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Ao SUFOCAR PALMARES E depois CANUDOS, O RIO FOI CRIADO

Assistindo ao noticiário, lendo nas narrativas telejornalisticas a “satisfação” e


“aprovação“ anunciada como verdadeiramente popular, refleti sobre quem
estava sendo encurralado... Quem são aquelas pessoas? Algumas das senas,
que repetidas vezes foram ao ar, me pareciam como “ratos’, fugindo de um
navio afundando. Fiquei muito triste!

Conversando com uma velha amiga, ela me contava de uma sena que ela
assistiu esses dias, onde um preso que recebeu um salvo conduto e que foi
pego assaltando e, portanto recolhido novamente e que disse pro repórter:
“eles me deram salvo conduto, mas eu ia fazer o quê aqui fora? Nada tinha pra
eu fazer, então só podia roubar de novo!” E acrescentou: ”Mas os verdadeiros
ladrões estão ai de terno e gravata, mas ninguém prende!”. Aliás, podemos
completar a esta lógica apresentada pelo “meliante” um questionamento: onde
estão os assassinos do Índio Galdino (filhinhos “brancos” das Elites).

Meus Deuses!!!

Fico a pensar: porque o sistema carcerário brasileiro não é projetado para


recuperação dos detentos.? Mas sei a resposta: quem se preocupa com os
pretos? Quem quer salvar os pretos? Para que gastar dinheiro se matar é
muito mais barato. Recordo sempre de uma frase que ouvi da Profª Dra Vilma
Reis e do Militante e OMORIXÁ Hamilton Borges: “a sociedade Brasileira é
acostumada a matar negros”. O pior é que olhando a história não se pode
discordar dessa tragédia, infelizmente, o processo de escravização do africano
deixou também esta seqüela, que é um dos desdobramentos do RACISMO.
Queria que não fosse assim, mas observe: em que medida, a morte, por mais
brutal ou “injusta” que seja de uma criança negra, uma jovenzinha negra, uma
mulher negra, ou um rapazote negro, comove o Brasil. Eu poderia desfilar aqui
“n” exemplos que se quer repercutiu mais de 3 dias. Mas quero me ater a outro
fato: uma resposta aos olhos do mundo precisava ser dada à situação de
“ousadia” do crime anunciado como “organizado”, afinal 2014 está próximo,
2016 na seqüência. Concordo que algo precisava ser feito! Mas, cá dê as
alternativas, cá dê os mutirões de justiça? Cá dê a superação do ócio nocivo
nas prisões? Cá dê o incentivo pesado, EM BILHÕES DE REAIS ao esporte
nas escolas públicas? Cá dê? O projeto Brizzolista de Escola em tempo
integral (CIEEPs), por que não foi adotado como Política Nacional de Estado
para combater a marginalidade potencializada pelo ÓCIO NOCIVO da
juventude das periferias em todos os Estados brasileiros?

O Brasil passa por um momento potencial que não é possível perder: a


presidente eleita (Dilma) anunciou em campanha que muito investirá em
Educação; a COPA do Mundo em 2014 e as Olimpíadas de 2016. São
elementos que se combinam para uma solução não beligerante do Poder
Público frente a “criminalidade” para o futuro próximo da Nação, mas muito
antes para o futuro da Juventude deste país, que por sinal é um importante
segmento desta nação .

Uma emissora de TV exibiu reportagem sobre escolas com alto índice de


violência, onde professores e demais profissionais de Educação têm
dificuldade de produzir um trabalho que cumpra o papel pedagógico esperado.
Coincidiu que semana passada próxima visitei uma escola de ensino
fundamental em Camaçari, município da Região Metropolitana de Salvador, a
convite de uma Professora amiga, e vi ali comportamentos por parte dos
alunos que cabiam perfeitamente na matéria jornalística citada. Na
oportunidade de minha visita, comentei com algumas das professoras, que na
verdade elas eram “bombeiras”, fazendo uma alusão aos profissionais que
apagam incêndio; já que é público e notório que a escola pública não esta
equipada para o enfrentamento a realidade a muito experimentada pelos
centros urbanos; como educador, identifico a necessidade de que a nova
escola publica, visando 2016, além de uma infra-estrutura que contemple
variadas modalidades esportivas e artes cênicas, o investimento em
profissionais de Psicologia e Assistência Social, precisa ser acrescido á equipe
pedagógica. Precisa acontecer um esforço conjunto entre Secretarias de
Governo (no caso da Bahia - Educação, SEDES, SEPROMI, SETRE), para que
possam ser conjugadas ações que atinjam as famílias dos estudantes nos
mais diversos aspectos, que cada uma dessas secretarias cuida.

Por fim, qual a relação do que foi exposto nesta reflexão até aqui, com o título
anunciado?

É simples: os jovens negros, das periferias, que são assassinados todos os


dias, cujas as estatísticas vencem para a mortandade de várias das guerras
que o mundo assistiu na última década, são descendentes daqueles povos
(dos Quilombos e de “Canudos”. Canudos, que aliás, ao ser “aniquilado” pelo
governo brasileiro, no final do século 19, rendeu como prêmio aos soldados-
mercenários, terrenos nos morros cariocas; diga-se de passagem também
espaços desassistidos desde cedo pelo poder público). Descendentes, seja do
ponto de vista biológico, seja do ponto vista metafórico, que o Estado brasileiro
depois de ter “chupado” o sangue dos seus “avós” durante quase 350 anos, os
abandonou à própria sorte; estamos vivendo as conseqüências deste fato
histórico. De saída isso denuncia uma dívida com este segmento, maioria da
população e, justifica todos os investimentos que possam ser realizados, para
que se evite a perpetuação do genocídio já em curso, por quaisquer que sejam
os álibis utilizados. Ontem foi a “vadiagem”, hoje é “o tráfico”.

Valdo Lumumba

Religioso de Matriz Africana

Educador/ Cientista Social / Consultor

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