for the physical aspect. They are essential tools
during a period of the pathology, which are removed of the patient after the recovery. Historically, the Swiss
ball appeared in years 70 in Switzerland where she was called Fit ball. Today diverse models in the market
exist, with prices varying of R$ 80, 00 the R$150, 00. The Swiss ball functions as a inflatable structure, that
must be enough resistant to support the weight of the materials placed in its exterior, capable to support action
of soft rolling without losing its capacity of use and to be impermeable to the water. Functionally it plays
important role in the treatment of patients in all the areas of the physiotherapy. However, they are distinguished
mainly in the physiotherapy Adult and Infantile Neurofuncional. The Swiss ball is a valuable industrial product
medical because it provides to stability or instability, security or unreliability, depending on the physiotherapy
tool objectives for each patient.
Words key: Swiss ball, Physiotherapy, Project of product, Ergonomic analysis, Development of the product.
3

1. INTRODUÇÃO

A última década do século XX, caracterizou o inicio de uma nova época, que exige

novos conhecimentos na área e atitudes profissionais. A visão reabilitadora e curativa da

fisioterapia prevaleceu desde o inicio da profissão. Agora a realidade profissional tem sido

um desafio. Proporcionar condições, para que o paciente permaneça saudável e com bem

estar. Hoje, os profissionais frisa para questões que ultrapassam os limites de seu

conhecimento, indo à busca do saber e compreender qual é o seu papel e que tipo de trabalho
(11)
cabe para si. Segundo Gomes o fisioterapeuta deve ter a ação de imaginação, intuito

criativo, percepção, compreensão, habilidade produtiva, habilidade de visualizar, prever e

gerar idéias, habilidade da memória em gravar e lembrar, de observar e aplicar a atenção. O


(2)
papel do fisioterapeuta, descrito por Bertoncello é fazer a ligação entre a tecnologia e

saúde. Isso se torna claro na análise com relação ao uso – técnica que permite compreender a

relação usuário–produto, conhecendo os possíveis comprometimentos ou lesões que possam

se manifestar com o mau uso de determinada ferramenta. Na análise ergonômica do produto

compreendem-se os sistemas que envolvem o homem, ferramenta e o ambiente. Essa

compreensão faz com que a ferramentas e ambiente possam funcionar com o homem, de

modo que o desempenho do mesmo seja adequado, inclusive a bola suíça que se destina a

satisfazer certas necessidades humanas. Este estudo visa apresentar as características

funcionais e as qualidades da bola suíça em fisioterapia, encontradas por meio de uma

análise ergonômica do produto.

2. METODOLOGIA

Para analisar produtos industriais Gui Bonsiepe et. al. (5) propuseram formas específicas

de análise, buscando a compreensão do sistema homem-máquina. Para tanto criaram uma

seqüência de análises que se constitui das seguintes etapas: formulação da taxionomia do


4

produto; análise diacrônica; análise sincrônica; análise funcional e análise em relação ao uso.

A metodologia proposta para este estudo caracteriza-se como um estudo da bola suíça de

caráter qualitativo, descritivo analítico, com levantamento de dados a partir de referências

teóricas, artigos científicos, revistas e pesquisa na rede mundial de computadores. Esta

pesquisa envolve fotografias de paciente exercitando-se na bola suíça. Assim, foi utilizado o

termo de consentimento livre e esclarecido para autorização das mesmas.

A análise com relação ao uso representa uma análise fotográfica durante a utilização do

produto. As fotos usadas para a preparação do estudo foram tiradas de pacientes fazendo

exercícios com a bola suíça, na clínica de reabilitação da faculdade Assis Gurgacz, onde foi

utilizado o termo de livre e esclarecido para autorização das mesmas, fotografias retiradas da

internet e livros (2).

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

3.1 Taxionomia da Bola Suíça

Bertoncello (2) descreve que a análise do produto tem o objetivo de analisar o produto

ergonomicamente nas dimensões culturais e afetivas nas suas influências nos modos

operatórios dos utilizadores, particularmente na compreensão do funcionamento interno do

produto, na sua integração num sistema e da sua manutenção. Produto é tudo aquilo que é

produzido pela natureza; fabricado pela mão humana; ou pelas máquinas, ou seja, é o

resultado da produção. É, também, tudo aquilo que resulta de qualquer processo ou atividade

humana, ou ainda é uma conseqüência. Entende-se por produto final o que se destina a ser

vendido aos consumidores; enquanto produto intermediário é o que se destina a entrar na

produção de outros bens. O objetivo final do produto é a satisfação total ou parcial das

necessidades de seu usuário.


5

Morais e Soares (17) relatam que a ergonomia é uma disciplina científica relacionada ao

entendimento entre os seres humanos e outros elementos a fim de otimizar o bem estar

humano e o desempenho global do sistema, homem-máquina-ambiente. Barros (1) descreve o

objetivo da ergonomia que é estudar esses sistemas, para que as ferramentas e ambientes

possam funcionar com o homem, de modo que o desempenho dos mesmos seja adequado.

Em relação ao fisioterapeuta, dois motivos conduziram-no em à ergonomia. Primeiro;

pelo seu elevado nível de conhecimento sobre biomecânica e postura inerentes a sua

formação básica, e segundo; pela epidemia de distúrbios osteomusculares relacionados ao

trabalho (9).

Ergonomicamente, todos os produtos, inclusive a bola suíça, sejam elas grandes ou

pequenas, simples ou complexas, destinam-se a satisfazer certas necessidades humanas e,

dessa forma, direta ou indiretamente, entram em contato com o homem. Então, para que esse

produto funcione bem em suas interações com os seus usuários ou consumidores, devem ter

qualidade ergonômica, estética e técnica. Para efeito do estudo o sistema homem –máquina–

ambiente será considerada apenas a relação homem–máquina. Introduzindo-se o termo

máquina por produto, no caso a ferramenta bola suíça. Assim apresenta-se a relação homem–

produto, homem–bola suíça (13).

Bertoncello (2) diz que na linguagem falada, os termos aparelhos e equipamentos são

utilizados aleatoriamente. Equipamento é um conjunto que serve para equipar algo ou

atividade, aparelho é uma máquina, instrumento, objeto ou utensílio para certo uso. A

utilização do termo ferramenta deriva do latim “ferramenta”, plural de “ferramentum”. É um

utensílio, ou dispositivo, ou mecanismo físico ou intelectual utilizado por trabalhadores das

mais diversas áreas. Inicialmente o termo era utilizado para designar objetos para uso

doméstico ou industrial, este era constituído de ferro ou outro material, com vistas a realizar

algum trabalho ou executar alguma função.


6

(6)
Bueno relata que em função do disposto acima, uma ferramenta pode ser definida

como: um dispositivo que forneça uma vantagem mecânica ou mental para facilitar a

realização de tarefas diversas. As ferramentas são aplicativos que podem ajudar os usuários a

executar determinadas tarefas. O termo ferramenta adapta-se melhor a bola suíça, que serve

para auxiliar na reabilitação de pacientes.


(2)
Segundo Bertoncello os produtos são classificados; de baixa, média e alta

complexidade tecnológica. Um produto de baixa complexidade tecnológica é aquele em que

quase todos os problemas poderão ser resolvidos por uma pessoa, chegando até o projeto de

um novo produto. Novo produto é aquele, cuja solução funcional e formal não está contida no

atual estado da técnica, ou seja, não existe produto similar industrializado, comercializado ou

cujo projeto não tenha sido divulgado. Nos produtos de média complexidade tecnológica, a

pessoa deverá apelar à profissional de outras áreas, para a resolução de problemas específicos

não incluídos em sua esfera de competência. Nos produtos de alta complexidade tecnológica,

a pessoa irá participar projetualmente da resolução de alguns componentes do produto e de

forma mais ampla na abordagem conceitual e metodológica. A bola suíça, classificou-se pelo

grau de baixa complexidade tecnológica, devido à simplicidade do produto.

Gomes (11) formulou uma classificação plausível, quando definiu três grandes categorias:

produtos de capital, de consumo e de serviço. Os produtos de capital podem ser primários ou

essenciais (produtos de origem mineral, vegetal ou animal), p. ex. petróleo bruto, terrenos,

jazidas); secundários ou processados (p.ex. os produtos intermediários como óleos,

edificações, chapas metálicas); os terciários ou fabricados (p.ex. gasolina, maquina e

ferramenta, peças e acessórios). Dentre os produtos de consumo, sobressaem-se os produtos

duráveis (utensílios, vestuário, eletrodoméstico) e os produtos perecíveis, que podem ser

agrupados em gênero de primeira (alimentos, higiene, limpeza); de segunda (remédios e

cosméticos) e de terceira necessidade (doces, bebidas e tabaco). Por fim encontram-se os


7

produtos de serviço que, devido ao modo como vivemos hoje, é os que se inventam e se

desenvolve. Dentre dezenas de produtos de serviço há aqueles que podem ser considerados

fundamentais (sistemas educacionais e hospitalares), eventuais (sistemas de turismo e laser) e

supérfluos (sistemas de jogatina e prostituição). O grupo que melhor caracteriza o produto

industrial bola suíça é o produtos de serviço durável de segunda necessidade, que são todos

produtos que vale mais pelo serviço prestado do que pelo aspecto físico.

A bola suíça é pela taxionomia biomédica de baixa complexidade tecnológica e é

classificada como de primeira classe. São produtos essenciais durante um período crítico da

patologia, mas, após a recuperação, são retirados do paciente e reutilizados. Elas são usadas

individualmente, de forma constante ou intermitente pelo tempo necessário (2).

3.2 Análise Diacrônica da Bola Suíça

Essa análise tem como objetivo retratar o desenvolvimento do produto no transcurso


(7)
do tempo. Para Carrière a bola suíça foi desenvolvida nos anos 70 na Suíça que era

chamada de Fit Ball, foi desenvolvida com o intuito de ser um método para reabilitação de

problemas neurológicos e ortopédicos. Foi denominada bola suíça por terapeutas da América

do Norte que a viram ser usada na Europa, no tratamento ortopédico, para aumentar a

consciência somática e encorajar o desenvolvimento neurológico pediátrico. Desde está

época a bola suíça tornou-se uma verdadeira febre se espalhando por diversos países sendo

utilizada para melhorar níveis de flexibilidade, força, equilíbrio, mobilidade, estabilidade e

problemas posturais de uma variedade enorme de tipos de pacientes.

A bola suíça tem uma história, relatada pelo único livro traduzido para o português da

escritora Beate Carrière. Segundo ela em seu livro Bola Suíça (7) descreve que o tratamento

neuroevolutivo, tem sido um recurso muito utilizado para as técnicas de facilitação

promovendo movimentos para qualquer direção. Inicialmente a escritora utilizou com


8

crianças usando bolas menores e depois com adultos para lesões ortopédicas e neurológicas

além de ensinar exercícios com a bola suíça para fisioterapeutas.

3.3 Análise Sincrônica da Bola Suíça

A análise sincrônica serve para conhecer o universo do produto em relação à sua

atualidade. A bola suíça é considerada uma ferramenta familiar e barata, encontrado em

clínicas de fisioterapia e academias, podendo ser facilmente incorporada tanto em sessões de

tratamento individual como grupos ou ainda em programas familiares (8).

A bola suíça desde a sua produção foi gerando diferentes marcas, que hoje estão sendo

comercializadas no mercado de produtos fisioterapêuticos, As marcas encontradas hoje são:

Adidas, Gymnic¸ Mercur Profissional Gym Ball, O’ Neal anti burst, Physicus, Body

sculpture-Since 1965 e Funcional Corezone. Com preços variando entre R$ 80,00 a

R$339,00. Pode se disser que todas as bolas têm preço similar, e são acessíveis para compra,

devido a sua facilidade de encontrá-las em lojas de ferramentas fisioterapêuticas (18).

Tamanhos da Bola Suíça Preços da Bola Suíça

45 cm R$ 80,00 a 95,00

55 cm R$ 97,00 a 99,00

65 cm R$ 99,00 a 106,00

75 cm R$ 130,00 a 179,00

120 cm R$ 292,00 a 339,00

Tabela 1- Preços e tamanhos diferenciados da Bola Suíça (Mercado Livre, 2007).

Com a evolução da bola suíça, surgiu diferentes métodos para realização de exercícios, um

deles é o Over Fit Ball que é dividido em três etapas; na primeira são passados exercícios

aeróbicos para aumentar a freqüência cardíaca e o gasto calórico. Na segunda parte, os


9

exercícios de força, ajudam a desenvolver a consciência corporal, melhorando o equilíbrio e

diminuindo lesões que podem acontecer no dia-a-dia. Na terceira etapa, os participantes

praticam alguns exercícios de Pilates para melhorar a postura e definir o abdômen. Todas as

etapas são realizadas unicamente com a bola suíça, exigindo muito esforço e concentração

dos participantes (18).

Figura 1- Demonstração de um exercício do método Over Fit Ball (Mercado Livre, 2007).

(3),
A revista de grande publicação nacional Boa Forma relata que a bola suíça, é uma

ferramenta moderna, que esta promovendo uma verdadeira revolução no Fitness, Pilates,

treinamento funcional e ioga. São tão consagradas que já ganharam complementos para ela

própria, para auxiliar na execução dos exercícios, como o suporte de aço Tryex, dessa forma,

ela substitui um banco de ginástica para exercícios localizados. A vantagem que ela é menos

estável que o banco, e trabalha os músculos do abdômen e o equilíbrio. Outro complemento é

o Rubber, extensores que são fixadas na bola suíça com o auxílio de faixas que a envolvem.

Como mostrado na figura 2


(15)
Monteiro relata que com a evolução da bola suíça, diferentes acessórios foram

criados para auxiliar em seu uso. Colaborando para um estilo de vida mais saudável e para

facilitar a execução dos exercícios. Além da saúde do corpo, a atividade física com a

utilização dessas ferramentas também proporciona saúde mental e intelectual. Dessa forma,

pessoas podem ter maior disposição, bem estar, humor e motivação. O Posicionador Inflável

foi desenvolvido para a iniciação de atividades com a Bola Suíça, em que o equilíbrio é mais

difícil ou até o paciente adquirir maior confiança na prática de exercícios. O Aparelho de


10

Ginástica que faz uso da Bola Suíça, é um aparelho que pode auxiliar na diminuição do peso

corporal e ganho da massa muscular. Como mostrado nas figuras 3 e 4.

Figuras 2 – Suporte de aço com complemento Rubber e Tryex com a bola suíça (Boa Forma, 2007).

Figura 3 – Acessório de apoio para a bola suíça (Mercado Livre, 2007).

Figura 4 – Aparelho que utiliza a bola suíça, para auxiliar na ginástica (Mercado Livre, 2008).

4. Análise funcional da bola suíça na fisioterapia

Função é a própria, ou natural, de um órgão, aparelho ou máquina. Nos produtos, a

função caracteriza uso e serventia. A palavra funcional refere-se à função, ou desempenho do

produto. Análise funcional é o reconhecimento e a compreensão das características de uso do

produto, incluindo aspectos ergonômicos (2).


11

A Bola Suíça funciona como uma estrutura inflável, que deve ser suficientemente

resistente para suportar o peso colocado em seu exterior, capaz de suportar ações de

rolamento suave sem perder sua capacidade de utilização e ser impermeável à água (20).
(14)
Para Lianza a bola suíça precisa ter estabilidade ou instabilidade, segurança e

acessibilidade. Quase todos provavelmente brincaram com uma bola durante a infância e

mesmo depois de adultos. Essa memória juntamente com as cores vivas e texturas torna-se
(7)
uma ferramenta útil para induzir reação e movimento. Carriére relata que o paciente

também pode ser motivado pelo fato de a bola suíça facilitar os movimentos suportando parte

do peso corporal, melhorando a habilidade do paciente em se mover, aumentando o input

sensitivo e conseqüentemente, aumentando o controle motor do paciente. Quando usada para

desafiar o paciente, a bola torna-se uma ferramenta automotivadora.

Contudo os benefícios com o uso terapêutico da bola suíça são: o aumento da

mobilidade, estabilidade, força, circulação, coordenação, controle postural, aptidão

cardiopulmonar, capacidade vital dos pulmões, nutrição das estruturas do corpo, sensação de

prazer na realização do programa de exercícios, isso variando conforme o tipo de

cinesioterapia escolhida pelo fisioterapeuta, especificamente para cada tipo de paciente (7).

Uma bola totalmente inflada ou firme tem menos área de contato com o solo, move-se

mais rapidamente e desafia as reações de equilíbrio do paciente. Uma bola pouco inflada

tem maior área de contato, move-se mais lentamente, e requer menos equilíbrio de ambos.

Ou seja, do paciente e do terapeuta (18).

A Bola Suíça tem o formato arredondado, que propõem facilidade para o terapeuta e o

paciente em realizar os manuseios. É uma ferramenta móvel, desafiadora, portátil, que

quica em superfícies, que se apresenta em diversos tamanhos e cores, que deve ser

adequadamente inflada para o uso, que rola em superfícies planas e inclináveis e é a única

ferramenta fisioterapêutica que trabalha nos três planos de movimentos; frontal, sagital e
12

transversal. A bola suíça em sua Circunferência é medida em cinco pontos diferentes (à

frente, atrás, em baixo, em cima e dos lados) e a mesma deve ser igual em todos os lados
(17).

Devido à variedade de funções que a bola suíça realiza, faz com que o paciente trabalhe

com os três planos de movimentos. Plano frontal: que trabalha a lateralidade realizando

adução e abdução. Plano sagital: que trabalha com a realização de flexão e extensão de

tronco. Plano transversal: que trabalha as rotações de tronco. Antes de utilizar a bola suíça é

importante saber dos pontos chaves de controle para ter melhor execução do exercício e

assim evitando qualquer imprevisto. Os pontos chave de controle proximal são; cabeça,

esterno, ombro, escápula, pelve e quadril, e os pontos chaves de controle distais são; maxilar,

cotovelo, punho, base do polegar, joelho, tornozelo e cabeça (8).

Davies (8) relata que é importante compreender as propriedades e o uso da bola suíça

para seleção adequada de cada tamanho que a bola suíça oferece. O tamanho do paciente não

determina o tamanho da bola suíça a ser usado, o que determina é o objetivo do exercício a

ser realizado com o paciente. Antes de iniciar os exercícios com o uso da mesma, é

importante determinar o objetivo com que será utilizada a bola, ou seja, para fortalecer,

alongar, mobilizar ou apenas suporte.

Segundo Carriére (7) uma contra indicação para os exercícios com o uso da bola suíça é

quando o paciente esta sentado nela: o medo do paciente quando às quedas, queixas de dores,

tonturas, e /ou aumento dos sintomas gerando incomodo ao paciente, contudo isto podendo

ser superado com demonstração e garantia do terapeuta.


13

5. Análise com relação ao uso da bola suíça nas áreas de fisioterapia

5.1 Fisioterapia Ortopédica e Traumatológica

A fisioterapia ortopédica e traumatológica dispõem de vários métodos de tratamento,

um deles é a bola suíça que tem o uso efetivo para pacientes ortopédicos, pois é uma

ferramenta dinâmica. A boa força dos músculos, o equilíbrio e a coordenação são necessários

para dominar a tarefa, e a bola proporciona ao paciente e ao terapeuta o feedback para

conhecimento do desempenho e dos resultados (7).

O exercício de abdominal realizado na bola suíça é de grande importância, porque com a

instabilidade gerada pela bola faz com que a musculatura abdominal e os outros músculos

estabilizadores trabalhem mais intensamente para encontrar o equilíbrio e segurar o corpo. A

mesma também é utilizada para alongamentos globais (7).

Figura 5 – Paciente exercitando-se com a bola suíça (Mercado livre, 2007).

5.2 Fisioterapia Ginecológica e Obstétrica

A bola suíça é importante para o tratamento uroginecológica obstétrica, porque ela é

usada para prevenir disfunções do assoalho pélvico durante a gestação, reabilita o paciente

com disfunções no assoalho pélvico após a gestação, é utilizada a mesma para tratar homens

e mulheres com incontinência do esfíncter anal e disfunções do centro de gravidade (7).

A bola suíça ajuda a enrijecer os músculos internos do coração, do abdômen e da base

pélvica. Além disso, ela ameniza dores nas costas e melhora a postura. São realizados com a

bola, exercícios moderados durante a gravidez, podendo facilitar o trabalho do parto, além de
14

manter a gestante em forma e com flexibilidade, ajudar a prevenir a prisão de ventre - comum

durante a gravidez e ajudar a manter o peso sobre controle (7).

Figura 6 – Paciente exercitando-se com a bola suíça (Cassol, 2008).

5.3 Fisioterapia Cardiopulmonar


(7)
De acordo com Carriére a fisioterapia cardiopulmonar tem o objetivo de reduzir o

progresso das doenças cardiovasculares já existentes, bem como preveni-las por meio de

programas de exercícios individuais ou em grupos utilizando a bola suíça para o desenvolver

dos exercícios, como sendo atividades que trabalhe com o paciente sentado na bola

trabalhando a mobilidade de tórax, movimentos ativos de membros superiores e membros

inferiores, treino de equilíbrio e mobilidade pélvica. A fisioterapia cardiopulmonar faz uso da

bola suíça também para trabalho com obesos moderados, mórbidos e super obesos, ou seja,

exercícios aeróbios com auxilio da bola suíça, utilizando a resistência do paciente para a

realização da atividade.

Figura 7 – Paciente exercitando-se com a bola suíça (Cassol, 200).


15

5.4 Fisioterapia Hospitalar

A bola suíça é um meio utilizado em procedimentos terapêuticos hospitalares, quando o

paciente esta no leito de um hospital, à mesma é de uso extremamente importante, devido a

sua diversidade de manuseios que a bola pode proporcionar como mobilizações de membros

e amplitudes (7).

A bola suíça pode possibilitar ao paciente exercitar-se sem que se canse, reduzindo o peso

dos membros durante os exercícios. É uma ferramenta útil para tornar uma terapia

inicialmente agradável, é usada pelos pacientes no leito hospitalar para se sentar ou deitar

sobre ela, para ser chutada, arremessada funcionalmente e abaixo do membro a ser

mobilizado, como mostrado na figura 8 (7 ).

Figura 8 – Paciente exercitando-se com a bola suíça (Carrière, 1999).

5.5 Fisioterapia em Hidroterapia

A funcionalidade da bola suíça em fisioterapia aquática predomina para redução da dor,

estimulo da motricidade, modulação de tônus, fortalecimento muscular, e estímulo das

reações de equilíbrio e retificação. As atividades lúdicas com a utilização da bola suíça são

realizadas no meio liquido, auxiliando no processo de desenvolvimento e aprendizagem do

movimento, onde envolve grupos de pacientes que na maioria são crianças que utilizam

brincadeiras, com o objetivo de proporcionar, um trabalho de controle motor global, trabalho

do sistema visual, vestibular e sômato – sensorial (7).


16

Figura 9 – Grupo de crianças exercitando-se com a bola suíça (Cassol, 2008).

5.6 Fisioterapia Pediátrica

Segundo Carriére (7), cita que a fisioterapia pediátrica utiliza uma abordagem com base

em técnicas especializadas, buscando integrar os objetivos fisioterapêuticos com atividades

lúdicas que envolva a bola suíça, levando à criança a maior integração com sua família e a

sociedade. A fisioterapia se destina a pacientes com atraso de distúrbio no desenvolvimento

motor, alterações neurológicas e alterações reumatologias e ortopédicas, utilizando a bola

suíça durante os exercícios, fazendo uso da bola com exercícios da técnica de Bobath para

facilitação, estimulação e inibição, sendo possível de adaptação a qualquer paciente com

alteração de tônus e postura, trata as alterações do movimento e da postura causada por

alterações do sistema nervoso central, sendo exercícios com a bola suíça para estimular a

mobilidade pélvica, utilizando-a para a realização de transferência de peso.


(8)
Davies relata que há várias atividades realizadas na bola suíça que estimulam os

sistemas sensoriais e podem também melhorar o equilíbrio, embora inicialmente muitos


(14)
pacientes possam estar limitados pela própria atividade. Herdman descreve os sistemas

visual, vestibular e sômato - sensorial que são cruciais para detecção e regulação dos

movimentos realizados com o auxílio da mesma. As mudanças de posturas, da velocidade e

direção do movimento quando o paciente esta sobre a bola suíça, influência as respostas

vestibulares do paciente.
17

Figura 10 – Criança recebendo tratamento fisioterapêutico com a bola suíça (Cassol, 2008).

5.7 Fisioterapia em Neurofuncional Adulto

A bola suíça descrita por Bobath (4) é de grande utilização para auxiliar na reabilitação

de pacientes de todas as áreas da fisioterapia mais principalmente de pacientes neurológicos

que podem se beneficiar com que a bola suíça proporciona com sua diversidade de tamanhos

e de funções. A parte voltada ao terapeuta corresponde em permitir e facilitar para que o

paciente sobre a bola realize os movimentos da melhor forma possível, pois o sistema

nervoso central aprende com mais eficiência o que é significativo para o paciente em um

tratamento individualizado.

A bola suíça tem uma grande eficácia na utilização de exercícios de facilitação com

base na técnica de Bobath, que suporta o peso do paciente, acomoda as deformidades

estruturais e auxilia a movimentação, além disso, pode motivar o paciente, estimular a

participação do corpo inteiro durante o exercício e aumenta a harmonia entre a respiração e o

movimento, providenciando um senso de normalidade e diversão. E favorece para o paciente

respostas mais próxima do normal através de feedbacks (que é toda informação sensorial

disponíveis para produzir uma resposta imediata, é essencial para que o aprendizado ocorra) e

feedforward (que é toda resposta antecipada a uma estimulação sensorial) (19).

Com a utilização da bola suíça nos exercícios, pode proporcionar mobilidade de

anteroversão e retroversão da pelve, ganho de amplitude de movimento pela repetição, e pelo


18

fato da bola suíça ser extremamente móvel, induz ao paciente para manter o equilíbrio ou

treinar o equilíbrio, quando o paciente está sentado ou em decúbito ventral ou dorsal sobre a

bola, é um meio de exercício que estimula as reações de balance: proteção, retificação e

equilíbrio. Assim sendo a bola suíça é uma ferramenta fisioterapêutica necessária para

auxiliar na reabilitação de pacientes neurológicos, devido a sua grande funcionalidade (4).

Figura 11 – Paciente adulto recebendo tratamento fisioterapêutico com a bola suíça

(Bertoncello, 2008).

6. CONCLUSÃO

De acordo com a revisão bibliográfica a bola suíça é um recurso muito utilizado pelos

fisioterapeutas atualmente, porém poucos são os trabalhos científicos publicados. Hoje, com

o avanço da profissão de fisioterapia, é necessário que o profissional tenha uma forte ligação

entre a tecnologia e saúde. Por meio da análise com relação ao uso, compreende-se a relação

usuário produto. O único problema encontrado neste estudo em relação ao uso da bola suíça,

é o risco de quedas dos usuários que se exercitam com a mesma. Os produtos

ergonomicamente corretos são aqueles que se adaptam ao usuário e à utilização. É de grande

importância para os profissionais um conhecimento mais aprofundado sobre o produto, que é

uma ferramenta indispensável e valiosa para a reabilitação de pacientes de todas as áreas de

fisioterapia. Ela é instável, com formato arredondado, com várias funções, com diversos

tamanhos e cores, que propõem facilitação para o fisioterapeuta e o paciente ao realizar os

manuseios. O que determina a escolha correta do tamanho da mesma é o objetivo do

exercício. Conclui-se assim, que a Bola Suíça é um produto com muitas vantagens
19

ergonômicas, além de ser um produto bastante seguro quando o paciente é assistido pelo

fisioterapeuta.

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. BARROS, M. V. G.; SANTOS, S. G. A atividade física como fator de qualidade de


vida e saúde. Tese (doutorado em ergonomia – Núcleo de Pesquisa em Atividade Física e
Saúde – NuPAF), Florianópolis: UFSC, 2001.

2. BERTONCELLO, Ione. O papel do fisioterapeuta no desenvolvimento de produtos


hospitalares – Análise da cadeira de rodas. Dissertação de Mestrado - Santa Maria, Rio
Grande do Sul, 2001.

3. BOA FORMA. São Paulo, n. 1789, set. 2007.

4. BOBATH, B. Hemiplegia no adulto: avaliação e tratamento. São Paulo: Manole, 1978.

5. BONSIEPE, Gui. et al. Metodologia experimental: desenho industrial. Brasília: CNPq/


Coordenação Editorial, 1984.

6. BUENO, S. Minidicionário da língua portuguesa. São Paulo: FTD S.A, 1996.

7. CARRIÈRE, B. Bola Suíça. São Paulo: Manole, 1999.

8. DAVIES P. M. Passos a seguir, um manual para o tratamento da hemiplegia no


adulto. São Paulo: Manole, 1996.

9. DELIBERATO, P. C. P. Fisioterapia preventiva. São Paulo: Manole, 2002.

10. FISIOESTORE. Bola suíça no tratamento da escoliose. Disponível em:


http://www.efdeportes.com/efd107/o-uso-da-bola-suica-no-tratamento-da-escoliose .htm -
Acesso em: 22 de Maio de 2008.
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